Alcoolismo, um Desafio para as Organizações * Hélio Yassuo Hamamura (FCSGN) [email protected] † Mônica Picolo Bertinetti (FCSGN) [email protected] ‡ Maria Helena de Figueiredo Loureiro (FCSGN) [email protected] Resumo: O consumo de álcool está ligado a diversas consequências para o individuo que o consome, para aqueles que estão à sua volta e para a sociedade como um todo. Podemos citar como consequências graves os acidentes de trânsito, problemas com trabalho e como circulo familiar. A Violência interpessoal tem sido o foco interessante e de atenção pública de estudos científicos nos últimos anos, indicando um interesse crescente na elaboração de políticas publicas a respeito. O objetivo desta pesquisa consiste em identificar quais os preconceitos mais comuns sofridos pelos alcoólatras a fim de buscar resposta para a problemática sobre o preconceito que existente na humanidade contra os dependentes alcoólatras. Justificando assim que o beber demasiado traz uma série de riscos raramente reconhecidos como tal, especialmente na adolescência, embora esse fato seja aceito socialmente. Por isso, atividades preventivas que favoreçam o reconhecimento desses riscos e o desenvolvimento de estratégias para minimizá-los, assumem um caráter de relevância e urgência em nosso país. Para a realização desta pesquisa utilizou-se levantamento de dados bibliográficos e de campo, sendo o último através de visita ao grupo de apoio dos Alcoólicos Anônimos Distrito 8 com alunos do 2º semestre do curo de Administração durante as aulas da disciplina de Iniciação Científica na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte, participando de um encontro, questionando e tomando nota de dados fornecidos pelos participantes. Abordou-se que é importante que o indivíduo que esteja passando por um processo de recuperação não se sinta sozinho, ou ignorado, pois com o auxílio, apoio e encorajamento necessários, o objetivo torna-se muito mais fácil e positivo, por isso, além do auxílio da empresa (no caso do empregado) e da família, é importante a participação de grupos de apoio como amigos e instituições, como é o caso dos Alcoólicos Anônimos. Mediante aos fatos, podemos concluir que é necessária a sensibilização da sociedade e organizações para que sejam tomadas as devidas medidas de combate a esse problema, que há algum tempo não vinha sendo observado com a devida importância ou simplesmente ignorado pelo cidadão e empresários, apresentando e destacando os direitos e deveres de todas as partes envolvidas neste caso. Palavras-chave: Alcoolismo; Preconceito; Sociedade. Abstract: Alcohol consumption is linked to a number of consequences for the individual consuming it, to those who are around them and to society as a whole. We can cite as serious consequences of road accidents , problems with work and how family circle . Interpersonal Violence have been interesting focus and public attention of scientific studies in recent years , * Hélio Yassuo Hamamura , Graduado em Administração pela Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte, Especialista em Engenharia de Sistemas e Recursos Humanos pela Escola Superior Aberta do Brasil e Mestre em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco. E-mail: [email protected]. † Mônica Picolo Bertinetti, Bacharel em Administração pela Faculdade de Ciência Sociais de Guarantã do Norte (FCSG, Guarantã do Norte – MT, 2006), Especialista em Gestão de Recursos Humanos ‡ Maria Helena de Figueiredo Loureiro, Bacharel em Administração pela Universidade de Cuiabá (UNIC CuiabáMT,1999), Especialista em Finanças Empresariais Controladoria 1 indicating a growing interest in the development of public policies concerning. The objective of this research was to identify which are the most common prejudices suffered by alcoholics to seek answer to the problem of prejudice that exists in humanity against dependent alcoholics. Justifying so drinking too brings a number of risks rarely recognized as such , especially in adolescence, although this fact is accepted socially. Therefore, preventive activities that promote the recognition of these risks and develop strategies to minimize them , play an important and urgent in our country. For this research we used survey of bibliographic data and field , the latter by visiting the support group Alcoholics Anonymous District 8 with students of the 2nd half of Administration heal during class Scientific Initiation discipline in the Faculty of Social Sciences North Guarantã , attending a meeting , questioning and taking note data provided by the participants. Discussed that