JORGE JOSÉ ELIAS MARKETING NOTAS INTRODUTÓRIAS 1ª EDIÇÃO CAPIVARI - SP 2011 FICHA CATALOGRÁFICA E41m Elias, Jorge José Marketing: Notas Introdutórias Estratégico/ Jorge José Elias. Capivari-SP: 2011 41p. 1.Marketing. I. Título CDD 658.8 Sumário I – O CONCEITO DE MARKETING ..............................................................................................................1 1.1 O marketing no brasil .........................................................................................................................1 1.2 Níveis de marketing ............................................................................................................................3 1.3 Princípios do Marketing de valor: .......................................................................................................3 II – VALOR E SATISFAÇÃO PARA O CLIENTE ..........................................................................................7 2.1 O que é produto?.................................................................................................................................7 2.2 O que é serviço? .................................................................................................................................7 2. 3 Quatro fatores de empresas de alto desempenho: ............................................................................9 2.4 Criação de valor e satisfação para o cliente .................................................................................... 10 III – PESQUISA DE MARKETING, SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE MARKETING E MENSURAÇÃO DA DEMANDA DE MERCADO .................................................................................................................. 12 3.1 Pesquisa de marketing ..................................................................................................................... 12 3.2 Sistema de informações de marketing ............................................................................................. 12 3.3 Principais problemas quanto as informações: ................................................................................. 14 3.4 Processo de Pesquisa de Marketing: ............................................................................................... 16 3.5 Mensuração da demanda ..................................................................................... 17_Toc326236965 3.6 Pesquisa das intenções dos compradores (previsão) ..................................................................... 18 IV - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ....................................................................................... 20 4.1 Motivação ......................................................................................................................................... 20 4.2 Fatores que influenciam o comportamento de compra: ................................................................... 21 4.2.1 Fatores culturais ............................................................................................................................ 21 4.2.2 Fatores Sociais .............................................................................................................................. 21 4.2.3 Fatores Pessoais ........................................................................................................................... 22 4.2.4 Fatores Psicológicos ..................................................................................................................... 22 V – MARKETING ESTRATÉGICO ............................................................................................................. 24 5.1 O planejamento estratégico (por onde começar) ............................................................................. 24 5.3 Matriz de “bcg” boston consulting group – matriz de crescimento/participação de mercado. ......... 26 5.4 Matriz da g.e. – analisa a decisão de “ir em frente ou não” ............................................................. 28 5.6 Crescimento integrativo .................................................................................................................... 30 5.7 Crescimento por diversificação ........................................................................................................ 30 5.8 Etapas do processo de planejamento .............................................................................................. 31 5.8.1 O plano de marketing .................................................................................................................... 31 5.8.2 Programas de ação ....................................................................................................................... 32 VI – A CONCORRÊNCIA ........................................................................................................................... 32 6.1 As cinco forças competitivas ............................................................................................................ 34 Identificação dos concorrentes ............................................................................................................... 34 6.3 Sistema de inteligencia competetiva ... ....................................................................................... 37 6.4 Elaboração da Estratégia competitiva (Marketing de guerra): ......................................................... 37 6.4.1 Estratégia da empresa lider de mercado ...................................................................................... 37 6.4.2 Estratégia da empresa desafiante de mercado ........................................................................... 39 6.4.3 Estratégia da empresa seguidora de mercado ..............................................................................39 6.4.4 Estratégia da emperesa ocupante de nichos de mercado ............................................................ 40 VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 41 DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING APOSTILA Nº MKT/001 MARKETING: NOTAS INTRODUTÓRIAS Professor Ms. Jorge José Elias I – O CONCEITO DE MARKETING Visão geral do marketing Marketing voltado para valor 1.1 O Marketing no Brasil A gênese do marketing confere aos Estados Unidos e paulatinamente foi se difundindo pelo mundo. No Brasil o termo entranhou-se tanto no meio empresarial quanto acadêmico em meados de 1954 pela recém criada FGV – Funda Getúlio Vargas através da Escola de Administração de empresas. (RICHERS, 2000). Segundo o mesmo autor tivemos no Brasil problemas de tradução da palavra marketing no Brasil do inglês para o português, podendo ser usada como mercadologia. A palavra Marketing vem do inglês que significa market (mercado) mais o sufixo ing (movimento). O que poderíamos traduzirão “pé da letra” mercado em movimento. Segundo McCarth e Perreault (1997), marketing vem da palavra mercado, que é um grupo de consumidores potenciais com necessidades semelhantes dispostos a trocar algo entre si (compradores e vendedores). Com freqüência a palavra marketing perambula por todo o país e muitas vezes é comumente confundida com propaganda, publicidade, ou vendas. São conceitos e definições que poderiam ser poderiam ser estereotipadas de qualquer coisa, menos de marketing. Publicidade, propaganda e vendas são ferramentas (partes) de marketing. Na verdade a venda somente ocorre depois do produto ser criado e projetado pela área de marketing. Igualmente a propaganda e a publicidade existem para comunicar aos consumidores (ao mercado) que o produto existe e pode satisfazer suas necessidades ou desejos. O marketing é um processo amplo que fornece a direção necessária para a produção e ajuda a assegurar que bens e serviços adequados serão fornecidos e encontrarão um caminho até os consumidores. (McCARTH e PERREAULT, 1997, p. 20) Os consumidores estão cada dia mais exigentes e as inovações tecnológicas introduzidas continuamente nos produtos já não agradam ao consumidor e sob este aspecto os serviços ao cliente tem sido uma importante e sofisticada ferramenta para encantá-lo e sobretudo surpreende-lo. (COBRA, 1997). A Essência do marketing é desenvolver trocas de valor – onde se obtenha a maximização da satisfação e a maximização do lucro (beneficio dos dois lados). MARKETING segundo a Associação Americana de Marketing “AMA” – é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecer preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. (KOTLER, 2000) 1 O conceito do marketing indica que uma empresa destina todos os seus esforços para satisfazer aos consumidores ou cliente – a certo lucro (McCARTH e PERREAULT, 1997, p. 36). Recentemente a “AMA” redefiniu o conceito de marketing da seguinte forma: “O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado.” (KOTLER E KELLER, 2006) Trocas comerciais: 2 clientes Organizacional: compram prod. p/ o funcionamento da empresa ou para vender p/ os consumidores. Consumidor: compram bens e serviços p/ o seu uso. necessidades e desejos coisas necessárias p/sobrevivência. são bens específicos para satisf.necessidades que vão além da sobrevivência.Ex: consumidor precisa de alimento, mas o tipo específico pode ser um desejo. (ex. pizza, churrasco) Objetivo principal do MKT – maximizar trocas. Função de marketing – maximizar trocas de valor entre a empresa (fornecedora) e os seus clientes de tal forma que atenda as necessidades. A maximização dessas necessidades Empresa Cliente Sociedade Mkt. Societal (resp.social) Ecoambiente A filosofia de marketing é a sobrevivência da empresa através da maximização de resultados – com a satisfação do cliente. O marketing tem por objetivo desenvolver trocas: Empresas que visam lucro – geram receitas acima dos custos Não visão lucro – podem vender com lucro e usa-los para cobrir os custos. Pessoas podem ser vendidas: candidato político – voto. Lugares podem ser vendidos: com lucro – playcenter, hopi hari. Sem visar lucro – parques nacionais. Organizações sem fins lucrativos podem buscar outras metas: Doação de sangue Redução do consumo de cigarros etc... Nosso enfoque principal – marketing para empresas com fins lucrativos Tipos de Marketing: 1. produto – troca de produtos tangíveis 2. serviço – troca de produtos intangíveis 2 3. pessoa – estratégia para obter votos para candidatos políticos 4. lugar – atrair pessoas a lugares: Ex: férias no nordeste. 