ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE UM SOLO ARTIFICIALMENTE CIMENTADO SOB DIFERENTES TRAJETÓRIAS DE TENSÕES Francisco Dalla Rosa UFRGS, Porto Alegre, Brasil, [email protected] Nilo C. Consoli UFRGS, Porto Alegre, Brasil, [email protected] Fernando Schnaid UFRGS, Porto Alegre, Brasil, [email protected] RESUMO: O comportamento de solos cimentados por processos naturais ou artificiais, como os adotados na estabilização de solos, possui considerável influência da densidade e do estado de tensões a que estes materiais estão submetidos durante a fase que compreende a cimentação dessas partículas. Uma alternativa a esse estudo é a elaboração de um meio em que as amostras possam ser cimentadas sob um estado de tensões específico, e que ao mesmo tempo em que se promove uma específica redução do índice de vazios do respectivo material. Seguindo nessa analogia, o presente estudo visa apresentar resultados de ensaios triaxiais realizados em amostras de um solo artificialmente cimentado, curadas sob diferentes níveis de tensão. São também abordados os resultados do ponto de vista de rigidez e deformabilidade encontrados para o material. Os resultados preliminares têm demonstrado que tanto a redução do índice de vazios, bem como a magnitude das tensões confinantes durante a cura, apresentaram influência no comportamento tensão-deformação-dilatância das amostras artificialmente cimentadas. PALAVRAS-CHAVE: Solos Artificialmente Cimentados, Trajetória de Tensões, Comportamento Mecânico. 1 INTRODUÇÃO A concepção do comportamento de solos estruturados por cimentação tem sido realizada rotineiramente com amostras indeformadas extraídas em campo. Porém, os processos que envolvem a preparação de tais amostras permitem à ocorrência de danos à estrutura presente nestes solos, o que prejudica a interpretação do comportamento real destes materiais, do ponto de vista de rigidez e deformabilidade. Clayton et al. (1992) afirmam que estas perturbações podem ocasionar incertezas na análise dos resultados, ainda mais quando estes são direcionados ao estudo da própria estrutura do solo. No que diz respeito da compressão triaxial, tais solos apresentam comportamentos muito bem definidos de acordo com o aumento da tensão confinantes utilizada no cisalhamento. Autores como Gens & Nova (1993), Coop & Atkinson (1993), Cecconi et al. (1998), Cuccovillo & Coop (1999), Consoli et al. (2000), Rotta (2000 e 2005) e Leroueil & Hight (2003) contribuíram significativamente para a compreensão do comportamento destes materiais, quando submetidos à compressão triaxial. A mudança da trajetória de tensões adotadas no cisalhamento é outro aspecto que deve ser avaliado em um estudo do comportamento mecânico de solos cimentados. Leroueil & Vaughan (1990) afirmam que independente da trajetória de tensões, o estado que define o regime elástico não deve ser afetado pela mudança do caminho de tensões percorrido durante a fase de cisalhamento. De um modo geral, solos cimentados, quando cisalhados sob baixas tensões confinantes apresentam um comportamento frágil, ou seja, caracterizado por apresentar resistência de pico a pequenas deformações, seguindo de um comportamento do tipo “softening” e notável deformação de expansão, similar ao apresentado para solos densos e não coesivos. Sob altas tensões de confinamento, este comportamento se da de forma dúctil, onde substanciais deformações são necessárias para que a resistência máxima possa ser atingida. Associado a este comportamento dúctil, grandes deformações volumétricas de compressão ocorrem durante a fase de cisalhamento das amostras. 2 METODOLOGIA E MATERIAIS 2.1 Materiais Na realização deste estudo, foi utilizado um solo encontrado na região da Grande Porto Alegre / RS, oriundo da formação Botucatu. Tal solo é caracterizado como sendo uma areia fina, siltosa e mal graduada. A distribuição granulométrica do material é composta por 27,8% de areia média, 33,4% de areia fina, 31,3% de silte e 7,5% de argila. Os limites de liquidez e plastificidade medidos foram respectivamente iguais a 22% e 15%. Utilizou-se como agente cimentante o cimento Portland CP-V ARI, com o objetivo de reduzir o tempo necessário para a cura das amostras em 48 horas. Adotaram-se como teores de cimento em relação ao peso seco da amostra, valores que variaram entre 0%, para o caso não cimentado e posteriormente, 1% 2% e 3%. Tais teores de cimentação correspondem a níveis de fraco a medianamente cimentado, dependendo do critério de classificação (Beckwith & Hansen 1982; Rad & Clough 1985; Hardingham 1994). 