UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Fisioterapia Hospitalar Alana Santos Dias AVERIGUAÇÃO DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO E VOLUMES PULMONARES EM PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDO À HEMODIÁLISE E FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA POR MEIO DE INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO À FLUXO LINS – SP 2010 1 ALANA SANTOS DIAS AVERIGUAÇÃO DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO E VOLUMES PULMONARES EM PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDO À HEMODIÁLISE E FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA POR MEIO DE INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO À FLUXO Monografia apresentada Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do titulo de especialista em Fisioterapia Hospitalar sob a orientação dos Professores M.Sc. Antonio Henrique Semençato Júnior e M.Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva. LINS – SP 2010 2 Dias, Alana Santos Averiguação do Pico de Fluxo Expiratórios e Volumes D58a Pulmonares em Portador de Insuficiência Renal Crônica Submetido à Hemodiálise e Fisioterapia Respiratória por Meio de Incentivador Inspiratório à Fluxo / Alana dos Santos Dias. – – Lins, 2010. 53p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins, SP para Pós-Graduação “Lato Sensu” em Fisioterapia Hospitalar, 2010. Orientadores: Antonio Henrique Semençato Júnior; Heloisa Helena Rovery da Silva 1. Insuficiência Renal Crônica. 2. Fisioterapia Respiratória. I Título. CDU 3 ALANA SANTOS DIAS AVERIGUAÇÃO DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO E VOLUMES PULMONARES EM PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDO À HEMODIÁLISE E FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA POR MEIO DE INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO À FLUXO. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de especialista em Fisioterapia Hospitalar. Aprovada em: _____/_____/_____. Banca Examinadora: Prof. M.Sc. Antonio Henrique Semençato Júnior Mestre em Terapia Intensiva pelo IBRATI - Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva - SOBRATI/SP. _______________________________________________________________ Prof. M.Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva Mestre em Administração pela CNEC/FACECA – MG _______________________________________________________________ LINS – SP 2010 4 Dedico este trabalho a meus pais, pois sem sua dedicação, paciência e perseverança, nada seria possível. 5 Agradeço a Deus, nosso ser supremo, por ter me dado forças para vencer obstáculos, por ter me feito forte, não permitindo que o cansaço me dominasse e, se consegui chegar ao meu ideal, devo ao Senhor. Aos meus pais, que se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudesse realizar os meus. Pela longa espera e compreensão durante minhas longas viagens, não bastaria um muitíssimo obrigado. A vocês, pais por natureza, por opção e amor, não bastaria dizer, que não temos palavras para agradecer tudo isso. Mas é o que acontece agora, quando procuro arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar. Uma emoção que jamais seria traduzida por palavras. Amo vocês! Meu irmão pela ajuda no início da carreira, pelas conversas que muito me ajudaram neste trabalho e pela torcida positiva, muito obrigado. Meu namorado por sua paciência e todo seu carinho, sempre me apoiando e ajudando a resolver tudo, meu muito obrigado. Amigos pelo apoio e pelas agradáveis lembranças que serão eternamente guardadas no coração, muito obrigado. A fisioterapeuta Dra Estela pelo tempo dedicado, compreensão, paciência e sem medir esforços para auxiliar na conclusão deste trabalho, meu muito obrigado. A voluntária Bete por ter contribuído sempre com carinho e atenção para realização deste trabalho, obrigado. Ao enfermeiro Gilberto Especialista em auditoria em serviços de saúde, pelo auxílio, paciência, em poder ter me ajudado no resultado do trabalho de conclusão do curso. O meu muito obrigado. 6 Ao Orientador Prof. M.Sc. Antonio Henrique Semençato Júnior, pela resignação e prudência durante o processo de conclusão desta fase suplementar a minha vida profissional. 7 RESUMO Apesar dos avanços tecnológicos à custa de modelos científicos de última geração que crescem a cada dia em nosso meio, facilitando desde a recuperação parcial até a cura de pacientes em tratamento hemodialítico. Fazse necessária uma observação abrangente de portadores de processos patológicos renais, pois os mesmos podem desencadear alterações de sua cinesia fazendo-se necessária a intervenção neste contexto do Fisioterapeuta Intensivista (Cardiorrespiratório) que assume papel importante para o sucesso e melhora dos aspectos gerais destes pacientes. Este trabalho abeirou-se na acuidade frente à utilização de incentivador inspiratório a fluxo no processo terapêutico inerente ao sistema respiratório de uma paciente com hipótese diagnóstica médica de insuficiência renal crônica submetida a tratamento hemodialítico três vezes por semana, para tanto se utilizou de aferições do pico de fluxo expiratório bem como volumes pulmonares, demonstrando alterações dignas de intervenções Fisioterapêuticas Respiratórias precoces no caso. Assim a finalidade última deste, destacou a ocorrência de alterações dos volumes pulmonares através de mensurações executadas através do aparelho Ventilômetro de Wright®, bem como o grau de obstrução e/ou restrição das vias aéreas por meio do Peak Flow®, que evidenciaram ocorrência na biomecânica respiratória do caso avaliado; ressaltando tal fato aos demais portadores de insuficiência renal crônica, cujo comprometimento e ocorrência de maiores complicações parecem ser comuns. Por fim se faz respeitável com que profissionais da saúde tenham maiores conhecimentos dos aspectos relevantes a tal assunto, bem como a população portadora de tal processo patológico seja conscientizada, destes achados a fim de melhorar sua qualidade terapêutica, diminuindo riscos referentes a complicações passíveis de tratamentos de fácil acesso e baixo custo. Ressaltam-se avaliações constantes dos tratamentos adaptados de acordo com o agravo e fase do processo patológico, considerando que o objetivo principal desta fora referente à melhora dos volumes pulmonares através da reexpansão pulmonar em paciente sob hemodiálise. Para equalização deste estudo fora executada pesquisa descritiva de um caso, sendo entrevistada uma paciente com Insuficiência Renal Crônica, submetido às sessões de hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia de Tupã/SP, seguindo seu consentimento livre e esclarecido se fez desde a avaliação, tratamento, obtenção de dados que receberam tratamento estatístico descritivo através de tabelas e gráficos que expressam os achados. Por fim enfatizaram-se aspectos na conclusão desta que devem sofrer maiores explorações científicas por profissionais de Fisioterapia. Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica. Fisioterapia Respiratória. 8 ABSTRACT Despite technological advances at the expense of scientific models of last generation that grows each day in our country, making a partial recovery from even the cure of patients on hemodialysis. There needs to be a comprehensive observation of patients with renal disease processes, as these can trigger changes in your kinesis making necessary intervention in the context of Intensive Physical Therapist (Cardiorespiratory) assumes an important role for the success and improvement of the general aspects of these patients. This work approached except in front of the visual use of incentive spirometry to flow in the therapeutic process inherent in the respiratory system of a patient with a medical diagnosis of chronic renal failure treated by hemodialysis three times a week, so we used measurements of peak expiratory flow and lung volumes, showing changes worthy of respiratory physiotherapy interventions early in the case. So the ultimate purpose of this, highlighted significant changes in lung volume measurements performed by using the apparatus Ventilometer Wright®, and the degree of obstruction and / or restriction of the airways through the Peak Flow®, which showed the occurrence biomechanics respiratory case evaluated, noting that fact to other patients with chronic renal failure, whose commitment and occurrence of complications appear to be common. Finally it is respectable that health professionals have a greater knowledge of issues relevant to the subject, and the population with this disease process is made aware of these findings to improve their quality therapy, reducing risks for complications that might treatments accessible and low cost. Stand out constant evaluations of treatments tailored according to the injury and stage of disease process, whereas the main objective of this out on the improvement of lung volumes by pulmonary edema in patients on hemodialysis. For equalization of this study was performed descriptive of a case, and interviewed a patient with chronic renal failure, underwent hemodialysis at the Santa Casa de Misericórdia de Tupã/SP, following their informed consent was made from the assessment, treatment, obtain data that were treated through descriptive statistical tables and graphs that express the findings. Finally aspects are emphasized in conclusion that this must be most scientific explorations of physical therapy professionals. Keywords: Chronic Renal Failure. Respiratory Therapy. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Hemodiálise ............................................................................... 28 Figura 2: Diálise peritoneal ....................................................................... 29 Figura 3: Incentivador Inspiratório Fluxométrico - Respiron® .................. 33 Figura 4: Ventilometria - Ventilômetro de Wright® ................................... 35 Figura 5: Pico de Fluxo Expiratório – Peak Flow® ................................... 36 Figura 6: Avaliação inicial e final do Volume Minuto, antes e após tratamento ................................................................................................. 39 Figura 7: Avaliação inicial e final do Volume Corrente, antes e após tratamento ................................................................................................. 40 Figura 8: Avaliação inicial e final do Pico de Fluxo Expiratório, antes e após tratamento ........................................................................................ 41 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Valores observados, inicial e final, e percentual de melhora da variável volume minuto antes e após o tratamento fisioterapêutico ......... 39 Tabela 2: Valores observados, inicial e final, e percentual de melhora da variável. Volume corrente antes e após tratamento fisoterapêutico ......... 40 Tabela 3: O nível de variação entre os valores previstos e observados foi calculado pela equação ....................................................................... 41 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS DP: Diálise Peritoneal DPA (diálise peritoneal automatizada DPAC (diálise peritoneal ambulatorial contínua IRA: Insuficiência Renal Aguda IRC: Insuficiência Renal Crônica 11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13 CAPÍTULO I - INSUFICIÊNCIA RENAL .......................................................... 15 1 INSUFICIÊNCIA RENAL....................................................................... 15 1.1 Morfofisiologogia renal .......................................................................... 15 1.2 Insuficiência renal aguda....................................................................... 16 1.2.1 Diagnóstico laboratorial ......................................................................... 16 1.2.2 Prevenção ............................................................................................. 17 1.2.3 Tratamento clínico ................................................................................. 17 1.3 Insuficiência renal crônica ..................................................................... 18 1.3.1 Sinais e sintomas da insuficiência renal crônica ................................... 20 1.3.2 Complicações da insuficiência renal crônica ......................................... 21 1.3.3 Hemodiálise e tratamentos clínicos ....................................................... 22 1.3.4 Diálise peritoneal ................................................................................... 26 CAPÍTULO II - INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO FLUXOMÉTRICO ............. 31 2 INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO FLUXOMÉTRICO - RESPIRON® .. 31 2.1 Ventilometria ......................................................................................... 33 2.2 Pico de fluxo expiratório ........................................................................ 35 CAPÍTULO III - PESQUISA ............................................................................. 37 3 PICO DE FLUXO E VOLUMES PULMONARES .................................. 37 3.1 Do relato................................................................................................ 37 3.2 Resultados e discussões....................................................................... 38 3.3 Parecer final .......................................................................................... 42 CONCLUSÃO .................................................................................................. 43 12 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 44 APÊNDICES .................................................................................................... 48 13 INTRODUÇÃO A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado de lesões renais irreversíveis e progressivas provocadas por processos patológicos que tornam os rins incapazes de realizarem suas funções. A progressão depende da doença primária e de determinadas causas agravantes, como hipertensão arterial, infecção urinária, nefrite, hiperuricemia e alteração da glicemia na corrente sanguínea. De acordo com o grau da disfunção, é necessário realizar procedimento terapêutico denominado hemodiálise, cuja filtragem do sangue se dá de forma artificial. (MARQUES; PEREIRA; RIBEIRO, 2005) Apesar de ser um processo lento, a única escolha para se ter qualidade de vida melhorada, é proporcionado por tratamento de diálise peritoneal ou hemodiálise, sendo que as pessoas acometidas por IRC, no Brasil fazem acompanhamento em programas de hemodiálise laboratorial que são realizados três vezes por semana cuja duração em torno 3 a 4 horas por sessão dependendo da gravidade da cada paciente. (ANDREOLI; NADALETTO, 2010) Os rins são órgãos pares, na forma de um grão de feijão gigante, de coloração castanha - avermelhada, que fazem parte do sistema excretor, estão localizados na região retroperetoneal. Cada rim é constituído por cerca de um milhão de néfrons com capacidade para formar a urina. Os rins filtram todas as substâncias provenientes da corrente sanguínea, cujos resíduos formam parte da urina continuamente conduzidas, pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada e posteriormente expelida do organismo, através da uretra. (FIGUEIREDO; VIANA; MACHADO, 2008) O objetivo deste trabalho, foi levantar dados inerentes ao pico de fluxo e volumes pulmonares para posterior intervenção com incentivador inspiratório fluxométrico em pacientes com IRC, na tentativa de elucidar e demonstrar tais métodos e técnicas, prevenindo e tratando possíveis disfunções como atelectasias. Para tanto foi realizada pesquisa de campo em uma cliente da Santa Casa de Misericórdia de Tupã entre março a junho de 2009, observando-se o 14 pico de fluxo inspiratório através do aparelho Peak Flow® e os volumes pulmonares pelo ventilômetro de Wright®. Diante destes pressupostos surgiu a questão: O pico de fluxo inspiratório bem como os valores pulmonares podem estar alterados em pacientes portadores de IRC e submetidos a tratamento dialíticos? Em resposta a tal problema emergiu a hipótese de que clientes que estejam em tratamento para hemodiálise e até mesmo diálise peritoneal podem apresentar diminuição da mecânica respiratória e conseqüentemente em longo prazo tornando-se pacientes com grau de restrição respiratória as custa de tal diminuição, o que poderia ser evitado utilizando de recursos, manobras e técnicas fisioterapêuticas que têm por finalidade de averiguar, propor e efetuar uma gana de programas de reabilitação, prevenção e tratamento, antes que tais pacientes possam sofrer efeitos cardiopulmonares deletérios secundários tanto ao processo patológico em si com procedimentos médicos específicos. Desta forma o trabalho foi dividido de forma a elucidar brevemente a morfofisiologia renal, no primeiro capítulo descrevendo seus mecanismos e as formas de procedimentos empregados aos mesmos para melhorar reflexão dos problemas levantados. Também discorre sobre a IRA (Insuficiência Renal Aguda) sob aspectos fisiopatológicos, enfatizando sua evolução para IRC (Insuficiência Renal Crônica), além de elucidar os tratamentos médicos através de diálise e hemodiálise executados em tais pacientes. No segundo capítulo finalizando aspectos teóricos envolvidos na elaboração deste, demonstraram – se á a execução, configuração e aspectos fisioterapêuticos inerentes ao incentivador fluxométrico - Respiron®, ventilometria de Wright®, Peak Flow® durante as atividades executadas frente a conduta fisioterapêutica adotada para o caso, por fim seguem os resultados obtidos através de gráficos, tabelas para meio de estatística descritiva elucidando tal trabalho, concluindo desta forma o trabalho em questão. 