Guia Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios 1. Definição de Rácio Subtítulo 2. Rácios Financeiros 3. Rácios de Funcionamento 4. Rácios Económicos 5. Outros Indicadores Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios 1.Definição de Rácio O Rácio é a relação entre duas grandezas que pode ser expressa, quer sob a forma de quociente, quer sob a forma de percentagem. Uma interpretação isolada dos rácios como instrumento de análise deve ser feita com precisão e o analista deve conhecer perfeitamente os seus conceitos para apreciar o seu significado. Um rácio quando utilizado como meio de comparação, é um instrumento eficaz e dificilmente insubstituível. Os rácios (quociente entre rubricas das demonstrações financeiras) e indicadores (valor absoluto que reflete uma realidade) dependem das características da empresa e do setor onde está integrada. Neste sentido a RCR lançou este Guia e que consiste na definição de alguns rácios e sua interpretação, para ajudar os seus utilizadores a extraírem conclusões mais expressivas na gestão do seu negócio. No entanto não se deve dispensar o recurso a outros instrumentos de análise. Boa leitura!!! 3 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios 2. Rácios Financeiros Estes indicadores visam analisar a estrutura financeira, a eficiência da política financeira seguida e a capacidade de crédito da empresa. Liquidez Geral Ativo Circulante / Passivo Circulante Ou (Existências+Dívidas de Terceiros + Disponibilidades)/Passivo de c/ Prazo Permite comparar a capacidade que a empresa apresenta para realizar liquidez com as dívidas de curto prazo, i.e., permite estimar se uma empresa está em rutura financeira no curto prazo. Um valor superior a 100%, pode significar que a empresa possui uma 'boa' situação financeira no curto prazo. Análise: Liquidez geral < 1: O valor dos Ativos Circulantes é inferior ao Passivo de Curto Prazo. Esta Situação poderá refletir dificuldades de Tesouraria. No entanto, essas dificuldades poderão não se fazer sentir se a velocidade de rotação do Ativo Circulante permitir fazer face ao timing de exigibilidade das dívidas de curto prazo. Note-se que o diferencial entre o Ativo Circulante e o Passivo de Curto Prazo corresponde ao conjunto de aplicações que estão a ser financiadas pelo Fundo de Maneio (e que é matematicamente equivalente ao Fundo de Maneio). Desta forma, podemos estabelecer uma relação entre o rácio de Liquidez Geral e o Fundo de Maneio. Ou seja quando Lg>1 então FM>0; Lg=1 então FM=0; Lg<1 então FM<0. 4 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Financeiros Liquidez Geral = 1: O valor dos Ativos Circulantes é igual ao Passivo de Curto Prazo, ou seja, a empresa cumpre a Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo, mas a Margem de Segurança (Fundo de Maneio) é nula. Liquidez Geral > 1: O valor dos Ativos circulantes é superior ao Passivo de Curto Prazo. Esta situação reflete baixo risco para os credores da empresa, dado que a realização dos ativos circulantes em liquidez é suficiente para fazer face às Dívidas a Terceiros de Curto Prazo e a empresa ainda detém alguma margem de segurança. Recomendação: Regra geral e a fim de cumprir a Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo, Lg >/= 1. Contudo, é necessário avaliar as características específicas da atividade da empresa a fim de estabelecer as necessidades de investimento em Fundo de Maneio. Quando a empresa não tem necessidades de investimento em Fundo de Maneio, por existência de Recursos Financeiros superiores a Necessidades Financeiras, a Lg pode ser inferior a 1, sem que isso implique dificuldades de tesouraria para a empresa. Regra geral, é aceitável um valor entre 1,3 e 1,5. 5 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Financeiros Liquidez Reduzida (Dívidas de Terceiros + Disponibilidades) / Passivo de c/ Prazo Análise: Liquidez ajustada do valor das Existências, que constituem as contas com menor grau de liquidez dentro do ciclo de exploração. Para se transformarem em meios líquidos, as Existências ainda estão sujeitas à respectiva venda e posterior recebimento por parte dos clientes. Recomendação: Regra geral, é aceitável um valor entre 0,9 e 1,1. 