APOSTILA 07 BÁSICO - ATOS E EPÍSTOLAS PAULINAS I

Propaganda
SEMINÁRIO TEOLÓGICO LOCAL
SETEL
ATOS DOS APÓSTOLOS
E EPÍSTOLAS PAULINAS – I
(NÍVEL BÁSICO)
Apostila Nº 07
Diretoria de Educação
Fazendo Acontecer
1ª LIÇÃO
ATOS DOS APÓSTOLOS
I – INTRODUÇÃO DO LIVRO DE ATOS.
O Livro de Atos não é em si mesmo uma unidade separada. Ele é apontado como a
continuação do Evangelho de Lucas. O autor fala do “primeiro livro” (At 1.1), e sua dedicatória à
Teófilo indica uma relação com o evangelho que foi dedicado à mesma pessoa. O sumario do
primeiro livro como no-lo dá de Atos (1.1,2) concorda exatamente com o conteúdo de Lucas e dá
prosseguimento à primeira narrativa, partindo do ponto onde Lucas deixou.
Não há duvidas de que Atos e Lucas são dois volumes da mesma obra. São frequentadores
destinados a cumprir o mesmo propósito geral de confirmar a fé pessoal e de fornecer um
inteligível registro histórico da revelação de Deus aos homens por meio de cristo,tanto por seu
ministério pessoal, como através da sua Igreja.O livro de Atos dos Apóstolos pode ser dividido em
cinco seções principais:
I. Introdução..........................................................................1.1-11
II. Origem da Igreja: Jerusalém.............................................1.12-8.3
III. Período de Transição: Samaria.................................... 8.4-11.18
IV. Expansão para alcançar os gentios, A Missão Paulina: Antioquia e Império
Romano...11.19-21.14
V. Prisão e Defesa de Paulo: Cesaréia e Roma........................................12.15-28.31
Através desta lição, a primeira deste livro, procuraremos levar-lhe a um melhor
e maior conhecimento sobre as origens da Igreja do Deus vivo; nos meios colocados a disposição
da mesma não só antes, mas hoje também, instrumentos capazes, outorgamos da parte de Jesus
Cristo, através da ação vital do Espírito Santo. Estando
Em posse desses recursos, a igreja de hoje será aquilo que o senhor sempre quis que ela
fosse.
1.1 – Autor e Tema do Livro de Atos
O Autor do Livro de Atos
Para nós hoje, parece não haver nenhuma duvida quanto ao fato de que Lucas o médico
amado, autor do terceiro Evangelho, é o autor de Atos dos Apóstolos.
Assim sendo, somados o Evangelho de Lucas e o Livro de Atos dos Apóstolos, isso faz de
Lucas o mais prolífero autor de todo o Novo Testamento.
Somando-se estes dois volumes, temos nessas duas obras mais de um quarto do total do volume
do Novo testamento, e a menos que consideremos paulina a Epistola aos Hebreus, caso em que
Paulo seria o mais copioso escritor do Novo testamento.
O fato de que Lucas, o autor do terceiro Evangelho, é também o autor do livro de Atos, é
algo universalmente aceito. Os dois volumes constituem duas divisões da uma mesma obra
literária. O texto de Atos 1.1 mostra que o autor sagrado tencionava que esses dois volumes
fossem tidos como um todo. Já desde o ano 185 d.C. (num escrito de Irineu, um dos pais da Igreja
primitiva) temos uma afirmação de que Lucas é o autor de ambos os livros. Também poderíamos
acrescentar a isso o testemunho de cânon o muratoriano, que pertence ao fim do II século d.C.,
como o fazem igualmente os testemunhos de Tertuliano, Orígenes, Eusébio e Jerônimo.
Pelo fim do segundo século, essa era a tradição corrente na Igreja de Roma.
Evidencias lingüísticas dão apoio às reivindicações do prefácio do evangelho de Lucas, bem
como as declarações constante nas tradições acima citadas.
Quem foi Lucas?
Quanto à vida particular de Lucas, pouco é o que conhecemos. Sabemos apenas que ele
era gentio, possivelmente da Antioquia; que falava o grego fluentemente, que era medico de
refinada educação, e que após convertido ao cristianismo largou as funções médicas, se dedicando
a viajar com o apostolo Paulo, de quem se fez medico e um amigo inseparável. Acompanhou Paulo
desde Troas ate Filipos viagem memorável na qual o apostolo Paulo levou as boas novas do
Evangelho desde a Ásia até a Europa. Em viagem posterior, continuou com Paulo desde Filipos até
Jerusalém; esteve com ele enquanto durou o seu encarceramento em Cesaréia, daí
acompanhando-o até Roma, donde, nos tristes dias de confinamento de Paulo, se demonstrou de
uma fidelidade a toda prova. Nesta fase da sua vida, abandonado por seus cooperadores, escreveu
o apostolo Paulo: “Somente Lucas está comigo” Segundo a tradição, Lucas sofreu o martírio, tendo
sido enforcado em uma
oliveira, na Grécia.
O Tema do Livro de Atos
O livro de Atos contém a historia com estabelecimento e desenvolvimento da Igreja Cristã, e
da proclamação do Evangelho ao mundo de então. É um relato do ministério de Cristo continuado
por seus servos. Leon Tucker sugere as seguintes palavras como “palavras-chave” do livro de
Atos: “Ascensão, Descida e Expansão”.
A ascensão de Cristo é seguida pela Descida do Espírito Santo, e a descida do Espírito
Santo é seguida da expansão do Evangelho.
“O Livro de Atos é pedra-chave que vincula as duas porções principais do
Novo Testamento, isto é, o “Evangelho”, conforme os primeiros cristãos diziam... a única
ponte de que dispomos para atravessar o abismo aparentemente intransponível que separa
Jesus de Paulo, Cristo do cristianismo, o evangelho de Jesus e o evangelho sobre a pessoa
de Jesus”. – H. J. Cadbury. Os diversos títulos que tem sido atribuídos a esse livro, nos dias da
antiguidade, são os seguintes: “Atos e Transações dos Apóstolos” (Códex Bezae) e “Atos dos
Santos Apóstolos” (Códex Igreja). Os manuscritos mais antigos diziam simplesmente “Atos dos
Apóstolos”, como o Códex Vaticanus e outros manuscritos antigos, apesar que os manuscritos
Aleph diga simplesmente “Atos”. Alguns editores têm dado preferência a este último título, como
possivelmente representante do título original, ou, pelo menos, como aquele que mais direito tem
de reivindicar originalidade. Os pais da Igreja, Orígenes, Tertuliano, Dídimo, Hilário, Eusébio e
Epifânio, também usaram meramente o titulo de “Atos” para este livro. Já Ecumênio chamou-o de
“Evangelho do Espírito Santo”; enquanto Crisóstomo o chamava de “Livro da Demonstração da
Ressurreição”.
1.2 – PROPÓSITO, DATA E DESTINATÁRIO DE ATOS
Ao escrever o livro de Atos, Lucas demonstra ser um historiador de primeira grandeza. Isto
é provado pela sua absoluta exatidão nas suas narrativas e registros, pela firmeza de propósito,
pela seleção cuidadosa e lógica do material literário e pelo uso correto do mesmo. Ele escreve Atos
com um propósito claro em mente.
Cada um dos episódios que narra tem relação com o mesmo, pelo que omite todos os
detalhes desnecessários. Por isso sua obra demonstra unidade, clareza e vigor.
Como conseqüência disto, temos no livro de Atos não só memórias inspiradas, nem
tampouco extratos acidentais de um diário, nem uma coleção incoerente de tradições apostólicas,
mas sim um livro que se constitui num monumento do mais refinado acabamento.
Propósito do Livro de Atos
Ao escrever Atos, Lucas tinha em mente o propósito de escrever uma historia da formação,
desenvolvimento e expansão da Igreja, começando em Jerusalém e concluindo em Roma.
Portanto, não era o propósito de Lucas simplesmente escrever as biografias de Pedro ou de Paulo
e de outros apóstolos. Ele fala destes personagens só enquanto suas atividades tiverem relação
com o seu propósito principal de mostrar como se formou a Igreja, como ela se abril para receber
os gentios, como se estendeu de Jerusalém , alcançou partes da Ásia, chegando até Roma.
Também não foi seu propósito escreve tudo que sabia a cerca das igrejas locais fora de Jerusalém,
Antioquia e Filipos. Mostrou apenas como o testemunho dos pregadores do Evangelho de então
contribuiu na formação de varias comunidades cristãs, e como influíram para que obra de
proclamação do Evangelho alcançasse todo o mundo.
Data do Livro de Atos
O livro de Atos foi escrito, presumidamente, cerca do ano 60 d.C., ano da chegada de Paulo
a Roma. Admitindo-se que o livro não poderia ter sido escrito antes dos últimos eventos nele
registrados, é de se supor que Lucas o tenha escrito imediatamente depois do encarceramento de
Paulo no ano 60 em Roma. Esta é a data mais remota, tradicionalmente aceita como data em que
Lucas escreveu Atos.
A data mais avançada possível é o ano 150 d.C., quando Marción fez uso definido do
Evangelho de Lucas, razão pela qual sabemos que o livro de Atos já existia por esta altura.
Lucas foi companheiro de viagens missionárias de Paulo, pelo que também não podia ser
homem de idade muito diferente da do apostolo. Por isso, é pouco provável que ele tenha vivido
além do ano 100 d.C. Isso significa que tanto o Evangelho de Lucas como o livro de Atos devem ter
sido escritos antes desta data.
Outrossim, não é razoável pensarmos que Lucas tivesse esperado mais de trinta nos, para
registrar as suas impressões, muitas das quais vividas come testemunha ocular.
Em favor daquela data mais remota, alguns eruditos são da opinião de que o livro de Atos
não pode ter sido escrito após o ano 64 d.C. De fato alguns sugerem a data 63-64 d.C., salientando
o termino abrupto do livro, o que nos faz supor que Paulo ainda não foi executado a mando do
imperador Nero (em cerca do ano 67 d.C.), pois se isso já houvesse ocorrido, não havia duvida que
Lucas teria registrado tão marcante acontecimento.
Destinatário do Livro de Lucas
O livro de Atos, tal como o evangelho de Lucas, foi escrito e destinado para um oficial
romano de nome Teófilo = amado de Deus. Por conseguinte, o livro foi enviado a um membro da
aristocracia romana, residente em Roma, provavelmente.
