ciat-bh - Abracit

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Epidemiologia
dos atendimentos realizados na Unidade
de Toxicologia do HJXXIII / CIAT-BH
da FHEMIG no ano de 2015
UNIDADE DE TOXICOLOGIA DO HJXXIII – CIAT-BH
Centro de Informações e Assistência Toxicológica
Fones: (31) 3224-4000 / (31) 3239-9308
(31) 3239-9390 / (31) 3239-9224 / 0800 7226 001
www.fhemig.mg.gov.br | [email protected]
Epidemiologia
dos atendimentos
realizados
UNIDADE DE TOXICOLOGIA
Hospital João XXIII
CIAT-BH
Centro de Informações
e Assistência Toxicológica
Expediente
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Fernando Damata Pimentel
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Antônio Andrade
SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Fausto Pereira dos Santos
PRESIDENTE
Jorge Raimundo Nahas
VICE-PRESIDENTE
Paulo Tarcísio Pinheiro da Silva
CHEFE DE GABINETE
Jane Pinto Gomes
DIRETORA ASSISTENCIAL
Yara Cristina Neves Marques Barbosa Ribeiro
DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO
Andreia Augusta Diniz Torres
DIRETOR DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E FINANÇAS
Fernando Antônio Brandão
DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS
Denise Antônio de Paulo
PROCURADOR CHEFE
João Viana da Costa
AUDITOR SECCIONAL
Alexandre Gorgulho Cunningham
ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Edson Fernandes Martins
GERENTE DE ENSINO E PESQUISA
Deise Campos
3
Hospital João XXIII
DIRETOR HOSPITALAR
Paulo Tarcísio Pinheiro da Silva
GERENTE ASSISTENCIAL
Euler Augusto Linhares Brazil
GERENTE ADMINISTRATIVO E HOTELARIA HOSPITALAR
Heloisa Helena Matos
GERENTE DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA
Magda Aparecida Magalhães Keltke
GERENTE DE RISCO
Márcia Cristina da Silva
GERÊNCIA ESTRATÉGICA E INFORMAÇÃO
Roberto Marini Ladeira
DIRETOR CLÍNICO
Otaviano Augusto de Paula Freitas
COORDENADOR DE EMERGÊNCIA
Tarcísio Versiani de Azevedo Filho
COORDENADORA DO NÚCLEO DE ENSINO E PESQUISA
Nara Sulmonett
COORDENADOR DA UNIDADE DE TOXICOLOGIA
Délio Campolina
Epidemiologia dos atendimentos realizados
na Unidade de Toxicologia do HJXXIII / CIAT-BH
da FHEMIG no ano de 2015
UNIDADE DE TOXICOLOGIA DO HJXXIII – CIAT-BH
Centro de Informações e Assistência Toxicológica
Fones: (31) 3224-4000 / (31) 3239-9308
(31) 3239-9390 / (31) 3239-9224 / 0800 7226 001
Elaboração
Maria de Fátima Eyer Cabral Cardoso - Bioquímica da Unidade
de Toxicologia do Hospital João XXIII, CIAT-BH.
Délio Campolina - Médico, Coordenador da Unidade de Toxicologia do Hospital João XXIII, CIAT-BH.
Produção
Assessoria de Comunicação Social da Fhemig
4
Apresentação
O Serviço de Toxicologia de Minas Gerais, (Centro de Informações e Assistência Toxicológica do Hospital João XXIII CIATox-BH), tem como finalidade prestar assistência ao paciente intoxicado e vítimas de acidentes por animais peçonhentos
assim como o tratamento estatístico dos dados epidemiológicos aos agravos relacionados. Atua no atendimento direto aos
pacientes e através de atendimento telefônico à população.
Promove a formação de recursos humanos (residência médica – clínica médica, infectologia, medicina intensiva, medicina
ocupacional, psiquiatria e pediatria) e estágios da graduação
na área da saúde, especialmente do curso de medicina).
O Setor Informativo da Unidade tem a função de fornecer informação e orientação sobre o diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção das intoxicações, assim como toxicidade
das substâncias químicas e biológicas e os riscos que elas oferecem à saúde.