6 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Financeiros Autonomia Financeira Capital Próprio / Ativo líquido Mede o peso relativo das origens próprias no financiamento do Ativo, i.e., o peso dos capitais próprios nos capitais totais. Ou seja, determina a (in) dependência da empresa face a Capitais Alheios, dando apoio na análise do risco sobre a estrutura financeira de uma empresa. Análise: A Autonomia Financeira varia entre zero e um, dado que os Capitais Próprios não podem ser superiores ao valor do próprio Ativo Líquido. Quanto mais elevado for o nível dos Capitais Próprios, maior o nível de autonomia da empresa face a terceiros. Deste modo, quando: AF apresenta um valor baixo: indica grande dependência em relação aos credores, situação que para além dos riscos inerentes, é desvantajosa na negociação de novos financiamentos; 7 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Financeiros AF apresenta valores tanto mais próximos de 1: a empresa é menos dependente de Capitais Alheios, apresentando valores mais baixos de Encargos Financeiros e beneficiando a sua rendibilidade. O valor máximo de 1 representa a situação em que o Ativo Líquido é financiado a 100% por Capitais Próprios, ou seja, a empresa tem 0% de Dívidas a Terceiros. Recomendação: Embora não haja um valor de referência universal, em termos gerais a maioria dos analistas considera aceitável situações em que AF >/= 0,35, ou seja, que o Ativo Líquido seja financiado, pelo menos, por 35% de Capitais Próprios (note-se que nos casos em que se considere minimamente aceitável uma Solvabilidade = 1, situação em que o valor dos Capitais Próprios é igual ao dos Capitais Alheios, a Autonomia Financeira é de 50%, ou seja, o Ativo Líquido é financiado por 50% de Capitais Próprios e logo, por 50% de Capitais Alheios). Por outro lado, valores demasiado elevados (quanto mais perto de 1) podem representar excesso de Capitais Próprios, situação que prejudica o rácio da Rendibilidade Financeira (dado que a Rendibilidade Financeira = Resultados Líquidos / Capitais Próprios. Quanto mais elevado o nível dos Capitais Próprios, menor o nível da Rendibilidade Financeira). 8 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Financeiros Endividamento Passivo / Ativo líquido Mede a extensão com que a empresa utiliza capitais alheios no financiamento das suas atividades. Quanto maior o valor deste rácio, maior a dependência face a terceiros. Sendo o ativo e o passivo elementos-chave no documento contabilístico de uma empresa, muitos investidores ou instituições financeiras analisam a relação entre estes dois elementos para proceder a uma avaliação do risco. O ativo líquido inclui o imobilizado líquido, as existências e as disponibilidades e realizável. O passivo inclui as dívidas de curto e de longo prazo. Um valor superior a 100% significa uma situação de falência técnica. Se o endividamento for elevado (rácio superior a 60%) poderá: - Renegociar os seus empréstimos (o que nem sempre é fácil) ou - Aumentar os seus capitais próprios. Se o seu endividamento for reduzido (rácio inferior a 30%) e desejar contrair novos empréstimos para investir, a sua capacidade de endividamento é: (Capitais Próprios + Suprimentos pessoais – Dívidas a mais de um ano) = Capacidade de Endividamento. 9 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Financeiros Estrutura do Endividamento Passivo Curto Prazo / Passivo Mede o peso relativo das dívidas de curto prazo nas dívidas totais. Quanto maior for o rácio, maior será a pressão exercida sobre a tesouraria. Solvabilidade Capital Próprio / Passivo Mede a capacidade da empresa para fazer face aos compromissos de m/l/prazo assumidos para com terceiros. Quanto maior o valor deste rácio, maior é a capacidade para responder aos compromissos, mantendo a autonomia financeira. Análise: Solvabilidade < 1: o valor dos Capitais Próprios é inferior ao Passivo. Esta situação reflete elevado risco para os credores da empresa, dado que os Capitais Próprios não são suficientes para fazer face às Dividas a Terceiros; Solvabilidade = 1: o valor dos Capitais Próprios é igual ao valor do Passivo, ou seja, a empresa detém capital próprio suficiente para cobrir todos os créditos obtidos; Solvabilidade > 1: o valor dos Capitais Próprios é superior ao Passivo. Esta situação reflete baixo risco para os credores da empresa, dado que os Capitais Próprios são suficientes para fazer face às Dividas a Terceiros e a empresa ainda detém alguma margem de segurança. Recomendação: Por uma questão de prudência, os analistas argumentam que os Capitais Próprios devem ser, no mínimo, iguais aos Capitais Alheios, ou seja, Solvabilidade >/= 1. 