HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO ÉRICA CARLA FIGUEIREDO DE SOUZA PREVALÊNCIA DA DEFICIÊNCIA E INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA D NA VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA IDIOPÁTICA SÃO PAULO 2015 HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO ÉRICA CARLA FIGUEIREDO DE SOUZA PREVALÊNCIA DA DEFICIÊNCIA E INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA D NA VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA IDIOPÁTICA Trabalho de conclusão de curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de pós-graduação com especialização em otorrinolaringologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. Orientação: GISELA ANDREA YAMASHITA SÃO PAULO 2015 FICHA CATALOGRÁFICA Souza, Érica Carla Figueiredo de Prevalência da deficiência e insuficiência de vitamina D na vertigem posicional Paraxística benigna idiopática / Érica Carla Figueiredo de Souza. São Paulo: HSPM, 2015. 18 f.: il. Orientador: Dra. Gisela Andrea Yamashita. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Comissão de Residência Médica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, para obter o título de Residência Médica, na área de Otorrinolaringologia. 1. Vertigem posicional paroxística benigna 2. Deficiência de vitamina D I. Hospital do Servidor Público Municipal II. Título AGRADECIMENTOS Ninguém trilha um caminho de vitórias sozinho. E, hoje, tenho tanto a agradecer a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus por ter me dado as melhores oportunidades e ter colocado em meu caminho pessoas tão especiais. Aos meus pais Almir e Marizélia pelo apoio incondicional e por me ensinarem valores que carregarei sempre comigo. Tudo que consegui até hoje foi para que se orgulhassem de mim. Aos meus irmãos Flávio e Leandro por sempre estarem presentes mesmo distantes. Ao meu noivo Daniel por cada segundo de felicidade, por ser minha inspiração de ser humano e de médico otorrinolaringologista. Nada sairia tão perfeito sem a sua ajuda. Aos meus grandes amigos residentes (Guilherme, Diogo, Lívia, Camila, Samuel, Nicole, Gabriella) que tornaram meus dias de HSPM tão mais fáceis e divertidos, especialmente a irmã que ganhei nesses anos, minha R igual Paloma, que foi minha muleta em momentos decisivos na medicina e na vida. Não poderia ter tido companheira melhor nesse árduo caminho. Aos meus mestres queridos que contribuíram substancialmente para minha formação como otorrinolaringologista: Dra. Fátima, Dra. Patrícia (idealizadora desse trabalho), Dra. Gisela (minha orientadora tão querida e paciente), Dr. César, Dra. Geórgia, Dra Erika, Dra. Rozana, Dr. Carlos, Dr. Augusto, Dr. Romualdo e a minha mãe paulistana Dra Carmela, que por diversas vezes enxugou minhas lágrimas e me fez ver que tudo era possível. A todos os funcionários do HSPM que, de forma direta ou indireta, contribuíram para concretização desse sonho. RESUMO Introdução: A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é a desordem otoneurológica mais comum dos consultórios médicos. Sabe-se que, idade avançada, traumatismo craniano, doenças da orelha interna e sexo feminino são fatores predisponentes a VPPB. Porém, 70% dos casos são idiopáticos. Levando em conta que a vitamina D tem papel importante na regulação de cálcio e fósforo e, portanto, na biomineralização das otocônias, alguns estudos têm sugerido íntima relação da deficiência de tal componente com a fisiopatogenia da VPPB. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência da deficiência e insuficiência de vitamina D na VPPB idiopática. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo transversal. Foram analisados prontuários dos pacientes do ambulatório de otoneurologia de um hospital terciário atendidos no período de junho de 2013 a junho de 2015, os quais, a partir do diagnóstico clínico de VPPB, foram investigados através da dosagem de vitamina D. Para análise, foi utilizado o Teste exato de Fisher e considerados significantes valores de p<0,05. Resultados: Dos 76 sujeitos avaliados, 63 eram do sexo feminino e 13, do sexo masculino. A média de idade foi de 62 anos. Sessenta e quatro pacientes realizaram a dosagem e retornaram para análise do exame. Observou-se uma prevalência significativa de 62,5% de deficiência e insuficiência de vitamina D nos pacientes estudados. Discussão: A deficiência e a insuficiência de vitamina D alteram a composição das otocônias, tornando-as frágeis e facilmente deslocáveis do seu eixo. Tal fato tem feito desse componente importante figura no cenário de investigação de uma doença tão comum nos consultórios otorrinolaringológicos. Conclusão: Corroborando alguns estudos já existentes na literatura, a deficiência de vitamina D tem surgido como explicação plausível para justificar a etiologia da VPPB idiopática. Levando-se em conta a simplicidade da dosagem desse componente, os riscos trazidos aos idosos pelo controle inadequado da doença, a relação colocada aqui em estudo não deve ser desconsiderada. Palavras-chave: Deficiência de vitamina D, Vertigem posicional paroxística benigna ABSTRACT Introduction: Benign paroxysmal positional vertigo (BPPV) is the most common neurotological disorder of doctors' office. It is known that age, head trauma, diseases of the inner ear and females are predisposing factors to BPPV. However, 70% of cases are idiopathic. Considering that vitamin D plays an important role in the regulation of calcium and phosphorus and, therefore, the biomineralization of the otoconia, some studies have suggested close relation between the deficiency of such component with the pathophysiology of BPPV. Objective: The objective of this study was to evaluate the prevalence of deficiency and insufficiency vitamin D in idiopathic BPPV. Methodology: This is a cross-sectional study. It were analysed medical records of Neurotology outpatients in a tertiary hospital treated between June 2013 to June 2015, which, after the clinical diagnosis of BPPV were investigated by dosage of vitamin D. For analysis, we used Fisher's exact test and considered significant p <0.05. Results: Of the 76 subjects evaluated, 63 were female and 13 male. The average age was 62 years. Sixty four patients made the dosage and returned for analysis of the exam. There was a significant prevalence (62,5%) of deficiency and insufficiency vitamin D in patients of our study. Discussion: The deficiency and insufficiency vitamin D alters the composition of otoconia, making them fragile and easily moved its axis. This fact has made this component important figure in the research of this common disease in clinics of otorhinolaringology. Conclusion: Confirming some existing studies in the literature, vitamin D deficiency has emerged as a plausible explanation for the etiology of idiopathic BPPV. Taking into account the simplicity of dosing this component, the risks posed to elderly by inadequate control of the disease, the relationship put under study here should not be disregarded. Keywords: Vitamin D deficiency, benign paroxysmal positional vertigo SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................8 2. OBJETIVOS...............................................................................................................9 2.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................9 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO...............................................................................9 3. MÉTODO ............................................................................................................ 10 4. RESULTADOS.................................................................................................... 12 5. DISCUSSÃO ....................................................................................................... 