A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA QUEIXA SOBRE A APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA PELO PROFESSOR ALFABETIZADOR: A CONTRIBUIÇÃO DA PERSPECTIVA HISTÓRICA CULTURAL. FERNANDO WOLFF MENDONÇA Departamento de teoria e Pratica da Educação – UEM –Pr. [email protected] INTRODUÇÃO O presente trabalho resulta de uma pesquisa mais ampla que investiga a concepção de linguagem escrita no contexto dos professores alfabetizadores no noroeste do estado do Paraná. Busca na perspectiva histórico cultural fazer a correlação entre os processos de formação do professor e as práticas utilizadas em sala de aula, bem como, relacionar as dimensões de desigualdade sociais no processo de humanização da criança e os reflexos das políticas públicas neste processo analisando os à luz do materialismo histórico dialético na busca das múltiplas determinações deste problema. Especificamente neste trabalho apresentam-se as concepções de uso da linguagem escrita, pela análise de seus referenciais teóricos e a necessidade de sua discussão. Contexto da discussão do problema Atuando na área escolar com a pedagogia e fonoaudiologia no contexto do sistema público, recebe-se com frequência encaminhamentos escolares para avaliação de aprendizagem da escrita, com hipóteses levantadas pela escola, e muitas vezes com a solicitação de exames encaminhados pela escola com o objetivo de diagnóstico de transtornos como a dislexia, disgrafia, entre outros. Estes procedimentos têm gerado uma inquietação, visto que, por ser um procedimento da área da saúde, seus métodos de análise de audição relacionados a procedimentos subjetivos e objetivos, cujo processo é pouco conhecido da área educacional, acabam por favorecer a produção de queixas sobre a apropriação da linguagem escrita que mascaram a realidade do processo de aprendizagem. O fato que chama a atenção, que estas demandas produzidas têm sua gênese no processo de apropriação da linguagem escrita, o que nos remete a questão da 1 medicalização dos processos escolares na e a transformação de ‘problemas de vida’ em doenças, em distúrbios. (COLLARES E MOYSES, 1996 p.75). Esta dimensão, da ênfase no biológico e no individual, está relacionado a idéia presente na pesquisa científica pós moderna, onde não se considera o sujeito em seu processo histórico de constituição. Esta dimensão a-histórica de sujeito é bastante criticada pela perspectiva histórico-cultural, apresentada por Vigotski e desenvolvida por teóricos da linha de estudo, que criticam a fragmentação do conhecimento inerente a constituição do ser humano. A Educação escolar por vezes, vem considerando apenas o aluno empírico. O empírico é aquilo que cai sob o campo de nossa percepção sensível; é o aparente, aquilo que aparece diante de nós. Entretanto, o empírico é apenas o ponto de partida. O homem se constitui homem, se humaniza, nas e pelas relações com outros homens. Sendo assim, nosso objeto é o individuo concreto, sendo o homem, portanto, sínteses de múltiplas determinações (SAVIANI, 2004). Desta forma, tendo a apropriação da linguagem escrita como objeto de estudo, este trabalho revisa, a luz do referencial histórico cultural, as múltiplas origens sociais das queixas sobre o processo de apropriação da linguagem escrita, analisando-as como determinantes e determinadas pelas condições sociais que enredam o processo de escrita no contexto da área de educação. O problema proposto para este trabalho é sobre como são compreendidas as circunstâncias que produzem as queixas de apropriação da linguagem escrita no contexto escolar. Apreender os significados atribuídos por profissionais alfabetizadores sobre o processo de apropriação da linguagem escrita, e suas implicações na produção da queixa escolar de alfabetização. Vejamos alguns dados bastante elucidativos. Os resultados do SAEB1 de 2003 no que se refere ao domínio da língua portuguesa entre alunos da 4ª série revelam claramente a ineficiência da escola brasileira na consecução de sua tarefa mais primordial: alfabetizar todas as crianças. Do total de alunos avaliados 18,7% apresentaram índice considerado muito crítico, 36,7% nível crítico, 39,7% nível 1 O SAEB foi instituído pelo MEC em 1995 e é constituído por avaliações nacionais por amostragem realizadas a cada dois anos com o objetivo de investigar o nível de conhecimentos de língua portuguesa (foco em leitura) e de matemática (foco na resolução de problemas) dos alunos da 4ª e 8ª série do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio. 2 intermediário e 4,8% nível adequado. Isso significa que menos de 5% dos alunos estavam alfabetizados ao final da metade do ensino fundamental! O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) criado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) é calculado com base tanto nas taxas de rendimento escolar (indicadas pelos índices de aprovação e evasão), quanto no desempenho dos alunos aferido