it is important that the individual who is going through a recovery process do not feel alone or ignored because with the assistance necessary support and encouragement , the goal becomes much easier and positive, so in addition the aid of the company ( in the case of employee ) and the family , it is important to participate in support groups as friends and institutions , such as Alcoholics Anonymous. Upon the facts , we can conclude that it is necessary to raise awareness of society and organizations so that appropriate control measures are taken to this issue , which for some time was not observed with due importance or simply ignored by citizens and businesses, presenting and highlighting the rights and duties of all parties involved in this case. Keyword: Alcoholism; Disease; Society. 1. INTRODUÇÃO Alcoolismo é uma doença crônica, no entanto, poucos ainda associam o habito de beber a uma doença. O alcoólatra perde o controle e mesmo que tente parar não consegue se livrar do vício sozinho. Com o passar do tempo a tolerância à bebida aumenta e é preciso beber mais para ter o mesmo efeito de embriagues. Quando fica sem a bebida começa apresentar sintomas como tremedeiras, nervosismo, suor frio e ansiedade. O abuso do álcool acontece quando uma pessoa continua bebendo em grades quantidades, mesmo quando esse comportamento traz problemas para sua vida. Justamente por não ser ilegal, muitas vezes o problema começa em casa e com o aval dos pais no caso dos menores de idade. A dependência começa quando a pessoa passa a precisar fisicamente e emocionalmente da bebida alcoólica para se sentir bem e relaxada. Apesar de todo o avanço que a humanidade vem alcançando, ainda não conseguimos extinguir da mente humana valores que não acrescentam nada a humanidade, o preconceito. O preconceito trata-se de um conceito associado a discriminação as diferenças que existem no mundo sobre determinados aspectos. O combate ao preconceito deve ser por meio da educação, tendo como objetivo a igualdade de direitos e deveres que todos temos. 2 O álcool é a droga mais amplamente utilizada no mundo, nas diferentes culturas. O alcoolismo mesmo sendo considerada uma doença traz vários problemas para a vida das pessoas que se deixam levar por esse mau caminho. A convivência do indivíduo com a família e com os demais acaba sendo dificultada, pois acaba gerando transtorno devido a alteração de comportamento, agressividade em gestos e palavras e desentendimento excessivo. Nas organizações há uma crescente preocupação com o uso e abuso do álcool pelos trabalhadores, de diferentes classes sociais. Levando em conta o prejuízo no ambiente de trabalho como a baixa produtividade e acidentes de trabalho. Por ser uma doença o alcoolismo não pode ser motivo para demissão. A recomendação é que o trabalhador seja afastado da empresa para tratamento, pois se o funcionário é doente, têm as faculdades comprometidas, este não pode ser tratado como um funcionário qualquer. Por outro lado, pelo entendimento do TST, a empresa que oferecer tratamento também tem o direito de demitir o funcionário que se negar a participar do programa ou que voltar a apresentar os mesmos problemas após o auxílio, então os empregadores e gestores passam por um desafio crescente em relação ao papel das organizações como agentes transformadores sociais. O objetivo desta pesquisa consiste em Identificar quais os preconceitos mais comuns sofridos pelos alcoólatras a fim de buscar resposta para a problemática sobre o preconceito que existente na humanidade contra os dependentes alcoólatras. Justificando assim que o beber demasiado traz uma série de riscos raramente reconhecidos como tal, especialmente na adolescência, embora esse fato seja aceito socialmente. Para isso Foi desenvolvido projeto com alunos do 2º semestre do curso de Administração da Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte a fim de obtenção de nota para aprovação na disciplina de Iniciação Científica, onde aconteceram aulas semanais onde os alunos tiveram acesso as referencias bibliográficas, descrevendo autores que abordam o assunto e também acompanhamento dos encontros semanais do grupo de apoio Alcoólicos Anônimos do Distrito 8 de Guarantã do Norte que conta hoje com aproximadamente 10 participantes com encontros semanais, sendo realizadas no sábados na cede do grupo. 