5. causa – criar apoio de idéias – com mudanças de comportamentos: drogas doação de sangue etc... 6. Organização – atrair participantes ou voluntários: fã clube. 1.2 NÍVEIS DE MARKETING Macromarketing Nível global e nacional: -venda nacional e global de automóveis -poluição global e nacional Micromarketing trata-se do estudo das atividades de marketing a nível empresa. Dentro do micromarketing têm-se as seguintes orientações: 1. produção – produz-se bens e serviços, informar os clientes e deixar que venham até você. Quando a demanda é superior a oferta. Setores de alta tecnologia – mudanças rápidas: ex.: remédios para AIDS. 2. vendas – produzir bens e serviços, ir até os clientes e levá-los a comprar. Usado quando a demanda é inferior a oferta. 3. marketing – descobrir o que os clientes precisam e desejam, produzir e oferecê-los aos clientes. Essa orientação depende de compreender as necessidades e desejos dos clientes. Entretanto encontra limitações – aos centrar-se apenas nos clientes pode dar atenção insuficiente a empregados , fornecedores, acionistas, etc... 4. valor – valor para os clientes – entender os clientes, concorrentes e ambientes e criar valor para eles. É uma extensão da orientação para marketing. Disso pode-se definir marketing como a satisfação das necessidades e desejos dos clientes como meio da empresa alcançar seus próprios objetivos. Marketing voltado para o valor: desenvolver valor superior para os clientes para se alcançar o objetivo. Churchill e Peter, 2000 propõem cinco princípios para desenvolver valor superior para os clientes. 1.3 Princípios do Marketing de valor: 1. Principio do cliente – compreender os seus clientes, saber o que eles pensam, como compram os produtos e serviços. Existem dois modos de criar valor superior através de: a) relacionamentos diretos – informações dos clientes – como endereço, telefone, e-mail, fax etc... para atende-los melhor. Comum para produtos caros, carros, jóias etc... b) relacionamentos indiretos – as empresas podem não conhecer pelo nome quem são seus clientes (custo alto de um relacionamento direto), mas seus produtos tem significado para os clientes. Ex: Omo, coca-cola, kibon, bombril. 3 2. Principio do concorrente – deve-se considerar o valor dos produtos e serviços oferecidos e mais o valor superior em relação aos dos concorrentes. Se o valor superior dos bens e serviços for maior que o do concorrente – a empresa terá vantagem competitiva. Se o valor superior dos bens e serviços for menor que o do concorrente – a empresa terá dificuldades de sobrevivência. 3. Princípio Pró-Ativo – mudar mercados e ambiente para melhorar sua posição competitiva. Entre eles conseguir com que o governo aprove a venda de novas drogas seguras e importante para salvar vidas; acionistas a investir dinheiro nelas; oferecer componentes de melhor qualidade ou a preços mais baixos; usar os revendedores para fazer um bom trabalho; funcionários a trabalhar com mais desempenho – oferecendo-lhes benefícios, etc... 4. Principio Interfuncional – Para criar valor superior para os clientes é preciso que o marketing interaja continuamente com outros grupos funcionais – P&D, produção, finanças, contabilidade, RH, etc... 5. Princípio da melhoria contínua – melhorar sempre, o planejamento, a implementação e o controle de marketing. 6. Princípio do stakeholder: a empresa não pode centrar-se apenas nos clientes e ignorar outros stakeholders, como funcionários, concorrentes, proprietários, fornecedores. Ex: Clientes podem querer preços baixos, mas oferecê-los podem levar a perdas para os proprietários. Os clientes podem querer um produto que leve os funcionários a trabalhar com materiais nocivos a saúde. Com isso conclui-se que valor para o cliente é a diferença ou a relação entre os benefícios percebidos e os custos percebidos. V = Bp – Cp É uma relação entre o esperado e o percebido Antes da compra depois compra E o maior desafio do marketing de valor é fazer os clientes mudarem entre marcas concorrentes. Os mesmos autores propõem 4 tipos de benefícios e 4 tipos de custos do marketing de valor que são: Benefícios: 1. funcionais – são os benefícios tangíveis. Percepção através do uso. Ex: usar chinelo rider ou havaianas proporciona liberdade após o trabalho. 2. sociais – são as respostas positivas recebidas de outras pessoas pela compra do produto ou serviço. Ex: marcas de alto status: relógios Rolex, veículos BMW. 3. pessoais – são os benefícios percebidos pelo uso e recebimento produto/serviço. Ex: colecionadores de selo – compram em função da utilidade, mesmo que nunca vá usar para postar cartas. 4 4. experimentais – são percebidos através do prazer sensorial obtido com a compra do produto/serviço. Ex: comida saborosa, perfume agradável, música etc... Custos: 1. monetários – quantidade de dinheiro paga pelo produto/serviço. É o preço do produto, taxa de transporte e instalação, juros pagos no crediário etc... 2. temporais – referem-se ao tempo gasto para a compra dos produtos. 3. psicológicos – referem-se a energia mental e a tensão para a compra de certos produtos/serviços, normalmente caros e que implicam em riscos. 4. comportamentais – envolvem a energia física despendida para comprar produtos. Ex: longo caminho a percorrer, caminhar grandes distâncias. Para oferecer valor superior ao cliente a empresa tem 2 caminhos: Reduzir custos, ou aumentar benefícios. O marketing de valor pressupõe que os clientes têm variações em suas percepções de valor. Podendo avaliar o produto de maneira diferente, por isso deve-se compreender bem os clientes. Valor superior para os clientes Satisfação e prazer do cliente Fidelidade do Cliente Relações duradouras e lucrativas com os clientes Para explicar o conceito de marketing o professor McCarthy criou o modelo dos 4 “Ps” ou composto de marketing ou mix de marketing. Para criar valor superior para os clientes e atenda aos objetivos da organização, utiliza-se das ferramentas dos 4 Ps: 5 PRODUTO VARIEDADE QUALIDADE DESIGN CARACTERÍSTICAS MARCA EMBALAGEM TAMANHO COR GARANTIA SERVIÇOS PREÇO MERCADO-ALVO PROMOÇÃO (comunicação) PROMOÇÃO DE VENDAS PUBLICIDADE FORÇA DE VENDAS RELAÇÕES PÚBLICAS MARKETING DIRETO PREÇO DE LISTA DESCONTOS CONCESSÕES PRAZO DE PAGAMENTO CONDIÇÕES DE PAGAMENTO PRAÇA (ponto de venda) CANAIS COBERTURA VARIEDADES LOCAIS ESTOQUE TRANSPORTE FONTE: CHURCHILL E PETER, 2000 O professor Lauterborn apud Cobra (1997) elaborou a tese dos 4 “Cs” em substituição aos 4 “Ps” Cliente, Conveniência, Custo (para o consumidor) e Comunicação. Segundo Lauterborn o foco deixaria de ser o produto para ser co cliente. Nossa opinião é que continuamos com os 4 “Ps” originais pois se a essência do marketing é o consumidor e o mercado não faz muito sentido esta substituição. Desta forma podemos que a administração de marketing poderia assim ser resumida: 6 MARKETING OPERACIONAL ESTRATÉGICO PRODUTO PREÇO PROMOÇÃO (COMUNICAÇÃO) segmentação PRAÇA (PONTO DE VENDA) MERCADO-ALVO SERVIÇOS agregados ao produto Facilidades de aquisição Valorização do cliente FONTE: ELABORADO PELO AUTOR POSICIONAMENTO A empresa constrói a posição futura desejada (dentro de um ambiente futuro previsto). A empresa constrói o seu futuro com ações no presente (o que ela quer ser no futuro). II – VALOR E SATISFAÇÃO PARA O CLIENTE 2.1 O que é produto? São bens tangíveis. Para Nickels e Wood (1999) “um produto é um bem ou serviço ou uma idéia que um consumidor adquire através da troca de marketing para satisfazer uma necessidade ou desejo”. É a transformação: input e output ENTRADAS Materiais Informações Serviços Recursos PROCESSOS SAIDAS CLIENTES produtos e serviços Automóvel – tangível Assist.Téc. – intangível 2.2 O que é serviço? São bens intangíveis. Serviço é um bem intangível, podendo se entendido como uma ação ou um desempenho que cria valor por meio de uma 7 mudança desejada no cliente ou eu seu beneficio”. (LIMEIRA, 2003). Ex: serviços médicos. Tangível – medidor de pressão, computador, etc... Intangível – conhecimento VALOR – É a diferença ou a relação entre beneficio (B) e custo de aquisição (Ca). (Kotler (2000). Como diferença V = B – Ca Como relação V = B / Ca É uma relação entre o esperado e o percebido, ou seja antes da compra e depois da compra. TEMOS a seguinte relação: Se a expectativa do produto/serviço for maior que o desempenho do produto/serviço – INSATISFAÇÃO Se a expectativa do produto/serviços for menor que o desempenho do produto/serviço – SATISFAÇÃO Se a expectativa do produto/serviços for igual ao desempenho do produto/serviço – ESTADO NEUTRO Kotler (2000) cita 4 métodos para acompanhar a satisfação dos clientes: 1. Sistema de reclamações e sugestões: formulários para relacionar sugestões, ligações gratuitas, páginas na WEB e e-mail – agiliza a solução de problemas. 2. Pesquisas de satisfação de clientes: servem para cobrir as não reclamações dos clientes insatisfeitos. Realizado por empresas pró-ativas medem a satisfação de clientes, realizando pesquisas. Avalia-se: a) intenção de recompra; probabilidade de recomendação da empresa e marca para outras pessoas; verificar o seu índice de propaganda boca-a-boca. 3. Compras simuladas: contratação de pessoas para se passar por compradores misteriosos e relatar os pontos fortes e fracos na compra de produtos/serviços da empresa e dos concorrentes; verificar como esta o sistema de atendimento de telefonemas. 