Aquecimento global pode minar luta contra a pobreza

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Notícias 01.12.14
1- S.Caetano recebeu corrida sustentável
São Caetano está pronta para receber amanhã a primeira edição da Corrida pela
Sustentabilidade. A prova, que vai movimentar duas das principais avenidas da
cidade – Guido Aliberti e Goiás –, terá largada às 8h, no estacionamento do
ParkShopping São Caetano. Estarão disponíveis trajetos de cinco e dez quilômetros.
Centenas de pessoas vão participar da prova, que tem como objetivo principal
chamar atenção para a importância de reciclar materiais. Tanto que os inscritos
precisam, necessariamente, doar três embalagens de garrafas PET ou de leite longa
vida na retirada do kit pré-prova, que estará disponível hoje, das 10h30 às 22h30, e
amanhã, dia da prova, das 6h30 às 7h30, na loja 1.095 no primeiro piso do
ParkShopping São Caetano.
Todo o material recolhido com as inscrições será doado ao DAE (Departamento de
Água e Esgoto) de São Caetano por meio de convênio já assinado com o Diário.
Todos os participantes inscritos terão direito a camiseta personalizada da
competição na cor branca, chip de cronometragem e, os atletas que completarem o
percurso, receberão a medalha de participação.
PERCURSO
O trajeto é predominantemente plano. A largada será às 8h, no estacionamento do
ParkShopping São Caetano. De lá, os participantes seguirão pela Avenida Guido
Aliberti até a Goiás, quando virarão à direita.
Os competidores dos cinco quilômetros farão o retorno na Avenida Dr. Augusto de
Toledo, enquanto os demais continuarão em frente até o encontro com a Avenida
Presidente Kennedy, retornando no sentido contrário da Avenida Goiás, quando
passarão em frente à sede da General Motors, e seguirão até o ponto de partida.
A prova é uma realização do Diário, tem o DAE como donatário e apoio da General
Motors/Chevrolet, da Prefeitura e do ParkShopping São Caetano. A organização é
da Parreiras Sports.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1079175/s-caetano-recebe-corridasustentavel?referencia=buscas-lista
3-
Práticas sustentáveis no turismo são
premiadas em Maceió
Cerimônia acontece na noite desta sexta-feira (28) e premia empresas com
práticas ambientalmente responsáveis, economicamente viáveis, socialmente
justas e culturalmente ricas
Empresas do setor de turismo que investem em ações sustentáveis serão
homenageadas na noite desta sexta-feira (28), em Maceió (AL), na terceira
edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade. São 25 empresas e instituições
do segmento de viagens que concorrem em cinco categorias. A cerimônia será
realizada na Associação Comercial de Maceió, a partir das 19h.
O ministro do Turismo, Vinicius Lages, entregará o prêmio na categoria TOP
sustentabilidade, destinado à iniciativa que mais se destacar entre os projetos
inscritos. O prêmio para esta categoria será uma viagem para a Alemanha,
oferecida pelo Centro de Turismo Alemão, uma das entidades internacionais
parceiras do prêmio.
“A iniciativa da Braztoa é louvável. O tema sustentabilidade, em suas
dimensões econômica, social e ambiental, é totalmente ligado ao da
competitividade no turismo”, disse o ministro Vinicius Lages. Segundo ele, o
Brasil avançou muito nesse tema e, hoje, o país tem práticas de gestão para
eficiência energética, para uso da água, destinação de resíduos e até no
desenho ergonômico dos equipamentos com uma perspectiva inclusiva.
Iniciativa da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), com
apoio institucional do Ministério do Turismo, o prêmio recebeu 63 inscrições,
20% a mais do que na edição passada. As iniciativas premiadas serão
apresentadas na publicação Melhores Práticas de Turismo Sustentável Coletânea de Cases Vencedores do Prêmio Sustentabilidade Braztoa,
realização da associação em parceria com o Senac.
Criado em 2012, o prêmio é um reconhecimento para ações responsáveis no
mercado de viagens. Faz parte de um programa da Braztoa em parceria com a
Travelife, sistema de certificação em sustentabilidade com 1,3 mil associados,
e a Aliança Global para o Turismo Sustentável, iniciativa da Organização das
Nações Unidas.
Representam o Ministério do Turismo na comissão julgadora do prêmio a
coordenadora-geral de Sustentabilidade, Isabel Barnasque; e a assessora
especial, Helena Costa, doutora em Desenvolvimento Sustentável.
Finalistas:
• Categoria: Associados Braztoa
Agaxtur; Ambiental; CVC Brasil; MGM; Viagens Master
• Categoria: Agências de Viagem
Ativa Rafting e Aventura; Baluarte Ecoturismo; Ipê Turismo Sustentável;
Maioba Turismo; Vento Sul Turismo
• Categoria: Meios de Hospedagem
Hotel Fazenda Campos dos Sonhos; Hotel Rosa dos Ventos; Mabu Thermas
Grand Resort; Sofitel Guarujá Jequitimar; Spaventura Ecolodge
• Categoria: Parceiros do Trade
AOKA; Chão do Jardim; Parque Aventuras; Tropical Tree Climbing; Wet´n Wild
• Categoria: Parceiros Institucionais
Costa dos Corais Convention & Visitors Bureau; Prefeitura de Cairu –
Secretaria de Turismo; SEMPTUR – Secretaria de Promoção de Turismo de
Maceió; Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí; SETUR –
AL
Por: Ascom/Mtur
Fonte: http://www.jornaldiadia.com.br/news/noticia.php?Id=48930#.VHxwzMkmhOI
4-
Aquecimento global pode criar "refugiados climáticos" nos EUA
O aumento das temperaturas poderá provocar enormes modificações populacionais nos
Estados Unidos
Por Jennifer A. Kingson
Os alasquianos devem ficar no Alasca. Os moradores do meio-oeste e do noroestePacífico dos Estados Unidos, também. Os cientistas que tentam prever as consequências
da mudança climática dizem que veem poucos portos seguros para as tempestades,
enchentes e secas que certamente se intensificarão nas próximas décadas. Mas algumas
regiões dos EUA se sairão melhor que outras, acrescentam eles.
Esqueçam a maior parte da Califórnia e o sudoeste dos EUA (seca e incêndios). O
mesmo vale para uma boa extensão da costa leste e do sudeste (ondas de calor, furacões,
aumento do nível do mar). Washington, a capital, por exemplo, também poderá ser uma
zona de enchentes até 2100, segundo uma estimativa divulgada na semana passada.
Mas considere Anchorage (Alasca). Ou mesmo, talvez, Detroit (Michigan).
"Se você não gosta de calor e não quer ser atingido por um furacão, as opções de aonde
deve ir são muito limitadas", disse Camilo Mora, um professor de geografia na
Universidade do Havaí e principal autor de um trabalho publicado na revista Nature no
ano passado, que prevê que as altas temperaturas inéditas serão a norma em todo o
mundo até 2047. "O melhor lugar é realmente o Alasca", acrescentou ele. "O Alasca
será a próxima Flórida no final deste século."
Sob qualquer modelo de mudança climática, dizem os cientistas, a maior parte dos EUA
terá um aspecto e uma sensação drasticamente diferentes em 2050, 2100 e depois,
enquanto as cidades e os estados tentarão se adaptar e planejar antecipadamente. Os
estados da planície setentrional poderão ser bastante agradáveis (embora úmidos) para
as futuras gerações, assim como muitos estados vizinhos. Hoje poucas pessoas se
deslocam longas distâncias em preparação para a mudança climática, mas algumas pelo
menos avaliam para onde devem ir.
"A resposta é o noroeste-Pacífico, especialmente a oeste das [montanhas] Cascades",
disse Ben Strauss, vice-presidente de impactos climáticos e diretor do programa sobre
elevação do nível do mar na Climate Central, uma colaboração de pesquisa entre
cientistas e jornalistas. "Atualmente, a faixa de terra litorânea que vai do Canadá até a
área da baía de San Francisco é provavelmente a melhor", acrescentou. "Você vê muito
menos calor extremo; é o único lugar no oeste onde não há uma verdadeira expectativa
de grande estresse hídrico, e enquanto o nível do mar subirá lá, como em todo lugar, a
terra se ergue abruptamente do oceano, por isso é um fator relativamente pequeno."
Clifford F. Mass, professor de ciência atmosférica na Universidade de Washington,
escreve um blog climático popular em que ele prevê que o noroeste-Pacífico será um
"potencial refúgio climático" com o avanço do aquecimento global. Morador de Seattle,
Mass prevê que "migrantes da mudança climática" começarão a rumar para sua cidade,
e para Portland, no Oregon, e as áreas ao redor. "O oceano Pacífico é nosso arcondicionado natural", disse Mass em uma entrevista por telefone. "Não temos umidade
como na costa leste." E quanto ao suprimento de água? "A água é importante, e nós a
temos", disse ele. "Para nós é uma situação bastante benigna – na verdade, um pouco de
aquecimento poderá ser bem-vindo aqui." O estado de Washington, segundo ele, já se
prepara para ser o próximo vale do Nappa, conforme a região vinícola da Califórnia se
aquecer e secar. "As pessoas estão enlouquecendo colocando vinhedos no leste de
Washington neste momento", disse Mass.
Poderá haver outros refúgios no leste. Não desconte as cidades elevadas no interior do
país, como Minneapolis, Salt Lake City, Milwaukee e Detroit, disse Matthew E. Kahn,
professor de economia ambiental na Universidade da Califórnia em Los Angeles.
"Prevejo que haverá milhões de pessoas mudando-se para essas áreas", disse ele.
Em seu livro Climatopolis, de 2010, Kahn prevê que quando as coisas ficarem muito
ruins em qualquer local – não apenas as temperaturas e o clima extremo, mas também o
custo dos seguros, etc. –, as pessoas se tornarão "refugiadas ambientais", fugindo de
Phoenix, Los Angeles e San Diego. Até 2100, escreve ele, Detroit será uma das cidades
mais desejáveis dos Estados Unidos.
A afirmação foi uma surpresa para Rachel Burnside-Saltmarshall, ex-presidente da
Associação de Corretores de Imóveis de Detroit. "Eu não entendi isso", disse ela,
acrescentando que havia preocupações municipais mais imediatas. "O crime, por
exemplo – diga-me quando ele vai diminuir."
Um relatório da United Van Lines que examina as tendências de relocação em 2013
descobriu que seus clientes estavam se mudando principalmente por motivos
econômicos – um novo emprego, custos de vida mais baixos – ou considerações de
qualidade de vida não relacionadas ao clima, como transporte público ou áreas verdes.
Coincidentemente, o Oregon – previsto como um vencedor na mudança climática –
ficou no topo da lista de destino de mudanças, seguido de Carolina do Sul, Carolina do
Norte, Distrito de Colúmbia e Dakota do Sul. Os principais estados em origem de
mudanças foram Nova Jersey, Illinois, Nova York, Virgínia Ocidental e Connecticut.
"O que vemos é que as pessoas estão na verdade se movendo no mau sentido", disse
Thomas C. Peterson, principal cientista do Centro Nacional de Dados Climáticos da
Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). "Elas estão se mudando de
lugares relativamente seguros no meio-oeste para a costa da Flórida, onde o risco está
aumentando."
Em maio, Miami foi indicada como uma das cidades mais vulneráveis dos EUA na
Avaliação Nacional do Clima, o terceiro de uma série de relatórios federais sobre como
o aquecimento global vai afetar todo o país. Na semana em que o relatório foi
divulgado, os moradores de Miami Beach estavam andando com água pelos tornozelos
em algumas de suas principais avenidas.
Conforme os níveis do mar aumentarem nas próximas décadas, disse Mass, "se houver
um ponto zero onde você não deseja estar será a Flórida". Outros lugares especialmente
vulneráveis são as cidades de baixa altitude nas costas leste e do golfo do México,
comentou ele.
Quanto à cidade de Nova York, a mais populosa do país, Mora projeta que 2047 será "o
ano divisório da mudança climática" –, quando um clima que parece
extraordinariamente quente e catastrófico pelos padrões atuais se tornará a norma. "As
costas todas vão enfrentar temperaturas muito altas", disse Mora. A capital,
Washington, atingirá seu ponto crítico no mesmo ano, segundo esse modelo; Los
Angeles tem até 2048; San Francisco, 2049 e Chicago, 2052. Detroit tem até 2051 e
Anchorage, 2071.
Alguns peritos em clima estão otimistas de que as grandes cidades vão planejar,
adaptar-se e evitar a catástrofe. "Nova York tem uma tal concentração de riqueza e
ativos que eu espero que investiremos para defender a região do aumento do nível do
mar e de enchentes, e já há um movimento nessa direção", disse Strauss, da Climate
Central, que vive na cidade de Nova York.
Mas mesmo nos lugares que deverão sair à frente a imagem não parece totalmente corde-rosa. "O verão em Minnesota deverá ser como o clima no norte de Oklahoma – as
árvores e as florestas de lá, as plantações que os agricultores fazem", disse Peterson,
citando a Avaliação Nacional do Clima de 2009. "Você constrói casas de maneira
diferente em Minnesota e em Oklahoma, você faz ferrovias de modo diferente." De
modo geral, disse Peterson, as mudanças serão altamente perturbadoras, especialmente
ao longo do tempo. "Muitas vezes nós falamos sobre o clima de hoje até o final do
século, porque é uma espécie de bom modelo", disse ele, "mas não vai acabar lá – vai
continuar mudando."
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/aquecimento-global-pode-criarrefugiados-climaticos-nos-eua-9196.html
5-
Para especialistas, causas da seca vão além do desmatamento na
Amazônia
Floresta possui função importante de levar chuvas a outras regiões do continente. No entanto,
cientistas são cautelosos com associação entre redução da mata e a pior estiagem em 80 anos
no Sudeste
O Sudeste passa pela pior seca dos últimos 80 anos, com mais 130 municípios de São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais afetados. Um relatório recente, apoiado pela ONG
WWF Brasil, apontou o desmatamento na Amazônia como uma possível causa para o
fenômeno – e a conseguinte crise da água. Especialistas ouvidos pela DW, porém,
dizem que os motivos vão além.
Ainda não há um estudo científico que comprove a relação direta entre desmatamento e
seca. E estudiosos são céticos em fazer essa ligação, sobretudo porque a queda na
precipitação em 2014 está fora da proporção na comparação com o aumento da área
desmatada no último ano - em 2013 ela atingiu um total de 763 quilômetros quadrados.
Apesar de pesquisadores concordarem sobre a importância da Amazônia na regulação
do clima para todo o país, a contribuição do desmatamento para a atual seca é
controversa.
Devido à capacidade das árvores de absorver água do solo, a floresta amazônica possui
um importante papel para a regulação do clima na América do Sul. Ela libera umidade
para atmosfera, mantendo o ar em movimento e levando chuvas para o continente.
A umidade é exportada para regiões distantes pelos chamados "rios voadores" –
sistemas aéreos de vapor – irrigando áreas no Sul, Sudeste, Centro-Oeste do Brasil,
além de Bolívia, Paraguai e Argentina.
Esse papel já foi comprovado por diversos estudos. E foi reforçado por um relatório que
reuniu artigos sobre o potencial climático da floresta divulgado no final de outubro pela
Articulação Regional Amazônica (ARA), como o apoio da WWF Brasil.
O documento, porém, vai além. E aponta que o desmatamento na região pode ter um
impacto significativo sobre o clima próximo e também distante da Amazônia, ao reduzir
a transpiração da floresta e modificar a dinâmica de nuvens e chuvas no continente.
"Não posso colocar toda a culpa na Amazônia, mas há uma combinação de efeitos, e o
desmatamento é em parte responsável. Há também uma oscilação natural e as mudanças
climáticas provocadas pelos homens", afirma Claudio Maretti, líder da Iniciativa
Amazônia Viva da WWF.
Maretti diz que os efeitos do aquecimento global pioram com o desmatamento na
região, que aumenta as emissões de CO2 na atmosfera.
Para Pedro Telles, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, a destruição
da floresta é um dos fatores que contribuiu para causar a atual seca, mas não é o
principal. "O principal fator da crise da água em São Paulo é a má gestão. Há anos já se
sabia que o Sistema Cantareira tinha limitações e possivelmente chegaria a uma situação
de crise e esgotamento. Há problemas na distribuição da água, o desperdício nessa etapa
ultrapassa 30%, além da pouca preservação da área de manancial. Mas esses fatores
nunca foram tratados adequadamente", afirma Telles.
O biólogo Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa),
também é ponderado ao relacionar a seca ao desmatamento. Ele afirma que pode haver
uma relação entre os dois, devido ao papel climático da floresta, mas evita apontá-lo
como a causa principal. "Não temos dados para explicar uma queda de precipitação tão
drástica somente por esse efeito. A queda na precipitação no corrente ano está muito
fora da proporção em relação ao aumento da área desmatada de 2013 para 2014",
completa Fearnside.
Entre a comunidade científica é quase unânime a importância da Amazônia para as
chuvas no continente. No entanto, há divergências sobre sua relação com a estiagem.
"Não dá para dizer que o desmatamento da Amazônia é responsável pela estiagem no
Sudeste, porque não existe nenhum estudo científico que comprove essa relação direta",
afirma o meteorologista Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe).
O meteorologista da USP Tercio Ambrizzi é da mesma opinião. "É muito difícil
associar a atual seca com o desmatamento. Ele causa impacto, mas numa variabilidade
de mais longo prazo e contribui para as mudanças climáticas", reforça.
Sampaio lembra que a seca foi causada pelo predomínio de uma intensa massa de ar
seco sobre o estado de São Paulo durante o verão, que bloqueou as frentes frias vindas
do sul trazendo as chuvas.
Além disso, as mudanças climáticas podem estar contribuindo para a situação atual. "A
seca pode ser caracterizada com um desses extremos e pode ser já uma resposta às
mudanças climáticas, mas não ocorre somente por isso", completa Ambrizzi.
Com chuvas abaixo da média, o volume de água em importantes rios e represas do
Sudeste, como o rio Paraíba do Sul, a nascente do São Francisco e o Sistema Cantareira,
diminuiu drasticamente. O abastecimento hídrico em várias cidades está comprometido.
A estiagem também contribuiu para aumentar o número de incêndios florestais no
Sudeste. Entre em janeiro e novembro deste ano, os focos de incêndios aumentaram
275% no Rio de Janeiro, 150% em São Paulo e 135% em Minas Gerais, em relação ao
mesmo período de 2013.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/para-especialistas-causas-da-secavao-alem-do-desmatamento-na-amazonia-2901.html
6-
Meio ambiente é maior orgulho nacional para 58% dos
brasileiros
WWF encomendou pesquisa ao Ibope, depois de perceber que as questões ambientais ficaram
de fora do debate eleitoral este ano. Para a maioria do entrevistados, preservação é
responsabilidade do governo
O brasileiro admira o meio ambiente do país. Uma pesquisa feita pelo Ibope, a pedido
do WWF, indica que, para 58% dos entrevistados, a riqueza natural do Brasil é a maior
razão de orgulho nacional. As áreas verdes naturais competiram numa lista que incluía a
diversidade cultural da população, esporte, qualidade de vida e o fato de o Brasil ser um
país pacífico.
Umas das motivações para a realização pesquisa, divulgada nesta terça-feira 18, foi o
recente debate eleitoral no país. "Achamos que a agenda ambiental foi pouco tratada",
avalia Maria Cecília Wey de Brito, secretária-geral do WWF no Brasil.
A organização quis então "medir" a importância que esse tema tem entre a população.
Brito avalia que os políticos ainda não percebem que a proteção ambiental é uma
expectativa nacional – e o quanto o meio ambiente pode beneficiar o país.
As entrevistas do Ibope foram feitas com 2002 pessoas nas duas últimas semanas de
outubro. Os entrevistados eram homens e mulheres acima de 16 anos com diferentes
rendas familiares, e puderam escolher mais de uma alternativa dentre as opções listadas
– por isso a soma do total ultrapassa os 100%.
De cada 10 entrevistados, oito consideram que a natureza não está protegida de forma
adequada. Dentre os problemas, desmatamento das florestas (27%) e poluição dos rios
(26%) são apontados como maiores ameaças. Apenas 13% sinalizaram as mudanças
climáticas e o aquecimento global como grandes vilões.
Para 74% dos ouvidos, é papel do governo resolver essa questão. A responsabilidade
seria dos cidadãos para 46%. As ONGs também foram citadas: elas têm papel
importante na hora de cuidar das unidades de conservação para 20% das pessoas que
participaram do estudo.
Ao mesmo tempo, Brito avalia que poucos cidadãos entendem corretamente o termo
"meio ambiente". "As pessoas acham que meio ambiente está lá na Amazônia, lá longe.
Muitas não entendem que o que elas fazem aqui tem influência lá e em outros lugares".
A definição do termo inclui não apenas a natureza intocada, mas o ambiente onde se
vive e todas as interações que acontecem nele, inclusive nas cidades. Ações corriqueiras
da vida urbana, como jogar lixo no local adequado, poluir o mínimo possível e
economizar os recursos naturais – como a água – também significam cuidar do meio
ambiente.
Na pesquisa do Ibope, os itens mais citados como benefício oferecido pelas áreas
protegidas foram a proteção da biodiversidade e a manutenção de rios e nascentes. Os
cidadãos das regiões Norte e Centro Oeste do país são os que mais sabem sobre parques
nacionais, áreas protegidas e unidades de conservação.
Embora o Brasil seja um dos maiores detentores de áreas protegidas no mundo – com
mais de duas mil – o país ainda não é uma referência quando se trata da manutenção
dessas zonas. Ele ficou de fora da primeira "Lista Verde" de áreas protegidas feita pela
União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a
mesma que mantém a Lista Vermelha de espécies ameaçadas.
O ranking de bons exemplos foi divulgado durante o congresso sobre o tema, que
acontece a cada dez anos, e segue até esta quarta-feira na Austrália. Na América Latina,
três parques na Colômbia foram nomeados. As demais áreas exemplares, segundo a
IUCN, estão na Austrália, Coreia do Sul, China, Itália, França, Espanha e Quênia,
totalizando 23. Para esta primeira Lista Verde, 50 parques foram analisados, inclusive
casos brasileiros.

Autoria Nádia Pontes
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/meio-ambiente-e-maior-orgulhonacional-para-58-dos-brasileiros-1428.html
7- As várias faces dos problemas ambientais
Seja no caso do acordo firmado entre EUA e China, seja na crise hídrica brasileira, autoridades
preferem ações paliativas a entender que existem problemas insolúveis a curto prazo
Nos últimos dias, a temática ambiental recebeu importantes notícias, mas em sentidos
opostos. Em primeiro lugar o estabelecimento do acordo climático, estabelecido pelas
duas maiores potências econômicas mundiais. Estados Unidos e China, os maiores
países poluidores e responsáveis por 45% das emissões de gases de efeito estufa do
planeta, finalmente decidiram fixar metas para a redução de suas “pegadas ecológicas”.
Certamente isso irá representar uma mudança ao menos simbólica na forma como a
questão do aquecimento global e das mudanças climáticas foi tratada até o momento.
Já em terras pátrias e na contramão do proposto pelos líderes da economia mundial está
o gerenciamento da crise da água que afeta dramaticamente São Paulo, mas que também
assusta outras regiões e estados brasileiros.
Recentes declarações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e da presidenta da
República, Dilma Rousseff, vaticinaram o fim do problema da crise da água com a
redentora chegada das chuvas.
Na sequência uma rápida análise sobre esses dois movimentos recentes.
EUA e China
Reunidos em Pequim para uma série de acordos comerciais, o presidente norteamericano, Barack Obama e o presidente chinês Xi Jinping, anunciaram novas metas
para a redução de suas emissões, um ano antes da COP de Paris (Conferência do
Clima), no qual será discutido um novo acordo climático global.
A China, responsável sozinha por 29% das emissões globais dos gases de efeito estufa,
principalmente em razão do uso do carvão como fonte energética propulsora de seu
crescimento, fixou a meta de atingir um teto dessas emissões em meados de 2030, com
um viés de que esse limite chegue antes dessa data. Depois disso deverá reduzi-lo
progressivamente nos anos subsequentes.
Apesar de ainda ser pouco ambicioso e representar uma carta de intenções, mais do que
ações efetivas, esta é a primeira vez que a China aceita se comprometer com uma
redução de emissões.
Já os Estados Unidos anunciaram que pretendem reduzir entre 26 e 28% as suas
emissões até 2025, em relação aos níveis registrados em 2005. Também um avanço em
relação a metas anteriores.
Em ambos os casos, as potências enviaram a todos os países do planeta um importante
recado sobre a importância de se enfrentar os desafios climáticos. A ambição da reunião
do próximo ano é obter um acordo mundial suficientemente ambicioso para limitar o
aquecimento global a 2.°C.
O aumento na temperatura poderá trazer consequências extremas de alcance global, o
que significaria, entre vários impactos, uma dramática redução dos recursos, um número
maior de conflitos principalmente entre as nações mais carentes, a elevação do nível dos
oceanos e a extinção de espécies responsáveis pelo equilíbrio da biodiversidade
terrestre.
As medidas anunciadas pelos Estados Unidos e a China não tem a capacidade de mudar
as análises de cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças
Climáticas, em sua sigla em inglês). Segundo esses mesmos cientistas, o tempo é muito
curto para evitar o aumento da temperatura global. Mesmo assim, causou uma boa
impressão o fato de potências que sempre estiveram em posições contrárias acordarem
que é sim necessário trabalhar pela redução das emissões.
Claro que a China continua a defender a tese de que os países mais desenvolvidos
devem reduzir de maneira mais expressiva suas emissões em relação aos demais países,
sejam eles os que estão em franco desenvolvimento ou aqueles mais pobres.
Bem, as mudanças nem sempre ocorrem na velocidade desejada!
Falta de água
De volta ao Brasil varonil, recentemente o governador paulista esteve no Palácio do
Planalto para solicitar uma ajuda emergencial no valor total de R$ 3,5 bilhões para
enfrentar a crise hídrica enfrentada pelo estado de São Paulo. Nada mais natural que
Geraldo Alckmin tenha feito esse movimento diante da terrível situação que tanto tem
assustado a população. Mas espantoso é observar que o pedido da verba refere-se
basicamente a obras de infraestrutura, com interligações de reservatórios, construção de
estações de reuso de água e abertura de poços artesianos.
A recuperação dos mananciais, o reflorestamento de áreas críticas e a despoluição de
rios e córregos não foram mencionados como ações necessárias para solucionar a
escassez que atinge a capital paulista e uma grande quantidade de cidades do estado.
Talvez sejam lembradas em outro momento... Quem sabe para quando o problema
voltar?
Como assim, voltar? O leitor/internauta poderá, espantado, perguntar. Então repito:
quando o problema voltar! Pois, segundo nossas autoridades, tanto o governador
paulista quanto a presidenta, a chegada da temporada de chuvas irá solucionar a crise da
falta de água.
Acreditem se quiserem, eles afirmaram, apesar de todas as informações em contrário,
que estamos caminhando para uma solução no abastecimento de água!
Basicamente, o que difere os dois fatos relatados não são as ações propostas pelas
potências mundiais ou o enfrentamento local para a questão da falta d'água. Ambas
demonstram serem paliativas ou apenas uma sequência de boas intenções com poucos
resultados concretos.
No caso internacional, ao menos, há o reconhecimento para a gravidade do problema
vinculado ao aquecimento global. Pouco, sem dúvida, mas ao menos um diagnóstico
correto.
Já em relação ao posicionamento de dois dos principais líderes nacionais, o que assusta
é que, apesar de tudo, ainda existe uma incrível resistência em entender e aceitar que
existem problemas insolúveis no curto prazo.
Assim como a água não nasce de obras de concreto, mas sim de um meio ambiente
saudável e protegido, muitas das respostas que procuramos estão em decisões
inteligentes e sustentáveis que vão impactar na vida de todos, no presente e no futuro. A
questão é que devemos esperar mais de nossas lideranças. Nós, seres humanos,
dependemos disso, não importa onde estejamos, em São Paulo, em Pequim ou Nova
York, tanto faz. Afinal, o Planeta Terra é um só.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/as-varias-faces-dos-problemasambientais-888.html
8-
Aquecimento global pode minar luta contra a pobreza, alerta
Banco Mundial
Em novo relatório sobre mudanças climáticas, instituição prevê grave impacto na agricultura.
No Brasil, a produção de soja pode ser reduzida em 70% até 2050
As mudanças climáticas podem levar a retrocessos nos esforços para derrotar a pobreza
extrema em todo o mundo, advertiu o Banco Mundial neste domingo 23, ao divulgar um
relatório sobre os impactos do aquecimento global.
No documento, intitulado Reduzam o calor: enfrentando a nova normalidade climática
(em tradução livre), o banco afirma que elevações bruscas de temperatura devem
reduzir profundamente a produtividade nas lavouras e o abastecimento de água em
muitas áreas.
O relatório, que foca em impactos regionais específicos do aquecimento global, prevê
efeitos no Brasil. Um aumento de até 2 °C na temperatura média em relação aos tempos
pré-industriais levaria a uma redução da produção agrícola do país – de até 70% para a
soja e 50% para o trigo em 2050, diz o documento.
O Banco Mundial estima que, em 2050, a temperatura média seja 1,5 °C mais alta do
que a registrada na era pré-industrial, com base no impacto das emissões de gases de
efeito estufa do passado e atualmente.
"Sem uma ação forte e rápida, o aquecimento poderia exceder 1,5 °C ou 2 °C, e o
impacto decorrente poderia piorar significativamente a pobreza intra e intergeracional
em várias regiões do mundo", diz o relatório.
Quanto ao nível do mar, o documento afirma que este continuará subindo por séculos,
visto que as grandes capas de gelo da Groenlândia e da Antártica vêm derretendo
lentamente. Se as temperaturas se mantiverem nos níveis atuais, os mares subirão 2,3
metros nos próximos 2 mil anos, aponta o estudo.
Entre outros efeitos citados, cidades andinas estariam ameaçadas pelo derretimento de
geleiras, e comunidades do Caribe e da costa ocidental da Índia poderiam ver diminuir
seus suprimentos de peixes. Na Macedônia, o cultivo de milho, trigo e uva seria
reduzido em 50 %.
Ações urgentes
Sem ações coordenadas, o perigo é que o aumento da temperatura média global chegue
a 4 °C até o fim do século, um cenário descrito pelo Banco Mundial como "um mundo
assustador de aumento de riscos e instabilidade global".
"Acabar com a pobreza, aumentar a prosperidade global e reduzir a desigualdade no
mundo, o que já é difícil, vai ser muito mais difícil com um aquecimento de 2 °C, disse
o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. "Mas com [um aumento de] 4 °C, há
sérias dúvidas de que essas metas possam ser alcançadas."
Os piores efeitos do aquecimento global poderiam ser evitados através da redução das
emissões de gases de efeito estufa, reitera o relatório.
Representantes de quase 200 países se reunirão em breve para a próxima Conferência
Mundial do Clima. Realizado no Peru entre os dias 1º e 12 de dezembro, o evento tem
como objetivo a definição das bases de um acordo global de limitações de emissões de
gases do efeito estufa. Espera-se que o acordo seja firmado em Paris em 2015.
NM/afp/rtr
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/aquecimento-global-pode-minarluta-contra-a-pobreza-alerta-banco-mundial-5051.html
9-
Google se une à luta contra a pesca ilegal
A gigante americana da internet, Google, se somou à luta contra a pesca ilegal, ao lançar
um novo instrumento de vigilância que permite identificar e seguir milhares de
embarcações em tempo real.
Este aplicativo, desenvolvido com as ONGs SkyTruth e Oceana, foi apresentada nesta
sexta-feira, em Sydney, Austrália, por ocasião do Congresso Mundial de Parques,
celebrado a cada dez anos pela União Internacional para a Conservação da Natureza
(UICN).
"A combinação da nuvem informática [armazenamento de dados em servidores remoto]
e de megadados (n.r: 'big data') permite conceber novos instrumentos para visualizar,
compreender e, se for o caso, inverter os fenômenos" observados, explicou Brian
Sullivan, do programa Google Earth Outreach.
O aplicativo, que só torna aparentes os navios pesqueiros, usa o SIA (Sistema de
Identificação Automática), que indica a posição dos barcos que navegam em todo o
mundo. Seu protótipo pode integrar dados de 3.000 embarcações, de uma frota mundial
de mais de 1,3 milhão de navios comerciais.
Segundo a Comissão Oceano Mundial, organismo independente, criado em fevereiro de
2013, a pesca ilegal representa cerca de um quinto da tonelagem mundial e custa US$
23,5 bilhões ao ano.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/google-se-une-a-luta-contraa-pesca-ilegal,2e3cf183d7fa9410VgnCLD200000b2bf46d0RCRD.html
10-
União Europeia se prepara para luta contra sacolas plásticas
Em 2025, o consumo anual não deverá superar as 40
sacolas por habitante
Os governos e os parlamentares europeus decidiram na noite desta segunda-feira
combater as sacolas plásticas descartáveis para impedir que contaminem o solo e os
mares do continente, informou uma fonte europeia.
O conselho, que representa 28 Estados-membros, e o Parlamento europeu fecharam um
acordo que exige dos países a imposição da cobrança sobre as sacolas plásticas antes de
2018 ou a limitação do seu consumo anual a 90 unidades por habitante até 2019.
Em 2025, o consumo anual não deverá superar as 40 sacolas por habitante, destacou
este projeto de lei, que o Conselho deverá avalizar na sexta-feira, e a comissão de Meio
Ambiente do Parlamento, na segunda-feira.
Os países escandinavos e os parlamentares europeus pressionaram pela adoção dessas
medidas, e conseguiram derrubar a resistência dos países do leste europeus. As sacolas
plásticas, chamadas "leves" (com espessura inferior a 50 micrômetros), distribuídas
ainda em grande quantidade nos supermercados, são os principais alvos.
Mais de 90% dos 100 bilhões de sacolas plásticas na UE estão nesta categoria. Segundo
a Comissão Europeia, as micropartículas plásticas das mais de 8 bilhões dessas sacolas
contaminam o meio ambiente todos os anos.
No entanto, o Reino Unido, que conta com uma importante indústria plástica, conseguiu
adiar a proibição das sacolas biodegradáveis até que sejam divulgados os estudos
cientistas e de impacto sócio-econômico, que a Comissão se comprometeu a fazer.
Os ambientalistas suspeitam que essas sacolas, supostamente biodegradáveis graças a
um tratamento químico, são nocivas para o meio ambiente e a saúde, após se decompor
em finas partículas.
Na União Europeia, dinamarqueses e finlandeses contam com um consumo anual de
quatro sacolas plásticas por habitante, contra as mais de 460 de portugueses e poloneses.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/uniao-europeia-se-preparapara-luta-contra-sacolasplasticas,dac1f3e94cfb9410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html
11-
Interpol tentará localizar criminosos ambientais
Organização pediu a colaboração de cidadão de todos
os países
A Interpol fez um pedido nesta segunda-feira para que testemunhas se apresentem e ajudem a
localizar pessoas procuradas por atentados contra o meio ambiente, como o tráfico de marfim
ou a pesca ilegal, em uma primeira iniciativa deste tipo.
A organização policial internacional, com sede em Lyon, leste da França, pediu a ajuda de
cidadãos de todo mundo para esta operação que permitirá que criminosos sejam localizados e
levados ante a Justiça.
A Interpol lançou em 6 de outubro uma operação denominada "Infra-Terra" (International
Fugitive Round Up and Arrest), destinada a encontrar 139 delinquentes foragidos e procurados
por 36 de seus 190 Estados membros.
Operações similares foram realizadas na América ("Infra-Americas") e no sudeste
asiático ("Infra-SEA"), e outras "Infra-Red" foram realizadas em nível mundial em 2010
e 2012. Segundo a Interpol, as operações permitiram localizar e de deter 600
delinquentes em todo mundo.
Mas esta é a primeira operação da Interpol visando a indivíduos procurados por delitos
contra o meio ambiente, segundo comunicado oficial.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/interpol-tentara-localizarcriminosos-ambientais,948c80f944db9410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html
12-
Grã-Bretanha testa 1º ônibus movido a lixo
Um ônibus movido a fezes e lixo já está rodando entre
as cidades de Bristol e Bath, na Grã-Bretanha
O chamado Bio-Bus tem 40 assentos e opera com gás biometano, gerado a partir do
tratamento de esgoto e lixo doméstico.
O veículo ecológico pode rodar até 300 quilômetros com um tanque de gás, que é
produzido a partir do lixo anual de cinco pessoas.
Seu motor tem um design similar ao dos motores convencionais. No entanto, o
diferencial está na contrapartida ecológica: o ônibus emite 30% menos dióxido de
carbono se comparado aos movidos a diesel.
A linha é operada pela Bath Bus Company e vai do aeroporto de Bristol ao centro de
Bath - um serviço que transporta cerca de 10 mil passageiros por mês.
Esgoto
O gás biometano usado pelo ônibus é gerado a partir do tratamento do esgoto de Bristol.
O composto é resultado da digestão anaeróbica das bactérias (quando esses
microorganismos quebram a matéria orgânica em ambientes sem oxigênio).
Mas para se tornar combustível para o veículo, o biogás ainda tem de ser "turbinado".
Nesse processo, o dióxido de carbono é removido e o gás propano é adicionado.
A cidade processa cerca de 75 milhões de metros cúbicos de esgoto e 35 mil toneladas
de lixo doméstico por ano. Apenas o lixo anual de uma pessoa (tanto o descarte de
alimentos quanto o esgoto) gera combustível para o ônibus rodar 60 quilômetros.
Segundo Collin Field, da Bath Bus Company, o lançamento do ônibus agora é bastante
apropriado, já que Bristol será a Capital Verde da Europa no ano que vem.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/gra-bretanha-testa-1-onibusmovido-a-fezes-e-lixo,44c1df89121d9410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html
13-
EUA e China anunciam acordo para redução de CO2
Medida é considerada histórica por especialistas
China e Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo histórico para a
redução da emissão de gases do efeito estufa. O anúncio foi feito durante uma coletiva
de imprensa com o presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo norte-americano,
Barack Obama.
Após meses de negociação, os líderes dos dois países que mais poluem no mundo
decidiram criar novas metas para a redução das emissões. Pequim irá começar a reduzir
o CO2 jogado na atmosfera, no máximo, a partir de 2030 e a ideia é que o país gere
20% de sua energia de fontes renováveis.
Já Washington prometeu cortar em até 28% suas emissões até 2025.
Esse número é duas vezes maior do que as previsões feitas para o período de 2005 a
2020. EUA e China juntos jogam 45% dos gases tóxicas na atmosfera. Xi Jinping disse
estar "satisfeito" com a negociação e afirmou que as duas nações trabalharão juntas na
luta contra as mudanças climáticas. Se na questão climática, os dois líderes conseguiram
fechar um acordo, no campo diplomático as diferenças ainda são muito visíveis.
Respondendo às perguntas dos jornalistas, Xi Jinping tentou explicar o porquê de alguns
repórteres norte-americanos não poderem entrar no país. O mandatário utilizou uma
frase para explicar a negação dos vistos, afirmando que "quando um carro quebra, você
precisa parar e ver qual é o problema".
Em outras palavras, ele quis dizer que esses jornalistas seriam "causadores de
problemas" e por terem feito algo que o governo de Pequim considera errado, eles não
puderam entrar no país.
Obama destacou que falou "com clareza" para o presidente chinês que os direitos
humanos devem ser respeitados. A resposta padrão do político chinês foi que o país
"deu grandes passos à frente" no terreno dos direitos humanos, evitando entrar em temas
polêmicos como a prisão do vencedor do Nobel da Paz, Liu Xiaobo, que está preso há
11 anos na China.
Sobre a questão de Hong Kong, que luta por mais liberdade política, o norte-americano
disse que "ao contrário do que divulgou a mídia chinesa", os EUA "não tiveram
participação" nas manifestações. Porém, Xi Jinping voltou a classificar os protestos de
"ilegais" e disse que o governo está apoiando o governo local.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/eua-e-china-anunciamacordo-para-reducao-de-co2,755b40ac1d3a9410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
14-
Emissões de CO2 sobem no Brasil pela primeira vez desde 2005,
alerta ONG
As emissões de dióxido de carbono (CO2) subiram no Brasil pela primeira vez desde
2005, devido, essencialmente, à intensificação do desmatamento na Amazônia, alertou
nesta quarta-feira a ONG Observatório do Clima.
"A alta das emissões de CO2 em 2013 (7,8% com relação a 2012) representa uma
inversão da tendência registrada desde 2005, quando as emissões caíram de um ano a
outro devido à redução da taxa de desmatamentos" na Amazônia, destacou o
Observatório no documento, elaborado com base em dados oficiais e estimativas.
O estudo mostra que o Brasil emitiu 1,5 bilhão de toneladas de dióxido de carbono e
equivalentes em 2013. Os principais setores responsáveis por esta alta são uso do solo
(aumento do desmatamento em 16,4%) e geração de energia (aumento de 7,3%), em
razão de um grande uso de usinas termelétricas por causa da seca, assim como a
produção de combustíveis com novas refinarias, explicou à AFP o diretor do
Observatório, Carlos Rittl.
No curso dos últimos anos, o Brasil obteve uma redução significativa das emissões de
gases de efeito estufa, atribuída à redução do desmatamento na Amazônia. Mas em
2013, o desmatamento teve um pico (aumento de 29%), após ter registrado um mínimo
histórico em 2012.
"Os dados deste informe nos servem de alerta, ao mostrar que o Brasil volta a aumentar
suas emissões de gases (de efeito estufa), mas também que uma baixa no desmatamento
mascarou o fato de que os outros setores (agricultura, indústria, energia) aumentam as
emissões", destacou Rittl.
Em 2009, o Brasil se comprometeu a reduzir entre 36% e 39% suas emissões até 2020,
incluindo todos os setores econômicos, principalmente agricultura e energia, e em 80%,
o desmatamento da floresta amazônica.
Os dados de 2013 situam o Brasil entre o quinto e o sétimo principal emissor de gases
de efeito estufa do planeta, à razão de 7,8 toneladas por habitante, acima da média
mundial, de 7,2 toneladas.
O Brasil tem uma política nacional de combate às mudanças climáticas, mas deve ainda
anunciar qual será "sua contribuição para o novo acordo climático" que os países do
planeta devem celebrar em 2015, segundo responsáveis da ONG.
De 2005 a 2012, o Brasil reduziu em 41% suas emissões de CO2 e equivalentes.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/emissoes-de-co2-sobem-nobrasil-pela-primeira-vez-desde-2005-alertaong,652c464aab9c9410VgnCLD200000b2bf46d0RCRD.html
15-
Conferência sobre mudanças climáticas reúne 195 países em
Lima, no Peru
Começa hoje a 20ª COP 20 (Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações
Unidas) sobre Mudanças Climáticas, em Lima, no Peru. O evento, que segue até o
dia 12, será uma oportunidade para os países negociarem as contribuições na redução
de suas emissões de carbono, antes de um compromisso definitivo na COP 21, que
acontecerá em 2015, em Paris.
Essa reunião acontece uma vez por ano, durante 15 dias, para avaliar a implementação
da Convenção e desenvolver o processo de negociação entre as partes sobre novas
autorizações. Até o momento, 195 países apresentaram os seus instrumentos de
ratificação, segundo o Blog Diálogos Federativos.
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é o acordo que
fundamenta o debate internacional sobre esse tema e, também, estabelece a COP
(Conferência das Partes), órgão principal da Convenção, que zela pela implementação
de seus compromissos e quaisquer outros instrumentos legais que venha a estabelecer
dentro desse acordo.
Aja pelo clima
O grupo de defesa ambiental Greenpeace projetou a mensagem “Aja pelo clima: energia
solar já!” no mais famoso cartão postal do país, Machu Picchu, no último final de
semana. A organização ambiental pede o fim do uso de combustíveis fósseis e direciona
a mensagem aos políticos para que adotem um novo rumo em direção a 100% de
energia renovável no mundo até 2050.
“Wayna Picchu [o Templo do Sol de uma das montanhas em Machu Picchu] é o lugar
que escolhemos para anunciar que assim como a energia do sol é o nosso passado,
também será o nosso futuro”, afirma o chefe da delegação doGreenpeace, Martin
Kaiser. Kaiser diz ainda que “pedimos que os participantes da Conferência se
comprometam a investir na maior fonte de energia do mundo – a solar – para que
possamos resolver a crise climática global.”
Os ativistas do Brasil, Argentina, Chile, Espanha e Alemanha subiram 3 mil degraus
íngremes ao longo da trilha inca nas primeiras horas da manhã em meio à neblina e
nevoeiro para projetar a mensagem em seis idiomas.
Em recente anúncio, China e Estados Unidos firmaram acordo para combater mudanças
climáticas. “A expectativa é que isto estimule o compromisso global para a meta de
100% de energia renovável para todos. Nesta COP, em Lima, queremos que
especialmente principais países emissores tragam compromissos ousados para 2025.
Chegou a hora de agir”, conclui Kaiser.
Ao final das reuniões em Lima será possível ter uma primeira perspectiva do que pode
ser esperado sobre o fim do uso de combustíveis fósseis, os investimentos em energias
renováveis e também como será o apoio financeiro e tecnológico para os países mais
vulneráveis e menos desenvolvidos.
Em março de 2015, cada país deve entregar sua contribuição nacional para a discussão
climática. Do lado brasileiro, o país tem um papel fundamental nas discussões sobre
clima, já que é o sexto maior emissor do mundo. Além disso, para os próximos 10 anos
o PDE (Plano Decenal de Energia) do governo prevê que cerca de 70% dos
investimentos do setor serão voltados aos combustíveis fósseis sendo que, hoje, o setor
de energia representa 30,2% do total de emissões brasileiras.
Fonte: http://redesustentabilidade.org.br/conferencia-sobre-mudancas-climaticas-reune-195paises-em-lima-no-peru/
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