2.2 Equipamento Para a realização deste estudo, houve a necessidade de se construir um equipamento capaz de realizar a cura das amostras, e posteriormente o cisalhamento das mesmas em distintas trajetórias de tensões. O equipamento é constituído de uma célula triaxial do tipo Bishop-Wesley (Bishop & Wesley, 1975), a qual teve toda a sua instrumentação e dispositivos mecânicos foram automatizados por meio de um microcomputador. Dentre os dispositivos de leitura de valores, estão os sensores de deslocamento internos (sensores de efeito hall) e externos, transdutores de pressão e célula de carga. Já os dispositivos controlados pelo micro computador são compostos por duas válvulas proporcionais e um motor de passo, responsável pela aplicação da tensão desvio. Para a automatização dos dispositivos, foi desenvolvido um software com interface amigável em linguagem VEE, capaz de realizar as rotinas essências de um equipamento triaxial. O equipamento é capaz de realizar a percolação, saturação, adensamento isotrópico e o cisalhamento de amostras sob trajetórias de tensões convencionais, descarregamento lateral e p’ constante. A figura 1 mostra uma visão geral do equipamento que foi totalmente desenvolvido durante o estudo. Figura 1: Visão geral do equipamento construído durante o estudo. De maneira geral, o equipamento é capaz de atender a diferentes materiais geotécnicos, como solos naturais (argilas moles, areias e outros), bem como para aplicação em materiais compósitos, como solos melhorados com agentes cimentantes e/ou com a adição de materiais fibrosos. 2.3 Metodologia de ensaio As amostras foram confeccionadas com dimensões iguais a 50 mm (diâmetro) por 100 mm (altura), compactadas em 3 camadas. Todas as amostras seguiram a denominação: CCID ou PCID – (X) – YYY / ZZZ, onde: CCID – Ensaio triaxial convencional; PCID – Ensaio triaxial com p’ constante; X – Teor de cimento (em %); YYY – Tensão de cura (em kN/m²); ZZZ – Tensão efetiva inicial no cisalhamento (em kN/m²). Todas as amostras tiveram à umidade e índice de vazios iniciais fixos. Assim, procurouse obter amostras com um índice de vazios inicial igual a 0,65 e com teor de umidade de 19%, alcançando assim um grau de saturação não inferior a 80%. O processo de cura das amostras foi realizado dentro da câmara triaxial, onde as amostras após serem moldadas foram imediatamente dispostas sobre a base do equipamento, sendo posteriormente seguidos os procedimentos padrões para a instalação da membrana e dos sensores de efeito “Hall”. Após a montagem do equipamento, foi aplicada então a tensão de cura. Dois sensores de efeito “Hall” foram instalados diretamente sobre as amostras, com o intuito de obter maior precisão das deformações iniciais (Clayton et al. 1989). As tensões de cura utilizadas no estudo foram iguais a 50 kN/m², 250 kN/m² e 500 kN/m² e o tempo de cura adotado foi igual a 48h (tempo necessário para que fosse atingido 80% da resistência a compressão não confinada). O tempo utilizado em todo o processo de montagem das amostras sempre foi inferior a 30 minutos, permitindo assim que o adensamento da amostra em função da aplicação da tensão de cura ocorresse antes do inicio da cura do cimento (Rotta 2005). Posteriormente a cura, foi então aplicada à tensão efetiva inicial de cisalhamento, a qual foi igual a 50 kN/m², 100kN/m² e 250 kN/m². Para as tensões de 50 e 250 kN/m² foram executados ensaios do tipo convencional. Já para a tensão de 100 kN/m², foram realizados ensaios com uma trajetória de tensões do tipo p’ constante. Em todos os casos, adotou-se uma velocidade padrão e igual a 1 mm/h (1% para uma amostra de 100 mm de altura). Da mesma forma, em todos os ensaios foi permitida a drenagem durante a fase de cisalhamento, sendo também monitorada a poro-pressão durante todo o ensaio. 