UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Ana Claudia dos Santos Denise Natalia da Silva Ronaldo Zamberse da Silva Vanessa Cristina Furtado Novaes GESTÃO DE ALMOXARIFADO JBS – Divisão Carnes Lins – SP LINS-SP 2012 ANA CLAUDIA DOS SANTOS DENISE NATALIA DA SILVA RONALDO ZAMBERSE DA SILVA VANESSA CRISTINA FURTADO NOVAES GESTÃO DE ALMOXARIFADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Me. Francisco César Vendrame e orientação técnica da Profª. Ma. Heloísa Helena Rovery da Silva. LINS-SP 2012 Santos, Ana Claudia; Silva, Denise Natalia da; Silva, Ronaldo Zamberse da; Novaes, Vanessa Cristina Furtado. S233g Gestão de estoque: JBS – Divisão carne / Ana Claudia dos Santos; Denise Natalia da Silva; Ronaldo Zamberse da Silva; Vanessa Cristina Furtado Novaes; – – Lins, 2012. 98p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - UNISALESIANO, Lins – SP, para Graduação em Administração, 2012. Orientadores: Francisco Cesar Vendrame; Heloisa Helena Rovery da Silva 1. Estoque. 2. Controle de estoque. 3. Gestão de Estoques. 4. Redução de custos. 5. Curva (ABC). I Título. CDU 658 ANA CLAUDIA DOS SANTOS DENISE NATALIA DA SILVA RONALDO ZAMBERSE DA SILVA VANESSA CRISTINA FURTADO NOVAES GESTÃO DE ALMOXARIFADO Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em: ____/____/____ Banca Examinadora: Prof. M.Sc. Francisco Cesar Vendrame Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba Assinatura: ________________________________ Prof. (a): _______________________________________________________ Titulação: ______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ________________________________ Prof. (a): _______________________________________________________ Titulação: ______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ________________________________ Primeiramente queria agradecer a Deus, por estar sempre junto a mim nas horas que mais precisei, por ter me iluminado no decorrer da caminhada, que foi percorrida com muita força e coragem, porém nada teria acontecido se não existisse em mim a fé que tenho nele. Aos meus pais: Joaquim e Ester, que estiveram ao meu lado, dando todo o apoio necessário que precisei, pela compreensão, ajuda e, em especial, por todo carinho ao longo deste percurso. Aos meus irmãos Taisa e Henrique pelo carinho, compreensão, sempre tiveram comigo, por tido uma cumplicidade e amizade que me fortaleceu e, nas pequenas atitudes e nos gestos de amor que tiveram, fizeram a diferença em minha vida. Dedico esta monografia, bem como todas as minhas demais conquistas, aos meus amados e preciosos: sobrinho e Vovó (Willian Cesar e Alice - meus presentes). Especialmente ao Professor Francisco Vendrame. Pelo seu espírito inovador e empreendedor na tarefa de multiplicar seus conhecimentos, pela paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia. A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia. Aos amigos e colegas, pelo incentivo e apoio constantes, iluminando de maneira especial os meus pensamentos e me levando a buscar mais conhecimentos. Hoje vejo que valeu a pena todo sofrimento, todas as renúncias, a espera, pois hoje estou colhendo os frutos do empenho. Esta vitória é muito mais do que minha e sim de todos que nelas caminharam junto a mim. Obrigada a todos. Ana Claudia dos Santos Primeiramente dedico a Deus, pois ele é meu guia em todas as situações de minha vida, sempre me fortalecendo em todos os momentos. À minha querida Mãe, que sempre me incentivou e me deu muita força para concluir este curso, pois sem a ajuda dela seria muito difícil. Ao meu querido Pai, que não está mais presente, mas de onde estiver tenho certeza de que ele estará muito feliz com esta conquista! Ao meu noivo que sempre me apoia em tudo e sempre me dá muita força para seguir em frente. A todos meus familiares, que estão muito orgulhosos pela conclusão deste curso. A todos os professores e ao nosso orientador que nos ajudaram nesta jornada que está sedo finalizada. Aos meus parceiros de monografia que juntos chegamos à reta final com muitos esforços. Denise Natalia da Silva Com muita honra e gratidão, que através destas humildes palavras, dedico esta grande conquista a toda a minha família. Aos meus pais Jurandir e Roselinda, que simplesmente são joias na minha vida, devo a eles a integridade, honestidade e o desejo de ser vencedor. Aos meus irmãos Reginaldo e Renata que sempre me apoiaram no meu sonho. Em especial à minha linda e maravilhosa esposa e meu lindo filho que não mediram esforços em me ajudar, dando entendimento no momento de ausência, compreensão, apoio e força para continuar a caminhada. A todos os professores e profissionais do Unisalesiano que contribuíram para minha formação profissional. Ronaldo Zamberse da Silva Dedico primeiramente a Deus que me iluminou todos estes anos, que me fez não desistir do meu sonho. Aos meus pais que me apoiaram nesta jornada na minha vida, se não fossem eles eu não conseguiria concluir este curso, muitas vezes eu pensei em desistir, mas eles estão sempre do meu lado me dando todo apoio. Hoje eu estou aqui prestes a concluir o curso, eu agradeço muito a eles. Ao meu marido, Marcelo, que representa minha segurança em todos os aspectos, meu companheiro incondicional, o abraço espontâneo e tão necessário, aos meus irmãos Jeferson e Everton que sempre me ajudaram de alguma maneira e muito obrigada à minha sogra, meu sogro, minhas cunhadas e minhas sobrinhas que eu tanto amo: Louise e Maria Julia. Aos meus colegas de TCC, que apesar de todos os obstáculos superados, por terem me compreendido nas piores situações possíveis e, hoje, nosso sonho está se realizando. A todos os meus futuros colegas e, acima de tudo, por terem se tornado grandes amigos, fazendo com que eu continuasse e chegasse até onde cheguei. Aos professores orientadores Francisco Cesar Vendrame, Heloisa Helena Rovery da Silva e também a nossa coordenadora Maris de Cassia Ribeiro Vendrame, que com seus conhecimentos nos ajudaram, apoiaram e acreditaram em nosso trabalho e a todos os profissionais do Unisalesiano que colaboram diretamente e indiretamente, agregando conhecimento e valor. Agradeço a todos os meus amigos e colegas de sala que de alguma maneira ajudaram para esta realização. “Algumas pessoas marcam a nossa vida para sempre, umas porque nos vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras ainda porque nos desafiam a construí-los”. Vanessa Cristina Furtado Novaes RESUMO A empresa JBS – Divisão de Carnes de Lins- SP atua há mais de 60 anos no setor de alimentos, é a maior companhia em processamento de proteína animal do mundo. Busca continuamente a melhoria em sua administração para obter uma política de estocagem eficiente, cujo foco absoluto nas atividades, garante: melhores produtos e serviços aos clientes; solidez aos fornecedores; rentabilidade satisfatória aos acionistas e a certeza de um futuro melhor para todos os colaboradores. A cultura organizacional da JBS - Divisão Carnes é consistente e a empresa busca constantemente a redução de custos, melhoraria em sua gestão de compras para obter vantagem competitiva no mercado. A gestão de estoque é eficiente e trabalha de maneira ordenada com outros setores da empresa, sendo responsável pela integração e otimização de seus serviços e produtos. Com planejamento estratégico diferenciado, a JBS – Divisão carnes consegue manter padrão elevado nos processos qualitativamente e quantitativamente E garante a preservação dos ótimos resultados que refletem na fidelização de seus clientes. Preocupada com a segurança e organização dos materiais estocados, a JBS utiliza-se da Curva (ABC) que a auxilia na obtenção de melhores resultados e na otimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, com isso evita desperdícios e aquisições indevidas. A pesquisa teve como objetivo demonstrar a eficiência na gestão de estoque do grupo JBS, onde existe a busca incansável da diminuição de custos para obtenção de melhores resultados finais e maior lucratividade. Através da pesquisa contatou-se que a empresa JBS - Divisão carne tem estratégias e planejamentos adequados para a satisfação dos clientes, busca a inovação na forma de armazenagem dos materiais, trabalha de forma eficaz, atualizada e utiliza ferramentas adequadas às necessidades encontradas no cotidiano, avalia bem os seus custos e, assim, consegue ter um eficiente controle de estoque, destacando–se no mercado globalizado e competitivo. Palavras-chave: Estoque. Controle de estoque. Gestão de Estoques. Redução de custos. Curva (ABC). ABSTRACT The company JBS - Meat Division of Lins-SP operates more than 60 years in the food sector is the largest company in processing of animal protein in the world. Continuously seeks improvement in his administration for a policy of efficient storage, whose absolute focus on activities, ensures: better products and services to customers; soundness suppliers; satisfactory profitability to shareholders and the certainty of a better future for all employees. The organizational culture of JBS - Meat Division is consistent and the company constantly seeks to reduce costs, improve its management in shopping for competitive advantage in the market. The inventory management is efficient and works in an orderly manner with other sectors of the company are responsible for the integration and optimization of their services and products. With strategic planning differentiated JBS - Division meats can maintain high standard processes qualitatively and quantitatively, ensures the preservation of the great results that reflect the loyalty of its customers. Concerned with the safety and organization of stored materials, JBS uses Curve (ABC) that helps in achieving better results and optimization of the use of financial resources or materials, applied it avoids undue waste and acquisitions. The research aims to demonstrate the efficiency of inventory management of JBS, where there is the relentless pursuit of cost reduction to achieve better outcomes and greater profitability. Through research that contacted the company JBS - Beef Division has adequate strategies and plans for customer satisfaction, seeking innovation in the form of storage of materials, works effectively and updated tools and appropriate requirements encountered in everyday life, evaluates well its costs and thus can have an effective inventory control, especially in the globalized and competitive market. Keywords: Inventory. Inventory Control. Inventory Management.Cost eduction. Curve (ABC). LISTA DE FIGURAS Figura 1: Carnes JBS........................................................................................ 34 Figura 2: Produtos swift .................................................................................... 35 Figura 3: Produtos swift orgânico...................................................................... 36 Figura 4: Produtos swift maturatta .................................................................... 37 Figura 5: Produtos swift angus select ............................................................... 37 Figura 6: Produtos organic beef ........................................................................ 38 Figura 7: Produtos industrializados ................................................................... 39 Figura 8: Produtos anglo ................................................................................... 39 Figura 9: Produtos cabaña las lilas ................................................................... 40 Figura 10: Produtos friboi .................................................................................. 40 Figura 11: Enlatados exeter .............................................................................. 41 Figura 12: Beff shopping ................................................................................... 41 Figura 13: Divisão de negócios JBS (beef jerky) .............................................. 42 Figura 14: Divisão de negócios JBS (envoltórios)............................................. 43 Figura 15: Demonstração da curva ABC .......................................................... 55 Figura 16: Informação que integra um sistema MRP ........................................ 58 Figura 17: Almoxarifado .................................................................................... 66 Figura 18: Entrada ............................................................................................ 67 Figura 19: Recebimento .................................................................................... 68 Figura 20: Conferência quantitativa .................................................................. 69 Figura 21: Conferência qualitativa .................................................................... 70 Figura 22: Descarga ......................................................................................... 71 Figura 23: Entrada no estoque.......................................................................... 72 Figura 24: Controle de estoque......................................................................... 72 Figura 25: Gráfico da curva ABC ...................................................................... 74 Figura 26: Armazenagem ................................................................................. 76 Figura 27: Transporte ....................................................................................... 78 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ASPRANOR: Associação Brasileira dos Produtos de Animais orgânicos BPF: Boas Práticas de Fabricação BRC: British Retail Consortium CSI: Certificado Sanitário Internacional ENSCA: European Natural Casing Association ERP: Planejamento de Recursos Empresariais EV: Estoque Virtual FAT: Faturamento GT: Guia de Trânsito HACCP: Certificação de Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle INSCA: Internacional Natural Casing Association JIT: Just In Time MPs: Estoque de Matérias-Primas MRP: Planejamento no Requerimento de Material MRP II: Planejamento de Recursos de Manufatura MRP III: Módulo de Controle de Produção Eletrônico OPT: Tecnologia de Produção Otimizada PAS: Produtos Acabados PEAD: Polietileno de Alta Densidade PEBD: Polietileno de Baixa Densidade PEBDL: Polietileno Linear de Baixa Densidade Linear PP: Polipropeno SIF: Serviço de Inspeção Federal TR: Dos Elementos de Reabastecimento e ou Estoque SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................. 16 CAPÍTULO I – GRUPO JBJ – FRIBOI ............................................................. 18 1 A EMPRESA .......................................................................................... 18 1.1 Trajetória do Grupo JBS ......................................................................... 19 1.1.1 Início de uma trajetória de sucesso: 1953 .............................................. 19 1.1.2 A primeira aquisição: 1968 ..................................................................... 19 1.1.3 O crescimento só estava começando: 1970........................................... 19 1.1.4 Expansão contínua por meio de aquisições e aumento de produtividade, 1981 a 2002 .............................................................................. 19 1.1.5 Mais aquisições marcam o ano de 2004 ................................................ 19 1.1.6 Criação da JBS S.A. e início do processo de internacionalização em 2005 ............................................................................................................ 19 1.1.7 Expansões na Argentina e aumento da capacidade de abate em 2006 ............................................................................................................... 20 1.1.8 Ano marcado por aquisições nacionais e internacionais de plantas de abate e industriais: 2007 .............................................................................. 20 1.1.9 JBS amplia seus negócios no exterior e consolida sua liderança mundial no setor de carnes em 2008 ................................................................ 