no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e na Prova Brasil2. Essas provas são aplicadas a cada dois anos. Tendo como referência uma escala de 0 a 10, o IDEB calculado para 2007 foi de 4,2 para as séries iniciais do ensino fundamental, 3,8 para as últimas séries do ensino fundamental e 3,5 para o ensino médio 3. Apesar de melhores do que aqueles verificados no IDEB de 2005, esses resultados revelam um evidente quadro de dificuldades no sistema educacional brasileiro. A Síntese de Indicadores Sociais 2007 divulgada pelo IBGE em setembro de 2008 traz um dado espantoso: do total de alunos de 07 a 14 anos matriculadas em escolas brasileiras, 27,5% estavam atrasadas em relação à série recomendada e 7,4% foram denominados “iletrados escolarizados”. Estes indicadores associados às demandas de encaminhamentos de escolas para os serviços de saúde responsável por filas de até 180 crianças com queixas escolares de alfabetização atendidas pelo serviço de fonoaudiologia da prefeitura (São Jose dos Pinhais, 2009), mostram que a demanda gerada pela escola sobre o processo alfabetizador ainda caracteriza-se por incompreensão sobre seus processos de apropriação. Associado a isto, os relatos apresentados ao autor, em diferentes contextos educacionais, onde o mesmo assume papel de agente de capacitação docente, ressaltamse as queixas fundamentais sobre a linguagem escrita e seus processos como a principal demanda de duvidas e incertezas por parte dos professores. Justifica-se assim analisar esta demanda a partir da escuta dos professores e na busca de identificação e produção das demandas existentes sobre a linguagem escrita. Sendo assim este trabalho pretende analisar como os profissionais envolvidos com a 2 Essa prova, também conhecida como provinha Brasil, foi implantada pelo MEC em 2008 e é aplicada em alunos com idade entre seis e oito anos. A primeira aplicação ocorre no início e a segunda no término do ano letivo. A prova tem por objetivo oferecer às redes públicas de ensino um instrumento de diagnóstico do nível de alfabetização dos alunos. 3 Esses dados estão disponíveis no site do INEP: www.inep.gov.br 3 alfabetização compreendem as circunstâncias que produzem as queixas de apropriação da linguagem escrita. A linguagem escrita no contexto da alfabetização A escrita é uma invenção da humanidade! Surge da necessidade de relações de trabalho e comércio entre os povos (CALVET, 2007). Nas relações de trabalho desenvolve seu caráter prescritivo, estruturado e de meio de estabelecer as regras de uso formais. Do seu caráter comercial as dimensões interativas e mediadoras da vida social. A especialização das formas de trabalho e a dimensão do perfil do trabalhador necessário levaram a escola a ter de preparar o individuo para ser produtor ativo no processo de industrialização. Por conta disto a dimensão de sujeito que produz e aquele que não tem perfil para a produção desencadeia um processo de seleção de indivíduos competentes e incompetentes para o mercado. Assim sendo a escola, que tem como função social preparar a mente, o corpo para a vida social, passa a classificar os que são sujeitos produtivos e os improdutivos dentro desta realidade e isto se dá via apropriação dos conhecimentos e instrumentos sociais, entre estes a linguagem escrita. Entendendo o conhecimento como uma “produção social que emerge da atividade humana, a qual, em contraposição ao mundo animal, caracteriza-se por ser social, instrumental e transformadora” (PINO, 2001 p. 38). E um ser social como aquele que tem objetividade, ou seja, pré-estabelece as tarefas que vai executar tendo como objetivo o planejamento da tarefa antes mesmo de sua execução (VYGOTSKY, 1998). Por um sujeito instrumental e transformador, entendemos aquele que cria instrumentos técnicos, para agir sobre a natureza, e semióticos (sígnicos) para agir sobre os outros e sobre si mesmo, como no caso da linguagem humana (VYGOTSKY et al., 1994); podemos entender que a sociedade, via escola, assumirá, pelo seu trabalho e ideologia, papel determinante na constituição social do sujeito que por ela passar. Se o processo atingir seus objetivos, o sujeito passa a agir de modo diferenciado sobre o mundo natural, transforma-o conferindo-lhe significação, utilizando-o no nível simbólico, tornado-o inteligível e comunicável. Segundo PINO (1993, p. 10), esta é a marca da evolução psíquica do homem, pois lhe confere uma característica ativa, pela sua capacidade criadora e dialética, pelas transformações que ele gera a si, aos outros e ao meio. O resultado deste processo é o que chamamos de universo cultural, ou seja, o meio próprio dos homens construído por eles ao longo de sua história. 