•
A Unidade de Toxicologia do Hospital João XXIII - CIATBH
fornece informações a órgãos e entidades governamentais
e instituições ligadas à assistência, educação e prevenção de
intoxicações, acidentes tóxicos e por animais peçonhentos;
•
Interage com os serviços de Saneamento, Zoonoses e Vigilância Sanitária para identificar e avaliar possíveis focos
de intoxicação e animais peçonhentos;
•
Promove campanhas com o objetivo de orientar a população sobre possíveis intoxicações e acidentes por animais peçonhentos;
•
Interage com os outros CITS e CIATS para definir normas
de assistência e prevenção tóxico-farmacológica e realiza
intercâmbio de informações técnico-científicas através da
ABRACIT (Associação Brasileira de Centros de informação
e assistência toxicológica e toxicologistas clínicos, assim
como outras entidades nacionais e internacionais.
No estudo apresentado poderemos observar as estatísticas
dos atendimentos desde 2000 e o detalhamento dos atendimentos realizados em 2015.
A seguir pode ser verificado o “iceberg” das atividades da Unidade de Toxicologia/CIAToxBH, onde pode ser verificada a ampla variedade de ações. O atendimento ao paciente intoxicado
em nosso Hospital é apenas uma ponta do “iceberg” e não a
única missão da Unidade.
5
ATENDIMENTO
CLÍNICO
PRESTAÇÃO DE
INFORMAÇÕES
FORMAÇÃO DE
ESTAGIÁRIOS
EPIDEMIOLOGIA
PREVENÇÃO
RESIDÊNCIA
PSICOLOGIA
MÉDICA
ENFERMAGEM
EM
TOXICOLOGIA
TOXICOLOGIA
EVENTOS
LABORATÓRIO
AULAS
IDENTIFICAÇÃO DE
ANIMAIS E PLANTAS
PARTICIPAÕES EM
CONGRESSOS
6
Estatísticas
e detalhamento
de atendimentos
realizados
2000 - 2015
7
DISTRIBUIÇÃO POR TIPO DE ATENDIMENTO NA
UNIDADE DE TOXICOLOGIA DO HJXXIII - CIAT-BH
(2000 A 2015)
ANO
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
TOTAL
ATEND. CLÍNICO
6.076
5.845
5.615
5.480
5.823
6.423
5.048
5.495
5.012
4.861
3.181
4.366
4.594
5.199
4.957
5.596
85.143
ATEND. TELEFÔNICO
4.454
5.511
5.653
5.768
6.200
5.724
4.880
5.409
5.177
5.629
4.670
6.224
6.747
7.512
6.810
7.697
95.485
DISTRIBUIÇÃO POR TIPO DE ATENDIMENTO NA UNIDADE DE
TOXICOLOGIA DO HJXXIII - CIAT-BH (2000 A 2015)
8
A média anual dos atendimentos presenciais nesse período
(2000/15) é de 5.321. A média anual dos atendimentos telefônicos no mesmo período é de 5.967.
Observa-se uma inversão da predominância de casos remotos
ao longo dos anos.
Apesar do aumento do número absoluto de casos não ser
muito significativo é importante salientar um aumento muito
grande na gravidade dos acidentes o que implica em procedimentos mais complexos e maior dedicação dos profissionais
envolvidos no atendimento.
ATENDIMENTOS REALIZADOS NA UNIDADE DE
TOXICOLOGIA DO HJXXIII - CIATBH, EM 2015
1. DISTRIBUIÇÃO PELA CLASSE DO AGENTE
Nº DE
ATENDIMENTOS
%
Medicamentos
3.477
26
Animais Peçonhentos
2.594
20
Animais Não peçonhentos
2.635
20
Praguicidas
1.295
10
Cáusticos
800
6
Plantas
175
1
Drogas de Abuso
652
5
1.515
12
13.143
100
AGENTE
Miscelânea
Total
Obs: Anfetaminas e metanfetaminas estão computadas nas intoxicações por medicamentos.
9
Em relação aos agentes foi considerado o agente principal motivador do atendimento, pois há várias situações em que a intoxicação
é mista, como exemplo, medicamentos com abuso de drogas.
Existem substâncias potencialmente tóxicas capazes de levar o
paciente ao óbito ou a sequelas. Os animais peçonhentos e os medicamentos somam 40,0 % dos atendimentos. A identificação de
animais não peçonhentos (20,0%) é de grande importância para o
diagnóstico do paciente, o que contribui para terapêutica e prognóstico. Dentre esses animais encontram-se aranhas e serpentes
não peçonhentas, mordida de animais que requerem aplicação de
soro antirrábico, dentre outros.
2. DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO O SEXO
SEXO
Masculino
Feminino
Total
Nº DE ATENDIMENTOS
%
6.671
6.622
13.293
50
50
100
Pela análise dos dados apresentados observa-se uma homogeneidade entre o sexo masculino e feminino.
3. DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO AS CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
Nº DE ATENDIMENTOS
%
Acidental
8.719
66
Tentativa de suicídio
2.231
17
Abuso
609
4
Ocupacional
690
5
1.044
8
13.293
100
Miscelânea
Total
10
Há uma predominância da circunstância acidental (66 %). Em relação
aos agentes, 36,6% desse percentual são devidos aos acidentes por
animais peçonhentos e não peçonhentos (4865 casos notificados).
Nas tentativas de auto-extermínio, 62,7 % são devidos à ingestão de medicamentos (1398 casos notificados).
Os atendimentos em relação às drogas de abuso se referem a
intoxicações agudas.
4. DISTRIBUIÇÃO POR SEXO NAS
TENTATIVAS DE AUTO-EXTERMÍNIO
Nº DE ATENDIMENTOS
%
Masculino
SEXO
816
36,6
Feminino
1.415
63,4
Total
2.231
100
O sexo feminino predominou nas tentativas de auto-extermínio
nos atendimentos realizados na Unidade de Toxicologia – CIATBH,
em 2015. No gráfico abaixo o comparativo quanto ao óbito nas
tentativas de auto-extermínio. Verifica-se igualdade entre os sexos.
11
5. DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO A IDADE (EM ANOS)
IDADE (em anos)
<1
1a5
6 a 10
11 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
>50
Não notificada
Total
Nº DE ATENDIMENTOS
%
291
2.993
876
1.496
2.142
2.010
1.409
1.946
130
13.293
2,2
22,5
6,6
11,3
16,1
15,1
10,6
14,6
1,0
100
Observa-se uma alta incidência da faixa etária de 1 a 5 anos de
idade (22,5%) o que serve de alerta nos programas educativos
de prevenção de acidentes na infância.
6. DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO A EVOLUÇÃO
NOS ATENDIMENTOS
EVOLUÇÃO
Óbito
Alta
Outra
Total
12
Nº DE ATENDIMENTOS
%
64
12087
1142
13.293
0,5
90,9
8,6
100
Dos 64 óbitos, 19 são por medicamentos, 21 por praguicidas,
3 por animais peçonhentos, 6 por produtos químicos, 3 por
drogas de abuso, 11 por substâncias diversas e 1de origem
desconhecida.
DISTRIBUIÇÃO POR SEXO NOS ÓBITOS OCORRIDOS
NOS ATENDIMENTOS REALIZADOS NA UNIDADE DE
TOXICOLOGIA - CIATBH, EM 2015
SEXO
Nº DE ÓBITOS
%
Masculino
34
53
Feminino
30
47
Total
64
100
Nota-se leve predominância do sexo masculino nos óbitos
ocorridos nos atendimentos realizados na Unidade de Toxicologia – CIATBH, em 2015.
13
DISTRIBUIÇÃO POR GRUPOS DE TOXICANTES DOS
ATENDIMENTOS REALIZADOS NA UNIDADE DE
TOXICOLOGIA - CIATBH, EM 2015
1. POR PRAGUICIDAS
Nº DE
ATENDIMENTOS
%
Organofosforados
101
8
Carbamatos
322
25
PRAGUICIDAS
Piretróides
235
18
Raticidas
281
22
Miscelânea
356
27
1.295
100
Total
Os carbamatos e organofosforados foram responsáveis por 33
% das intoxicações por praguicidas. Eles são os principais responsáveis pelos óbitos quando analisada essa classe de agente
intoxicante. No bloco “miscelânea” se encontram fungicidas,
herbicidas e inseticidas não identificados.
14
2. POR RATICIDAS
Nº DE
ATENDIMENTOS
%
Warfarim e similares
148
53
Brodifacoum/Difenacoum
50
18
Fluoracetato de sódio
25
9
Miscelânea
58
20
281
100
RATICIDAS
Total
Dentre os raticidas, o Warfarim e o Brodifacoum são regularizados e mais frequentemente disponíveis no comércio.
