SEMINÁRIO TEOLÓGICO LOCAL SETEL ATOS DOS APÓSTOLOS E EPÍSTOLAS PAULINAS – I (NÍVEL BÁSICO) Apostila Nº 07 Diretoria de Educação Fazendo Acontecer 1ª LIÇÃO ATOS DOS APÓSTOLOS I – INTRODUÇÃO DO LIVRO DE ATOS. O Livro de Atos não é em si mesmo uma unidade separada. Ele é apontado como a continuação do Evangelho de Lucas. O autor fala do “primeiro livro” (At 1.1), e sua dedicatória à Teófilo indica uma relação com o evangelho que foi dedicado à mesma pessoa. O sumario do primeiro livro como no-lo dá de Atos (1.1,2) concorda exatamente com o conteúdo de Lucas e dá prosseguimento à primeira narrativa, partindo do ponto onde Lucas deixou. Não há duvidas de que Atos e Lucas são dois volumes da mesma obra. São frequentadores destinados a cumprir o mesmo propósito geral de confirmar a fé pessoal e de fornecer um inteligível registro histórico da revelação de Deus aos homens por meio de cristo,tanto por seu ministério pessoal, como através da sua Igreja.O livro de Atos dos Apóstolos pode ser dividido em cinco seções principais: I. Introdução..........................................................................1.1-11 II. Origem da Igreja: Jerusalém.............................................1.12-8.3 III. Período de Transição: Samaria.................................... 8.4-11.18 IV. Expansão para alcançar os gentios, A Missão Paulina: Antioquia e Império Romano...11.19-21.14 V. Prisão e Defesa de Paulo: Cesaréia e Roma........................................12.15-28.31 Através desta lição, a primeira deste livro, procuraremos levar-lhe a um melhor e maior conhecimento sobre as origens da Igreja do Deus vivo; nos meios colocados a disposição da mesma não só antes, mas hoje também, instrumentos capazes, outorgamos da parte de Jesus Cristo, através da ação vital do Espírito Santo. Estando Em posse desses recursos, a igreja de hoje será aquilo que o senhor sempre quis que ela fosse. 1.1 – Autor e Tema do Livro de Atos O Autor do Livro de Atos Para nós hoje, parece não haver nenhuma duvida quanto ao fato de que Lucas o médico amado, autor do terceiro Evangelho, é o autor de Atos dos Apóstolos. Assim sendo, somados o Evangelho de Lucas e o Livro de Atos dos Apóstolos, isso faz de Lucas o mais prolífero autor de todo o Novo Testamento. Somando-se estes dois volumes, temos nessas duas obras mais de um quarto do total do volume do Novo testamento, e a menos que consideremos paulina a Epistola aos Hebreus, caso em que Paulo seria o mais copioso escritor do Novo testamento. O fato de que Lucas, o autor do terceiro Evangelho, é também o autor do livro de Atos, é algo universalmente aceito. Os dois volumes constituem duas divisões da uma mesma obra literária. O texto de Atos 1.1 mostra que o autor sagrado tencionava que esses dois volumes fossem tidos como um todo. Já desde o ano 185 d.C. (num escrito de Irineu, um dos pais da Igreja primitiva) temos uma afirmação de que Lucas é o autor de ambos os livros. Também poderíamos acrescentar a isso o testemunho de cânon o muratoriano, que pertence ao fim do II século d.C., como o fazem igualmente os testemunhos de Tertuliano, Orígenes, Eusébio e Jerônimo. Pelo fim do segundo século, essa era a tradição corrente na Igreja de Roma. Evidencias lingüísticas dão apoio às reivindicações do prefácio do evangelho de Lucas, bem como as declarações constante nas tradições acima citadas. Quem foi Lucas? Quanto à vida particular de Lucas, pouco é o que conhecemos. Sabemos apenas que ele era gentio, possivelmente da Antioquia; que falava o grego fluentemente, que era medico de refinada educação, e que após convertido ao cristianismo largou as funções médicas, se dedicando a viajar com o apostolo Paulo, de quem se fez medico e um amigo inseparável. Acompanhou Paulo desde Troas ate Filipos viagem memorável na qual o apostolo Paulo levou as boas novas do Evangelho desde a Ásia até a Europa. Em viagem posterior, continuou com Paulo desde Filipos até Jerusalém; esteve com ele enquanto durou o seu encarceramento em Cesaréia, daí acompanhando-o até Roma, donde, nos tristes dias de confinamento de Paulo, se demonstrou de uma fidelidade a toda prova. Nesta fase da sua vida, abandonado por seus cooperadores, escreveu o apostolo Paulo: “Somente Lucas está comigo” Segundo a tradição, Lucas sofreu o martírio, tendo sido enforcado em uma oliveira, na Grécia. O Tema do Livro de Atos O livro de Atos contém a historia com estabelecimento e desenvolvimento da Igreja Cristã, e da proclamação do Evangelho ao mundo de então. É um relato do ministério de Cristo continuado por seus servos. Leon Tucker sugere as seguintes palavras como “palavras-chave” do livro de Atos: “Ascensão, Descida e Expansão”. A ascensão de Cristo é seguida pela Descida do Espírito Santo, e a descida do Espírito Santo é seguida da expansão do Evangelho. “O Livro de Atos é pedra-chave que vincula as duas porções principais do Novo Testamento, isto é, o “Evangelho”, conforme os primeiros cristãos diziam... a única ponte de que dispomos para atravessar o abismo aparentemente intransponível que separa Jesus de Paulo, Cristo do cristianismo, o evangelho de Jesus e o evangelho sobre a pessoa de Jesus”. – H. J. Cadbury. Os diversos títulos que tem sido atribuídos a esse livro, nos dias da antiguidade, são os seguintes: “Atos e Transações dos Apóstolos” (Códex Bezae) e “Atos dos Santos Apóstolos” (Códex Igreja). Os manuscritos mais antigos diziam simplesmente “Atos dos Apóstolos”, como o Códex Vaticanus e outros manuscritos antigos, apesar que os manuscritos Aleph diga simplesmente “Atos”. Alguns editores têm dado preferência a este último título, como possivelmente representante do título original, ou, pelo menos, como aquele que mais direito tem de reivindicar originalidade. Os pais da Igreja, Orígenes, Tertuliano, Dídimo, Hilário, Eusébio e Epifânio, também usaram meramente o titulo de “Atos” para este livro. Já Ecumênio chamou-o de “Evangelho do Espírito Santo”; enquanto Crisóstomo o chamava de “Livro da Demonstração da Ressurreição”. 1.2 – PROPÓSITO, DATA E DESTINATÁRIO DE ATOS Ao escrever o livro de Atos, Lucas demonstra ser um historiador de primeira grandeza. Isto é provado pela sua absoluta exatidão nas suas narrativas e registros, pela firmeza de propósito, pela seleção cuidadosa e lógica do material literário e pelo uso correto do mesmo. Ele escreve Atos com um propósito claro em mente. Cada um dos episódios que narra tem relação com o mesmo, pelo que omite todos os detalhes desnecessários. Por isso sua obra demonstra unidade, clareza e vigor. Como conseqüência disto, temos no livro de Atos não só memórias inspiradas, nem tampouco extratos acidentais de um diário, nem uma coleção incoerente de tradições apostólicas, mas sim um livro que se constitui num monumento do mais refinado acabamento. Propósito do Livro de Atos Ao escrever Atos, Lucas tinha em mente o propósito de escrever uma historia da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja, começando em Jerusalém e concluindo em Roma. Portanto, não era o propósito de Lucas simplesmente escrever as biografias de Pedro ou de Paulo e de outros apóstolos. Ele fala destes personagens só enquanto suas atividades tiverem relação com o seu propósito principal de mostrar como se formou a Igreja, como ela se abril para receber os gentios, como se estendeu de Jerusalém , alcançou partes da Ásia, chegando até Roma. Também não foi seu propósito escreve tudo que sabia a cerca das igrejas locais fora de Jerusalém, Antioquia e Filipos. Mostrou apenas como o testemunho dos pregadores do Evangelho de então contribuiu na formação de varias comunidades cristãs, e como influíram para que obra de proclamação do Evangelho alcançasse todo o mundo. Data do Livro de Atos O livro de Atos foi escrito, presumidamente, cerca do ano 60 d.C., ano da chegada de Paulo a Roma. Admitindo-se que o livro não poderia ter sido escrito antes dos últimos eventos nele registrados, é de se supor que Lucas o tenha escrito imediatamente depois do encarceramento de Paulo no ano 60 em Roma. Esta é a data mais remota, tradicionalmente aceita como data em que Lucas escreveu Atos. A data mais avançada possível é o ano 150 d.C., quando Marción fez uso definido do Evangelho de Lucas, razão pela qual sabemos que o livro de Atos já existia por esta altura. Lucas foi companheiro de viagens missionárias de Paulo, pelo que também não podia ser homem de idade muito diferente da do apostolo. Por isso, é pouco provável que ele tenha vivido além do ano 100 d.C. Isso significa que tanto o Evangelho de Lucas como o livro de Atos devem ter sido escritos antes desta data. Outrossim, não é razoável pensarmos que Lucas tivesse esperado mais de trinta nos, para registrar as suas impressões, muitas das quais vividas come testemunha ocular. Em favor daquela data mais remota, alguns eruditos são da opinião de que o livro de Atos não pode ter sido escrito após o ano 64 d.C. De fato alguns sugerem a data 63-64 d.C., salientando o termino abrupto do livro, o que nos faz supor que Paulo ainda não foi executado a mando do imperador Nero (em cerca do ano 67 d.C.), pois se isso já houvesse ocorrido, não havia duvida que Lucas teria registrado tão marcante acontecimento. Destinatário do Livro de Lucas O livro de Atos, tal como o evangelho de Lucas, foi escrito e destinado para um oficial romano de nome Teófilo = amado de Deus. Por conseguinte, o livro foi enviado a um membro da aristocracia romana, residente em Roma, provavelmente. Foi