4 Porém, se o processo não for produtivo, existirá a necessidade de se redimensionar o processo e perceber de que forma e por que motivos não foram atingidos. Enquanto a criança consegue entender e utilizar este signo como algo que represente uma idéia, ela então passa a controlar seu próprio comportamento a partir deste uso (LURIA, 1994). Sendo assim, a escrita assume um papel duplo, tal como a linguagem oral de organizar a atividade reflexiva. Pois como diz OLSON, (1998, p. 90) “a escrita transforma o discurso em objeto da consciência” e serve como registro das transformações geradas pela escrita sob a forma de texto. Nas palavras de LURIA (1994, p. 146), “a escrita é uma destas técnicas auxiliares para fins psicológicos; a escrita constitui o uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recordar e transmitir idéias”. A escrita remete à compreensão do discurso, está vinculada à consciência do que se diz; logo a fala - mediante a palavra e discurso, significado e sentido - é que estará como pré-história da linguagem escrita. OLSON (1998, p. 91) confirma ao argumentar que “as crianças aprendem com a escrita um modelo para pensar sobre a fala e a linguagem, (...), alteram a cognição e a consciência”. A linguagem enquanto criação do próprio ser humano reorganiza a atividade cognitiva e a linguagem escrita, pela sua forma estruturada, representa um pensamento muito mais organizado, ou seja, um pensar sobre a oralidade. Busca-se com ela a compreensão do discurso, a reflexão e a crítica da fala como forma de entender os processos relacionados à vida social e as interações. Assim, crianças que já se apropriaram da linguagem escrita e já fazem uso dela como ferramenta de comunicação e planejamento de uma atividade textual atingiram um nível de representação mais elaborado que o simbolismo inicial da linguagem, chegaram a um nível de representação de “segunda ordem” (VYGOTSKY, 1998). Isto as torna crianças que estão em condições de participar das interações sociais mediadas pela escola e que necessitam de uma interação significativa para se constituir sujeito sociais. O significado que a escrita tem é assegurado por MCLANE (2002, p. 297), quando relata que: As crianças descobriram que a escrita poderia ser usada para ampliar e elaborar muitas funções comunicativas já atendidas pela fala, e que ela poderia tornar meio efetivo e poderoso de expressão e auto-afirmação, um 5 meio para agradar, brincar e se exibir, mostrar competência, provocar, ofender e desculpar. Portanto, a escrita assume papel fundamental na humanização da criança e serve de elemento mediador entre os conhecimentos obtidos por ela na atividade prática em busca da formação de suas funções mentais superiores. Assim, se procuramos analisar a linguagem escrita como uma construção social, que uma vez apropriada deixa marcas inscritas na mente mediante os significados das memórias e informações por ela evocadas, também devemos levar em conta seu processo de aquisição no desenvolvimento infantil, sustentado pela aquisição da fala que será mecanismo para tomada de consciência da linguagem enquanto função comunicadora e organizadora da atividade social. Por outro lado, existe uma relação entre o professor e profissionais que atuam em proximidade da educação, como fonoaudiólogos e psicólogos, que pensam a linguagem de modo diferenciado da proposta educacional trazida pela educação. No que tange ao processamento da informação (SIEGLER, 19764; STERNBERG, 19905), a mente humana é concebida como um sistema complexo, análogo, de certo modo, a um computador, pois manipula e processa as informações que vêm do ambiente ou que já estão armazenadas na mente (apud COLE; COLE, 2004). Segundo FLAVELL et al. (1999, p. 15) a mente é: (...) um processador que codifica, recodifica ou decodifica a informação, comparando-a ou combinando-a com outras, armazenando na memória ou recuperando a informação a partir dela; trazendo-a ou tirando-a da atenção focal e da consciência e assim por diante. Nesta abordagem, as informações de natureza mais ‘declarativa’, ou seja, sentidos de palavras fatos ou situações e dados mais ‘procedimentais’ que são as informações sobre o fazer das coisas, serão processadas e manipuladas pelos módulos mentais, que são processadores cognitivos cerebrais (EYSENCK; KEANE, 1996). Assim, o objetivo da abordagem é chegar a um modelo de processamento cognitivo em tempo real que seja tão precisamente especificado, explícito e detalhado que poderá ser processado por um modelo computacional ou um modelo aplicável a situações de testagem para o entendimento da mudança ou funcionamento cognitivo (FLAVELL, et al., 1999). 4 SIEGLER, R. Three aspects of cognitive development. Cognitive Psycology, 8, [S.n.: s.l.], 1976, p. 481-520. 5 STERNBERG, R. Metaphors of mind: conceptions of the nature of intelligence. New York: Cambridge University Press, 1990. 