15 CAPÍTULO I INSUFICIÊNCIA RENAL 1 INSUFICIÊNCIA RENAL 1.1 Morfofisiologogia renal Dentre os órgãos humanos o sistema urinário é um dos principais, em virtude de suas as atividades orgânicas que resultam na decomposição de proteínas, lipídios e carboidratos, acompanhada da liberação de energia e formação de produtos que devem ser eliminados para o meio externo. Conforme descreve (FIGUEIREDO; VIANA; MACHADO, 2008), o sistema urinário tem seu papel importante na homeostase, regulando a pressão arterial, sendo um importante dispositivo para a redução do volume hídrico. Os rins são responsáveis pela filtração do sangue, onde se constitui a urina, mantém o equilíbrio homeostático e excreta os produtos residuais que ficam no sangue, o mesmo é formado por um tecido conjuntivo que forma e sustenta a glândulas supra - renais. Os rins são órgãos pares de coloração vermelho - escuro, localizados na cavidade abdominal, coberto por uma cápsula fibromuscular fina, sendo que cada rim pesa 150 gramas, tamanho de uma mão fechada, sua forma é de um grão de feijão envolvida por uma membrana fibroelastica fina e brilhante denominada de cápsula renal que adere a pelve e os vasos sanguíneos da região do hilo (concavidade na borda média, onde os vasos e os ureteres penetram). O rim direito está situado em nível um pouco mais abaixo que o esquerdo, além disso, ele tem seu tamanho reduzido, em relação ao rim esquerdo. O rim direito localiza-se logo abaixo do fígado e o rim esquerdo está situado abaixo do baço, diante da suas localizações são chamados de órgãos retroperitoniais. (SMELTZER; BARE, 2007) Segundo Figueiredo; Viana; Machado (2008), os rins têm suas 16 estruturas divididas em quatro partes: vasos sangüíneos, glomérulos, túbulos e interstício. Filtra em torno de 150 litros de sangue por dia dependendo do biótipo do individuo, produzindo aproximadamente 1000 mililitros de líquido denominado urina, além do que, desempenha outras funções, dentre elas a excreção dos produtos de degradação do metabolismo; regula a concentração corporal de água e sais, mantêm o equilíbrio do ácido básico apropriado do plasma e funciona como órgão endócrino. 1.2 Insuficiência renal aguda Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente à diminuição do ritmo de filtração glomerular, porém ocorrem também disfunções no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico. Podem ocorrer alterações hormonais, como a deficiência de eritropoetina e de vitamina D. Identificar causas (perda de volume extracelular), fatores de risco (drogas, contrastes radiológicos) e severidade da IRA. Manifestações clínicas como febre, mal-estar, rash cutâneo e sintomas musculares ou articulares podem estar associados à vasculites ou glomerulonefrites. Dores lombares ou suprapúbicas, dificuldade nas micções, cólicas nefréticas e hematúria podem sugerir IRA pós-renal. (SMELTZER; BARE, 2007) Na investigação deve se atentar aos sinais associados com a etiologia e repercussão da IRA. A Hipovolemia, Hipotensão arterial, obstrução do trato urinário, alterações na coloração da urina, observando se a presença de hematúria, anúria, edema de face pode diferenciar IRA como, pré - renal e pós - renal. (GARCIA, et. al, 2005) 1.2.1 Diagnóstico laboratorial Segundo Smeltzer; Bare (2007): 17 a) bioquímica: uréia, creatinina, bicarbonato, sódio, potássio, ácido úrico, cálcio e fósforo; b) urina: sedimento urinário, sódio, creatinina, osmolaridade; c) imagem: ultra-sonografia e tomografia computadorizada (tamanho, forma, ecogenicidade, simetria e número de rins); d) biópsia renal: casos selecionados (causa desconhecida, evolução atípica e/ou prolongada, nefrite intersticial por drogas, necrose cortical, doença ateroembólica). 1.2.2 Prevenção Estabeleça o nível basal de função renal por dosagem de creatinina sérica ou depuração de creatinina. Pacientes com o nível de creatinina elevada apresentam maior possibilidade de desenvolver lesão renal após procedimentos de risco ou uso de drogas nefrotóxicas; avalie as condições clínicas do paciente. A medida mais importante é assegurar que o volume intravascular esteja convenientemente expandido. Mantenha pressão arterial média acima de 80 mmHg (ou mais, se o paciente for hipertenso), hematócrito acima de 30% e oxigenação tecidual adequada; Corrija as doses das drogas de acordo com a função renal, mantenha o paciente adequadamente hidratado e monitorize a função renal. Evite associação de drogas nefrotóxicas; Não utilize diuréticos de alça para prevenção de nefrotoxicidade; Em caso de mioglobinúria e hemoglobinúria, o uso de solução expansora com bicarbonato de sódio e manitol reduz a prevalência e a gravidade da lesão renal. (INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA, 2010) 1.2.3 Tratamento clínico 18 Segundo Smeltzer; Bare (2007): a) evite hiperhidratação, que poderá causar edema, hipertensão, insuficiência cardíaca hipercatabólico, se o e hiponatremia. paciente que IRA não é um estiver processo eliminando aproximadamente 300 g de peso corporal por dia certamente, encontra-se em desequilíbrio no balanço positivo de água; b) previna hipercalemia diminuindo a ingestão de potássio e evite drogas que interferem com a sua excreção. Trate agressivamente hipercalemias graves ou sintomáticas através de infusão endovenosa de cálcio, soluções polarizantes (glicose e insulina), uso de agonistas ß2 correção da acidose e hemodiálise; c) a prevenção de processos infecciosos evita problemas para o paciente e equipe médica. Evite antibioticoterapia desnecessária, quebras da barreira cutâneo-mucosa (sondas, cateteres, etc) e pesquise cuidadosamente a presença de focos infecciosos; d) é preciso manter equilíbrio nutricional, para repor as perdas, balanço nitrogenado menos negativo possível através da administração fracionada de calórico/protéica adequada. Se a sobrecarga de volume for um problema não contornável clinicamente, inicie diálise precocemente ou a intensifique. 1.3 Insuficiência renal crônica A insuficiência renal crônica é uma perda brusca ou gradativa, de forma irreversível de sua função renal, ou seja, pode começar com um quadro progressivo, lento ou agudo. Na verdade o tratamento mais indicado para esse tipo de doença que também é considerado como definitivo é o transplante renal. Apesar de ser um processo lento, a única escolha para se ter uma qualidade de vida melhor está no tratamento de diálise peritoneal ou hemodiálise, sendo que as maiorias destas pessoas com IRC, no Brasil fazem acompanhamento em programas de hemodiálise laboratorial que são 19 realizados três vezes por semana que tem duração de 3 a 4 horas por sessão dependendo da gravidade da cada paciente. A hemodiálise substitui a função renal pelo método de remoção tóxica e substâncias prejudiciais ao organismo por meio da circulação sanguínea extracorpórea (é utilizado em casos de cirurgias cardíacas, ou seja, quando o coração precisa parar seu funcionamento para que a cirurgia possa ser realizada). (TRENTINI, et al, 2004) Apesar de ser uma doença progressiva o portador dessa doença na maioria das vezes morre de doenças cardiovasculares, até mesmo antes de utilizar a diálise. Em fase terminal da doença do renal crônico, os rins não mantêm mais sua normalidade do meio interno do paciente. Sabe-se hoje que o paciente renal crônico se tornou um grande problema tanto de saúde publica quanto para os médicos, pois a quantidade de pacientes com IRC aumentou muito nos últimos oito anos no Brasil, segundo Romão (2004), sendo que a incidência de novos pacientes cresce a cada ano com o percentual de 8% ao ano, com o total de 18.000 pacientes em 2001 e que os gastos com programas de diálise e transplantes renal no Brasil chega a 1,4 bilhões de reais ao ano. No Brasil de 24.000 de pacientes mantidos em tratamento dialítico em 1994, teve um alcance de 59.153 em 2004. Referente ao tratamento da Insuficiência Renal Crônica, é observada de perto com exames físicos freqüentes, checagem de pressão sanguínea e exames de sangue, sendo que o tratamento inclui uma dieta com baixo teor de proteína e de sal, medicamentos para tratar a pressão alta e às vezes medicamento hormonal chamado eritropoietina (é um hormônio secretado pelo rim que estimula a medula óssea a elevar a produção de células vermelhas do sangue. O principal benefício do treinamento em altitude é aumentar a produção natural de EPO (eritropoietina), o que eleva a quantidade de hemoglobina no sangue) para corrigir a anemia. (CARDOZO; VIEIRA; CAMPANELLA, 2006) A IRC não tem muitas expectativas de cura, desta forma o tratamento tem como fundamental objetivo oferecer uma maior qualidade de vida aos portadores da doença. Mesmo sabendo que o portador da IRC tem que se adaptar as várias mudanças e desafios no seu estilo de vida, é difícil para eles compreenderem que todo esse processo deve ser feito e que tornam 20 essenciais na luta pela sua própria vida, e que se torna muitas vezes incômodo, se sentem excluídos ou diferentes por serem restrito a certos alimentos, ou seja, os familiares e amigos do paciente devem colaborar o máximo possível para que seus dias sejam melhores. 