3 RESULTADOS 3.1 Comportamento convencional sob cisalhamento Na figura 2 são apresentados os resultados obtidos para amostras com um teor de cimento igual a 1% do peso seco de solo, curadas sob uma tensão isotrópica de cura igual a 50 kN/m². O comportamento que pode ser observado apresenta-se similar ao demonstrado por solos cimentados (Leoureil & Hight, 2003), onde durante o cisalhamento, o material sob baixas tensões de confinamento apresentou um comportamento com tensão de pico e deformações volumétricas de expansão (posterior a ruptura). Observa-se também que a elevação da tensão de cura e consequentemente, do nível de confinamento permitiu que uma elevação da tensão desvio de pico e uma mudança na rigidez inicial do material. Também deve ser observado o estágio onde ocorre a máxima inclinação da curva de variação volumétrica vs. deformação axial. Dessa forma, solos com a presença de algum tipo de cimentação apresentam está máxima taxa posterior a tensão de pico do solo. Isso indica que a cimentação encontrada nesses materiais é capaz de realizar o atraso do efeito da dilatância encontrado na mecânica dos solos clássica. Neste estudo foi observado (resultados não apresentados aqui) que, após ser alcançada a máxima tensão desvio, está para grandes deformações tende a convergir com os resultados de um solo não cimentado. Esse processo de desestruturação foi mais acentuado em amostras que foram submetidas a tensões de confinamento durante o cisalhamento. Resultados similares a estes são apresentados na literatura, podendo-se citar os trabalhos de Leroueil & Vaughan (1990), Gens & Nova (1993), Coop & Cuccovillo (1999), Dalla Rosa et. al (2008). O efeito da tensão de confinamento ocorre uma vez que, quando o solo submetido previamente a um nível de tensão em sua estrutura, parte da energia aplicada aos grãos é dissipada na forma de variação volumétrica. Por outro lado, parte dessa energia é mantida na forma de atrito entre os grãos, e possibilitando também a elevação da tensão de pico concomitantemente com o acréscimo do módulo secante inicial. 400 q [σa-σr](kN/m²) 300 200 100 0 0 4 8 12 3.2 Comportamento sob cisalhamento com p’ constante 16 εa (%) -3 -2 εv (%) -1 0 4 8 12 0 16 εa (%) CCID-(1)-50/50 CCID-(1)-250/50 CCID-(1)-250/50 1 2 3 Figura 2: Comportamento tensão-deformação para ensaios submetidos ao cisalhamento convencional, curadas sob diferentes tensões de cura. Avaliando os resultados dos ensaios triaxiais em relação a mudança do módulo secante, fica claro que amostras submetidas a cura sob baixas tensões de confinamento, são capazes de permitir um acréscimo deste parâmetro. Esse aspecto pode estar vinculado à redução do índice de vazios, ao mesmo tempo em que o efeito que o próprio confinamento apresenta. 5000 CCID-(1)-50/50 CCID-(1)-250/50 Es(MN/m²) 4000 3000 2000 1000 0 0.0001 0.001 0.01 0.1 1 εa (%) Figura 3: Influência da tensão de cura sob o ponto de vista do módulo secante com diferentes níveis de confinamento na cura. A figura 3 apresenta os resultados obtidos para amostras curadas com três diferentes tensões de cura, e posteriormente cisalhadas sob uma trajetória de tensões do tipo p’ constante. Uma trajetória de tensões de descarregamento lateral (não apresentada aqui) também foi realiza, porém, não houve a possibilidade de se alcançar o final do ensaio. Isto ocorreu em função de que a tensão desvio ter superado a tensão efetiva inicial de ensaio, impossibilitando assim de o equipamento concluir o ensaio. Analisando assim os resultados da figura 3 observa-se que, sob este tipo de trajetória, a rigidez inicial tem apresentado maiores valores que as observadas para uma trajetória de tensões convencional. Identifica-se também que logo após a ruptura do material, o incremento de deformação volumétrica aumenta expressivamente. Na figura 4 são apresentados os resultados do módulo secante, encontrados para os ensaios realizados sob a trajetória de tensões p’ constante. Observa-se da mesma forma com os resultados para a trajetória de tensões convencional, uma elevação dos valores de módulo de acordo com o aumento do nível de confinamento na cura. Este aumento se dá mais pronunciadamente para uma tensão de cura igual a 500 kN/m². Apesar de os ensaios realizados nas diferentes trajetórias de tensões, apresentarem tensões efetivas iniciais serem pouco diferentes (iguais respectivamente a 50 kN/m² e 100 kN/m² para trajetória convencional e p’ constante), observa-se a diferença dos valores iniciais do módulo secante. 