10 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios 3. Rácios de Funcionamento Tempo Médio Recebimentos (em dias) Clientes (C/Corrente e C/Letras) / Volume de Negócios * 12 meses (ou 360 dias) OBS: No valor do volume de negócios deve-se incluir o IVA, uma vez que o IVA também se encontra incluído no valor da conta de Clientes. Mede o tempo que, em média, os clientes demoram a liquidar as suas dívidas. Valores elevados podem significar ineficiências das cobranças ou falta de poder negocial junto dos nossos devedores. Recomendação: Não existe um valor de referência universal, pois este depende largamente da atividade da empresa e das condições usualmente praticadas no seu sector. O valor obtido, que reflete o prazo real ou efetivo que a empresa demora a receber dos seus Clientes, deve ser confrontado com os prazos negociados com os mesmos, a fim de averiguar a existência de diferenças significativas e a tomada de ações corretivas se necessário. PMR real ou efetivo > PMR negociado: situação que reflete atrasos nos pagamentos por parte dos Clientes. A empresa deve rever as condições comerciais negociadas com os Clientes ou exercer maior pressão de cobrança sobre os mesmos. PMR real ou efetivo </= PMR negociado: situação que reflete cumprimento dos prazos por parte dos Clientes. 11 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios de Funcionamento Tempo Médio Pagamentos (só Compras) (em dias) Fornecedores (C/Corrente e C/Letras)/ Compras * 12 meses (ou 360 dias) OBS: Na rubrica de Fornecedores, pode também ser incluído o valor referente a Outros Credores. Na rubrica compras deve-se incluir o IVA, uma vez que o IVA também se encontra incluído no valor da conta de Fornecedores. Se for incluído no numerador a conta de Outros Credores, deve ser incluído o valor dos respectivos bens ou serviços adquiridos. Mede o tempo que, em média, a empresa demora a pagar as suas dívidas aos fornecedores. Recomendação: Não existe um valor de referência universal, pois este depende largamente da atividade da empresa e das condições usualmente praticadas no seu sector. O valor obtido, que reflecte o prazo real ou efectivo que a empresa demora a pagar aos seus fornecedores e Outros Credores, deve ser confrontado com os prazos negociados com os mesmos, a fim de averiguar a existência de diferenças significativas e a tomada de ações corretivas se necessário. PMP real ou efectivo > PMP negociado: situação que reflecte atrasos nos pagamentos por parte da empresa. A empresa deve tentar renegociar as condições comerciais obtidas dos Fornecedores ou resolver os problemas de liquidez de forma a conseguir cumprir prazos. PMP real ou efectivo </= PMP negociado: situação que reflete cumprimento dos prazos por parte da empresa. 12 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios de Funcionamento Tempo Médio Pagamentos (Compras e FSE) (em dias) Fornecedores / (Compras + F.S.Externos) * número de dias corrente Mede o tempo que, em média, a empresa demora a pagar as suas dívidas aos fornecedores (de Existências e de F.S.Externos). Tempo Médio Existências Existências / Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas * 12 meses (ou 360 dias) Mede o tempo que, em média, a empresa detém existências em armazém. Um valor baixo pode significar eficiência da gestão dos armazéns; no entanto, pode também significar frequentes rupturas de stocks. Recomendação: Não existe um valor de referência universal, pois este depende largamente da atividade da empresa. O valor obtido pode ser comparado com os valores obtidos em anos anteriores e/ou com os valores de empresas concorrentes ou valores médios do sector, a fim de averiguar a existência de diferenças significativas e a tomada de acções correctivas se necessário a nível da gestão de stocks. TME empresa > TME sector: situação que reflecte uma maior permanência dos stocks na empresa comparativamente a empresas concorrentes. O analista deve averiguar se esta situação deriva de elevados níveis de stocks médios, o que, normalmente, traduz um funcionamento pouco eficiente do ciclo de produção ou comercialização. TME empresa </= TME sector: situação que reflecte uma menor permanência dos stocks na empresa comparativamente a empresas concorrentes, o que, normalmente, é positivo pois traduz um funcionamento saudável do ciclo de produção ou comercialização. 