Foi escrito com a finalidade de apresenta a este oficial, e a outra pessoas interessadas, uma
defesa do cristianismo, para mostrar que o mesmo não se tratava de um ramo herético do
judaísmo, não era uma organização política, contraria ao Estado e ao império romano. Segundo
perece, não foi obra dirigida principalmente às comunidades cristãs da época, conforme sucede o
restante do Novo Testamento, mas antes, visava circular entre os lançamentos literários daqueles
dias, para benefício do público leitor gentílico pagão, sobretudo à aristocracia romana.
Não é por isso, contudo, que haveríamos de eliminar os livro de Atos da lista das Obras
sagradas dirigidas à Igreja Cristã Universal, como se não tencionasse explicar aos cristãos as
origens e os primeiros passos dos Cristianismo, que emprestavam validade à sua missão de
âmbito universal
1.3 – CARÁTER HISTÓRICO DE ÊNFASE APOLOGÉTICA DE ATOS.
O valor histórico do livro de Atos tem sido amplamente confirmado pelas descobertas
arqueológicas. Apesar da sua importância apologética e teológica, isso não diminui sua minuciosa
exatidão, ainda que aquelas controlem sua seleção e apresentação dos fatos.
Lucas coloca sua narrativa dentro da moldura da historia contemporânea. Suas paginas
estão repletas de referencias aos magistrados das cidades, aos governantes provinciais, aos reis
visitantes, e outros semelhantes, e as mesmas referencias provam que estão corretas quanto ao
lugar e ao tempo em questão. Com um mínimo de palavras Lucas transmite a autentica cor local
das muitas cidades mencionadas em sua historia. E sua descrição sobre a dramática viagem de
Paulo a Roma (cap. 27) até os nossos dias, permanece como um dos mais importantes
documentos sobre a antiga arte da navegação.
Ênfase Apologética de Atos
Tanto no seu evangelho quanto em Atos, Lucas se preocupa em demonstrar que o
Cristianismo em nada se constituía uma ameaça à lei e à ordem do Império Romano. Ele fez isso
particularmente ao citar os julgamentos de governadores, magistrados e outras autoridades em
diversos lugares do império. No seu evangelho, Pilatos por três vezes pronunciou Jesus inocente
de qualquer sedição (Lc 23.4,14,22), e quantas semelhantes feitas contra os seguidores do Livro
de Atos, não podem ser comprovadas! Por exemplo, os pretores de Filipos aprisionaram Paulo e
Silas alegando estarem eles interferindo nos direitos da propriedade privada, quando libertaram
uma jovem do espírito de adivinhação, no entanto são obrigados a saltá-los desculpando-se por
sua ação ilegal. As autoridades de Tessalônica, perante quem Paulo e seus cooperadores foram
acusados de sedição contra o imperador, contentam-se em encontrar cidadãos do lugar que
garantam o bom comportamento dos missionários.
Uma decisão ainda mais significativa foi a tomada por Gálio, proconsul de Acaia, que
desconsiderou a acusação de pregar religião ilícita, segundo os lideres judaicos de Corinto
acusaram o apostolo Paulo; a aplicação pratica dessa decisão é que o Cristianismo compartilha da
proteção assegurada pela lei romana ao Judaísmo. Em Éfeso Paulo desfruta da amizade das
autoridades e é exonerado pelo escrivão da cidade da acusação de ter insultado o culto de Diana,
a deusa dos Éfesos.
Na Judéia, o governador Festo e o rei visitante Agripa II, concordam que Paulo não
cometera qualquer ofensa que fizesse merecer a morte ou aprisionamento, e que de fatos estava
disposto a liberta-lo caso ele não tivesse apelado para César.
Bem poderíamos perguntar, entretanto, por que motivo a marcha e o progresso do
Cristianismo com tanta frequência foram marcados por agitações publicas, já que os cristãos eram
tão ordeiros e obedientes à lei do império? A resposta é que, com exceção do incidente em Filipos
e da demonstração provocada pelos ourives de Éfeso, os tumultos eram sempre instigados por
oponentes judeus. Assim como o evangelho apresenta os principais sacerdotes saduceus de
Jerusalém a compelir Pilatos a sentenciar Jesus à morte, contra o seu próprio parecer, assim
também no livro de Atos são os judeus os principais inimigos de Paulo, onde quer que ele fosse.
Por isso, enquanto por um Aldo o livro de Atos registra as conquistas do Evangelho nos
grandes centros gentios da civilização imperial, registra ao mesmo tempo a sua progressiva
rejeição pela maioria das comunidades judaicas espalhadas pelo império.
Interesse Teológico de Atos
A atividade do Espírito Santo é o tema teológico dominante do livro de Atos.
A promessa do derramamento do Espírito Santo feito pelo Cristo ressurreto (1.4), foi
cumprida pelos discípulos no dia de Pentecostes (cap. 2), e entre os crentes gentios no capitulo 10.
Os apóstolos desincumbem-se de suas atividades ministeriais no poder do Espírito Santo, o que
manifestado por sinais
sobrenaturais. A aceitação do Evangelho pelos convertidos é igualmente acompanhada pelas
manifestações visíveis do poder do Espírito.
Pela maneira como o Espírito Santo age através das páginas do livro de Atos, realmente
poderia ser chamado de “Atos do Espírito Santo”, pois é o espírito que controla em todos os
lugares o progresso do Evangelho. Ele guia os movimentos dos pregadores, como por exemplo,
Filipe (8.29,39), Pedro (10.19). Ele guia a Paulo e seus companheiros (16,6).
Ele orienta a Igreja de Antioquia a enviar Saulo e Barnabé “ à Ásia como os primeiros
missionários da Igreja (13.2). Ele recebe reconhecimento, na carta que transmitiu a decisão do
concilio de Jerusalém às igrejas gentias (15.28).
Ele fala por meio de profetas (11.28; 20.23; 21.4, 11) tal como nos dias do Antigo
Testamento. Ele é quem, antes de mais ninguém, nomeia os anciãos duma Igreja para que cuidem
dela (20.28). Ele é principal testemunha sobre a verdade no Evangelho (5.32).
As manifestações sobrenaturais que acompanham a propagação do Evangelho significam
não só a atividade do Espírito Santo, mas também a inauguração duma nova era na qual Jesus
Cristo reina como Senhor e Messias.
1.4 – A VALOR PERMANENTE DE ATOS.
Diferente da maioria dos livros do Novo Testamento, o evangelho de Lucas e o livro de Atos
não parecem ter sido primariamente enviados às Igrejas Cristãs, quer como dirigidas a elas que
como circulando por elas. Alguns conceituados comentadores da Bíblia são da opinião de que
ambos, principalmente o livro de Atos, circulava entre os livros do comercio livreiro contemporâneo
para o beneficio do publico gentio leitor, para qual se dirigia. Assim sendo, deve ter havido um
espaço de entre a primeira publicação de ambos os livros e sua circulação mais geral nas igrejas
como um documento cristão divinamente inspirado.
Atos da Igreja Primitiva
No inicio do II século, quando os escritos dos quatro evangelhos já haviam sido
colecionados e circulavam como um conjunto de livros, as duas porções dos escritos de Lucas (o
seu evangelho e Atos), foram separadas uma da outra, a fim de seguirem veredas diferentes.
Enquanto que o futuro do Evangelho de Lucas foi assegurado por haver sido incorporado aos
outros três Evangelhos, o livro de Atos tornou-se um livro dotado de uma importância sempre mais
crescente.
A circulação rápida do livro de Atos, entre as igrejas no principio, talvez tenha se dado
devido ao impulso de colecionarem as Epistolas Paulina a partir do I Século. Se havia algum
interesse de se relegar Paulo ao esquecimento da geração que seguiu à sua morte, o Livro de Atos
certamente servia para trazê-lo de volta a memória dos crentes, e também salientava quão
extraordinário era ele. Porem, se o livro Atos frisa a importância da pessoa e obra de Paulo,
também testifica quanto do trabalho doutros apóstolos, especialmente Pedro.
Para os campeões da fé cristã universal, por outro lado o valor do livro de Atos agora
aparecia cada vez mais evidente, pois não só apresentava prova inegável da posição e feitos de
Paulo como apostolo, mas igualmente salvaguardava a posição dos outros e justificava a inclusão
de escritos apostólicos não-paulinos, juntamente com a coleção paulina no volume das santas
escrituras. Foi a partir desta época que a obra passou a ser conhecida como “Os Atos dos
Apóstolos”.
O Valor de Atos no Contexto do Novo Testamento O direito do livro a Atos ocupar sua
posição tradicional entre os evangelhos é claro e indiscutível. Por um lado forma a sequência
natural de um deles. Por outro lado, forma o fundo histórico para as Epistolas e atesta o caráter
apostólico cuja a maioria os nomes trazem.
Além do que até aqui expomos, o livro de atos se serve ainda como documento de
incalculável”, valor acerca dos primórdios do Cristianismo. Só quando consideramos quão resumido
é nosso conhecimento da Historia da Igreja é que descobrimos o quanto devemos ao livro de Atos.
O surgimento e o progresso do Cristianismo se tem constituído num estudo que oferece
alguns problemas quanto a exatidão de fatos, datas etc. Problemas que seriam bem maiores se
não fosse a precisão das informações que Atos nos oferece, por exemplo: como se sucedeu que
um movimento nitidamente judaico no principio, depois dalgumas décadas passou a ser conhecido
como uma religião distintamente gentia? Como aconteceu que uma fé que se originou na Ásia
durante muitos séculos tem sido associada predominantemente, para melhorar ou piorar a
civilização européia? A resposta esta ligada principalmente à carreira missionária de Paulo.
De fato a narrativa de Atos o faz um livro de informações do mais alto valor para uma fase
extremamente significante da historia da Igreja e da civilização mundial.
1.5 – ELEMENTO TEOLÓGICO DE ATOS
Embora enfatizemos que ao escrever o livro de Atos, Lucas estivesse escrevendo uma
narrativa histórica dos primórdios do cristianismo, e embora rejeitemos o ponto de vista de que ele
o escreveu afim de transmitir um conceito Teológico Específico, nem por isso devemos deixar de
perguntar acerca da natureza do ponto de vista teológico expresso em Atos. Não há duvidas que
Lucas percebe que a historia tem importante significado teológico e de que ressaltou este
significado à sua maneira. Trata-se naturalmente. dalguma coisa bem diferente da declaração de
que reinterpretou a historia, e que a colocou numa forma teológica pouco comum.