1.3.1 Sinais e sintomas da insuficiência renal crônica A insuficiência renal crônica manifesta-se clinicamente de forma inespecífica durante uma grande parte da sua evolução. O paciente que possui a doença renal crônica apresenta inúmeros sinais e sintomas, pois quase todo sistema orgânico é afetado pela uremia, portanto a gravidade desses indicadores depende, em parte, do grau de comprometimento renal de outras condições subjacentes inclusive da idade do paciente. Os problemas cardiovasculares são considerados a causa predominante da morte em pacientes com doença renal crônica; dentre eles destacam-se a hipertensão, a insuficiência cardíaca, o edema pulmonar, a pericardite, acidente vascular cerebral podendo também deixar com seqüelas, relacionado a hipervolemia. Smeltzer, Bare (2007), definem que a hipertensão pode ser controlada se houver uma supervisão rigorosa do volume hídrico em pacientes que recebem diálise peritoneal. Em pacientes que realizam a hemodiálise crônica, aproximadamente 45% da mortalidade total são atribuídas a doenças cardíacas e cerca de 20% dessas mortes cardíacas devem-se ao infarto agudo do miocárdio. É muito comum observar o prurido intenso, principalmente no membro em que foi realizada a fístula arterovenosa, e conseqüentemente naquele local onde será inserido o cateter para realização da hemodiálise. Pode ocorrer também o congelamento urêmico (depósito de cristais de uréia na pele), mas nos dias atuais é raro por causa do tratamento precoce e agressivo da doença renal crônica com a diálise. De acordo com Smeltzer, Bare (2007), os sinais e sintomas gastrintestinais (GI) são comuns, incluindo a anorexia, náuseas, vômitos e soluços; as alterações neurológicas, inclusive os níveis alterados da 21 consciência, incapacidade de se concentrar, contratura muscular, dores de cabeça, convulsões, cãibras, hipotensão (por causa da excessiva ultrafiltração, podendo ser outros fatores também), a síndrome do desequilibro (relacionado por tontura, confusão), ocorrendo principalmente quando as alterações bioquímicas da uremia são corrigidas. As infecções podem desencadear septicemia severa, e pode ser observado em pacientes renais crônicos. Ainda não se sabe os mecanismos exatos para muitos desses sinais que ocorrem, no entanto acredita-se em geral, que o acúmulo dos produtos residuais urêmicos é a provável causa. 1.3.2 Complicações da insuficiência renal crônica Na doença renal crônica observam-se muitas complicações potenciais, das quais mais preocupam e que exigem uma conduta colaborativa para o cuidado são a hipercalemia (que decorre da excreção diminuída), acidose metabólica, catabolismo e ingesta de medicamentos ou líquidos; a pericardite e tamponamento pericárdico devido à retenção de produtos residuais urêmicos e diálise inadequada; a hipertensão que ocorre devido à retenção de sódio e água e funcionamento deficiente do sistema renina – angiotensina aldosterona; a doença óssea e calcificações metastáticas devido à retenção de fósforo, baixos níveis séricos de cálcio, metabolismo anormal da vitamina D e níveis de alumínio elevados. A anemia é uma das complicações que mais preocupa pacientes RC, devido à produção diminuída de eritropoetina, espectro de vida diminuído dos eritrócitos e sangramento no trato gastrintestinal a partir de toxinas irritativas e perdas sangüíneas durante a hemodiálise. A eritropoetina que normalmente é uma substância produzida pelo rim, estimula a medula óssea liberar os eritrócitos, mas a liberação de eritropoetina diminui e resulta na anemia profunda, fazendo com que os pacientes apresentam fadiga, angina e falta de ar. Smelttzer, Bare (2007), afirmam que os principais sintomas da doença renal crônica são: hipercalemia provocada pela excreção diminuída de líquidos, 22 a pericardite que é o derrame pleural e tamponamento do pericárdio, a hipertensão causada pela retenção de água e sódio, a anemia que é provocada pela eritropoetina diminuída do organismo, e doenças ósseas e calcificações metastáticas devido á retenção do fósforo, cálcio e vitamina D. O distúrbio no metabolismo de cálcio e fósforo é outra anormalidade importante observada na insuficiência renal crônica. Os níveis séricos de cálcio e fosfato apresentam uma relação inversa no corpo: quando um se eleva, o outro diminui. Se a filtração através do glomérulo renal diminui, ocorre um aumento no nível sérico de fosfato e uma diminuição correspondente no nível sérico de cálcio, o nível sérico de cálcio diminuído provoca a secreção aumentada de paratormônio a partir das glândulas paratireóides. Contudo, na insuficiência renal, o corpo não responde normalmente à secreção aumentada do paratormônio; em conseqüência disso, o cálcio sai do osso, gerando, com freqüência, alterações ósseas, além disso, o resíduo ativo da vitamina D (1,25-diidroxicolecalciferol) normalmente pelo rim diminui à medida que a insuficiência renal progride. A doença óssea urêmica, freqüentemente chamada de osteodistrofia renal, desenvolve-se a partir das alterações complexas no equilíbrio do cálcio, fosfato e paratormônio. Na doença renal crônica a osteodistrofia, favorece para o desenvolvimento de complicações aumentando a morbidade dos pacientes, entre elas o número de fraturas e calcificações vasculares é favorável para a mortalidade, e independente do tempo da doença renal, mesmo com Doença Renal Crônica terá alguma alteração óssea. 1.3.3 Hemodiálise e tratamentos clínicos O tratamento clinico da hemodiálise em pacientes renais crônicos, o objetivo do tratamento é manter a função renal e a homeostasia pelo tempo maior de intervalo possível, onde todos os fatores são identificados e tratados. O tratamento é feito com medicamentos, terapia com dieta, e às vezes a diálise também pode ser útil para diminuir o nível de resíduos no sangue (SMELTZER; BARE, 2007). 23 Para a realização da hemodiálise é necessária à utilização de uma máquina computadorizada que tem a função de tratar a água juntamente com um filtro que fará as trocas entre a solução de diálise e o sangue do paciente. De acordo com Souza, Mozachi (2007), neste tipo de diálise, o sangue do paciente passa por meio de um filtro, entrando indiretamente em contato com uma solução de diálise. Para que o fluxo de sangue seja adequado é necessário um acesso vascular de bom calibre, cateter de duplo lúmen instalado em veia jugular interna, veia femoral ou subclávia ou fistula arterovenosa. Segundo Smeltzer, Bare (2007), a hemodiálise (HM) é o conceito de diálise mais utilizado para pacientes que estão agudamente doentes e exigem diálise por curto prazo (dias a semanas) e para aqueles com doença renal crônica, que necessitam de terapia de substituição ou por longo prazo. Ela é realizada por um dialisador, que serve como uma membrana semipermeável sintética, que substitui os glomérulos e túbulos renais como um filtro para os rins lesionados. A (HM) tem como propósito extrair as substâncias nitrogenadas tóxicas do sangue e remover o excesso de água; o sangue carregado de toxinas e resíduos nitrogenados é desviado do paciente para o dialisador, em que é retirada a impureza, em seguida, devolvido ao paciente. Para os pacientes com doença renal crônica, a (HM) evita mesmo que não tenha prognóstico da melhora morte, da doença renal e não compense quanto à perda das atividades endócrinas ou metabólicas dos rins. A (HM) é um tratamento que deve ser feito para o resto da vida ou até que se submetam a um transplante renal bem-sucedido. Comumente o tratamento ocorre três vezes por semana durante, pelo menos 4 horas. Nos intervalos entre as sessões de hemodiálise, os pacientes podem executar suas tarefas normais de trabalho, mas como as toxinas do corpo vão se acumulando é preciso uma restrição alimentar e controle de ingesta de sal e água. (CARDOZO; VIEIRA; CAMPANELLA, 2006) De acordo com Souza, Mozachi (2007), a difusão, a osmose e a ultrafiltração são os princípios nos quais se baseia a hemodiálise, as toxinas e os resíduos no sangue são removidos por difusão, eles movimentam-se de uma área de maior concentração no sangue para uma área de menor 24 concentração no dialisado, que é constituído de todos os eletrólitos importantes em suas concentrações extracelulares ideais. Quanto ao nível de eletrólitos no sangue do paciente, o mesmo pode ser colocado sob controle ajustando-se adequadamente o banho de dialisado; a membrana semipermeável impede a difusão de grandes moléculas, como eritrócitos e proteínas. Os pacientes recebem diálise crônica ou de retenção quando precisam da terapia de diálise para a sobrevida e controle dos sintomas urêmicos. A tendência é iniciar o tratamento da doença renal crônica antes que os sinais e sintomas associados à uremia se tornem grave. O excesso de