250 de rigidez inicial superiores aos encontrados para os ensaios convencionais. Avaliando a figura 5, onde é apresentado o caminho percorrido das trajetórias de tensões durante o cisalhamento, observa-se claramente que ambas as situações apresentam tensões de pico, porém para o caso do cisalhamento convencional, estas são mais pronunciadas. q [σa-σr](kN/m²) 200 150 100 50 PCID-(1)-50/100 PCID-(1)-250/100 PCID-(1)-500/100 0 0 4 8 12 16 20 εa (%) 400 -4 300 -3 εv (%) -2 200 CCID-(1)-50/50 CCID-(1)-250/50 CCID-(1)-250/50 PCID-(1)-50/100 PCID-(1)-250/100 PCID-(1)-500/100 -1 0 4 8 12 16 0 20 100 εa (%) 1 0 Figura 3: Comportamento tensão-deformação sob uma trajetória p’ constante. 12000 PCID-(1)-50/100 PCID-(1)-250/100 PCID-(1)-500/100 Es(MN/m²) 8000 4000 0 0.001 0.01 0.1 1 εa (%) 0 100 200 300 400 Figura 5: Influência da tensão de cura no módulo secante, para amostras cisalhadas sob uma trajetória do tipo p’ constante. Por outro lado, constata-se na figura 5 que em todos os casos, posteriormente alcançada a tensão de pico, todos os resultados apresentam uma tendência clara de convergência com os resultados de um solo não cimentado. Essa comparação fica mais clara na figura 6, onde são apresentados os resultados de dois ensaios, sendo um deles com uma amostra cimentada e comparada com os resultados de um material que não recebeu o agente cimentante. Figura 4: Influência da tensão de cura no módulo secante, para amostras cisalhadas sob uma trajetória do tipo p’ constante. As trajetórias do tipo p’ constante apresentaram valores de rigidez muito superiores àquelas encontradas para os ensaios realizados em trajetórias convencionais. Essa elevação pode ser justificada pela maneira de como o material é solicitado durante o cisalhamento, ou seja, quando cisalhado sob uma trajetória p’ constante, há uma proporcional redução da tensão de confinamento do ensaio durante o cisalhamento, para que então, seja alcançada a referida trajetória. Uma vez realizada essa redução, é natural que o solo cimentado apresente valores Figura 6: Convergência do comportamento tensãodeformação axial para amostras cimentadas e não cimentadas. Entretanto, deve-se observar que a convergência ocorre a deformações relativamente grandes. A progressiva desestruturação do solo cimentado também foi identificada por Consoli et al. (2000) e Clayton et al. (1992). Na figura 7 é apresentada uma análise do comportamento tensão dilatância para duas amostras cisalhadas sob a trajetória de tensões convencional. Figura 7: Comportamento tensão-dilatância para amostras cisalhadas sob a trajetória convencional de tensões. Ao analisar os resultados de dilatância para amostras cimentadas em comparação ao solo não cimentado, torna-se evidente que em solos cimentados, grandes deformações de dano são necessárias para que ocorra a completa convergência do comportamento entre o solo cimentado e não cimentado. Deve-se levar em consideração também o fato de que, quando adicionado um agente cimentante ao solo, podese estar criando um novo material, com características intrínsecas próprias. Assim, é necessário um estudo de amostras cimentadas artificialmente, com a prévia desestruturação mecânica (manual) do material, para que então seja possível identificar o comportamento intrínseco. Não foi observado um aumento expressivo da taxa de dilatação em função do aumento da tensão de cura. 4 CONCLUSÕES PARCIAIS A partir dos resultados parciais apresentados nesse trabalho, é possível chegar as seguintes conclusões parciais: O aumento da tensão de cura propiciou um aumento da tensão de pico, concomitantemente houve um expressivo