Dentre os muitos aspectos do elemento teológico do livro de Atos dos Apóstolos, vamos
abordar alguns apenas:
1. A CONTINUAÇÃO DO PROPÓSITO DE DEUS NA HISTORIA
A historia registrada em Atos é considerado uma continuação dos atos poderosos de Deus
registrado no Antigo testamento e do ministério de Jesus.
Em sentido mais claro, o livro de Atos registra a “Historia da Salvação”.
Para melhor compreender isto devemos atinar apara o seguinte:
a.Os elementos que se registram em Atos foram levados a efeito por meio da vontade de Deus. A
Historia da morte e ressurreição de Jesus é o exemplo mais claro dum evento que remota até
“determinado desígnio de Deus” (2.23)
b.A vida da Igreja realiza-se como cumprimento das Escrituras. As profecias do Velho Testamento
governavam o decurso da historia da Igreja, como seja: O Espírito e a proclamação da salvação
(2.17-21), a missão ao Derramamento do E.S aos gentios (13.47) e a incorporação deles à Igreja
(15.16-18), e a recusa dos judeus como um todo no sentido de responderem ao Evangelho (28.2527).
c. A Vida da Igreja foi dirigida por Deus em etapas cruciais. Às vezes o espírito santo dirigia a Igreja
naquilo que deveria fazer (13.2; 15.28Ç 16.16). Noutras ocasiões, anjos falavam a missionários
cristãos (5.19-20; 8.26; 27.23), ou virem mensagens através dos profetas (11.28; 20.11,12).
Nalgumas ocasiões, o próprio Senhor aparecia aos seus servos (18.9; 23.11).
d.O poder de Deus revela-se nos sinais e maravilhas operados em nome de Jesus (3.16; 14.3).
Como resultado, pode-se dizer que o próprio Deus realizou a obra da missão cristã (14.4).
2. A MISSÃO E A MENSAGEM DA IGREJA
Atos é, um livro a respeito da missão, pelo que seria perfeitamente justo adotar o versículo 8
do capitulo 1, como resumo do seu conteúdo: “sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra”. O
propósito da Igreja era testemunhar de Jesus e do poder da sua ressurreição; assim fazendo
estaria cumprindo com sua missão.
A mensagem que a igreja proclamava é exposta numa série de discursos públicos,
espalhados por todas as partes de Atos. Em termos gerais, o assunto era Jesus, ressuscitado entre
os mortos por Deus, depois de ter sido crucificado pelos judeus, portanto a fonte da salvação.
3. O PROGRESSO A DESPEITO DA OPOSIÇÃO
Atos se ocupa também com a oposição que cerca a expansão do evangelho.
Lucas o seu Autor, reconhece que assim como o caminho trilhado por Jesus levou ao seu
assassinato judicial, assim também o caminho da Palavra de Deus está repleto de oposições.
4. INCLUSÃO DOS GENTIOS NO POVO DE DEUS
Atos dos Apóstolos reflete ainda as tremendas tenções que existiam na igreja primitiva no
que diz respeito à base da missão gentia. Embora os evangelhos registrem a comissão dada por
Jesus, tornando o evangelho a fonte de bens espirituais para todas as pessoas do mundo inteiro,
os primeiros discípulos tiveram pouca visão quanto a isso no principio. Por essa razão dificultaram
a entrada dos gentios no reino de Deus o quanto puderem. Só o derramamento do Espírito Santo
no dia de Pentecoste, viria por fim a esse exclusivismo. Foi assim que dentro de poucos anos o
Evangelho terminou alcançando os samaritanos e por fim os gentios da Europa e da Ásia.
5. A VIDA E ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
Ao longo de sua narrativa, Lucas se preocupa em oferecer um retrato da vida e da adoração
da Igreja, sem duvida como padrão para guiar e orientar a Igreja em seus dias.
Inicialmente a liderança da igreja estava nas mãos dos apóstolos, juntamente com os
anciãos, e a igreja em Jerusalém ocupava um lugar importante entre as demais igrejas que foram
surgindo posteriormente. Alem disto, aprendemos alguma coisa acerca da obra dos missionários. O
principio do trabalho em equipe foi estabelecido desde o inicio, e, na sua maior parte, os
missionários viajavam em grupos de três ou mais.
Conclusão
Portanto, tenhamos o cuidado de não termos o livro de Atos na conta de um livro histórico
apenas. A Bíblia não contem historias com o simples propósito de satisfazer nossa curiosidade
histórica, mas sim, para nos ensinar a verdade. Inserido no Novo Testamento, o livro de Atos se
presta, junto aos demais livros, como elemento da revelação de Deus ao seu povo em todos os
tempos.
II – A FUNDAÇÃO DA IGREJA
A palavra “Igreja” é tradução do termo grego “ekklesia”, originado de duas palavras gregas
“ek”, que quer dizer “para fora” e o verbo “kalein”, que quer dizer “chamar”. Assim “ekklesia” quer
dizer “os que são chamados para fora”, isto é, chamado para deixarem o mundo e pertencerem a
Deus. Deste modo, a verdadeira Igreja esta no mundo, mas não pertence ao mundo.
No grego clássico “ekklesia” significa uma assembléia convocada para se reunir em lugar
publico, formando uma espécie de assembléia legislativa, onde eram debatidos e deliberados os
assuntos de interesse geral duma comunidade. “Ekklesia” não tinha, então , sentido religioso. Mas
nos dias de Jesus e Paulo, o termo “ekklesia” era empregado para designar a reunião de um grupo
de pessoas devidamente qualificadas e reunidas em caráter democrático para fins deliberativos.
Contudo quando Jesus declarou: “edificarei a minha igreja”, conforme Mateus 16.18 (e esta foi a
primeira vez que ele empregou este termo), Ele tinha em mente os seus discípulos.
A tradução do Antigo Testamento usada pelos judeus de fala grega, nos dias de Jesus, era
a Septuaginta, e que quase sempre usa a palavra “ekklesia” para traduzir o termo hebraico “gahal”
que significa “assembleia” e “congregação”, concernente à nação de Israel aparecendo diante de
Deus (Dt 31.30; Jz 2.18; 1 Cr 29.1). Quem não pertencia ao povo de Deus não podia comparecer a
estas santas reuniões. Assim a congregação (gahal ou ekklesia) de Deus era o ajuntamento
especifico do seu povo para adora-lo e servi-lo.
A Igreja originou-se no coração de Deus o Pai, foi comprada pelo sangue de Jesus o Filho,
e habitada pelo Espírito Santo. È composta de pessoas remidas pelo sangue de Cristo e que
sentem necessidade de viver em comunhão.
Como participantes dessa Igreja Maravilhosa, cumpre-nos conhecer melhor a sua origem e
desenvolvimento; assuntos que serão abordados nesta lição e mais desdobradamente ao longo de
todo este livro.
2.1 – JESUS INSTRUI OS SEUS DISCÍPULOS (1.1-8)
A missão terrena de Jesus chegara ao fim. Jesus ressuscitara da morte, triunfante e
glorioso! Dentro em pouco Ele voltaria para o seio do Pai. Porém, a obra por Ele inaugurada estava
apenas se iniciando. Aos seus apóstolos caberia dar continuidade ao que Ele começara; para isso
dependiam da proteção e direção do Espírito Santo.
O Cuidado de Jesus
Os cinco primeiros versículos de Atos registram o cuidado mostrado por Jesus em
conscientizar os apóstolos quanto à responsabilidade que lhes caberia daquele momento em
diante, e as instruções de que precisavam.
Os apóstolos eram fruto de sua escolha. Jesus mesmo os comissionara. Atos 1.4 frisa a
ordem dada por Jesus aos apóstolos antes da sua ascensão, registrada em Lucas 24.49 “Eis que
envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais
revestidos de poder”. Seria uma tarefa difícil de ser cumprida; só com a ajuda e orientação do
Espírito Santos os apóstolos poderiam levar a bom termo tão importante obra. Era uma trabalho
para ser realizado por pessoas capazes de viver perante o Espírito Santo e sob o Seu Poder.
Quarenta Dias Após
Quarenta dias decorrem da ressurreição de Jesus e a sua ascensão este espaço tinha um
duplo propósito:
1) Dar aos discípulos a insofismável prova de que Jesus de fato ressuscitara ; e
2) Dar aos discípulos as diretrizes acerca do reino de Deus (v.3).
A ressurreição de Cristo pareceu reascender no coração dos discípulos o nacionalismo
antes apagado por causa da sua morte na cruz. Eles já podiam crer que o reino anunciado por
Jesus pertenceria a Israel, ainda que os romanos fossem soberanos até àquele momento. No
entanto só uma coisa queriam saber: quando o reino de Israel seria restaurado (v.6)
È certo que a crucificação de Jesus levara os discípulos à não mais pensarem num reino
terreno e temporário, todavia ainda interpretavam o reino em termos da sua nacionalidade –
visavam à expansão do reino dentro do Judaísmo, que era para eles tanto nação como religião.
Uma resposta Oportuna
Uma pergunta aos discípulos: “Será este o tempo em que restaurarás o reino de
Israel”, Jesus respondeu solenemente: “Não vos compete conhecer tempos e épocas”. Os
discípulos como resposta ã sua pergunta, receberam uma promessa e uma comissão, mas
não a satisfação de sua curiosidade. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria,
e até aos confins da terra” (v.18). O que pediam não era assunto afeto à eles, pelo que não
lhes foi concedido.
Jesus respondeu-lhes que o reino lhes pertenceria a medida que eles, no poder do
Espírito Santo, saíssem a testemunhar, não só em Jerusalém , mas até os confins da terra.
Com estas palavras, Jesus procurava tirar de suas mentes e de sei\us corações aquelas
ambições nacionalistas, para darem lugar a uma conscientização da evangelização do
mundo.
Tiago e João pediram os lugares de maior destaque no reino; Jesus na sua resposta
ensinou-lhes quais as condições para se atingir tais posições. Paulo orou pedindo a
remoção do espinho na sua carne; o Senhor respondeu que a Sua Graça lhe bastaria e lhe
faria triunfar. Moises orou pedindo que o Senhor lhe permitisse morrer, para aliviar o seu
fardo; o Senhor, porém, lhe concedeu setenta ajudantes. Elias orou pedindo que sua vida
lhe fosse tirada; ao invés disso o Senhor lhe deu descanso, comida, e mais trabalho.