escrito com a finalidade de apresenta a este oficial, e a outra pessoas interessadas, uma defesa do cristianismo, para mostrar que o mesmo não se tratava de um ramo herético do judaísmo, não era uma organização política, contraria ao Estado e ao império romano. Segundo perece, não foi obra dirigida principalmente às comunidades cristãs da época, conforme sucede o restante do Novo Testamento, mas antes, visava circular entre os lançamentos literários daqueles dias, para benefício do público leitor gentílico pagão, sobretudo à aristocracia romana. Não é por isso, contudo, que haveríamos de eliminar os livro de Atos da lista das Obras sagradas dirigidas à Igreja Cristã Universal, como se não tencionasse explicar aos cristãos as origens e os primeiros passos dos Cristianismo, que emprestavam validade à sua missão de âmbito universal 1.3 – CARÁTER HISTÓRICO DE ÊNFASE APOLOGÉTICA DE ATOS. O valor histórico do livro de Atos tem sido amplamente confirmado pelas descobertas arqueológicas. Apesar da sua importância apologética e teológica, isso não diminui sua minuciosa exatidão, ainda que aquelas controlem sua seleção e apresentação dos fatos. Lucas coloca sua narrativa dentro da moldura da historia contemporânea. Suas paginas estão repletas de referencias aos magistrados das cidades, aos governantes provinciais, aos reis visitantes, e outros semelhantes, e as mesmas referencias provam que estão corretas quanto ao lugar e ao tempo em questão. Com um mínimo de palavras Lucas transmite a autentica cor local das muitas cidades mencionadas em sua historia. E sua descrição sobre a dramática viagem de Paulo a Roma (cap. 27) até os nossos dias, permanece como um dos mais importantes documentos sobre a antiga arte da navegação. Ênfase Apologética de Atos Tanto no seu evangelho quanto em Atos, Lucas se preocupa em demonstrar que o Cristianismo em nada se constituía uma ameaça à lei e à ordem do Império Romano. Ele fez isso particularmente ao citar os julgamentos de governadores, magistrados e outras autoridades em diversos lugares do império. No seu evangelho, Pilatos por três vezes pronunciou Jesus inocente de qualquer sedição (Lc 23.4,14,22), e quantas semelhantes feitas contra os seguidores do Livro de Atos, não podem ser comprovadas! Por exemplo, os pretores de Filipos aprisionaram Paulo e Silas alegando estarem eles interferindo nos direitos da propriedade privada, quando libertaram uma jovem do espírito de adivinhação, no entanto são obrigados a saltá-los desculpando-se por sua ação ilegal. As autoridades de Tessalônica, perante quem Paulo e seus cooperadores foram acusados de sedição contra o imperador, contentam-se em encontrar cidadãos do lugar que garantam o bom comportamento dos missionários. Uma decisão ainda mais significativa foi a tomada por Gálio, proconsul de Acaia, que desconsiderou a acusação de pregar religião ilícita, segundo os lideres judaicos de Corinto acusaram o apostolo Paulo; a aplicação pratica dessa decisão é que o Cristianismo compartilha da proteção assegurada pela lei romana ao Judaísmo. Em Éfeso Paulo desfruta da amizade das autoridades e é exonerado pelo escrivão da cidade da acusação de ter insultado o culto de Diana, a deusa dos Éfesos. Na Judéia, o governador Festo e o rei visitante Agripa II, concordam que Paulo não cometera qualquer ofensa que fizesse merecer a morte ou aprisionamento, e que de fatos estava disposto a liberta-lo caso ele não tivesse apelado para César. Bem poderíamos perguntar, entretanto, por que motivo a marcha e o progresso do Cristianismo com tanta frequência foram marcados por agitações publicas, já que os cristãos eram tão ordeiros e obedientes à lei do império? A resposta é que, com exceção do incidente em Filipos e da demonstração provocada pelos ourives de Éfeso, os tumultos eram sempre instigados por oponentes judeus. Assim como o evangelho apresenta os principais sacerdotes saduceus de Jerusalém a compelir Pilatos a sentenciar Jesus à morte, contra o seu próprio parecer, assim também no livro de Atos são os judeus os principais inimigos de Paulo, onde quer que ele fosse. Por isso, enquanto por um Aldo o livro de Atos registra as conquistas do Evangelho nos grandes centros gentios da civilização imperial, registra ao mesmo tempo a sua progressiva rejeição pela maioria das comunidades judaicas espalhadas pelo império. Interesse Teológico de Atos A atividade do Espírito Santo é o tema teológico dominante do livro de Atos. A promessa do derramamento do Espírito Santo feito pelo Cristo ressurreto (1.4), foi cumprida pelos discípulos no dia de Pentecostes (cap. 2), e entre os crentes gentios no capitulo 10. Os apóstolos desincumbem-se de suas atividades ministeriais no poder do Espírito Santo, o que manifestado por sinais sobrenaturais. A aceitação do Evangelho pelos convertidos é igualmente acompanhada pelas manifestações visíveis do poder do Espírito. Pela maneira como o Espírito Santo age através das páginas do livro de Atos, realmente poderia ser chamado de “Atos do Espírito Santo”, pois é o espírito que controla em todos os lugares o progresso do Evangelho. Ele guia os movimentos dos pregadores, como por exemplo, Filipe (8.29,39), Pedro (10.19). Ele guia a Paulo e seus companheiros (16,6). Ele orienta a Igreja de Antioquia a enviar Saulo e Barnabé “ à Ásia como os primeiros missionários da Igreja (13.2). Ele recebe reconhecimento, na carta que transmitiu a decisão do concilio de Jerusalém às igrejas gentias (15.28). Ele fala por meio de profetas (11.28; 20.23; 21.4, 11) tal como nos dias do Antigo Testamento. Ele é quem, antes de mais ninguém, nomeia os anciãos duma Igreja para que cuidem dela (20.28). Ele é principal testemunha sobre a verdade no Evangelho (5.32). As manifestações sobrenaturais que acompanham a propagação do Evangelho significam não só a atividade do Espírito Santo, mas também a inauguração duma nova era na qual Jesus Cristo reina como Senhor e Messias. 1.4 – A VALOR PERMANENTE DE ATOS. Diferente da maioria dos livros do Novo Testamento, o evangelho de Lucas e o livro de Atos não parecem ter sido primariamente enviados às Igrejas Cristãs, quer como dirigidas a elas que como circulando por elas. Alguns conceituados comentadores da Bíblia são da opinião de que ambos, principalmente o livro de Atos, circulava entre os livros do comercio livreiro contemporâneo para o beneficio do publico gentio leitor, para qual se dirigia. Assim sendo, deve ter havido um espaço de entre a primeira publicação de ambos os livros e sua circulação mais geral nas igrejas como um documento cristão divinamente inspirado. Atos da Igreja Primitiva No inicio do II século, quando os escritos dos quatro evangelhos já haviam sido colecionados e circulavam como um conjunto de livros, as duas porções dos escritos de Lucas (o seu evangelho e Atos), foram separadas uma da outra, a fim de seguirem veredas diferentes. Enquanto que o futuro do Evangelho de Lucas foi assegurado por haver sido incorporado aos outros três Evangelhos, o livro de Atos tornou-se um livro dotado de uma importância sempre mais crescente. A circulação rápida do livro de Atos, entre as igrejas no principio, talvez tenha se dado devido ao impulso de colecionarem as Epistolas Paulina a partir do I Século. Se havia algum interesse de se relegar Paulo ao esquecimento da geração que seguiu à sua morte, o Livro de Atos certamente servia para trazê-lo de volta a memória dos crentes, e também salientava quão extraordinário era ele. Porem, se o livro Atos frisa a importância da pessoa e obra de Paulo, também testifica quanto do trabalho doutros apóstolos, especialmente Pedro. Para os campeões da fé cristã universal, por outro lado o valor do livro de Atos agora aparecia cada vez mais evidente, pois não só apresentava prova inegável da posição e feitos de Paulo como apostolo, mas igualmente salvaguardava a posição dos outros e justificava a inclusão de escritos apostólicos não-paulinos, juntamente com a coleção paulina no volume das santas escrituras. Foi a partir desta época que a obra passou a ser conhecida como “Os Atos dos Apóstolos”. O Valor de Atos no Contexto do Novo Testamento O direito do livro a Atos ocupar sua posição tradicional entre os evangelhos é claro e indiscutível. Por um lado forma a sequência natural de um deles. Por outro lado, forma o fundo histórico para as Epistolas e atesta o caráter apostólico cuja a maioria os nomes trazem. Além do que até aqui expomos, o livro de atos se serve ainda como documento de incalculável”, valor acerca dos primórdios do Cristianismo. Só quando consideramos quão resumido é nosso conhecimento da Historia da Igreja é que descobrimos o quanto devemos ao livro de Atos. O surgimento e o progresso do Cristianismo se tem constituído num estudo que oferece alguns problemas quanto a exatidão de fatos, datas etc. Problemas que seriam bem maiores se não fosse a precisão das informações que Atos nos oferece, por exemplo: como se sucedeu que um movimento nitidamente judaico no principio, depois dalgumas décadas passou a ser conhecido como uma religião distintamente gentia? Como aconteceu que uma fé que se originou na Ásia durante muitos séculos tem sido associada predominantemente, para melhorar ou piorar a civilização européia? A resposta esta ligada principalmente à carreira missionária de Paulo. De fato a narrativa de Atos o faz um livro de informações do mais alto valor para uma fase extremamente significante da historia da Igreja e da civilização mundial. 