4. Análise de clientes perdidos: contração de clientes que deixaram de comprar ou mudando para outros concorrentes; verificar como e porque isso ocorreu; acompanhar índice de perda de clientes. Se estiver alto significa que a empresa não esta conseguindo deixar os clientes satisfeitos. Cadeia de valores (Porter, 1989) reunião de todas as atividades da empresa que são usadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar o seu produto. 8 Atividades de valor De apoio CRIA O PRODUTO Principais MARGEM É a diferença entre o valor total e o custo coletivo da execução das atividades de valor. INFRA-ESTRUTURA DA EMPRESA ATIV. GERENCIA DE RECURSOS HUMANOS MARGEM DE DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA APOIO AQUISIÇÃO (MATÉRIAS-PRIMAS, PESSOAS, ETC...) LOGISTICA INTERNA -recebim.,armazenam. Distribuição insumos, Controle de estoque, Programação frotas. CADEIA DE VALORES OPERAÇÕES LOGISTICA MARKETING EXTERNA E VENDAS SERVIÇOS Transform. insumos distrib. Física -oferecem meio fornec.de serv. em produto final do produto p/o pelo qual os ao cliente, treinamento os compradores compradores instalação prod. Podem comprar conserto,Assis.técnica O produto ou Induzi-lo a fazer (propaganda) Atividades Principais Fonte: Porter (1986) apud Kotler 2000. As empresas – buscam alta satisfação dos clientes, pois eles ficam menos propensos a mudar – RESULTADO fidelidade MONITORAR O DESEMPENHO DOS CONCORRENTES - Uma empresa ficou satisfeita quando constatou que 80% dos seus clientes estavam satisfeitos. Então o diretor descobriu que seu principal concorrente alcançou a marca de 90%. 2. 3 QUATRO FATORES DE EMPRESAS DE ALTO DESEMPENHO: A) Públicos Interessados – normalmente visão de lucros para os acionistas. Empresa de alto desempenho deve entregar o máximo de satisfação aos diferentes grupos de públicos: fornecedores, funcionários, clientes, acionistas. 9 B) Processos – Gerenciar processos onde cada atividade flua harmoniosamente de uma para outra. C) Recursos – Equipamentos, mão-de-obra, materiais, que vão possibilitar os processos. Alguns recursos que não apresentam desempenho satisfatórios em relação aos que poderiam ser obtidos fora da empresa: podem ser terceirizados. D) Organização e Cultura Corporativa – Em ambientes de negócios em rápida transformação a empresa (estrutura, políticas, cultura etc..) podem tornar disfuncionais. As empresas devem adotar um cenário como sendo o mais provável possível e monitorar constantemente a medida que o tempo passa. Existem empresas que tem uma estrutura organizacional mais voltada para o mercado, portanto flexível, outras mais rígidas. 2.4 CRIAÇÃO DE VALOR E SATISFAÇÃO PARA O CLIENTE A empresa produz – a partir do seu conjunto de atividades. Cadeia de valor – toda atividade gera valor – então a empresa compara seus custos e desempenho. Se ela for capaz de apresentar desempenho superior ao dos concorrentes alcançará vantagem competitiva. Cada departamento deve entregar serviço de qualidade ao cliente. Ex.: depart. de credito demora para liberar credito, e o cliente fica esperando. Atraso entrega etc... REDE DE ENTREGA DE VALOR É a formação de parcerias com fornecedores, distribuidores, para criar uma rede de entrega de valor superior (conhecida como cadeia de suprimentos). Ex.: utilizando o EDI (transferência eletrônica de dados) ECR (efficient consumer response). ATRAÇÃO DE CLIENTES visando o crescimento. Busca de novos clientes – objetivo de lucro Exige técnicas: Geração de indicações: peças publicitárias, mala-direta, telefonemas, feiras setoriais (onde a empresa descobre possíveis clientes) Qualificações de indicações: entrevistas, verificação da situação financeira etc... Então classifica como clientes potenciais, quentes, mornos e frios. Conversão dos clientes: então vendas entra em contato com clientes potenciais e trabalha para converte-los. As empresas podem buscar técnicas para atrair e reter clientes: 4 passos: 1. DEFINIR E CALCULAR O SEU INDICE DE RETENÇÃO 10 Ex.: uma revista – índice de renovação de assinatura é uma boa medida. Uma universidade – índice de matriculas do 1º para o 2º ano; ou o nº de formandos e os matriculados no 1º ano. 2. IDENTIFICAR AS CAUSAS DOS PROBLEMAS COM OS CLIENTES E GERENCIA-LAS Ex.: clientes que trocam de fornecedores devido ao mau atendimento, produtos de qualidade inferior ou preços elevados. 3. VERIFICAR PERDA DE LUCROS EM FUNÇÃO DA PERDA DE CLIENTES Ex.: Lucro que a empresa deixou de ter: supondo que a empresa tem em 80.000 clientes, se perder 5% = 4.000 clientes, supondo que eles representavam em média uma receita de R$40.000,00 a empresa perdeu R$160 milhões. Supondo uma margem de lucro de 10% a empresa perdeu R$16 milhões no ano. 4. CALCULAR – O CUSTO DE ABANDONO/LUCRO PERDIDO REDUZIR O ÍNDICE DE Se o custo for menor que o lucro perdido – a empresa reduz o índice de abandono. Se o custo for maior que o lucro perdido – a empresa não reduz o índice de abandono. Retenção de clientes é muito importante satisfazer e reter clientes pois a aquisição de novos clientes pode custar mais do que satifazer e reter os já clientes. Técnica do marketing de relacionamento – a fim de criar fidelidade. A empresa deve investir na construção de relacionamentos de tal forma que os custos não excedam os ganhos. 5 níveis de investimento: Marketing básico – simplesmente vende o produto Marketing reativo – vende o produto e encoraja o cliente a telefonar para tirar duvidas. Marketing responsável – telefona para o cliente após a venda para verificar expectativa. Marketing Pró-ativo – entra em contato com cliente de tempos em tempos. Marketing de parceria – trabalha em conjunto com o cliente para melhorar desempenho. Ex.: Boeing e American airlines trabalham em conjunto para projetar aeronaves que satisfaçam as necessidades da American. Existem 3 abordagens para a construção do valor (para manter os clientes satisfeitos): Acréscimos de benefícios financeiros Programa mkt. de freqüência Programa de mkt. de clube (programa associativo para manter cliente satisfeito Acréscimos de benefícios Sociais ações sociais para que os clientes desfrutem da empresa. Ex.: fazer telefonemas positivos, fazer recomendações, antecipar problemas. 11 Acréscimos de vínculos estruturais A empresa oferece equipamentos ou links de computadores para auxiliar os clientes. Ex.: EDI GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL – a chave para a criação de valor e satisfação para os clientes. “A EMPRESA OFERECE QUALIDADE SEMPRE QUE SEU PRODUTO OU SERVIÇO ATENDE ÀS EXPECTATIVAS DOS CLIENTES OU AS EXCEDE.” III – PESQUISA DE MARKETING, SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE MARKETING E MENSURAÇÃO DA DEMANDA DE MERCADO Resumidamente, podemos definir pesquisa de marketing, como o processo sistemático de coleta e análise de informações sobre questões específicas ou problemas de marketing enfrentados pelas empresas. 3.1 PESQUISA DE MARKETING Uma definição mais completa sobre PESQUISA DE MARKETING foi desenvolvido pela AMA – American Marketing Association apud Kotler (2000): “a função que liga o mercado consumidor às empresas por meio da informação utilizada para identificar e definir oportunidades e problemas de marketing: aprimorar e avaliar ações de marketing: monitorar o desempenho de marketing; e aumentar a compreensão do processo de marketing”. Disso depreende-se que a pesquisa de marketing é um meio para que a empresa antecipe ou respondam às necessidades dos clientes, através de informações. Em geral a pesquisa de marketing busca informações: Dos clientes Concorrentes Potencial de mercado dos produtos atuais Características dos consumidores É preciso especificar os objetivos, métodos para a coleta das informações, tratamento dos dados, as conclusões e suas implicações. Em geral nas empresas de grande porte existe um departamento de marketing encarregado de realizar a pesquisa; pode também se terceirizada para empresas especializadas. Em empresas menores, o executivo envolvido encarrega-se de definir os objetivos da pesquisa e contratar uma empresa especializada para realizar a pesquisa. 3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE MARKETING Para o SIM – Sistema de Informações de Marketing é útil saber sobre dado – que são fatos e estatísticas; e informação, que são dados 12 apresentados de maneira útil. Informação refere-se a dados apresentados de forma úteis para a tomada de decisões estratégica. Ex: O nº de pessoas que vivem em Capivari, o preço médio de um carro novo, nº de pessoas que entram na biblioteca, são dados. A avaliação desses dados para procurar relação é informação, p. ex.: o efeito do cupom de descontos sobre a demanda de um produto. A População de Capivari para identificar o potencial de mercado de refrigerante. As informações são úteis para a tomada de decisões. Assim saber que cupons de descontos de R$0,50 aumentam a demanda por um saco de café em 17% ajuda a determinar a estratégia. Conhecer as tendências das vendas ajuda, a decidir quando aumentar os estoques. Os profissionais de marketing precisam de informações sobre seu ambiente, especialmente sobre os clientes e concorrentes. Por isso eles se voltam para a pesquisa de marketing a fim de obter informações sobre todas as áreas do marketing, em especial a sua própria participação de mercado e a dos concorrentes, o potencial de mercado dos produtos atuais e potenciais, ou características dos consumidores e empresas existentes em seu mercado. A tabela 1 apresenta algumas questões básicas que os profissionais de marketing devem responder para melhor planejar suas atividades de marketing. Tabela 3.1: Questões sobre mercados compradores Questões sobre mercados compradores - Que tipos de pessoas compram nossos produtos? - Onde elas moram? - Quanto elas ganham? - Quantas elas são? Demanda - A demanda por nossos produtos esta aumentando ou diminuindo? - Há novos mercados promissores que ainda não atingimos? CANAIS - Os Canais de distribuição de nossos produtos precisam ser alterados? - É provável que surjam novos tipos de instituições de marketing? Fonte: Churchill e Peter, 2000, p. 117 13 Tabela 3.2: Questões sobre o composto de marketing Questões sobre o composto de marketing PRODUTO PREÇO PRAÇA PROMOÇÃO - Que projeto de - Que preço - Onde e por - Quanto produto tem devemos cobrar quem nossos devemos investir maior por nossos novos produtos devem em promoção? probabilidade de produtos? ser vendidos? - Como nosso conseguir - O preço dos - Que tipo de orçamento deve sucesso? produtos incentivos ser distribuído - Que tipo de existentes deve devemos entre áreas embalagem ser alterado? oferecer ao geográficas? devemos usar? comércio para - Que impulsionar combinação de nossos produtos? mídia devemos usar: jornais, rádio, TV, revistas? Fonte: Churchill e Peter, 2000, p. 117 Tabela 3.3: Questões sobre o desempenho QUESTÕES SOBRE DESEMPENHO PARTICIPAÇÃO DE SATISFAÇÃO DOS REPUTAÇÃO MERCADO CLIENTES - Qual é nossa - Os clientes estão - Como o público participação no satisfeitos com nossos percebe nossa mercado total? produtos? empresa? - Qual é nossa - Como é nosso - Qual é nossa participação em cada registro de serviços? reputação com os área geográfica? - Há muitas devoluções membros do canal? - Qual é nossa de produtos? participação por tipo de cliente? Fonte: Churchill e Peter, 2000, p. 117 3.3 PRINCIPAIS PROBLEMAS QUANTO AS INFORMAÇÕES: 1. Há um excesso de informações de marketing do tipo errado e uma quantidade insuficiente do tipo certo; 2. As informações de marketing são tão dispersas pela empresa que pode ser necessário um grande esforço para localizar os fatos mais simples; 3. As informações vitais às vezes são suprimidas por outros executivos ou negligenciadas por razões pessoais; 14 4. As informações vitais chegam tarde demais para serem úteis; 5. Com freqüência é difícil saber se as informações são precisas. A melhor defesa contra esses problemas é uma abordagem bem refletida e abrangente para conduzir pesquisas e para montar e usar um sistema de coleta, armazenagem e disseminação de informações de marketing. Então a fim de manter os tomadores de decisão da empresa atualizados, e ao mesmo tempo defender-se desses problemas, a empresa pode criar um SIM – sistema de informações de marketing. Um SIM (Sistema de Informação de Marketing) – é composto por computadores e pessoas para ajudar coletar, classificar armazenar e distribuir informações para tomar decisões de marketing. (Kotler, 2000). Em geral pode-se dizer que o “SIM” tem a finalidade de suprir a empresa com informações sobre desejos, preferências e comportamento dos compradores. O SIM possui 4 componentes (4 sistemas): 1. Sistema de Registros Internos – (o qual fornece dados de resultados) são pedidos, vendas, preços, custos, níveis de estoques, contas a receber, contas a pagar, etc... Incluem duas informações: a) o ciclo pedido pagamento – o qual requer muita eficiência e rapidez – os pedidos são enviados a empresa, o departamento de vendas prepara a fatura e envia a outro departamento e itens que estão faltando em estoque são encomendados, a documentação de embarque é acompanhada etc..., b) relatórios de vendas – geram informações sobre os clientes e monitoram tudo. 2. Sistema de Inteligência de Marketing: Fornece informações sobre eventos: lendo livros, jornais, publicações, conversando com clientes, fornecedores e distribuidores. P.ex: uma editora fornece informações sobre que autor está fazendo pesquisa, escrevendo livros didáticos. Compradores misteriosos para verificar como está o atendimento. 3. Sistema de Pesquisa de Marketing: Permite a elaboração, coleta, análise sobre dados e relatórios de informações de marketing. Ex.: Há mercado para o produto? Qual a dimensão desse mercado? Atende as necessidades, desejos e expectativas dos consumidores? Qual a previsão de vendas? 4. SADM – Sistema de apoio às decisões de marketing: Sistema computadorizado de informações de marketing – do ambiente interno e externo. Ou seja, é uma série coordenada de dados para a tomada de decisões. A Pesquisa de Marketing é baseada em fontes internas e externas. 15 Fontes Internas – registro de vendas (quais produtos vendem melhor), relatórios, desempenho econômico e financeiro (quais produtos são mais lucrativos). Fontes Externas – publicações do governo (IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Ministério da Agricultura, Ministério dos Transportes, Ministério da Fazenda, Ministério da Saúde etc...); jornais e periódicos; dados comerciais (institutos de pesquisa, Nielsen, KPMG etc...). 3.4 Processo de Pesquisa de Marketing: Pode ser por telefone, terminais, entrevistas etc... Formular o Problema Projeto de Pesquisa Coleta de Dados Apresentação dos Resultados (relatório de pesquisa) Fonte de dados: Primário – Dados obtidos para aquela Análise e interpretação dos dados finalidade. Secundário – Dados obtidos mas feitos para outros propósitos. Ex: IBGE faz a contagem da população e o mkt. usa os dados p/ obter o tamanho do mercado. Deve ser claro e objetivo. P. Ex: Que preço os consumidores estão dispostos a pagar por um novo som automotivo com novos recursos? O nosso produto esta vendendo mais em lojas de departamentos ou lojas especializadas No Projeto de pesquisa deve conter os tipos de pesquisa (método); estas podem ser: 1. Exploratória – reúne informações que possam gerar idéias úteis. Ex. Pedir para os consumidores descreverem suas férias. 2. Descritiva – estuda com que freqüência algo ocorre; ou se há relação entre duas variáveis. O Extra (supermercado) pesquisou com que freqüência os compradores das comunidades italiana, japonesa, judaica procuravam produtos. A pesquisa revelou que eles procuravam mais produtos relacionados a suas tradições. Assim as lojas criaram gôndolas e seções especiais para cada raça (pão italiano, sushi, etc...) 3. Causal – procura relações de causa-efeito. Ex: Um folheto é a causa de uma viagem de navio ou a viagem aumentou por outra causa (porque iria aumentar mesmo, independente de propaganda). Motivo principal da pesquisa de marketing – identificar oportunidades de mercado. 16 3.5 MENSURAÇÃO DA DEMANDA A mensuração da demanda é importante pela utilidade na elaboração de um planejamento de mercado. MERCADO – são os compradores que vão em busca de uma oferta de produto/serviço: Potencial – têm interesse suficiente pela oferta no mercado. Disponível – consumidores que possuem renda, interesse e acesso à oferta. Alvo – mercado sugerido, ou seja é a parte do mercado onde a empresa pretende buscar. Penetrado – total de consumidores que estão comprando o produto da empresa. Há 2 tipos de demanda Demanda de mercado: O vol. Total que seria comprado por clientes, naquela área geográfica, em determinado tempo, num programa de marketing definido. Demanda da empresa: é a participação estimada da empresa na demanda de mercado com esforço de marketing em determinado período – depende do vol. de gastos com MKT. em relação aos concorrentes. Próxima tarefa: Nível de esforço de marketing: Previsão de vendas: montante esperado vendas a partir do planejamento de marketing. Quotas de vendas: Metas para a linha produtos, divisão da empresa. Orçamento de vendas: Estimativa do vol. vendas. Em geral mais baixo que os patamares previsão de vendas. de de de de Demanda corrente: É muito importante para a empresa a determinação da estimativa de demanda corrente e se dão de 3 formas: Potencial total do mercado: número de compradores potencial x quantidade média adquirida por um comprado x preço médio = vol.de vendas. Ex: 100 milhões compram livros por ano. O 17 comprador médio compra 3 livros ao preço de 10,00 (médio), então o potencial de mercado é de 3 bilhões reais/ano. Entretanto o mais difícil é achar o número de compradores. Para isso pega-se a população do país (-) o grupos de pessoas que não comprariam o produto (analfabetos, crianças, pessoas de baixa renda e pouca instrução) = número de compradores potenciais. Potencial de mercado da área: Estimativa do mercado de diferentes países, estados, cidades. Vendas setoriais e Participação de mercado: Avaliação do desempenho da empresa em relação ao setor como um todo. Ex: venda da empresa esteja crescendo 5% ao ano, e o setor 10% ao ano. Esta é uma empresa que esta perdendo participação de mercado. 3.6 PESQUISA DAS INTENÇÕES DOS COMPRADORES (PREVISÃO) Escala de probabilidade de compra: Você tem intenção de adquirir um automóvel nos próximos 6 meses: Nenhuma probabilidade, ligeira probabilidade, probabilidade razoável, boa probabilidade, alta probabilidade, com certeza. PREVISÃO: 3 bases de informação: 1- O que as pessoas dizem – pesquisa de opinião: a) pesquisa de intenção de compra, b) opiniões da força de vendas, c) Opinião dos especialistas de compras; 2- O que as pessoas fazem – teste de mercado com produto; 3- O que as pessoas fizeram – comportamento de compra do passado. No método de potencial de mercado da área têm-se 2 métodos: Método de desenvolvimento de mercado: Vendas anuais x nº de estabelecimentos x nº potencial de vendas. Esse método é muito utilizado pelo mercado empresarial, poucas empresas (mercado pouco numeroso) que produzem grandes produtos (ex: ferramentas e máquinas pesadas, torno etc...) Método de indexação multifatorial: Para empresas de produtos de consumo, em função do mercado ser muito numeroso. Utilizando como exemplo uma empresa de medicamentos. Suponhamos que 2,28% da população do Brasil vivem em São Paulo. A empresa pode supor que São Paulo representa 2,28% do total de medicamentos vendidos. Entretanto um único fator raramente é um indicador completo de oportunidade de vendas. As vendas de medicamentos podem ser influenciadas pela renda per capita, número de médicos por habitante. Portanto faz sentido desenvolver uma indexação multifatorial atribuindo pesos específicos. Por exemplo, supondo que o estado de São Paulo representa 2% da renda disponível; 1,96% das vendas no varejo e 2,28% da população do Brasil. O índice do poder de compra seria: 2,00.(0,5)+1,96.(0,3)+2,28.(0,2)=2,04. Portanto 2,04% das vendas são em São Paulo. Muitas empresas calculam outros índices de área a fim de ter um guia para a alocação de recursos de marketing. 18 Tabela 3.1: Cálculo do índice de desenvolvimento de marca Região (a) % de venda (b) % venda da * Índice de da marca categoria desenvolvimento (a/b)x100 Campinas 3,50 2,84 123 Ribeirão Preto 5,58 11,90 46 Litoral Norte 0,95 0,81 117 *Índice de vendas da marca em relação à venda da categoria. Fonte: Adaptado de Kotler 2000. Suponha que a empresa de medicamentos esteja considerando as 3 regiões relacionadas na tabela 4. As duas primeiras colunas da tabela mostram os percentuais de vendas de marca e da categoria da região considerada. A terceira coluna mostra o índice de desenvolvimento de marca, que é o índice de vendas de marca em relação a vendas da categoria. Campinas por exemplo, tem um índice de desenvolvimento de marca de 123, uma vez que nessa cidade (região) a marca é relativamente mais desenvolvida do que a categoria. Ribeirão Preto tem um índice de desenvolvimento de marca de 46, o que significa que a marca nessa cidade é relativamente pouco desenvolvida. Em geral, quanto menor o índice de desenvolvimento de marca, maior a oportunidade de mercado, porque há espaço para o crescimento da marca. Entretanto, poderia se argumentar que os recursos de marketing deveriam ser alocados nos mercados mais fortes da marca – onde seria mais fácil obter uma maior participação de mercado. DEMANDA FUTURA Pesquisa de intenção dos compradores (Você tem a intenção de comprar um automóvel nos próximos 6 meses?) Opiniões da força de vendas (em geral quando é impraticável entrevistar os compradores). Opiniões de especialistas (revendedores, consultores, fornecedores, associações comerciais) Analise de vendas passadas Método de teste de mercado. Ao estimar a demanda futura a opinião da força de vendas poderá apresentar os seguintes pontos fortes e pontos fracos. Pontos Fortes: 1. Os representantes de vendas podem ter uma visão melhor das tendências 19 2. Participando das previsões ele se sentirão mais confiantes em relação as quotas de vendas e mais incentivados a atingi-las 3. oferece estimativas de produto, território, clientes, etc... Pontos Fracos: 1. Os representantes de vendas podem ser pessimistas ou otimistas demais devido a algum fracasso ou sucesso recente 2. Raras vezes têm consciência de acontecimentos econômicos 3. Podem subestimar a demanda, estabelecendo contas de vendas mais baixas A Analise de vendas passadas pode-se dar em 3 outras análises: 1. Análise de serie cronológica tendência Ciclo Sazonalidade Sinuozidade 2. Tendência exponencial – prever vendas combinando – média de vendas passadas e vendas mais recentes (atribuindo maior peso a estes). 3. Análise estatística da demanda – impacto sobre as vendas dos seguintes elementos: renda, gastos com marketing e preço. FONTE: KOTLER, 2000; CHURCHILL E PETER, 2000; NICKELS E WOOD, 1999 IV - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR 4.1 MOTIVAÇÃO Todo ato de compra – tem como ponto de partida a – motivação – para atender a uma necessidade, que por sua vez desperta um desejo. Contrapondo-se a MOTIVAÇÃO, surgem os FREIOS – que decorrem da percepção do risco associada à compra. Entre a força da motivação e a do freio tem a personalidade que aliada a percepção que o cliente tem dos produtos, criada pela comunicação desencadeará atitudes positivas ou negativas: formando a preferência – levando ou não a uma decisão de compra. Entender o comportamento do consumidor ajuda Desenvolver compostos de MKT para Entender as necessidades do mercado satisfazer necessidades. Conhecer os pensamentos motivações, necessidades, preferências dos clientes. Ex1: observação dos melhores locais para se vender o seu produto: uma empresa fez pesquisa com um biscoito extra-fino e percebeu que os consumidores levavam em média 10 segundos para encontrar biscoito. E 20 perceberam que o melhor lugar (ponto de venda) seriam lojas de produtos extra-finos, comida light. Ex2: Empresa contratou antropólogo para saber como as pessoas usavam seus eletrodomésticos e percebeu (concluiu) que as famílias cujas pessoas trabalham fora são as crianças/empregada que utilizavam os produtos – resolveram fazer eletrodomésticos com botões (controles) coloridos e grandes. 4.2 Fatores que influenciam o comportamento de compra: Influências Sociais Culturais Pessoais Psicológicas Influências de marketing Produto Preço Praça (ponto de venda) Promoção (comunicação) Outros estímulos Econômico Tecnológico Político O PROCESSO DE COMPRA DO CONSUMIDOR Reconhecimento das necessidades Busca de informações Avaliação de alternativas Decisão de compra Comporta mento pós compra FONTE: CHURCHILL E PETER, 2000. (Adaptado pelo autor). 4.2.1 Fatores culturais 1. Cultura: complexo de valores e comportamentos aprendidos e que são compartilhados por uma sociedade. 2. Subcultura: Segmento dentro de uma cultura. Cada subcultura tem seu próprio conjunto de valores e comportamento.Ex: os negros com a subcultura africana influenciam a cultura brasileira; Ex: No sul do Brasil há muitos descendentes de europeus e influenciam os valors e praticas da cultura brasileira. As empresas podem atender melhor uma subcultura classificando em – idade (crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos) – religião (católicos, judeus, budistas) – raça (europeu, oriental, negros) – nível de renda (ricos, classe media, pobres) – ocupação (mecânico, advogado, professor) – região (norte, nordeste, sul) – sexo (masculino, feminino). 3. Classe social: Hierarquia onde indivíduos e grupos são classificados em termos de valores, interesses, comportamento. Ex: rendas, ocupação, grau de instrução, área residencial. As classes sociais apresentam preferências por produtos e marcas. Algumas empresas concentram-se em pessoas da classe alta, outras da média etc... Ex: revistas, músicas e filmes. 4.2.2 Fatores Sociais 1. Grupos de referência: são grupos de pessoas que influenciam os pensamentos, os sentimentos e comportamentos dos consumidores. Existem dois tipos: a) primários – influenciam e mantém contato face a face. Ex. família, colega; b) Secundários – influenciam os consumidores mas não mantém contato face a face. Ex: Ong, assoc.comunitárias. 21 2. Família: mais importante influenciadora de compra. Interessa ao MKT saber quem mais influencia as decisões de compra. Orientações de pais e irmãos. Ex: Você pode escolher um só chocolate. 3. Papéis e Status: A posição e o papel desempenhado. O marketing foca cada pessoa diferentemente: um juiz tem mais status que um gerente de vendas, um gerente de vendas mais status que um auxiliar de escritório. 4.2.3 Fatores Pessoais 1. Idade e estágio no ciclo de vida: São 9 e o MKT escolhe cada um como seu mercadoalvo: ESTÁGIOS PADRÃO DE COMPRA Pessoas Jovens (solteiras) Recém casados – jovens Casais com filhos menores de 6 anos Casais com filhos maiores de 6 anos Casais com filhos jovens Casais sem filhos morando com eles (I) Casais sem filhos morando com eles (II) Mais velhos Solteiro em Atividade Solteiro, aposentado Poucos encargos financeiros, líderes de opinião sobre moda. Compram: carros, móveis, roupas etc... Não tem filhos. Interesse em produtos anunciados: lavadoras, secadores, TVs. Compras para a casa: TV, comida de bebê, remédios contra a tosse etc... Posição financeira melhor. Compram: alimentos, bicicletas, produtos de limpeza. Posição financeira ainda melhor. Várias pessoas trabalham. As propagandas não têm muita influência. Compram: móveis novos, viagens, carro, revistas, serviços dentários. Têm casa própria. Interesse por viagens, educação, dão presentes, reformam a casa. Chefe da casa aposentado, corte na renda. Compram remédios e complexos vitamínicos. Boa renda: poderá vender a casa. Necessidades médicas, atenção, afeto, segurança Fonte: Kotler, 2000. 2. Ocupação e Circunstâncias econômicas: Ocupação – Operário: marmitas, roupas trabalho etc... Presidente da empresa: ternos caros, passagens de avião, barcos etc... Circunstâncias econômicas – As empresas ficam atentas as tendências: renda, taxa de juros, poupança, recessão. Ex: re-posicionar preços. 3. Estilo de Vida: Padrão de vida da pessoa representado por atividades de interesses, opiniões. As empresas podem selecionar seus produtos e os grupos de estilo de vida. 4. Personalidade e auto-imagem: A personalidade é muito útil para analisar o comportamento dos consumidores. Os anúncios podem ser dirigidos para essas características. Refere-se às características que representam as diferenças entre as pessoas e predizem seu comportamento como autoconfiantes, dominantes e sociáveis. A autoimagem é como a pessoa se vê. A empresa desenvolve imagens para a marca que vão de encontro a auto-imagem do mercado-alvo. 4.2.4 Fatores Psicológicos 1. Motivação – motivo que leva a uma ação. 2. Percepção – processo de como as pessoas extraem o significado da seleção, organização e interpretação das informações recebidas para criar uma imagem. 3. Aprendizagem – mudanças no comportamento que resultam da experiência. 4. Crenças e Atitudes – As crenças são pensamentos que as pessoas mantém a respeito de alguma coisa. As atitudes são tendências, avaliações, sentimentos com respeito aos produtos ou classe de produtos. As crenças e atitudes são muito importantes, pois as pessoas podem querer saber de onde vem determinado carro, mas podem não interessar em saber onde foi produzido o óleo lubrificante. Quanto mais favorável for a imagem do 22 país, mais o selo “made in ....” deve ser exibido. Ex: França – perfumes, vinhos. Japão – carros, produtos eletrônicos. Brasil – Cachaça, Café. Motivação: Tem-se 3 teorias da motivação: Teoria de Freud – Segundo a qual o comportamento das pessoas vem do inconsciente. Ou seja não entendem muito suas motivações. Ex: o uísque atrai alguém que busca relaxamento, status, prazer. Muitas pessoas não compram ameixas secas, pois são enrugadas e lembram pessoas idosas. Teoria de Maslow – As necessidades humanas se dão em hierarquia, ou seja da mais urgente para a menos urgente.Essa teoria auxilia o MKT a entender como os vários produtos se encaixam nos plano, objetivos e vida de cada consumidor. Hierarquia das necessidades de Maslow e como o marketing aplica essa teoria: NECESSIDADES APLICAÇÃO MARKETING Necessidades de auto-realização e auto-satisfação Necessidade de estima (ego) Status, respeito, autoestima Necessidades sociais: amizade, amor, filiação, associação Necessidades de segurança: física e financeira Necessidades fisiológicas (básicas): água, comida, descanso, sexo, etc... Férias, cursos universitários, organização de caridade Marcas de prestigio Títulos de sócios de clubes, cartões de agradecimentos Fechaduras, seguros Arroz, Feijão, água encanada FONTE: Kotler, 2000 (adaptado pelo autor). Teoria de Herzberg – teoria dos 2 fatores os satisfatores – causam satisfação – motivam compras – devem ser agregados ao produto. Insatisfatores – causam insatisfação, e portanto devem ser evitados. Exemplo para ilustrar a teoria de Herzberg: Um TV que não tem garantia é um insatisfator. Só que a garantia em si só não funciona como um satisfator ou motivador de compra. Percepção: Tem a ver com o individuo. Ex: uma pessoa pode “perceber” um vendedor que fala rápido demais como agressivo e falso, outra pode vê-lo como inteligente e prestativo. Existem diferentes percepções classificadas em 3 processos: 1. Atenção Seletiva: São estímulos que chamam a atenção. O grande desafio é saber quais estímulos chamam mais atenção dos consumidores. Ex: As pessoas notam mais os estímulos que se relacionam com a necessidade atual. 2. Distorção Seletiva: São estímulos que chamam a atenção mas as pessoas tendem a distorcer a informação e transformá-la. Não há muito o que o MKT possa fazer neste caso. 3. Retenção Seletiva: O MKT usa a dramatização e a repetição (a fim de reter informação) na mensagem enviada a seu público alvo. Papéis do comprador 1. 2. 3. 4. 5. O MKT identifica 5 papeis. Iniciador: sugere a idéia para comprar produtos/serviços Influenciador: O conselho influencia a compra Decisor: decide o que comprar, como e onde. Comprador: Pessoa que efetivamente realiza a compra Usuário: consome ou usa o produto/serviço. 23 O mix de marketing ou os 4 Ps podem também influenciar o comportamento de compra. Produto: Novidade do produto, complexidade, qualidade percebida, aparência física do produto, embalagem, rótulo. Preço: Influencia o comportamento de compra quando o consumidor esta avaliando alternativas e chegando a decisão. Para a estratégia de preço é importante avaliar os atributos buscados no produto. Ex: Algumas empresas vendem computadores com capacidades bem maiores do que o consumidor precisa, mantendo o preço elevado. O Carrefour encomendou 5000 computadores com tecnologia ligeiramente ultrapassada, com o objetivo de seguir a tendência mundial de um preço relativamente baixo. Praça (canais de distribuição, ponto de venda): O MKT seleciona os canais de distribuição com características que combinam com seus produtos e com os tipos de consumidores que eles procuram atender. Ex: Sandálias havaianas na Daslu (preço alto) e a mesma sandália no supermercado (preço baixo). Promoção (comunicação): A estratégia da promoção reforça a decisão de compra. Normalmente as mensagens lembram os consumidores que eles tem um problema, e que o produto pode resolver. V – MARKETING ESTRATÉGICO 5.1 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (POR ONDE COMEÇAR) O planejamento estratégico, para Kotler (2000) tem ações em 3 áreas: 1. Gerenciar os negócios como uma carteira de investimentos 2. Avaliação dos pontos fortes considerando:a) a taxa de crescimento do mercado; b) posição competitiva da empresa no mercado Por onde começar: Externo – macroambiente Análise do ambiente Economia Tecnologia Demografia oportunidades(novos mercados, novos prods., queda barreiras coms. Etc.) Ameaças(novos concorrentes,crescim.lento mercado, novas regulament.) Interno (Empresa) Definição da missão Definição da visão Definição dos objetivos Definição das estratégias Definição dos planos ação 24 É o que conhecemos como análise SWOT: Strengths, Weaknesses, Oportunities, Threats A declaração da missão tem 3 características principais: Nº limitado de metas Principais políticas e valores (como a empresa irá lidar com acionistas, funcionários, fornecedores, etc...) Escopo competitivo onde a empresa irá atuar. ESCOPOS COMPETITIVOS 1. Escopo Setorial: Define qual setor ou setores a empresa irá operar (bens de consumo, bens industriais, serviços) 2. Escopo de produtos e aplicações: Quais produtos fabricar e suas aplicações 3. Escopo de competências: Em que a empresa será competente (tecnologia, logística, produção, etc...) 4. Escopo de Segmento de mercado: Tipo de mercado e cliente. A porsche especializou-se em carros de alta qualidade p/classe alta. Prods. Para bebê. 5. Escopo Vertical: Nº de canais onde a empresa integrará, ou seja das matérias primas até o produto final e distribuição. 6. Escopo geográfico: bairro, cidade, estado, país. 5.2 UEN – UNIDADES ESTRATÉGICAS DE NEGÓCIOS produtos Os negócios podem ser vistos em termos mercados Um negócio precisa ser visto como um processo de satisfação de clientes. Produtos são transitórios e necessidades básicas são eternas – assim o foco deve ser o mercado. Um negócio pode ser definido em termos de: Necessidades dos clientes Tecnologias Utilizadas UEN (TEM 3 CARACTERÍSTICAS) Grupos de clientes É um negócio isolado, ou um conjunto que pode ser planejado separadamente. Tem os seus concorrentes próprios 25 Tem gerencia responsável pelo planejamento estratégico e planejam. Avaliação de carteira: classificação dos negócios/produtos de acordo com o potencial de lucro. 5.3 MATRIZ DE “BCG” Boston crescimento/participação de mercado. Consulting Group – matriz de Trata-se de um portfolio de oportunidades de produto/mercado classificados como: estrelas, abacaxis, pontos de interrogação e vacas leiteiras. alta 20% TAXA DE CRESCIMENTO ESTRELAS PONTOS DE INTERROGAÇÃO MERCADO 10% VACAS LEITEIRAS ABACAXIS Baixa 0% 10X ALTA 1X 0,1X BAIXA PARTIC.RELATIVA DE MERCADO 26 Pontos de interrogação: negócios/produtos com baixa participação num mercado de alto crescimento. A maioria dos negócios inicia-se com “?” quando a empresa quer entrar em um mercado de alto crescimento – já existe um líder. Exigem muito investimento em máquinas, pessoal, equipamentos para acompanhar mercados de alto crescimento. Estrelas: Alta participação de mercado, num mercado com alta taxa de crescimento. Mercados com alto crescimento tendem a atrair concorrentes fazendo com que a empresa gaste muito para proteger e repelir ataques de concorrentes. Vacas leiteiras: alta participação num mercado de crescimento mais lento, concorrência menos intensa. Gera muito caixa (receita). Se começar a perder participação de mercado poderá tornarse abacaxi. Abacaxis (ou animais de estimação): Baixa participação num mercado de crescimento lento. Geram baixos lucros ou até prejuízos. Provavelmente devem ser abandonados. Deve-se selecionar que estratégia/objetivo atribuir para cada UEN: 1- Construir: Para Transformar um bom ponto de interrogação numa estrela é preciso decidir aumentar a participação de mercado, por meio de estratégias como propaganda intensiva, aumentar a disponibilidade de produtos, ou preços baixos. 27 2- Manter: Para uma vaca leiteira os gerentes podem decidir manter a liderança no mercado caso deseje que ela continue dando fluxo de caixa. 3- Colher: Reduzir custos ao máximo para tirar o máximo lucro possível para pontos de interrogação fracos (prestes a se tornar abacaxi) e vacas leiteiras fracas. 4- Abandonar: Para UEN que não oferecem boas oportunidades, como a maioria dos abacaxis, os gerentes podem decidir abandonar, ou seja, vender a UEN, porque os recursos podem ser utilizados em outros lugares. 5.4 MATRIZ DA G.E. – ANALISA A DECISÃO DE “IR EM FRENTE OU NÃO” Pontos Fortes da Empresa Forte Alta Atratividade da Vd Médio Vd Média Vd A Baixa A Vm Fraco A Vm Indústria Vm FONTE: Elaborado pelo autor. Oportunidades com sinal verde (Vd) indicam uma estratégia de planejamento para investir e crescer. Oportunidades com sinal Amarelo (A) indicam precaução. P. Ex. os pontos fracos devem ser fortalecidos antes de um produto novo ser lançado no mercado. Oportunidades com sinal vermelho (Vm) indicam estratégias que devem ser eliminadas ou seja não lançar os novos produtos/serviços que estão sendo propostos. Na matriz da General Eletric podemos considerar a atratividade e pontos fortes da empresa: Atratividade Tamanho do mercado Índice de crescimento do mercado Potencial de margem de lucro A concorrência Exigências tecnológicas (desenv. e fabricação do produto) Impacto ambiental, sócio-político-legal. PONTOS FORTES Participação de mercado Crescimento da Participação de mercado Qualidade dos Produtos Reputação da marca 28 Rede de distribuição para cobrir o mercado Desempenho da empresa em P&D Conhecimento do mercado: experiência Estratégias – são ações utilizadas para alcançar os objetivos. Os Planos de negócios projetam as vendas totais e os lucros, e, normalmente há uma lacuna entre o desejado e o projetado. Existem 3 opções para preencher essa lacuna: CRESCIMENTO CRESCIMENTO INTEGRATIVO e CRESCIMENTO POR DIVERSIFICAÇÃO. INTENSIVO, 5.5 CRESCIMENTO INTENSIVO – Proposta por Ansoff a fim de detectar novas oportunidades de crescimento. Produto Produtos Atuais Produtos Novos Mercado Penetração no Mercado 3 formas de aumentar a part.de mercado: 1encorajar clientes a comprar mais, 2- atratir Mercados Atuais clientes da concorrência, e 3- convencer não usuários a comprar (usar) o produto. Desenvolvimento Produtos Novas características de para os produtos que produz. Ex.: a duracell desenvolveu pilhas (baterias) recerregáveis para lap top. Prods. Com diferentes níveis de qualidade Ex.: fita cassete de boa qualidade p/música erudita cujo ouvido, exigência e gosto são mais Ex: Nestlé com o neston – existem mil refinados e de qualidade inferior maneiras de preparar neston invente a sua. para as massas Pesquisar novas tecnologias alternativas Ex: CD em subst.K7 Desenvolvimento Mercado de Diversificação Novos clientes ofertando novos Como fazer: 1. Identificar produtos. grupos de usuários potenciais e estimular interesse; Mercados Novos 2. Procurar canais Adicionais; revendedores Ex: de distrib. ao invés de poderia usar os grandes varejistas. 3. Vender em novos locais ou exterior. Normalmente produtos de alta tecnologia são lançados em geral nos país3es desenvolvidos e depois nos subdesenvolvidos FONTE: Kotler, 2000. Criado pelo autor. 29 5.6 CRESCIMENTO INTEGRATIVO – a fim de aumentar vendas e lucros – via integração. Para Trás – em direção ao fornecimento A integração Para Frente – em direção aos distribuidores Horizontal – comprar um ou mais concorrentes 5.7 CRESCIMENTO POR DIVERSIFICAÇÃO DIVERSIFICAÇÃO Concêntrica – Procurar novos produtos semelhantes aos produzidos atualmente. Conglomerada – Procurar novos negócios sem relação com os produtos ou negócios atuais. Horizontal – Procurar novos produtos que possam interessar aos clientes. Ou a empresa poderá também – Reduzir, enxugar, abandonar negócios antigos. Para a formulação da estratégia: Existem vários tipos de estratégias, Porter (1986) condensou em 3 tipos principais: 1. Liderança em custos – conseguir menores custos de produção e distribuição, oferecendo preços mais baixos. 2. Diferenciação – verificar a área onde a empresa vai valorizar os benefícios para os clientes: assistência técnica, qualidade, estilo ou tecnologia. 3. Foco – Centrar-se em segmentos mais estreitos do mercado. 30 5.8 ETAPAS DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO 5.8.1 O PLANO DE MARKETING O PLANO DE MARKETING PODE SER – PARA PRODUTOS INDIVIDUAIS, LINHAS DE PRODUTOS OU MARCAS. PROCESSO DE MARKETING Oportunidades de mercado Mercado-alvo Estratégias Planejando programas e organizando Implementando e controlando o esforço de marketing Estratégia de Marketing: um exemplo: Mercado Alvo: Famílias de maior poder aquisitivo, sexo masculino. Posicionamento: O aparelho compacto mais confiável e com o melhor som. Linha de Produtos: Lançar um modelo de preço baixo e dois modelos de preço alto. Preço: Preço em um nível ligeiramente superior ao das marcas concorrentes. Pontos de Distribuição: 2 pontos – a) lojas de aparelhos eletroeletrônicos e b) aumentar penetração em lojas de descontos. Força de Vendas: Aumentar em 10% as vendas. Serviços ao cliente: Assistência técnica rápida e abrangente. Propaganda: Desenvolver nova campanha – baseada no posicionamento, aumentar orçamento publicitário em 20%. Promoção e Vendas: 1-) Desenvolver mostruário; 2-) Participar com maior freqüência em Feiras de Negócios. Pesquisa e Desenvolvimento: Aumentar em 30% o investimento em P & D – para aperfeiçoar estilo. Pesquisa de marketing: Em três níveis – 31 1. Aumentar conhecimento dos consumidores 2. Influir em seu processo de decisão 3. Monitorar concorrentes 5.8.2 PROGRAMAS DE AÇÃO A Estratégia será assim desenvolvida: Janeiro: 1. Anuncio nos jornais divulgando que um CD do cantor “X” será dado para quem comprar um aparelho naquele mês; 2. Fulano de tal coordenará o projeto. 3. O custo é de R$6.000,00 Março: 1. Participação da empresa na feira de UD. 2. Fulano de tal fará os arranjos necessários. 3. O custo estimado é de R$20.000,00 Junho: 1. Premio (uma viagem) para os 3 revendedores que apresentarem o maior aumento percentual de vendas. 2. Coordenador do projeto: fulano de tal 3. Custo: R$18.000,00 32 VI – A CONCORRÊNCIA Segundo Kotler e Keller (2006) é importante para o sucesso da organização fazer uma análise do papel da concorrência e o posicionamento da empresa em relação aos concorrentes no mercado. Objetivo é desenvolver uma vantagem competitiva analisando a empresa em relação ao seu ambiente de atuação. É a capacidade de ter um desempenho melhor que o dos concorrentes na oferta de algo. Duas formas de fazer isso: baixando os custos de compra, ou aumentando os benefícios. Ambiente Interno Ponto s Fortes Ambiente Externo Pontos Fracos Favorabilidade Oportunidades Desfavorabilidade Ameaças FONTE: Elaborado pelo autor. O diagrama acima mostra os ambientes internos e externos e como a empresa, a partir de seus pontos fortes poderá aproveitar as oportunidades e favorabilidades para oferecer produtos e serviços. E também como poderá identificar seus pontos fracos e as desfavorabilidades para atenuar as ameaças. Comprador necessidade Empresa lucro Efeito da transação – RECOMPRA – Fidelização, e o que caracteriza a fidelização é o valor (percepção do valor), que se traduzirá em SATISFAÇÃO. A SATISFAÇÃO é o resultado: EXPECTATIVA X DESEMPENHO Esperado Percebido 33 Esperado Determinação da Necessidade Percebido Avaliação Processo de Decisão Compra uso Pós Compra 6.1 AS CINCO FORÇAS COMPETITIVAS Porter (1986) identificou 5 forças competitivas que determinam o grau da concorrência numa indústria. Essas cinco forças determinam o lucro final na indústria. Ameaça de rivalidade: concorrência – preços, batalha de publicidade, introdução produtos, aumento de serviços e garantias aos clientes. Ameaça de novos entrantes: depende das barreiras à entrada e a saída. Ameaça de produtos substitutos: o segmento não é atraente quando há substituto para o produto, pois limita o preço e o lucro. Ameaça do poder de barganha do comprador: Compradores poderosos forçam os preços para baixo, barganham qualidade superior e maiores serviços. Ameaça do poder de barganha do fornecedor: Fornecedores poderosos ameaçam com elevar preços, diminuir quantidade dos produtos fornecidos. O conhecimento dessas forças é a base para o posicionamento frente à pressão competitiva. É útil por considerar áreas onde a empresa poderá fazer a diversificação. Existem três estratégias para enfrentar essas 5 forças competitivas: 1-Liderança no custo total, 2-Diferenciação e 3-Enfoque (foco). (KOTLER, 2000). Identificação dos concorrentes Concorrentes em um setor são empresas que buscam atender os mesmos clientes. 34 Tipos de concorrentes: 1. Monopólio: mudanças nas condições podem incentivar outros concorrentes a entrar no mercado. Ex: a gatorade já teve 90% do mercado. A Airbus européia liderava o mercado de aeronaves comerciais, descuidou de sua eficiência de produção, e a Boeing acumulava ganhos. 2. Oligopólio: Setores de altos custos iniciais, razão para um pequeno nº de concorrentes. Ex: serviços telefônicos, viagens aéreas. Algumas empresas fabricam produtos que variam de altamente diferenciado a padronizado. Oligopólio Puro: Fabrica a mesma commodity (petróleo, aço). Oligopólio Diferenciado: Fabrica produtos parcialmente diferenciados em termos de qualidade, atributos, estilo (carros, câmeras digitais). 3. Concorrência monopolista: Os concorrentes enfocam os segmentos do mercado em que podem atender as necessidades dos clientes de modo superior pondo um preço especial. Ex: restaurantes, lojas de produtos de beleza. 4. Concorrência Pura: Mercado de commodities, não há base para a diferenciação, implica em preços idênticos. Não investem muito em propaganda, a não ser que criem um diferencial psicológico. Descobrir as características: Segundo o mesmo autor, A fim de descobrir as características dos concorrentes, é necessário levar em consideração: 1. Estratégias: Grupo estratégico – um conjunto de empresas que adotam a mesma estratégia em um determinado mercado-alvo. Procura identificar os seus principais concorrentes. 2. Objetivos: Verificar o objetivo de cada concorrente (o que cada concorrente esta buscando no mercado): lucratividade, aumento da participação de mercado, fluxo de caixa, liderança tecnológica e liderança de atendimento. 3. Forças e Fraquezas: As empresas utilizam para atingir suas metas. E que depende dos recursos e capacidades das empresas. 4. Padrão de Reação: Existem 4 tipos de reações dos concorrentes – a) Concorrente cauteloso, não reage com rapidez a um movimento do rival. Ex: a Gillette no passado. b) Concorrente Seletivo, reage a determinados ataques. Ex: reage apenas a cortes de preços deixando de lado as promoções (Shell). c) Concorrente arrojado, reage rapidamente a qualquer ataque. A P&G não deixa um novo detergente entrar fácil no mercado. d) concorrente imprevisível, não há como prever uma reação com base em sua situação econômica, seu histórico, ou outro fator qualquer. EX: muitas pequenas empresas. Deve-se monitorar 3 variáveis dos concorrentes: Market Share – Participação do concorrente no mercado alvo. Share-of-mind – % de clientes que lembram da empresa. Share-of-heart – De que os consumidores prefeririam comprar o produto. 35 Quadro 6.1 – Atributos de cada concorrente Conscientização Qualidade do Disponibilidade Assistência do Cliente Produto do Produto Técnica E E I I Concorrente “A” B B E B Concorrente “B” R I B R Concorrente “C” Equipe vendas B E R E= EXCELENTE; B= BOM; R= REGULAR; I= INSATISFATÓRIO FONTE: KOTLER, 2000. 36 de Quadro 6.2 – Comparação dos concorrentes em relação aos atributos Concorrente A Concorrente B Concorrente C Participação de Mercado Share-Of-Mind (%) (%) 2000 2001 2000 2001 2002 2002 50 47 44 60 58 54 30 34 37 30 31 35 20 19 19 10 11 11 Participação de Preferência (%) 2000 2002 45 39 44 53 11 8 2001 42 47 11 FONTE: KOTLER, 2000. Muitas empresas utilizam-se do benchmarking, que é, aprender com empresas que apresentam desempenho superior em algumas tarefas, para melhorar o desempenho competitivo e aumentar a participação de mercado. 