13 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios 4. Rácios Económicos São rácios que permitem analisar a forma como decorre a exploração da empresa. Rendibilidade Operacional das Vendas e Prestação Serviços Resultado Operacional/(Vendas + Prest. Serviços) Reflecte os lucros operacionais gerados por cada unidade monetária de Vendas e prestações de serviços. Dá também indicação da vulnerabilidade da empresa, se o valor for pequeno significa que uma ligeira degradação das margens de lucro podendo conduzir facilmente a resultados negativos. Rendibilidade Líquida das Vendas e Prestação Serviços Resultado Líquido/(Vendas + Prest. Serviços) Reflecte os lucros gerados por cada unidade monetária de Vendas e prestações de serviços; é um rácio com menor relevância na medida em que inclui custos e proveitos não directamente associados à exploração da empresa, como é o exemplo dos custos e proveitos financeiros, custos e proveitos extraordinários e também o próprio imposto sobre os lucros. Este rácio mede o resultado da empresa por cada euro vendido. Este rácio é obtido através da divisão entre os Resultados Líquidos, ou seja, o lucro da empresa depois de todos os encargos, incluindo os fiscais, e o total de Vendas e Prestação de Serviços, ou seja o que a empresa efetivamente recebeu dos seus Clientes. Vai assim medir a margem de lucro que existe na venda dos produtos ou prestação de serviços. Valores negativos sistemáticos indicam prejuízos no exercício e revelam portanto insuficiências de gestão. Valores muito próximos do zero indicam normalmente preços de venda baixos e/ou custos de exploração ou financeiros muito elevados. Neste caso, uma reavaliação da gestão da empresa é provavelmente necessária. Os valores devem ser comparados no tempo ou entre empresas do mesmo setor. 14 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Económicos Rendibilidade dos Capitais Próprios (ou Financeira) Resultado Líquido / Capital Próprio OBS: Para este indicador, no valor dos Capitais Próprios não se inclui o Resultado Líquido do Exercício. Também designado por 'Return On Equity' (ROE) e relaciona o nível de resultados líquidos gerados pela empresa com o montante investido pelos sócios/acionistas; i.e., permite avaliar o retorno/remuneração do capital próprio. Com este rácio, o sócio/acionista pode estabelecer comparações com as taxas de rendibilidade do mercado de capitais e com as taxas de juro do financiamento. Quando este rácio é negativo em vários anos sucessivos, existem muito provavelmente graves problemas financeiros na empresa. Os valores deste rácio, quando positivos, devem ser comparados com as taxas de remuneração de aplicações financeiras disponíveis no mercado. Se forem sistematicamente maiores, tudo indica que a empresa está a ter uma boa performance económica. Contudo, um valor elevado pode resultar de Capitais Próprios insuficientes. 15 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Rácios Económicos Rendibilidade do Ativo (ou Económica) (Resultado Líquido + IRC + Custos Financeiros) / Ativo Reflete o desempenho dos capitais totais investidos na empresa, independentemente da sua origem (própria ou alheia). Este rácio mede a rentabilidade de todo o património, ou seja, a rentabilidade da empresa do ponto de vista do investidor (acionista), do Credor e do Estado. Valores negativos indicam prejuízos no exercício e revelam portanto insuficiências de gestão. Valores muito próximos do zero indicarão que todo o património da empresa, que se trata de dinheiro imobilizado para a atividade, está a ser pouco rentabilizado. Deve ser comparado entre empresas do mesmo sector, já que há sectores de mais capital intensivo que outros. Tempo de Recuperação da Dívida Passivo/(Resultado Líquido + Amortizações + Provisões) Mede o número de anos que a empresa demorará a pagar as suas dívidas, mantendo inalteráveis as condições acuais. Sempre que assumir um valor negativo significa que os meios libertos são negativos, tornando impossível a sua leitura económica. 