15 6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 17 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 18 8 1. INTRODUÇÃO A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é a desordem otoneurológica mais comum dos consultórios médicos. Caracteriza-se clinicamente por breves episódios de vertigem, náusea e/ou nistagmo de posicionamento à mudança de posição da cabeça.1. O deslocamento de debris otolíticos (otocônias) pode causar tal desordem ao entrar em um dos canais semicirculares e induzir o fluxo de linfa pela movimentação da cabeça. Entretanto, embora o mecanismo da vertigem posicional seja bem estabelecido, a causa subjacente de degeneração otoconial e deslocamento dos debris permanece ainda sem completa elucidação. Os estudos tem mostrado que, idade avançada, traumatismo craniano, desordens afetando a orelha interna, e sexo feminino são fatores predisponentes a VPPB2. Porém, 70% dos casos são tidos como idiopáticos2. Sabe-se que as otocônias são compostas de carbonato de cálcio e um centro orgânico de glicoproteínas2. Sua formação depende, portanto, de uma boa dinâmica de absorção do cálcio, fenômeno mediado pela vitamina D2,3. Estudos com ratos mostraram que, aqueles que não tinham receptores para vitamina D nos órgão vestibulares, apresentavam disfunção vestibular2. Levando em conta que a vitamina D tem papel importante na regulação de cálcio e fósforo e, portanto, na biomineralização das otocônias, alguns estudos têm sugerido esta íntima relação da deficiência de tal componente com a fisiopatogenia da VPPB3. O reconhecimento dessa associação torna-se um problema de saúde pública, já que, se por um lado a VPPB é conhecida como uma das principais causas de queda em idosos, por outro, a deficiência de vitamina D e, portanto, a redução da densidade mineral óssea, aumenta o risco de fraturas. 9 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Avaliar a prevalência da deficiência e insuficiência de vitamina D na VPPB idiopática 2.2 Específicos Avaliar a relação entre canais acometidos na VPPB e a dosagem de vitamina D Avaliar o perfil do paciente quanto à idade, gênero, tipo e localização da lesão na VPPB. 10 3. MÉTODOS Trata-se de um estudo do tipo transversal. Foram analisados os prontuários dos pacientes do ambulatório de otoneurologia de um hospital terciário atendidos no período de junho de 2013 a junho de 2015, os quais, a partir do diagnóstico clínico de VPPB, foram investigados através da dosagem de vitamina D. A partir de tal avaliação, classificou-se como deficientes aqueles pacientes com dosagem de vitamina D inferior a 10 ng/ml, insuficiente, aqueles pacientes com dosagem entre 10 ng/ml e 30 ng/ml e, normais, aqueles com dosagem acima de 30ng/ml. Os pacientes foram informados do propósito do estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido antes da participação. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital do Servidor Público Municipal, parecer 1.049.504. Os critérios de inclusão para análise dos prontuários foram: 1. Diagnóstico de VPPB – seja ela de canal posterior, anterior ou lateral – através do teste de Dix-Hallpike ou de Girar que apresentaram nistagmo positivo 2. Faixa etária a partir dos 30 anos sem distinção de sexo A manobra de Dix- Halppike foi considerada positiva quando houve desencadeamento de vertigem e nistagmo à mudança da posição do indivíduo de sentado para deitado com a cabeça sustentada abaixo do plano horizontal e com uma rotação cefálica de 45° para o lado a ser testado. No teste de girar, posicionava-se o paciente em decuìbito dorsal, com uma flexaÞo da coluna cervical de 30o, para que os canais horizontais ficassem no plano transverso, em relac aÞo ao paciente. Este mantinha os olhos abertos e o examinador fazia uma rotac aÞo cefaìlica lateral raìpida do paciente, observando a presenc a de nistagmo. Os critérios de exclusão foram: 11 1. Pacientes com história de traumatismo crânio-encefálico, neuronite vestibular, labirintite, doença de Meniére, insuficiência vertebrobasilar, doenças da orelha média, cirurgia otológica prévia que pudessem ter uma causa primária que justificasse a doença. Foram colhidos e, em seguida, analisados os seguintes dados: 1. Sexo 2. Idade 3. Canal acometido 4. Dosagem de vitamina D A análise estastística dos dados foi feita com o teste exato de Fisher para comparações de idade, canal acometido e dosagem de vitamina D. Foram considerados significativos valores de p< 0,05. 