água é removido do sangue por osmose, na qual a água de uma área de maior concentração do soluto (o sangue), para uma área de menor concentração do soluto (o dialisado), a ultrafiltração é definida como a água que se move sob alta pressão para uma área de menor pressão, esse processo é muito mais eficiente na remoção de água que a osmose. A ultrafiltração é realizada ao se aplicar à pressão negativa ou uma força de aspiração na membrana de diálise. Como os pacientes com doença renal geralmente não podem excretar água, essa força é necessária para remover o líquido visando alcançar o equilíbrio hídrico. Smeltzer; Bare (2007), mediante o uso de um dialisado constituído de bicarbonato ou acetato, que o sistema-tampão do corpo é mantido, que é metabolizado para formar bicarbonato. A heparina é administrada para impedir que o sangue coagule no circuito de diálise e o sangue limpo é devolvido ao corpo. Quando a sessão da diálise termina muitos produtos residuais foram removidos, o equilíbrio eletrolítico foi restaurado e o sistema-tampão foi reposto. É de extrema importância dizer que a (HM) pode ser combinada com ultrafiltração no mesmo procedimento, removendo até 1-1,5 litros por hora em pacientes hipervolêmicos. No início da diálise é feita à programação da quantidade a ser removida, mediante o balanço positivo do dia anterior e o previsto para o dia atual, isso possibilita maior segurança para a infusão dos volumes necessários de hemoderivados, fluídos, drogas vasoativas e nutrição parenteral. (SMELTZER; BARE, 2007) Os pacientes que são submetidos a tratamentos de diálise podem permanecer dependentes durante anos. Em comparação com a diálise 25 peritoneal a hemodiálise ainda é uma escolha do paciente com cirurgia abdominal recente ou fistula, sendo sua contra indicação para pacientes com hipotensão, sangramento ativo ou coagulopatia. As limitações da capacidade de trabalho do paciente decorrentes da doença e da diálise usualmente impõem uma grande carga financeira sobre os pacientes e suas famílias. Sabe-se que a (HM) prolonga a vida, mas não altera a evolução da doença e nem substitui por completa a função renal, podendo o paciente apresentar várias complicações, entre elas à fatal é a doença cardiovascular aterosclerótica, doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos. (SMELTZER; BARE, 2007) Alguns medicamentos utilizados na hemodiálise: a) ferro: para melhorar a anemia; b) vitamina D ativada: aumenta a absorção intestinal de cálcio melhorando a mineralização óssea; c) eritropoetina: aumenta a produção dos eritrócitos ou glóbulos vermelhos, medula óssea e corrigindo desta forma a anemia; d) vitaminas: há perdas de vitaminas durante a diálise, assim refaz a proteína e a reposição A ingestão de vitaminas repõe o seu nível; e) acetato ou carbonato de cálcio: fornece suplemento de cálcio, evitando a absorção do fósforo e diminuindo acidose no sangue. Reduzindo o fósforo evita-se a doença do doente renal; f) anti-hipertensivos: a pressão alta que não baixa depois da sessão de diálise precisa de medicação para controlá-la, sendo que o médico indicara o mais adequado para cada paciente, ou seja, qualquer um desses medicamentos, tomados sem controle medico podem ter efeitos desastrosos, por isso é importante que cada paciente siga as orientações de seu médico. O médico determina a quantidade de hemodiálise que o paciente precisa de acordo com a atividade que cada corpo necessita, da alimentação e ingestão de líquidos. O tratamento tem o objetivo do bem estar do paciente, bem nutrido, livre dos inchaços, pressão alta controlada, níveis aceitáveis de potássio, uréia entre outros. De certa forma a doença renal é comum, podendo ser ameaçadora para a saúde, é fácil identificar e tem tratamentos eficazes. 26 Não deixe de procurar o médico caso tenha dúvidas e obtenha o Maximo de informação que puder e aproveite para fazer uma revisão de sua saúde. 1.3.4 Diálise peritoneal A primeira descrição de aplicação clínica da DP foi em 1923 por Georg Ganter, mas, somente a partir de 1959, esta terapia passou a ser utilizada em todo o mundo, na forma de diálise peritoneal intermitente. Palmer e Tenckhoff, na década de 1960, criaram o cateter peritoneal de longa permanência, e, em 1976, Moncrief e Popovich introduziram a diálise peritoneal ambulatorial contínua. (ABENSUR, 2008) A DP é a modalidade utilizada em cerca de 10% a 12% dos pacientes com DRC em programa de diálise no Brasil (CENSO, 2009). As contraindicações para realização de DP são: aderências peritoneais extensas, hérnias não corrigíveis, colostomia e ausência de estrutura domiciliar para realização do método. As principais modalidades de DP são: a) DPAC (diálise peritoneal ambulatorial contínua): trata-se de um método manual. Caracteriza-se pela infusão de 1,5 a 2,5 L de solução de diálise na cavidade peritoneal. O volume infundido é drenado após certo tempo de permanência na cavidade peritoneal. Habitualmente são realizadas três trocas diurnas com permanência de 5 a 6 horas e uma troca noturna com permanência de 6 a 8 horas; b) DPA (diálise peritoneal automatizada): trata-se de um método automático. Utiliza-se uma máquina cicladora que é acoplada ao cateter peritoneal (cateter de Tenckhoff). Essa cicladora realiza, de forma automática, as trocas de solução de diálise (infusão e drenagem). São feitas de três a seis trocas no período da noite, enquanto o paciente dorme. Os tipos mais empregados de DPA são: 1) DPCC (diálise peritoneal cíclica contínua): três a seis trocas noturnas, mantendo líquido na cavidade peritoneal durante o dia. Volume de infusão a cada troca de 1,5 a 2,5 L; 2) DPIN (diálise 27 peritoneal intermitente noturna): realiza-se de três a seis trocas noturnas, com volume de infusão por troca de 1,5 a 2,5 L, porém a cavidade peritoneal fica vazia durante o dia, sendo indicada a pacientes que ainda apresentam função renal residual ou baixa drenagem da solução de diálise infundida, ou até mesmo volume drenado inferior ao infundido, quando a solução de diálise permanece por muito tempo na cavidade peritoneal. Na DP, as trocas são feitas entre o sangue contido nos capilares peritoneais e a solução de diálise infundida na cavidade peritoneal. A membrana peritoneal é composta de diversas camadas: endotélio, membrana basal endotelial, interstício e mesotélio. Essas camadas impõem grau variável de resistência à passagem dos solutos. (MARGETTS; BRIMBLE, 2006) O peritônio possui superfície de troca de cerca de 1 a 2 m² no indivíduo adulto, com fluxo de sangue nos capilares peritoneais de 50 a 100 mL/min2. Duas categorias de transporte ocorrem de maneira simultânea dos capilares peritoneais para a solução de diálise: a) difusão, que é a passagem de solutos a favor do seu gradiente de concentração (por exemplo, uréia, creatinina, potássio, com maior concentração sangüínea, passam através da membrana peritoneal para solução de diálise), e b) ultrafiltração, que é a passagem de água para a cavidade peritoneal promovida por gradiente osmótico, o qual é estabelecido pela elevada concentração de glicose presente na solução de diálise. (MARGETTS; BRIMBLE, 2006) A ultrafiltração também pode ser promovida por gradiente coloidosmótico, quando em vez da glicose é empregado um polímero de glicose com elevado peso molecular, a icodextrina, que será introduzida brevemente no Brasil e que, diferentemente da glicose, não é pouco absorvida da cavidade peritoneal, mantendo a ultrafiltração por períodos mais prolongados, podendo drenar em torno de 400 ml de ultrafiltrado do paciente. (SOUZA; MOZACHI, 2007) A peritonite bacteriana é a principal complicação da DP e tem como agente etiológico mais freqüente o estafilococo. Também pode ser causada por bactérias Gram-negativas e, menos freqüentemente, por fungos. O achado de turvação do líquido peritoneal e dor abdominal são suficientes para o diagnóstico, mas sempre deve ser colhida amostra de líquido peritoneal para 28 contagem de leucócitos, Gram e cultura. A contagem de leucócitos deverá mostrar mais que 100 leucócitos/ml, com predomínio de leucócitos polimorfonucleares. (PIRAINO; BENDER, 2008) Pode haver complicações mecânicas pelo aumento da pressão intraabdominal, tais como: hérnias, extravasamento de líquido ao redor do cateter e edema genital, complicações metabólicas, como: hiperglicemia, sendo freqüentemente necessário o ajuste das doses de insulina; perda protéica que pode atingir até 10 g/dia; e hipo ou hipernatremia, a depender da taxa de ultrafiltração e da ingestão hídrica. É importante ressaltar que, para pacientes mantidos em terapia dialítica de manutenção, em especial, DP, deve-se preservar a função renal residual, visto que na DP a depuração renal residual contribui de maneira importante na retirada total de solutos e para o balanço hídrico. Logo, deve-se evitar, sempre que possível, o uso de antiinflamatórios não hormonais, contraste iodado e outras drogas nefrotóxicas. Fonte: autora, 2009 Figura1: Hemodiálise Quando os rins falham, os produtos da degradação metabólica e o excesso de água podem ser removidos do sangue através da hemodiálise ou da diálise peritoneal. Na hemodiálise, o sangue é removido do corpo e 29 circulado através de um aparelho denominado dialisador, o qual realiza a sua filtração. Na diálise peritoneal, o peritôneo, uma membrana existente no abdômen, é utilizado como filtro. Na hemodiálise, uma fístula arteriovenosa (conexão entre uma artéria e uma veia) é criada cirurgicamente para facilitar a remoção e o retorno do sangue. O sangue flui para o dialisador através de um tubo conectado à fístula. No interior do dialisador, uma membrana artificial separa o sangue de um líquido (dialisado) similar aos líquidos corpóreos normais. Através da membrana, o líquido, os produtos da degradação metabólica e as substâncias tóxicas presentes no sangue são filtrados para o dialisador. O sangue purificado retorna ao corpo da pessoa. (SMELTZER; BARE, 2007) Fonte: autora. 