O Dever de Esperar
Os discípulos tinham que esperar em Jerusalém até que do alto fossem revestidos do poder
do Espírito Santo. Há varias maneiras de esperar: o servo infiel espera supondo que o Senhor vai
demorar: outros O esperam acomodadamente.
Mas, segundo a orientação de Cristo, a verdadeira espera inclui expectativa, oração e
consagração, como ainda mostraremos no decorrer desta lição.
2.2 – A ASCENSÃO DO SENHOR
Resumidamente Lucas descreve a ascensão do Senhor Jesus Cristo, todavia, o suficiente
para transportar-nos ao Monte das Oliveiras, junto a Betânia, e induzirnos a contemplarmos pela fé
tão majestoso quadro.
Olhando para Cima
Ali, em verdadeiro êxtase, encontravam-se os discípulos – olhos e corações elevados para
o céu, divisando o Mestre amado subindo às alturas, ressurreto e triunfante, até que uma nuvem O
encobriu! Foi nesse momento de contemplação e emoção que: “dois varões vestidos de brando se
puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: varões galileus, por que estais olhando para as
alturas? Esse mesmo Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o viste
subir” (VV 10,11).
Esse evento vindicou de modo completo e divindade de Jesus, que passou a ser chamado
Senhor e Cristo, pela Igreja composta dos Seus discípulos.
Significados da Ascensão de Cristo
Dois fatores primordiais devem ser destacados com relação à ascensão do Senhor:
1) A ascensão do Senhor significou um final. Um estágio passara e outro esta
iniciando. Completara-se o tempo em que a fé no Senhor visível, sempre presente em forma
humana. Sua fé agora deveria ser independente do tempo e do espaço.
2) A ascensão significou um começo. Os discípulos tiveram o coração pleno de alegria
transbordante e iniciaram, depois de revestidos de poder, a era da proclamação do Evangelho a
todas as nações.
Nessa tarefa todos nós estamos empenhados até hoje. Hoje, não menos do que nos dias
apostólicos, faz-se necessário a presença dinamizadora e poderosa do Espírito Santo, para que
possamos cumprir o ideal de Jesus na Grande Comissão.
A promessa de que Jesus voltará do mesmo modo que foi levado para o céu, diz respeito à
sua volta pessoal e visível no fim dos tempos, no mesmo local que subiu ao céu, isto é, no Monte
das Oliveiras (Zc 14.4). Antes de se manifestar em gloria, o Senhor Jesus arrebatará a Sua Igreja,
o que poderá ocorrer a qualquer momento.
1. A VIDA DO APÓSTOLO PAULO
Ensaio sobre a vida do Apóstolo Paulo
“Eu sou judeu, nascido em Tarso, na província romana de Sicília, cidadão de uma cidade de
algum renome. Fui criado e educado na mais estrita fidelidade aos princípios e normas do
Judaísmo. Coube-me a venturosa sorte de nascer no seio de uma família a que fora outorgada a
cidadania romana, e ufano-me particularmente desse privilégio. Eduquei-me na cidade de
Jerusalém, aos pés do famoso mestre Gamaliel, na acurada observância da Lei de nossos pais, tal
como é interpretada pelos fariseus. Era tão zeloso das tradições do meu povo que em breve
progredi muito mais na minha fé religiosa do que a maioria dos meus conterrâneos. Poderia até
saber-se mais de ser quase irrepreensível na minha obediência à Lei do Antigo testamento”.
1.1. Antes da conversão. Embora alguns aspectos da vida de Paulo são muito
conhecidos, não temos muita informação no período concernente ao seu nascimento até o
aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos.
Provavelmente houve dois períodos nesta fase da vida de Paulo: infância em Tarso e
juventude em Jerusalém. Não se sabe ao certo o período de sua mudança para Jerusalém,
entretanto, sabe-se que desde jovem Paulo se torna estudante. Também, “porque se esperava que
todo estudante da Lei judaica, além de dedicar-se aos estudos, aprendesse uma profissão manual”
, Paulo aprendeu a fabricar tendas, o que mais tarde foi de grande valor para o desenvolvimento do
seu ministério.
Quanto ao seu nome: Saulo ou Paulo (quando foi chamado por Jesus). Saulo era um nome
judeu, enquanto Paulo, um nome grego. Muitos acreditam que Paulo já tinha os dois nomes, antes
de seu encontro com Jesus, devido sua dupla nacionalidade.
Quando foi enviado a Jerusalém, tornou-se discípulo de Gamaliel, “neto e sucessor do
grande rabi Hillel” , que pertencia a uma escola mais avançada e liberal dentro do judaísmo. O
interessante no desenrolar de Paulo e sua influência recebida por Gamaliel é o fato que ocorre no
livro de Atos 5.34-39, quando, de alguma forma, Gamaliel parece amenizar a perseguição sofrida
pelos cristãos. Paradoxal é que seu discípulo, Paulo, a partir de Atos 7.60-8.1-3, persegue
ferrenhamente os cristãos. Acredita-se que, mais por influência de sua família do que por influência
de Gamaliel é que, “com seus próprios termos, só pode ser chamado como um rígido fariseu” .
1.2. A caminho de Damasco. Essa experiência registrada em três diferentes lugares do livro de
Atos demonstra sua importância, não só na vida do apóstolo, mas em toda a história da Igreja
primitiva. “Apesar de não existir evidência de que Paulo conheceu a Jesus durante o Seu ministério
terreno (2 Co 5.16 significa tão somente considerar de um ponto de vista humano)” , a experiência
marcante alterou todo o trajeto de sua vida. Uma mudança tão radical de um momento para o outro
foi o ponto forte na experiência paulina. Antes inimigo da cruz; agora seguidor da mesma. “Paulo,
que odiara a fé cristã, tornar-se-ia seu maior advogado”.
Paulo não alterou seu percurso. Mesmo cego, foi para Damasco, onde ficou meditando
sobre sua experiência. Abalado, viu-se por três dias incapaz de comer ou beber. Ali teve mais uma
experiência nova com seu antigo perseguido. O Cristo ressuscitado enviou Ananias, cristão que
residia em Damasco, para lhe restituir a vista e também lhe entregar um recado especial. Diante de
tudo isso, Paulo, ao que parece, passou a residir em Damasco. Em Gl 1.17, Paulo relata que
também esteve em um lugar chamado Arábia. Não existe consenso entre o os historiadores quanto
ao tempo em que Paulo ficou neste lugar, mas sabemos pelo próprio apóstolo que o mesmo ficara
durante 3 anos por ali, até que teve de fugir de Damasco. Foi a caminho de Jerusalém, mas
também perseguido ali, teve de fugir. Vai então para Tarso, onde fica durante 10 anos (os
chamados anos de silêncio), até que Barnabé vai ao seu encontro, solicitando que Paulo fosse a
Antioquia para ajudá-lo.
2. A Missão entre os gentios. Paulo então vai para junto de Barnabé, onde deram início ao
próprio trabalho missionário. Depois de um ano de muitas bênçãos, “Paulo e Barnabé visitam
Jerusalém com socorros para acudir à fome que assola a igreja dessa cidade, catorze anos após a
conversão de Paulo”.
Após o retorno de ambos a Antioquia, foram escolhidos pela Igreja, por ordem do Espírito
Santo, para serem enviados àquilo que seria a primeira expedição missionária propriamente dita.
Essa viagem levou-os a atravessar a Ilha de Chipre e o sul da Galácia. “Sua estratégia, que se
tornou um padrão para as missões paulinas, era pregar primeiramente na sinagoga”. Depois de um
frutuoso trabalho missionário em diversas cidades, retornaram a Antioquia, dando fim a chamada:
primeira viagem missionária. Voltaram quase que pelo mesmo caminho, omitindo apenas a cidade
de Chipre. “Na viagem de retorno, Paulo e Barnabé fizeram questão de visitar outra vez as
comunidades recém-formadas, fortalecendoas na sua nova fé e encarregando alguns anciãos de
velarem sobre elas”. Em dado momento dessa viagem, Paulo faz menção de “um espinho na
carne”. Muitas interpretações tem-se levantado já desde a antigüidade sobre o que seria esta
moléstia. Não há uma real certeza, mas a maioria dos historiadores, teólogos e exegetas acreditam
que se tratava de uma doença nos olhos.
O que se sucede na vida do apóstolo a seguir é o firmamento e a aprovação de seu
chamado. Ainda passou por recriminações. Entretanto, no Concílio Apostólico, já vemos uma
aceitação dos líderes de Jerusalém quanto à argumentação de Paulo.
Antes desse Concílio, alguns mensageiros da Igreja de Jerusalém já haviam percorrido
algumas comunidades implantadas pelo apóstolo (provavelmente entre os Gálatas), dizendo que o
Apóstolo apenas lhes ensinara meia verdade: além de Jesus, eles precisavam observar os
preceitos da lei, principalmente a circuncisão.
Essa atitude levou o apóstolo a escrever uma carta aos gálatas, antes mesmo do Concílio
Apostólico. Nesse ponto sobre a vida de Paulo existem muitas imprecisões.
Muitos teólogos renomados não aceitam essa hipótese, dizendo que a primeira carta escrita
por Paulo foi posterior ao Concílio, e se dirigia a igreja em Tessalônica.
Depois deste importante fato em Jerusalém, Paulo torna-se de vez missionário, não
deixando mais de viajar e levar o evangelho aos gentios.
Ainda faz as chamadas “segunda e terceira viagens missionárias”, passando novamente por
inúmeras cidades.
Em algumas delas Paulo é rejeitado, apedrejado, preso, açoitado, etc. No entanto, nada fez
com que o mesmo deixasse de realizar sua vocação. Até preso, acredita-se que Paulo se
comunicava com suas comunidades através de cartas.
Depois dessas andanças, Paulo retorna a Jerusalém a fim de trazer uma coleta àqueles
cristãos. Lá é preso por judeus que querem matá-lo, sem levá-lo a instância superior. Entretanto
Paulo apela para sua nacionalidade romana e é enviado para ser julgado em Roma. Depois de
Roma, não temos mais certeza do futuro paulino. Sabemos que lá também Paulo não se torna
inativo: continua escrevendo às Igrejas locais.