3. POR MEDICAMENTOS
Nº DE
ATENDIMENTOS
%
Anfetamina/metanfetamina
35
1
Anticonvulsivantes
303
9
Fenotiazínicos
78
2
Antidepressivos tricíclicos
214
6
Analgésicos
418
12
Sulfato ferroso
17
1
Benzodiazepínicos
737
21
MEDICAMENTOS
Miscelânea
1.675
48
Total
3.477
100
15
Os antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes, analgésicos e
benzodiazepínicos predominaram nas intoxicações por medicamentos (48 %). Nas intoxicações mistas por medicamentos foi
computado o principal agente da intoxicação.
4. POR ANTICONVULSIVANTES
ANTICONVULSIVANTES Nº DE ATENDIMENTOS
%
Fenobarbital
69
23
Fenitoína
16
5
Carbamazepina
163
54
Ácido Valpróico
Total
55
18
303
100
A carbamazepina e o fenobarbital foram os principais responsáveis
pela intoxicação por anticonvulsivantes nos atendimentos realizados pela Unidade de Toxicologia – CIATBH, em 2015. Juntos contribuíram com 77 % quando analisado esse grupo farmacológico.
16
5. POR ANALGÉSICOS / ANTIINFLAMATÓRIOS
ANALGÉSICOS/
ANTIINFLAMATÓRIOS
Nº DE
ATENDIMENTOS
%
Salicilatos
11
3
Paracetamol
210
50
Dipirona
44
10
AINEs
19
5
Corticosteróides
29
7
Miscelânea
105
25
Total
418
100
Quando analisada a distribuição dos analgésicos e antiinflamatórios nas intoxicações medicamentosas, o paracetamol foi responsável por 50 % dos atendimentos.
6. POR PLANTAS
PLANTAS
Nº DE
ATENDIMENTOS
%
Vegetais com oxalato de cálcio
63
36
Vegetais beladonados
1
1
Vegetais com látex cáustico
5
3
Miscelânea
74
60
175
100
Total
17
A diversidade da flora brasileira dificulta a identificação de todas
as plantas causadoras de intoxicação. Os vegetais com oxalato de
cálcio, representado principalmente pelo comigo-ninguém-pode,
foram responsáveis por 36 % dos acidentes por plantas.
7. POR DROGAS DE ABUSO
DROGAS DE ABUSO
Nº DE ATENDIMENTOS
%
Cocaína
273
42
Crack
110
17
Etanol
110
17
Canabinóides (maconha)
62
9
Miscelânea
97
15
652
100
Total
A cocaína e o crack contribuíram com 59 % das intoxicações por drogas de abuso nos atendimentos realizados na Unidade de Toxicologia – CIATBH, em 2015. É importante ressaltar que são atendimentos
oriundos de intoxicação aguda.
18
8. AGENTES CÁUSTICOS
Nº DE ATENDIMENTOS
%
Amônia
AGENTES CÁUSTICOS
96
10
Hipoclorito Sódio
386
40
Ácidos
73
8
Soda Cáustica
150
16
Miscelânea
245
26
Total
950
100,0
O armazenamento dos produtos de limpeza doméstica em locais impróprios são os principais causadores dos acidentes por
produtos cáusticos. O hipoclorito de sódio representa 40 % das
intoxicações neste tipo de acidentes. Dessa percentagem 58,3%
foram de crianças até 5 anos de idade, 225 acidentadas com hipoclorito de sódio.
DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS
PEÇONHENTOS NOS ATENDIMENTOS REALIZADOS
NA UNIDADE DE TOXICOLOGIA - CIATBH, EM 2015
ANIMAIS PEÇONHENTOS Nº DE ATENDIMENTOS
%
Himenópteros*
252
9,7
Lagartas
288
11,1
Serpentes
229
8,8
Aranhas
193
7,4
Escorpiões
1627
62,7
Peixe
5
<1
Total
2.594
100
* Abelhas, vespas, marimbondos, mamangava e formigas.
19
Nos acidentes por animais peçonhentos, a incidência de escorpionismo na grande BH é alta. Foram 1627 casos atendidos na
Unidade de Toxicologia – CIATBH, correspondendo a 62,7 % dos
acidentes por animais peçonhentos.