2009 Figura 2: Diálise peritoneal 30 Na diálise peritoneal, um cateter é inserido através de pequena incisão na parede abdominal até o espaço peritoneal. O dialisado drena através da ação da força da gravidade ou é bombeado através de um cateter, sendo mantido no espaço peritoenal durante um período suficiente para permitir a filtragem dos produtos da degradação metabólica presentes no sangue para o dialisado. Em seguida, o dialisado é drenado, descartado e substituído. (SOUZA; MOZACHI, 2007) 31 CAPÍTULO II INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO FLUXOMÉTRICO 2 INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO FLUXOMÉTRICO - RESPIRON® Na década de 1970, a inspirometria tornou-se uma terapia respiratória profilática eficiente e segura, sua aplicação terapêutica possibilitava o paciente a realizar uma inspiração máxima, como o objetivo de prevenir a hipercapnia, o shunt, a atelectasia e a hipóxia, desta forma a técnica da inspirometria tornou se eficaz no tratamento, melhorando o trabalho respiratório. (RODRIGUES; BRITO, 2010) A recuperação da expansibilidade pulmonar é uma técnica fisioterapêutica utilizada de forma mecânica ou através de exercícios atuando em áreas pulmonares que não estejam expandindo adequadamente, cujos volumes e capacidades pulmonares principalmente podem estar afetados. Esses exercícios ou utilização de incentivadores são destinados a auxiliar o desempenho muscular respiratório bem como a eficiência mecânica da ventilatoria pulmonar, proporcionando o aumento da oxigenação arterial. (NAKAGAWA, 2006) Os intervalos entre os exercícios devem ser monitorados. O incentivador inspiratório a fluxo é por via oral, sendo seu inicio rápido e mantido até o final com maior trabalho ventilatório, essa técnica deve ser aplicada em pacientes que requerem acompanhamento clínico, para que o incentivador não traga desconforto. Os autores Nakagawa (2006) descreve em sua obra que existe dois tipos de inspirometros de incentivo: através de fluxo e a volume: a) inspirometro de incentivo de fluxo – permite o controle da estabilidade do fluxo expiratório lento; b) os aparelhos a volume permitem uma maior controle do volume de ar inspirado; 32 c) porém os aparelhos deve ser utilizado de acordo com as patologias dos pacientes para tornarem eficaz na recuperação da expansibilidade pulmonar, para que o fluxo possa atingir todas as estruturas internas. É um aparelho incentivador expiratório com pressão positiva, indicada para pacientes com alguma obstrução ou diminuição do espaço aéreo no pulmão, tendo por objetivo manter uma pressão positiva da via aérea durante a fase de inspiração promovendo a reexpansão do pulmão. Esse aparelho incentiva o paciente a fazer esforços máximos de inspiração, sendo possível obter os valores inspiratórios através da elevação de esferas no interior do aparelho que funcionam como um feed back visual. (AGUIAR; RECH, 2008, p.24) Os testes de função pulmonares têm um importante papel no diagnóstico e na quantificação da intensidade dos distúrbios respiratórios dos pacientes com doenças pulmonares que atinge tanto adulto quanto as crianças. Sendo assim a eficácia do diagnóstico depende do fisioterapeuta possuir competências e habilidades para manusear e interpretar os resultados obtidos no exame clínico. O incentivador inspiratório a fluxo por sua vez tem o objetivo de melhorar o condicionamento de pacientes antes das cirurgias, prevenção e tratamento de atelectasias pulmonares, prevenção de infecções pulmonares em idosos, incentiva a inspiração profunda, expande os alvéolos pulmonares e melhora da perfusão renal com O2, através de exercícios respiratórios aumentando o fluxo inspiratório, auxilia na prevenção de doenças bronco-pulmonares, acamados ou outras situações segundo orientações médicas ou fisioterapêuticas. Para o uso do incentivador a fluxo deve-se graduar a dificuldade do exercício. Devendo girar o anel regulador, utilizando a alavanca anterior, a posterior ou ambas. A alavanca anterior move-se sob uma escala (0 – 1 – 2 – 3) e funciona como um ponteiro, indicando o grau de dificuldade do exercício, o ponteiro posicionado no 0 - fácil, 1 - regular, 2 - difícil, 3 -muito difícil. É um sistema de variação continua, todas as posições intermediárias proporcionando dificuldades também intermediárias. são possíveis, O aparelho deve ser mantido na embalagem quando não utilizado, o bocal deve ser lavado antes e depois de cada sessão de exercícios, o bocal deve ser ajustado aos lábios e inspire (não soprar), essa inspiração deve ser profunda e enérgica, mas não repentina, ou seja, o tempo não pode ser muito curto, onde as esferas devem 33 se elevar com movimentos suaves e uniformes, mas não brusco finalizado o exercício retire o bocal dos lábios concluindo a inspiração e expirando normalmente (NCS, 2009). Fonte: RESPIRON, 2009 Figura 3: Incentivador Inspiratório Fluxométrico - Respiron® 2.1 Ventilometria A ventilometria submete o paciente à pressão positiva intermitente e contínua em portadores de IRC, com decréscimo do trabalho ventilatório, diminuição do índice de dispnéia e aumento do volume residual, prevenindo a presença de patologia que colabem as estruturas internas pulmonares 34 favorecendo o retorno do trabalho alveolar, como também aumentando a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2). De acordo com Cangussu (2006), define o objetivo da ventilometria como mensuração do volume corrente (Vt), volume minuto (VM), e freqüência respiratória (FR), e a capacidade vital (VC), volumes residuais (VR), capacidade pulmonar total, capacidade residual funcional, entre outros necessitam de equipamentos específicos. Sendo que, a capacidade vital (CV) é um dos mais importantes e testes utilizado na mensuração do trabalho do sistema respiratório, porém destaca que o pesquisador não encontrou obras que estabeleçam a ligação entre a permanência do paciente em decúbito dorsal e a diminuição da CV, a CV é a quantidade de ar expirado como define o autor, após da maior inspiração possível. Também descreve que outros autores têm definição da CV como o volume medido na cavidade oral entre as posições de inspiração total e expiração completa. Representando o maior volume de ar mobilizado. Para a mensuração da ventilometria utiliza-se de um aparelho concebido com a finalidade de analisar a expiração de indivíduos para que possa ser estabelecido através dos valores por ele fornecidos, o limiar anaeróbio ventilatório, e mesmo outras variáveis quando o equipamento é acoplado a outros aparelhos como volume de oxigênio, gás carbônico e coeficiente respiratório, sendo que os valores mencionados são obtidos da seguinte maneira: estando um indivíduo realizado um esforço pré determinado em um ergômetro e utilizando o bocal com a válvula bidirecional (do aparelho, sua expiração é mensurada e demonstrada no display constante da parte frontal do aparelho sendo que para obter os pontos necessários para que se possa estabelecer o limiar anaeróbio, o equipamento pode fornecer de maneira automática a soma dos valores a cada minuto ou estando na posição manual o momento da soma será determinado pelo examinador, que para tal se utilizará dos botões "congela" e "rearme”, sendo que para confirmar a condição do que está sendo demonstrado no display, um led existente no equipamento acenderá vermelho para valores "congelados" e verde para valores simultâneos a expiração do indivíduo. (VENTILÔMETRO, 2010) Este aparelho é uma das tecnologias utilizada na atualidade no campo da fisioterapia, tanto quando na área hospitalares e esportivos, proporcionando assistência qualificada aos indivíduos com ou sem patologias avaliando a capacidade pulmonar e melhorando a qualidade de vidas destes. 