aumento da rigidez inicial para as amostras cisalhadas sob uma trajetória de tensão convencional. Quando comparados os valores de módulo secante entre as duas trajetórias de tensão apresentadas nesse estudo, houve um aumento expressivo dos valores iniciais de módulo dos ensaios sob a trajetória p’ constante em relação aos ensaios da trajetória convencional. Foi observado a progressiva desestruturação em ambas trajetórias de tensões. Essa desestruturação é mais perceptível para a trajetória de tensões convencional. Uma comparação dos resultados de amostras cimentadas, com e sem desestruturação prévia ao cisalhamento poderá apresentar uma resposta mais coerente entre o comportamento de um solo cimentado e não cimentado. A análise do comportamento tensãodilatância indicou também que, somente sob grandes deformações a convergência do comportamento do solo cimentado ocorre em relação ao não cimentado. Não houve uma mudança brusca da máxima dilatância em relação ao aumento da tensão de cura, aplicada nas amostras. AGRADECIMENTOS Os autores gostariam de prestar agradecimentos ao projeto PRONEX-FAPERGS (Processo 04/0841.0) e ao CNPq pelo apoio financeiro concedido no desenvolvimento dessa pesquisa. REFERENCIAS Beckwith, G. H. e Hansen, L. A. (1982). Calcareous soils of the south-western United States. Geot. Prop. Behav. And Perf. of Calcareous Soils. Vol 1. Philadelphia: ASTM, p.16-35. Bishop, A. W.; wesley, L. D. (1975) A hirdaulic triaxial apparatus for controlled stress path testing, Geotechnique, Vol. 25, N°4, p.675-970. Cecconi, M. Viggiani, G. Rampello, S. (1998). An experimental investigation of the mechanical behaviour of a pyroclastic soft rock. The Geot. of Hard Soils – Soft Rocks. Rotterdam, p.473-482. Clayton, C.R.I; Khatrush, S.A.; Bica, A.V.D.; Siddique, A. (1989). The use of Hall effect semiconductors in geotechnical instrumentation. Geotechnical Testing Journal, Philadelphia, Vol. 12, N°1, p.69-72. Clayton, C. R. I., Hight, D. W., Hopper, R.J. (1992). Progressive destructuring of Bothkemar clay: implications for sampling and reconsolidation procedures. Géotechnique, Vol. 42, N° 2, p.219-239. Consoli, N. C., Rotta, G. V. e Prietto, P. D. M. (2000). Influence of curing stress on the triaxial response of cemented soils. Géotechnique, Vol. 50, N°1, p.99105. Coop, M. R. e Atkinson, J. H. (1993). The mechanics of cemented sands. Géotechnique, Vol. 43 N°1, p.5367. Cuccovillo, T. e Coop, M. R. (1999). On the mechanics of structured sands. Géotechnique, London, Vol. 49 N° 6, p.741-760. Dalla Rosa, F., Consoli, N.C. e Baudet, B.A. (2008). An experimental investigation of the behaviour of artificially cemented soil cured under stress. Geotechnique, v. 58, p.675-679. Gens, A. e Nova R. (1993). Conceptual bases for a constitutive model for bonded soils and weak rocks. Int. Symp. On Geot. Eng. Of Hard Soils – Soft Rocks. Vol.1, p.485-494. Hardingham, A.D. (1994). Development of an engineering description of cemented soils and calcrete duricrust. 1st Int. Symp. on Engng Characteristics of Arid Soils. Rotterdam, p.87-90. Leroueil, S.; Hight, D. W. (2003). Behaviour and proprieties of natural and soft rocks. Characterization and Engineering Proprieties of Natural Soils. Lisse: Swets e Zeitlinger. p.29-254. Leroueil, S. e Vaughan, P. R. (1990). The general and congruent effects of structure in the natural soil and weak rocks. Géotechnique, Vol.40 N°3, p.467-488. Rad, N.S. e Clough, G.W. (1985). Static behavior of variably cemented beach sands. Strengh Test. of Mar. Soils: Laboratory and In-Situ Measurement, Philadelphia: ASTM. p.306-317. Rohlfes Jr, J. A. (1996). Comportamento de um solo cimentado e sua aplicação na engenharia de fundações. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 128p. Rotta, G. V. (2000). Cimentação introduzida sob tensão: Compreendendo a importância do índice de vazios de formação da estrutura no comportamento mecânico de solos cimentados. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 134p. Rotta, G. V. (2005). Plastificação de um solo cimentado curado sob tensão. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 184p.