1.5 – ELEMENTO TEOLÓGICO DE ATOS Embora enfatizemos que ao escrever o livro de Atos, Lucas estivesse escrevendo uma narrativa histórica dos primórdios do cristianismo, e embora rejeitemos o ponto de vista de que ele o escreveu afim de transmitir um conceito Teológico Específico, nem por isso devemos deixar de perguntar acerca da natureza do ponto de vista teológico expresso em Atos. Não há duvidas que Lucas percebe que a historia tem importante significado teológico e de que ressaltou este significado à sua maneira. Trata-se naturalmente. dalguma coisa bem diferente da declaração de que reinterpretou a historia, e que a colocou numa forma teológica pouco comum. Dentre os muitos aspectos do elemento teológico do livro de Atos dos Apóstolos, vamos abordar alguns apenas: 1. A CONTINUAÇÃO DO PROPÓSITO DE DEUS NA HISTORIA A historia registrada em Atos é considerado uma continuação dos atos poderosos de Deus registrado no Antigo testamento e do ministério de Jesus. Em sentido mais claro, o livro de Atos registra a “Historia da Salvação”. Para melhor compreender isto devemos atinar apara o seguinte: a.Os elementos que se registram em Atos foram levados a efeito por meio da vontade de Deus. A Historia da morte e ressurreição de Jesus é o exemplo mais claro dum evento que remota até “determinado desígnio de Deus” (2.23) b.A vida da Igreja realiza-se como cumprimento das Escrituras. As profecias do Velho Testamento governavam o decurso da historia da Igreja, como seja: O Espírito e a proclamação da salvação (2.17-21), a missão ao Derramamento do E.S aos gentios (13.47) e a incorporação deles à Igreja (15.16-18), e a recusa dos judeus como um todo no sentido de responderem ao Evangelho (28.2527). c. A Vida da Igreja foi dirigida por Deus em etapas cruciais. Às vezes o espírito santo dirigia a Igreja naquilo que deveria fazer (13.2; 15.28Ç 16.16). Noutras ocasiões, anjos falavam a missionários cristãos (5.19-20; 8.26; 27.23), ou virem mensagens através dos profetas (11.28; 20.11,12). Nalgumas ocasiões, o próprio Senhor aparecia aos seus servos (18.9; 23.11). d.O poder de Deus revela-se nos sinais e maravilhas operados em nome de Jesus (3.16; 14.3). Como resultado, pode-se dizer que o próprio Deus realizou a obra da missão cristã (14.4). 2. A MISSÃO E A MENSAGEM DA IGREJA Atos é, um livro a respeito da missão, pelo que seria perfeitamente justo adotar o versículo 8 do capitulo 1, como resumo do seu conteúdo: “sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra”. O propósito da Igreja era testemunhar de Jesus e do poder da sua ressurreição; assim fazendo estaria cumprindo com sua missão. A mensagem que a igreja proclamava é exposta numa série de discursos públicos, espalhados por todas as partes de Atos. Em termos gerais, o assunto era Jesus, ressuscitado entre os mortos por Deus, depois de ter sido crucificado pelos judeus, portanto a fonte da salvação. 3. O PROGRESSO A DESPEITO DA OPOSIÇÃO Atos se ocupa também com a oposição que cerca a expansão do evangelho. Lucas o seu Autor, reconhece que assim como o caminho trilhado por Jesus levou ao seu assassinato judicial, assim também o caminho da Palavra de Deus está repleto de oposições. 4. INCLUSÃO DOS GENTIOS NO POVO DE DEUS Atos dos Apóstolos reflete ainda as tremendas tenções que existiam na igreja primitiva no que diz respeito à base da missão gentia. Embora os evangelhos registrem a comissão dada por Jesus, tornando o evangelho a fonte de bens espirituais para todas as pessoas do mundo inteiro, os primeiros discípulos tiveram pouca visão quanto a isso no principio. Por essa razão dificultaram a entrada dos gentios no reino de Deus o quanto puderem. Só o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste, viria por fim a esse exclusivismo. Foi assim que dentro de poucos anos o Evangelho terminou alcançando os samaritanos e por fim os gentios da Europa e da Ásia. 5. A VIDA E ORGANIZAÇÃO DA IGREJA Ao longo de sua narrativa, Lucas se preocupa em oferecer um retrato da vida e da adoração da Igreja, sem duvida como padrão para guiar e orientar a Igreja em seus dias. Inicialmente a liderança da igreja estava nas mãos dos apóstolos, juntamente com os anciãos, e a igreja em Jerusalém ocupava um lugar importante entre as demais igrejas que foram surgindo posteriormente. Alem disto, aprendemos alguma coisa acerca da obra dos missionários. O principio do trabalho em equipe foi estabelecido desde o inicio, e, na sua maior parte, os missionários viajavam em grupos de três ou mais. Conclusão Portanto, tenhamos o cuidado de não termos o livro de Atos na conta de um livro histórico apenas. A Bíblia não contem historias com o simples propósito de satisfazer nossa curiosidade histórica, mas sim, para nos ensinar a verdade. Inserido no Novo Testamento, o livro de Atos se presta, junto aos demais livros, como elemento da revelação de Deus ao seu povo em todos os tempos. II – A FUNDAÇÃO DA IGREJA A palavra “Igreja” é tradução do termo grego “ekklesia”, originado de duas palavras gregas “ek”, que quer dizer “para fora” e o verbo “kalein”, que quer dizer “chamar”. Assim “ekklesia” quer dizer “os que são chamados para fora”, isto é, chamado para deixarem o mundo e pertencerem a Deus. Deste modo, a verdadeira Igreja esta no mundo, mas não pertence ao mundo. No grego clássico “ekklesia” significa uma assembléia convocada para se reunir em lugar publico, formando uma espécie de assembléia legislativa, onde eram debatidos e deliberados os assuntos de interesse geral duma comunidade. “Ekklesia” não tinha, então , sentido religioso. Mas nos dias de Jesus e Paulo, o termo “ekklesia” era empregado para designar a reunião de um grupo de pessoas devidamente qualificadas e reunidas em caráter democrático para fins deliberativos. Contudo quando Jesus declarou: “edificarei a minha igreja”, conforme Mateus 16.18 (e esta foi a primeira vez que ele empregou este termo), Ele tinha em mente os seus discípulos. A tradução do Antigo Testamento usada pelos judeus de fala grega, nos dias de Jesus, era a Septuaginta, e que quase sempre usa a palavra “ekklesia” para traduzir o termo hebraico “gahal” que significa “assembleia” e “congregação”, concernente à nação de Israel aparecendo diante de Deus (Dt 31.30; Jz 2.18; 1 Cr 29.1). Quem não pertencia ao povo de Deus não podia comparecer a estas santas reuniões. Assim a congregação (gahal ou ekklesia) de Deus era o ajuntamento especifico do seu povo para adora-lo e servi-lo. A Igreja originou-se no coração de Deus o Pai, foi comprada pelo sangue de Jesus o Filho, e habitada pelo Espírito Santo. È composta de pessoas remidas pelo sangue de Cristo e que sentem necessidade de viver em comunhão. Como participantes dessa Igreja Maravilhosa, cumpre-nos conhecer melhor a sua origem e desenvolvimento; assuntos que serão abordados nesta lição e mais desdobradamente ao longo de todo este livro. 2.1 – JESUS INSTRUI OS SEUS DISCÍPULOS (1.1-8) A missão terrena de Jesus chegara ao fim. Jesus ressuscitara da morte, triunfante e glorioso! Dentro em pouco Ele voltaria para o seio do Pai. Porém, a obra por Ele inaugurada estava apenas se iniciando. Aos seus apóstolos caberia dar continuidade ao que Ele começara; para isso dependiam da proteção e direção do Espírito Santo. O Cuidado de Jesus Os cinco primeiros versículos de Atos registram o cuidado mostrado por Jesus em conscientizar os apóstolos quanto à responsabilidade que lhes caberia daquele momento em diante, e as instruções de que precisavam. Os apóstolos eram fruto de sua escolha. Jesus mesmo os comissionara. Atos 1.4 frisa a ordem dada por Jesus aos apóstolos antes da sua ascensão, registrada em Lucas 24.49 “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”. Seria uma tarefa difícil de ser cumprida; só com a ajuda e orientação do Espírito Santos os apóstolos poderiam levar a bom termo tão importante obra. Era uma trabalho para ser realizado por pessoas capazes de viver perante o Espírito Santo e sob o Seu Poder. Quarenta Dias Após Quarenta dias decorrem da ressurreição de Jesus e a sua ascensão este espaço tinha um duplo propósito: 1) Dar aos discípulos a insofismável prova de que Jesus de fato ressuscitara ; e 2) Dar aos discípulos as diretrizes acerca do reino de Deus (v.3). A ressurreição de Cristo pareceu reascender no coração dos discípulos o nacionalismo antes apagado por causa da sua morte na cruz. Eles já podiam crer que o reino anunciado por Jesus pertenceria a Israel, ainda que os romanos fossem soberanos até àquele momento. No entanto só uma coisa queriam saber: quando o reino de Israel seria restaurado (v.6) È certo que a crucificação de Jesus levara os discípulos à não mais pensarem num reino terreno e temporário, todavia ainda interpretavam o reino em termos da sua nacionalidade – visavam à expansão do reino dentro do Judaísmo, que era para eles tanto nação como religião. Uma resposta Oportuna Uma pergunta aos discípulos: “Será este o tempo em que restaurarás o reino de Israel”, Jesus respondeu solenemente: “Não vos compete conhecer tempos e épocas”. Os discípulos como resposta ã sua pergunta, receberam uma promessa e uma comissão, mas não a satisfação de sua curiosidade. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (v.18). O que pediam não era assunto afeto à eles, pelo que não lhes foi concedido. Jesus respondeu-lhes que o reino lhes pertenceria a medida que eles, no poder do Espírito Santo, saíssem a testemunhar, não só em Jerusalém , mas até os confins da terra. Com estas palavras, Jesus procurava tirar de suas mentes e de sei\us corações aquelas ambições nacionalistas, para darem lugar a uma conscientização da evangelização do mundo. Tiago e João pediram os lugares de maior destaque no reino; Jesus na sua resposta ensinou-lhes quais as condições para se atingir tais posições. Paulo orou pedindo a remoção do espinho na sua carne; o Senhor respondeu que a Sua Graça lhe bastaria e lhe faria triunfar. Moises orou pedindo que o Senhor lhe permitisse morrer, para aliviar o seu fardo; o Senhor, porém, lhe concedeu setenta ajudantes. Elias orou pedindo que sua vida lhe fosse tirada; ao invés disso o Senhor lhe deu descanso, comida, e mais trabalho. O Dever de Esperar Os discípulos tinham que esperar em Jerusalém até que do alto fossem revestidos do poder do Espírito Santo. Há varias maneiras de esperar: o servo infiel espera supondo que o Senhor vai demorar: outros O esperam acomodadamente. Mas, segundo a orientação de Cristo, a verdadeira espera inclui expectativa, oração e consagração, como ainda mostraremos no decorrer desta lição. 2.2 – A ASCENSÃO DO SENHOR Resumidamente Lucas descreve a ascensão do Senhor Jesus Cristo, todavia, o suficiente para transportar-nos ao Monte das Oliveiras, junto a Betânia, e induzirnos a contemplarmos pela fé tão majestoso quadro. Olhando para Cima Ali, em verdadeiro êxtase, encontravam-se os discípulos – olhos e corações elevados para o céu, divisando o Mestre amado subindo às alturas, ressurreto e triunfante, até que uma nuvem O encobriu! Foi nesse momento de contemplação e emoção que: “dois varões vestidos de brando se puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse mesmo Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o viste subir” (VV 10,11). Esse evento vindicou de modo completo e divindade de Jesus, que passou a ser chamado Senhor e Cristo, pela Igreja composta dos Seus discípulos. Significados da Ascensão de Cristo Dois fatores primordiais devem ser destacados com relação à ascensão do Senhor: 1) A ascensão do Senhor significou um final. Um estágio passara e outro esta iniciando. Completara-se o tempo em que a fé no Senhor visível, sempre presente em forma humana. Sua fé agora deveria ser independente do tempo e do espaço. 2) A ascensão significou um começo. Os discípulos tiveram o coração pleno de alegria transbordante e iniciaram, depois de revestidos de poder, a era da proclamação do Evangelho a todas as nações. Nessa tarefa todos nós estamos empenhados até hoje. Hoje, não menos do que nos dias apostólicos, faz-se necessário a presença dinamizadora e poderosa do Espírito Santo, para que possamos cumprir o ideal de Jesus na Grande Comissão. A promessa de que Jesus voltará do mesmo modo que foi levado para o céu, diz respeito à sua volta pessoal e visível no fim dos tempos, no mesmo local que subiu ao céu, isto é, no Monte das Oliveiras (Zc 14.4). Antes de se manifestar em gloria, o Senhor Jesus arrebatará a Sua Igreja, o que poderá ocorrer a qualquer momento. 1. A VIDA DO APÓSTOLO PAULO Ensaio sobre a vida do Apóstolo Paulo “Eu sou judeu, nascido em Tarso, na província romana de Sicília, cidadão de uma cidade de algum renome. Fui criado e educado na mais estrita fidelidade aos princípios e normas do Judaísmo. Coube-me a venturosa sorte de nascer no seio de uma família a que fora outorgada a cidadania romana, e ufano-me particularmente desse privilégio. Eduquei-me na cidade de Jerusalém, aos pés do famoso mestre Gamaliel, na acurada observância da Lei de nossos pais, tal como é interpretada pelos fariseus. Era tão zeloso das tradições do meu povo que em breve progredi muito mais na minha fé religiosa do que a maioria dos meus conterrâneos. Poderia até saber-se mais de ser quase irrepreensível na minha obediência à Lei do Antigo testamento”. 1.1. Antes da conversão. Embora alguns aspectos da vida de Paulo são muito conhecidos, não temos muita informação no período concernente ao seu nascimento até o aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos. Provavelmente houve dois períodos nesta fase da vida de Paulo: infância em Tarso e juventude em Jerusalém. Não se sabe ao certo o período de sua mudança para Jerusalém, entretanto, sabe-se que desde jovem Paulo se torna estudante. Também, “porque se esperava que todo estudante da Lei judaica, além de dedicar-se aos estudos, aprendesse uma profissão manual” , Paulo aprendeu a fabricar tendas, o que mais tarde foi de grande valor para o desenvolvimento do seu ministério. Quanto ao seu nome: Saulo ou Paulo (quando foi chamado por Jesus). Saulo era um nome judeu, enquanto Paulo, um nome grego. Muitos acreditam que Paulo já tinha os dois nomes, antes de seu encontro com Jesus, devido sua dupla nacionalidade. Quando foi enviado a Jerusalém, tornou-se discípulo de Gamaliel, “neto e sucessor do grande rabi Hillel” , que pertencia a uma escola mais avançada e liberal dentro do judaísmo. O interessante no desenrolar de Paulo e sua influência recebida por Gamaliel é o fato que ocorre no livro de Atos 5.34-39, quando, de alguma forma, Gamaliel parece amenizar a perseguição sofrida pelos cristãos. Paradoxal é que seu discípulo, Paulo, a partir de Atos 7.60-8.1-3, persegue ferrenhamente os cristãos. Acredita-se que, mais por influência de sua família do que por influência de Gamaliel é que, “com seus próprios termos, só pode ser chamado como um rígido fariseu” . 1.2. A caminho de Damasco. Essa experiência registrada em três diferentes lugares do livro de Atos demonstra sua importância, não só na vida do apóstolo, mas em toda a história da Igreja primitiva. “Apesar de não existir evidência de que Paulo conheceu a Jesus durante o Seu ministério terreno (2 Co 5.16 significa tão somente considerar de um ponto de vista humano)” , a experiência marcante alterou todo o trajeto de sua vida. Uma mudança tão radical de um momento para o outro foi o ponto forte na experiência paulina. Antes inimigo da cruz; agora seguidor da mesma. “Paulo, que odiara a fé cristã, tornar-se-ia seu maior advogado”. Paulo não alterou seu percurso. Mesmo cego, foi para Damasco, onde ficou meditando sobre sua experiência. Abalado, viu-se por três dias incapaz de comer ou beber. Ali teve mais uma experiência nova com seu antigo perseguido. O Cristo ressuscitado enviou Ananias, cristão que residia em Damasco, para lhe restituir a vista e também lhe entregar um recado especial. Diante de tudo isso, Paulo, ao que parece, passou a residir em Damasco. Em Gl 1.17, Paulo relata que também esteve em um lugar chamado Arábia. Não existe consenso entre o os historiadores quanto ao tempo em que Paulo ficou neste lugar, mas sabemos pelo próprio apóstolo que o mesmo ficara durante 3 anos por ali, até que teve de fugir de Damasco. Foi a caminho de Jerusalém, mas também perseguido ali, teve de fugir. Vai então para Tarso, onde fica durante 10 anos (os chamados anos de silêncio), até que Barnabé vai ao seu encontro, solicitando que Paulo fosse a Antioquia para ajudá-lo. 2. A Missão entre os gentios. Paulo então vai para junto de Barnabé, onde deram início ao próprio trabalho missionário. Depois de um ano de muitas bênçãos, “Paulo e Barnabé visitam Jerusalém com socorros para acudir à fome que assola a igreja dessa cidade, catorze anos após a conversão de Paulo”. Após o retorno de ambos a Antioquia, foram escolhidos pela Igreja, por ordem do Espírito Santo, para serem enviados àquilo que seria a primeira expedição missionária propriamente dita. Essa viagem levou-os a atravessar a Ilha de Chipre e o sul da Galácia. “Sua estratégia, que se tornou um padrão para as missões paulinas, era pregar primeiramente na sinagoga”. Depois de um frutuoso trabalho missionário em diversas cidades, retornaram a Antioquia, dando fim a chamada: primeira viagem missionária. Voltaram quase que pelo mesmo caminho, omitindo apenas a cidade de Chipre. “Na viagem de retorno, Paulo e Barnabé fizeram questão de visitar outra vez as comunidades recém-formadas, fortalecendoas na sua nova fé e encarregando alguns anciãos de velarem sobre elas”. Em dado momento dessa viagem, Paulo faz menção de “um espinho na carne”. Muitas interpretações tem-se levantado já desde a antigüidade sobre o que seria esta moléstia. Não há uma real certeza, mas a maioria dos historiadores, teólogos e exegetas acreditam que se tratava de uma doença nos olhos. O que se sucede na vida do apóstolo a seguir é o firmamento e a aprovação de seu chamado. Ainda passou por recriminações. Entretanto, no Concílio Apostólico, já vemos uma aceitação dos líderes de Jerusalém quanto à argumentação de Paulo. Antes desse Concílio, alguns mensageiros da Igreja de Jerusalém já haviam percorrido algumas comunidades implantadas pelo apóstolo (provavelmente entre os Gálatas), dizendo que o Apóstolo apenas lhes ensinara meia verdade: além de Jesus, eles precisavam observar os preceitos da lei, principalmente a circuncisão. Essa atitude levou o apóstolo a escrever uma carta aos gálatas, antes mesmo do Concílio Apostólico. Nesse ponto sobre a vida de Paulo existem muitas imprecisões. Muitos teólogos renomados não aceitam essa hipótese, dizendo que a primeira carta escrita por Paulo foi posterior ao Concílio, e se dirigia a igreja em Tessalônica. Depois deste importante fato em Jerusalém, Paulo torna-se de vez missionário, não deixando mais de viajar e levar o evangelho aos gentios. Ainda faz as chamadas “segunda e terceira viagens missionárias”, passando novamente por inúmeras cidades. Em algumas delas Paulo é rejeitado, apedrejado, preso, açoitado, etc. No entanto, nada fez com que o mesmo deixasse de realizar sua vocação. Até preso, acredita-se que Paulo se comunicava com suas comunidades através de cartas. Depois dessas andanças, Paulo retorna a Jerusalém a fim de trazer uma coleta àqueles cristãos. Lá é preso por judeus que querem matá-lo, sem levá-lo a instância superior. Entretanto Paulo apela para sua nacionalidade romana e é enviado para ser julgado em Roma. Depois de Roma, não temos mais certeza do futuro paulino. Sabemos que lá também Paulo não se torna inativo: continua escrevendo às Igrejas locais. Sob a direção do Espírito Santo, Paulo e Barnabé foram enviados como missionários pela Igreja de Antioquia, que foram acompanhados por João Marcos, 13:1-5. 