12 4. RESULTADOS No total, foram analisados 76 pacientes com diagnóstico clínico de VPPB, sendo que, 63 (83%) eram do sexo feminino e 13 (17%) do sexo masculino(Figura 1). A média de idade foi de 62 anos, o sujeito de menor idade estava com 38 anos e o com maior idade, 91 anos. O desvio padrão da amostra foi de 12 anos. Figura 1 – Distribuição por gênero em pacientes acometidos por VPPB No que se refere aos canais acometidos, houve uma predominância de canal posterior (84%), sendo 41% de canal posterior esquerdo e 43% de canal posterior direito. 13 Figura 2 – Distribuição dos pacientes no que se refere ao canal acometido Analisando os pacientes que fizeram a dosagem (64 pacientes), observou-se uma prevalência de insuficiência/ deficiência de 62,5% (Figura 3). Doze pacientes não fizeram a dosagem e não voltaram em acompanhamento. Para valores críticos da tabela da distribuição do qui-quadrado, avaliados comparativamente pelo teste exato de Fisher, aceitou-se que os desvios proporcionais encontrados nas amostras não são devidos ao acaso, sendo significativas as diferenças entre deficientes/insuficientes e normais, assim, as amostras foram heterogêneas para valores de p=0,0016. Figura 3: Pacientes com deficiência/ insuficiência de vitamina D X normais 14 Fazendo-se uma análise comparativa entre o canal acometido e a dosagem de vitamina D, observou-se que os pacientes com insuficiência predominavam no acometimento do canal posterior (p=0,0021). Já os pacientes com deficiência, foram exclusividade desse mesmo canal (Figura 4). Gráfico 4: Relação entre canal acometido e dosagem de vitamina D Relacionando a faixa etária do paciente e a dosagem da vitamina D, constatou-se que a idade (>60 anos) é um fator preponderante para alteração dos resultados (Tabela 2). Utilizando-se também o teste exato de Fisher, percebeu-se que, os desvios proporcionais encontrados não são devidos ao acaso, sendo a amostra heterogênea para valores de p= 0,0072. Tabela 2: Relação entre idade e dosagem de vitamina D nos pacientes acometidos por VPPB Resultado Deficiente (<10 ng/ml) Insuficiente (10 -30 ng/ml) Suficiente Total Geral < 60 anos 1 17 10 > 60 anos 28 36 3 19 14 15 5. DISCUSSÃO A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é uma das patologias mais comuns do sistema vestibular1,2,3. Predomina na faixa etária entre 50 e 55 anos nos casos idiopáticos e é rara na infância3. O caráter epidemiológico descrito se deve, provavelmente, a degeneracão das otocônias com o avançar da idade secundária à desmineralização , fato que se tornou objeto do nosso estudo3. Analisando o perfil dos pacientes estudados, indentificou-se uma maior prevalência na faixa etária acima de 60 anos, corroborando dados já citados por Büki et al que mostrava significante prevalência da VPPB idiopática em idosos e a sua íntima relação com aumento da morbidade nesse grupo4. Doze pacientes não retornaram para mostrar exame. O caráter resolutivo do tratamento da VPPB com manobras possivelmente justifique o abandono do acompanhamento. No que se refere ao sexo, foi observada maior prevalência no feminino (83%). Kourosh já dizia em seu estudo que as mulheres tem uma propensão duas vezes maior de ter VPPB6,7. No presente estudo, essa diferença foi ainda maior. Acredita-se que mulheres na pós menopausa, devido à redução dos hormônios sexuais, apresentem uma alteração no metabolismo do cálcio e da vitamina D, modificando sobremaneira a síntese e absorção das otocônias8. Tal fato justificaria a predominância neste grupo. 