INFORMATIVO DO AGRONEGOCIO SINDICATO RURAL DE SORRISO www.sindicatoruraldesorriso.com.br E-mail: [email protected] Fone/Fax (66) 3544-4205 AV. Marginal Esquerda, 1.415, Cx. Postal 192 - Bom Jesus Sorriso-MT CEP: 78890-000 Palestrantes destacam a importância sustentabilidade na pecuária brasileira da Mais de cem pessoas acompanharam as palestras sobre o mercado da carne realizada na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) nesta sexta-feira (20.02). O engenheiro agrônomo, PhD pela Universidade Federal de Viçosa-MG e Universidade de New Hampshire (EUA), Daniel Abreu, apresentou a importância do desenvolvimento da agropecuária com sustentabilidade. O canadense Ryan Murphy, PhD em Ciência Animal especializado em Ciência da Carne pela Colorado State University nos Estados Unidos, apresentou sua tese de doutorado que estudou a disposição dos clientes internacionais a pagar por atributos qualitativos de carne. Segundo Abreu, a sustentabilidade é um tema que tem gerado uma infinidade de discussões sociais, políticas, técnicas, econômicas e ambientais no Brasil, entretanto ainda é difícil quantifica-la em um agro ecossistema. "Isso tem trazido um grande desafio para o meio acadêmico. Hoje é necessário que a sustentabilidade não seja vista apenas como uma variável teórica. Temos que conseguir quantificar a real sustentabilidade que existe no sistema produtivo brasileiro", diz o especialista. Para quantificar a sustentabilidade do sistema produtivo é necessário, segundo Abreu, que sejam usadas métricas reconhecidas internacionalmente, extraindo valores. "Precisamos saber quanto cada pessoa consome de água quando se alimenta com um quilo de carne, detalhando esta quantidade em cada alimento consumido", explica Abreu. De acordo com ele, a tendência é que o consumidor exija que os produtos tenham sido produzidos de maneira sustentável, tanto na questão econômica, ambiental e social. "O consumidor americano, por exemplo, já leva em conta a proteção ao meio ambiente que foi desenvolvida pelas empresas responsáveis pelo produto que estão adquirindo", conta Abreu. Mercado – O especialista em Ciência da Carne, Ryan Murphy, explicou que mostrar as ações de preservação e produção com sustentabilidade trará grande benefício e fará diferença num futuro com a intensificação do comércio entre o Brasil e países como China, Hong Kong, Japão, México e Rússia. Murphy destacou que estes países estão dispostos a pagar a mais por qualidade. Dentre os fatores exigidos por esses mercados estão a sustentabilidade, a segurança alimentar e a entrega dos produtos dentro do prazo. "São mercados que buscam muito mais que preço baixo, que levam em consideração a reputação da ANO 2015. N.º 032 23/02/2015 Segunda-Feira empresa de quem estão comprando", explica o estudioso. Segundo Murphy, o relacionamento é um outro ponto importante nas relações comercias com a China. "O chinês entende que o compartilhamento das informações é normal e importante num relacionamento comercial, por isso, levar conhecimento e novas tecnologias à China, é parte fundamental para a construção de uma parceria comercial", afirmou. Ascom Famato Dia de Campo mostra técnicas de formação de pastagem para boi safrinha As técnicas para o estabelecimento da planta forrageira em sistema de integração lavoura-pecuária para utilização do boi safrinha serão discutidas durante o 5º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, que a Embrapa e o Sistema Famato/Senar promovem no próximo dia 27, em Sinop (MT). Em uma das cinco estações de campo, o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Alexandre Ferreira e o consultor Marcelo Volf irão mostrar diferentes opções de formação da pastagem pós-lavoura. Entre as novidades está a adoção da sobressemeadura de braquiária após a formação dos grãos de soja. O sistema vem sendo utilizado com sucesso em regiões como o Vale do Araguaia e do Xingu. De acordo com Marcelo Volf, quando a lavoura está em R 5.5, fase em que os grão já estão formados e a planta começa a amarelar, as sementes da forrageira são lançadas na área utilizando-se um avião. "Com a sobressemeadura ganhamos de 25 a 30 dias em relação ao plantio direto após a colheita da soja. Quando o produtor está colhendo a soja, a planta da braquiária já está começando a perfilhar", explica Volf. O consultor explica que em regiões com menor intensidade de chuva, como o Vale do Araguaia, a sobressemeadura deve ser feita até