nota técnica caxumba - Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

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NOTA TÉCNICA
CAXUMBA
13 de setembro de 2016 | Página 1/2
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Aumento das glândulas salivares,
principalmente a parótida, acometendo
também as glândulas sublinguais e
submaxilares, acompanhada de febre.
Aproximadamente 30% das infecções
podem não apresentar hipertrofia
aparente dessas glândulas.
Em menores de 5 anos de idade são
comuns sintomas das vias respiratórias e
perda neurosensorial da audição.
Não há relato de óbitos relacionados à
parotidite
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO
Paciente com febre e aumento das
glândulas salivares, principalmente as
parótidas.
MODO DE TRANSMISSÃO
Vias aéreas, através da disseminação de
gotículas, ou por contato direto com
saliva de pessoas infectadas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
De 12 a 25 dias, com a média de 16 a 18
dias.
PERÍODO DE
TRANSMISSIBILIDADE
Entre 6 e 7 dias antes das manifestações
clínicas, até 9 dias após o surgimento dos
sintomas. O vírus pode ser encontrado
na urina até 14 dias após o início da
doença.
Parotidite infecciosa ou Caxumba
A Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde (COPROM), por meio da
Vigilância Epidemiológica do Ceará, vem ALERTAR profissionais de saúde para
que se mantenham sensíveis para a identificação precoce de casos suspeitos de
CAXUMBA, a fim de prevenir a evolução de casos para a gravidade e ainda a
ocorrência de novos casos.
1. Definição de caso
A Parotidite infecciosa ou Caxumba é uma doença viral aguda de evolução
benigna, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas
salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou
submandibulares. Cerca de 1/3 das infecções podem não apresentar aumento,
clinicamente aparente, dessas glândulas.
A parotidite infecciosa costuma apresentar-se sob a forma de surtos, que
acometem mais as crianças. Estima-se que, na ausência de imunização, 85% dos
adultos poderão ter a doença, sendo que 1/3 dos infectados não apresentarão
sintomas. A doença é mais severa em adultos. As estações com maior ocorrência
de casos são o inverno e a primavera.
Como no Brasil a caxumba não é uma doença de notificação compulsória, em
situação de surto é necessário verificar a necessidade do bloqueio vacinal.
2. Cenário epidemiológico
No mundo, o surto tem sido observado apenas nos Estados Unidos. No Brasil,
existem relatos de surto em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Florianópolis e desde o ano passado tem sido observado em Porto Alegre.
Os casos de caxumba aumentaram mais de 150 vezes no Rio Grande do Sul.
Minas Gerais registra mais de 400 notificações de caxumba no ano de 2016. Na
cidade de São Paulo registrou-se um aumento de 568% em casos de caxumba.
O aumento do número de casos de caxumba entre os jovens desde o mês de
março está preocupando a população de Florianópolis. Todas as semanas surgem
novos relatos nas redes sociais de surtos entre estudantes universitários.
No Ceará, não existem notificações de ocorrência da doença, até a presente
data.
3. Tratamento
Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e
observação cuidadosa, quanto à possibilidade de aparecimento de complicações.
Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde | Núcleo de Vigilância Epidemiológica | Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, Fortaleza, Ceará - CEP: 60.060-440
Fone: (85) 3101.5214/ 5215 | Fax: (85) 3101.5197 | Site: www.saude.ce.gov.br | E-mail: [email protected]
NOTA TÉCNICA
CAXUMBA
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4. Medidas de prevenção e controle
A vacinação é a única maneira de evitar o contágio da caxumba. A vacina contra a caxumba - tríplice
viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) - está
incluída no Calendário Nacional de Vacinação e encontra-se disponível na rotina dos serviços
públicos de vacinação (Figura 01).
Grupo alvo
Crianças
Adultos
Idade
Vacina
Dose
12 meses
Tríplice Viral
Uma dose (D1)
15 meses
Tríplice ou Tetra Viral
Uma dose (D2)
Até 19 anos
Tríplice Viral
Duas doses (D1 e D2)
Acima de 20 até 49 anos
Tríplice Viral
Dose única (DU)
Figura 01 – Calendário Nacional de Vacinação contra Caxumba.
A primeira dose (D1) de vacina contra a caxumba deve ser aplicada aos 12 meses de vida, seguida de
uma segunda dose (D2) aos 15 meses. A população acima de dois anos até 49 anos de idade que não
recebeu a proteção contra a caxumba quando pequeno, não se lembra ou não guardou os registros,
podem ser vacinadas.
4.1 Em situação de surtos
A administração da vacina contra caxumba está indicada antes da exposição. Assim, diante da
ocorrência de surtos, deve-se verificar a cobertura vacinal da área, para avaliar indicação de
vacinação dos indivíduos suscetíveis. Em situação de surto, verificar a necessidade de bloqueio
vacinal.
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