1. ACIDENTES POR ARANHAS PEÇONHENTAS DISTRIBUIÇÃO POR GÊNERO
ARANHAS PEÇONHENTAS Nº DE ATENDIMENTOS
%
Phoneutria (armadeira)
148
77
Loxosceles (marrom)
25
13
Lycosa (jardim)
13
7
Latrodectus (viúva marrom)
7
3
193
100,0
Total
Dentre as aranhas peçonhentas, a aranha do gênero Phoneutria foi
responsável por 77 % dos acidentes. Os acidentes por Loxosceles
são geralmente graves e contribuíram com 13 % dos atendimentos nesse grupo de animais peçonhentos. Esta porcentagem de
20
acidentes por aranhas do gênero Loxosceles é de grande importância, porque demonstra uma incidência cada vez maior de um
agente que há poucos anos era quase restrita à região Sul do Brasil.
Nos alerta quanto à necessidade de cuidados preventivos e ações
de saúde pública.
2. DISTRIBUIÇÃO MENSAL - ACIDENTES POR ARANHAS
PEÇONHENTAS
MÊS Nº DE ATENDIMENTOS
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
18
23
13
26
18
18
Total
MÊS
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Nº DE
ATENDIMENTOS
12
7
14
7
11
26
193
Nos meses de maior incidência os cuidados preventivos contra
acidentes com aranha devem ser redobrados.
3. DISTRIBUIÇÃO MENSAL - ACIDENTES POR LAGARTAS
MÊS Nº DE ATENDIMENTOS MÊS Nº DE ATENDIMENTOS
JAN
42
JUL
17
FEV
46
AGO
12
MAR
47
SET
4
ABR
46
OUT
4
MAI
33
NOV
4
JUN
19
DEZ
14
Total
288
21
Pode ser observada a maior incidência nos primeiros meses do ano.
Nestes meses os cuidados preventivos contra acidentes com lagartas devem ser intensificados, principalmente em relação às lagartas
do gênero Lonomia por causarem distúrbios de coagulação grave.
4. ACIDENTES POR SERPENTES PEÇONHENTAS DISTRIBUIÇÃO POR GÊNERO
SERPENTES PEÇONHENTAS Nº DE ATENDIMENTOS
%
Bothrops (gênero das jararacas)
Crotalus (gênero das cascaveis)
Micrurus (gênero das corais)
142
78
9
62
34
4
Total
229
100
Os gêneros mais comuns de serpentes no Estado de Minas Gerais, responsáveis pelos acidentes por serpentes peçonhentas
atendidos na Unidade de Toxicologia – CIATBH, foram as do gênero Bothropos e Crotalus (96%).
22
5. DISTRIBUIÇÃO MENSAL - ACIDENTES POR SERPENTES
PEÇONHENTAS
MÊS Nº DE ATENDIMENTOS MÊS Nº DE ATENDIMENTOS
JAN
31
JUL
8
FEV
19
AGO
6
MAR
28
SET
13
ABR
26
OUT
13
MAI
21
NOV
27
JUN
6
DEZ
36
Total
234
A média mensal de acidentes por serpentes peçonhentas é de
19. Os acidentes geralmente ocorrem devido a exposição das
pessoas que adentram no habitat das serpentes. Cuidados especiais devem ser tomados nas medidas preventivas.
6. DISTRIBUIÇÃO MENSAL DOS ACIDENTES
POR ESCORPIÕES
MÊS Nº DE ATENDIMENTOS MÊS Nº DE ATENDIMENTOS
JAN
132
JUL
139
FEV
108
AGO
126
MAR
151
SET
156
ABR
124
OUT
133
MAI
128
NOV
160
JUN
102
DEZ
168
Total
1.627
23
A frequência de casos de acidentes com escorpiões é alta durante
todo o ano, média mensal de 135 notificações. As maiores incidências geralmente coincidem com o período mais chuvoso, quando
os escorpiões são desalojados pela água da chuva e é maior a oferta de seus alimentos preferidos, que são os insetos.
7. DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES POR HIMENÓPTEROS
HIMENÓPTEROS
Nº DE ATENDIMENTOS
%
ABELHAS
188
74,6
VESPAS
13
5,2
MARIMBONDOS
39
15,5
MAMANGAVA
1
0,4
FORMIGAS
9
3,6
MISCELÂNEA
2
0,8
Total
2
100,0
Dentre os acidentes por himenópteros atendidos na Unidade de
Toxicologia – CIATBH em 2015, as abelhas e marimbondos contribuíram com 90,1% dos atendimentos. É importante salientar que
a mortalidade por acidentes por abelhas é significativa.
24
Dicas de prevenção
e primeiros
cuidados gerais
Envenenamentos
Como prevenir
••
••
••
••
Não utilize produtos de origem clandestina ou desconhecida. Procure o número do Registro do Ministério da Saúde ou da Agricultura e/ou o registro do
INMETRO nas embalagens. Verifique se o produto
está rotulado em sua embalagem original;
Todo produto perigoso deve ser armazenado em locais longe de alimentos e fora do alcance de crianças
e animais domésticos;
Não armazene produtos perigosos em embalagens não
originais, como garrafas de refrigerantes, potes vazios, etc.
Jamais reutilize embalagens de produtos perigosos.
O que fazer em caso de acidente
••
••
••
Se o veneno estiver no ar, mantenha o ambiente ventilado
e retire pessoas e animais do local contaminado. Ao prestar socorro às vítimas, proteja-se com máscaras e luvas;
Se houver contato com a pele, retire roupas e calçados da vítima. Lave a pele com água corrente abundante, sem esfregar;
Se houver contato com os olhos, lave o local com
bastante água corrente ou soro fisiológico e procure
um oftalmologista.
No caso de ingestão, não provoque vômito se:
•• a vítima estiver sonolenta ou inconsciente;
•• a vítima for menor de 2 anos;
•• o produto ingerido for inseticida líquido, derivados
do petróleo, solventes, ácidos e bases;
•• Leve o produto ou o nome do produto que causou a
intoxicação para o local onde o paciente será atendido.
25
Acidentes por escorpiões
Como prevenir
••
••
••
••
••
••
••
••
Mantenha o quintal e jardins sempre limpos;
Mantenha a casa limpa;
Não acumule lixo e nem o deixe jogado na rua;
Vede frestas de parede, móveis e portas;
Instale tela nos ralos;
Não deixe formar entulhos em sua casa, lotes vagos
e terrenos baldios;
Verifique sempre roupas e o interior dos calçados antes de vesti-los;
Lembre-se que o principal alimento dos escorpiões
são as baratas. Eliminando-as, evita-se a presença do
escorpião.
Sintomas
••
••
••
••
••
••
Dor intensa no local da picada, irradiando-se pelo
membro afetado;
Náuseas;
Vômitos;
Salivação intensa;
Palpitação;
Falta de ar (dispneia).
Em caso de acidente, o que fazer
••
••
Procure atendimento médico imediatamente;
Colete, se possível, o escorpião, para correta identificação na unidade de saúde onde o paciente será
atendido.
Foto: Délio Campolina
26
Escorpião Amarelo (fêmea carregando filhotes)
Acidentes por lagartas
Como previnir
••
••
••
••
Observe cuidadosamente troncos e folhas de árvores;
Use luvas, camisas de manga comprida e botas durante atividades agrícolas;
Tenha cuidado ao pisar ou sentar-se embaixo das
árvores;
Evite desmatamento, queimadas e uso abusivo de
inseticidas.
Sintomas
••
••
••
••
Dor e queimação no local onde teve contato com a
lagarta, seguidas de desconforto e dor generalizada pelo corpo;
Dor de cabeça, náuseas e vômitos;
Hematomas no local ou em outras partes do corpo;
Sangramentos na gengiva, nariz, urina e feridas
recentemente cicatrizadas podem ocorrer até três
dias após o acidente.
Em caso de acidente, o que fazer
••
••
••
••
Procure imediatamente um posto de saúde;
Se possível, colete com cuidado a lagarta e leve-a ao
posto de saúde para a correta identificação;
Passe uma espuma de sabão e raspe o local do contato para remoção das cerdas, utilizando uma lâmina
ou faca. Tome cuidado para não se ferir;
No caso do acidente ser causado por lagarta do gênero lonomia, o quadro pode se agravar muito além
de dor local. Nunca deixe de procurar atendimento
médico. Poderá ser necessária soroterapia específica.