Sob a direção do Espírito Santo, Paulo e Barnabé foram enviados como missionários
pela Igreja de Antioquia, que foram acompanhados por João Marcos, 13:1-5.
3. Sua morte. Outra questão intrigante é a dificuldade que temos em construir o futuro de
Paulo a partir de Roma. “Todas as tradições da Igreja primitiva dizem que Paulo morreu martirizado
em Roma durante a perseguição ordenada por Nero em 64 d.C.”. É uma hipótese bem
fundamentada historicamente, pois, o cidadão romano não poderia ser julgado e morto em
nenhuma outra parte do mundo da época, senão Roma.
Outra possibilidade é a de que Paulo tenha realizado seu propósito de ir à Espanha. Não
existe para isso prova bíblica, senão apenas tradições na própria Espanha de que tal fato tivesse
acontecido. A última possibilidade hipotética é a do que Paulo fez, depois de julgado e absolvido.
Essa possibilidade surge das referências às viagens pastorais (1 e 2 Tm e Tt). “Essas cartas
podem indicar que Paulo tenha visitado outra vez alguns dos lugares em que estivera antes na Ásia
Menor e na Grécia”.
Ainda no que se refere a elaboração do livro de Atos, foi escrito para fornecer uma história
da igreja primitiva. A ênfase do livro é a importância do dia de Pentecostes e o ser capacitado pelo
Espírito para sermos testemunhas eficazes de Jesus Cristo. Atos registram os apóstolos sendo
testemunhas de Cristo em Jerusalém, Judeia, Samaria e o mundo ao redor. O livro esclarece mais
sobre o dom do Espírito Santo, o qual capacita, orienta, ensina e serve como nosso Consolador. Ao
ler o livro de Atos, somos iluminados e encorajados pelos muitos milagres que estavam sendo
realizados naquela época pelos discípulos Pedro, João e Paulo. O livro de Atos enfatiza a
importância obediência à Palavra de Deus e a transformação que ocorre como resultado do
conhecimento dele.
O livro de Atos apresenta a história da igreja cristã e a propagação do evangelho de Jesus
Cristo, bem como a crescente oposição a ele. Embora muitos servos fiéis tenham sido usados para
pregar e ensinar o evangelho de Jesus Cristo, Saulo, cujo nome foi mudado para Paulo, era o mais
influente.
Antes de se converter, Paulo tinha grande prazer em perseguir e matar cristãos. A dramática
conversão de Paulo na estrada de Damasco (Atos 9:1-31) é um dos destaques do livro de Atos.
Após sua conversão, ele foi para o extremo oposto de amar a Deus e pregar a Sua Palavra com
poder, fervor e o Espírito do Deus vivo e verdadeiro. Os discípulos foram capacitados pelo Espírito
Santo para serem Suas testemunhas em Jerusalém (capítulos 1-8:3), Judéia, Samaria (capítulos
8:4-12:25) e até os confins da terra (capítulos 13:1-28). Incluídos na última seção estão três
viagens missionárias de Paulo (13:1-21:16), seus sofrimentos em Jerusalém e Cesareia (21:1726:32) e sua última viagem a Roma ( 27:1-18:31).
Aluno:________________________________________Nota:___________________
IGREJA:__________________________________________
1ª PROVA - ATOS DOS APÓSTOLOS
Assinale com (x) a resposta que você acha correta.
1) Quem é o escritor do livro de Atos dos Apóstolos?
( ) Lucas ( ) João ( ) José ( ) Marcos
2) Qual apóstolo Lucas acompanhou em viagem missionária?
( ) Apóstolo Paulo ( ) Apóstolo João ( ) Apóstolo Pedro ( ) Apóstolo Mateus
3) Qual foi o propósito histórico principal de Lucas em escrever o livro de
Atos?.
( ) Registrar a historia da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja primitiva
( ) Apagar a historia da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja primitiva.
( ) Arquivar a historia da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja primitiva.
4) Quando aproximadamente foi escrito o livro de Atos?
( ) No ano de 60 d.C
( ) No ano de 30 d.C
( ) No ano de 50 d.C
5) Á quem foi destinado o livro de Atos?
( ) Ao oficial romano chamado Teófilo.
( ) Ao oficial macedônico chamado Teófilo.
( ) Ao oficial Judeu chamado Teófilo.
2ª LIÇÃO
EPÍSTOLA AOS ROMANOS
Esta carta “nasceu de uma paixão pela evangelização entre os pagãos” . Como Paulo não
fundou essa comunidade e nunca esteve lá, cremos que o mesmo sente a necessidade de se
apresentar àqueles cristãos. Entretanto, bem sabemos que grande parte deles o apóstolo já
conhecia. A história conta que por volta do ano 48-50, houve grande perseguição de cristãos em
Roma. Diante dessa perseguição, muitos cristãos fugiram para outras cidades. Áquila e Priscila são
um exemplo desse fato.
Agora em Roma e oriundos de lá, já se encontraram com Paulo na cidade de Éfeso (tudo
indica que foi justamente durante o período de perseguição). É talvez através deles que Paulo
conhece um pouco da situação dos romanos. “As raras alusões de sua epístola deixam apenas
vislumbrar uma comunidade em que os convertidos do judaísmo e do paganismo correm o perigo
de se desentenderem”. A prova que Paulo conhece muitos cristãos romanos está contida na
grande saudação final que faz o apóstolo, citando 28 nomes.
Em suma, temos nesta carta uma declaração bem amadurecida do evangelho.
Uma mensagem que desagradava a judeus e pagãos, não dependia de regras ou
restrições. Era apenas uma mensagem do Deus vivo que queria governar a vida dos seus
seguidores.
Romanos encabeça as treze cartas de Paulo no NT. Enquanto os quatro
evangelhos apresentam as palavras de Jesus Cristo, Romanos explora a significação de Sua morte
sacrificial. Usando o método de perguntas e respostas, Paulo registra a mais sistemática
apresentação doutrinária da Bíblia.
Romanos, porém, é mais que um livro de teologia, é também um livro de exortações
práticas. As boas novas de Jesus Cristo são mais que fatos a serem cridos; é também uma vida a
ser vivida
Uma vida de justiça condizente com a pessoa justificada gratuitamente por sua graça pela
redenção que há em Cristo (3:24). Romanos é o mais formal dos escritos de Paulo – é mais um
tratado do que uma carta (Bruce WILKINSON).
1. Autor:
O Apóstolo Paulo.
2. Data e Local:
Esta carta foi escrita por volta de 57 ou 58 d.C., em Corinto.
3. Destino:
Ela foi enviada para a Igreja em Roma que já existia há algum tempo, quando Paulo lhe
escreveu a epístola que tem o seu nome. Não há certeza de quem foi o fundador desta igreja. É
bem provável que ela foi fundada por cristãos judeus que se converteram no dia de pentecostes; ou
cristãos das igrejas estabelecidas por Paulo na Ásia, Macedônia e Grécia que tenham passado a
residir em Roma e levado outros a Cristo.
Esta igreja era composta tanto de judeus como também de gentios. Essa é a idéia
evidenciada pelos seguintes versículos (1.5, 12-16; 3.27-30; 6.19; 11.13, 25, 28, 30; 15:1, 2, 15). A
lista dos nomes existentes no cap. 16, inclui tantos nomes de origem judaica como de origem
gentílica; mas o maior número era de gentios.
Roma era a capital do Império; portanto, uma cidade muito importante.
4. Tema e Propósitos
4.1. Apresentar uma doutrina clara da justificação mediante a fé e não através das obras da Lei,
como defendiam os judaizantes.
4.2. Paulo também tinha o desejo de fazer missões na Espanha e também em Roma. Esperava o
apoio dos irmãos que residiam em Roma (15.24; 1.11-12).
4.3. Na igreja de Roma havia surgido dificuldades de natureza doutrinária e prática; alguns dos
membros gentios abusavam da liberdade cristã, participando de alimentos oferecidos a ídolos e
fazendo outras coisas perniciosas, que eram especialmente ofensivas para o conceito judaico (cap.
14).
4.4 – Havia indagações a respeito dos israelitas. Visto que eles tinham rejeitado o Messias, Paulo
procura explicar esta situação nos capítulos de 9 – 11. “O tema principal é a justiça de Deus” (1.1617).
5. CHAVES PARA ROMANOS.
5.1 – Palavras-chave: Os justos (justificação).
5.2 – Versículos-chave: 1.16-17; 3.21-25.
5.3 – Capítulos-chave: 6-8 – As respostas às perguntas sobre como ficar livre do pecado, como ter
uma vida equilibrada debaixo da graça, e como cultivar a vida cristã vitoriosa pelo poder do Espírito
Santo está todas contidas nestes capítulos.
6. ESBOÇO E CONTEÚDO
6.1 – Introdução (1.1-15).
O apóstolo apresenta uma longa saudação seguida pelos seus motivos para desejar fazer uma
visita à igreja em Roma.
6.2 – Exposição doutrinária (1.16 – 8.39).
a) Tantos os gentios como os judeus são igualmente culpados em face de retidão de Deus. (1.18 –
3.20).
b) Deus proveu um sacrifício propiciatório em Cristo (3.21-26). Este benefício é para todos os que
creem, tanto judeus como gentios (3.27-31); Abraão foi justificado pela fé e não pelas obras (4.125); assim como o pecado é universal por intermédio de Adão, igualmente a vida vem por
intermédio de Cristo (5.12-21).
c) A retidão deve ter aplicação na vida. Isso é seguido mediante a união com Cristo, pois, assim
como o crente morreu com Ele, semelhantemente agora vive n’Ele (6.1-14). O crente deixou de ser
escravo da lei para ser escravo de Deus (6.15 – 7.6).
d) A santificação e o Espírito (8.1-39).
6.3 – O problema de Israel (9.1 – 11.36).
Assim como em 1.18 a 3.20, o Apóstolo explica a relação em que estavam os judeus e os
gentios para com a lei, assim também, em 9.1 a 11.36, ele explica a relação que estão uns e outros
para com o evangelho.