o dia 25 de fevereiro para que a pastagem seja bem formada. Entretanto, devido ao custo operacional, a técnica não é recomendada quando a forrageira é usada apenas como cobertura de solo e formação de palhada. "A rentabilidade do boi safrinha compensa os gastos, uma vez que a receita da pecuária é muito maior do que a do milho safrinha", exemplifica o consultor. Já para regiões onde o período chuvoso é mais longo e o milho é a tradicional cultura de segunda safra, o consórcio de milho com braquiária é outra alternativa para formação de pastagem. De acordo com o pesquisador da Embrapa Alexandre Ferreira, esse consórcio pode ter como finalidade a cobertura do solo e a formação de palhada para lavoura do ano seguinte, ou a formação de pastagem para sistema agropastoril. Nesse caso, a semente de forrageira pode ser semeada simultaneamente ao milho em plantio direto ou a lanço após a germinação do milho. "Não há uma receita pronta para o consórcio. Existem -1- muitos detalhes que devem ser ajustados na propriedade, como espaçamento, quantidade de semente, tipo de forrageira, forma de plantio, etc. São detalhes que farão diferença no sucesso da implantação", explica Alexandre Ferreira. No Dia de Campo, além de informações sobre as técnicas, serão apresentados alguns resultados de pesquisas desenvolvidas em Mato Grosso com o consórcio de milho com braquiária. "Temos resultados obtidos aqui em Mato Grosso que mostram que você não tem perda de produtividade no milho dependendo da densidade de forrageira utilizada no sistema", informa o pesquisador. Integração lavoura-pecuária - Nos últimos anos a demanda por sistemas agropastoris tem crescido em Mato Grosso, sobretudo como estratégia de recuperação de pastagens degradadas. De acordo com pesquisa desenvolvida em 2013 pela doutoranda da Universidade de Hohenheim Juliana Gil, em parceria com a Embrapa Agrossilvipastoril e com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado possui cerca de 450 mil hectares de integração lavoura-pecuária. O valor representa 89% de toda a área com algum tipo de sistema integrado de produção. Inscrições - O 5º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária terá um circuito de cinco estações, que também abordarão o pastejo do boi safrinha; a nutrição de ruminantes e as emissões de metano; o feijão-caupi e o sorgo como opções nos sistemas produtivos; e as linhas de financiamento do Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas antecipadamente até o dia 26 pelo site: www.embrapa.br/agrossilvipastoril/dia-de-campo. Também será possível se inscrever na hora do evento. Serviço: 5º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária 27 de fevereiro de 2015 - das 7h30 às 12h15 Embrapa Agrossilvipastoril - Rod. MT-222, Km 2,5 Sinop (MT) Faça aqui sua inscrição antecipada. Ascom Embrapa da integração lavoura-pecuária, as condições das estradas e do tempo neste período. O cronograma de visitas é o seguinte: dia 23 em Brasnorte, dia 24 em Juína, dia 25 em Juara e dia 26 em Campo Novo do Parecis. Ascom Aprosoja CBOT/BUSHEL/SOJA CONTRATO Março/15 Maio/15 Julho/15 Agosto/15 Setembro/15 Novembro/15 ATUAL 999 ¼ 1001 ½ 1006 00 1005 ¼ 991 00 979 ¾ DIF. UNCH -0¾ -0¾ -0½ -0¼ -0¼ DÓLAR COMERCIAL VENDA ÚLTIMO 2,8792 VARIAÇÃO (%) 0,0140% COTAÇÃO DE GRÃOS EM SORRISO SOJA Máximo Mínimo R$ 50,50 R$ 48,00 DISP. TRANSG R$ 50,00 R$ 48,00 BALCÃO MILHO Máximo Mínimo R$ 14,50 R$ 14,00 DISPONÍVEL R$ 13,00 R$ 12,00 BALCÃO ARROZ – BALCÃO SACA 60 Kg R$ 58,00 SUINO – CONFINADO / Kg R$ 3,50 ALGODÃO R$ 52,00 EM PLUMA @ R$ 450,00 CAROÇO TON. Agrossilvipastoril Aprosoja realiza visitas técnicas em propriedades de Mato Grosso Técnicos e consultores da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) percorrerão, entre 23 e 26 de fevereiro, as propriedades rurais das regiões Norte e Oeste. O objetivo é verificar o andamento das safras de soja e milho no estado. “Vamos conversar com os produtores rurais e entender quais são os desafios que estão enfrentando nesta safra”, diz Nery Ribas, diretor técnico da associação. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 25% da área de soja já foi colhida em Mato Grosso, e 23% da área destinada ao milho já foi semeada. O fitopatologista José Tadashi e o pesquisador da Embrapa Soja, César de Castro, também estarão nesta expedição, além do supervisor de projetos da região, José Luis Sostizzo. Eles vão levantar a incidência de pragas e doenças, a utilização -2-