CURSO DE BIOMEDICINA Trabalho de Conclusão de Curso: Resumos COORDENADOR DO CURSO: Prof. Dr. José Geraldo Argolo Ferraro SALVADOR 2008 TÍTULO: Farmacologia Geriátrica: Impacto Farmacotoxicológico do Arsenal Terapêutico Brasileiro Contemporâneo” ALUNA: Rafaella Gama de Matos ORIENTADOR: Matheus Santos de Sá RESUMO A inversão da pirâmide etária, onde o número de idosos encontra-se maior que o de jovens, era antes observado apenas em países desenvolvidos. Atualmente pode-se dizer que a maior parte da população idosa localiza-se em países em desenvolvimento. Um exemplo é o Brasil, que vem passando por esse processo de forma acelerada. O crescimento da faixa etária com 65 anos ou mais, trás mudanças também no perfil epidemiológico da população que é caracterizado por diminuição da mortalidade por processos agudos e aumento da mortalidade por doenças crônicas não-transmissíveis e causas externas. Entre as patologias mais freqüentes nos idosos têm-se o Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistólica e a Depressão. As alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento e a exposição a fatores de risco ao longo da vida, levam o idoso a acumular doenças crônicas, o que eleva os gastos com saúde e aumento do consumo de medicamentos. Concomitantemente a aplicação da polifarmácia, há o aumento do risco de efeitos adversos e interações medicamentosas perigosas. O sistema de saúde tem se mostrado deficiente, com poucos profissionais especializados e prestação de serviços desorganizada, levando o paciente muitas vezes a se automedicar, o que é de grande risco, especialmente nos idosos. O entendimento dos pacientes idosos a respeito dos medicamentos mais usados pela faixa etária ajudaria a conscientizá-los quanto aos riscos do uso incorreto das medicações. Palavras-chave: Idosos, Polifarmácia, Efeitos Adversos, Geriatria. TÍTULO: “Análise Epidemiológica Descritiva e Diagnóstico Molecular do Herpesvírus humano 8 (HHV-8) em Candidatos a Transplante Hepático no Estado da Bahia” ALUNO: José Carlos Oliveira Júnior ORIENTADOR: Andréa Mendonça Gusmão Cunha RESUMO O Herpesvírus humano 8 (HHV-8) também conhecido como Herpesvírus humano associado ao Sarcoma de Kaposi (KSHV) apresenta tropismo principalmente pela linhagem linfocitária e está associado a quatro diferentes formas de sarcoma de Kaposi (SK): SK Clássico, SK Epidêmico, SK Iatrogênico e SK Africano, além de outras lesões proliferativas da linhagem linfóide, como o Linfoma Efusional Primário (PEL) e doença multicêntrica de Castleman. A principal via de transmissão do HHV-8 é a sexual, porém outras vias podem estar relacionadas a transmissão do vírus, inclusive o transplante de órgãos. No presente estudo foram analisados 59 pacientes candidatos a transplante hepático, os quais foram submetidos a entrevista de caráter socioepidemiológico e posterior coleta de sangue para analise molecular e construção do banco de amostras biológicas. A análise sorológica pré-transplante, realizada em todos os candidatos a transplante hepático listado pelo SUS foram avaliadas para caracterizar a população estudada. Verificou-se que 93,6% (43/47) dos candidatos a transplante hepático foram reagentes para o IgG anti-CMV, 90,2% (37/41) para o IgG anti-EBV e 5,25% reagente para o IgM anti-EBV (2/38), a sorologia para detecção do Vírus T-Linfotrópico Humano (HTLV) foi reagente em 2,4% (1/43). A sorologia para o Treponema pallidum foi reagente em 7,5% (3/37), para o Tripanossoma cruzii foi reagente em 2,3% (1/43). Também foi constatado que a principal causa de insuficiência hepática foi decorrente da cirrose causada pela infecção crônica pelo Vírus da Hepatite C (HCV), com 42%, seguida pela cirrose secundária a etilismo com 32% e doença autoimune com 8%. No presente estudo, nenhuma das 56 amostras de DNA extraído de sangue periférico dos pacientes candidatos a transplante hepático amplificou seqüências de DNA do HHV-8. Palavras-chave: HHV-8, Receptores de fígado, PCR. TÍTULO: “Importância da Detecção de Streptococus agalactiae em Mulheres Grávidas” ALUNO: Raphael Rios Dourado de Carvalho ORIENTADORA: Hygia Maria Nunes Guerreiro RESUMO O Streptococcus agalactiae é um patógeno amplamente distribuído pelo mundo. Esta bactéria é caracterizada como agente etiológico em patologias neonatais graves, mas tem surgido como causador de doenças em adultos comprometidos com doenças crônicas, como diabetes. Está presente em até 44% das mulheres em alguns paises, mas, a média de colonização está entre 5 a 30% das gestantes, entretanto as taxas variam dentro de cada país e de um país para outro. As patologias causadas pelo S. agalactiae geram altos custos sociais e econômicos. A pesquisa deste microorganismo se torna importante, para evitar o desenvolvimento de patologias sobretudo neonatais, como meningites e sepses, cuja letalidade pode chegar a 60%. O conhecimento dos fatores de risco nos diferentes locais serve para subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção à doenças neonatais e maternas com conseqüente redução de custos para os serviços de saúde. TÍTULO: “Vigilância Hematológica de Populações expostas ao Benzeno: Uma Proposta para a Uniformização de Critérios para Avaliação Hemocitoscópica” ALUNA: Ângela Isabel Pereira Eugênio ORIENTADOR: Luiz Henrique Oliveira e Silva RESUMO O Benzeno é um agente reconhecidamente carcinogênico. A ação do benzeno e de seus metabólitos provoca danos às células hematopoiéticas, reduzindo ou impedindo o desenvolvimento celular normal. Este xenobiótico, apesar das suas características carcinogênicas, é largamente utilizado em diversos ramos industriais e também como matériaprima para produção de diversos produtos utilizados no cotidiano da população. A abordagem dos danos causados pelo benzeno, no Sistema Hematopoiético, é delineada a partir de inúmeros estudos epidemiológicos e estudos de coorte no ambiente ocupacional. Devido à magnitude dos danos causados pelo benzeno, na população em geral, em especial na população de trabalhadores diariamente expostos ao benzeno, houve a elaboração de diversos protocolos nacionais e internacionais. Porém, estes não abordam todos os procedimentos necessários para seja levantada a suspeita do diagnóstico de benzenismo. Este trabalho propõe a padronização das normas e procedimentos a serem utilizados para investigação dos casos suspeitos de benzenismo. Palavras-chave: Benzeno, metabólitos, exposição ocupacional, benzenismo, medula óssea, hematopoiese, hematotoxicidade, leucemia. TÍTULO: “Parâmetros Operacionais e Avaliação do Custo – Efetividade da Triagem Neonatal para Hipotiroidismo Congênito na Bahia” ALUNO: Marcos Paulo Santos Passos ORIENTADOR: Ney Cristian Amaral Boa Sorte RESUMO A Triagem Neonatal é um meio de diagnosticar precocemente diversas doenças congênitas e metabólicas que não apresentam sintomas no período neonatal, a fim de intervir no seu curso natural, impedindo a instalação dos sintomas decorrentes dessas. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Salvador é o serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) da Bahia, reconhecida e credenciada pelo Ministério da Saúde. Atualmente realiza exames para Doença Falciforme(DF) e outras Hemoglobinopatias, Hipotireoidismo Congênito(HC) e Aminoacidopatias, inclusive Fenilcetonúria(FCN).Fazer uma análise operacional e de custo/efetividade dos pontos de corte de TSH adotados no SRTN da APAE Salvador para a triagem de Hipotireoidismo Congênito, no período de 2005 a 2007. Estudo transversal realizado entre janeiro e maio de 2008, utilizando todas as dosagens de TSH e T4 realizadas pelo SRTN nos anos de 2005 a 2007. Foram analisados a cobertura, a incidência, o custo adicional de exames realizados para pontos de cortes utilizados e teóricos. Compararam-se os pontos de corte do TSH adotados pelo serviço (15µU/mL e 9µU/mL) com os doentes com HC diagnosticados e confirmados através do sistema de busca ativa e reconvocação do SRTN. Calculou-se a sensibilidade e o percentual de falsos negativos e o custo associado a perda do diagnóstico de HC. Observou-se aumento da cobertura entre 2005(81,5%) e 2007(92,1%). A incidência média foi de 1:1.941 NV. Os valores de TSH nos percentis 95 e 97 foram baixos em relação ao ponto de corte adotado. Apesar disso, não haveria maior detecção de casos com esses valores, com aumento do custo da triagem. A mudança do valor de 15µU/mL para 9µU/mL, em 2006, possibilitou a detecção de um caso a mais de HC, com custo irrelevante. Em 2007, a maior detecção de casos de HC por dosagens de T4 (23 doentes), reduziu a sensibilidade para 84,7%. O aumento da cobertura possibilitou o maior número de casos diagnosticados. Valores muito baixos de TSH não resultariam em ganho operacional, pois não diagnosticariam novos doentes, com aumento acentuado do custo. Contudo, o maior número de casos diagnosticados por dosagens de T4 em 2007, reduziu, acentuadamente, a sensibilidade observada nos anos anteriores avaliados. Situações como a coleta precoce (antes de 48 horas), aumento do número de número de RNs com baixo peso e concentração geográfica de casos poderiam explicar esse achado, contudo não foram avaliados no presente trabalho. Apesar disso, mostrou-se que o gasto gerado dos cuidados com um paciente com deficiência mental (DM) em um ano, representaria valor semelhante ao gasto com a inserção do T4 nos exames gratuitos do SUS. Assim, dosagem conjunta de TSH e T4 poderiam aumentar a sensibilidade para o diagnóstico do HC, reduzindo custos futuros ao SUS e aos familiares. Palavras-chaves: Triagem Neonatal; Hipotireoidismo Congênito; TSH e T4 TÍTULO: Febre Amarela: Uma Questão de Saúde Pública ALUNA: Jaqueline de Souza da Silva ORIENTADOR: Ana Márcia Fontes Novais RESUMO A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa, cujo agente etiológico é um vírus que pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivirus. É transmitida aos seres humanos através da picada de mosquitos da família Culicidae, principalmente a espécie Aedes aegypti responsável pelo vetor urbano e tendo como único reservatório o homem e os gêneros Haemagogus e Sabethes que são os transmissores silvestres, possuindo os macacos como hospedeiros amplificadores. Cerca de 90% dos casos da doença apresentam-se com formas clínicas benignas que evoluem para a cura, enquanto 10% dos casos desenvolvem quadros graves com mortalidade em torno de 50%. De acordo com a Organização Mundial de Saúde a doença é endêmica nas regiões da África e América do Sul. No Brasil a febre amarela silvestre é diagnosticada anualmente. Há o risco de surgimento dos casos da febre amarela urbana. Os métodos diagnósticos utilizados incluem a sorologia (IgM), isolamento viral, e RT-PCR. A zoonose não pode ser erradicada, porém a doença humana é prevenível mediante a vacina com a cepa 17D do vírus da febre amarela. Este trabalho evidenciou a importância do uso da vacina em pessoas que se deslocarão para as áreas endêmicas e o controle do vetor urbano com medidas preventivas da doença. Palavras-chave: Febre amarela. Icterícia. Aedes aegypti. Haemagogus. Vacina. TÍTULO: Caracterização Molecular do gene pol do HIV-1 de Indivíduos Infectados de Salvador, Bahia, Brasil ALUNA: Luciane Amorim Santos ORIENTADOR: Luiz Carlos Júnior Alcântara RESUMO O HIV-1 apresenta uma alta taxa de mutações gerada pela baixa fidelidade da enzima transcriptase reversa, levando assim, a uma grande diversidade genética. Devido a isto é importante analisar as características das cepas de HIV-1 circulantes. O gene pol é a região que codifica as enzimas transcriptase reversa, protease e integrase. Estas enzimas são alvo da ação das drogas que fazem parte da terapia antiretroviral, podendo assim apresentar mutações que conferem resistência a essas drogas. Este trabalho tem o objetivo de realizar a caracterização molecular do gene pol dos isolados de HIV-1 que circulam em indivíduos infectados de Salvador, Bahia, Brasil. Para isto foi realizado a PCR dos isolados provirais, seguido de sequenciamento, do HIV-1 de 24 indivíduos infectados para a obtenção de seqüências. As seqüências foram submetidas a analise filogenética para a determinação dos subtipos, individualmente utilizando a ferramenta de subtipagem REGA-HIV-1 subtyping tool, e em conjunto, utilizando os programas CLUSTAL-X para alinhamento, GENEDOC para edição, PAUP* para gerar a árvore filogenética, e TreeView para visualização da árvore. Para verificar a presença de recombinação intersubtipos as seqüências foram avaliadas pelo método de bootscanning implementado no programa SIMPLOT. O nível de susceptibilidade aos antiretrovirais das seqüências foi inferido através do algoritmo do banco de dados Stanford HIV resistance. A ferramenta SYFPEITHI foi utilizada para estimar a existência de possíveis epítopos ligantes de todos os alelos de HLA-I e HLA-II, e a Prosite para verificação de modificações pós-traducionais. A freqüência dos subtipos encontrado na população estudada foi: 70,8% subtipo B, 12,5% subtipo F1 e 16,7% recombinação BF. Na analise de resistência aos anti-retrovirais, observamos que 25% dos isolados apresentavam resistência aos inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosidio e 20,8% aos inibidores da transcriptase reversa nãonucleosidico. Além disso, todos os isolados apresentaram susceptibilidade aos inibidores da protease. Foram encontrados 38 epítopos de CTL e 12 de CD4 com freqüência acima de 50% e escore de ligação acima de 20. Vinte e quatro epítopos são encontrados em sítios de modificações pós-traducionais. Os resultados encontrados poderão corrobora na melhor compreensão das características moleculares das cepas que circulam na cidade de Salvador, auxiliando assim a busca de uma vacina eficaz e um melhor tratamento para os pacientes infectados. Palavras-Chave: HIV-1; gene pol; resistência; epítopos. TÍTULO: “Síndrome de Down e Leucemias Agudas na Infância” ALUNA: Tâmara Neto Amorim ORIENTADOR: Cynara Gomes Barbosa RESUMO A síndrome de down (SD) é causada pela trissomia do cromossomo 21, que é a alteração genética mais comum na espécie humana. As crianças com SD tem um risco 20 vezes maior de desenvolver leucemia linfóide aguda (LLA), 150 vezes maior de desenvolver leucemia mielóide aguda (LMA) e 500 vezes maior