A conclusão a que o apóstolo chega é a de que a salvação é por Cristo, e para todos os que
crêem; mas sendo assim, a grande maioria dos judeus perece, tomando os gentios o seu lugar.
a) Ele afirma quão grande é a tristeza, sendo rejeitados os judeus pela sua incredulidade (9.1-5).
b) As ações de Deus são soberanas e justas. Ninguém tem o direito de por em dúvida às decisões
do Criador (9.1-29).
c) A rejeição a Israel não é arbitrária, mas antes, devida a sua própria falta, pois os israelitas
tiveram a ampla oportunidade de se arrependerem (9.30 – 10.21).
A decadência e a rejeição dos judeus, embora, em certo sentido, conformemente aos
desígnios da providência, são realmente as conseqüências da incredulidade (9.30-33).
Este último pensamento acha-se desenvolvido no cap. 10. O apóstolo, depois de ter
novamente manifestado a sua dor pela incredulidade dos judeus, mostra que a rejeição destes é a
conseqüência de serem incrédulos; mas logo afirma que todos os que invocam o nome de Jesus
Cristo, sejam judeus ou gentios, serão salvos (10.4-13).
A objeção de que os judeus não podiam invocar Aquele, do qual nunca
tinham ouvido falar (10.14-17), ele responde que ouviram, mas que não aceitam a verdade, tendo
sido tal incredulidade prevista pelos profetas (10.18-21).
Os judeus não foram rejeitados como judeus, mas como incrédulos: “eu também sou
israelita”, diz ele (11.1). Não obstante, Israel podia esperar pela restauração (11.1-6). O fracasso de
Israel é que conduzirá a inclusão dos gentios (11.7-12). Os gentios serão o meio usado para
restauração de Israel (11.13-24). O estado final de Israel está nas mãos de Deus (11.25-36).
A humildade, a fé, a reverência, e a adoração do Senhor, justo e misericordioso, na
esperança da aceitação geral dos judeus, devem ser sentimentos de todos os gentios convertidos
(11.17-24).
E então acontecerá que Israel, na sua totalidade, voltará para Deus por meio de Jesus
Cristo (11.15-32).
Todo o plano de salvação é uma prova de insondável sabedoria e amor de Deus (11.33-36),
a Quem todos, por fim, em santa união, darão louvores.
6.4 – Exortações práticas (12.1 – 15.13).
a) Deveres resultados das vidas dedicadas, de caráter pessoal e geral (12.1-21).
b) Deveres que afetam a sociedade como um todo, tais como o dever da obediência cívica, da boavizinhança e da conduta sóbria (13.1-14).
c) A necessidade de tolerância entre os crentes. Isso é estudado em relação ao
problema especial de alimentos (14.1 – 15.43).
d) Conclusão (15.14 – 16.27).
7. SÍNTESE TEOLÓGICA
7.1. A Obra de Cristo
7.1.1. Expiação.
A idéia envolvida nessa palavra é o processo da reunião de duas partes, antes alienadas,
para que forme uma unidade. No Novo Testamento o termo grego “katallage”, é mais
apropriadamente traduzido por “reconciliação”. A morte de Cristo contornou o problema do pecado
humano e reconciliou a humanidade com Deus.
7.1.2. O Amor de Deus.
A morte de Cristo é a revelação suprema do amor de Deus (2 Co 5.19; Rm 5.8; 8.3, 32).
Paulo não diferencia entre o amor de Deus e o de Cristo. Realmente o amor de Cristo é o amor de
Deus, e vice-versa (Gl 2.20; 2 Co 5.14; Ef 5.25).
Ao mesmo tempo em que reconhecemos que a cruz é a obra de um Pai amoroso, temos
que reconhecer que a necessidade de expiação é vista à luz da ira de Deus contra o pecado (Rm
3.21 e 1.18).
A ira é o juízo que cai sobre o pecado na ordem moral em que Deus governa.
Ela é a reação divina ao pecado. A expiação é necessária porque os homens estão sob a
ira e o juízo de Deus. Paulo vê a morte de Cristo como uma morte expiatória (Rm 3.25; 8.3; Ef. 5.2;
1Co 5.7). Somos justificados pelo sangue de Cristo (Rm 3.25; 5.9).
A morte de Cristo foi vicária (I Ts. 5:10; Rm. 5:8; 8:32; Ef. 5:2; Gl. 3:13).
7.1.3. Propiciatória.
A morte de Cristo tem a ver não apenas com o homem e seu pecado; ela também está
concentrada em Deus, e, como tal, é propiciatória (Rm 3.24-25). O termo grego “hilastérion” tem
sido tradicionalmente traduzido como propiciação.
Este substantivo é derivado do verbo “exhilaskomai”, que em toda literatura grega, quer
dizer propiciar ou acalmar uma pessoa que foi ofendida. Tradicionalmente, a teologia tem
reconhecido nestas palavras um sentido em que a morte de Cristo, funcionou como um calmante
da ira de Deus contra o pecado, através da qual o pecador é libertado dela e transformado no
recipiente de sua dádiva graciosa de amor.Deus é um Deus vivo, que no dia do juízo, derramará
sua ira sobre os homens, que merecem seu julgamento justo (Rm 2.5). Todos os homens estão
condenados como culpado de pecado na presença de um Deus santo. A principal verdade do
argumento de Paulo, em Rm 1.18 a 3.20, não é avaliar o grau da pecaminosidade humana; é
demonstrar a universalidade do pecado e da culpa diante de Deus. Tanto judeus como os gentios
receberam iluminação ou através da natureza, ou da consciência, ou da Lei; e, tanto os gentios
como os judeus fracassaram objetivamente em obter justiça diante de Deus, e, portanto, são vistos
como merecedores da ira de Deus. Eles estão condenados como pecadores culpados. A
condenação suprema merecida, por esta culpa, é a morte. É decreto justo de Deus que, aqueles,
entre os gentios, que praticam pecados, merecem morrer (Rm 1.32). O destino dos pecadores é
perecer (Rm. 2.12-15), pois o salário do pecado é morte (Rm 6.23). A ira de Deus derramada sobre
o pecador, resulta em sua morte (morte eterna).
Através da morte de Cristo, o homem é liberto da morte. Ele é absolvido de sua culpa e
justificado; é efetuada uma reconciliação pela qual a ira de Deus não precisa mais ser temida (1Ts
5.9). A morte de Cristo foi um ato de justiça, uma demonstração de que Deus era de fato um Deus
justo (Rm 3.25 – 26).
7.2. Justificação e reconciliação
Paulo emprega muitos termos para demonstrar a obra de Cristo. Um dos mais importantes,
que domina as epístolas aos Gálatas e Romanos, é a “justificação”.
O Verbo justificar (grego dikaioõ) construído sobre a mesma raiz de “justo” (grego dikaios) e
justiça (dikaiosyne). A idéia expressa por dikaioõ é “declarar justo”, e não “transformar em justo”. A
idéia principal em justificação é a declaração de Deus, o juiz justo, de que o homem que crê em
Cristo, embora possa ser pecador, é visto como sendo justo, porque, em Cristo, ele chegou a um
relacionamento justo com Deus (Rm 3.26; 4.5; Gl 2.16; 3.11). A justificação é uma das bênçãos da
nova era que nos chegou em Cristo.
7.2.1. Justificação escatológica
O termo escatológico refere-se ao futuro. A palavra grega escatologia vem de “escatos” que
significa "última". Em Romanos 8.33, é previsto um juízo final. Em Romanos 2.13, Deus
pronunciará um veredicto sobre a conduta do homem, em termos de obediência ou desobediência
à lei (veja também Rm 5.19; Gl 5.5).
Ao mesmo tempo em que esperamos uma justificação escatológica, ela já aconteceu (cf.
Rm 5.1, 9; 1 Co 6.11).
Através da fé em Cristo, na base de seu sangue derramado, os homens já foram
justificados, absolvidos da culpa do pecado, e, portanto, libertos da condenação. A justificação, que
primariamente é absolvição no juízo final, já aconteceu no presente.
O julgamento futuro tornou-se, assim, essencialmente uma experiência presente. Deus
absolveu o crente; logo ele estará certo da libertação da ira divina (Rm 5.9), e não há mais
condenação para ele (Rm 8.1).
O fundamento da justificação não é a obediência à lei, é a morte de Cristo. Ela é a suprema
manifestação do amor de Deus pelos pecadores e o fundamento sobre cuja base a justificação
pode ser conferida ao homem como dádiva graciosa.
Assim, enquanto o fundamento da justificação é a morte de Cristo, o meio pelo qual a
justificação se torna eficaz para o indivíduo é a fé (Rm 3.24-25), que fé significa a aceitação desta
obra de Deus em Cristo, confiança completa nele, e um abandono total das próprias obras como os
fundamentos da justificação.
7.2.2. Reconciliação (katalasso, katalage)
Esta doutrina está ligada à justificação. A justificação é a absolvição do pecador de todo
pecado; a reconciliação é a restauração do homem justificado ao relacionamento com Deus. A
reconciliação é necessária porque o pecado alienou o homem de Deus. Ele quebrou o
relacionamento e tornou-se uma barreira entre o homem e Deus.
Quando examinamos de perto a linguagem de Paulo a respeito da reconciliação, torna-se
claro, de imediato, que Paulo em nenhum lugar fala expressamente em Deus se reconciliar com os
homens ou de ser reconciliado com os homens. Deus é sempre o sujeito da reconciliação e o
homem ou o mundo, é o objeto (2 Co 5.19; Rm 5.10; Cl 1.21-22). Cristo através da cruz reconciliou
tanto os judeus como os gentios com Deus (Ef 2.15,16). A reconciliação é, então, a obra de Deus,
e o homem, o objeto. O homem não pode se reconciliar com Deus. Ele tem que ser reconciliado
com Deus através da ação divina.
7.2.3. A reconciliação é objetiva
Um exame mais acurado das passagens em Romanos 5 e 2 Coríntios 5, leva a conclusão
inapelável de que a reconciliação não é, primariamente uma mudança básica na atitude do homem
diante de Deus; ela é, como a justificação, um primeiro evento objetivo, desempenhado por Deus
para a salvação do homem. A reconciliação foi promovida primeira por Deus “para” o homem, não
“no” homem.
Foi enquanto éramos inimigos que fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho
(Rm 5.8, 10). O amor de Deus manifesto na reconciliação, não é, aqui, focalizado sobre o momento
em que o indivíduo crê em Cristo e descobre sua atitude para com Deus transformada em amor; a
manifestação do amor de Deus aconteceu enquanto ainda éramos pecadores no evento histórico,
objetivo da morte de Cristo. A reconciliação é uma dádiva a ser recebida (Rm 5.11).
A reconciliação é uma obra feita “fora de nós”, em que Deus lida, em Cristo, com o pecado
do mundo, de modo que ele não mais seja uma barreira entre Ele e os homens, reconciliação no
Novo Testamento, não é algo que esteja sendo feito; é algo que está feito.
7.2.4. Os resultados da reconciliação
Uma vez que o pecador tenha sido restabelecido ao relacionamento com
Deus, certos resultados maravilhosos advêm: O primeiro deles é a paz com Deus (Rm 5.1).
Estamos em paz com Deus no que Ele está agora em paz conosco; sua ira foi afastada. PA, aqui,
não se refere a um estado mental, mas uma relação com Deus. Não somos mais inimigos de Deus,
porém, alvos de sua misericórdia.
Uma segunda benção que provém da reconciliação com Deus é uma reconciliação entre os
homens que haviam se hostilizado (Ef 2.14-16). (Ladd pp. 409-425)
Aluno:________________________________________Nota:___________________
IGREJA:__________________________________________
2ª PROVA - EPÍSTOLA AOS ROMANOS
Assinale com (x) a resposta que você acha correta.
1) Segundo estimado, quando foi escrito o livro e Romanos.?
( ) Por volta de 57 ou 58 d.C ( ) Por volta de 57 ou 59 d.C ( ) Por volta de 57 ou 60 d.C
2) A igreja de Roma era composta por ______________ e gentios. (Judeus)
A igreja de Roma era composta por _____________ e gentios. (Romanos)
A igreja de Roma era composta por _____________ e gentios. (Filisteus)
3) Qual problema Paulo enfrentava com os irmãos gentios da igreja de
Roma?
( ) Alguns dos membros Pentecostais da época, abusavam da liberdade cristã, participando de
alimentos oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas perniciosas, que eram especialmente
ofensivas para o conceito judaico
(
) Alguns dos membros gentios abusavam da liberdade cristã, participando de alimentos
oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas perniciosas, que eram especialmente ofensivas para o
conceito judaico
(
) Alguns dos membros de Roma abusavam da liberdade cristã, participando de alimentos
oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas perniciosas, que eram
especialmente ofensivas para o conceito judaico
4) Qual é o tema principal de Romanos?
( ) A tristeza de Deus ( ) A Justiça de Deus. ( ) A Revolta de Deus
5) O termo Expiação vem do grego “katallage”, que pode ser traduzido
como__________. (Ressurreição).
O termo Expiação vem do grego “katallage”, que pode ser traduzido
como__________. (Reconciliação).
O termo Expiação vem do grego “katallage”, que pode ser traduzido
como__________. (Reencarnação)
6) O que quer dizer o termo “propiciatório” com base em sua raiz grega
“exhilaskomai”?
( ) Quer dizer trair ou acalmar uma pessoa que foi ofendida, é o que acontece
com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós.
( ) Quer dizer restaurar ou acalmar uma pessoa que foi enganada, é o que
acontece com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós.
( ) Quer dizer propiciar ou acalmar uma pessoa que foi ofendida, é o que
acontece com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós.
( ) Quer dizer animar ou acalmar uma pessoa que foi ofuscada, é o que
acontece com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós.
7) O que é e representa o ato de “Justificação” divina expressado no livro de Romanos por
Paulo?
( ) É Deus, o proeminente juiz, declarando injusto o homem que se achega à Cristo.
( ) É Deus, o injusto juiz, declarando Justo o homem que se achega à Cristo.
( ) É Deus, o justo juiz, declarando Justo o homem que se achega à Cristo.
8) Qual é o fundamento da Justificação?
( ) É a vida de Cristo ( ) É a morte de Cristo ( ) É a tribulação de Cristo
9) Qual o meio pelo qual a justificação se torna eficaz para o homem?
( ) Através da Fé. ( ) Através da incredulidade
( ) Através da arrogância ( ) Através da dor Corinto era, no primeiro século, o centro comercial
líder do sul da Grécia.
3ª LIÇÃO
PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS CORINTIOS
1. Autoria: Foi escrita pelo o Apóstolo Paulo.
2. Data e local: Foi escrita em Éfeso por volta do ano de 56 d.C.
3. Destinatário:
Esta carta foi endereçada à Igreja em Corinto. Nos dias de Paulo, Corinto era a metrópole.
Em decorrência de seus dois portos, se tornou um centro comercial, e muitos navios de pequeno
porte se arrastavam lentamente no istmo* a Corinto procurando evitar a arriscada viagem de mais
de trezentos quilômetros contornando o sul da Grécia. A cidade se encheu de lugares sagrados e
templos, porém o mais proeminente foi o templo de Afrodite no topo de um promontório, a cerca de
450 metros de altitude. Os adoradores da “deusa do amor” usavam livremente as mil Hieroduli
(prostitutas consagradas).
Este centro cosmopolita prosperava em comércio, o entretenimento, vícios e corrupção; os que
saíram em busca de prazeres chegavam ali com o fim de gastar dinheiro em férias de imoralidade.
Corinto se tornou tão notório por seus males, que o termo “Korinthiazomai” (agir como um coríntio)
se tornou sinônimo de devassidão e prostituição. Foi no meio deste povo pagão e imoral que Paulo,
fundou uma igreja durante sua segunda viagem missionária, (3.6-10; 4:15; At 18.1ss).
Enquanto Paulo ensinava e pregava em Éfeso durante sua terceira viagem missionária,
sentiu-se perturbado pelas notícias vinda da casa de Cloe concernentes a disputas na igreja em
corinto (1.11). A igreja enviou uma delegação de três homens (16.17), os quais indagavam a Paulo
sobre certas questões (7.1) Paulo escreveu esta epístola como resposta aos problemas e
perguntas dos coríntios.
4. TEMA E PROPÓSITO
O tema básico desta epístola é a aplicação dos princípios cristãos no âmbito individual e
social. A cruz de Cristo é uma mensagem que se destina a transformar a vida dos crentes e tornálos diferentes, como pessoas e como uma associação, em todo o mundo.
Os coríntios, porém, estavam destruindo seu testemunho cristão em decorrência de
imoralidade e desunião. Paulo escreveu esta carta como resposta corretiva aos relatos de
problemas e desordens entre eles. Ela se destinava a refutar atitudes e conduta inadequadas e a
promover o espírito de união entre os irmãos em seu relacionamento e culto.
Dois acontecimentos levaram o apóstolo Paulo a escrever esta carta:
Em 1.11 desta carta, sabemos que Paulo recebeu visita de Corinto dos da casa de Cloe.
Eles lhe trouxeram informações sobre os conflitos entre os diversos grupos em Corinto e o
advertiram sobre o perigo de uma divisão da igreja; e também outros problemas. A posição dele em
relação às questões que o pessoal de Cloe lhe trouxe está nos capítulos 1 – 6.
Enquanto Paulo ainda está ditando a carta, chega uma delegação da igreja a Paulo, que lhe
traz uma carta de Corinto. A delegação é constituída por Estéfanas, Fortunato e Acaico (16.17). Por
Estéfanas pertencer ao grupo que está do lado de Paulo, a carta provavelmente vem deste grupo.
As seguintes perguntas são dirigidas a Paulo: os casados devem viver em abstinência? Os
casamentos devem ser dissolvidos? As jovens moças devem permanecer solteiras? É permitido
comprar carne no mercado? Qual é a sua * faixa de terra que liga uma península
opinião sobre os dons espirituais? É necessário que todos orem em línguas estranhas?
Nas suas respostas nos capítulos 7 – 16, Paulo se dedica a essas questões e introduz cada
assunto com a expressão “quanto ao”.
5. CHAVES PARA I CORÍNTIOS
5.1 – Palavra-chave: Correção.
5.2 – Versículos-chave: (6.19, 20; 10. 12,13).
5.3 – Capítulo-chave: (13) – Este capítulo tem sido a melhor definição do amor já formulado.
Pondo-se em frontal contraste com a idéia de que o amor é emoção, ou de que alguém pode cair
de amores, este capítulo claramente revela que o verdadeiro amor é primariamente “uma ação”.
6. ESBOÇO DO CONTEÚDO.
(a) Saudação e exórdio (1.1-9).
(b) Divisões partidárias: ensino de Paulo comparado com o de Apolo (1.10 – 4.21). (c) Um caso de
imoralidade (5.1-13).
(d) O erro de queixar-se aos tribunais pagãos; outras advertências contra a impureza (6.1-20).
(e) Discussão sobre o casamento (7.1-40).
(f) Questão das carnes oferecidas a ídolos; interpretação prática de Paulo sobre seu ofício
apostólico (8.1 – 11.1).
(g) Correção de irregularidades nas reuniões de adoração; véu das mulheres; festas de amor, ceia
do Senhor (11.2 – 34).
(h) Dons espirituais (12.1-31; 14.1-40).
(i) O verdadeiro ideal: o amor cristão (13.1-13).
(j) O correto ensino cristão sobre a ressurreição dos mortos (15.1-58).
(l) Instruções sobre a coleta para Jerusalém; saudações finais (16.1-24).
7. ASSUNTOS PRINCIPAIS:
7.1 – O Evangelho no teor da primeira epístola aos Coríntios:
Nessa epístola, não há qualquer tentativa para apresentar qualquer exposição sistemática
do evangelho cristão, em sua natureza e conteúdo.
Antes por toda parte há elementos do evangelho cristão, os quais,considerados em seu conjunto,
nos fornecem uma informação suficiente sobre o assunto. Pode-se alinhar as seguintes razões
para isso:
(a) Cristo é o centro da mensagem da epístola, do princípio ao fim (1.3);
(b) Cristo é o alvo final da criação (8.6);
(c) Cristo é o alvo supremo da vida (15.28);
(d) Cristo é o verdadeiro Deus (8.4-6);
(e) Cristo é quem ordena providencialmente os acontecimentos entre os homens
(4.9; 7.7; 12.6);
(f) Os homens jamais conheceram a Deus por sua própria sabedoria, mas podem vir a conhecê-lo
por meio de Cristo, a própria sabedoria de Deus (1.21-24);
(g) Aqueles que se chegam a Deus, recebem a revelação de seus mistérios, por intermédio do
Espírito Santo (2.10; 4.1);
(h) A vida eterna, por meio da ressurreição, nos é dada por meio de Cristo (15);
7.2 – Os dons do Espírito Santo: A conduta ideal na igreja cristã, no que diz respeito a essas
manifestações espirituais, também é abordada. Dentre todos os temas que há neste livro, esse é
aquele cujo tratamento recebe maior espaço (11 – 14). Vemos que os dons espirituais:
a) Podem ser abusados;
b) podem ser usados erroneamente;
c) podem ser falsificados;
d) podem ser exercidos até mesmo por crentes carnais.
