NOTA TÉCNICA CAXUMBA 15 de junho de 2016 | Página 1/2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Aumento das glândulas salivares, principalmente a parótida, acometendo também as glândulas sublinguais e submaxilares, acompanhada de febre. Aproximadamente 30% das infecções podem não apresentar hipertrofia aparente dessas glândulas. Em menores de 5 anos de idade são comuns sintomas das vias respiratórias e perda neurosensorial da audição. Não há relato de óbitos relacionados à parotidite DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO Paciente com febre e aumento das glândulas salivares, principalmente as parótidas. A Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde (COPROM), por meio da Vigilância Epidemiológica do Ceará, vem ALERTAR profissionais de saúde para que se mantenham sensíveis para a identificação precoce de casos suspeitos de CAXUMBA, a fim de prevenir a evolução de casos para a gravidade e ainda a ocorrência de novos casos. 1. Definição de caso A Parotidite infecciosa ou Caxumba é uma doença viral aguda de evolução benigna, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. Cerca de 1/3 das infecções podem não apresentar aumento, clinicamente aparente, dessas glândulas. A parotidite infecciosa costuma apresentar-se sob a forma de surtos, que acometem mais as crianças. Estima-se que, na ausência de imunização, 85% dos adultos poderão ter a doença, sendo que 1/3 dos infectados não apresentarão sintomas. A doença é mais severa em adultos. As estações com maior ocorrência de casos são o inverno e a primavera. Como no Brasil a caxumba não é uma doença de notificação compulsória, em situação de surto é necessário verificar a necessidade do bloqueio vacinal. MODO DE TRANSMISSÃO 2. Cenário epidemiológico Vias aéreas, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. PERÍODO DE INCUBAÇÃO De 12 a 25 dias, com a média de 16 a 18 dias. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE Entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença. No mundo, o surto tem sido observado apenas nos Estados Unidos. No Brasil, existem relatos de surto em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Florianópolis e desde o ano passado tem sido observado em Porto Alegre. Os casos de caxumba aumentaram mais de 150 vezes no Rio Grande do Sul. Minas Gerais registra mais de 400 notificações de caxumba no ano de 2016. Na cidade de São Paulo registrou-se um aumento de 568% em casos de caxumba. O aumento do número de casos de caxumba entre os jovens desde o mês de março está preocupando a população de Florianópolis. Todas as semanas surgem novos relatos nas redes sociais de surtos entre estudantes universitários. No Ceará, não existem notificações de ocorrência da doença, até a presente data. 3. Tratamento Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação cuidadosa, quanto à possibilidade de aparecimento de complicações. Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde | Núcleo de Vigilância Epidemiológica | Secretaria da Saúde do Estado do Ceará Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará - CEP: 60.060-440 Fone: (85) 3101.5214/ 5215 | Fax: (85) 3101.5197 | Site: www.saude.ce.gov.br | E-mail: [email protected] NOTA TÉCNICA CAXUMBA 15 de junho de 2016 | Página 2/2 4. Medidas de prevenção e controle A vacinação é a única maneira de evitar o contágio da caxumba. A vacina contra a caxumba - tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) - está incluída no Calendário Nacional de Vacinação e encontra-se disponível na rotina dos serviços públicos de vacinação (Figura 01). Grupo alvo Crianças Adultos Idade Vacina Dose 12 meses Tríplice Viral Uma dose (D1) 15 meses Tríplice ou Tetra Viral Uma dose (D2) Até 19 anos Tríplice Viral Duas doses (D1 e D2) Acima de 20 até 49 anos Tríplice Viral Dose única (DU) Figura 01 – Calendário Nacional de Vacinação contra Caxumba. A primeira dose (D1) de vacina contra a caxumba deve ser aplicada aos 12 meses de vida, seguida de uma segunda dose (D2) aos 15 meses. A população acima de dois anos até 49 anos de idade que não recebeu a proteção contra a caxumba quando pequeno, não se lembra ou não guardou os registros, podem ser vacinadas. 4.1 Em situação de surtos A administração da vacina contra caxumba está indicada antes da exposição. Assim, diante da ocorrência de surtos, deve-se verificar a cobertura vacinal da área, para avaliar indicação de vacinação dos indivíduos suscetíveis. Em situação de surto, verificar a necessidade de bloqueio vacinal. Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde | Núcleo de Vigilância Epidemiológica | Secretaria da Saúde do Estado do Ceará Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará - CEP: 60.060-440 Fone: (85) 3101.5214/ 5215 | Fax: (85) 3101.5197 | Site: www.saude.ce.gov.br | E-mail: [email protected]