3. Sua morte. Outra questão intrigante é a dificuldade que temos em construir o futuro de Paulo a partir de Roma. “Todas as tradições da Igreja primitiva dizem que Paulo morreu martirizado em Roma durante a perseguição ordenada por Nero em 64 d.C.”. É uma hipótese bem fundamentada historicamente, pois, o cidadão romano não poderia ser julgado e morto em nenhuma outra parte do mundo da época, senão Roma. Outra possibilidade é a de que Paulo tenha realizado seu propósito de ir à Espanha. Não existe para isso prova bíblica, senão apenas tradições na própria Espanha de que tal fato tivesse acontecido. A última possibilidade hipotética é a do que Paulo fez, depois de julgado e absolvido. Essa possibilidade surge das referências às viagens pastorais (1 e 2 Tm e Tt). “Essas cartas podem indicar que Paulo tenha visitado outra vez alguns dos lugares em que estivera antes na Ásia Menor e na Grécia”. Ainda no que se refere a elaboração do livro de Atos, foi escrito para fornecer uma história da igreja primitiva. A ênfase do livro é a importância do dia de Pentecostes e o ser capacitado pelo Espírito para sermos testemunhas eficazes de Jesus Cristo. Atos registram os apóstolos sendo testemunhas de Cristo em Jerusalém, Judeia, Samaria e o mundo ao redor. O livro esclarece mais sobre o dom do Espírito Santo, o qual capacita, orienta, ensina e serve como nosso Consolador. Ao ler o livro de Atos, somos iluminados e encorajados pelos muitos milagres que estavam sendo realizados naquela época pelos discípulos Pedro, João e Paulo. O livro de Atos enfatiza a importância obediência à Palavra de Deus e a transformação que ocorre como resultado do conhecimento dele. O livro de Atos apresenta a história da igreja cristã e a propagação do evangelho de Jesus Cristo, bem como a crescente oposição a ele. Embora muitos servos fiéis tenham sido usados para pregar e ensinar o evangelho de Jesus Cristo, Saulo, cujo nome foi mudado para Paulo, era o mais influente. Antes de se converter, Paulo tinha grande prazer em perseguir e matar cristãos. A dramática conversão de Paulo na estrada de Damasco (Atos 9:1-31) é um dos destaques do livro de Atos. Após sua conversão, ele foi para o extremo oposto de amar a Deus e pregar a Sua Palavra com poder, fervor e o Espírito do Deus vivo e verdadeiro. Os discípulos foram capacitados pelo Espírito Santo para serem Suas testemunhas em Jerusalém (capítulos 1-8:3), Judéia, Samaria (capítulos 8:4-12:25) e até os confins da terra (capítulos 13:1-28). Incluídos na última seção estão três viagens missionárias de Paulo (13:1-21:16), seus sofrimentos em Jerusalém e Cesareia (21:1726:32) e sua última viagem a Roma ( 27:1-18:31). Aluno:________________________________________Nota:___________________ IGREJA:__________________________________________ 1ª PROVA - ATOS DOS APÓSTOLOS Assinale com (x) a resposta que você acha correta. 1) Quem é o escritor do livro de Atos dos Apóstolos? ( ) Lucas ( ) João ( ) José ( ) Marcos 2) Qual apóstolo Lucas acompanhou em viagem missionária? ( ) Apóstolo Paulo ( ) Apóstolo João ( ) Apóstolo Pedro ( ) Apóstolo Mateus 3) Qual foi o propósito histórico principal de Lucas em escrever o livro de Atos?. ( ) Registrar a historia da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja primitiva ( ) Apagar a historia da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja primitiva. ( ) Arquivar a historia da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja primitiva. 4) Quando aproximadamente foi escrito o livro de Atos? ( ) No ano de 60 d.C ( ) No ano de 30 d.C ( ) No ano de 50 d.C 5) Á quem foi destinado o livro de Atos? ( ) Ao oficial romano chamado Teófilo. ( ) Ao oficial macedônico chamado Teófilo. ( ) Ao oficial Judeu chamado Teófilo. 2ª LIÇÃO EPÍSTOLA AOS ROMANOS Esta carta “nasceu de uma paixão pela evangelização entre os pagãos” . Como Paulo não fundou essa comunidade e nunca esteve lá, cremos que o mesmo sente a necessidade de se apresentar àqueles cristãos. Entretanto, bem sabemos que grande parte deles o apóstolo já conhecia. A história conta que por volta do ano 48-50, houve grande perseguição de cristãos em Roma. Diante dessa perseguição, muitos cristãos fugiram para outras cidades. Áquila e Priscila são um exemplo desse fato. Agora em Roma e oriundos de lá, já se encontraram com Paulo na cidade de Éfeso (tudo indica que foi justamente durante o período de perseguição). É talvez através deles que Paulo conhece um pouco da situação dos romanos. “As raras alusões de sua epístola deixam apenas vislumbrar uma comunidade em que os convertidos do judaísmo e do paganismo correm o perigo de se desentenderem”. A prova que Paulo conhece muitos cristãos romanos está contida na grande saudação final que faz o apóstolo, citando 28 nomes. Em suma, temos nesta carta uma declaração bem amadurecida do evangelho. Uma mensagem que desagradava a judeus e pagãos, não dependia de regras ou restrições. Era apenas uma mensagem do Deus vivo que queria governar a vida dos seus seguidores. Romanos encabeça as treze cartas de Paulo no NT. Enquanto os quatro evangelhos apresentam as palavras de Jesus Cristo, Romanos explora a significação de Sua morte sacrificial. Usando o método de perguntas e respostas, Paulo registra a mais sistemática apresentação doutrinária da Bíblia. Romanos, porém, é mais que um livro de teologia, é também um livro de exortações práticas. As boas novas de Jesus Cristo são mais que fatos a serem cridos; é também uma vida a ser vivida Uma vida de justiça condizente com a pessoa justificada gratuitamente por sua graça pela redenção que há em Cristo (3:24). Romanos é o mais formal dos escritos de Paulo – é mais um tratado do que uma carta (Bruce WILKINSON). 1. Autor: O Apóstolo Paulo. 2. Data e Local: Esta carta foi escrita por volta de 57 ou 58 d.C., em Corinto. 3. Destino: Ela foi enviada para a Igreja em Roma que já existia há algum tempo, quando Paulo lhe escreveu a epístola que tem o seu nome. Não há certeza de quem foi o fundador desta igreja. É bem provável que ela foi fundada por cristãos judeus que se converteram no dia de pentecostes; ou cristãos das igrejas estabelecidas por Paulo na Ásia, Macedônia e Grécia que tenham passado a residir em Roma e levado outros a Cristo. Esta igreja era composta tanto de judeus como também de gentios. Essa é a idéia evidenciada pelos seguintes versículos (1.5, 12-16; 3.27-30; 6.19; 11.13, 25, 28, 30; 15:1, 2, 15). A lista dos nomes existentes no cap. 16, inclui tantos nomes de origem judaica como de origem gentílica; mas o maior número era de gentios. Roma era a capital do Império; portanto, uma cidade muito importante. 4. Tema e Propósitos 4.1. Apresentar uma doutrina clara da justificação mediante a fé e não através das obras da Lei, como defendiam os judaizantes. 4.2. Paulo também tinha o desejo de fazer missões na Espanha e também em Roma. Esperava o apoio dos irmãos que residiam em Roma (15.24; 1.11-12). 4.3. Na igreja de Roma havia surgido dificuldades de natureza doutrinária e prática; alguns dos membros gentios abusavam da liberdade cristã, participando de alimentos oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas perniciosas, que eram especialmente ofensivas para o conceito judaico (cap. 14). 4.4 – Havia indagações a respeito dos israelitas. Visto que eles tinham rejeitado o Messias, Paulo procura explicar esta situação nos capítulos de 9 – 11. “O tema principal é a justiça de Deus” (1.1617). 5. CHAVES PARA ROMANOS. 5.1 – Palavras-chave: Os justos (justificação). 5.2 – Versículos-chave: 1.16-17; 3.21-25. 5.3 – Capítulos-chave: 6-8 – As respostas às perguntas sobre como ficar livre do pecado, como ter uma vida equilibrada debaixo da graça, e como cultivar a vida cristã vitoriosa pelo poder do Espírito Santo está todas contidas nestes capítulos. 6. ESBOÇO E CONTEÚDO 6.1 – Introdução (1.1-15). O apóstolo apresenta uma longa saudação seguida pelos seus motivos para desejar fazer uma visita à igreja em Roma. 6.2 – Exposição doutrinária (1.16 – 8.39). a) Tantos os gentios como os judeus são igualmente culpados em face de retidão de Deus. (1.18 – 3.20). b) Deus proveu um sacrifício propiciatório em Cristo (3.21-26). Este benefício é para todos os que creem, tanto judeus como gentios (3.27-31); Abraão foi justificado pela fé e não pelas obras (4.125); assim como o pecado é universal por intermédio de Adão, igualmente a vida vem por intermédio de Cristo (5.12-21). c) A retidão deve ter aplicação na vida. Isso é seguido mediante a união com Cristo, pois, assim como o crente morreu com Ele, semelhantemente agora vive n’Ele (6.1-14). O crente deixou de ser escravo da lei para ser escravo de Deus (6.15 – 7.6). d) A santificação e o Espírito (8.1-39). 