35 Fonte: VENTILÔMETRO DE WRIGHT, 2009 Figura 4: Ventilômetro de Wright® 2.2 Pico de fluxo expiratório O PFE (Pico de Fluxo Expiratório), é uma medida espirométrica, onde avalia a velocidade com que o ar é expelido dos pulmões com registro em Litros/min. Como na crise de asma, os brônquios encontram - se estreitados, obstruídos e conseqüentemente o ar passa com dificuldade, o PFE possibilita analisar o grau de estreitamento e de obstrução dos brônquios. A importância da mensuração do PFE em portadores de asma pode ser detectada na correlação positiva do mesmo com o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1). (FONSECA, et. al. 2006). Pico de fluxo expiratório se trata de um aparelho destinado a profissionais de saúde principalmente por fisioterapeutas que utilizam tal ferramenta com objetivo ultimo de averiguar possíveis alterações fisiológicas inerentes ao trato respiratório humano principalmente aqueles que porventura apresentam e a classe médica, como recurso para a avaliação das alterações fisiológicas do aparelho respiratório e que acompanha a evolução do tratamento dos pacientes com qualidade e precisão. Os medidores de pico de fluxo expiratório fornecem informações de grande valia para utilidade clinica, de certa forma quando alterado este aparelho revela o grau de obstrução das vias aéreas. O aparelho é de estrutura e concepção simples que possuam aspectos fundamentais no seu manejo. 36 A medida do pico de fluxo expiratório representa o pico máximo de fluxo expiratório (PFE), atingindo um ponto da curva expiratória, ou seja, uma expiração forçada. O aparelho é de baixo custo e de fácil manuseio, e permite que o fisioterapeuta avalie com máxima segurança a obstrução das estruturas internas dos pulmões. O instrumento utilizado para a avaliação do pico de fluxo expiratório, tem como objetivo avaliar a demanda, e executar várias mensurações diárias, ou seja, normalmente esses períodos variam de 7, 14, 21 dias, para que se tenha uma precisão na evolução do tratamento indicado. O tempo é um ponto negativo em relação à tomada de decisão, pois às vezes é preciso alterar o tratamento e analisar os dados obtidos sem uma ferramenta de apoio em longos períodos, à tarefa é complicada e pode acarretar erros principalmente se o período exceder a 7 dias (FERNANDES, 2008). Segundo Fernandes (2008), ele é utilizado para: a) diagnosticar a asma; b) avaliar a severidade da doença; c) monitorizar a evolução da asma; d) registrar dados objetivos e regulares que servirão de apoio ao médico assistente; e) verificar a resposta à medicação; f) prevenir crises. Dos valores obtidos indicam se há resistência ou obstrução do fluxo aéreo nas vias respiratória. Aparelho utilizado para aferir o Pico de Fluxo Expiratório – Peak Flow®: Fonte: PEAK FLOW, 2009 Figura 5: Pico de fluxo expiratório – Peak Flow® 37 CAPÍTULO III PESQUISA 3 PICO DE FLUXO E VOLUMES PULMONARES O objetivo deste trabalho, foi levantar dados inerentes ao pico de fluxo e volumes pulmonares para posterior intervenção com incentivador inspiratório fluxométrico em pacientes com IRC, na tentativa de elucidar e demonstrar tais métodos e técnicas, prevenindo e tratando possíveis disfunções como atelectasias. Para tanto foi realizada intervenção em uma cliente da Santa Casa de Misericórdia de Tupã entre março a junho de 2009, observando – se o pico de fluxo inspiratório através do aparelho Peak Flow® e os volumes pulmonares pelo ventilômetro de Wright®. 3.1 Do relato Inicialmente foi feito o contato com um paciente que realiza (HM) neste contato são expostos às técnicas e procedimentos a que o paciente é submetido. O estudo foi composto de avaliações fisioterápicas (APÊNDICE A), contendo dados pessoais do paciente, anamnese clínica, antecedentes pessoais, exames físicos para mensuração dos sinais vitais e testes específicos, sendo elaborado pela pesquisadora responsável pelo trabalho. A paciente é do gênero feminino, com idade de 46 anos e aposentada, não tabagista apresenta alergia ao medicamento dipirona, relata renite, nega HAS e HAD, diabetes. O diagnóstico foi preciso quando a paciente foi ao médico, pois a mesma apresentava dispnéia, o médico relatou que um dos rins estava com comprometimento, que foi desencadeado devido a Neuropatia Crônica (força muscular reduzida). Atualmente a paciente relata estar bem, faz 38 hemodiálise três vezes por semana a 18 anos. Cerca de um ano atrás foi feito um transplante renal, doado por familiares de um paciente com morte cerebral, mas o mesmo apresentou rejeição. A paciente apresentava uma pressão arterial de 90/60 mmHg, freqüência cardíaca de 72 bpm, freqüência respiratória de 16 rpm, saturação de oxigênio de 97% através do oximetro e normotérmica e apresentava diminuição de murmúrio vesicular em bases. O trabalho buscou analisar os benefícios do incentivador inspiratório fluxométrico na melhora dos volumes pulmonares (volume corrente, volume minuto) e do grau de obstrução. 3.2 Resultados e discussões O pico de fluxo expiratório do sistema respiratório foi avaliado através do Peak Flow da marca AIRMED® mensurando o pico de fluxo expiratório e volume corrente e volume minuto através do Ventilômetro de Wright Mark 14 Ferraris, no início e término do tratamento com incentivador inspiratório fluxométrico - Respiron®, sendo verificada em cada sessão, a freqüência respiratória, a saturação de oxigênio, a freqüência cardíaca e a pressão arterial. A avaliação do pico de fluxo expiratório foi realizada na paciente sentada, a mesmo foi orientada a inspirar profundamente e em seguida expirar o mais forte e rápido no bucal do aparelho, este procedimento foi feito por três vezes, sendo registrado o de maior valor. Na avaliação da pressão positiva intermitente e contínua, no intuito de mensurar o volume corrente e volume minuto, foi utilizado o recurso da ventilometria, Ventilômetro de Wright®, com a paciente sentada, o mesmo inspira e expira normalmente, no bucal do aparelho, durante um minuto e a pesquisadora faz a contagem da freqüência respiratória, ou seja, número de vezes que o paciente inspira/expira por minuto, obtendo o valor do volume por minuto indicado no aparelho. Os valores do volume minuto e da freqüência respiratória são para calcular o volume corrente minuto (VC = FR / VM). O 39 volume minuto é o volume de gás entregue aos alvéolos em um minuto e o volume corrente é o gás entregue a cada inspiração. O tratamento, com incentivador inspiratório fluxo métrico foi realizado com o paciente na posição sentado; consistia em levar o bocal do aparelho até os lábios e inspirar (não soprar) através do mesmo, de modo a elevar seqüencialmente às três esferas do aparelho, mantendo-as elevadas por alguns segundos. O tratamento foi realizado por um período de dois meses e meio, sendo três vezes por semana, realizando três séries de dez repetições em cada sessão de 30 minutos. Na tabela 1 estão apresentados os valores do teste da ventilometria na mensuração do volume corrente em mililitros e volume minuto em litros, antes e após o tratamento fisioterapêutico. O volume minuto na avaliação inicialmente foi de 6 litros, enquanto que seu valor final foi de 10 litros, observando assim uma melhora de 40%. Tabela 1: Valores observados, inicial e final, e percentual de melhora da variável volume minuto antes e após o tratamento fisioterapêutico Variável Avaliação Inicial Avaliação Final % de Melhora Volume Corrente 500 1000 100 (ml) Fonte: Dados coletados pela autora, 2009 Volume minuto antes e após tratamento fisioterapêutico L 12 I 10 T 8 R O Volume 6 minuto 4 2 S 0 1 Avaliação Inicial na 1º série de 10 2 Avaliação Final após 3º série de 10 em 30 minutos Fonte: Dados coletados pela autora, 2009 Figura 6: Avaliação inicial e final do Volume Minuto, antes e após tratamento 40 Na figura 6, estão apresentados os valores do pico de fluxo expiratório antes e após o tratamento de fisioterapia. Observou-se na avaliação inicial atingiu 330L/min e na reavaliação 350 L/min. Observou-se melhora após a reabilitação pulmonar, alcançando 85,37% do valor ideal para sua idade e estatura. Verificou-se resultado significante de melhora com 6% em relação ao pico fluxo expiratório inicial. Volume c orrente antes e após tratamento fis ioterapêutic o 1200 ML 1000 800 V olume C orrente 600 400 200 0 1 2 Avaliação Inicial Avaliaç ão F inal Fonte: dados coletados pela autora. 2009. Figura 7: Avaliação inicial e final do Volume Corrente, antes e após tratamento Na tabela 2, através do ventilômetro obteve o volume minuto, e assim calculamos os valores do volume corrente (VC = FR / VM) que na avaliação inicial foi de 500 ml e na avaliação final foi de 1000 ml, obtendo 100% de melhora. Tabela 2: Valores observados, inicial e final, e percentual de melhora da variável. Volume corrente antes e após tratamento fisoterapêutico Variável Avaliação Inicial Avaliação Final % de melhora VM (L) 6,0 10,0 40 Fonte: Dados coletados pela autora. 