curso aberto sobre transtornos do humor

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CURSO ABERTO SOBRE
TRANSTORNOS DO HUMOR
Coordenador: Prof. Dr. Teng Chei Tung
23 de Outubro 2010
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Aula 4 – 23 de Outubro de 2010
TRANSTORNOS DO HUMOR:
COMORBIDADES COM
TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE E USO
PROBLEMÁTICO DE SUBSTÂNCIAS
DR. LUIS PEREIRA JUSTO
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TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
(CID-10)
• Perturbações graves da constituição do caráter e
dos comportamentos
• Aparecem na infância ou adolescência e
continuam pela vida adulta, que é quando se pode
fazer o diagnóstico
• São desvios significativos em relação a uma dada
cultura, quanto ao modo de perceber, sentir, pensar
e se relacionar com os outros
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TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
(CID-10)
• Transtornos de personalidade não são secundários
a outros transtornos mentais ou doenças cerebrais,
embora possam ocorrer em comorbidade
• Transtornos da personalidade distinguem-se de
alterações da personalidade
• Alterações da personalidade podem surgir
subsequentemente
a
estresse
catastrófico
prolongado ou a doença psiquiátrica
CID-10
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AS ALTERAÇÕES DA
PERSONALIDADE:
• Também são permanentes
• Podem se parecer com os transtornos da
personalidade, mas são claramente produzidas
pelo trauma devastador ou transtorno psiquiátrico
• Não existiam antes destes
• Não são sintomas dos transtornos mentais
CID-10
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OS TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE SÃO DISTINTOS
DE TRANSTORNOS DE
COMPORTAMENTO COMO:
• Transtornos de hábitos e impulsos (jogo patológico,
piromania, cleptomania, tricotilomania)
• Transtornos de identidade sexual (transexualismo,
transvestimo)
• Transtornos de preferência sexual (fetichismo,
transvestismo fetichista, exibicionismo, voyerismo,
pedofilia, sadomasoquismo)
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CID-10
TIPOS DE TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE – CID-10
•Paranóide F60.0
• Esquizóide F60.1
• Antissocial F60.2
• Emocionalmente Instável: Impulsivo F60.30
Borderline F60.31
• Histriônica F60.4
• Anancástica F60.5
• Ansiosa (evitação) F60.6
• Dependente F60.7
• Outros T. de Personalidade F60.8
• T. de Personalidade Não Especificado F60.9
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TIPOS DE T. DE
PERSONALIDADE - CID-10
T. de Personalidade Mistos e Outros
• T. Mistos de Personalidade F61.0
• Alterações Inoportunas de Personalidade F61.1
Alterações Permanentes de Personalidade Não
Atribuíveis a Lesão ou Doença Cerebral
• Após experiência Catastrófica F62.0
• Após Doença Psiquiátrica
F62.1
• Outras Alt. De Personalidade F62.8
• Não especificada F62.9
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TRANSTORNO ANTISSOCIAL DA
PERSONALIDADE
• Indiferença por sentimentos alheios
• Irresponsabilidade; desrespeito por normas e obrigações
sociais
• Incapacidade de manter relacionamentos, embora possa
iniciá-los
• Baixa tolerância à frustração; facilidade de descargas
agressivas e violentas
• Incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a
experiência e punição
• Propensão a culpar outros e oferecer racionalizações
quando confrontado
CID-10
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TRANST. BORDERLINE DA
PERSONALIDADE
5 ou mais critérios
• Esforços frenéticos para evitar abandono real ou imaginado
• Relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, alternado
idealização com desvalorização
• Perturbação da identidade com instabilidade da autoimagem e do
sentimento de self
