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CASO CLÍNICO-EXPERIÊNCIAS NA
COMUNIDADE - CLÍNICA, CIRURGIA E
TERAPÊUTICA
CLINICAL EXPERIENCE CASE IN THE
COMMUNITY - CLINICAL, SURGERY AND
THERAPEUTIC
Resumos
13º Congresso Brasileiro de Hansenologia
13 th Brazilian Leprosy Congress
21 a 25 de novembro de 2014
November 21-25, 2014
Curitiba-Paraná-Brasil
CASOS DE HANSENÍASE NODULAR DA INFÂNCIA EM DUAS CRIANÇAS DA MESMA FAMÍLIA.
(1)
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Marcos Vinícius CLARINDO , Adriana Tomazzoni POSSEBON , João Victor MASCHIO , Roseli Terezinha
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RUARO , Julio Cesar EMPINOTTI , Alexandre Galvão BUENO .
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(1-6)
.
Introdução: A hanseníase nodular da infância foi inicialmente descrita no Brasil por Souza Campos em 1937.
Considerada uma variante benigna da hanseníase tuberculoide, essa forma clínica acomete predominantemente
crianças de 1 a 4 anos de idade e se caracteriza por lesão tuberonodular, geralmente única, situada com maior
frequência na face. Embora haja tendência à involução espontânea, o tratamento precoce é recomendado. A
detecção de casos novos de hanseníase em crianças e adolescentes tem importante significado epidemiológico,
sendo indicador da tendência secular da endemia. Objetivos: Descrever dois casos de Hanseníase nodular da
infância em crianças da mesma família, e com diversos casos de adultos bacilíferos. Materiais e métodos: Trata-se
de estudo descritivo, do tipo relato de caso, destinado à caracterização de aspectos semiológicos, etiológicos e
fisiopatológicos da Hanseníase nodular da infância. Resultados: Caso 1: Paciente do sexo feminino de 5 anos
apresentava lesão eritematosa em região malar esquerda há em torno de 4 meses. Sem outras manifestações
cutâneas ou sistêmicas. Diversos casos familiares de Hanseníase multibacilar, dentre eles os pais e a avó que
convive em mesmo domicílio, estando ela ainda em poliquimioterapia multibacilar. Ao exame físico notamos placa
eritematosa infiltrada em região malar esquerda, bem delimitada, de bordos elevados, com 30x20 mm de extensão.
Submetida a biópsia incisional, que evidenciou a presença de granulomas de células epitelioides na derme reticular e
em torno dos anexos, com denso infiltrado linfocitário ao redor. Desta forma confirmamos o diagnóstico de
Hanseníase nodular da infância que era a principal suspeita, tendo sido a paciente tratada com esquema
poliquimioterápico paucibacilar com boa evolução. Caso 2: Paciente do sexo masculino de 4 anos, primo da primeira
paciente e de convívio domiciliar, apresentava lesão eritematosa em região mentoniana há em torno de 2 meses. Ao
exame físico notamos placa eritematosa infiltrada, bem delimitada com extensão de 20x10 mm em região
mentoniana. Exame histopatológico evidenciou a presença de granulomas em derme reticular média e profunda, o
que confirmou a hipótese de Hanseníase nodular da infância, tendo sido o paciente conduzido segundo esta
patologia. Conclusões: Esta variedade de Hanseníase representa manifestação de primo-infecção em organismo
com boa resposta inflamatória, e que foi submetido a cargas bacilares intensas e contínuas. Apesar dos achados
histopatológicos serem semelhantes à forma tuberculoide do adulto, podemos identificar algumas diferenças
importantes. A variante nodular da infância acomete quase que exclusivamente a primeira infância, apresentando-se
como lesão única ou em pequeno número, havendo possibilidade de regressão espontânea em 6 meses a 3 anos em
média, quando permanece cicatriz arredondada, atrófica e de limites nítidos. Topograficamente, acomete com mais
frequência áreas de traumatismo como face e membros, sendo o acometimento neural incomum, e com
característica hiperergia ao teste de Mitsuda. Seu diagnóstico é capaz de predizer a eficiência do Sistema de Saúde,
visto que esta variante representa casos de diagnóstico precoce e sem a ocorrência de sequelas.
Palavras-chave: Hanseníase nodular da infância; hanseníase tuberculoide; epidemiologia.
Hansen Int. 2014; 39(Suppl 1): 162
ISSN: 1982-5161 (on-line)
Hansenologia Internationalis
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