de desenvolver leucemia megacarioblástica aguda (LMA-M7). As leucemias agudas são neoplasias hematológicas malignas caracterizadas por proliferação descontrolada de precursores hematopoiéticos e podem estar relacionadas à trissomia constitucional do cromossomo 21. O presente estudo constitui uma revisão de literatura através de artigos indexados ao PubMed/MEDLINE entre os anos de 2001 a 2008 e site de busca google Scholar além de livros-texto sobre os estudos relacionados a SD e a associação com as leucemias agudas. Os resultados obtidos mostraram que mutações do gene gata1 são encontradas em todos os casos de LMA-M7 associada com a SD que nesses casos o portador da leucemia apresenta um melhor prognóstico quando comparada com a LMA-M7 que ocorre na ausência da SD. Palavras-chave: síndrome de down. leucemia linfóide aguda. leucemia mielóide aguda. leucemia megacarioblástica aguda. gata 1. TÍTULO: Utilização de Material Didático Eletrônico no Ensino de Ciências ALUNO: Gustavo Miranda Pires Santos ORIENTADOR: Marcos André Vannier dos Santos RESUMO Existem problemas na educação oriundos de várias fontes, inclusive, trazidos pelos entretenimentos das novas tecnologias, que por serem tão atraentes, empolgam mais os alunos da “geração vídeo game” que o estudo de ciências acaba se tornando menos interessante. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho é resgatar a empolgação e o interesse dos alunos com a criação de materiais que mesclem a tecnologia e ludicidade. Analises do material, da opinião dos professores e dos alunos sobre o ensino das ciências e sobre suas preferências foram realizadas a fim de esclarecer o processo da educação na escola contemporânea. Palavras-chave: educação, entretenimento, novos materiais. TÍTULO: “Perfil Clínico dos Pacientes Imunocomprometidos com Estrongiloidose” ALUNO: Eduardo Carvalho Silva ORIENTADORA: Ana Márcia Fontes Novais RESUMO A estrongiloidose é uma helmintose intestinal, causada pelo S. stercoralis, sendo o homem seu principal reservatório. Apresenta ampla distribuição mundial, porém, com maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais. A estrongiloidose pode se apresentar sob duas formas: aguda e crônica, podendo esta última ser sintomática ou grave. Em situações especiais, o ciclo de autoinfecção pode levar à hiperinfecção, podendo evoluir para estrongiloidose disseminada. Esta complicação ocorre com maior freqüência em indivíduos imunocomprometidos. Este estudo tem como objetivo descrever o quadro clínico dos pacientes imunocomprometidos como estrongiloidose crônica, determinando a prevalência, complicações, diagnóstico ,assim como medidas de prevenção e controle. Sendo uma revisão de literatura, sendo consultados trabalhos acadêmicos na BIREME, LILACS, SCIELO. O estudo mostrou que os medicamentos corticosteróides usados nos pacientes imunocomprometidos aumentam a gravidade da doença, devido a autoinfecção, resultando em alguns casos, no óbito desses pacientes, pelo mecanismo de migração das larvas para regiões atípicas, os pacientes portadores de HIV tem uma prevalência dessa parasitose cerca de 4 a 15%, quando comparado a uma população geral, o diagnóstico mais usual é o exame parasitológico de fezes pelo método de Baermann-Moraes e torna-se muito importante a atuação das medidas de prevenção nas comunidades, devido a gravidade da doença. Palavras-chave: Estrongiloidose, Strongyloides stercoralis, Imunocomprometidos. TÍTULO: “Púrpura Trombocitopênica Idiopática – Relato de Caso” ALUNA: Carolina Macedo Martins Moreira ORIENTADORA: Joelma Figueiredo Menezes Co-ORIENTADORA: Cynara Gomes Barbosa RESUMO Púrpura trombocitopênica idiopática é uma doença causada por mecanismos auto-imunes, onde ocorre diminuição na contagem de plaquetas e sangramentos na maioria dos casos, com manifestações hemorrágicas leves ou moderadas na pele ou mucosa. Os auto-anticorpos formados se ligam à superfície das plaquetas, promovendo uma destruição acelerada destas pelas células reticuloendoteliais no baço e fígado. O objetivo do tratamento de pacientes com PTI é elevar a contagem de plaquetas a níveis suficientes para prevenir sangramentos, utilizando protocolos terapêuticos com índices baixos de efeitos adversos. Os corticósteróides, a imunoglobulina intravenosa e a esplenectomia são as principais opções de tratamento disponíveis. O presente estudo consiste em um relato de caso de uma paciente do sexo feminino, de raça branca, nascida em Salvador, Bahia, Brasil, portadora da doença púrpura trombocitopênica idiopática, que tem conseguido um suporte médico e tratamento adequados, o que tem possibilitado um controle dos sintomas da doença e um prognóstico favorável à paciente. Palavras-chaves: Púrpura Idiopática, plaquetas, trombocitopenia, tratamento. TÍTULO: Análise Filogenética Baseada na Região HVS I do DNA Mitocondrial na População de Salvador, Bahia, Brasil ALUNO: Thiago José de Santana ORIENTADORA: Flora Maria de Campos Fernandes RESUMO Questões relativas à etnia são sempre importantes em populações que apresentam misturas de linhagens como o Brasil, seja para problemas envolvendo estrutura genética das populações, bem como origem populacional. No presente trabalho foram analisadas seqüências gênicas da região HVS I de habitantes de Salvador- Ba, e comparadas com seqüências homólogas de linhagens asiáticas, africanas e afro-americanas coletadas em banco de dados. Numa primeira bateria de análises, cinco haplótipos brasileiros (com 148 pares de bases), obtidos de habitantes de Salvador - Ba, foram analisados junto a linhagens asiáticas. Numa segunda bateria de análises, 28 haplótipos brasileiros (312 pares de bases), obtidos de habitantes de Salvador, Ba, foram comparados filogeneticamente a haplótipos africanos e afro-americanos da América do Norte. As análises foram conduzidas pelo critério da máxima verossimilhança. Em ambos os casos o modelo evolutivo de substituição de nucleotídeos escolhido foi o HKY85, revelando a robustez dos datasets. De acordo com as árvores filogenéticas obtidas, verificou-se que as linhagens brasileiras apresentam estreitas relações filogenéticas com linhagens asiáticas e afro-americanas envolvendo HVS I, o que corrobora a hipótese da colonização das Américas pelo Estreito de Bering. Palavras-chaves: etnia, filogenia, HVS I TÍTULO: “Bactérias mais Prevalentes na Encardite Infecciosa que Acabam Destruindo as Válvulas Cardíacas” ALUNA: Tâmara Silva Monstans Rodrigues ORIENTADORA: Marcele de Santana Gomes Co-ORIENTADOR: Adalardo Sousa Carneiro RESUMO A Endocardite Infecciosa é uma patologia evolutiva de tratamento difícil e de alta morbidade e letalidade, cujas taxas variam de acordo com o tipo e o local da população estudada que, na maioria das vezes, mesmo com o agente etiológico identificado e com antibioticoterapia, faz-se necessária a intervenção cirúrgica em decorrência de danos causados por esses agentes em sítios específicos, como exemplo nas válvulas cardíacas. Foram analisados 53 casos diagnosticados como Endocardite Infecciosa, 33 (62%) eram do gênero masculino e 20 (38%) eram do gênero feminino. Desses 53 casos, 23 tiveram hemoculturas positivas e 30 hemoculturas negativas. Dos 23 pacientes analisados 8 (35%) foram do gênero feminino e 15 (65%) foram do gênero masculino. Com maior frequência a infecção é causada por bactérias e, mais raramente, por fungos, com uma maior prevalência de bactérias Gram- positivas, tendo um maior predomínio de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp., as quais foram analisadas neste trabalho. Nas hemoculturas positivas os agentes isolados foram Staphylococcus aureus (43%), Staphylococcus epidermidis (18%), Streptococcus viridans (26%), Streptococcus β-hemolíticus (13%). A válvula mais acometida pelos agentes foi a mitral, sendo que em usuários de droga foi a tricúspide (S. aureus). O S. epidermidis causou maior infecção nas válvulas protéticas. De 23 pacientes com hemoculturas positivas 8 (34,8%) precisaram de tratamento cirúrgico para implantação de válvula mecânica devido ao grau de destruição causada pelos agentes e 15 (65,2%) foram submetidos a tratamento com antibiótico. A taxa de mortalidade entre os pacientes foi de 19%. Palavras chave: Endocardite, Streptococcus spp., Staphylococcus spp.. TÍTULO: “Infecção pelo Polymavírus em Pacientes Transplantados Renais” ALUNA: Mayara Alves Pinheiro dos Anjos ORIENTADORA: Andréa Mendonça Gusmão Cunha RESUMO A nefropatia por Polyomavirus constitui uma importante causa de perda do enxerto em transplantados renais. O BK polyomavirus (BKV) e o JC polyomavirus (JCV), pertencentes a família Polyomaviridae e gênero Polyomavirus, foram descritos em 1971 a partir do isolamento do BKV na urina de indivíduos com pielonefrite crônica, nefrite intersticial e falência renal avançada, e a partir do isolamento de JCV no cérebro de pacientes acometidos pela Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP). Os Polyomavirus são ubíquos na população e comuns na população adulta, com mais de 80% desta, mostrando evidências sorológicas de exposição passada. A primoinfecção ocorre geralmente na infância, principalmente de forma assintomática. A prevalência de infecções latentes pelos vírus BK e JC é alta e o principal órgão de latência do vírus mais prevalente em humanos, o BKV, é o tecido renal. Desta forma, os pacientes submetidos a um transplante de rim são especialmente vulneráveis aos danos de uma reativação viral durante a imunossupressão. A reativação desses vírus tem grande relação com a imunossupressão terapêutica, principalmente com a combinação de drogas como Tacrolimus (TAC) e Micofenolato Mofetil (MMF). Essa reativação pode causar disfunção e levar a perda precoce do órgão transplantado, além de excretar partículas virais na urina. Os métodos diagnósticos de BKV nas nefropatias incluem exame histopatológico por meio de biópsia renal dos aloenxertos, detecção do DNA de BKV no plasma e na urina através da reação em cadeia da polimerase (PCR) e a presença de "células decoy" na citologia urinária, sendo as técnicas mais utilizadas a citologia urinária e a realização do PCR na urina e no plasma. O Polyomavirus é um patógeno emergente nos centros de transplantes, pois a infecção por esse vírus está associada a disfunção e perda do enxerto. Devido ao exposto, esta revisão visa um conhecimento aprofundado desse vírus, no que se refere aos principais fatores de risco e técnicas laboratoriais, auxiliando a melhor estratégia para investigação, monitorização dos pacientes de risco e um tratamento eficaz. Perante a ausência de um antiviral específico é fundamental um manejo clínico, com o ajusto da dosagem das drogas imunossupressoras para controlar a infecção ativa em pacientes imunossuprimidos como os transplantados renais. Palavras-chave: Nefropatia associada ao Polyomavirus, transplante, BKV, reativação, imunossupressão. TÍTULO: “Perfil de Resistência a Antimicrobianos de Pseudomonas spp. Isoladas de Pacientes Home care em Salvador-BA” ALUNA: Arlane Mascarenhas Araújo ORIENTADORA: Marcele de Santana Gomes Co-ORIENTADOR: Adalardo Sousa Carneiro RESUMO Nos útimos anos, tem sido observado o aumento da freqüência de isolados de Pseudomonas aeruginosa resistentes a antimicrobianos, fazendo surgir cepas multirresistentes deste microrganismo, dificultando o tratamento dos pacientes. Este estudo, tem por objetivo identificar e avaliar a freqüência da resistência de Pseudomonas spp isoladas em pacientes ligados à assistência domiciliar. Foram analisados, todos os resultados concedidos pelo banco de dados das empresas de Home Care, Medlar, Vitalcare e Salvador Home Doctor, através do laboratório CLAB durante os anos de 2005 e 2006. As amostras coletadas foram provenientes de diversos sítos anatômicos dos pacientes e semeadas em meios de cultura Chromágar Orientation, Ágar Sangue, Ágar Chocolate, Ágar MacConkey e Ágar Simples. O teste de suscetibilidade foi realizado utilizando-se o método de disco difusão no meio Mueller-Hinton através da técnica de Kirby-Bauer. Foram verificadas suscetibilidade de P. aeruginosa em 52% de bioamostras positivas para MβL e 16% nas bioamostras com ausência de MβL tipo SPM-1. Dentre o gênero de pacientes analisados, o gênero feminino, destacou-se apresentando maiores incidências de bioamostras analisadas. Urina e secreção traqueal foram os espécimes clínicos que apresentaram maior percentual e incidência nas análises, observou-se também a sensibilidade da bactéria ao aztreonam, apresentando maior sensibilidade à polimixina B. Diante o exposto, foi possível analisar o perfil de sensibilidade antimicrobiana de cepas de Pseudomonas aeruginosa originadas de paciente em regime de assistência domiciliar, podendo ser observados a distribuição dos espécimes clínicos nesses pacientes no ano de 2005 e 2006. Palavras-chave: Pseudomonas aeruginosa. resistência a antimicrobianos. pacientes Home Care. TÍTULO: “Epidemiologia Descritiva e Análise Molecular do Herpesvírus humano 8 (HHV-8) em Doadores de Fígado no Estado da Bahia” ALUNO: Joaquim Zaqueu Nunes de Menezes ORIENTADORA: Andréa Mendonça Gusmão Cunha RESUMO O Herpesvírus Humano 8 (HHV-8), conhecido também como Kaposi's sarcoma-associated herpesvirus (KSHV), foi descoberto em 1994 pela biologista molecular Yuan Chang e colaboradores da Universidade da Columbia. O HHV-8 pertence a família Herpesviridae, subfamília Gammaherpesvirinae e ao gênero Rhadinovirus, o primeiro e único vírus desse gênero a infectar humano. O genoma do HHV-8 tem cerca de 165 a 170 kb, sendo composto por diversos genes que codificam proteínas virais específicas. Em conjunto, alguns desses genes podem ser os responsáveis pelo o surgimento e o desenvolvimento de doenças neoplásicas associadas ao HHV-8. O HHV-8 está associado as quatro diferentes formas de Sarcoma de Kaposi (SK): SK Clássico, SK Epidêmico, SK Iatrogênico e SK Africano, além de outras lesões proliferativas da linhagem linfóide, relacionadas ou não à AIDS, como o Linfoma Efusional Primário (PEL) e doença de Castleman. Neste estudo, foram analisados dados epidemiológicos de 532 prontuários de potenciais doadores de órgãos no ano de 2007 no Estado da Bahia e foi observado que 34,81% não doaram por motivo de negativa familiar. Verificou-se também que 21% dos potenciais doadores que não doaram por outro motivo foi por sorologia reagente. Foi constatado também que mais de 68% dos potenciais doadores eram do sexo masculino. Foram analisadas 17 de 35 amostras de DNA extraído de leucócitos de sangue periférico dos doadores de fígado efetivo, através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) onde não houve amplificação de seqüências de DNA do HHV-8 em nenhuma da amostras. A análise de dados epidemiológicos como sexo, idade, causa da morte dentre outros utilizados para análise descritiva da população estudada, contribuirá com informações relevantes para sociedade e comunidade científica, como também alertar o governo para a necessidade de promover campanhas publicitárias de incentivo a doação de órgãos enfatizando a importância da família no processo de doação. Este estudo também possibilitou a implantação de testes moleculares para o diagnóstico do HHV-8 no Estado da Bahia. Palavras-chave: HHV-8, Doadores, PCR. TITULO: Correlação entre o Carcinoma Uterino e o Papilomavirus Humano (Hpv) Tipos 16 e 18: Revisão de Literatura ALUNA: Lays Sodré Mendes ORIENTADOR: Adalardo Sousa Carneiro RESUMO O câncer do colo uterino é um grave problema de saúde no Brasil. Com aproximadamente 500 mil casos novos por ano, o câncer do colo do útero é o segundo câncer mais comum entre as mulheres, com um risco estimado de 19 casos novos a cada 100 mulheres no ano de 2008. O câncer está associados a diversos fatores, entre ele, idade, inicio precoce da vida sexual, tabagismo e principalmente a infecção pelo Papilomavirus humano, estando este presente em 90% dos casos de carcinoma uterino. O Papilomavirus humano (HPV) é um DNA vírus, não cultivável, pertencente a família Papovaviridae, que possui tropismo pelo tecido epitelial e mucoso. Até o momento, mais de 120 tipos de HPV foram descritos. Estes são classificados como de alto e baixo risco para oncogenicidade, sendo os tipos 16 e 18 os principais de alto risco, responsáveis pela maioria dos casos de câncer do colo do útero. Acredita-se que a infecção pelo HPV seja a infecção viral mais frequentemente transmitida pela via sexual, sendo também uma das mais prevalentes entre todas as doenças sexualmente transmissíveis. Apesar do alto número de pessoas infectadas pelo HPV, esta é uma doença com tratamento, que tem como objetivo principal a cura clínica, pois não há erradicação definitiva do vírus. O diagnóstico precoce do HPV é muito importante, pois quanto mais cedo se inicia o tratamento, menor é a probabilidade do paciente desenvolver o câncer. Hoje no Brasil existem programas de controle que visam diminuir a mortalidade através do diagnóstico precoce por meio do exame citopatológico. Palavras-chave: Papilomavirus humano, HPV, câncer do colo do útero. TÍTULO: “Prevalência de transtornos mentais menores em mães de alunos de uma escola pública de Monte Gordo, Camaçari, Bahia” ALUNA: Deise Gaspar Cortial ORIENTADOR: Ney Cristian Amaral Boa Sorte RESUMO Transtornos mentais menores são problemas muito comuns, mas de difícil caracterização são freqüentes em mulheres e famílias de menor renda e com baixa escolaridade. A maioria dos indivíduos com estas morbidades apresenta queixas como tristeza, fadiga, ansiedade, diminuição da concentração, preocupação somática, irritabilidade e insônia. O objetivo do projeto foi determinar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC), em mães de alunos de uma escola pública da cidade de Monte Gordo distrito de Camaçari – Bahia, Brasil e descrever fatores associados à sua ocorrência com ênfase na condição sócio econômica, na idade, no apoio social percebido e no número de filhos Onde o resultado puderam confirmar vários estudos já feitos por outros autores pesquisados mostrando que os transtornos mentais comuns e a qualidade de vida das mulheres sofrem significativa influência de fatores de ordem biopsicossocial. Na metodologia foi feito um estudo transversal utilizando-se como instrumento de análise do Projeto um questionário onde constam 24 questões subdivididas em duas seções. autorizado pela Organização Mundial de saúde (OMS) o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), que é um questionário de identificação de distúrbios psiquiátricos em nível de atenção primária. TÍTULO: “Utilização da antigenemia quantitativa na monitoração da infecção ativa pelo Citomegalovirus (CMV) no pós-transplante hepático no Estado da Bahia” ALUNA: Mariana Fernandes dos Santos ORIENTADORA: Andréa Mendonça Gusmão Cunha RESUMO A infecção ativa pelo Citomegalovírus (CMV) constitui uma importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes transplantados de órgãos no mundo. Depois da infecção primária, o CMV permanece latente e pode ser reativado quando há deficiência do sistema imune, como na terapia imunossupressora e em pacientes com AIDS. O CMV é largamente disseminado na população brasileira, com soroprevalência que varia de 60% a 90% em todos os indivíduos. Em pacientes submetidos ao transplante hepático, a infecção ativa por CMV pode apresentar várias manifestações clínicas, como febre, pneumonite, colite, gastrite, esofagite, e pode provocar rejeição do enxerto. A Antigenemia é o teste diagnóstico padrão ouro para detecção da infecção ativa por CMV. O objetivo do presente estudo foi implantar o teste de antigenemia quantitativa para monitorar a infecção ativa pelo CMV, avaliar o desenvolvimento de doença e a necessidade de terapia antiviral específica contra CMV em pacientes submetidos ao transplante de fígado no Estado da Bahia (Brasil). Foram estudados 30 receptores de fígado no período de março de 2007 a junho de 2008, sendo 24 do gênero masculino com média de idade de 49,3 anos. Para monitorar a infecção ativa pelo CMV foi utilizada a Antigenemia quantitativa por fluorescência para detecção do antígeno pp65, que é expressado na célula durante a replicação viral (CMVBrite-Turbo). De maneira prospectiva, foram coletadas amostras de sangue em tubos de EDTA (anticoagulante) para separação de células brancas do sangue. Imprints foram preparados com aproximadamente 200.000 células brancas do sangue e todas as amostras foram processadas até 6 horas depois de serem coletadas. As células infectadas pelo CMV expressam nos seus núcleos o antígeno pp65 e para detecção, foram usados anticorpos monoclonal anti-pp65 e posteriormente anticorpos marcados com fluorescência. Para a leitura utililizou-se um microscópio de imunofluorescência Olympus BX51 com objetiva de 40x. As células com núcleo expressando fluorescência foram consideradas positivas. Os resultados foram informados em número de neutrófilos positivos em 200.000 células brancas do sangue e permitiu correlação entre o número de células positivas e o desenvolvimento de doença, junto com a necessidade de terapia específica para o CMV em pacientes submetidos ao transplante de fígado. 53% dos pacientes apresentaram pelo menos uma antigenemia positiva para o CMV durante a monitoração pós-transplante. Entretanto, nem todos os pacientes necessitaram de terapia específica para o CMV. Em alguns casos, redução da terapia imunosupressora foi suficiente para controle da infecção. Em seqüência, para correlação da antigenemia quantitativa com o desenvolvimento de doença e com a necessidade de terapia específica para o CMV, foram realizados testes consecutivos e avaliados juntamente com a clínica e testes laboratoriais. 56% dos pacientes tiveram menos de 10 células positivas em 200.000 células brancas do sangue, e controlaram a infecção espontaneamente ou através do manejo da imunosupressão. Por outro lado, a maioria dos pacientes com 10 ou mais células positivas em 200.000 células brancas do sangue desenvolveram algum sintoma e precisaram ser tratados com Ganciclovir. Em conclusão, é extremamente importante a monitoração da infecção ativa pelo CMV com teste quantitativo no pós-transplante hepático, com isso pode-se estabelecer a utilização de uma terapia antiviral racional e específica. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Fiocruz e todos os pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Apoio financeiro: CNPq, FAPESB e Fiocruz. Palavras-chave: Citomegalovírus, Antigenemia, Ganciclovir. TÍTULO: “Análise epidemiologica da dengue na cidade de Salvador no período de Janeiro de 2000 a junho de 2008” ALUNA: Cíntia Souza Limeira ORIENTADORA: Andréa Mendonça Gusmão Cunha RESUMO A dengue é uma doença infecciosa reemergente, cujo agente etiológico é um vírus que pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivirus. É transmitida aos seres humanos através da picada de mosquitos da família Culicidae, principalmente a espécie Aedes aegypti, responsável pela transmissão urbana. A maioria dos casos apresenta-se com formas clínicas benignas, que evoluem para cura, entretanto alguns dos casos desenvolvem quadros graves, podendo evoluir para óbito. De acorde com a Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 50 a 100 milhões de pessoas são infectadas anualmente, em mais de 100 países em todos os continentes, exceto a Europa. No Brasil, a dengue é diagnosticada anualmente, com registros de surtos epidêmicos ao longo dos anos. Os métodos de diagnósticos mais utilizados incluem a sorologia, isolamento viral, detecção de antígeno e detecção de Ácido Nucléico viral (RNA). Não existe tratamento efetivo e nenhuma vacina em atividade, no memento. Este estudo visa avaliar o perfil epidemiológico da dengue, na cidade de Salvador - Bahia, no período de 2001 a 2008, com o propósito de identificar grupos de risco e prioritários para o atendimento, segundo faixa etária e distribuição temporal da doença. As informações são obtidas através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria Municipal de Saúde, através do TABNET. Em Salvador, o ano de 2002 sofreu um pico epidêmico, com 26.976 casos notificados, seguido do ano de 2008, com mais de 3.000 casos notificados até o mês de setembro, em relação aos demais anos estudados. Os meses compreendidos entre fevereiro e maio foram os mais atingidos pela dengue em Salvador, coincidindo, em maior proporção, com a estação do outono, e apresentando uma considerável redução nos meses subseqüentes. Os indivíduos com idade entre 20 e 49 anos foram os mais atingidos pela dengue em Salvador. 2002 foi o ano que notificou maior número de casos de óbitos, seguido de 2006. Apenas o ano de 2003 não registrou casos de óbitos por dengue, no universo estudado. Os indivíduos acima de 50 anos e as crianças até 9 anos foram os que apresentaram maior taxa de letalidade, sendo os prioritários para atendimentos. Por se tratar de uma doença reemergente, que possui vetor sinantrópico faz-se necessário a efetiva contribuição da comunidade, no sentido de combater o vetor, a fim de evitar possíveis epidemias. Palavra-chave: Epidemiologia, Dengue, Aedes aegypti. TÍTULO: “Associação de complicações na gestação e infecções bacterianas do trato urinário: Uma Revisão Bibliográfica” ALUNA: Maíra Silveira Baqueiro ORIENTADOR: Suzana Ramos Ferrer RESUMO Infecções do trato urinário (ITU) são doenças infecciosas comuns entre a população e podem ser sintomáticas ou assintomáticas. Causam cerca de sete milhões de visitas ao consultório médico por ano, e são algumas vezes a causa de internações em hospitais. Cerca de 40% a 50% das mulheres experimentam uma ITU durante a vida adulta. Durante a gestação, alterações fisiológicas ocorrem propiciando bacteriúria, que é a presença de bactérias na urina. Com a incidência aumentada e evidências da associação de complicações maternas e perinatais durante a gestação com bacteriúria, este estudo tem com objetivo analisar os trabalhos publicados até o momento que tratem sobre o assunto e sugiram mecanismos para o desenvolvimento das complicações, a partir de uma ITU. Foram encontradas fortes evidências sobre a participação de ITU em complicações na gestação, sendo o parto pré-termo a ocorrência mais elevada. O organismo mais encontrado nessas infecções foi a Escherichia coli, tanto nas mulheres normais quanto nas gestantes. Os fatores de risco para o desenvolvimento de ITU durante a gravidez mais importantes foram os associados a condições socioeconómicas, além antecedentes de ITU. A qualidade e a frequência da visita do serviço pré-natal foi considerado um fator importante já que o médico pode tratar ou aconselhar sobre os outros problemas. Muitos mecanismos de ação da ITU para o desenvolvimento de uma complicação na gestação foram analisados. Dentre os mecanismos propostos estão o papel das interleucinas inflamatórias, endotoxinas bacterianas e anticorpos contra os microorganismos, porém ainda não foi totalmente esclarecido todo o mecanismo causador de prejuízos na saúde da mãe e do bebê durante gestação quando se tem uma ITU, tornando as pesquisas nessa área importantes e necessárias. Palavras-chave: Infecção do Trato Urinário, Gravidez, Complicações Maternas, Complicações Perinatais. TÍTULO: “Soroprevalência e epidemiologia do Herpesvirus humano 8 (HHV-8) em pacientes transplantados de fígado no Estado da Bahia” ALUNA: Aline Machado Thomaz ORIENTADORA: Andréa Mendonça Gusmão Cunha RESUMO Com o advento do transplante, a sobrevida de indivíduos com insuficiência irreversível de determinados órgãos aumentou. Entretanto, concomitantemente com a transplantação, pode ocorrer a veiculação de patógenos. As vias de transmissão do Herpesvírus Humano 8 ainda não foram completamente elucidadas. Vários estudos têm relatado a via sexual como principal, além de outras vias potenciais como o transplante de órgãos. O Herpesvírus Humano 8 (HHV-8) ou Kaposi sarcoma Herpesvírus (KSHV) é o agente etiológico de todas as formas de Sarcoma de Kaposi e está associado ao Linfoma Efusional Primário e a Doença de Castleman Multicênctrica. Neste estudo, foram analisados dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais de 40 transplantes de fígado realizados no Estado da Bahia no período de março de 2007 a setembro de 2008. Foram coletadas amostras biológicas (sangue e soro) pré e pós-transplante dos receptores para construção de um banco de amostras e para detecção do HHV-8. Também foram analisadas amostras de soro, sangue e biópsia do doador. A sorologia foi realizada em amostras prétransplantes de 36 receptores e 26 doadores. Para a pesquisa de anticorpos anti-HHV-8 de fase lítica, todos os doadores foram não reagentes, e em relação aos receptores, 8% (3/36) tiveram sorologia reagente e 3% (1/36) apresentou sorologia indeterminada, todos do gênero masculino. Quanto à avaliação molecular, não foi observado amplificação gênica para a região ORF-26 do HHV-8 em nenhuma amostra de DNA extraído de sangue periférico de doadores e receptores, nem em DNA extraído das biópsias hepáticas. A análise epidemiológica descritiva dos pacientes submetidos ao transplante hepático revelou que a idade média foi de, aproximadamente, 50 anos, variando de 23 a 68 anos de idade, sendo 85% (34/40) do sexo masculino e 15% (6/40) do sexo feminino. A Doença Crônica Parenquimatosa do Fígado (DCPF) da maioria deste pacientes foi devido à infecção crônica pelo Vírus da Hepatite C, seguida de cirrose hepática secundária ao álcool. Os dados obtidos são os primeiros referentes à avaliação sorológica e molecular do HHV8 em doadores e receptores de órgãos da Bahia, indicando um baixo risco de transmissão deste vírus através do transplante hepático e alertando a necessidade de monitoração dos receptores no pós-transplante. Palavras-Chave: HHV-8, sorologia, PCR. TÍTULO: “Avaliação da citotoxicidade do veneno de Bothrops leucurus em diferentes linhagens celulares tumorigênicas de camundongo e de humanos” ALUNA Sandra Letícia Sena de Menezes ORIENTADORA Luciana Lyra Casais e Silva RESUMO O veneno das serpentes peçonhentas torna-se uma das mais intrigantes fontes de novas moléculas que podem indicar muitas possibilidades e ações farmacológicas por possuírem diferentes e importantes atividades biológicas. Muitos fármacos disponíveis no mercado ou em fase de testes clínicos são provenientes de toxinas naturais, a grande maioria das moléculas foi isolada ou sintetizada a partir dos estudos de produtos naturais. Nos últimos anos, alguns trabalhos têm demonstrado a necessidade da avaliação do comportamento de novas moléculas candidatas a drogas antineoplásicas. Os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) indicam que no Brasil, as estimativas para o ano de 2008 e válidas também para o ano de 2009, apontam que ocorrerão 466.730 casos novos de câncer. O presente estudo avaliou a citotoxicidade do veneno de Bothrops leucurus (VBL), com o objetivo de determinar a concentração do veneno capaz de levar a morte de 50% das células testadas (CT50) utilizando 2 métodos e o potencial de inibição da adesão celular nas culturas. O veneno da serpente Bothrops leucurus, é composto principalmente por enzimas proteolíticas, e foi testado em linhagens de esplenócitos de camundongo, J774 (células de sarcoma de camundongo), B16-F10 (células de melanoma de camundongo) e duas linhagens de células mesenquimais normais humanas de dente decíduo. As células foram submetidas a tratamento com diferentes concentrações do veneno bruto (20; 6,67; 2,22; 0,74; 0,25 µg/mL) e analisadas 24 horas após o tratamento. A atividade do veneno foi avaliada por H3 - timidina para os esplenócitos e MTT para esplenócitos e as outras linhagens. A citotoxicidade avaliada pelo método de H3 - timidina apresentou resultado igual a 7,4 µg/mL para os esplenócitos e a CT50 calculada por MTT para as células B16-F10 foi igual a 8,64 µg/mL. O veneno foi capaz de inibir a adesão celular e provocou a desadesão em linhagem tumoral. Não apresentando efeito tóxico nas células mesenquimais humanas, nem em esplenócitos normais de camundongo quando testadas pelo método do MTT. O veneno apresentou provável capacidade de indução da proliferação celular em pequenas concentrações. Palavras-chave: Bothrops; câncer; veneno; citotoxicidade. TÍTULO: Fatores Psicossociais nas Síndromes Coronarianas Agudas: Estudo de Caso em paciente excluído dos fatores de risco consensuais. ALUNO: Maxsuel Fonseca dos Reis ORIENTADOR: Luiz Henrique de Oliveira e Silva RESUMO As doenças cardiovasculares representam um grande espectro de enfermidades. Entre as doencas cardiovasculares, as Síndromes Coronarianas Agudas apresentam maior incidência, cujas manifestações clinicas são o infarto agudo do miocárdio (IAM), a angina pectoris e a morte súbita. O IAM é a causa mais comum de óbito nas populações humanas e a doença arterial coronariana mais prevalente. O controle dos denominados Fatores de Risco Cardiovasculares exerce um importante papel na prevenção dessas cardiopatias, do ponto de vista da Saúde Pública. O "fator de risco psicossocial" pode guardar uma associação com o IAM, porém sua correlação demanda maior conhecimento na prática da Clínica Cardiológica. O objetivo deste trabalho acadêmico foi investigar o fator psicossocial, como possível contribuinte para o desencadeamento do Infarto Agudo do Miocárdio em paciente que estaria classicamente fora da faixa etária de risco. Foi realizado um estudo de caso clínico, representado pela reconstituição da história de um paciente com suspeita de IAM. Para a obtenção de informações sobre o paciente foram acessados o prontuário médico, resultados dos exames laboratoriais e de bio-imagem a realização de entrevista e o emprego de questionário. As ferramentas utilizadas, como o emprego de questionário e realização da entrevista, se revelaram úteis na compreensão do indivíduo envolvido. A partir desta abordagem foram discutidos os aspectos mais relevantes que circunscreviam a conjuntura individual e, finalmente, considerados os aspectos mais críticos que podem contribuir para o desenvolvimento de atenção especial a sujeitos em situações idêntica e aponta a possibilidade de estudos suplementares que possibilitem a compreensão de casos semelhantes. Palavras-chave: Cardiologia; relato de caso; fatores de risco; fatores psicossociais. TÍTULO: “Colonização em cateteres de pacientes hospitalizados em Salvador-BA” ALUNA: Bruna Mattos Cavalcante ORIENTADORA: Hygia Maria Nunes Guerreiro RESUMO Desde sua implantação, no ano de 1945, o cateterismo tornou-se indispensável na prática hospitalar, proporcionando meios mais rápidos e seguros de acesso venoso. O cateter passou por diversas modificações em sua estrutura e material, tornando-se adaptável e aceito em diversas áreas da medicina. Estes dispositivos apesar de todos os benefícios incontestáveis oferecidos estão ligados a inúmeros casos de infecções, gerando altos índices de morbi-mortalidade e custos hospitalares. O objetivo do trabalho é estudar a prevalência dos principais agentes etiológicos bacterianos e sua resistência frente aos antimicrobianos associados á infecção do cateter. Visando contribuir com dados locais foram analisados resultados laboratoriais de 197 pacientes de dois hospitais na cidade de salvador. Os patógenos isolados com maior freqüência foram Pseudomonas aeruginosa 21,3%, Klebsiella pneumoniae 17,2% e Staphylococcus coagulase negativa 11,7%. A letalidade foi de 67,3% em um dos hospitais do qual se teve acesso a este dado. Para a diminuição desse quadro propõe-se a realização de cursos de aperfeiçoamento, qualificação e conscientização, a fim de que estes profissionais se atualizem e passem a executar as medidas básicas de biossegurança. Palavras-chave: cateter, infecção hospitalar, sepse, resistência bacteriana, bacteremia. TÍTULO: “Prevalência de alterações hepáticas em indivíduos expostos ocupacionalmente a pesticidas através de testes bioquímicos” ALUNA: Anna Luiza de Oliveira Barbosa ORIENTADORA: Maria Emília Santos Pereira Ramos RESUMO Pesticida pode ser definido como qualquer agente físico, químico ou biológico com potencial de matar organismos. O uso de pesticidas é a principal estratégia para o combate e prevenção de pragas agrícolas, buscando maior produtividade com menores custos, mas eles são potencialmente tóxicos ao homem. Necessitando de estudos mais detalhados sobre esses agravos. Avaliar a exposição ocupacional de agricultores expostos à agrotóxicos, em especial nas plantações de hortaliças folhosas na Vila Bessa, no município de Conceição do Jacuípe, pertencente a microrregião de Feira de Santana - Bahia, avaliando possíveis alterações hepáticas. Foram coletados 3 ml de sangue de 32 pessoas do grupo expostos (no próprio local de trabalho) e 31 do grupo controle (indivíduos não expostos a pesticidas) para medição dos níveis de TGP, TGO e GGT. A média de idade do grupo exposto foi 30,25 anos com tempo de exposição de média de 13,31, onde observou-se que 56,7% dos trabalhadores rurais não utilizavam Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). Em relação às alterações hepáticas quando se avaliou apenas TGO para os indivíduos que apresentaram os valores normais observou-se que as médias do grupo estudado foram significante estatisticamente mais elevadas do que as médias do grupo controle. Não foram encontradas alterações enzimáticas hepáticas estatisticamente significantes entre os grupos para p>0,005. Houve 75% a mais de indivíduos alterados no grupo teste em relação ao grupo controle para a GGT. Não foi observada correlação direta entre tempo de exposição, e alterações hepáticas, apesar da média de exposição ser de 13,31 anos. O fato dos pesticidas possuírem um potencial de induzir alterações hepáticas faz necessária a implementação de uma política de assistência a saúde de trabalhadores expostos a pesticidas, bem como o fornecimento de EPI’s como forma de diminuir a exposição a esses produtos e incentivo ao plantio sem pesticidas. Palavras-chave: pesticida, hepatotoxicidade, ocupacional, TGO, TGP, GGT TÍTULO: “Avaliação de uma Instituição Hospitalar através do Programa de Acreditação Hospitalar” ALUNA Beatriz Silva de Carvalho ORIENTADORA Sueli Maria Fernandes Marques RESUMO A qualidade nos Serviços de Saúde depende da busca contínua da melhoria do atendimento ao paciente, sendo um processo para alcançar a excelência na visão dos clientes (internos e externos). Para tanto é necessária a implantação de ações em toda a instituição para aumentar a eficiência e a efetividade das atividades e dos processos desenvolvidos. Existem diferentes instrumentos que podem ser utilizados para a melhoria da qualidade, sendo que as instituições os utilizam segundo suas necessidades e com base no conhecimento das propostas. A Acreditação é um destes, que se constitui de sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde, voluntário, periódico e reservado. A avaliação para acreditação é uma análise crítica que determina se o processo de gestão utilizado na instituição avaliada está em conformidade com os padrões definidos no instrumento de avaliação, o Manual Brasileiro de Acreditação. Neste manual, são avaliadas todas as etapas da atenção ao cliente (paciente), considerando que a organização de saúde é um sistema complexo, onde as estruturas e os processos são interligados, de tal forma que um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final. Este estudo tem caráter descritivo e exploratório e objetivou avaliar a qualidade assistencial de uma Organização Prestadora de Serviços Hospitalares, com base no Manual Brasileiro de Acreditação de Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde da Organização Nacional de Acreditação (ONA). A instituição avaliada foi um hospital privado localizado na região metropolitana de Salvador, Bahia, onde foram realizadas entrevistas, observações do ambiente e análise de plantas físicas da instituição. Realizou-se a análise comparativa do que foi observado na instituição com as oito seções e suas respectivas subseções do instrumento de avaliação, apontando os pontos conformes e não conformes. Os resultados mostraram que a instituição hospitalar possui poucas não conformidades que seriam fáceis de serem adequadas para a obtenção da certificação pela acreditação. Palavras-chave: Acreditação Hospitalar; Gestão da Qualidade; Administração Hospitalar; Qualidade em Serviços de Saúde. TÍTULO: “Revisão da Terapia com células tronco adultas em humanos no Diabetes Mellitus tipo 1”. ALUNO: Francisco Rafael Pinheiro dos Anjos ORIENTADORA: Siane Campos de Souza Co-ORIENTADOR: Ricardo Santana de Lima RESUMO O diabetes mellitus do tipo 1 (DM1) é um distúrbio metabólico crônico mais freqüente na infância. Esta patologia ocorre em qualquer idade, porém acomete mais indivíduos jovens, geralmente abaixo dos 30 anos, apresentando pico de incidência na faixa etária entre 10 a 14 anos, sendo por isso também denominado diabetes infanto-juvenil. Esta é uma doença autoimune causada pela destruição seletiva das células β pancreáticas produtoras de insulina, ocasionando um quadro permanente de hiperglicemia, o qual é característico da patologia. O DM1 corresponde de 5 a 10% dos casos no mundo, sendo a quarta causa de morte no Brasil, além de ser a segunda doença crônica mais comum na infância e na adolescência. O tratamento desses indivíduos é muito importante e garante a sobrevivência do indivíduo. A terapia mais comumente utilizada é a insulinoterapia convencional e a intensiva, para alcançar a normoglicemia do indivíduo. Porém despontam diversas outras terapias como o transplante pancreático, de ilhotas pancreáticas e as células tronco (CT) como possíveis alternativas para a cura desta doença. Após a descoberta da capacidade que essas células têm de se auto-renovaram e por apresentarem a capacidade de se diferenciarem em qualquer tipo de tecido desde que sejam cultivadas adequadamente. Com estas propriedades as CT apresentam um grande potencial terapêutico, pois tem a capacidade de regenerar tecidos lesados, nestes casos, são as célulasβ, tornando possível então a sínteses de insulina, deixando o indivíduo livre das múltiplas doses diárias de insulina exógena. Em um trabalho recente já foi obtido grande sucesso em um experimento clinico, utilizando células tronco adultas (CTA) em indivíduos diabéticos do tipo 1, submetidos a altas doses imunussupressoras. A utilização dessas CTA apresenta grandes perspectivas futuras, devido ao fato de reduzirem ou até mesmo não manifestarem resposta imune no hospedeiro, não vão de encontro com as leis da bioética e o tratamento não necessita de nenhuma manobra invasiva para inserção dessas células. Palavras-chave: Diabetes mellitus do tipo 1, células tronco, células tronco adultas, terapia, insulina, hiperglicemia, imunussupressão.