Geralmente se supõe que os dons espirituais assinalam uma elevada espiritualidade; no entanto,
os maiores perturbadores de todos, na igreja de Corinto, foram aqueles que se deixaram arrebatar
pelo orgulho de sua suposta autoridade e desenvolvimento espirituais, pois esses, devido ao seu
orgulho, produziram confusão naquela igreja.
7.3 – A conduta sexual: Os habitantes da cidade se notabilizavam por suas práticas sexuais
exageradas e pervertidas. Paulo exorta os crentes de Corinto a terem uma vida santa e não se
envolverem com relações sexuais ilícitas (5 – 7).
Aluno:________________________________________Nota:___________________
IGREJA:__________________________________________
3ª PROVA - 1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS
Assinale com (x) a resposta que você acha correta.
1-Quando e por quem foi escrita a I Epístola aos Coríntios.
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
2) Qual era o mais famoso templo grego em Corinto na época de Paulo?
( ) Templo de Afrodite.
( ) Templo de Diana
( ) Templo de Astarte
3) Quem eram os irmãos que informaram Paulo sobre problemas que
estavam ocorrendo na igreja de Corinto?
( ) Irmãos da casa de Clofas.
( ) Irmãos da casa de Cloe.
( ) Irmãos da casa de Cleofas
4) Que problemas Paulo enfrentava em Corinto referente aos dons do
Espírito Santo?
( )Muitos se deixaram arrebatar pelo amor, carisma de sua suposta autoridade e desenvolvimento
espirituais e acabaram produzindo confusão na igreja.
( )Muitos se deixaram arrebatar pelo orgulho de sua suposta autoridade e desenvolvimento
espirituais e acabaram produzindo confusão na igreja.
( )Muitos se deixaram arrebatar pela incerteza de sua suposta autoridade e desenvolvimento
espirituais e acabaram produzindo confusão na igreja.
5) O que levou Paulo em sua Epístola de I Coríntios a dar forte ênfase na
questão ilícitas?
( ) A pureza encontrada na cidade e até mesmo em templos da religião grega.
( ) A perversão encontrada na cidade e até mesmo em templos da religião grega.
( ) A comunhão encontrada na cidade e até mesmo em templos da religião grega.
6) De acordo com a classificação da epístolas, podemos Dizer que ;Elas somam um total de
( ) 16 Epístolas
( ) 13 Epístolas
( ) 18 Epístolas
( ) 21 Epístolas
( ) 19 Epístolas
4ª LIÇÃO
SEGUNDA EPÍSTOLA AOS CORINTIOS
Desde a primeira carta de Paulo, a igreja, em Corinto foi dominada por falsos mestres, os
quais incitaram o povo contra Paulo. Alegaram que ele era leviano,orgulhoso, de aparência e fala
inexpressivas, desonesto e sem qualificação para ser um apóstolo de Jesus Cristo. Paulo enviou
Tito a Corinto para tratar dessas dificuldades; e em seu regresso alegrou-se ao ouvir da
transformação do coração dos coríntios. Paulo escreve essa carta para expressar sua gratidão pelo
arrependimento da maioria e para apelar que a minoria rebelde aceitasse sua autoridade. Ao longo
de todo o livro ele defende sua conduta, caráter e vocação como apóstolo de Jesus Cristo.
1. Autoria: Apóstolo Paulo.
2. Data e Local: Foi escrita em 56 d.C. na Macedônia; alguns meses depois da primeira.
3. Destinatário: à igreja de Corinto.
4. Tema e propósito
O tema principal de 2 Coríntios é a defesa de Paulo de suas credenciais e autoridade
apostólica. Certos “falsos apóstolos” organizaram numa campanha contra Paulo na igreja de
Corínto, e Paulo teve de tomar uma série de providência para vencer a oposição. Esta epístola
expressa a alegria do apóstolo no triunfo do genuíno evangelho em Corinto (1 – 7), e reconhece a
“santa tristeza” e o arrependimento dos cristãos desta igreja. Também desperta os irmãos a
cumprirem a promessa de fazer uma contribuição liberal, para os pobres entre os cristãos da
Judéia (8 – 9). A oposição expressa em 10-13 evidentemente consistia em Judeus (palestinos ou
helenistas) que alegavam ser apóstolos (11.5,13; 12.11), mas pregavam um falso evangelho (11.4)
e estavam escravizando com sua liderança (11.20). Os capítulos 10 – 13 foram escritos para expor
esses “obreiros fraudulentos” e defender a autoridade dada por Deus a Paulo como apóstolo de
Jesus Cristo.
5. CHAVES PARA 2 CORÍNTIOS:
5.1 – Palavras-chave: "Defesa de Paulo de sua autoridade".
5.2 – Versículos-chave: (4.5, 6, 5.17-19).
5.3 – Capítulo-chave: (8 – 9). Os capítulos 8 – 9 são realmente uma unidade e encerram a mais
completa revelação do plano de Deus para ofertas encontradas nas Escrituras. Contidos nesse
plano, estão os princípios para as ofertas (8.1-6), os propósitos das ofertas (8.7-15), as orientações
a serem seguidas na oferta (8.16 – 9.15) e as promessas a se concretizarem nas ofertas (9.6-15).
6. ESBOÇO DO CONTEÚDO:
1ª parte: Explicação de Paulo de seu ministério (1.1-11).
1. Introdução: 1.1-11.
2. Explicação de Paulo de sua mudança e planos (1.12 – 2.13).
3. Filosofia do ministério de Paulo (2.14 – 6.10).
(a) Cristo nos faz triunfar (2.14-17).
(b) Vidas transformadas provam o ministério (3.1-5).
(c) O novo pacto é a base do ministério (3.6-18).
(d) Cristo é o tema do ministério (4.1-7).
(e) Provações permeiam o ministério (4.8-15).
(f) Motivação do ministério (4.16 – 5.21).
(g) Não provocar escândalo no ministério (6.1-10).
2ª Parte: Coleta de Paulo para os santos (8.1 – 9.15).
1. Exemplo dos Macedônios (8.1-6).
2. Exortação aos Coríntios (8.7 – 9.5).
(a) Exemplo de Cristo (8.7-9).
(b) Propósito em dar (8.10-15).
(c) Exortação para dar (8.16 – 9.15).
3ª Parte: Defesa de Paulo de seu apostolado (10.1 – 13.13).
1. Paulo responde a seus acusadores (10.1-18).
2. Paulo defende seu apostolado (11.1 – 12.13).
3. Paulo anuncia sua visita iminente (12.14 – 13.10)
4. Conclusão (13.11-14).
7. ASSUNTOS PRINCIPAIS:
7.1 – Deus Pai: Ele é o Pai, motivo pelo qual usa de misericórdia e consola a
seus filhos (1.3). É uma personalidade viva (3.3 e 6.16).
7.2 – Realidade de Satanás e dos poderes diabólicos: Satanás é o deus deste mundo
(4.4), pode transformar-se me anjo de luz (11.14).
7.3 – O Senhor Jesus Cristo: Ele é a imagem de Deus (4.4), ele é o Filho de Deus (1.19); é
impecável (5.21); assegura as promessas de Deus aos homens (1.19- 20), Ele é o Redentor que
traz de volta os homens a Deus (5.17 – 19), Jesus Cristo preexistente que se fez pobre para que
por sua pobreza vos tornásseis ricos (8.9). Cristo é o Senhor e juiz de todos (5.10).
7.4 – Autoridade do Antigo Testamento: As promessas de Deus contidas no
AT se referem aos crentes que são o verdadeiro Israel (1.19 – 20). Porém. O código escrito, a lei
de Moisés, é inferior a revelação divina que nos trouxe Cristo (3.3-6).
Não obstante, o AT se reveste de importância, não devendo ser desprezado pelos cristãos
(3.14-15). O erro dos judeus incrédulos foi não terem eles percebidos o cumprimento do AT na
nova dispensação em Cristo Jesus.
7.5 – A imortalidade: A mais completa descrição bíblica que existe sobre a
imortalidade aparece no quinto capítulo desta epístola.
7.6 – A esperança cristã: A despeito das frustrações, dos sofrimentos e das provas, além do
desespero ocasional, tudo isso redundará para o crente em um peso eterno de glória (4.10-18);
veja também (5.1-10; 9.15).
Aluno:________________________________________Nota:___________________
IGREJA:__________________________________________
4ª PROVA - II EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS
Assinale com (x) a resposta que você acha correta.
1) Quanto tempo depois de escrever a I Epístola de Coríntios Paulo escreve a segunda carta
para os irmãos da cidade?
( ) Alguns meses depois ( ) 3 anos ( ) 10 anos
2) Qual o tema principal de 2 Coríntios?
( ) Defesa de Paulo de suas credenciais e autoridade apostólica.
( ) As provações em seu ministério.
( ) Alertar os cristãos contra as obras do maligno
3) Para quem foi feita uma oferta de contribuição liberal na igreja de
Corinto?
( ) Paulo ( ) Timóteo ( ) Cristão Pobres na Judéia.
4) Segundo Paulo expõe no capítulo 1 de II Coríntios, à quem são endereçadas as
promessas de Deus contidas no Antigo Testamento.
( ) Aos crentes que são o verdadeiro Israel
( ) Apenas aos Judeus
( ) Aos gentios.
5) Em qual capítulo de II Coríntios Paulo expõe de forma exaustiva sobre o tema da
Imortalidade?
( ) Capítulo 4
( ) Capítulo 5
( ) Capítulo 3
6) Quais são as Epístolas consideradas universais ?
( ) Tiago,.1 Pedro, 2 Pedro, Juízes, 1 João, 2 João, 3 João e Judas
( ) Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro , Mateus, 1 João 2 João 3 João, Judas .
( ) Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas
Download