o problema do ser humano que é o pecado não

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Estudos teológicos 76
O PROBLEMA DO SER HUMANO QUE É O PECADO NÃO PODE SER
SOLUCIONADO NEM ATRAVÉS DA LEI E NEM ATRAVÉS DA SABEDORIA.
O texto de 1 Co 9.20-21 certamente deve ser entendido, não que devemos ser
iguais ao mundo. Ao fazer essa afirmação Paulo estava dizendo que se adaptou e
amoldou interiormente aos judeus ou aos que vivem sem lei, os gentios. Ele sabia
e pregava que Cristo é o cumprimento da Lei (Lc 16.16). Isso o diferenciava dos
judeus que acreditavam poder subsistir diante de Deus pelo simples cumprimento
das normas e regras da Torá e tradição. Mas Paulo também não se identificava
interiormente com a filosofia grega (1 Co 2.13).
Nos séculos anteriores a Cristo havia diversas escolas filosóficas na Grécia. Uma
delas era o epicurismo. Ela contemplava que o propósito da vida de uma pessoa
era usufruir ao máximo seus prazeres. As ciências naturais, segundo sua
concepção só tinham significado se contribuíssem para diminuir o temor a Deus e
o medo da morte. Outra famosa escola filosófica era o estoicismo. Os estóicos
ensinavam que só se alcança a liberdade e paz quando se renega o conforto
material e o bem terreno e se passa a viver uma vida de renúncia e solidariedade.
Em Atenas Paulo estava debatendo a idéia dessas duas correntes filosóficas, que
por sinal, têm sido o centro irradiador, na totalidade ou parte do sistema éticosocial, e por que não dizer das religiões da atualidade (At 17 e 18).
Uma coisa Paulo sabia com toda a certeza, o problema gravíssimo do ser humano
que é o pecado, não poderia ser solucionado, nem através da lei (aio) nem
através da sabedoria do homem (sofia). Então o que significa os dizeres do
apóstolo: para com os judeus, como judeu; aos sem lei, como se eu mesmo o
fosse? Isto quer dizer que o coração de Paulo estava repleto de amor pelos
perdidos. Ele mesmo disse: para ganhar os que vivem debaixo da lei (os judeus)
e, para ganhar os que vivem fora do regime da lei (os gentios). Por essa mesma
razão ele se fez fraco para com os fracos e conscientemente tornou-se servo de
todos. Era o amor de Cristo que o constrangia a pregar o evangelho às pessoas (1
Co. 9.19-22).
Todo o pensamento e ação de Paulo estavam focados numa única direção –
lançar a corda da salvação para as pessoas que estão se afogando no lamaçal do
pecado (1 Co 9.16). Quando nos miramos nesse espelho do apóstolo, o que
vemos? Será que o amor de Cristo está nos impulsionando a pregar a mensagem
da salvação e a ganhar almas para o Cordeiro? Deus nos ajude!
Um forte abraço,
Rev. Adalgiso do Vale
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