20 1.1.10 A incorporação da gigante brasileira marca um ano de sucesso e crescimento em 2009 ........................................................................................ 21 1.1.11 Consolidação da plataforma de produção e expansão da plataforma de distribuição em 2010 .................................................................. 21 1.2 Cultura .................................................................................................... 22 1.3 Valores ................................................................................................... 22 1.4 Missão .................................................................................................... 22 1.5 Pilares .................................................................................................... 22 1.6 JBS - Sustentabilidade ........................................................................... 22 1.7 Relação com os fornecedores ................................................................ 23 1.7.1 Programa quality farms .......................................................................... 23 1.8 Excelência .............................................................................................. 25 1.9 Prêmios e certicações ............................................................................ 25 1.9.1 NSF – CMI certification .......................................................................... 25 1.9.2 Global standard of food service .............................................................. 26 1.10 Projetos agropecuários .......................................................................... 26 1.11 Boi a termo ............................................................................................. 27 1.12 Transporte de animais ............................................................................ 27 1.13 Divisão de negócios JBS ........................................................................ 28 1.13.1 Lácteos ................................................................................................... 28 1.13.2 Colágeno ................................................................................................ 28 1.13.3 Couros .................................................................................................... 29 1.13.4 Fábrica de latas ...................................................................................... 29 1.13.5 Vegetais ................................................................................................. 30 1.13.6 Higiene e limpeza ................................................................................... 30 1.13.7 Oleoquímica ........................................................................................... 30 1.13.8 Biodiesel ................................................................................................. 31 1.13.9 Bio-Lins .................................................................................................. 31 1.13.10 Reciclagem .......................................................................................... 31 1.13.11 Confinamentos..................................................................................... 32 1.13.12 Insumos agropecuários........................................................................ 32 1.13.13 Trade ................................................................................................... 33 1.13.14 Transportadora .................................................................................... 33 1.13.15 Carnes ................................................................................................. 33 1.13.15.1 Linha Swiit ........................................................................................ 34 1.13.15.2 Linha Swift orgânico ......................................................................... 35 1.13.15.3 Linha Swift Maturatta ........................................................................ 36 1.13.15.4 Swift Angus Select............................................................................ 37 1.13.15.5 Organic beef ..................................................................................... 38 1.13.15.6 Carne industrializada ........................................................................ 38 1.13.15.7 Anglo ................................................................................................ 39 1.13.15.8 Sola .................................................................................................. 39 1.13.15.9 Cabanã Las Lilas ............................................................................ ..40 1.13.15.10 Friboi ............................................................................................. 40 1.13.15.11 Exeter ............................................................................................ 41 1.13.15.12 Beef shopping ............................................................................... 41 1.13.15.13 Beef Jerky ..................................................................................... 42 1.13.15.14 Envoltório ...................................................................................... 42 CAPÍTULO II – GESTÃO DE ESTOQUE ......................................................... 44 2 GESTÃO DE ESTOQUE ........................................................................ 44 2.1 Classificação dos estoques .................................................................... 45 2.1.1 Estoque de matérias-primas (MPs) ........................................................ 45 2.1.2 Estoque de materiais em processamento ou em vias ............................ 45 2.1.3 Estoque de materiais semiacabados ...................................................... 45 2.1.4 Estoques de materiais acabados ou componentes ................................ 46 2.1.5 Estoque de produtos acabados (Pas) .................................................... 46 2.2 A função dos estoques ........................................................................... 46 2.3 Custos de estoque ................................................................................. 47 2.3.1 Custos de colocação de pedido ............................................................. 47 2.3.2 Custos de desconto de preços ............................................................... 47 2.3.3 Custos de falta de estoque ..................................................................... 48 2.3.4 Custos de capital de giro ........................................................................ 48 2.3.5 Custos de armazenagem ....................................................................... 48 2.3.6 Custos de obsolescência........................................................................ 48 2.3.7 Custos de ineficiências de produção ...................................................... 48 2.4 Tipos de estoques .................................................................................. 49 2.4.1 Estoque de reserva ou de segurança (Es) ............................................. 49 2.4.2 Estoque mínimo ..................................................................................... 50 2.4.3 Estoque máximo ..................................................................................... 50 2.4.4 Estoque de produção / processo ............................................................ 50 2.4.5 Estoque de ciclo ..................................................................................... 51 2.4.6 Estoque em trânsito ............................................................................... 51 2.4.7 Estoque virtual (EV) ............................................................................... 51 2.4.8 Estoque obsoleto (morto) ....................................................................... 52 2.4.9 Estoque de antecipação ......................................................................... 52 2.5 Sistema ABC de estoque ....................................................................... 52 2.5.1 Finalidade da curva ABC ........................................................................ 53 2.5.2 Montagem da curva ABC ....................................................................... 55 2.6 Giro de estoque ...................................................................................... 56 2.7 Técnicas de programação de produção que auxiliam na gestão de estoque ............................................................................................................. 56 2.7.1 Just in time ............................................................................................. 56 2.7.2 Kanban ................................................................................................... 57 2.7.3 MRP ....................................................................................................... 58 2.7.4 MRP II .................................................................................................... 59 2.7.5 MRP III ................................................................................................... 59 2.7.6 Tecnologia de produção otimizada (OPT) .............................................. 59 2.8 O estoque no almoxarifado .................................................................... 60 2.8.1 Almoxarifado .......................................................................................... 61 2.8.1.1 Entrada de materiais ............................................................................ 61 2.8.1.2 Conferência quantitativa ...................................................................... 61 2.8.1.3 Conferência qualitativa ........................................................................ 62 2.8.1.4 A armazenagem .................................................................................. 62 2.8.1.5 A distribuição interna e externa ........................................................... 62 CAPÍTULO III – A PESQUISA.......................................................................... 64 3 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 64 3.1 Relato e Discussão da pesquisa sobre a gestão de almoxarifado na JBS ............................................................................................................... 65 3.1.1 Almoxarifado .......................................................................................... 65 3.1.1.1 Entrada ................................................................................................ 66 3.1.1.1.1 Recebimento .................................................................................... 67 3.1.1.1.2 Conferência quantitativa ................................................................... 68 3.1.1.1.3 Conferência qualitativa ..................................................................... 69 3.1.1.1.4 Descarga .......................................................................................... 70 3.1.1.1.5 Entrada de estoque .......................................................................... 71 3.1.1.1.6 Controle de estoque ......................................................................... 72 3.1.1.2 Critério ABC...................................................................................... 73 3.1.1.2.1 Gerenciamento do estoque .............................................................. 74 3.1.1.2.2 Regularização................................................................................... 75 3.1.1.2.3 Armazenagem .................................................................................. 75 3.1.1.3 Critérios de armazenagem ............................................................... 76 3.1.1.3.1 Distribuição externa e interna ........................................................... 77 3.1.1.3.2 Transporte ........................................................................................ 77 3.1.1.3.3 Benefícios da gestão de almoxarifado .............................................. 78 3.2 Parecer final do caso .............................................................................. 79 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 81 CONCLUSÃO ................................................................................................... 82 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 84 APÊNDICES ..................................................................................................... 88 16 INTRODUÇÃO A gestão de estoque é um assunto vital e, frequentemente absorve parte substancial do orçamento operacional de uma organização; como os custos de estocagem não agregam valores aos produtos, quanto menor o nível de estoque com que um sistema conseguir trabalhar, mais eficiente será sua administração e poderá criar a diferença com os concorrentes, melhorando a qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os custos, oferecendo assim uma vantagem competitiva. O processo de administração de estoque pode ser utilizado como ferramenta estratégica em uma organização, analisando como a melhoria dos processos de gestão de suprimentos tem o papel de promover a eficiência das atividades desenvolvidas no próprio setor, ao ponto de levar a uma redução de estoque e do valor imobilizado, sem afetar o processo produtivo e trazendo vantagem competitiva perante os concorrentes. (PINTO, 2002, p.37). Para Chiavenato (1991), o estoque é a composição de materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, que não são utilizados em determinado momento na empresa, mas que precisam existir em função de futuras necessidades, uma vez que a acumulação de estoques em níveis adequados é uma necessidade para o normal funcionamento do sistema produtivo. Em uma organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção e outros. Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens - mercadorias ou matérias-primas essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. (PINTO, 2002). Uma gestão de estoques adequada à política empregada pela empresa pode trazer resultados muito interessantes para o processo de controle de materiais como um todo, principalmente nas áreas diretamente relacionadas à 17 administração de materiais, como: compras, recebimento, controle de qualidade e o próprio controle dos estoques. Dentro desta perspectiva, pode-se utilizar o método do máximo-mínimo, que fornece informações essenciais para manter um nível de estoque eficiente auxiliando o processo decisório no que se refere aos itens que realmente devem ser comprados na data e quantidades adequadas ao planejamento da produção, que visam obter e manter estoque apenas a níveis estritamente necessários. Os objetivos da pesquisa foram: verificar a importância da gestão do almoxarifado para o gerenciamento dos estoques descrevendo a evolução histórica da JBS – Divisão Carnes; fundamentar as teorias referentes à gestão de almoxarifado e gestão de estoque; descrever o funcionamento do almoxarifado da JBS – Divisão carne no tocante ao: recebimento, armazenagem, distribuição e controle; verificar se as normas de determinação dos estoques respeitam a teoria da curva ABC; verificar também se as normas de gestão de almoxarifado contribuem para o gerenciamento dos estoques. A pergunta problema que norteou a pesquisa foi: A gestão de almoxarifado de estoque pode proporcionar um gerenciamento eficaz do estoque? Em resposta a tal questionamento surgiu a seguinte hipótese: de que a gestão de estoque é uma ferramenta importante para garantir a exatidão na informação contida na organização que busca facilitar e acelerar os processos operacionais, garantindo a confiabilidade na informação contida no sistema. Para a realização da pesquisa utilizou-se dos métodos de observação sistemática, estudo de caso e histórico descritos no capítulo III deste trabalho. O trabalho está assim estruturado: Capítulo I discorre sobre a evolução histórica da empresa. O capítulo II aborda a fundamentação teórica sobre gestão de estoque e almoxarifado. Capítulo III apresenta a pesquisa realizada na empresa em estudo. Por fim, vem a proposta de intervenção e a conclusão. 