2. O PROBLEMA DO ALCOLISMO Há milhões de anos a humanidade convive com as bebidas de teor alcoólico. No início, por motivos religiosos e com o passar dos anos não se percebe motivos aceitáveis para a ingestão 3 da bebida alcoólica. Quando as primeiras bebidas alcoólicas foram produzidas, o conteúdo de álcool era relativamente baixo, como o vinho e a cerveja, por passarem pelo processo de fermentação. Na idade média, os árabes introduziram na Europa o processo de destilação, fazendo surgir novos tipos de bebidas alcoólicas, e foi nesta época que a bebida passou a ser utilizada como remédio para todas as doenças, pois „dissipavam as preocupações mais rapidamente do que o vinho e a cerveja, além de produzirem um alívio mais eficiente à dor”, surgindo então a palavra whisk - do gálico “usquebaugh” que significa “água da vida” (CEBRID, 2015). A palavra alcoolismo consta que foi usada pela primeira vez em 1852, pelo médico sueco Magnus Huss, empregada para designar o uso abusivo de bebidas alcoólicas como fator de degenerescência. Entretanto, foi o psiquiatra Emil Kraeplin, no começo do século XX, que formulou uma primeira conceituação sobre o alcoolismo. Segundo Kraeplin, citado no cap. XIV – Alcoolismo e Psicoses Alcoólicas (os. 147 e 148), há alcoolismo e, mais ainda, alcoolismo crônico em perspectiva, toda vez que alguém ingerir uma nova dose de bebida alcoólica sem que a anterior não tenha sido devidamente eliminada. Entende-se ser este um conceito muito rígido que conduziria ao diagnóstico de alcoolismo de mais de 2/3 da população mundial. Em 1953, o subcomitê de alcoolismo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu que o álcool viesse a ser incluído entre as drogas produtoras de toxicomanias e as drogas produtoras de hábitos. Para Marques (1992 apud Mathew, 2001) a droga psicoativa mais utilizada pela Humanidade, e que vem sendo merecedora de relatos e estudos é o álcool. O grande consumo de álcool e suas consequências tornaram-se um dos problemas mais graves dos dias atuais. O uso abusivo de álcool entre as pessoas torna-se um caso preocupante tanto no ambiente de trabalho quanto na vida social, independente da classe social ou econômica. Isso gera preocupações cada vez maiores entre familiares, em profissionais na aera da saúde e da educação. O alcoolismo é uma das doenças que mais gera internação no Brasil. Geralmente a classe mais jovem é a mais afetada e também os adultos que trabalham, onde os casos podem ser graves emacidentes de trabalho, desestruturação da família, inclusive no aspecto econômico e baixa produtividade nas organizações. (CALDEIRAS, 1999, p. 128) Do ponto de vista médico, o alcoolismo é definido da seguinte maneira por Varella (2011, p.234): O alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. 4 Sem desprezar a importância do ambiente no alcoolismo, para Varella (2011) há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a doença. O alcoolismo ocorre com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos, e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem. Estudos mostram que adolescentes filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não abusam da droga. Muitos desses filhos de alcoólicos se recusam a beber para não seguir o exemplo de casa. Quando acompanhados por vários anos, porém, esses adolescentes apresentam maior probabilidade de abandonar a abstinência e tornarem-se dependentes. Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de abandonar a bebida do que alcoólicos que não têm história familiar de abuso da droga. O álcool cruza, com liberdade, a barreira protetora que separa o sangue do tecido cerebral. Poucos minutos depois de um drinque, sua concentração no cérebro já está praticamente igual à da circulação. Em pessoas que não costumam beber, níveis sanguíneos de 50mg/dl a 150 mg/dl são suficientes para provocar sintomas. Esses, por sua vez, dependem diretamente da velocidade com a qual a droga é consumida, e são mais comuns quando a concentração de álcool está aumentando no sangue do que quando está caindo. Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo. Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico. Com o aumento da concentração da droga na corrente sanguínea, a função do cerebelo começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, falta de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia. O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza. Quando a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos. Em não alcoólicos, quando a concentração de álcool no sangue chega à faixa de 300mg/dl a 400 mg/dL ocorre estupor e coma. Acima de 500 mg/dL, depressão respiratória, hipotensão e morte. (VARELLA, 2011, p.1). O alcoolismo também pode existir de maneira “invisível” dentro de uma organização e/ou grupo social. Isso ocorre devido ao fator chamado Tolerância Crônica, que é a capacidade de o dependente ingerir grandes quantidades de bebidas alcoólicas sem aparentar estar embriagado. Existe também o tipo Agudo que, diferente da tolerância crônica, se define na apresentação breve de sintomas seguida da recuperação imediata da bebedeira. (VARELLA, 2011). 