6.3 – O problema de Israel (9.1 – 11.36). Assim como em 1.18 a 3.20, o Apóstolo explica a relação em que estavam os judeus e os gentios para com a lei, assim também, em 9.1 a 11.36, ele explica a relação que estão uns e outros para com o evangelho. A conclusão a que o apóstolo chega é a de que a salvação é por Cristo, e para todos os que crêem; mas sendo assim, a grande maioria dos judeus perece, tomando os gentios o seu lugar. a) Ele afirma quão grande é a tristeza, sendo rejeitados os judeus pela sua incredulidade (9.1-5). b) As ações de Deus são soberanas e justas. Ninguém tem o direito de por em dúvida às decisões do Criador (9.1-29). c) A rejeição a Israel não é arbitrária, mas antes, devida a sua própria falta, pois os israelitas tiveram a ampla oportunidade de se arrependerem (9.30 – 10.21). A decadência e a rejeição dos judeus, embora, em certo sentido, conformemente aos desígnios da providência, são realmente as conseqüências da incredulidade (9.30-33). Este último pensamento acha-se desenvolvido no cap. 10. O apóstolo, depois de ter novamente manifestado a sua dor pela incredulidade dos judeus, mostra que a rejeição destes é a conseqüência de serem incrédulos; mas logo afirma que todos os que invocam o nome de Jesus Cristo, sejam judeus ou gentios, serão salvos (10.4-13). A objeção de que os judeus não podiam invocar Aquele, do qual nunca tinham ouvido falar (10.14-17), ele responde que ouviram, mas que não aceitam a verdade, tendo sido tal incredulidade prevista pelos profetas (10.18-21). Os judeus não foram rejeitados como judeus, mas como incrédulos: “eu também sou israelita”, diz ele (11.1). Não obstante, Israel podia esperar pela restauração (11.1-6). O fracasso de Israel é que conduzirá a inclusão dos gentios (11.7-12). Os gentios serão o meio usado para restauração de Israel (11.13-24). O estado final de Israel está nas mãos de Deus (11.25-36). A humildade, a fé, a reverência, e a adoração do Senhor, justo e misericordioso, na esperança da aceitação geral dos judeus, devem ser sentimentos de todos os gentios convertidos (11.17-24). E então acontecerá que Israel, na sua totalidade, voltará para Deus por meio de Jesus Cristo (11.15-32). Todo o plano de salvação é uma prova de insondável sabedoria e amor de Deus (11.33-36), a Quem todos, por fim, em santa união, darão louvores. 6.4 – Exortações práticas (12.1 – 15.13). a) Deveres resultados das vidas dedicadas, de caráter pessoal e geral (12.1-21). b) Deveres que afetam a sociedade como um todo, tais como o dever da obediência cívica, da boavizinhança e da conduta sóbria (13.1-14). c) A necessidade de tolerância entre os crentes. Isso é estudado em relação ao problema especial de alimentos (14.1 – 15.43). d) Conclusão (15.14 – 16.27). 7. SÍNTESE TEOLÓGICA 7.1. A Obra de Cristo 7.1.1. Expiação. A idéia envolvida nessa palavra é o processo da reunião de duas partes, antes alienadas, para que forme uma unidade. No Novo Testamento o termo grego “katallage”, é mais apropriadamente traduzido por “reconciliação”. A morte de Cristo contornou o problema do pecado humano e reconciliou a humanidade com Deus. 7.1.2. O Amor de Deus. A morte de Cristo é a revelação suprema do amor de Deus (2 Co 5.19; Rm 5.8; 8.3, 32). Paulo não diferencia entre o amor de Deus e o de Cristo. Realmente o amor de Cristo é o amor de Deus, e vice-versa (Gl 2.20; 2 Co 5.14; Ef 5.25). Ao mesmo tempo em que reconhecemos que a cruz é a obra de um Pai amoroso, temos que reconhecer que a necessidade de expiação é vista à luz da ira de Deus contra o pecado (Rm 3.21 e 1.18). A ira é o juízo que cai sobre o pecado na ordem moral em que Deus governa. Ela é a reação divina ao pecado. A expiação é necessária porque os homens estão sob a ira e o juízo de Deus. Paulo vê a morte de Cristo como uma morte expiatória (Rm 3.25; 8.3; Ef. 5.2; 1Co 5.7). Somos justificados pelo sangue de Cristo (Rm 3.25; 5.9). A morte de Cristo foi vicária (I Ts. 5:10; Rm. 5:8; 8:32; Ef. 5:2; Gl. 3:13). 7.1.3. Propiciatória. A morte de Cristo tem a ver não apenas com o homem e seu pecado; ela também está concentrada em Deus, e, como tal, é propiciatória (Rm 3.24-25). O termo grego “hilastérion” tem sido tradicionalmente traduzido como propiciação. Este substantivo é derivado do verbo “exhilaskomai”, que em toda literatura grega, quer dizer propiciar ou acalmar uma pessoa que foi ofendida. Tradicionalmente, a teologia tem reconhecido nestas palavras um sentido em que a morte de Cristo, funcionou como um calmante da ira de Deus contra o pecado, através da qual o pecador é libertado dela e transformado no recipiente de sua dádiva graciosa de amor.Deus é um Deus vivo, que no dia do juízo, derramará sua ira sobre os homens, que merecem seu julgamento justo (Rm 2.5). Todos os homens estão condenados como culpado de pecado na presença de um Deus santo. A principal verdade do argumento de Paulo, em Rm 1.18 a 3.20, não é avaliar o grau da pecaminosidade humana; é demonstrar a universalidade do pecado e da culpa diante de Deus. Tanto judeus como os gentios receberam iluminação ou através da natureza, ou da consciência, ou da Lei; e, tanto os gentios como os judeus fracassaram objetivamente em obter justiça diante de Deus, e, portanto, são vistos como merecedores da ira de Deus. Eles estão condenados como pecadores culpados. A condenação suprema merecida, por esta culpa, é a morte. É decreto justo de Deus que, aqueles, entre os gentios, que praticam pecados, merecem morrer (Rm 1.32). O destino dos pecadores é perecer (Rm. 2.12-15), pois o salário do pecado é morte (Rm 6.23). A ira de Deus derramada sobre o pecador, resulta em sua morte (morte eterna). Através da morte de Cristo, o homem é liberto da morte. Ele é absolvido de sua culpa e justificado; é efetuada uma reconciliação pela qual a ira de Deus não precisa mais ser temida (1Ts 5.9). A morte de Cristo foi um ato de justiça, uma demonstração de que Deus era de fato um Deus justo (Rm 3.25 – 26). 7.2. Justificação e reconciliação Paulo emprega muitos termos para demonstrar a obra de Cristo. Um dos mais importantes, que domina as epístolas aos Gálatas e Romanos, é a “justificação”. O Verbo justificar (grego dikaioõ) construído sobre a mesma raiz de “justo” (grego dikaios) e justiça (dikaiosyne). A idéia expressa por dikaioõ é “declarar justo”, e não “transformar em justo”. A idéia principal em justificação é a declaração de Deus, o juiz justo, de que o homem que crê em Cristo, embora possa ser pecador, é visto como sendo justo, porque, em Cristo, ele chegou a um relacionamento justo com Deus (Rm 3.26; 4.5; Gl 2.16; 3.11). A justificação é uma das bênçãos da nova era que nos chegou em Cristo. 7.2.1. Justificação escatológica O termo escatológico refere-se ao futuro. A palavra grega escatologia vem de “escatos” que significa "última". Em Romanos 8.33, é previsto um juízo final. Em Romanos 2.13, Deus pronunciará um veredicto sobre a conduta do homem, em termos de obediência ou desobediência à lei (veja também Rm 5.19; Gl 5.5). Ao mesmo tempo em que esperamos uma justificação escatológica, ela já aconteceu (cf. Rm 5.1, 9; 1 Co 6.11). Através da fé em Cristo, na base de seu sangue derramado, os homens já foram justificados, absolvidos da culpa do pecado, e, portanto, libertos da condenação. A justificação, que primariamente é absolvição no juízo final, já aconteceu no presente. O julgamento futuro tornou-se, assim, essencialmente uma experiência presente. Deus absolveu o crente; logo ele estará certo da libertação da ira divina (Rm 5.9), e não há mais condenação para ele (Rm 8.1). O fundamento da justificação não é a obediência à lei, é a morte de Cristo. Ela é a suprema manifestação do amor de Deus pelos pecadores e o fundamento sobre cuja base a justificação pode ser conferida ao homem como dádiva graciosa. Assim, enquanto o fundamento da justificação é a morte de Cristo, o meio pelo qual a justificação se torna eficaz para o indivíduo é a fé (Rm 3.24-25), que fé significa a aceitação desta obra de Deus em Cristo, confiança completa nele, e um abandono total das próprias obras como os fundamentos da justificação. 7.2.2. Reconciliação (katalasso, katalage) Esta doutrina está ligada à justificação. A justificação é a absolvição do pecador de todo pecado; a reconciliação é a restauração do homem justificado ao relacionamento com Deus. A reconciliação é necessária porque o pecado alienou o homem de Deus. Ele quebrou o relacionamento e tornou-se uma barreira entre o homem e Deus. Quando examinamos de perto a linguagem de Paulo a respeito da reconciliação, torna-se claro, de imediato, que Paulo em nenhum lugar fala expressamente em Deus se reconciliar com os homens ou de ser reconciliado com os homens. Deus é sempre o sujeito da reconciliação e o homem ou o mundo, é o objeto (2 Co 5.19; Rm 5.10; Cl 1.21-22). Cristo através da cruz reconciliou tanto os judeus como os gentios com Deus (Ef 2.15,16). A reconciliação é, então, a obra de Deus, e o homem, o objeto. O homem não pode se reconciliar com Deus. Ele tem que ser reconciliado com Deus através da ação divina. 