18 CAPÍTULO I GRUPO JBS – FRIBOI 1 A EMPRESA A JBS S.A. faz parte da J&F Holding, que tem as seguintes empresas: Banco JBS, Administradora de Recursos, Agropecuária, Eldorado, Florestal e Flora. A JBS é a maior empresa de processamento de proteína animal do mundo e está presente em todos os continentes com milhares de colaboradores. A companhia atua nas áreas de: alimentos, couros, produtos para animais domésticos, higiene, limpeza, colágeno, latas, biodiesel, entre outras. No segmento de carnes, a empresa é líder na produção e comercialização de produtos bovinos e destaca-se na produção e comercialização de suínos, ovinos e aves. Em couros, é considerada uma das líderes mundiais. No segmento de lácteos, produz e comercializa iogurtes, leites, queijos, margarinas e sobremesas. Dentre as responsabilidades do grupo destacam-se: a) responsabilidade em gerar e manter milhares de empregos nos cinco continentes; b) responsabilidade em produzir com excelência em qualidade, com procedência de matéria-prima, passando pela liderança dos setores sociais e ambientais; c) responsabilidade em expandir suas plataformas de distribuição para estar cada vez mais perto dos consumidores finais; d) responsabilidade em alimentar o mundo com a consciência de transformar vida em alimento; e) responsabilidade em promover o crescimento sustentável das cadeias que faz parte bem como riquezas para os acionistas, colaboradores e consumidores. 19 1.1 Trajetória do Grupo JBS 1.1.1 Início de uma trajetória de sucesso: 1953 José Batista Sobrinho começou em 1953 as atividades do ramo frigorífico, um açougue chamado Casa de Carne Mineira, na cidade de Anápolis (GO), com capacidade de abate de 5 (cinco) cabeças de gado por dia. 1.1.2 A primeira aquisição: 1968 A primeira aquisição de uma unidade de abate é feita na cidade de Platina (DF). 1.1.3 O crescimento só estava começando: 1970 Com a aquisição da planta de abate em Luziânia (GO), a capacidade de abate da empresa saltou para 500 cabeças de gado por dia. 1.1.4 Expansão contínua por meio de aquisições e aumento de produtividade, 1981 a 2002 A empresa teve uma expansão significativa das operações no Brasil por meio de aquisição de plantas de abate e unidades produtoras de carnes in natura e industrializadas, bem como investimentos na capacidade produtiva. Nesse período, a capacidade de abate alcançou a marca de 5,8 mil cabeças de gado por dia. 1.1.5 Mais aquisições marcam o ano de 2004 Aquisição de 50% da BF alimentos. 1.1.6 Criação da JBS S.A. e início do processo de internacionalização em 2005 20 Ocorreram várias mudanças significativas, pois houve a reestruturação do grupo Friboi com a criação da marca JBS S.A. Nesse mesmo período, iniciou-se o processo de internacionalização com aquisição da Swift Armour S.A, maior produtora exportadora de carne bovina da Argentina. 1.1.7 Expansões na Argentina e aumento da capacidade de abate em 2006 Houve uma expansão na Argentina e um grande aumento na capacidade de abate. Nesse ano, houve a aquisição de mais duas unidades, sendo elas em Venado Tuerto e Pontevedra, aumentando a capacidade de abate para 22,6 mil cabeças de gado por dia em um total de 21 plantas no Brasil e 5 plantas na Argentina. 1.1.8 Ano marcado por aquisições nacionais e internacionais de plantas de abate e industriais: 2007 A JBS consolidou-se como a maior empresa do mundo no setor de carne bovina. O ano foi marcado por aquisições nacionais e internacionais de plantas de abate e industriais. Adquiriu duas unidades na Argentina em Berazategui e Colônia Caroya e de mais de uma unidade no Brasil na cidade de Maringá (PR), aquisição da Swift Foods Company que passou a ser chamada de JBS USA. 1.1.9 JBS amplia seus negócios no exterior e consolida sua liderança mundial no setor de carnes em 2008 A JBS amplia seus negócios no exterior com a compra das empresas norte-americanas National Beef e Smithfiel e da Austrália Tasman, consolidando sua liderança mundial no setor de carnes. Essas aquisições representaram a conclusão do plano de investimentos para a construção de uma sustentável plataforma de abate, produção e comercialização de carnes nos EUA e na Austrália, que se iniciou em julho de 2007 através da aquisição da Swift & Company. 21 1.1.10 A incorporação da gigante brasileira marca um ano de sucesso e crescimento em 2009 O ano de 2009 ficou marcado como um ano de sucesso e crescimento, pois a JBS comunica a expansão da companhia no Brasil incorporando cinco unidades de abate ampliando sua capacidade de abate por dia. Fez a aquisição de 64% do capital social da Pilgrim's Pride Corporation com sede em Pittsburgh, Texas, Estados Unidos, com atuação na criação, abate, processamento e comercialização de carne de frango. Neste mesmo ano houve a incorporação da Bertin SA, empresa brasileira, nos segmentos: lácteo, alimentos para animal doméstico e biodiesel. Hoje, a JBS é a maior empresa em processamento de proteína animal do mundo, atuando nas áreas de alimentos, couro, produtos para animais domésticos, biodiesel, colágeno, latas e produtos de limpeza. A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas de produção, escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países. Com acesso a 100% dos mercados consumidores, a JBS possui 140 unidades de produção no mundo e mais de 120 mil colaboradores focados no sucesso da companhia, sustentado pelo espírito empreendedor e pelo pioneirismo. Estão incorporadas à gestão da JBS a busca pela modernização, pela qualidade dos produtos e matérias-primas, construção de mais e melhores relações com parceiros, clientes, colaboradores e sociedade bem como a satisfação dos acionistas e o compromisso com a questão da responsabilidade socioambiental. 1.1.11 Consolidação da plataforma de produção e expansão da plataforma de distribuição em 2010 Consolidação da plataforma de produção e expansão da plataforma de distribuição mundial. 22 1.2 Cultura Com tradição de mais de 50 anos, trabalha-se com foco no bem comum e com simplicidade nos processos, valorizando a transparência e, acima de tudo, a confiança que une e que traduz a essência das pessoas de mesma atitude, conhecimentos complementares, senso de urgência e espírito de dono. 1.3 Valores A condução dos trabalhos diários é feita com base em um conjunto de valores que cada colaborador da empresa se compromete em respeitar, como: planejamento, obstinação, disciplina, disponibilidade, franqueza, simplicidade e excelência. Com estes valores constrói-se uma história de sucesso, marcada pelo pioneirismo e pelo espírito empreendedor. 1.4 Missão A missão da empresa é ser os melhores naquilo que se propuserem fazer, com foco absoluto em suas atividades garantindo os melhores produtos e serviços aos clientes, solidez aos fornecedores, rentabilidade satisfatória aos acionistas e a certeza de um futuro melhor a todos os colaboradores. O capital humano é o seu maior patrimônio e acreditar que pessoas preparadas e motivadas fazem a diferença para a inovação de seus produtos. 1.5 Pilares Sua cultura, Sua Gente, Seus Produtos e Seus Clientes. 1.6 JBS - sustentabilidade Ciente de sua responsabilidade como a maior companhia de processamento de proteína animal do mundo, a JBS adota uma Política de 23 Sustentabilidade adequada a cada uma de suas unidades, incluindo aspectos ambientais, procedimentos adotados, relacionamentos e investimentos, utilização de recursos naturais e tratamento de resíduo. 1.7 Relação com os fornecedores A JBS mantém parcerias sustentáveis com os seus fornecedores em todas as plataformas em que atua, seja na Argentina, Brasil, Estados Unidos, Austrália e Itália. Adota como conduta interna a avaliação dos seus fornecedores no que tange a critérios relacionados à: qualidade, pontualidade, sustentabilidade e confiabilidade dos produtos e serviços. Essa postura busca garantir que a cadeia de carne bovina global seja sustentável em todos os aspectos e ofereça aos seus clientes finais um produto com procedência garantida e que respeita as boas práticas. A JBS cultiva a transparência entre a companhia e seus fornecedores de gado – pecuaristas – nos EUA, Austrália, Argentina, Itália e Brasil como forma de promover em longo prazo o crescimento do setor por meio do fortalecimento da cadeia produtiva. Procura oferecer ao pecuarista diversas condições de comercialização do gado para que o fornecedor possa planejar antecipadamente suas vendas, facilitando as negociações e otimizando seus resultados. A política de relacionamento inclui um programa de visitas às unidades industriais para acompanhamento da produção, bem como assessoria para questões sanitárias referentes à nutrição dos animais e à venda do gado. Para garantir a transparência no processo de aquisição de bovinos, a JBS divulga e esclarece aos seus fornecedores que mantém relação comercial com empresas que têm comprometimento e engajamento com questões socioambientais que afetam a cadeia. A conduta da JBS é divulgada constantemente aos seus fornecedores por meio do Manual de Conduta Ética da Companhia e Práticas Sustentáveis. 1.7.1 Programa Quality Farms 24 Em todos os países de atuação da JBS, a companhia estimula as boas práticas junto aos seus fornecedores. A partir de programas de qualidade, dissemina, estimula e apoia os seus fornecedores a adotarem condutas sustentáveis. Um exemplo é o programa Quality Farms, que foi criado para apoiar a missão da JBS de ser a melhor em tudo o que se propõe a fazer e é um exemplo da valorização aos seus fornecedores. Em mais uma iniciativa pioneira, a JBS foi o primeiro frigorífico brasileiro a programar uma ferramenta de gestão de qualidade nas fazendas fornecedoras de animais. O Quality Farms visa a preparar os produtores para o Global Gap/EurepGAP Euro - Retailer Produce Working Group (Eurep) e Good Agricultura Practice (GAP) e assegurar 100% da aquisição com animais certificados. O documento normativo é baseado nas boas práticas agrícolas. O objetivo é assegurar integridade, transparecia e harmonia dos padrões globais. Os alimentos devem ser produzidos respeitando-se a saúde, a segurança e o bem-estar dos funcionários, sem deixar de observar os cuidados com o animal e o meio ambiente. A tendência é que mercados, principalmente externos, busquem cada vez mais produtos e padrões de qualidade e ética aceitos mundialmente. A JBS disponibiliza uma equipe de profissionais capacitados para orientar e treinar os pecuaristas para que possam requisitar a certificação. As fazendas pré-selecionadas são contadas e, quando aceitam participar do programa JBS Quality Farms, passam por uma pré-auditoria e iniciam-se os trabalhos para adequação. O EurepGap é uma ferramenta de gestão que apresenta informações sobre pontos fortes da propriedade e pontos que precisam de mais atenção. Assim, possibilita um planejamento eficiente, remanejamento de recursos e alocação de ganhos, fortalecendo o negócio. Com esse programa, a JBS busca a união de forças em prol do fornecimento de carnes produzidas de modo ético e profissional. O JBS Quality Farms faz com que o produto brasileiro seja competitivo no mercado agregando valor aos produtores, garantindo qualidade aos clientes 25 e a satisfação do consumidor final. 1.8 Excelência Para garantir a qualidade do produto final, a JBS S.A. conta com um eficiente controle de procedência (produtos selecionados, cadastrados e rigorosos processo de seleção de animais), transporte (cuidados especiais de embarque e desembarque) e produção industrial com cuidados rígidos de higiene. Salas climatizadas permitem a manipulação ideal das carnes, posteriormente enviadas para câmaras de resfriamento ou congelamento com temperatura controlada comercialização passa por um sistema por modernos totalmente processos de padronizado. Da industrialização, conservação e transporte. Todos os processos de qualidade são testados em modernos laboratórios e por técnicas experientes que garantem a plena certificação dos produtos e inspeção SIF. 1.9 Prêmios e certificação 1.9.1 NSF-CMI certification A NSF-CMI Certification é líder no fornecimento de seguros independentes e serviços de certificação para a agricultura, produção e indústrias de transformação. Sua certificação para agricultura de produção e indústria de transformação é emitida somente às empresas que comprovem possuir mais de 40.000 clientes só na Europa. As plantas de Andradina/SP, Presidente Epitácio/SP e Barretos/SP receberam esta certificação pela recepção, abate, desossa e embalagem de miudezas, cortes de carne bovina fresca e congelada, produção de carne enlatada e produção de extrato de carne. A unidade de Andradina ainda foi contemplada com uma nova certificação aos produtos da unidade de refeições prontas, produtos a partir do extrato de carne, produtos in natura, em conservas, carnes resfriada ou congelada e localização das plantas no site. 26 Presente nas principais instituições internacionais do setor como Internacional Natural Casing Association (INSCA) e European Natural Casing Association (ENSCA), a divisão de envoltórios da JBS atende a níveis de exigências mundiais de procedimentos veterinários, comerciais e de saúde alimentar do consumidor, por isso, é reconhecida como produto de grande qualidade no mercado. 1.9.2 Global standard of food service O British Retail Consortium (BRC) Global é um conjunto de quatro líderes da indústria de Normas Técnicas que especificam os requisitos a serem cumpridos por uma organização para permitir a produção, embalagem, armazenamento e distribuição de alimentos seguros e produtos de consumo. Em 1998, o BRC, respondendo às necessidades da indústria, desenvolveu e introduziu o BRC Food Norma Técnica a ser utilizada para avaliar os fabricantes de retalhistas de produtos alimentares de marca própria. Ele é projetado para ajudar os varejistas e os proprietários de marcas a produzir produtos alimentares de segurança consistente e de qualidade. As unidades de Goiânia/GO, Campo Grande/ MS, Araputanga/MT, Barra do Garça/MT e Pedra Preta/MT foram contempladas com esta certificação pelo abate de bovinos e produção de peças relacionadas com carne fresca, congelada e vísceras. 1.10 Projetos agropecuários É um serviço de consultoria de projetos que pode ser executado na propriedade do Pecuarista com uma equipe especializada onde é identificado o melhor negócio e feito o acompanhamento de toda a execução do projeto. O pecuarista pode contar com todo o apoio para o crescimento de seu negócio e, como consequência, o aumento de produtividade. Funciona desta forma: a) uma equipe técnica especializada identifica as melhores formas de aumentar o potencial da fazenda e de seus clientes; 27 b) acompanha e monitora periodicamente a execução de cada projeto; c) oferece linhas de crédito em longo prazo para financiar projetos investimento em infraestrutura, compras de animais, recuperação de pastagens e aquisição de maquinários. 1.11 Boi a termo Trata-se uma forma de comercialização em que o produtor e a JBS firmam um acordo definindo um valor fixo, data e a quantidade de arrobas a serem entregues futuramente (no prazo mínimo de um mês e no máximo de até um ano). É conhecido também como trava na bolsa. Tal comercialização tem como vantagens: a) possibilidade da comercialização do boi em qualquer época do ano, independente do boi estar pronto para o abate; b) evita problemas com a sazonalidade, podendo acompanhar o mercado e realizar a venda no momento mais adequado; c) assegurar a lucratividade perante os custos de produção estimulando a atividade; d) fazer levantamento dos riscos envolvidos na atividade; e) fornecer todo suporte na tomada de decisão do pecuarista, através do melhor entendimento do mercado. 1.12 Transporte de animais A JBS possui 245 carretas de 2 andares com capacidade para 42 bois, 75 garrotes ou 90 bezerros; 30 rodo trens com capacidade para 76 bois, 125 garrotes ou 180 bezerros. Todas as plantas da JBS possuem estrutura de transporte e todos os veículos de transporte são rastreados. A empresa possui uma equipe altamente preparada, com motoristas treinados e especializados para esse tipo de transporte e possui atendimento para todas as áreas de atuação da JBS (Confinamento, Fábrica, Corretora, Transportes em geral de gado). 28 Apresenta um excelente nível de serviço graças à especialização da equipe, conseguindo que seu preço seja abaixo do mercado devido ao volume transportado. 1.13 Divisão de negócios da JBS 1.13.1 Lácteos Para crescer e conquistar o mercado, as atividades na JBS estão baseadas em inovação, distribuição e comunicação adequada de cada uma de suas marcas. São aproveitadas a sinergia e a experiência da companhia nas exportações de carne e couros para comercializar derivados do leite fora do Brasil. O foco está em produtos como cream cheese e requeijão, que já estão sendo exportados para a Europa, Egito, Angola, Rússia e Cabo Verde. Para a JBS, qualidade é sinônimo de respeito ao consumidor. A companhia desenvolve, produz e distribui produtos inovadores, seguros e de excelência, além de aprimorar continuamente os processos e cumprimento das exigências legais e diretrizes internas relacionadas ao produto e ao negócio. Para garantir a segurança alimentar, as plantas seguem as normas de Boas Práticas de Fabricação (BPF), possuem ISO/9001 e certificação de Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (HACCP). 1.13.2 Colágeno A JBS é líder mundial na fabricação de fibra natural de colágeno através da Novaprom. A Novaprom produz e comercializa fibra natural de colágeno desde 2002. Esse ingrediente destina-se principalmente à indústria de alimentos, sendo utilizados em produtos cárneos, lácteos, bebidas preparadas, panificação e alimentos funcionais. A Novaprom está situada na cidade de Guaiçara - SP, região oeste do estado de São Paulo. A companhia é pioneira no Brasil na fabricação de fibra natural de colágeno, tem capacidade de produção de centenas de toneladas por mês 29 comercializadas no mercado interno e exportadas para vários países. A fibra colágena é uma proteína pura, não desnaturada, extraída das camadas internas da pele bovina. O colágeno, além de ser um excelente ingrediente, também apresenta propriedades benéficas à saúde: contribui para a regeneração de ossos, articulações e tecidos do coração, retarda o envelhecimento da pele e a flacidez dos tecidos, promove a hidratação cutânea e assegura a consistência e a elasticidade dos tecidos. A companhia possui uma unidade para esse segmento. 1.13.3 Couros A JBS é a maior exportadora brasileira de couros e conta com 10 unidades industriais no Brasil e uma no exterior (China). Produz couro nos estágios wet blue, semiacabado e acabado para os setores de calçados, automobilístico, moveleiro e de artefatos. Acompanha as tendências mundiais, avalia as expectativas dos mercados em que atua e personaliza os produtos e serviços de acordo com as especificações dos clientes. A JBS possui certificação internacional do Centro de Tecnologia Satra e destina a maior parte de sua produção para exportação. 1.13.4 Fábrica de latas A Fábrica de Latas foi instalada em 1994. Atualmente está situada em Lins - SP BR 153. Inicialmente era voltada para atender às necessidades de acondicionamento da carne industrializada produzida pela divisão de carnes. Gradativamente, esta unidade passou por atualizações tecnológicas e foi diversificada, incorporando processos antes realizados por terceiros. A Fábrica de Latas atua desde o corte de bobinas, passando pelo processo litográfico até as linhas de montagens de latas. Hoje, é uma das cinco maiores produtoras do país em seu segmento. Destaca-se a lata de aço por ser biodegradável, 100% reciclável e por 30 dispensar conservantes, garantindo que os alimentos mantenham suas propriedades naturais inalteradas.É leve, resistente e protege os alimentos por períodos superiores há dois anos, mesmo em condições adversas de clima, transporte e manuseio. 1.13.5 Vegetais A companhia produz e comercializa vegetais enlatados prontos para o consumo. Essas atividades iniciaram-se em 1991, na unidade de produção de Uberlândia - MG. Atualmente, sua capacidade produtiva é de 3 milhões de latas por mês, entre milho verde em conserva, ervilha reidratada, seleta de legumes, batata palito, cenoura baby, couve flor, mandiocas pedaços, polenta palito e vagem inteira. 1.13.6 Higiene e limpeza Com quatro plantas industriais, Chácara Santa Rita - Luziâna - GO, Jardim Pinheiro - Lins - SP e Salseiros - Itajaí – SC, a JBS é líder nacional na produção de sebo bovino e massa base para pequenas, médias e grandes empresas do segmento. Com as marcas próprias, BioBriz e Lavarte, produz produtos de limpeza para casa e para roupas, como desinfetantes, sabão em barra, sabão em pó, amaciante, multiuso, limpeza pesada e lava-louça. 1.13.7 Oleoquímica A JBS Oleoquímica fabrica produtos a partir de óleos vegetais, gorduras animais e produtos químicos. A empresa está presente no mercado nacional e internacional fornecendo produtos dentro dos segmentos de química fina: lubrificantes, ceras materiais escolares, tintas, plásticos, pneus, borrachas, têxtil, metais, mineração, fertilizantes agrícolas, química em geral e alimentos. No ano de 2010, em parceria com a Dupont, iniciou a produção de 31 Metilato de Sódio, principal catalisador utilizado na fabricação do Biodiesel. Localizada em Pirapozinho-SP, a unidade fabril é a primeira a produzir o catalisador no Brasil. 1.13.8 Biodiesel A JBS Biodiesel tem capacidade instalada para a produção de milhares de litros de biodiesel por ano. Suas unidades estão localizadas em Lins - SP e Colider - MT.Conta com um moderno sistema de produção e de análises, garantindo qualidade ao produto e atendendo às normas nacionais e internacionais. Atenta às questões socioambientais, apoia a Agricultura Familiar por meio do programa Selo Combustível Social e desenvolve projetos de coleta de óleo de cozinha usado, transformando-o em biodiesel. 1.13.9 Bio-Lins A Usina termoelétrica Bio-Lins produz vapor e energia elétrica a partir da queima do bagaço de cana-de-açúcar, resíduo gerado a partir do processo industrial de produção de açúcar e álcool que poderia gerar danos ambientais caso não fosse utilizado. Hoje, a usina abastece praticamente todas as unidades fabris da JBS S.A. instaladas no complexo industrial de Lins e vende energia renovável para outras empresas da região, tais como: Usina Itaiquara de Açúcar e Álcool Passos -MG. 1.13.10 Reciclagem A JBS Ambiental desenvolve, a partir de resíduos industriais, produtos reciclados, como: resinas de polietileno de alta densidade (PEAD), polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno linear de baixa densidade linear (PEBDL), e polipropileno (PP), garantindo o cumprimento das normas 32 ambientais. As matérias pós- industriais são processadas por meio de equipamentos de alta tecnologia que mantém as suas características técnicas próximas das originais. Os resíduos não aproveitados, como papelão e sucata ferrosa também têm destino ecologicamente correto na divisão de reciclagem. A JBS Ambiental está situada na Rodovia BR 153 à frente da unidade couro em Lins - SP. 1.13.11 Confinamentos A JBS Confinamentos possui uma estrutura com tecnologia de ponta em nutrição, manejo e bem-estar animal, oferecendo modernas técnicas de comercialização aos pecuaristas interessados em aumentar sua produção. A atividade consiste em fornecer alimentação balanceada para os animais que ficam alojados em piquetes com área limitada e têm livre acesso à água e cochos de ração. Os animais são separados em lotes homogêneos e recebem aplicação de protocolo sanitário pré-estabelecido. Este protocolo contém exclusivamente vacinas e vermífugos. A dieta é fornecida em três fases, sendo elas: adaptação, crescimento e terminação. O objetivo é obter um melhor desempenho dos lotes com o mínimo possível de distúrbios nutricionais. Todo o controle deve ser feito com programa de gestão, contendo, inclusive, ferramentas para controle de resíduos. São 5 plantas de Confinamento com a capacidade de terminação de 250 mil bois/ano e estão situadas em Diamantino/ Lucas do Rio Verde- MT, AruanãGO, Nazário- GO, Castilio - SP e Guaiçara - SP. 1.13.12 Insumos agropecuários A JBS Insumos Agropecuários foi criada com objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do setor, disponibilizando ao pecuarista produtos e serviços 33 de alta qualidade, como: nutrição, sanidade e manejo animal, com facilidades comerciais e preços competitivos. 1.13.13 Trade A Trade JBS foi fundada em 2005 para atender a demanda de compra de matéria-prima da Companhia. Atualmente, comercializa um grande volume de produtos importados, como: óleos vegetais, químicos e gordura animal para JBS e para outras importantes empresas do mercado interno. 1.13.14 Transportadora A JBS possui uma eficaz estrutura de logística, desde a busca do gado, com caminhões de dois pavimentos à distribuição de seus produtos pelo país e no transporte de contêineres aos portos para exportação. É responsável por garantir a segurança e qualidade do gado durante o transporte e a característica do produto quando de sua distribuição com temperaturas adequadas, cuida também dos custos e da economia de escala para otimizar a operação. Sua frota é composta por modernos veículos e tem como objetivo garantir o cumprimento de metas e o compromisso da empresa com a qualidade do produto para o consumo final. 1.13.15 Carnes Além de carne in natura em diversos cortes, a companhia fabrica grande variedade de produtos industrializados que usam a carne bovina, suína, ovina e de aves como matéria-prima: são carnes enlatadas, beef jerky, supergelados, pratos prontos, entre outros, que levam as marcas Swift, Maturatta, Apeti, Bertin, Friboi, Organic Beef, Cabaña Las Lilas, Bordon, Anglo, entre outras. A JBS investe na qualificação de seus pecuaristas e estabelece um conjunto de critérios para credenciamento de fazendas. A empresa JBS é auditada pelo Ministério da Agricultura no Brasil e 34 frequentemente recebe missões de diversos países. Figura 1: Carnes JBS Fonte : JBS, 2012 Todas as plantas de processamento de carnes são credenciadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). As destinações de matéria-prima das diferentes origens para os diferentes mercados são regidas por normatização do SIF. No caso de matériaprima para exportação é emitido um Certificado Sanitário Internacional (CSI) e, para as transferências de mercado interno, um Guia de Trânsito (GT), se especificação de habilitação. Os mercados da União Européia e EUA têm regulamentação própria dentro do SIF, onde os controles são mais restritos ainda. 1.13.15.1 Linha swift Nesta linha tem – se: a) patê de carne lata: de sabor suave e cremoso, o Patê de Galinha Swift já vem temperado, pronto para servir e dispensa refrigeração. Econômico e prático é ideal para o café-da-manhã, lanche das crianças e preparo de diversas receitas, como tomates recheados e tortos. Embalagem lata com tampa abre fácil; b) almôndega de carne ao molho à italiana: a almôndega de carne ao molho à italiana Swift agrada toda a família, pois tem um toque 35 caseiro. Preparadas com carne bovina, as almôndegas são firmes e cozidas até o ponto ideal. O molho leva polpa e pedaços de tomate, azeite de oliva, condimentos e orégano; c) presuntada: presente na mesa dos brasileiros há mais de décadas, a presuntada radicional Swift é um produto preparado à base de carne suína, único em sabor e qualidade. Versátil, pode ser usados no preparo de sanduíches, canapés, saladas e recheios. Econômica e prática, ocupa pouco espaço e dispensa refrigeração; d) salsicha aperitivo: preparada com carne bovina, a Salsicha Aperitivo Swift é levemente picante e tem gostinho de limão. Com tamanho reduzido, é uma ótima opção para servir como entrada ou acompanhamentos de drinks e sucos; e) sopa Swift Moments brócolis: as sopas Swift Moments são feitas com ingredientes nutritivos e além de sua cremosidade indescritível, são fonte de fibras, com baixos teores de gorduras e calorias; f) almôndega de carne bovina: carne 100% bovina com embalagem berço; g) ervilha em conserva: os vegetais Swift são esterilizados e, por isso, possuem sabor, textura e aroma preservados à temperatura ambiente, dispensando o uso de conservantes. Figura 2: Produtos swift Fonte: JBS, 2012 1.13.15.2 Linha swift orgânico 36 Figura 3: Produtos swift orgânico Fonte : JBS, 2012 A linha Swift Orgânico, além das carnes in natura, apresenta seus hambúrgueres congelados provenientes de carne orgânica de alta qualidade, Swift Orgânico. Para destacar esse produto foi criado um anúncio que destaca o conceito orgânico relacionando-o em antítese com a culpa que se sente ao ingerir alimentos considerados pouco saudáveis, como os hambúrgueres. Mais do que sentir o verdadeiro sabor da carne bovina - sem agrotóxicos, sem aditivos, natural - Swift Orgânico é a opção de quem gosta de ter a consciência tranquila quando o assunto é o meio ambiente. Resultado de um processo de produção absolutamente sustentável, Swift Orgânico é a carne tenra e saudável que chega a in natura, embalada a vácuo em 15 opções de cortes especiais. 1.13.15.3 Linha swift maturatta Maturatta é líder no mercado de cortes especiais para churrasco. Com uma linha completa da mais alta qualidade e sabor, estão no mercado nove opções de cortes resfriados, limpos, embalados a vácuo e prontos para a grelha: picanha, coração da alcatra, filé mignon, cupim, contra-filé, fraldinha e maminha. Produtores selecionados, cadastrados e rigorosos processos de seleção de animais, transporte (cuidados especiais de embarque e desembarque) e produção industrial com cuidados rígidos de higiene. Salas climatizadas permitem a manipulação ideal das carnes, 37 posteriormente enviadas para câmaras de resfriamento ou congelamento com temperatura controlada por um sistema totalmente computadorizado. Da brincagem à comercialização, passam por modernos processos de industrialização, conservação e transporte. Todos os processos de qualidade são testados em modernos laboratórios e por técnicos experientes que garantem a plena certificação dos produtos e inspeção SIF. Figura 4: Produtos swift maturatta Fonte: JBS 2012 1.13.15.4 Swift angus select Figura 5: Produtos swift angus select Fonte: JBS, 2012 Marca com qualidade certificada pelo USDA e reconhecida pela nobreza de cortes magros, tenros e macios. 38 1.13.15.5 Organic beef Com slogan ‘especial por natureza’, segue a tendência de produtos ecologicamente corretos, oferecendo 15 opções de cortes especiais de carne in natura proveniente de gado orgânico embalado a vácuo, além de uma opção de corte congelado. Figura 6: Produtos organic beef Fonte: JBS, 2012 O gado orgânico tem procedência garantida pela Associação Brasileira dos Produtos de Animais orgânicos (Aspranor), sendo alimentados em pastos adubados organicamente e criado com cuidados especiais, resultando em cortes mais tenros. 1.13.15.6 Carne industrializada Produtos derivados de carne, como carne cozida e congelada, em conserva, extratos de carnes, carne industrializada (hambúrguer, quibe, salsichas e mortadela) e pratos prontos. Com instalações e processos adequados ao mercado internacional, a 39 JBS exporta carne industrializada para cinco continentes e ocupa liderança nas exportações brasileira de carne bovina. Figura 7: Produtos industrializados Fonte: JBS, 2012 1.13.15.7 Anglo Salsichas viena, feijoada, fiambre, carne bovina em conserva, patê de presunto em lata e almôndegas ao molho. Figura 8: Produto Anglo Fonte: JBS, 2012 1.13.15.8 Sola No mercado desde 1949, é sinônimo de tradição e praticidade, oferecendo produtos de sucesso, como salsicha Viena Carioca, mortadela Fluminense, carnes bovinas em conserva Taya e Taya Nuevo, além do fiambre Kitut, um dos preferidos dos consumidores e ícone da categoria. 40 1..13.15.9 Cabaña las lilas Reconhecida internacionalmente como a melhor carne argentina, a marca passou a fazer parte do portfólio JBS com a aquisição da Swift Argentina, em 2005. Figura 9: Produtos cabaña las lilas Fonte : JBS,2012 1.13.15.10 Friboi Marca fortemente reconhecida no mercado, distribuída em larga escala, com mais de 70 tipos de cortes de carne. Figura 10: Produtos Friboi Fonte: JBS, 2012 41 1.13.15.11 Exeter Marca de carne em conserva com grande participação e aceitação no mercado africano. Figura 11: Enlatados exeter Fonte :JBS, 2012 1.13.15.12 Beef shopping Figura 12: Beff shopping Fonte: JBS, 2012 Presente no atacado, no varejo e em múltiplos canais de vendas, a Empresa também conta com uma rede de lojas próprias sendo uma delas na cidade de Lins - SP - o beef shopping. Pioneiro no conceito de autoatendimento comercializa carnes bovinas e 42 acessórios para churrasco, produtos lácteos, além de aves, peixes, ovinos e suínos, produzidos por empresas parceiras. 1.13.15.13 Beef jerky A Meat Snacks Parthers é a maior produtora de beef jerky e snacks à base de carne bovina do mundo, com unidades de produção instaladas em Santo Antonio de Posse e Lins, no estado de São Paulo. A empresa aplica técnicas de rastreabilidade para garantir a boa procedência da matéria-prima de seus produtos, o que resulta na padronização e qualidade total em todas as etapas do processo. Atualmente, toda a comercialização do produto é destinada para o mercado externo. Figura 13: Divisão de negócios JBS (beef jerky) Fonte: JBS,2012. 1.13.15.14 Envoltório A JBS envoltório realiza a seleção e calibração de tripas resultantes do abate de bovinos para atender o mercado de invólucros de embutidos, como: mortadelas, salames, linguiças, salsichas e outros. Possui cinco unidades produtivas: Goiânia-GO, Ituiutaba-MG, CáceresMT, Maringá-PR e Lins-SP e destina a maior parte de sua produção para exportação. Está presente nas principais instituições internacionais do setor como Internacional Natural Casing Association (INSCA) e European Natural Casing Association (ENSCA). A divisão de envoltórios da JBS atende a níveis de exigências mundiais 43 de procedimentos veterinários, comerciais e de saúde alimentar do consumidor, por isso, é reconhecida como produto de grande qualidade no mercado. Figura 14: Divisão de negócios JBS (envoltórios) Fonte: JBS,2012. 44 CAPÍTULO II GESTÃO DE ESTOQUE 2 GESTÃO DE ESTOQUE Conforme Slack et al. (2008), a Gestão de Estoque proporciona uma maior organização das ações de estoque, disponibilizando as informações de forma racional e prática, eliminando retrabalhos. Com a automatização de tarefas, os recursos podem ser redirecionados e melhor aproveitados. De acordo com Martins; Alt (2003), constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. A gestão de estoque é um assunto vital e, frequentemente, absorve parte substancial do orçamento operacional de uma organização. Como eles não agregam valores aos produtos, quanto menor o nível de estoques com que um sistema produtivo conseguir trabalhar, mais eficiente será. A eficiência na gestão de estoque poderá criar a diferença com os concorrentes, melhorando a qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os custos entre outros fatores, oferecendo, assim, uma vantagem competitiva para a própria empresa. É fundamental que as empresas diminuam, ao mínimo, a quantidade de estoques na cadeia de suprimentos, a fim de obter uma racionalização nos custos de armazenagem e respectiva manutenção. (MARTINS, 2006) Já o controle de estoque é uma área muito importante de uma empresa, pois é através dele que será capaz de prever o quanto será necessário comprar no próximo pedido ao fornecedor, além de fornecer informações úteis sobre as vendas, já que muitas vezes os relatórios do setor de vendas não são muito claros e não condizem com a realidade. O principal objetivo do controle de estoque é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos de uma empresa, bem como minimizar as necessidades de capital investido em estoque. (DIAS, 2005) 45 O objetivo básico do controle de estoque é evitar a falta de material sem que esta diligência resulte em estoques excessivos às reais necessidades da empresa. O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes. (DIAS, 2005) 2.1 Classificações dos estoques Segundo Vendrame (2008), o estoque é a composição de materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, que não são utilizados em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em função de futuras necessidades. Constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos ou serviços ou podem ser entendidos, ainda, como certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, permanentemente, para produzir lucros e serviços. Vendrame (2008) classifica os estoques da seguinte forma: 2.1.1 Estoque de matérias-primas (MPs) Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São os itens iniciais para a produção dos produtos ou serviços da empresa. 2.1.2 Estoque de materiais em processamento ou em vias Também denominados materiais em vias, são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo de diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado, por não serem mais Matérias-Primas Iniciais (MPs) e nem no depósito, por ainda não serem Produtos Acabados (Pas). Mais adiante, eles serão transformados em produtos acabados. 2.1.3 Estoque de materiais semiacabados 46 Referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio mais avançado, pois encontram-se quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em produtos acabados. 2.1.4 Estoques de materiais acabados ou componentes Referem-se às peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituirão o Produto Acabado (PA). 2.1.5 Estoque de produtos acabados Referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constitui o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases, como: matéria-prima (MP), materiais em processamentos, materiais semiacabados, materiais acabados e produtos acabados. 2.2 A função dos estoques Conforme Martins (2006), os estoques têm a função de regular o fluxo de materiais, como amortecedores das entradas e saídas entre as duas etapas dos processos de comercialização e de produção proporcionando independência entre as fases do processo produtivo, ou seja, quando há a interrupção em uma das fases, a outra não ficará desguarnecida, é uma forma de minimizar possíveis gargalos, embora seja uma alternativa de alto custo. Os estoques desempenham um papel importante na flexibilidade operacional da empresa, pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilações inesperadas de oferta e procura ao mesmo tempo em que isolam 47 ou diminuem as interdependências das diversas partes da organização empresarial. (MARTINS, 2006) Segundo Vendrame (2008), as principais funções do estoque são: a) garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de: - demora ou atraso no fornecimento de materiais; - riscos de dificuldade no fornecimento; sazonalidade no suprimento; b) proporcionar economias de escala: - através da compra ou produção em lotes econômicos; - pela flexibilidade do processo produtivo; - pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades. 2.3 Custos de estoque Segundo Bertaglia (2003), o custo de estoque desdobra-se em vários componentes e, dependendo do enfoque utilizado, pode ter objetivos que causem conflitos dentro da organização. O estoque é considerado em muitas vezes como um capital imobilizado da empresa na forma de materiais, ou seja, representando um investimento parado. Por ora, os estoques também assumem o papel inverso quando estão dentro de mercados especulativos, seja pelo aumento do preço ou até mesmo pela falta de fornecimento, o que acarretaria em uma valorização ao produto estocado. (BERTAGLIA, 2003) De acordo com a tomada de decisão da quantidade da compra de um produto é afetada pelos custos do estoque, desta forma, consideram-se relevantes para a análise os seguintes custos: 2.3.1 Custos de colocação do pedido Este custo está relacionado ao custo de reabastecimento do estoque. Pode-se citar o custo de transporte e o custo de adaptações. (BERTAGLIA, 2003) 2.3.2 Custos de desconto de preços 48 Trata-se da desvantagem pela compra em pequenos lotes comparada a compra em lotes representativos. No segundo caso, é comum obter descontos, enquanto no primeiro caso o produto tende a custar mais. (BERTAGLIA, 2003) 2.3.3 Custos de falta de estoque Os custos podem ser interpretados desde a não venda de um produto como pela não satisfação do cliente em não atender suas necessidades (casos que muitas vezes torna-se subjetivo seu cálculo). (BERTAGLIA, 2003) 2.3.4 Custos de capital de giro Refere-se ao tempo de pagamento do estoque ao fornecedor e o tempo de venda, neste caso, o recebimento do capital. Frente a isso, os custos associados a ele são os custos de oportunidade por não reinvestir o dinheiro em outro lugar ou os juros que são pagos aos bancos pela tomada de empréstimo, por exemplo. (BERTAGLIA, 2003) 2.3.5 Custos de armazenagem São os custos relacionados ao valor para manter o estoque guardado. Cita-se como exemplo a locação de uma sala, a climatização, a iluminação e a segurança. Percebe-se que quanto maior o valor ou as condições especiais de armazenagem do produto mais custoso será o estoque. (BERTAGLIA, 2003) 2.3.6 Custos de obsolescência É o risco de que produtos, quando estocados por muito tempo, em razão do volume de compras desnecessário, percam seu valor tornando-se obsoletos, como por exemplo pela deterioração com o tempo e a mudança do consumidor em relação ao produto ou até mesmo devido às constantes mudanças tecnológicas. (BERTAGLIA, 2003) 2.3.7 Custos de ineficiência de produção 49 Conforme Bertaglia (2003), altos níveis de estoque impedem de ver a completa extensão de problemas dentro da produção. Os custos podem ser tanto proporcionais ao estoque como inversamente proporcionais e até mesmo independentes do mesmo. O primeiro citado representa que todo e qualquer custo que crescem diretamente com o aumento da quantidade média estocada. Assim, é dado como exemplo o aumento do custo de capital investido com o aumento do estoque ou o aumento do custo devido à manutenção do mesmo. (BERTAGLIA, 2003) Já o segundo, o custo inversamente proporcional ao estoque são aqueles que diminuem com o aumento do estoque médio. São denominados custos de obtenção para itens comprados e custos de preparação para os itens fabricados internamente. Os custos independentes são aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa, como por exemplo, o custo do aluguel de um galpão. (BERTAGLIA, 2003) 2.4 Tipos de estoques Ocorre que há vários pontos de vista relacionados à utilização correta e otimizada do controle de materiais e um dos pontos relevantes está ligado ao mercado consumidor e suas eventuais inconstâncias. Para isso, as empresas utilizam-se de várias técnicas e ferramentas administrativas que possibilitem mensurados mais próximo possíveis às oscilações entre o fornecimento de produtos que atendam ao consumidor e às reais necessidades dos mesmos. Segundo Rosa (2003), os estoques devem funcionar como reguladores do fluxo de negócios e, para evitar o desequilíbrio entre a taxa de fornecimento e de demanda, existem diferentes tipos, a saber: 2.4.1 Estoque de reserva ou de segurança (Es) O estoque de segurança é caracterizado pelo ato de manter níveis de estoque suficientes para evitar faltas de estoque diante da variabilidade da 50 demanda e a incerteza do ressuprimento do produto quando necessário para que não haja falha na entrega do produto ao cliente final. Também traz alguns problemas às empresas, as quais precisam de locais maiores para armazenagem e disponibilizar capital para o investimento em estoque. O mesmo capital poderia estar sendo empregado na compra de bens para a empresa. O estoque de segurança pode ser matematicamente calculado pela seguinte fórmula, conforme Vendrame (2008): Es = ( C. Ape) + ac ( pe+ape) Es = estoque de reserva ou de segurança C = consumo diário ape = atraso no prazo de entrega ac = aumento de consumo pe = prazo de entrega 2.4.2 Estoque mínimo E mín = Es + Pe. C E mín = estoque mínimo Es = estoque de reserva ou de segurança pe = prazo de entrega c =consumo diário 2.4.3 Estoque máximo E máx = Es + LEC E máx = estoque máximo Es = estoque de reserva ou de segurança LEC = lote econômico de compra 2.4.4 Estoque de produção / processo São estoques criados durante a linha de produção ou de processamento 51 do produto, entre o tempo de produção e o transporte efetivo deste produto até o seu Estoque de organização. Segundo Martins (2006), estoques de organização são utilizados para manter o processo de produção ou suprimento funcionando continuamente sem interrupções. Estoque regular / cíclico é necessário para satisfazer a demanda média durante o tempo entre os reabastecimentos sucessivos que dependem de: a) tamanho dos lotes de produção; b) das quantidades econômicas de embarque; c) das limitações do espaço de estocagem; d) dos elementos de reabastecimento e ou estoque ( TR); e) do custo da manutenção do estoque. 2.4.5 Estoque de ciclo Segundo Pinto (2002), estoque de ciclo são estoques criados em virtude do ciclo econômico da produção, sendo seus objetivos: a) redução do custo unitário; b) redução setup dos equipamentos (liga / desliga); 2.4.6 Estoque em trânsito São os estoques que estão em trânsito entre o ponto de estocagem ou de produção. Quanto maior a distância e menor a velocidade de deslocamento, maior será a quantidade de estoque em trânsito. (PINTO, 2002) 2.4.7 Estoque virtual (EV) São os itens que já foram pedidos (adicionado o ponto de pedido) ao setor de compras e este já o efetivou, mas ainda não chegou ao ponto de armazenagem ou ainda estão em processo de liberação pelo controle de qualidade. (PINTO, 2002) 52 2.4.8 Estoque obsoleto (morto) São partes do estoque que deterioram ou tem sua validade vencida, ou ainda foram danificadas ou reprovadas na linha de produção. (PINTO, 2002) 2.4.9 Estoque de antecipação Segundo Pinto (2002), estoque de antecipação pode ser usado para compensar diferenças de ritmo de fornecimento e demanda. É mais comumente usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis. Ele também pode ser usado quando as variações de fornecimento são significativas. 2.5 Sistema ABC de estoque Conforme Nakagawa (2007), a curva ABC é um importante instrumento para o administrador, pois permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Ela tem sido usada para a gestão de estoques, para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais que ocorrem na empresa. Conforme Nakagawa (2007), neste sistema, os estoques são classificados em três grupos, por ordem decrescente de importância no tocante ao investimento realizado em cada um: a) produtos A: constituídos de poucos itens (de 10 a 20% dos itens), exigem maior investimento e demandam maior atenção. Representam, em média, de 60 a 80% do investimento em estoque; b) produtos B: composto por um número médio de itens (20 a 30% do geral) exigem também investimentos elevados, porém menores que os produtos A e necessitam de conferências frequentes. Representam, em média, 20 a 30% do investimento total; c) produtos C: é constituído por um grande número de itens e de pequenos investimentos. Exige controle mais simples e representam, em média, 5 a 10% dos investimentos em estoques e de 50 a 70% do 53 total de itens. A composição total dos estoques dos produtos do grupo A, mesmo representando uma quantidade inferior de peças, indicam o maior volume de investimentos. Os produtos do grupo B ocupam uma posição intermediária, devendo, também, receber especial atenção nos seus controles, porém menor que aquela dedicada aos produtos do grupo A. Por sua vez, os produtos do grupo C correspondem à maior parte dos itens e são responsáveis por pequena parcela de investimento. (TOFOLI, 2008) 2.5.1 Finalidades da curva ABC A análise ABC é uma das formas mais usuais de examinar estoques. A curva ABC é um método de classificação de informações, para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. (MARTINS; ALT, 2003) Trata-se de classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos materiais, baseada nas qualidades utilizadas e no seu valor. Também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de produtos da empresa pela lucratividade proporcionada. No tocante à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a dependência ou risco face ao cliente, ou ainda para que tipo de clientes a organização deve se focar. Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por outro critério a definir. Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção e outros. Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa 54 como um parâmetro que informa sobre as necessidades de aquisição de itens – mercadorias ou matérias-primas – essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC (PINTO, 2002). O Critério ABC pode estabelecer níveis de serviços diferenciados para as diversas classes, de forma a reduzir o capital empregado em estoque, ou podem-se usar métodos diferentes para controlar o estoque e, assim, minimizar o esforço total da gestão. Os materiais considerados como classe A merecem um tratamento administrativo preferencial no que diz respeito à aplicação de políticas de controle de estoques, já que o uso adicional para um estudo mais minucioso destes itens é compensado. (LUIZ et al., 2008) Por outro lado, os itens tidos como classe C não justificam a introdução de controles muito precisos, devendo receber tratamento administrativo mais simples. (LUIZ et al., 2008) Os itens que foram classificados como B poderão ser submetidos a um sistema de controle administrativo intermediário entre aqueles classificados como A e C. (LUIZ et al., 2008) Tais considerações valem para ambientes nos quais se buscam gerenciar a formação de estoques por demanda dependente. Os modelos como planejamento no requerimento de material (MRP), Kanban, são adotados em ambientes nos quais se gerencie a formação de estoques por demanda independente e ponto de pedido, reposição periódica ou estoque mínimo. Porém, a simples aplicação do princípio ABC, sem considerar aspectos diferenciados inerentes aos materiais quanto à sua utilização, aplicação e aquisição, pode trazer distorções quanto à classificação de importância e estratégias de utilização dos mesmos. (POZO, 2008) A utilização da curva ABC é extremamente vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizações em estoques sem prejudicar a segurança, pois ela 55 controla mais rigidamente os itens de classe A e, mais superficialmente, os de classe C podendo ser usada em várias unidades de medidas, como: peso, tempo, volume e custo unitário. O grande mérito do uso da Curva ABC é a classificação dos itens de estoques em critérios ou classes A, B e C, vista de seus custos e quantidades. (POZO, 2008) A utilização da Curva ABC destina-se às empresas com o objetivo de manter o controle e regularidade dos itens, operar com qualidade atendendo a demanda e evitando ociosidade do estoque. 2.5.2 Montagem da curva ABC Alguns fatores são indispensáveis para a montagem da curva ABC. Vendrame (2008) classifica-os da seguinte forma: a) relacionar os itens analisados no período que estiver sendo analisado; b) número de referência do produto; c) nome do produto; d) preços unitários atualizados; e) valor total do consumo; f) classificar os itens em ordem decrescente de valor; g) somar o total do consumo; h) definir os itens da classe “A” = 80% do faturamento: Fat. Classe. “A” = ( Fat. Total x 80) / 100; a) definir os itens da classe “B” = 15% do faturamento; b) definir os itens da classe “C” = 15% do faturamento; c) após conhecidos estes valores, definem-se os itens de cada classe. Figura 15: Demonstração da curva ABC Fonte: sobreadministração.com, 2012. 56 2.6 Giro de estoque Segundo Martins e Alt (2003), o giro dos estoques é a quantidade de vezes em determinado período que o estoque que a empresa mantém é vendido. O giro de estoque pode ser medido quantas vezes por unidade de Tempo: o estoque se renovou ou girou. Esse indicador pode ser calculado a partir do quociente custo de mercadorias vendidas e o valor do estoque médio da empresa. (LOPRETE et al., 2009). De acordo com Gitman (2004), o giro resultante passa a ter significado quando comparado ao de outras empresas que atuam no mesmo setor. Assim, o giro de estoque pode ser facilmente convertido em índice de Idade média dos estoques. 2.7 Técnicas de programação da produção que auxiliam na gestão de estoque 2.7.1 Just in time Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em qualquer organização para reduzir estoques e os custos decorrentes. Segundo Chase (2006), com este sistema, o produto ou matéria-prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados. De acordo com Martins e Alt (2003), o JIT que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras, também pode disparar o processo, dependendo de como o sistema é idealizado, um cartão ou um conjunto de cartões Kanban pode dar início ao processo de compras. Nas fábricas onde está implantado o estoque de matérias-primas é 57 mínimo e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto seja possível, os fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para que possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada. Para Womack (2004), a redução do número de fornecedores para o mínimo possível é um dos fatores que mais contribui para alcançar os potenciais benefícios da política Just in time. Esta redução gera, porém, vulnerabilidade em eventuais problemas de fornecimento, já que fornecedores alternativos foram excluídos. A melhor maneira de prevenir esta situação é selecionar cuidadosamente os fornecedores e arranjar uma forma de proporcionar credibilidade dos mesmos de modo a assegurar a qualidade e confiabilidade do fornecimento. O sistema de produção adapta-se mais facilmente às montadoras de produtos onde a demanda de peças é relativamente previsível e constante, sem grandes oscilações. 2.7.2 Kanban É uma palavra japonesa que significa registro ou placa visível. Em Administração da produção significa um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios de marcados. Segundo Rosa (2003), coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se converte num novo pedido para mais peças. Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça. De acordo com Rosa (2003), o Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser empregado em indústrias montadoras, desde que o nível de produção não oscile em demasia. O Kanban físico (cartões ou caixas) pode ser Kanban de Produção ou Kanban de Movimentação e transita 58 entre os locais de armazenagem e produção substituindo formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo, enfim, que a produção se realize Just in time - metodologia desenvolvida e aperfeiçoada por Taiichi Ohno e conhecida como Sistema Toyota de Produção. 2.7.3 MRP MRP significa planejamento no requerimento de material. São sistemas de planejamento baseados na explosão da estrutura dos produtos, procurando controlar as necessidades de materiais com o uso do computador. (POLLONI; SIMCSIK, 2002) As representações de estruturas de produtos auxiliam a responder: o quê (componentes necessarios à produção do produto); quanto produzir e comprar; quando se deve comprar ou produzir. Daí a lógica do MRP, que é programar as atividades para o momento mais tarde pissível, de modo a minimizar os estoques carregados. O MRP usa uma filosofia de planejamento. A ênfase está na elaboração de um plano de suprimentos de materiais, seja interna ou externamente. O MRP considera a fábrica de forma estática, praticamente imutável. Figura 16: Informação que integra um sistema MRP Fonte: MRP (2012) 59 2.7.4 MRP II É o planejamento de recursos de manufatura. Surgiu com a popularização do uso da técnica MRP, que fez com que pesquisadores percebessem que a mesma técnica do cálculo das necessidades poderia ser utilizada para calcular também as necessidades de outros recursos, como: equipamentos ou mão de obra, requerendo apenas algumas informações adicionais. Assim, avanços ocorreram a partir de 1975 com a ampliação do software para a cobertura de toda a área fabril. (POLLONI; SIMCSIK, 2002). É uma ferramenta capaz de priorizar e sequenciar centenas de ordens de produção a serem conduzidas de um posto de trabalho ao outro, em instalações, contendo diversas máquinas. Segundo Polloni; Simcsik (2002), o MRP II diferencia-se do MRP pelo tipo de decisão de planejamento que orienta; enquanto o MRP orienta as decisões de: o quê, quanto, quando produzir e comprar: o MRP II engloba também as decisões referentes a como produzir, ou seja, com que recursos. 2.7.5 MRP III Polloni e Simcsik (2002), propõem a utilização de um sistema denominado MRP III, que é a combinação do MRP II com um módulo de controle de produção eletrônico baseado nos conceitos do Just in time e Kanban. Este sistema apresentou os seguintes benefícios: redução dos níveis de estoques, redução das inspeções de controle de qualidade, redução do manuseio de materiais e, principalmente, a eliminação de procedimentos que não agregavam valor ao processo. 2.7.6 Tecnologia de produção otimizada (OPT) A OPT compõe-se de dois elementos fundamentais: sua filosofia (composta de princípios) e um software proprietário. OPT é uma técnica de gestão de produção criada por um grupo de 60 pesquisadores israelenses, liderados pelo físico Eliyahu Goldratt e que apesar de seu significado, é uma técnica baseada em diversos procedimentos que devem ser efetuados corretamente para se atingir tal otimização. É considerada como uma interessante ferramenta de programação e planejamento da produção. (POLLONI; SIMCSIK, 2002) Conforme Polloni e Simcsik (2002), o objetivo das empresas é ganhar dinheiro, considerando que a manufatura deve contribuir com tal objetivo através de sua ação sobre três elementos: a) fluxo (throughput): é a taxa segundo a qual o sistema gera dinheiro através da venda de seus produtos. Deve-se notar que fluxo referese ao fluxo de produtos vendidos. Os produtos feitos, mas não vendidos ainda, são classificados como estoques; b) estoque (inventoty): é quantificado pelo dinheiro que a empresa empregou nos bens que pretende vender. Refere-se ao valor apenas das matérias-primas envolvidas. Não se incui o valor adicionado ou o conteúdo do trabalho. O tradicional valor adicionado pelo trabalho se inclui nas despesas operacionais; c) despesas operacionais (operating expenses): é o dinheiro que o sistema gasta para transformar estoque em fluxo. A técnica OPT serve para que uma empresa passe a ganhar mais dinheiro e, para isto, é preciso aumentar o fluxo, e simultaneamente, que se diminuam os estoques e as despesas operacionais dentro da mesma. Para programar as atividades de produção no sentido de atingir-se os objetivos acima mencionados, é necessário entender o inter-relacionamento entre dois tipos de recursos que estão normalmente presentes em todas as fábricas: os recursos gargalos e os recursos não-gargalos. Conforme Polloni e Simcsik (2002), eles são assim explicados: a) recurso gragalo: é aquele recurso cuja capacidade é igual ou menor do que a demanda colocada nele; b) recurso não-gargalo: qualquer recurso cuja capacidade é maior do que a demanda colocada nele. 2.8 O estoque no almoxarifado 61 Segundo Martins, (2006), no almoxarifado exige o controle do estoque (quantidade, reposição, armazenagem, validade, controle do uso e outros), mercadorias e produtos (de limpeza, de escritório, serviços e outros), aquisição (levantamento de preços, pesquisa de fornecedores, registro das compras feitas e a fazer, arquivamento de notas) e outras tarefas feitas pelo almoxarife ou estoquista. Estas funções necessitam observar critérios de racionalização, acondicionamento, localização, acurácia, padronização, indicadores e documentação. O setor deve apresentar os indicadores de suas atividades, como relatórios de eficiência, a fim de proporcionar otimização do gerenciamento, controle do histórico dos itens. 2.8.1 Almoxarifado O almoxarifado possui a função de destinar espaços onde deve permanecer cada item que aguarde a necessidade de sua utilização. Tem como função assegurar que o material adequado, na quantidade devida, esteja no local certo, quando necessário, por meio de armazenagem de materiais, de acordo com normas adequadas, objetivando resguardar a preservação da qualidade e as quantidades exatas. (DIAS, 2005) O Almoxarifado deverá ter atendimento rápido e eficiente, com rigorosos procedimentos quanto à retirada dos produtos preservando os materiais armazenados protegendo-os contra furtos e desperdícios. (DIAS, 2005) 2.8.1.1 Entrada de materiais Na parte da entrada dos materiais há uma conferência dos itens a partir da nota fiscal, em seguida é efetuado um lançamento da entrada dos produtos em estoque, usando uma identificação para cada produto. Através desse processo obtém-se a emissão de uma nota fiscal de entrada. (EXATA, 2010) 2.8.1.2 Conferência quantitativa 62 Nessa parte, verifica-se a conformidade dos materiais recebidos no tocante à quantidade, declaradas na nota fiscal pelo fornecedor. A atividade quantitativa pode ser realizada pelos meios: manual, através de cálculo, pelo meio de balanças de pesagem e medição. Na conferência quantitativa o responsável não tem o conhecimento das quantidades declaradas pelo fornecedor, ele apenas realiza a conferência e anota os valores encontrados em um formulário, que é utilizado, posteriormente, para as comparações e análises. (RIMOLI, 1999) 2.8.1.3 Conferência qualitativa A conferência qualitativa ou inspeção técnica é muito importante no recebimento de materiais, pois tem o objetivo de garantir a adequação do material ao fim a que se destina. A análise de qualidade é efetuada pela inspeção técnica através da comparação das especificações da autorização de fornecimento com as apresentadas na nota fiscal pelo fornecedor. Tem como objetivo garantir o recebimento adequado do material, verificando suas características dimensionais específicas e restrições de especificação. (RIMOLI, 1999) 2.8.1.4 A armazenagem A armazenagem é a atividade que permite manter bens materiais, secos ou refrigerados, em instalações adequadas, podendo ser alfandegada, no caso de bens e materiais com origem ou destino no exterior; ou não alfandegado, no caso de bens com origem e destino no território nacional. (MARTINS, 2006) 2.8.1.5 A distribuição interna e externa Na distribuição interna com um bom sistema de gerenciamento de almoxarifado pode-se utilizar de reposicionamento estratégico por causa de uma grande expansão do volume de produtos estocados para a operação, não 63 deixando o processo de armazenagem ficar lento e controlando o sistema de gerenciamento que analisa quais as dificuldades encontradas no decorrer do processo, modificando-o se preciso. (FLEURY; WANKE; FIQUEREDO, 2000) A logística interna refere-se a todo o processo de recebimento, guarda, controle e distribuição dos materiais utilizados dentro de uma organização. (FLEURY; WANKE; FIQUEREDO, 2000) A logística externa para Fleury, Wanke e Fiqueredo (2000) cuida da parte das funções da administração dos recursos materiais, tais como: compra, armazenamento, distribuição, transporte e informações. 64 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna acondicionada à política geral de estoques da empresa. Tendo sua importância em assegurar que o material adequado esteja na quantidade devida, no local certo e, quando necessário, impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza, preservar a qualidade e as quantidades exatas, possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente. A gestão de almoxarifado tem como missão: receber, conferir, armazenar ou estocar, conservar e distribuir tudo que é adquirido no setor de compra. (GURGEL, 1996) Com objetivo de verificar a importância da gestão de almoxarifado para o gerenciamento dos estoques foi realizada uma pesquisa de campo na JBS Divisão Carnes no período de fevereiro a outubro de 2012. A JBS S/A é a maior empresa de processamento de proteína animal do mundo e está presente em todos os continentes com milhares de colaboradores. A companhia atua nos segmentos: alimentos, couros, produtos para animais domésticos, produtos para higiene, limpeza, colágeno, latas, biodiesel, entre outros. A empresa está localizada na via de acesso Lins / Getulina, s/n Parque Industrial CEP – 1640410, na cidade de Lins, estado de São Paulo, no período de fevereiro de 2012. 