Foto: Délio Campolina
Lagarta Lonomia
27
Acidentes com serpentes, abelhas
e outros animais peçonhentos
Como previnir
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Não ande descalço. Observe com atenção ao andar
em matas, plantações, margem de rios ou lagoas;
Use sempre luvas e botas no trabalho rural;
Não coloque a mão em buracos, tocas, troncos e colmeias;
Mantenha a casa e áreas próximas sempre limpas;
Verifique roupas e calçados antes de usá-los;
Evite roupas amarelas, laranjas e perfumes em locais
onde há a presença de abelhas.
Em caso de acidente, o que fazer
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Lave o local afetado com bastante água limpa e sabão;
Mantenha a pessoa acidentada em repouso;
Transporte a vítima, o mais rápido possível, à unidade
de saúde mais próxima;
Se o animal causador for capturado, leve-o para identificação;
Não amarre, fure, corte ou sugue o local da picada;
Não coloque nada sobre o ferimento;
Não ofereça bebida alcoólica ou “remédios milagrosos”
ao acidentado;
No caso de ferroada de abelha, retire o ferrão raspando
o local com faca, sem se ferir;
Em caso de picadas múltiplas de abelhas, procure com
urgência um serviço médico, pois o caso pode ser muito grave, especialmente em pacientes hiperalérgicos;
Pessoas muito alérgicas podem precisar portar medicamentos constantemente para utilização em caso de picadas por abelhas, vespas ou marimbondos. Consulte
seu médico.
Bothrops alternatus (Cobra urutu)
Cobra Coral
Foto: Fátima Eyer
Cobra Cascavel
Foto: Fátima Eyer
Foto: Raphael S. Caetano
Phoneutria (Aranha Armadeira) Theraphosidae (Aranha Caranguejeira)
Foto: Raphael Silva Caetano
Latrodectus (Aranha Viúva marrom)
Loxosceles (aranha marrom)
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Acidentes por plantas
Como prevenir
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Mantenha plantas venenosas fora do alcance das
crianças;
Procure conhecer plantas venenosas existentes em
sua casa e arredores pelos nomes e características;
Ensine às crianças a não colocar plantas na boca e
nem utilizá-las como brinquedos (como fazer comidinhas, tirar leite, etc.);
Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas
sem orientação médica;
Não coma folhas, frutos ou raízes desconhecidas;
Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex. Proteja os olhos;
Use luvas ao lidar com plantas venenosas e lave
bem as mãos após a atividade.
Em caso de acidente, o que fazer
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Procure atendimento médico imediatamente e leve
a planta para identificação.
Foto: Solange L.S. Magalhães
Comigo - ninguém - pode
EM CASO DE DÚVIDAS LIGUE:
(31) 3224-4000 / (31) 3239-9308
(31) 3239-9390 / (31) 3239-9224
0800 7226 001
30
Corpo Clínico/Administrativo da Unidade
de Toxicologia do HJXXIII – CIATBH
Coordenador
Délio Campolina
Médicos Plantonistas
Adebal de Andrade Filho
Alvaro Hadad Filho
Cecília Maria de Souza Lagares Dabien Haddad
Franciele Antonieta Bianchi Leidenz
Gilberto Tadeu Nable
Heraldo Valladão
Juliana Sartorelo Carneiro B. Almeida
Luciana Reis da Silveira
Marcelo Vinícius Pereira Veloso
Marina Parisi Dutra
Ordália Maria Azevedo
Patrícia Drumond Ciruffo
Priscila Pereira dos Reis
Samir de Oliveira Sauzen
Saulo Peconick Ventura
Solange de Lourdes Silva Magalhães
Stefania Villela Moreira
Vinícius Gonçalves Seabra
Farmacêuticas
Maria de Fátima Eyer Cabral Cardoso
Valéria Bruno de Souza Costa
Técnicos de Laboratório
Fabiano Almeida Cruz
Wanderson Silva Resende
Biólogo
Ednéia Mendes da Silva
Funcionários Administrativos
Albertino Soares Dias
Alessandra Maria Serra
Fábio Lucas Gonçalves dos Santos
Sâmia Mara de Paula Gomes da Silva
Equipe de Psicólogia
Residentes (Toxicologia e outras especialidades)
Técnicos de Enfermagem
Estagiários de Medicina, Biologia, Enfermagem,
Psicologia e Farmácia.
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