7.2.3. A reconciliação é objetiva Um exame mais acurado das passagens em Romanos 5 e 2 Coríntios 5, leva a conclusão inapelável de que a reconciliação não é, primariamente uma mudança básica na atitude do homem diante de Deus; ela é, como a justificação, um primeiro evento objetivo, desempenhado por Deus para a salvação do homem. A reconciliação foi promovida primeira por Deus “para” o homem, não “no” homem. Foi enquanto éramos inimigos que fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho (Rm 5.8, 10). O amor de Deus manifesto na reconciliação, não é, aqui, focalizado sobre o momento em que o indivíduo crê em Cristo e descobre sua atitude para com Deus transformada em amor; a manifestação do amor de Deus aconteceu enquanto ainda éramos pecadores no evento histórico, objetivo da morte de Cristo. A reconciliação é uma dádiva a ser recebida (Rm 5.11). A reconciliação é uma obra feita “fora de nós”, em que Deus lida, em Cristo, com o pecado do mundo, de modo que ele não mais seja uma barreira entre Ele e os homens, reconciliação no Novo Testamento, não é algo que esteja sendo feito; é algo que está feito. 7.2.4. Os resultados da reconciliação Uma vez que o pecador tenha sido restabelecido ao relacionamento com Deus, certos resultados maravilhosos advêm: O primeiro deles é a paz com Deus (Rm 5.1). Estamos em paz com Deus no que Ele está agora em paz conosco; sua ira foi afastada. PA, aqui, não se refere a um estado mental, mas uma relação com Deus. Não somos mais inimigos de Deus, porém, alvos de sua misericórdia. Uma segunda benção que provém da reconciliação com Deus é uma reconciliação entre os homens que haviam se hostilizado (Ef 2.14-16). (Ladd pp. 409-425) Aluno:________________________________________Nota:___________________ IGREJA:__________________________________________ 2ª PROVA - EPÍSTOLA AOS ROMANOS Assinale com (x) a resposta que você acha correta. 1) Segundo estimado, quando foi escrito o livro e Romanos.? ( ) Por volta de 57 ou 58 d.C ( ) Por volta de 57 ou 59 d.C ( ) Por volta de 57 ou 60 d.C 2) A igreja de Roma era composta por ______________ e gentios. (Judeus) A igreja de Roma era composta por _____________ e gentios. (Romanos) A igreja de Roma era composta por _____________ e gentios. (Filisteus) 3) Qual problema Paulo enfrentava com os irmãos gentios da igreja de Roma? ( ) Alguns dos membros Pentecostais da época, abusavam da liberdade cristã, participando de alimentos oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas perniciosas, que eram especialmente ofensivas para o conceito judaico ( ) Alguns dos membros gentios abusavam da liberdade cristã, participando de alimentos oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas perniciosas, que eram especialmente ofensivas para o conceito judaico ( ) Alguns dos membros de Roma abusavam da liberdade cristã, participando de alimentos oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas perniciosas, que eram especialmente ofensivas para o conceito judaico 4) Qual é o tema principal de Romanos? ( ) A tristeza de Deus ( ) A Justiça de Deus. ( ) A Revolta de Deus 5) O termo Expiação vem do grego “katallage”, que pode ser traduzido como__________. (Ressurreição). O termo Expiação vem do grego “katallage”, que pode ser traduzido como__________. (Reconciliação). O termo Expiação vem do grego “katallage”, que pode ser traduzido como__________. (Reencarnação) 6) O que quer dizer o termo “propiciatório” com base em sua raiz grega “exhilaskomai”? ( ) Quer dizer trair ou acalmar uma pessoa que foi ofendida, é o que acontece com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós. ( ) Quer dizer restaurar ou acalmar uma pessoa que foi enganada, é o que acontece com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós. ( ) Quer dizer propiciar ou acalmar uma pessoa que foi ofendida, é o que acontece com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós. ( ) Quer dizer animar ou acalmar uma pessoa que foi ofuscada, é o que acontece com Deus quando aceitamos a morte de Cristo por nós. 7) O que é e representa o ato de “Justificação” divina expressado no livro de Romanos por Paulo? ( ) É Deus, o proeminente juiz, declarando injusto o homem que se achega à Cristo. ( ) É Deus, o injusto juiz, declarando Justo o homem que se achega à Cristo. ( ) É Deus, o justo juiz, declarando Justo o homem que se achega à Cristo. 8) Qual é o fundamento da Justificação? ( ) É a vida de Cristo ( ) É a morte de Cristo ( ) É a tribulação de Cristo 9) Qual o meio pelo qual a justificação se torna eficaz para o homem? ( ) Através da Fé. ( ) Através da incredulidade ( ) Através da arrogância ( ) Através da dor Corinto era, no primeiro século, o centro comercial líder do sul da Grécia. 3ª LIÇÃO PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS CORINTIOS 1. Autoria: Foi escrita pelo o Apóstolo Paulo. 2. Data e local: Foi escrita em Éfeso por volta do ano de 56 d.C. 3. Destinatário: Esta carta foi endereçada à Igreja em Corinto. Nos dias de Paulo, Corinto era a metrópole. Em decorrência de seus dois portos, se tornou um centro comercial, e muitos navios de pequeno porte se arrastavam lentamente no istmo* a Corinto procurando evitar a arriscada viagem de mais de trezentos quilômetros contornando o sul da Grécia. A cidade se encheu de lugares sagrados e templos, porém o mais proeminente foi o templo de Afrodite no topo de um promontório, a cerca de 450 metros de altitude. Os adoradores da “deusa do amor” usavam livremente as mil Hieroduli (prostitutas consagradas). Este centro cosmopolita prosperava em comércio, o entretenimento, vícios e corrupção; os que saíram em busca de prazeres chegavam ali com o fim de gastar dinheiro em férias de imoralidade. Corinto se tornou tão notório por seus males, que o termo “Korinthiazomai” (agir como um coríntio) se tornou sinônimo de devassidão e prostituição. Foi no meio deste povo pagão e imoral que Paulo, fundou uma igreja durante sua segunda viagem missionária, (3.6-10; 4:15; At 18.1ss). Enquanto Paulo ensinava e pregava em Éfeso durante sua terceira viagem missionária, sentiu-se perturbado pelas notícias vinda da casa de Cloe concernentes a disputas na igreja em corinto (1.11). A igreja enviou uma delegação de três homens (16.17), os quais indagavam a Paulo sobre certas questões (7.1) Paulo escreveu esta epístola como resposta aos problemas e perguntas dos coríntios. 4. TEMA E PROPÓSITO O tema básico desta epístola é a aplicação dos princípios cristãos no âmbito individual e social. A cruz de Cristo é uma mensagem que se destina a transformar a vida dos crentes e tornálos diferentes, como pessoas e como uma associação, em todo o mundo. Os coríntios, porém, estavam destruindo seu testemunho cristão em decorrência de imoralidade e desunião. Paulo escreveu esta carta como resposta corretiva aos relatos de problemas e desordens entre eles. Ela se destinava a refutar atitudes e conduta inadequadas e a promover o espírito de união entre os irmãos em seu relacionamento e culto. Dois acontecimentos levaram o apóstolo Paulo a escrever esta carta: Em 1.11 desta carta, sabemos que Paulo recebeu visita de Corinto dos da casa de Cloe. Eles lhe trouxeram informações sobre os conflitos entre os diversos grupos em Corinto e o advertiram sobre o perigo de uma divisão da igreja; e também outros problemas. A posição dele em relação às questões que o pessoal de Cloe lhe trouxe está nos capítulos 1 – 6. Enquanto Paulo ainda está ditando a carta, chega uma delegação da igreja a Paulo, que lhe traz uma carta de Corinto. A delegação é constituída por Estéfanas, Fortunato e Acaico (16.17). Por Estéfanas pertencer ao grupo que está do lado de Paulo, a carta provavelmente vem deste grupo. As seguintes perguntas são dirigidas a Paulo: os casados devem viver em abstinência? Os casamentos devem ser dissolvidos? As jovens moças devem permanecer solteiras? É permitido comprar carne no mercado? Qual é a sua * faixa de terra que liga uma península opinião sobre os dons espirituais? É necessário que todos orem em línguas estranhas? Nas suas respostas nos capítulos 7 – 16, Paulo se dedica a essas questões e introduz cada assunto com a expressão “quanto ao”. 5. CHAVES PARA I CORÍNTIOS 5.1 – Palavra-chave: Correção. 5.2 – Versículos-chave: (6.19, 20; 10. 12,13). 5.3 – Capítulo-chave: (13) – Este capítulo tem sido a melhor definição do amor já formulado. Pondo-se em frontal contraste com a idéia de que o amor é emoção, ou de que alguém pode cair de amores, este capítulo claramente revela que o verdadeiro amor é primariamente “uma ação”. 6. ESBOÇO DO CONTEÚDO. (a) Saudação e exórdio (1.1-9). (b) Divisões partidárias: ensino de Paulo comparado com o de Apolo (1.10 – 4.21). (c) Um caso de imoralidade (5.1-13). (d) O erro de queixar-se aos tribunais pagãos; outras advertências contra a impureza (6.1-20). (e) Discussão sobre o casamento (7.1-40). (f) Questão das carnes oferecidas a ídolos; interpretação prática de Paulo sobre seu ofício apostólico (8.1 – 11.1). (g) Correção de irregularidades nas reuniões de adoração; véu das mulheres; festas de amor, ceia do Senhor (11.2 – 34). (h) Dons espirituais (12.1-31; 14.1-40). (i) O verdadeiro ideal: o amor cristão (13.1-13). (j) O correto ensino cristão sobre a ressurreição dos mortos (15.1-58). (l) Instruções sobre a coleta para Jerusalém; saudações finais (16.1-24). 