• Impulsividade (atividade sexual, gastos, drogas, etc)
• Recorrência de
automutilantes
ameaças
ou
comportamentos
suicidas
• Alta reatividade do humor: instabilidade afetiva
• Sentimento crônico de vazio
• Raiva inadequada e intensa e dificuldades de controlá-la
• Ideação paranoide transitória
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DSM-IV
ou
TRANST. HISTRIÔNICO DA
PERSONALIDADE
• Teatralidade; expressão exagerada de emoções
• Sugestionabilidade
• Afetividade superficial e lábil
• Busca contínua de ser o centro das atenções
• Sedução inapropriada em aparência e
comportamento
• Preocupação com atratividade física
CID-10
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PREVALÊNCIAS DOS T. DE
PERSONALIDADE E COMORBIDADE
COM T. BIPOLAR
• Ainda muitas controvérsias devido a diferenças
metodológicas entre estudos
• Na população geral a prevalência varia entre 5.9%
e 17.9%, conforme o estudo
• Em pacientes que tenham T. Bipolar já em
tratamento, as prevalências variam de 12% a 89%
conforme o estudo
Fan AH et al, 2008
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RELAÇÕES ENTRE TRANSTORNOS
DE PERSONALIDADE E
TRANSTORNOS DE HUMOR
• Aparentemente maior comorbidade nos transtornos
bipolares
• Importante considerar a complexidade dos
transtornos bipolares: suas consequências no modo
de reagir do portador também são complexas
• A gravidade dos transtornos do humor pode
implicar na existência de sintomas crônicos que são
passíveis de confusão com transtornos de
pesonalidade
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
E TRANSTORNOS DO HUMOR
• Frequentemente é difícil fazer o diagnóstico diferencial
• É imprescindível avaliação evolutiva, longitudinal e não só
transversal
• Os traços dos transtornos de personalidade são mais duradouros,
de ocorrência menos periódica do que os sintomas dos transtornos
de humor
• Mesmo que retrospectivamente, muitas vezes é possível detectar os
traços dos t. de personalidade desde muito cedo na vida do
indivíduo, e não tanto os de t. de humor
• A personalidade tende a não se modificar significativamente com o
uso de estabilizadores do humor e outros medicamentos
utilizados para tratar estes transtornos
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IMPACTO DA COMORBIDADE TH/TP
• A comorbidade tende a dificultar o manejo de
ambas; TH com cursos mais complicados
• Menor adesão ao tratamento
• Maiores problemas na recuperação funcional
• Maiores taxas de suicídio
• Maiores
taxas
substâncias
de
abuso/dependência
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Fan AH et al, 2008
de
IMPLICAÇÕES PARA O TRATAMENTO
• Situações ainda pouco estudadas
• Vantagem para estratégias multimodais de
tratamento (medicamentos, psicoterapia, outras
intervenções psicossociais)
• As psicoterapias psicodinâmicas são
tradicionalmente mais utilizadas para manejo de
transtornos da personalidade
• Terapia cognitivo-comportamental tem sido tentada
para personalidade borderline
Fan AH et al, 2008
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ABUSO/USO NOCIVO E
DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS:
àlcool, cocaína, crack, maconha,
anfetamina, LSD, ecstasy, etc
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ABUSO/USO NOCIVO E
DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS:
• Nem todo o consumo de substâncias potencialmente
causadoras de problemas, leva necessariamente aos
problemas. Todavia, o risco existe sempre
• Os conceitos de abuso, uso nocivo e dependência devem
ser explícitos e usados com a maior acuidade possível
• Os diagnósticos devem ser bem sustentados pelas
informações colhidas com paciente/família e pela
consideração das melhores evidências disponíveis
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O QUE SIGNIFICA
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS?
• Abuso é um conceito utilizado para dizer que o uso
repetido de uma substância está causando
prejuízos à pessoa que a consome
• Não há compulsão para o uso: a pessoa pode
interromper o consumo, se desejar
DSM-IV
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CRITÉRIOS PARA
DETERMINAÇÃO DO ABUSO
Os prejuízos podem aparecer como:
1 - Dificuldades de cumprir obrigações
2 - Uso que leva a situações de perigo físico
3 - Múltiplos problemas legais
4 - Problemas sociais e interpessoais
DSM-IV
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USO NOCIVO CID-10 – DIRETRIZES:
Padrão de uso de substância psicoativa que está
causando dano, físico ou mental, à saúde. O
dano deve ser claro e não se refere a
julgamentos sobre conduta e correlatos, por
parte do meio sócio-familiar
DANO REAL CAUSADO À SAÚDE FÍSICA OU MENTAL
• Não basta que existam em problemas sociais ou
interpessoais
• Intoxicação aguda ou ressaca não são por si só evidências
• Não se superpõe ao diagnóstico de dependência
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DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS
• É um conceito que define o uso repetido uma
substância, de modo prejudicial, e esse uso é feito
de modo compulsivo
• Há grande dificuldade de interromper esse
consumo, mesmo que a pessoa empregue muito
esforço
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DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS
O diagnóstico é feito a partir da presença de 3 ou
mais das seguintes características (CID-10):
• Compulsão para o consumo
• Dificuldade de controlar início, término ou
quantidades do consumo
• Sintomas de abstinência fisiológica, quando há
diminuição ou interrupção do consumo
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DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS
• Tolerância (necessidade de quantidades cada vez
maiores)
• Atividades habituais são reduzidas ou
interrompidas em função do uso da substância
• Mesmo reconhecendo que está havendo danos, a
pessoa não consegue deixar de fazer uso
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DESAFIOS NO
TRATAMENTO
DO
.
USUÁRIO DE DROGAS
Dependência:
Interações causais
- Vulnerabilidade herdada
- Modificações em SNC após exposição
- Comorbidades
BIO
- Personalidade
- Relacionamentos inter-pessoais
- Escassez de recursos/interesses
- Pressão social
- Escassez de recursos
- Disponibilidade
DROGA
SOCIAL
PSICO
Propriedades farmacológicas
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DO CONTATO À DEPENDÊNCIA
CONSUMO
PROBLEMAS
ABUSO/
U.NOCIVO
RISCO
DEPENDÊNCIA
Um espectro de problemas relacionados ao uso...
considerando todos os indivíduos com
problemas e seus colaterais...
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RECENTE REVISÃO DE ESTUDOS
EPIDEMIOLÓGICOS NOS EUA,
RELATOU QUE:
61% das pessoas com transtorno bipolar I
48% com transtorno bipolar II
27% com depressão unipolar
17% da população geral
fazem abuso ou tornam-se dependentes de álcool
e/ou outras drogas, ao longo de suas vidas
Kessler RC. The epidemiology of dual
diagnosis. Biol Psychiatry 56:730-7, 2004
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PARA FAZER A DISTINÇÃO ENTRE A
EXISTÊNCIA VERDADEIRA OU FALSA DE
COMORBIDADE DO USO PROBLEMÁTICO DE
SUBSTÂNCIAS E TRANSTORNOS DO HUMOR, É
PRECISO CONSIDERAR QUE:
• Os sintomas de humor podem fazer parte do
quadro de intoxicação ou da síndrome de
abstinência (são secundários)
• Os sintomas de humor podem ser devidos a um
transtorno primário de humor
• Podem estar ocorrendo as duas coisas
simultaneamente
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ASPECTOS QUE
DEVEM SE CONHECIDOS:
• Quais as substâncias consumidas e suas
características (intoxicação e sintomas de
abstinência)
• Datas dos últimos consumos
• O tempo de abstinência total e sua relação com a
evolução dos sintomas de humor
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ASPECTOS QUE
DEVEM SE CONHECIDOS:
• Muitas vezes passa despercebido o transtorno de
humor em usuários de álcool e outras drogas
• Todavia, parece haver excesso de diagnósticos
errôneos de transtornos de humor em usuários de
substâncias (Goldberg et al, 2008)
• O diagnóstico deve ser sempre checado após a
interrupção do consumo de substâncias, e se
necessário reformulado
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IMPACTO
• Dificultar o diagnóstico
• Agravar sintomas de episódios de mania e de
depressão: aumento de impulsividade e
agressividade, intensificação da tristeza e da
exaltação, prejuízos de concentração, etc
• Recaídas mais frequentes em usuários que
interromperam o consumo
• Diminuir a adesão a tratamentos
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IMPACTO
• Diminuir resposta a estabilizadores do humor
• Aumentar o número de hospitalizações
• Aumento de episódios mistos e ciclagem rápida no
transtorno bipolar
• Interações medicamentosas
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IMPACTO
• Risco de comportamento violento dirigidos a si ou a
terceiros
• Tentativas de suicídio (especial// com álcool)
• Desencadeamento de episódios do humor, fazendo
surgir o transtorno em pessoas que tendo potencial
biológico talvez menos intenso, poderiam não
desenvolver o problema, sem o uso de álcool ou
drogas
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
•
Ainda há poucos estudos sobre tratamento, com
bons métodos, realizados especificamente para
esta comorbidade
• Transtornos de humor e transtornos relativos a
consumo de substâncias devem ser tratados
simultaneamente
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INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS
• Quando estiverem disponíveis modelos de psicoterapia
integrativos, específicos para este tipo de comorbidade,
estes são a melhor escolha
• Na ausência de modelos mistos, deve-se conjugar
intervenções específicas para cada um dos tipos de
transtorno
• Nas ações de reintegração social, é necessário que se
considere as peculiaridades de cada transtorno e o impacto
de sua coexiestência
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INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS
• As psicoterapias melhor estudadas são as
congnitivo-comportamentais (TCC)
• Existem algumas modalidades de TCC
especificamente desenhadas para esta
comorbidade
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INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS
• É provável que o valproato de sódio e outros
anticonvulsivantes sejam mais efetivos do que o
lítio, para pacientes com transtorno bipolar e
dependência de substâncias
(Swann et al, 2002; Weiss et al, 1998)
• Associação entre valproato de sódio e naltrexona
parece mais eficaz do que o valproato sozinho,
havendo dependência de álcool
(Chakravorthy, 2003, estudo não publicado- Quello, 2005)
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• Pacientes com transtorno de humor fumam mais do que a
população geral e há poucos estudos antitabagismo
específicos para esta população (Diaz et al, 2009)
• Estudos têm mostrado que a interrupção do tabagismo em
pacientes com história de depressão recorrente está
associada a maior probabilidade de novo episódio
(Glassman et al, 2001; Pomelau et al, 2001)
• É provável que o uso de antipsicóticos atípicos
(risperidona e quetiapina) sejam úteis no tratamento de
transtorno bipolar com uso de cocaína ou anfetamina,
reduzindo sintomas dos dois quadros
(Nejtek et al, 2008, Brown et al, 2002)
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS/CITAÇÕES
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Casas M, Franco MD, Goikolea JM, et al. Bipolar Disorder Associated to Substance Use Disorders (Dual Diagnosis).
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Nejtek VA, Avila M, Chen LA, Zielinski T, Djokovic M, Podawiltz A, Kaiser K, Bae S, Rush AJ Do atypical antipsychotics
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Frye MA, Salloum IM. Bipolar Disorder and Comorbid Alcoholism: Prevalence Rate and Treatment Considerations.
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Quello SB, Brady KT, Sonne SC. Mood Disorders and Substance Use Disorders: A Complex Comorbidity. Science &
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Brook DW, Brook JS, Zhang C, Cohen P, Whiteman M. Drug Use and the Risk of Major Depressive Disorder, Alcohol
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Glassman AH, Covey LS, Stetner F, Rivelli S. Smoking cessation and the course of major depression: a follow-up
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Pomerleau CS, Brouwer RJ, Pomerleau OF. Emergence of depression during early abstinence in depressed and nondepressed women smokers. Journal of Addictive Disorders 20(1):73-80, 2001.
Strakowski SM, DelBello M. The Co-Ocurrence of Bipolar and Substance Use Disorders. Clin Psychology Ver
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Strakowiski SM, DelBello MP, Fleck DE, Arndt S. The Impact of Substance Abuse on the Course of Bipolar Disorder.
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