41 P ic o d e flu x o ex p irató rio n o p rimeiro s eg u n d o an te e ap ó s o tratamen to fis io terap êu tic o 355 350 345 340 335 PFE 330 325 320 1 2 Avaliaç ão F inal Avaliaç ão Inic ial Fonte: dados coletados pela autora, 2009 Figura 8: Avaliação inicial e final do Pico de Fluxo Expiratório, antes e após tratamento Para análise dos dados, os achados das variáveis numéricas foram resumidos por meio de gráficos, tabelas, valores absolutos e porcentagem, as variáveis nominais foram encontradas no procedimento realizado. O nível de variação entre os valores previstos e observados foi calculado pela equação na tabela 3 a seguir. (BOAVENTURA et. al, 2007) Tabela 3: Nível de variação entre os valores previstos e observados Variável Avaliação Inicial Avaliação Final % de melhora observado previsto % do observado previsto previsto PFE 330 410 80,49 % do previsto 350 410 85,37 Fonte: BOAVENTURA, et. al, 2007 Δ% = (Valor Observado – Valor Previsto) x 100% (Valor Previsto) 6,0 42 Os níveis indicam melhora para as variáveis em relação ao tratamento fisioterapêutico foi obtido pela equação: % de Melhora = (Valor Observado Final – Valor Observado Inicial) x 100% (Valor Observado Inicial) 3.3 Parecer final A teoria demonstrou que a paciente apresenta insuficiência renal crônica, tem indicação de faça exercícios com incentivadores respiratórios a fluxo e volume, pois a insuficiência renal crônica é uma destruição dos néfrons, resultando em dano renal irreversível, tendo como sintomas fadiga, edema progressivo, diminuição do débito urinário. O tratamento utilizado, através do incentivador inspiratório fluxométrico que tem como objetivo de resgatar a reexpansão pulmonar, aumentando assim seus volumes pulmonares mostrando que seus sintomas podem ser melhorados para que, conseqüentemente, realize suas atividades físicas diárias. A observação de um caso submetido a esse tratamento obteve melhora de 6% através do pico de fluxo expiratório, sendo realizadas 30 sessões, assim o tratamento realizado foi baseado inteiramente em sua avaliação, para assim obter o melhor resultado desejado. No que se foi levantado em questões literárias e práticas do tratamento terapêutico da inspirometria de incentivo a fluxo e a de volume, obteve resultados satisfatórios em otimizar a insuflação pulmonar, em ganho da reexpansão pulmonar. 43 CONCLUSÃO O paciente com insuficiência renal crônica requer um cuidado específico para evitar as complicações da função renal reduzida, os estresses e ansiedades, a fim de lidar com uma doença de risco de morte. Há necessidade de fornecer as explicações necessárias para o paciente e a família em relação à doença e ao tratamento hemodialítico, já que o mesmo será realizado constantemente. A equipe multiprofissional deve atuar na realização de procedimentos, mas deve fornecer também apoios emocionais aos pacientes e familiares por causa das inúmeras alterações experimentadas, além disso, eles precisam de considerável assistência e apoio para lidar com a necessidade de um tratamento doloroso tanto no aspecto físico, como psicológico. A anemia é uma das complicações que mais preocupa a equipe e pacientes com insuficiência renal crônica, ocorre devido à produção diminuída de eritropoetina, espectro de vida diminuído dos eritrócitos e sangramento no trato GI a partir de toxinas irritativas e perdas sangüíneas durante a hemodiálise, por isso é importante o acompanhamento médico para intervir no que necessário dependendo do agravo da patologia e ou doença. Sabe-se que a hemodiálise é o método mais comum para tratamento de insuficiência renal, mesmo com melhores procedimentos e equipamentos, a hemodiálise ainda é uma terapia complicada e inconveniente, a qual requer esforço de toda uma equipe que pode incluir nefrologista, técnico de diálise, enfermeiro de diálise e nutricionista. Os exercícios respiratórios nada mais são do que um complemento no tratamento da expansibilidade pulmonar promovendo um padrão respiratório normal e adequado. Conclui-se através da pesquisa realizada em paciente com insuficiência renal crônica, que foi possível obter maior conhecimento sobre a patologia, sendo avaliado e tratado com incentivador inspiratório fluxométrico, para beneficiar sua estrutura respiratória, melhorando assim sua condição de vida. 44 REFERÊNCIAS ABENSUR, H. Uso da diálise peritoneal em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Rev. Brás. Hipertens. São Paulo, v.15, n.3, p. 162-165, 2008. AGUIAR, F.; RECH, R. E. S. 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Acesso em: 10 dez. 2009. 48 APÊNDICES 49 APÊNDICE A - ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO 1 INTRODUÇÃO Os tratamentos foram realizados na unidade hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Tupã, No período vespertino, sendo 3 vezes por semana com duração média 30 minutos com incentivador inspiratório fluxométrico - respiron®. 1.1 Relato do Trabalho Realizado Referente ao Assunto Estudado Os materiais utilizados para a realização do tratamento foram: Ventilômetro de Wright® , incentivador inspiratório fluxométrico - respiron®, para o pico de fluxo expiratório - Peak Flow . 1.2 Discussão Melhora da reexpansão pulmonar em um paciente com insuficiência renal crônica. 1.3 Parecer Final Sobre o Caso 50 APÊNDICE B - AVALIAÇÃO HOSPITALAR Avaliação Hospitalar Nome: Gênero: Idade: Endereço: Responsável: Hip. Diagnostico: Data: Profissão: Telefone: Investigação Hipótese Principal: Hipótese Secundário: Tabagismo passivo Sim ( ) Não ( ) Tabagismo ativo atual Quantos maços/dia? Sim ( ) Não ( ) Há quanto tempo fuma? Tabagismo ativo no passado Sim ( ) Não ( ) Quantos maços/dias? Há quanto tempo? Medicamentos: História Pregressa: Historia Atual: Antecedentes Pessoais Hospitalizações Sim ( ) Não ( ) Quando foi a ultima internação? Motivo: Alérgico A que: Diabético Controle: Medicamentos: HAS: Controle Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) 51 Medicamentos: Fator que desencadeou a insuficiência renal? Faz hemodiálise Sim ( ) Quanto tempo: Possui caso familiar: Não ( ) Faz uso de bebida alcoólica Quanto tempo: Sim ( ) Não ( ) Faz uso de drogas Quais: Sim ( ) Não ( ) Exame Físico PA: Sp O2 FC: % bem: T (ºC): F: RPM Inspeção Sinais Coloração: acianótico ( ) Pálido ( ) ictérico ( ) cianose periférica ( ) corado ( ) Regiões periféricas: edema de MMII ( ) baqueamento digital () cianose central ( ) edema de MMSS ( ) Tipo corpóreo: normolineo ( ) brevilineo ( ) longilineo ( ) Avaliação Respiratória Inspeção Torácica Padrão ventilatório: normal ( ) hiperventilação ( ) ortopnéia ( ) dispnéia ( ) taquipnéia ( ) bradispnéia ( ) apnéia ( ) Cheyne-Stokes ( ) paradoxal ( ) Configuração Torácica: ausência de deformidade () tórax em barril () pectus carinatum () pectus escavatum () hipercifose () escoliose () Palpação Expansibilidade: diminuída ( ) Frêmito tóraco vocal: Diminuído ( ) aumentado ( ) assimétrica ( ) normal ( ) não avaliado ( ) simétrica ( ) Dor torácica: ausência ( ) aumenta com palpação ( ) Aumenta ao inspirar ( ) não se modifica a palpação e inspiração ( ) Ausculta Pulmonar: MVnormal ( ) MV diminuído ( ) Roncos ( ) sibilos ( ) estridor ( ) estertores creptantes ( ) estertores bolhosos ( ) 52 Local: Percussão: maciço ( ) timpânico ( ) Não avaliado ( ) Local: normal ( ) Tosse: ausente ( ) seca ( ) produtiva ( ) ineficaz ( ) eficaz ( ) deglutiva ( ) expectorada ( ) Secreção Coloração: clara ( ) amarela esverdeada ( ) rósea ( ) marrom ( ) Consistência: ( ) Odor: fluídica ( ) ausente ( ) semi-espessa ( ) fétido ( ) Testes para Avaliar Função Pulmonar: Manovacuômetro: Ventilômetro Diagnóstico Fisioterapêutico: Objetivos do tratamento: Conduta/ tratamento: sanguinolenta ( ) espessa ( ) espumosa 53 APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO Termo de consentimento livre e esclarecido Eu, , do gênero , de ano, residente á , do RG estou de pleno acordo em participar do estudo referente a monografia como parte integrante do processo de conclusão da pós-graduação hospitalar; autorizando para tanto a utilização de tais dados, exames e testes necessários com o intuito de maximizar os conteúdos e objetivos proposto e com a finalidade de avaliar alguns mecanismos para reexpansão pulmonar em pacientes renal crônicos mensurando o volume e obtendo-se o volume corrente com atenção do pico de fluxo expiratório posteriormente tratado com Respiron®; fornecendo condições de avaliar tais que resultados com maior precisão e assim e definir novos procedimentos que possam se fazer necessários, condizentes com o quadro apresentado. Declaro ter sido informado de que minha participação, não é obrigatória e de minha liberdade em contribuir em parte ou não da pesquisa, sem nenhum ônus relacionado ao tratamento ou qualquer custo adicional, bem como a garantia do sigilo frente a ética e a moral de minha identidade. Data.......................de............................de 2009 De acordo Nome do paciente: ________________________ Assinatura Pesquisadora: Alana Santos Dias Orientador: Prof. M. Sc. Antonio Henrique Semençato Júnior.