5 Fonseca (1999 apud CALDEIRA, 2007) destaca que o problema com a dependência do álcool vem crescendo a cada dia entre as pessoas e se tornando um dos problemas de saúde pública mais grave dos dias atuais. O uso abusivo de álcool constitui na atualidade, uma ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas do Estado e da sociedade. Suas consequências afetam à todos os espaços geográficos, incluindo todos os indivíduos, independentemente da classe social e econômica. Isso faz com que haja uma preocupação cada vez maior por parte, profissionais de saúde e de educação e autoridades governamentais quanto ao crescente número de alcoolistas no país. O problema tem se espalhado nas sociedades industrializadas, atingindo dimensões epidêmicas, transformando-se num sintoma inquietante de um novo e profundo mal estar na civilização e trazendo sérias consequências não só no que diz respeito à saúde, como também aos grandes gastos financeiros para os governos. (FONSECA, 2007, p. 2). Ainda segundo Fonseca (2007) a Sociedade Americana das Dependências em 1990 considerou o alcoolismo como uma doença crônica primária que tem seu desenvolvimento e manifestações influenciadas por fatores genéticos, psicossociais e ambientais, frequentemente progressiva e fatal. De acordo com Fonseca (2007, p. 246) “Em 1948, a Organização Mundial de Saúde incluiu o alcoolismo como um item diferenciado da intoxicação alcoólica e psicoses alcoólicas, na classificação Internacional de Doenças (CID)”. O alcoolismo é considerado um modo crônico e sequencial de usar bebidas alcoólicas, caracterizado pelo descontrole diário e constante no consumo, apesar das consequências diversas para a vida social e a saúde do usuário.Surge o termo doença para caracterizar o alcoolismo, gerando, para muitos, uma visão de certa forma desprezível à cerca do indivíduo dependente, por se tratar de uma doença causada por ele mesmo devido à sua “fraqueza” com a bebida, podendo estar relacionado com representações negativas geradas pela sociedade. “A visão de que o alcoolista é alguém fraco o torna socialmente rejeitado”. Mediante a isso, destacam-se fatores considerados indutores à dependência do álcool – os fatores culturais: [...] o indivíduo é valorizado por aquilo que tem, e não por aquilo que é, pois vivemos numa cultura capitalista, consumista, onde o “descartável” se faz presente. No dia-a-dia tudo se torna descartável ou pode deteriorar-se: as relações, os compromissos, as cotidianas responsabilidades, o caráter e os valores dos seres humanos. (FONSECA, 2002 apud CARRILO, 2007). O uso da droga pode trazer prejuízos também às relações familiares, entre os cônjuges e pais e filhos de maneira psicológica e emocional, além de afetar a imagem social de seus respectivos papés na família. Carrilho (2002, p. 127) afirma que “a crise na família pode representar uma incubadora onde se desenvolve o risco da droga e do álcool, porque a falta de afetividade e 6 relacionamento familiar difícil ou desestruturado entre seus membros podem levar à fuga sem volta para o alcoolismo ou outras formas de drogadição”. A dependência alcoólica é um problema ligado ao trabalho. Hoje o trabalho tem um papel fundamental para os indivíduos no mundo. Contribui para a formação de sua identidade e permite que os mesmos participem da vida social como elemento essencial para o surgimento de fatores que levam a interferir, através do álcool, na qualidade de vida e trabalho. Muitos casos individuais de surgimento do alcoolismo são definidos pela influência do tipo de ocupação exercida pelo indivíduo, como é demonstrado no trecho a seguir: [...] há uma grande frequência de casos (individuais) de alcoolismo observada em ocupações que se caracterizam por serem socialmente desprestigiadas e mesmo determinantes de certa rejeição, como as que implicam contatos com cadáveres, lixo ou dejetos em geral, apreensão e sacrifício de cães; atividades em que a tensão é constante e elevada; de trabalho monótono em que a pessoa trabalha em isolamento do convívio humano (vigias) e situações de trabalho que envolvem afastamento prolongado do lar (viagens frequentes, plataformas marítimas, zonas de mineração. (HEIZEM, 2011) Estudos mais recentes indicam que, no Brasil, o maior índice de consumo de álcool ocorre nos altos cargos