7. ASSUNTOS PRINCIPAIS: 7.1 – O Evangelho no teor da primeira epístola aos Coríntios: Nessa epístola, não há qualquer tentativa para apresentar qualquer exposição sistemática do evangelho cristão, em sua natureza e conteúdo. Antes por toda parte há elementos do evangelho cristão, os quais,considerados em seu conjunto, nos fornecem uma informação suficiente sobre o assunto. Pode-se alinhar as seguintes razões para isso: (a) Cristo é o centro da mensagem da epístola, do princípio ao fim (1.3); (b) Cristo é o alvo final da criação (8.6); (c) Cristo é o alvo supremo da vida (15.28); (d) Cristo é o verdadeiro Deus (8.4-6); (e) Cristo é quem ordena providencialmente os acontecimentos entre os homens (4.9; 7.7; 12.6); (f) Os homens jamais conheceram a Deus por sua própria sabedoria, mas podem vir a conhecê-lo por meio de Cristo, a própria sabedoria de Deus (1.21-24); (g) Aqueles que se chegam a Deus, recebem a revelação de seus mistérios, por intermédio do Espírito Santo (2.10; 4.1); (h) A vida eterna, por meio da ressurreição, nos é dada por meio de Cristo (15); 7.2 – Os dons do Espírito Santo: A conduta ideal na igreja cristã, no que diz respeito a essas manifestações espirituais, também é abordada. Dentre todos os temas que há neste livro, esse é aquele cujo tratamento recebe maior espaço (11 – 14). Vemos que os dons espirituais: a) Podem ser abusados; b) podem ser usados erroneamente; c) podem ser falsificados; d) podem ser exercidos até mesmo por crentes carnais. Geralmente se supõe que os dons espirituais assinalam uma elevada espiritualidade; no entanto, os maiores perturbadores de todos, na igreja de Corinto, foram aqueles que se deixaram arrebatar pelo orgulho de sua suposta autoridade e desenvolvimento espirituais, pois esses, devido ao seu orgulho, produziram confusão naquela igreja. 7.3 – A conduta sexual: Os habitantes da cidade se notabilizavam por suas práticas sexuais exageradas e pervertidas. Paulo exorta os crentes de Corinto a terem uma vida santa e não se envolverem com relações sexuais ilícitas (5 – 7). Aluno:________________________________________Nota:___________________ IGREJA:__________________________________________ 3ª PROVA - 1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS Assinale com (x) a resposta que você acha correta. 1-Quando e por quem foi escrita a I Epístola aos Coríntios. ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 2) Qual era o mais famoso templo grego em Corinto na época de Paulo? ( ) Templo de Afrodite. ( ) Templo de Diana ( ) Templo de Astarte 3) Quem eram os irmãos que informaram Paulo sobre problemas que estavam ocorrendo na igreja de Corinto? ( ) Irmãos da casa de Clofas. ( ) Irmãos da casa de Cloe. ( ) Irmãos da casa de Cleofas 4) Que problemas Paulo enfrentava em Corinto referente aos dons do Espírito Santo? ( )Muitos se deixaram arrebatar pelo amor, carisma de sua suposta autoridade e desenvolvimento espirituais e acabaram produzindo confusão na igreja. ( )Muitos se deixaram arrebatar pelo orgulho de sua suposta autoridade e desenvolvimento espirituais e acabaram produzindo confusão na igreja. ( )Muitos se deixaram arrebatar pela incerteza de sua suposta autoridade e desenvolvimento espirituais e acabaram produzindo confusão na igreja. 5) O que levou Paulo em sua Epístola de I Coríntios a dar forte ênfase na questão ilícitas? ( ) A pureza encontrada na cidade e até mesmo em templos da religião grega. ( ) A perversão encontrada na cidade e até mesmo em templos da religião grega. ( ) A comunhão encontrada na cidade e até mesmo em templos da religião grega. 6) De acordo com a classificação da epístolas, podemos Dizer que ;Elas somam um total de ( ) 16 Epístolas ( ) 13 Epístolas ( ) 18 Epístolas ( ) 21 Epístolas ( ) 19 Epístolas 4ª LIÇÃO SEGUNDA EPÍSTOLA AOS CORINTIOS Desde a primeira carta de Paulo, a igreja, em Corinto foi dominada por falsos mestres, os quais incitaram o povo contra Paulo. Alegaram que ele era leviano,orgulhoso, de aparência e fala inexpressivas, desonesto e sem qualificação para ser um apóstolo de Jesus Cristo. Paulo enviou Tito a Corinto para tratar dessas dificuldades; e em seu regresso alegrou-se ao ouvir da transformação do coração dos coríntios. Paulo escreve essa carta para expressar sua gratidão pelo arrependimento da maioria e para apelar que a minoria rebelde aceitasse sua autoridade. Ao longo de todo o livro ele defende sua conduta, caráter e vocação como apóstolo de Jesus Cristo. 1. Autoria: Apóstolo Paulo. 2. Data e Local: Foi escrita em 56 d.C. na Macedônia; alguns meses depois da primeira. 3. Destinatário: à igreja de Corinto. 4. Tema e propósito O tema principal de 2 Coríntios é a defesa de Paulo de suas credenciais e autoridade apostólica. Certos “falsos apóstolos” organizaram numa campanha contra Paulo na igreja de Corínto, e Paulo teve de tomar uma série de providência para vencer a oposição. Esta epístola expressa a alegria do apóstolo no triunfo do genuíno evangelho em Corinto (1 – 7), e reconhece a “santa tristeza” e o arrependimento dos cristãos desta igreja. Também desperta os irmãos a cumprirem a promessa de fazer uma contribuição liberal, para os pobres entre os cristãos da Judéia (8 – 9). A oposição expressa em 10-13 evidentemente consistia em Judeus (palestinos ou helenistas) que alegavam ser apóstolos (11.5,13; 12.11), mas pregavam um falso evangelho (11.4) e estavam escravizando com sua liderança (11.20). Os capítulos 10 – 13 foram escritos para expor esses “obreiros fraudulentos” e defender a autoridade dada por Deus a Paulo como apóstolo de Jesus Cristo. 5. CHAVES PARA 2 CORÍNTIOS: 5.1 – Palavras-chave: "Defesa de Paulo de sua autoridade". 5.2 – Versículos-chave: (4.5, 6, 5.17-19). 5.3 – Capítulo-chave: (8 – 9). Os capítulos 8 – 9 são realmente uma unidade e encerram a mais completa revelação do plano de Deus para ofertas encontradas nas Escrituras. Contidos nesse plano, estão os princípios para as ofertas (8.1-6), os propósitos das ofertas (8.7-15), as orientações a serem seguidas na oferta (8.16 – 9.15) e as promessas a se concretizarem nas ofertas (9.6-15). 6. ESBOÇO DO CONTEÚDO: 1ª parte: Explicação de Paulo de seu ministério (1.1-11). 1. Introdução: 1.1-11. 2. Explicação de Paulo de sua mudança e planos (1.12 – 2.13). 3. Filosofia do ministério de Paulo (2.14 – 6.10). (a) Cristo nos faz triunfar (2.14-17). (b) Vidas transformadas provam o ministério (3.1-5). (c) O novo pacto é a base do ministério (3.6-18). (d) Cristo é o tema do ministério (4.1-7). (e) Provações permeiam o ministério (4.8-15). (f) Motivação do ministério (4.16 – 5.21). (g) Não provocar escândalo no ministério (6.1-10). 2ª Parte: Coleta de Paulo para os santos (8.1 – 9.15). 1. Exemplo dos Macedônios (8.1-6). 2. Exortação aos Coríntios (8.7 – 9.5). (a) Exemplo de Cristo (8.7-9). (b) Propósito em dar (8.10-15). (c) Exortação para dar (8.16 – 9.15). 3ª Parte: Defesa de Paulo de seu apostolado (10.1 – 13.13). 1. Paulo responde a seus acusadores (10.1-18). 2. Paulo defende seu apostolado (11.1 – 12.13). 3. Paulo anuncia sua visita iminente (12.14 – 13.10) 4. Conclusão (13.11-14). 7. ASSUNTOS PRINCIPAIS: 7.1 – Deus Pai: Ele é o Pai, motivo pelo qual usa de misericórdia e consola a seus filhos (1.3). É uma personalidade viva (3.3 e 6.16). 7.2 – Realidade de Satanás e dos poderes diabólicos: Satanás é o deus deste mundo (4.4), pode transformar-se me anjo de luz (11.14). 7.3 – O Senhor Jesus Cristo: Ele é a imagem de Deus (4.4), ele é o Filho de Deus (1.19); é impecável (5.21); assegura as promessas de Deus aos homens (1.19- 20), Ele é o Redentor que traz de volta os homens a Deus (5.17 – 19), Jesus Cristo preexistente que se fez pobre para que por sua pobreza vos tornásseis ricos (8.9). Cristo é o Senhor e juiz de todos (5.10). 7.4 – Autoridade do Antigo Testamento: As promessas de Deus contidas no AT se referem aos crentes que são o verdadeiro Israel (1.19 – 20). Porém. O código escrito, a lei de Moisés, é inferior a revelação divina que nos trouxe Cristo (3.3-6). Não obstante, o AT se reveste de importância, não devendo ser desprezado pelos cristãos (3.14-15). O erro dos judeus incrédulos foi não terem eles percebidos o cumprimento do AT na nova dispensação em Cristo Jesus. 7.5 – A imortalidade: A mais completa descrição bíblica que existe sobre a imortalidade aparece no quinto capítulo desta epístola. 7.6 – A esperança cristã: A despeito das frustrações, dos sofrimentos e das provas, além do desespero ocasional, tudo isso redundará para o crente em um peso eterno de glória (4.10-18); veja também (5.1-10; 9.15). Aluno:________________________________________Nota:___________________ IGREJA:__________________________________________ 4ª PROVA - II EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS Assinale com (x) a resposta que você acha correta. 1) Quanto tempo depois de escrever a I Epístola de Coríntios Paulo escreve a segunda carta para os irmãos da cidade? ( ) Alguns meses depois ( ) 3 anos ( ) 10 anos 2) Qual o tema principal de 2 Coríntios? ( ) Defesa de Paulo de suas credenciais e autoridade apostólica. ( ) As provações em seu ministério. ( ) Alertar os cristãos contra as obras do maligno 3) Para quem foi feita uma oferta de contribuição liberal na igreja de Corinto? ( ) Paulo ( ) Timóteo ( ) Cristão Pobres na Judéia. 4) Segundo Paulo expõe no capítulo 1 de II Coríntios, à quem são endereçadas as promessas de Deus contidas no Antigo Testamento. ( ) Aos crentes que são o verdadeiro Israel ( ) Apenas aos Judeus ( ) Aos gentios. 5) Em qual capítulo de II Coríntios Paulo expõe de forma exaustiva sobre o tema da Imortalidade? ( ) Capítulo 4 ( ) Capítulo 5 ( ) Capítulo 3 6) Quais são as Epístolas consideradas universais ? ( ) Tiago,.1 Pedro, 2 Pedro, Juízes, 1 João, 2 João, 3 João e Judas ( ) Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro , Mateus, 1 João 2 João 3 João, Judas . ( ) Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas