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A LIBERAÇÃO DE PSOAS NA DOR LOMBAR.
Bruna Fernandes Dematias¹; Msc. Ralph Fernando Rosas² (orientador)
INTRODUÇÃO
A dor lombar é um problema musculoesquelético, definido como sendo uma dor
localizada na região inferior da coluna, na altura da cintura pélvica, em uma área situada entre
a margem costal e a prega glútea inferior, que em alguns casos pode gerar irradiação para os
membros inferiores.
Representa um grave problema de saúde pública, uma vez que, a demanda de procura
para tratamentos para a mesma tem aumentado consideravelmente a cada dia, e também
socioeconômico devido aos elevados custos associados a investimentos em novos tratamentos
e pelo fato de ser uma das principais causas de absenteísmo do trabalho e aposentadoria por
invalidez, causando fortes perdas de produtividade.
Não há uma causa específica para essa enfermidade, mas um conjunto de fatores que
contribuem para o seu desenvolvimento. São fatores constitucionais, individuais, posturais e
ocupacionais.
A tensão do músculo psoas é o mecanismo mais provável na dor lombar pelo
envolvimento do mesmo, devido a sua anatomia, e várias raízes nervosas passam debaixo dele
resultando em dor caso o músculo esteja excessivamente tenso ou ainda espástico.
Dentre os diversos tratamentos para a dor lombar, encontra-se a técnica de liberação
muscular que tem como princípio a utilização da contração muscular, de forma a produzir
maior amplitude de movimento nas articulações, aumento de flexibilidade muscular,
reduzindo assim dores geradas pelo desequilíbrio musculoesquelético.
Palavras-chave: Liberação muscular, Dor lombar, Estudos transversais.
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1
2
Acadêmica de Fisioterapia da Unisul. Bolsista do PUIC. E-mail: [email protected]
Coordenador do Curso de Fisioterapia da Unisul. E-mail: [email protected]
OBJETIVOS
O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito da liberação de psoas na dor lombar
em pacientes inscritos na lista de espera da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade do
Sul de Santa Catarina.
MÉTODOS
Participaram do estudo duas mulheres com dor lombar, constantes na lista de espera da
Clínica Escola de Fisioterapia da UNISUL – Campus Tubarão.
Incluiu-se pacientes com idade entre 35 e 55 anos, que não possuíam patologia
associada relevante para a pesquisa e assinaram o termo de consentimento espontaneamente.
Foram excluídos aqueles que faltaram a qualquer intervenção fisioterapêutica, que realizavam
outro tratamento terapêutico simultaneamente com a fisioterapia ou, num intervalo menor que
seis meses, aqueles que não conseguiam realizar os movimentos necessários para a realização
do tratamento (dor) ou utilização de roupas inadequadas, que realizavam exercício físico duas
vezes ou mais por semana ou aqueles que utilizavam medicação analgésica e/ou antiinflamatória em concomitância com o tratamento proposto.
As pacientes foram submetidas a dez sessões fisioterapêuticas, com uma avalição no
início e uma reavaliação ao final do tratamento. Foi analisada a dor através da escala visual
analógica (EVA) e a flexão de tronco. O ponto inicial da EVA é representado por 0 cm o qual
identifica que o indivíduo não apresenta dor e o ponto final por 10 cm quantificando a pior
dor possível. Foi pedido ao paciente para que o mesmo fizesse um traço nessa linha no valor
que correspondia à sua dor no momento da avaliação.
No teste de flexão de tronco, o paciente fez flexão da coluna, anotando-se a distância,
em centímetros, da ponta do terceiro dedo ao solo. Nesse estudo, foi utilizado um banco de 15
cm de altura, para quantificar com fidedignidade essa distância, caso o paciente conseguisse
encostar seu dedo no chão ao fazer a flexão.
Após as avaliações, foi realizada a intervenção através da liberação do músculo psoas,
onde é necessário que o paciente fique em decúbito dorsal sobre a maca, e solicita-se que o
mesmo faça o movimento de flexão do quadril do membro a ser tratado, por conseguinte, o
terapeuta promoverá uma contração isométrica, por meio de uma resistência contra a força do
paciente. E por fim, a mão do terapeuta realizará uma fricção no eixo transversal para alongar
e relaxar as fibras musculares.
Todas as sessões foram realizadas nas dependências da Clínica Escola de Fisioterapia
da UNISUL Tubarão – SC, no período noturno, três vezes por semana com duração de dez
minutos.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de
Santa Catarina sob protocolo nº 12.297.4.08.III.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A dor foi medida e analisada através da EVA, com os seguintes resultados:
Avaliação
Reavaliação
Paciente 1
2,8 cm
1,4 cm
Paciente 2
3,1 cm
1,8 cm
Conforme os resultados apresentados foi possível constatar melhora da dor dessas
pacientes.
Para avaliar a flexibilidade, foi utilizado o teste do terceiro dedo ao chão, que
apresentaram os seguintes resultados:
Avaliação
Reavaliação
Paciente 1
9,5 cm
7 cm
Paciente 2
23,5 cm
18 cm
*Paciente 2 fez uso do banco de 15 cm.
Segundo os resultados as pacientes apresentaram maior flexibilidade após o tratamento
proposto, devido a melhora de suas dores.
CONCLUSÕES
O presente estudo teve como objetivo analisar o efeito da liberação do músculo psoas
no tratamento da dor lombar. Após analisar e discutir os resultados verificou-se melhora
significativa em relação à dor das pacientes participantes do estudo, resultando também em
uma maior flexibilidade de tronco.
REFERÊNCIAS
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FOMENTO
O trabalho teve a concessão de Bolsa pelo Programa Unisul de Iniciação Científica
(PUIC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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