6 Deveremos entender que esta aptidão, ou seja, a especialização cerebral desenvolvida pela espécie humana que lhe permite constituir funções tão elaboradas, advém de uma organização neuronal que lhe dá configurações específicas com as quais ela poderá receber e processar, ao longo de sua existência, as informações sensórias advindas do meio exterior. Entretanto, é importante ressaltar que esta organização não está pronta, como se supõe, mas conforme descrito por CHANGEUX (1983, p. 351-2): Existe um aumento das ramificações dos neurônios à medida que o sujeito é exposto à interação social, visto que elas ramificam a arborização neuronal. A sucessão de etapas de crescimento sináptico e de estabilização seletiva (...) criam uma relação mais estreita entre a montagem da complexidade anatômica do cérebro humano e o seu meio. Assim sendo, o cérebro será impregnado de cultura através de processos semióticos, ou seja, das informações sensoriais vindas do meio e elaboradas pelos significados atribuídos pela cultura. Este processo chamado de codagem advém das transformações sucessivas das informações físicas, químicas e elétricas que, por conseqüência, alteram as estruturas bioquímicas dos neurônios e carregam consigo as informações sígnicas que conferem a estes sinais um significado. Mas os signos só podem circular no cérebro se estiverem sob forma de sinais ou, então, se a palavra for um sinal sonoro que por sua vez, carregue um significado; o sinal torna-se signo e ele pode trafegar pelas vias nervosas. Sabe-se que a percepção da palavra que o outro nos fala é uma tarefa muito complexa. Várias atividades mentais estão envolvidas e requerem do sujeito diferentes habilidades tais como: perceber os sons, memorizá-los e organizá-los em seqüência de forma que sua produção possa ser condizente com o produto da interlocução do emissor ao qual se está ouvindo. Esta concepção sobre o desenvolvimento da linguagem tem influenciado bastante as idéias que fazem os professores sobre o processo de apropriação da escrita e, com isto, ajudam a produzir queixas sobre o individuo transformando-o em aluno com dificuldades na aprendizagem. Desta forma a mediação da linguagem escrita passa a assumir um papel determinante neste contexto. CRUZ e GALLUCH (2009) ao questionarem sobre a apropriação da linguagem escrita citam que: Ao dominar os conteúdos da linguagem escrita e perceber as coisas de modo diferente significa, ao mesmo tempo, ganhar outras possibilidades de agir em 7 relação a eles, estabelecer novas reflexões, generalizá-las. Para que esses conteúdos se tornem perceptíveis, entretanto, são necessários momentos de ensino e intervenção do professor, ou seja, é necessário que se dirija a atenção do aluno para esses conhecimentos.(p.17) Assume-se então a importância de o professor ser modelo e mediador da aprendizagem das crianças, deve este ser o que lê e que escreve, sendo o modelo presente, assim como na fala, do processo de constituição dos modos de representação que a criança irá constituir para a escrita. Desta forma a criança poderá internalizar a prática instrumental e simbólica mediada pelo ato de escrita do professor. Também se revestem de fundamental importância as práticas de ensino as quais os professores estão sendo habilitados a executar, pois devem proporcionar condições de uso da língua escrita como forma de desenvolver estas habilidades complexas nos seus alunos. Desta forma as políticas públicas de alfabetização devem considerar os modos de apropriação em sua concepção e devem ser elaborados pensando nas múltiplas facetas que esta ferramenta social assume na vida do aprendiz. Considerações Depreende-se do texto acima, que o papel de mediador do processo de apropriação da linguagem escrita necessita de uma concepção de linguagem que leve em conta sua função como instrumento social. Para tanto, a formação docente deve oportunizar o estudo dos processos de ensino que viabilizem sua apropriação. O mediador deve conhecer os processos mentais envolvidos na constituição desta ferramenta social como instrumento de tomada de conhecimento da realidade. Isto, na atualidade, tem se demonstrado distante devido a forma pela qual o professor tem sido formado e da maneira pela qual as políticas públicas tem tratado a questão da apropriação da escrita. Sendo assim o foco fundamental que se apresenta a análise histórica que as políticas públicas de formação de alfabetizadores têm tomado e a maneira com que estes alfabetizadores tem se apropriado destes sabres. A implicação para a emancipação do aluno no processo de aprendizagem esta determinada por estas condições. REFERÊNCIAS: AGUIAR, W. M. J. Consciência e atividade: categorias fundamentais da psicologia sóciohistórica. In: BOCK, A. M. B.; GONÇALVES, M. G. M.; FURTADO, O. (Orgs). Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. São Paulo: Cortez, 2001. 8 CALVET, J.L. Historia de La escritura: de La mesopotâmia hasta nuestros dias. PAIDÒS, Barcelona. 2007 CHANGEAUX, J. P. L’homme neuronal. Paris: Fayard, 1983. CHIZZOTTI, A. Pesquisas em ciências humanas e sociais. 5a. ed. São Paulo: Cortez, 2001. COLLARES, Cecília; MOYSÉS, Maria Aparecida. Preconceitos no Cotidiano Escolar: ensino e medicalização. São Paulo: Cortez, 1996. COLE, M.; COLE, M. 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