16 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios 5. Outros Indicadores Volume de Negócios Vendas+Prestações de Serviços Representa o montante das vendas de bens e das prestações de serviços efectuados durante o exercício. Produção Vendas+Prestações de Serviços+Trabalhos para a própria empresa+Subsídios à Exploração+Variação da Produção Indicador semelhante ao Volume de Negócios embora mais abrangente, pois inclui também o valor do que a empresa produziu para si própria, os subsídios à exploração e a variação ocorrida nas existências de produtos acabados e produtos em curso de fabrico. Margem Bruta Produção - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Reflete a parte da produção da empresa que está disponível para suportar os custos fixos e a remuneração dos capitais obtidos no financiamento da atividade. 18 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Outros Indicadores Margem Bruta (em %) (Produção - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas) / Produção * 100 Traduz o indicador da margem bruta ponderado pela produção. Margem de Contribuição (Vendas + Prestações de serviços) - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Reflete a parte das vendas e prestação de serviços da empresa que está disponível para suportar os custos fixos e a remuneração dos capitais obtidos no financiamento da atividade. Margem de Contribuição (em %) ((Vendas + Prestações de serviços) - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas) / (Vendas + Prestações de serviços) * 100 Traduz o indicador da margem de contribuição ponderado pelas vendas. Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Outros Indicadores Consumos Intermédios Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas + Fornecimentos e serviços externos + Impostos indiretos É a soma de Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, dos Fornecimentos e serviços externos e dos Impostos indiretos. Valor Acrescentado Bruto Produção - Consumos intermédios Mede o contributo da produção da empresa. O somatório dos VAB de todas as empresas é conhecido como Produto Interno Bruto (PIB). A análise à variação/evolução deste indicador permite precisar o desenvolvimento ou a regressão do nível da atividade da empresa. Nesta medida, convém pesquisar e atuar sobre as causas de uma eventual variação negativa deste rácio, isto é, de uma diminuição do valor acrescentado bruto: decréscimo efetivo da produção (baixa de produtividade, dificuldades de colocação dos produtos…) ou aumento dos consumos intermédios (por recurso acrescido a subcontratos, encarecimento relativo das matérias-primas…). Quanto maior for este indicador, mais riqueza está a ser produzida pela empresa. 19 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios Outros Indicadores EBIT Proveitos Operacionais - Custos Operacionais (Earning Before Interest Taxes) Corresponde aos Resultados Operacionais. EBITDA Resultados Operacionais + Amortizações + Provisões (Earning Before Interest Taxes Depreciation Amortization) Mede os meios monetários gerados pela actividade operacional da empresa num determinado período de tempo. Cash-Flow R.L.E. + Amortizações + Provisões Mede os meios monetários gerados pela atividade da empresa num determinado período de tempo. De notar que os Resultados Líquidos não representam, por si só, o dinheiro efetivamente criado; há que ter em conta os custos que não representam saídas de dinheiro (amortizações e provisões) bem como as variações dos créditos concedidos e obtidos. 20 Dicionário de Gestão Indicadores e Rácios A RCR Management Solutions dispõe de uma equipa com experiência nas áreas da análise económica e financeira e reestruturação das empresas, que se encontra disponível para colaborar com os empresários que necessitem de apoio nesta área, visando a análise e o diagnóstico da situação atual da empresa, bem como as medidas a implementar no sentido de alcançar uma situação de sustentabilidade para o seu negócio. [email protected] www.rcradmin.com