das empresas (diretores e executivos) com a justificativa da necessidade da bebida para aliviar o estresse causado pela alta competitividade do mundo empresarial, de acordo com Fonseca (2002 apud DONATO, 2007). A empresa que enfrenta esse tipo de problema com algum funcionário deve encarar o alcoolismo como uma doença, como é reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Junior (2011) recomenda que as empresas se preocupem e dediquem atenção ao colaborador que é dependente, por este não ser um funcionário comum, tendo suas habilidades e capacidades física e, até mesmo, mental, comprometidas pelo álcool. O mais indicado seria afastar o trabalhador da empresa para tratamento da doença. Quanto ao que diz respeito à demissões por justa causa, Junior (2011, p.1) explica o assunto da seguinte maneira: Por ser uma interpretação da lei, a jurisprudência que se forma com as decisões mais recentes do TST - de que o trabalhador alcoolista não pode ser demitido por justa causa.Na prática, o processo que o funcionário demitido move contra a empresa pode ter de chegar até instâncias superiores para que seja dada decisão favorável ao trabalhador, fazendo com que a sentença leve anos para sair, porém as indenizações tem sido de grande valor.A diferenciação entre o alcoolista e a pessoa que "exagerou na dose" deve ser feita por médicos e psiquiatras. Daí a importância de encaminhar o funcionário para o médico do trabalho, a fim de verificar qual a situação em que o mesmo se encontra, pois no segundo caso, a demissão pode ser feita por justa causa e a empresa estará amparada por um laudo médico, demonstrando ao juízo que não se trata de uma pessoa alcoólatra.Por outro lado, pelo entendimento do TST, a empresa que oferecer tratamento também tem o direito de demitir o funcionário que se negar a participar do programa ou que voltar a apresentar os mesmos problemas após o auxílio.Para isso, é importante que o chefe acompanhe e anotar as falhas do funcionário. Elas devem ser apresentadas ao setor de recursos humanos, que deverá 7 abordar o trabalhador e oferecer tratamento. Além de chefes e supervisores, a família é um dos grandes aliados das empresas na hora de alertar sobre um funcionário alcoolista. Outro caso apontado por Junior (2011) está no fato de o trabalhador sofrer recaídas durante ou depois do tratamento e voltar a ingerir bebida alcoólica. Se isso acontecer, o funcionário será responsável pelos custos do tratamento e, caso apresentar quedas de rendimento, poderá ser demitido, apontando o baixo desempenho no processo produtivo. “A empresa não deve apontar a bebida como o problema do dependente de álcool. A recomendação de especialistas é que sejam apresentados os efeitos do vício no desempenho do funcionário.” A queda no rendimento, os atrasos e as faltas devem servir para mostrar que algo afeta a vida profissional. Dentre esses fatos, o mais importante que devemos nos atentar é de que o funcionário é uma pessoa humana e que estão vulnerável aos problemas sociais, econômicos, políticos, pressões, conflitos familiares, que muitas vezes os levam a busca pela bebida, onde surge a doença em si. Portanto, identificando tratar-se de uma doença, esta deve ser tratada pela empresa antes que haja a demissão por justa causa. (JUNIOR, 2011, p.1). Outros fatores psicossociais negativos podem ser apontados: [...] a sobrecarga de trabalho, a insegurança profissional, a desigualdade no salário, os erros dos supervisores, as relações conflituosas no trabalho, a falta de reconhecimento profissional, a frustração quanto à realização de projetos de vida e o aumento da qualidade de vida, o trabalho executado em turnos e o perigo físico. (FONSECA, 1999 apud DONATO, 2007). Não há dúvidas, quanto às dificuldades do portador desta doença, de se encaixar e coexistir com uma organização e grupos sociais, levando-o à exclusão, isolamento das demais pessoas e ambientes, tornando-o cada vez mais dependente do álcool como sua única porta de saída de sua dura realidade. Esta realidade complexa em que, de um dia para o outro, o trabalhador é incapacitado ou limitado por um acidente ou por outros motivos de saúde para desempenhar suas funções na empresa, torna-se uma questão de grande relevância. Se o trabalhador se ausenta frequentemente do trabalho ou quando retorna não pode levar adiante as funções adequadamente, ou não atende às exigências de produtividade, estes fatos provocam transtornos e perdas para a organização e devem ser esclarecidos para serem tratados. (FONSECA, 2007, p.124). É importante que o indivíduo que esteja passando por um processo de recuperação não se sinta sozinho, ou ignorado, pois com o auxílio, apoio e encorajamento necessários, o objetivo torna-se muito mais fácil e positivo, por isso, além do auxílio da empresa (no caso do empregado) e da família, é importante a participação de grupos de apoio como amigos e instituições, como é o caso dos Alcoólicos Anônimos (AA). 