6.3 SISTEMA DE INTELIGENCIA COMPETETIVA Vai permitir coletar informações e dados sobre o movimento dos concorrentes. São obtidas através da pesquisa de marketing: acompanhamento de solicitação de patentes, sites na internet, mudanças de emprego (quem o concorrente contratou – executivo), monitorar acordos e formação de contratos, mudanças sociais e mudanças nos gostos dos consumidores. P.ex.: caminhada e lazer, proporcionam o lançamento de novos tipos de sapatos esportivos, etc... Após a coleta de dados deve-se: 1. Analisar o valor para o cliente 2. Fazer analise dos concorrentes a serem atacados: Fortes x Fracos – A maioria ataca os fracos, entretanto isso impede uma maior dotação de recursos para atacar os fortes que também têm fraquezas. Próximos x Distantes – Muitas vezes a tentativa de destruir o concorrente mais próximo não é bom, pois permite que sejam comprados pelos grandes. Bons x Maus – Os bons atuam segundo as regras do setor, tem preços relativos aos custos e favorecem um setor saudável – motivam outros a reduzir custos etc... Os maus tumultuam o setor. 6.4 Elaboração da Estratégia competitiva (Marketing de guerra): Cada empresa que compete numa indústria possui uma estratégia competitiva (KOTLER E KELLER, 2006): 6.4.1 ESTRATÉGIA DA EMPRESA LIDER DE MERCADO Normalmente é a que tem a maior participação de mercado para determinado produto. Ações em três frentes: a) Expandir a demanda do mercado, b) Ações ofensivas e defensivas para proteger posição, c) Aumentar ainda mais a sua participação de mercado. 1. Expansão do mercado total – busca de novos usuários: atrair compradores que não sabem dos seus produtos ou estejam rejeitando devido a preços (Ex: xampu para bebe – uso adulto); novos usos para o produto: (o mercado pode ser expandido a partir da 37 descoberta de novos usos para o produto – bicarbonato de sódio na geladeira, ASS para prevenir infarto); e maior utilização de seus produtos: convencer as pessoas a usar uma quantidade maior do produto (aplique, enxagüe e repita a operação – obsolescência planejada do produto – produtos que desgastam rapidamente, indicações que mostram a hora de trocar o produto – escova de dente com cerdas azuis, mach 3 da gillette). 2. Defesa da participação de mercado – a melhor defesa é o ataque. É a estratégia de defesa de seus negócios – inovação contínua. A líder leva o setor a desenvolver novos produtos e serviços, eficácia na distribuição e redução de custos. Existem seis estratégias neste caso: Defesa de Posição: construção em defesa de outros elos da cadeia; Defesa Antecipada: atingir o concorrente de várias maneiras – emitir sinais de mercado para o concorrente desistir de entrar, diminuir preços; Defesa de Flanco: Proteger uma frente vulnerável. Defesa que serve de base para um contra ataque (descobrir novas necessidades dos consumidores e atende-las). Defesa contra-ofensiva: A líder não pode ficar sem contra ataque – invade o território da atacante. Defesa Móvel: Diversificação de mercado. A líder amplia o seu domínio para outros territórios. Defesa por retração: Retirada estratégica, a empresa resolve não mais defender seu território (reduz produtos). 3. Expansão da participação de mercado – O aumento da participação de mercado pode proporcionar um aumento da lucratividade. De acordo com PIMS (Profit Impact of Market Strategy), instituto de planejamento estratégico, a lucratividade cresce na medida em que sua participação de mercado aumenta. O ROI é uma medida pelo retorno sobre o investimento ROI = LUCRO LÍQUIDO = 17500 = 0,088 = 8,8% INVEST.LIQUIDO 200000 É preciso considerar a participação de mercado, no mercado servido. Ex: a Mercedes-Benz obtêm lucros altos apesar da baixa participação no mercado total de automóveis, entretanto no mercado servido (segmento) ela tem grande participação de mercado. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO: Deve-se analisar o custo X valores da receita. A empresa deve considerar o quanto o aumento da participação de mercado vai lhe significar em termos de custo. Nesse sentido deve-se considerar 3 fatores: 1. Os rivais podem forçar o governo a quebrar o monopólio, como aconteceu com a Microsoft nos EUA. 2. Custo econômico: a lucratividade pode cair a partir de certo ponto com os ganhos adicionais. A partir de certo ponto o custo de a participação de mercado pode ser maior que o valor obtido. Lucratividade Participação de mercado ótima 0% 25% 50% 75% Participação de mercado 3. Estratégia equivocada de mix de marketing para aumentar a participação de mercado. P.ex: uma empresa que corta o preço ela esta na verdade comprando uma participação de mercado, e não ganhando, e assim seus lucros podem ser menores. As empresas que aumentam a participação de mercado superam os concorrentes em: a) desenvolver produtos novos, b) aumentar a qualidade dos produtos, c) aumentar as despesas com MKT, d) aumento da equipe de vendas, e) aumento dos gastos com propaganda. 38 6.4.2 ESTRATÉGIA DA EMPRESA DESAFIANTE DE MERCADO As empresas desafiantes são aquelas que ocupam o 2º ou 3º lugar no mercado ou mais baixo ainda. Atacam a líder e outros concorrentes com ofertas agressivas para aumentar a participação de mercado. Em geral possuem 5 estratégias de ataque: Frontal: iguala a oponente em produto, praça, promoção, preço. Flanco: Pela lateral, ou seja, busca de novos segmentos a partir do atendimento de novas necessidades. ByPass: ataque indireto, diversificação da linha de produtos. Guerrilha: corte de preços, promoções relâmpagos. De Cerco: em geral um esforço para avançar território. Tipo uma blitz, usado quando a desafiante controla recursos superiores. Atacar a líder de mercado é uma estratégia de riscos, mas que trás recompensas (principalmente quando a empresa líder não está atendendo bem ao mercado). Atacar empresas de porte semelhante, que não estejam trabalhando bem. EX: Produtos ultrapassados, preços excessivos, não estão satisfazendo os clientes. Atacar pequenas empresas regionais: objetivo – eliminar a empresa. EXISTEM 9 ESTRATÉGIAS ESPECÍFICAS DE ATAQUE: 1. Desconto no preço: produto similar preço baixo – três condições são necessárias: a) convencer os consumidores que seus produtos são semelhantes aos da líder; b) Os consumidores devem ser sensíveis a variação de preços; c) a líder deve recusar a baixar o preço. 2. Produtos mais baratos: estratégia que pode levar a ataques de outras cujos preços são menores ainda. 3. Bens de prestigio: lançar um produto superior de qualidade superior. 4. Proliferação de produto: lançamento de uma variedade de produtos. 5. Inovação do produto: melhorias de produto. 6. Melhores serviços: agregando valor. 7. Inovação na distribuição: desenvolver um novo canal de distribuição EX: avon de porta em porta – inovou os canais distribuição.) 8. Redução de custos: Mão de obra mais barata, equipamentos de produção mais modernos. 9. Promoção e Propaganda: estratégia em que a desafiante ataca a empresa líder de mercado com mensagem publicitária superior. 6.4.3 ESTRATÉGIA DA EMPRESA SEGUIDORA DE MERCADO Seguir a líder ao invés de desafiar. A empresa líder é inovadora – desenvolve o produto, distribui – aumenta a participação mercado. Cria a possibilidade de uma empresa copiar ou melhorar o produto – obtendo lucros altos (sem arcar com custos de inovação). São setores onde: O produto é homogêneo As oportunidades para a diferenciação são baixas A qualidade do serviço é comparável A sensibilidade ao preço é alta. Não recomenda-se investidas rápidas de participação de mercado. Em função disto esta estratégia leva a RETALIAÇÃO. 39 Têm-se 4 estratégias de RETALIAÇÃO: 1. Falsificação: produz uma cópia e comercializa no mercado negro. 2. Clonagem: o clonador imita o produto, o nome e a embalagem com variações sutis. 3. Imitação: copia algumas características porém mantém a diferenciação na embalagem, propaganda e preço. 4. Adaptação: melhora o produto da líder e opta por vender para mercados diferentes. Seguir com freqüência não é o melhor caminho, pois as novas seguidoras sempre têm as suas taxas de retorno reduzidas. (KOTLER, 2000). 6.4.4 ESTRATÉGIA DA EMPERESA OCUPANTE DE NICHOS DE MERCADO É a estratégia onde a empresa parte do marketing de massa para o marketing de nicho, cujo objetivo é a busca da alta lucratividade. A empresa descobre um segmento pequeno (conhece as suas necessidades) e passa atende-lo melhor que outras empresas que vendem para esse nicho. Ex: a Nike cria constantemente nichos para seus tênis – caminhada, ciclismo, windsurf, corrida. Ou seja expande o nicho com versões e diferentes marcas e modelos dentro da mesma categoria de calçado. Mix de marketing usado: preço e qualidade elevados, linha de produtos mais restritos, segmento restrito, canais de distribuição semelhantes, atendimento superior. 40 VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHURCHILL, Gilbert A. Jr.; PETER, J. Paul. Marketing: Criando valor para os clientes. 1ª ed., São Paulo: Saraiva, 2000. KOTLER, Philip. Administração de Marketing A Edição do Novo Milênio. 10ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, Philip. KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing.12ª ed. São Paulo: Pearson, 2006. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: Como criar, conquistar e dominar mercados. 5ª ed., São Paulo: Futura,1999. LIMEIRA, Tania Maira Vidigal. Administração de Produtos. In: DIAS, Sergio Roberto (Coord). Gestão de Marketing. São Paulo; Saraiva, 2003. McCARTHY, E. Jerome; PERREAULT D. Jr. Marketing Essencial: uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997. NICKELS, G. William; WOOD, B. Marian. Marketing: Relacionamentos, Qualidade e Valor. 1ª ed., Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 1999. PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva. Técnicas para análise de indústria e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1986. RICHERS, Raimar. Marketing: Uma Visão Brasileira. São Paulo: Negócio, 2000. 41