16 Relacionando os canais acometidos, houve um número significativamente maior de pacientes com comprometimento do canal posterior (84%). Shuddong sugere em seu estudo que a prevalência de canal posterior acometido gira em torno de 90% dos episódios de VPPB9. A justificativa para essa dominância estaria na posição espacial do canal semicircular posterior que favorece a migração das frações de estatocônios provenientes do utrículo10. Não foi encontrada na literatura alguma explicação fisiopatogênica que justificasse a maior prevalência de insuficiência/ deficiência de vitamina D nos pacientes com acometimento do canal posterior, além do fato de o mesmo ser mais predominante. A prevalência da deficiência e insuficiência de vitamina D neste estudo foi significante (62,5% dos pacientes que fizeram a dosagem). Essa associação positiva já havia sido descrita por diversos autores. Seong-Hae et al, por exemplo, encontraram em seu estudo um número consideravelmente maior de indivíduos (independente de idade, raça, sexo) portadores de VPPB acometidos por deficiência de vitamina D, sugerindo, portanto, ser este um importante fator de risco para a doença em questão1. Já Hossam et al encontraram em sujeitos com níveis muito baixos de vitamina D um aumento da chance de recorrência da VPPB2. Alguns outros trabalhos fizeram correlação da VPPB com a osteoporose e osteopenia7,8,9,11, todos com a explicação fisiopatogênica comum de que o desbalanço no metabolismo do cálcio e da vitamina D alteraria a composição das otocônias, tornando-as frágeis e mais facilmente deslocáveis do seu eixo. 17 6. CONCLUSÃO Corroborando alguns estudos já existentes na literatura, a deficiência de vitamina D tem surgido como explicação plausível para justificar a etiologia da VPPB idiopática. Levando-se em conta a simplicidade da dosagem desse componente, os riscos trazidos aos idosos pelo controle inadequado da doença, a relação colocada aqui em estudo não deve ser desconsiderada. 18 1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Jeong SH, Kim JS, Shin JW, Kim S, Lee H, Lee AY, et al. Decreased serum vitamin D in idiopathic benign paroxysmal positional vertigo. J Neurol. 2013;260(3):832-8. 2. Talaat HS, Abuhadied G, Talaat AS, Abdelaal MS. Low bone mineral density and vitamin D deficiency in patients with benign positional paroxysmal vertigo. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2015;272(9):2249-53. 3. Alvarenga GA, Barbosa MA, Porto CC. Vertigem posicional paroxística benigna sem nistagmo: diagnóstico e tratamento. Braz J Otorhinolaryngol. 2011;77(6):799-804. 4. Bela B, Michael E, Heinz J, Yunxia WL. Vitamin D deficiency and benign paroxysmal positioning vertigo. Med Hypotheses. 2013;80(2):201-4. 5. Altuna X, Navarro JJ, Martinez Z, Lobato, R, Algaba J. Island cartilage myringoplasty: anatomical and functional results in 122 cases. Acta Otorrinolaringol Esp. 2010;61(2):100-5 6. Von Brevern M, Radtke A, Lezius F, Feldmann M, Ziese T, Lempert T, et al. Epidemiology of benign paroxysmal positional vertigo: a population based study. J 19 Neurol Neurosurg Psychiatry. 2007;78(7):710-5. 7. Parham K, Leonard G, Feinn RS, Lafreniere D, Kenny AM. Prospective clinical investigation of the relationship between idiopathic benign paroxysmal positional vertigo and bone turnover. Laryngoscope. 2013;123(11):2834-9. 8. Yamanaka T, Shirota S, Sawai Y, Murai T, Fujita N, Hosoi H. Osteoporosis as a risk factor for the recurrence of benign paroxysmal positional vertigo. Laryngoscope. 2013;123(11):2813-6. 9. Yu S, Liu F, Cheng Z, Wang Q. Association between osteoporosis and benign paroxysmal positional vertigo: a systematic review. BMC Neurol. 2014;14:110. 10. Caldas MA, Ganança CF, Ganança FF, Ganança MM, Caovilla, HH. Vertigem posicional paroxística benigna: caracterização clínica. Braz J Otorhinolaryngol. 2009;75(4):502-6. 11. Jeong SH, Choi SH, Kim JY, Koo JW, Kim HJ, Kim JS. Osteopenia and osteoporosis in idiopathic benign positional vertigo. Neurology. 2009;72(12):1069-76. 12. Mikulec AA, Kowalczyk KA, Pfitzinger ME, Harris DA, Jackson LE. Negative association between treated osteoporosis and benign paroxysmal positional vertigo in women. J Laryngol Otol. 2010;124(4):374-6.