65 Para a realização da pesquisa, utilizaram-se os seguintes métodos: Método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso na empresa JBS S/A Divisão Carne, verificando como a empresa utiliza a curva ABC e se a redução do antigiro é alcançada através da gestão do almoxarifado. Método de Observação Sistemática: foram observados, analisados e acompanhados todo o processo de gestão de almoxarifado, a fim de verificar os benefícios alcançados. As informações obtidas sustentaram o estudo de caso. Método Histórico: foram observados os dados da evolução histórica da empresa desde a sua constituição até os dias atuais buscando sempre demonstrar os benefícios alcançados com a utilização da gestão de almoxarifado tanto para setor empresarial como para seus colaboradores. Técnicas: Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A) Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B) Roteiro do Histórico da JBS S/A Divisão Carnes (APÊNDICE C) Roteiro de entrevista para o supervisor de almoxarifado (APÊNDICE D) Roteiro de entrevista para estoquista contábil (APÊNDICE E) Roteiro de entrevista para Comprador (APÊNDICE F) Segue o relato e discussão da pesquisa 3.1 Relato e Discussão da pesquisa sobre a gestão de almoxarifado na JBS 3.1.1 Almoxarifado Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna acondicionada à política geral de estoques da empresa. (SOUZA, 2009) 66 Nesse sentido, a JBS dispõe de um local físico com dois compartimentos, o espaço coberto onde são armazenados os materiais, embalagens, insumos e peças. Já o local sem cobertura, é utilizado para a armazenagem de lenha e tanque de combustíveis. Na empresa, a localização do almoxarifado é planejada para viabilizar a rápida movimentação a fim de aperfeiçoar o processo produtivo da empresa facilitando a composição do produto em toda sua etapa produtiva, bem como na reposição de equipamentos. Figura 17: Almoxarifado Fonte: JBS 2012 3.1.1.1 Entrada Compreende-se que a entrada de materiais tem que existir uma comunicação eficiente entre portaria e o setor de recebimento, tendo junto da portaria um pessoal treinado para os procedimentos de entrada na empresa, existindo uma redução ao mínimo possível da burocracia para o preenchimento de autorização para entrada dos materiais, a fim de que se evite em períodos de maior demanda com um aumento nas filas e tempo de espera, que acaba por prejudicar os outros veículos que estão aguardando a entrada na empresa. 67 (RIMOLI, 1999) Assim, a JBS efetua suas entradas de materiais a partir da formalização da documentação e de sua liberação e se tiver de acordo com o pedido ou com a solicitação de materiais da empresa, iniciam-se as atividades de recebimento mediante conferência da nota fiscal emitida pelo fornecedor. Figura 18: Entrada Fonte: JBS 2012 3.1.1.1.1 Recebimento As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais é módula de um sistema global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil. (CHING, 2008) O recebimento de materiais na JBS inicia-se com os procedimentos de conferência de materiais que deve ser feita junto a uma planilha cega (a planilha cega é elaborada pela empresa a fim de confrontar a quantidade recebida com a quantidade pedida, informa a razão social, número da nota fiscal e código do produto, porém, não informa a quantidade do material recebido) e nunca baseado na nota fiscal, que deve ser entregue no setor de 68 faturamento de terceiro e permanecer lá até que seja finalizado o processo. Conferido o material no almoxarifado, a planilha cega é preenchida com a quantidade recebida e volta para o faturamento, onde o faturista confronta as informações da planilha com a quantidade informada na nota fiscal. Se as informações da planilha cega e da nata fiscal estiverem em concordância, parte-se para descarga dos materiais. Figura 19: Recebimento Fonte: JBS 2012 3.1.1.1.2 Conferência quantitativa Através da conferência quantitativa, é observado se as quantidades declaradas na nota fiscal pelo fornecedor correspondem com as quantidades realmente recebidas. A atividade quantitativa pode ser realizada pelos meios: manual, através de cálculo, pelo meio de balanças de pesagem e medição. Nesse tipo de conferência, a pessoa responsável não tem o conhecimento das quantidades declaradas pelo fornecedor. Ela apenas realiza a conferência e anota os valores encontrados em um formulário, que é utilizado, posteriormente, para as comparações e análises. (RIMOLI, 1999) A conferência quantitativa na JBS é efetuada através de contagem, 69 pesagem, junto ao apontamento em planilha cega e nunca baseado na nota fiscal, que deve ser entregue no setor de faturamento e permanecer lá até que seja conferido o material no almoxarifado. A planilha cega é preenchida com a quantidade recebida e volta para o faturamento, onde o faturista confronta as informações. Devido à variedade de insumos que trabalha, esta atividade na empresa é efetuada manualmente, através de cálculos estatísticos, por balanças de pesagem e medição. Figura 20:Conferência quantitativa. Fonte: JBS 2012 3.1.1.1.3 Conferência qualitativa A conferência qualitativa ou inspeção técnica é muito importante no recebimento de materiais, pois tem o objetivo de garantir a adequação do material ao fim a que se destina. A análise de qualidade efetuada pela inspeção técnica, através da comparação das especificações da autorização de fornecimento com as apresentadas na nota fiscal pelo fornecedor, tem como objetivo garantir o recebimento adequado do material, para isso, verificam-se suas características dimensionais específicas e restrições de especificação. (RIMOLI, 1999) 70 A Conferência qualitativa na JBS principia-se com o processo seletivo de seus fornecedores, os quais passam por uma avaliação de qualidade nos produtos por eles oferecidos, bem como a garantia de qualidade que oferecem ou que atendem às normas do controle de qualidade da empresa. Neste processo, a conferência também se dá por amostras disponibilizadas pelos fornecedores e também através de inspeção técnica que visa a avaliar se o produto ofertado preenche os quesitos exigidos pela JBS. Nesse processo busca-se sanar todas as dúvidas sobre o produto em recebimento, de modo que seja garantida a qualidade do produto recebido evitando posterior problema na produção. Figura 21: Conferência qualitativa Fonte: JBS 2012 3.1.1.1.4 Descarga No almoxarifado são realizadas as conferências de volumes, comparado com a nota fiscal do fornecedor e com os registros de controles de compra. Realiza-se o posicionamento do veículo no local específico e exato da descarga e executa esta atividade utilizando os equipamentos e materiais necessários para a descarga. (RIMOLI, 1999) 71 A JBS dispõe de local específico para a descarga de seus insumos de produção e este é estrategicamente localizado próximo à entrada do almoxarifado, onde o veículo carregado de materiais é direcionado até ao local onde é realizada a descarga. A efetuação da descarga se dá manualmente ou através de equipamentos ou empilhadeiras, sendo os materiais direcionados para o local específico da guarda. Figura 22 : Descargas Fonte : Fotos JBS 3.1.1.1.5 Entrada de estoque Registra a movimentação de entrada dos itens a partir da nota fiscal, efetuando o lançamento da entrada dos produtos em estoque através da identificação dos produtos, possibilitando a emissão de uma nota fiscal de entrada. (EXATA, 2010) A entrada dos produtos no estoque da JBS se da através da finalização do processo quando a instrução de desembarque de material é calculada, gerando o faturamento da nota fiscal, cria se o estoque virtual do material no sistema ERP e o documento só é gerado após autorização contábil, seguindo posteriormente para o fluxo financeiro para aprovação de título e pagamento em conta corrente conforme cadastro do terceiro. Agilizando o processo como um todo. 72 Figura 23: Entrada de Estoque Fonte : Fotos JBS 3.1.1.1.6 Controle de estoque O estoque ocorre em operações produtivas porque os ritmos de fornecimento e de demanda nem sempre andam juntos. Os estoques são usados para atender às necessidades decorrentes das diferenças entre fornecimento e a demanda na produção, cujo principal objetivo é otimizar os investimentos em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos de uma empresa bem como minimizando as necessidades de capital investido em estoque. (EXATA, 2010) A JBS faz o seu controle de estoque através de uma rotina de solicitação de compra baseado em controle de estoque dos cadastros de cada item, controlando o estoque pela definição mínimo e máximo para a sua reposição. Figura 24: Controle de estoque Fonte: Fotos JBS 73 3.1.1.2 Critério ABC A curva ABC é uma importante ferramenta que auxilia o administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequado quanto à sua administração. Tem sido usado para a gestão de estoques, para definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais na empresa. Os estoques são classificados em três grupos, por ordem decrescente de importância no tocante ao investimento realizado em cada produto. (BETTS et al., 2008) a) produtos A: constituídos de poucos itens (de 10 a 20% dos itens), exigem maior investimento, demandam maior atenção. Representam, em média, de 60 a 80% do investimento em estoque; b) produtos B: composto por um número médio de itens (20 a 30% do geral) exigem também investimentos elevados, porém menores que o produtos A e necessitam de conferências frequentes. Representam, em média, 20 a 30% do investimento total; c) produtos C: constituído por um grande número de itens e de pequenos investimentos. Exige controle mais simples e representam, em média, 5 a 10% dos investimentos em estoque e de 50 a 70% do total de itens. A JBS utiliza a curva ABC como um método de análise de custos, que busca rastrear os gastos da empresa para analisar e monitorar as diversas rotas dos seus recursos, proporcionando estimativas que permitam administrar de maneira eficiente e confiável as atividades de compras. Desta forma, auxilia em uma boa gestão em seus produtos em estoque, disponibilizando saldo suficiente, otimizando recursos, identificando os itens que possuem maior valor agregado e reduzindo o giro através de metas estabelecidas. 74 Figura 25:Gráfico da curva ABC. Fonte: Gráfico JBS 3.1.1.2.1 Gerenciamento do Estoque Segundo Dias (2008), o gerenciamento de estoques reflete quantitativamente os resultados obtidos pela empresa ao longo do exercício financeiro, o que, por isso mesmo, tende a ter sua ação concentrada na aplicação de instrumentos gerenciais baseados em técnicas que permitam a avaliação sistemática dos processos utilizados para alcançar as metas desejadas. Com objetivo de garantir a disponibilidade suficiente de estoques para sustentar as operações, mantém os níveis mais baixos possíveis dos custos de estocagem, de encomenda de recebimento, de falta de estoque e os de obsolescência. (DIAS, 2008) O gerenciamento do estoque na JBS busca estabelecer uma disponibilidade suficiente conforme os níveis de mínimo/máximo para manter o estoque conforme a demanda da produção. 75 3.1.1.2.2 Regularização A atividade é realizada através do controle do processo de recebimento, pela confirmação qualitativa e quantitativa, através do laudo de inspeção técnica e comparação das quantidades conferidas com as faturadas, decidindo se aceitará ou recusará a compra. A regularização será feita utilizando-se de documento durante o sistema de recebimento. (CHING, 2008) Caso não seja constatada nenhuma irregularidade, os materiais serão encaminhados ao almoxarifado sendo incluídos no estoque físico e contábil da empresa. Caso contrário, deve providenciar a devolução ao fornecedor acompanhado por suas notas fiscais de devolução. (CHING, 2008) Quando chega uma carga sem solicitação no departamento de suprimento do processo de regularização da JBS, ela precisa ser regularizada, é preciso fazer solicitação de compra, aprovar a solicitação e após aprovação gerar um pedido de compra para iniciar o processo de entrada na portaria. 3.1.1.2.3 Armazenagem O principal objetivo do armazenamento é otimizar o seu espaço disponível o máximo possível, proporcionando uma movimentação rápida e fácil desde a etapa do recebimento até a sua expedição. O conceito de armazenagem está sofrendo modificações consideráveis, passando do significado tradicional de empilhamento, que exige muita mão de obra para a movimentação dos materiais, para a sofisticação atual das estruturas de grande altura, com estreitos corredores de movimentação e empilhadeira de grande elevação. O objetivo dos depósitos é maximizar a utilização de sua capacidade e de garantir o acesso imediato a todos os pontos para armazenar ou retirar os produtos. (BALLOU, 2007) A armazenagem na JBS é feita sempre otimizando o seu espaço. Os produtos com maior movimentação ficam próximos do balcão de retirada; já os 76 produtos com pouca movimentação ficam em local estratégico conforme a demanda do almoxarifado e, continuamente, ter uma redução de risco de acidente e consequente aumento da segurança, satisfação e aumento da motivação dos trabalhadores, incremento na produção e maior utilização da tecnologia, um melhor aproveitamento do espaço, redução dos custos de movimentações, bem como das existências, versatilidade perante as novas condições impostas. Figura 26: Armazenagem Fonte: JBS, 2012 3.1.1.3 Critérios de armazenagem O esquema de armazenagem escolhido por uma empresa depende primordialmente da situação geográfica de suas instalações, da natureza de seus estoques, tamanho e respectivo valor. Por isso, tais materiais pedem um mecanismo de preservação que seja eficaz e eficiente na hora da necessidade de utilização, assim sendo, usam-se equipamentos específicos de combate a essas possíveis intempéries na questão de incêndios. Todo esse processo de cuidados deve seguir tal mecanismo que exija uma análise em conjunto, para então decidir pelo tipo de arranjo físico mais 77 conveniente, escolhendo qual a melhor alternativa que atenderá o seu fluxo de armazenagem desses materiais. (RIMOLI, 1999) Na JBS, utilizam-se os critérios de armazenagem que separam os itens conforme a categoria, materiais de escritório, peças, IPI, produtos líquidos e inflamáveis, identificado por um cadastro que define nome e número do local de estoque e a localização de ruas e prateleiras onde está estocado o produto solicitado na requisição. 3.1.1.3 Distribuição externa e interna A logística interna refere-se a todo o processo de recebimento, guarda, controle e distribuição dos materiais utilizados dentro de uma organização. (FLEURY; WANKE; FIQUEREDO, 2000) A logística externa para Fleury, Wanke e Figueredo (2000) é responsável por todas as funções da administração dos recursos materiais: compra, armazenamento, distribuição, transporte e informações entre uma ou outra empresa pertencente à complexa estrutura dentro de um canal de distribuição de seus produtos. A distribuição na JBS é efetuada com transporte próprio internamente e externamente para outra filial do grupo com um planejamento logístico para obter sucesso no processo de recebimento e na boa entrega do materiais. 3.1.1.3.1 Transporte O Transporte de subsistema de apoio responsabiliza-se pela política e execução da movimentação e distribuição de material e matérias-primas. (LACERDA, 2000) A entrega dos materiais e matérias-primas do cliente é de responsabilidade do setor de transportes e distribuição. É nesse setor que se 78 executa a Administração da frota de veículos da empresa, onde também são contratadas as transportadoras que prestam serviços de entrega e coleta. (LACERDA, 2000) Na JBS, o transporte é feito por veículo de frota da própria empresa ou por transportadoras contratadas de terceiros para atender a demanda das entregas. A JBS possui uma eficaz estrutura de logística, desde a busca do gado, com caminhões de dois pavimentos, à distribuição de seus produtos pelo país e no transporte de contêineres aos portos para exportação. É responsável por garantir a segurança e qualidade do gado durante o transporte e a característica do produto quando de sua distribuição com temperaturas adequadas. Também cuida dos custos e da economia de escala para otimizar a operação. Sua frota é composta por modernos veículos e tem como objetivo garantir o cumprimento de metas e o compromisso da empresa com a qualidade do produto para o consumo final. Figura 27: Transporte Fonte: Transporte JBS, 2012 3.1.1.3.2 Benefícios da gestão de almoxarifado De acordo com Ballou (2007), os benefícios da gestão de almoxarifado é a implantação da integração entre sistemas legados, sem prejuízo às atividades internas. São os seguintes modelos de gestão por processos: a) indicadores de desempenho; b) painel de controle gerencial (painel de bordo); 79 c) redução significativa dos custos operacionais; d) flexibilidade, acessibilidade via web; e) normatização e padronização; f) diversidade de relatórios gerenciais, dentre outros. A JBS possui benefícios de uma boa tecnologia para administrar toda a gestão de seu almoxarifado através do sistema ERP que disponibiliza diversos relatórios para checagem e acompanhamento de toda a sua movimentação de estoque, desde o cadastro, entrada, saída, consumo dos produtos, baixas nas requisições dos produtos consumidos, verificação de preço médio através da contabilização de seus custos, acompanhamento dos níveis dos estoques através de uma parametrização da quantidade máxima e mínimo para acionar o departamento de suprimentos, assim, emitindo novos pedidos de compra para a reposição e normalização dos níveis de estoque. É feito inventário rotativo definido pela seguinte fórmula: quantidade total de itens na planta é dividido por 11 meses ficando um mês para efetuar inventário geral. É aceitável um desvio de 1% em valores. 3.2 Parecer final do caso Após pesquisa na JBS S/A, contatou-se que a mesma utiliza-se de métodos e técnicas para o controle de estoque, incluindo a curva ABC. Em uma administração de almoxarifado, o principal objetivo é atender aos clientes na hora certa com a quantidade certa e requerida, influenciando em vários fatores que acarretam benefícios, facilidades e pronto atendimento ao usuário e custos decorrentes de manter produtos estocados. Com a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias, assume cada vez mais um papel de agilidade na obtenção de uma vantagem competitiva duradoura. Diante da pesquisa, observa-se na empresa resultados positivos na gestão de almoxarifado, que estão relacionados a uma eficiente administração, através de ações que permitam acompanhamento de toda a movimentação de 80 estoque, com objetivo de demonstrar a importância e os benefícios que a Curva ABC proporciona, como uma boa administração, de forma a fortalecer a alavancagem da lucratividade da empresa. Todos os critérios da Curva ABC são utilizados pela empresa buscando sempre garantir a eficiência dentro de um planejamento de controle de estoque com metas estabelecidas, com isso opera com qualidade, proporcionando confiabilidade na tomada de decisões e na apuração de resultados. A gestão de estoque é um assunto vital, quanto maior o nível de giro de estoque que um sistema consegue trabalhar, mais eficiente será sua administração e poderá criar a diferença com os concorrentes, melhorando a qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os custos, entre outros fatores, oferecendo, assim, uma vantagem competitiva. 81 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Após a pesquisa de campo realizada na JBS - Divisão carnes de LinsSP, propõe-se: a) uma adaptação para contínuas melhoras na sua administração no tocante à política de estocagem, tendo em vista um atendimento para poder trabalhar com uma melhor margem de segurança de estoque a fim de reduzir o seu capital investido melhorando, assim, o fluxo de caixa; b) continuar usando os critérios da Curva ABC juntamente com os métodos MRP e o Ponto de Pedido para fornecer uma boa administração de materiais e reduzindo custos no estoque; c) planejar a distribuição junto à programação de produção e focando, principalmente, nas compras; d) adotar o sistema de máximos e mínimos, pois encontra dificuldades em administrar os excessos de materiais em algumas categorias, como: peças para reposição com saldo maior que o necessário para máquinas, bem como embalagens sem demanda produtiva, ocasionando dificuldade em giro de estoque. Muitas vezes itens estocados deveriam estar apenas com o limite estabelecido entre máximo e mínimo mantendo a reposição necessária, evitando os custos desnecessários para a organização; e) estar sempre atentos a todas as oportunidades de melhoria que estão condicionadas junto à redução direta dos custos; f) ter um controle interno e externo na prevenção e combate a erros é fundamental para conscientizar a todos sobre a importância da colaboração de cada um para o crescimento da organização; g) investir em estratégia proativa, baseando-se nas necessidades e utilizando-se de ferramentas que ajudem e agilizem o cumprimento dos objetivos; h) usar o Just in time para ajudar na eliminação de desperdícios; i) treinamentos na área de estoque para as pessoas que já se encontram na empresa e para as novas que estão adentrando. 82 CONCLUSÃO A gestão de estoques é um conceito que está presente em praticamente todo o tipo de empresas, sendo na empresa JBS-Divisão de Carnes de Lins a chave principal para uma boa administração de estoque. Observou-se que a gestão de estoque constitui uma série de ações que permite ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, localizados, manuseados e controlados pelos setores que os utilizam. Para esses resultados, é utilizado o critério da Curva ABC na definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais que ocorrem na empresa, permitindo que o administrador possa identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto a sua administração para, assim, ter um bom gerenciamento e reduzir seus custos. A empresa JBS Divisão de Carnes busca na Curva ABC uma eficiência etrabalha em sintonia com toda a empresa, apresentando resultados fiéis e oferecendo consistência e segurança para investimentos e controle de produtos para atender com qualidade toda a demanda, podendo o administrador usar a mesma como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens de mercadorias ou matérias-primas, para que não ocorra o excesso de estoques, representando os custos operacionais e de oportunidade do capital sem giro, essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. O tema pesquisado é atual e proporciona diferencial competitivo para as empresas. Com o estágio desenvolvido na JBS- Divisão Carnes foi possível observar e aprender como funciona na prática o gerenciamento dos estoques em um almoxarifado. A pergunta problema de que: a gestão do almoxarifado proporciona o gerenciamento de estoque baseando se nos critérios da curva ABC em uma eficiente administração de gerenciamento de almoxarifado foi respondida. A hipótese de que a gestão de estoque é uma ferramenta importante para garantir a exatidão na informação contida na organização que busca facilitar e 83 acelerar os processos operacionais, garantindo a confiabilidade na informação contida no sistema foi comprovada. Por meio deste trabalho, notou-se como foi vantajoso realizá-lo e de grande valia e satisfação conclui-lo juntamente com o curso, dissertando sobre um tema que é, sem dúvida, uma ferramenta imprescindível para o sucesso da empresa. Foi um trabalho que abrirá várias portas para o futuro profissional 84 REFERÊNCIAS BALLOU, R. H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2007. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo, Saraiva, 2003. BETTS, A. et al. 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A mentalidade enxuta nas empresas, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 88 APÊNDICES 89 APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso 1 INTRODUÇÃO Será realizado um levantamento da história da JBS S/A Divisão Carnes, através de descrição dos métodos utilizados pela empresa para administração dos recursos voltados para gestão de almoxarifados, sendo descritos os métodos e técnicas de pesquisa utilizada na coleta de dados. 1.1 Análise do processo produtivo realizado referente ao tema em estudado a) As informações serão coletadas através de entrevistas e depoimentos com o supervisor de almoxarifado, a gestora de estoque e o comprador; b) Serão utilizados materiais teóricos e técnicas empregadas referentes à gestão de almoxarifado na JBS S/A Divisão Carne; c) Serão descritos os procedimentos e as técnicas utilizados pela JBS S/A Divisão Carne, voltados para gestão de almoxarifado. 1.2 Discussão Confrontar-se-á a teoria pesquisada com a prática utilizada pela empresa JBS S/A Divisão Carne. 1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou modificações de procedimentos 90 APÊNDICE B – Roteiro de observação sistemática I IDENTIFICAÇÃO 1 Empresa: ________________________________________________ 2 Localização: ______________________________________________ 3 Atividade Econômica: _______________________________________ 4 Data da Fundação: _________________________________________ 5 Proprietários: _____________________________________________ II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1 Setores da empresa em geral 2 Armazenamento de materiais 3 Materiais utilizados diariamente 4 Controle de qualidade 91 APÊNDICE C – Roteiro do histórico da empresa I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 1 Razão Social: ______________________________________________ 2 Endereço _________________________________________________ 3 Sócios ___________________________________________________ 4 N° de Funcionários _________________________________________ II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA 1 Surgimento da empresa 2 Trajetória 3 Modificações da estrutura da empresa 92 APÊNDICE D – Roteiro de entrevista para o supervisor de almoxarifado I IDENTIFICAÇÃO Tempo que exerce a função: ______________________________________ Experiência Profissional: __________________________________________ Residência/Local:________________________________________________ II QUESTÕES 1. Qual a importância de uma boa organização dentro de um almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2. Quais os cuidados essenciais que se deve ter em um almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3. Quais os fatores que definem o sistema de armazenamento dentro de um almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4. Quais os erros mais comuns no almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 5. Quanto de estoque será necessário para determinado período de tempo, isto é, qual o nível de estoque para cada item? ______________________________________________________________ 93 ______________________________________________________________ 6. Quais são as tarefas e responsabilidades desta profissão? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 7. Quais são os cuidados essenciais que se deve ter em relação ao almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 8. Quais são os critérios para armazenamento no almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 9. Existe alguma rotina de organização no almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 10. Como encontrar um meio termo entre necessidades de segurança e as necessidades de eficiência operacional do almoxarifado? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 11. Quais são os benefícios da classificação dos materiais e os cuidados que devemos ter ao classificar materiais? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 12. Como é feita a verificação da planilha cega? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 13. Como é a verificação quantitativa? 94 ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 14. Como é a verificação qualitativa? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 15. Como é feito o processo de distribuição para a área produtiva? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 95 APÊNDICE E – Roteiro de entrevista para estoquista contábil I IDENTIFICAÇÃO Tempo que exerce a função: _______________________________________ Experiência Profissional: __________________________________________ Residência/Local:________________________________________________ II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1. O que é fundamental para um efetivo gerenciamento de estoque? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2. Quais são os objetivos gerais e detalhados do gerenciamento de estoque? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3. Quais são as causas de uma má aplicação em estoque? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4. Qual é o objetivo da logística empresarial? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 5. Quais os tipos de custos existentes no gerenciamento dos estoques? ______________________________________________________________ 96 ______________________________________________________________ 6. Como pode ser calculado o giro de estoque? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 7. Qual é o tempo médio para reposição dos produtos? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 8. Quais são os benefícios da acuracidade do inventário? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 9. Quais são as funções principais do gerenciamento de materiais? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 10. Como é feito o recebimento das Mercadorias? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 11. Quais são as principais tarefas e responsabilidade da sua profissão? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 12. Estoque físico é organizado com base em quais características? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 97 APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista para o Comprador I IDENTIFICAÇÃO Tempo que exerce a função: _______________________________________ Experiência Profissional: __________________________________________ Residência/Local:________________________________________________ II PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1. Qual é a importância da área de compras? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2. Quais dados são usados pelo setor de compras para definir quando comprar e quanto comprar? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3. Quais as principais características analisadas pelo setor de compras na escolha dos fornecedores? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4. Quais são as tarefas fundamentais do gerente de compras? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 5. Quais são os componentes do custo total de compras? ______________________________________________________________ 98 ______________________________________________________________ 6. Quais são os fatores que definem o melhor momento para comprar? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 7. Quais são condições de aquisição mais usuais que são colocadas nas cotações dos fornecedores? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 8. Por que as cotações são importantes em um processo de compras? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 9. Para que serve o planejamento e programação de compras? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 10. Quais são as aplicações de informática mais usadas no planejamento, programação e controle de compras? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 11. Como o comprador sabe quando terceirizar? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________