8 Vinte horas. Ao som de uma campainha, tocada por um membro de AA, que nesse dia ocupa o papel de coordenador, tem início mais uma reunião de recuperação do grupo Sapopemba de AA, localizado na Avenida Vila Ema, em bairro da periferia da cidade de São Paulo. Em uma pequena sala alugada e mantida pelas contribuições dos membros da irmandade, o que é motivo de satisfação para todos, pois evidencia a conquista da autossuficiência do grupo, reúnem-se todos os dias das 20:00 às 22:00 homens e mulheres, com o objetivo de se apoiarem mutuamente para “evitar o primeiro gole” e “manter a sobriedade”, conforme o relato de seus membros. A reunião de recuperação é o momento no qual homens e mulheres, membros de AA, compartilham suas experiências individuais – histórias de vida do tempo de alcoolismo ativo e da recuperação – falam também de seus conflitos, perdas e conquistas, atualizando os princípios que presidem o programa de recuperação de AA. Trata-se, portanto, de um momento no qual a doutrina se faz ato; em que a “teoria” e a “prática” se unem para celebrar os princípios inscritos no programa de AA. A sala onde transcorre a reunião de recuperação do grupo Sapopemba de AA é um ambiente “sóbrio”. As paredes são todas “decoradas” com quadros e objetos pertencentes à irmandade. Ali encontramos dois quadros com os Doze Passos e as Doze Tradições de AlcoólicosAnônimos, um quadro-negro com a agenda de atividades do mês corrente, um mural de aviso com notícias do Escritório de Serviço Gerais de AA e vários cartazes com dizeres que, além de darem as boas-vindas aos novatos, estimulam os membros do grupo a continuar sua recuperação,mantendo a sobriedade: “Foi bom você ter vindo”; “Evite o primeiro gole”; “Só por hoje”;“Vá com calma, mas vá”; “Mais participação, melhor recuperação”; “Sem honestidade, não há sobriedade”; “Viva e deixe viver” e “O silêncio faz parte da nossa recuperação”. [...] Do lado oposto à entrada da sala, encontra-se a mesa do coordenador da reunião, responsável por relacionar os nomes e chamar cada membro para fazer sua partilha, marcando o tempo de cada fala, zelando para que todos os inscritos possam trocar suas experiências. Na mesa do coordenador encontram-se expostos alguns livros da literatura de AA, uma tabuleta indicando aos presentes se a reunião é aberta ou fechada, a sacola que será passada durante a reunião para recolher as contribuições do grupo e uma caixa com fichas de cores diferentes, que são utilizadas para serem distribuídas a um provável ingressante no grupo presente à reunião. Essa ficha dada ao novato marca sua entrada no grupo e reforça seu pertencimento à irmandade. Sobre a mesa do coordenador encontra-se uma bandeira do grupo Sapopemba de AA, com o símbolo da irmandade: um triângulo com um círculo ao meio, onde está escrita a sigla: AA. Em cada lado do triângulo encontramos inscritos os legados de AA: Recuperação, Unidade e Serviço. Ao lado da mesa do coordenador encontra-se a “cadeira”. Assim é chamado o assento em que deve sentar-se o membro do grupo durante sua partilha. A posição da cadeira é estratégica, pois ela fica de frente para todos os membros, os quais ficam sentados em cadeiras enfileiradas umas atrás das outras, de modo que todos podem ver a face daquele que está partilhando e viceversa. Com isso, reforça-se a identificação entre os membros do grupo. Vive-se, assim, o que é descrito pelos membros de AA como “efeito espelho”, isto é, a identificação com as histórias e experiências dos outros membros que estão na mesma situação. Uma das manifestações mais importantes dessa identificação se traduz na crença dos AA segundo a qual “somente um alcoólico pode ajudaroutro alcoólico a se recuperar”, reforçando o sentido da mútua ajuda praticada pelo AA: “ajudar outro alcoólico a se recuperar é a melhormaneira de eu manter minha própria sobriedade”. Ao iniciar a reunião, o coordenador lê um preâmbulo que apresenta os objetivos da irmandade aos visitantes e, a seguir, convida a todos a ficarem de pé para fazerem a Oração daSerenidade. A partir desse momento, o coordenador chama pelo primeiro nome cada um dos inscritos para fazer suas partilhas, que são ouvidas em silêncio por todos. (CAMPOS, 2004, p.3). 9 “A entrada no grupo de AA introduz o ex-bebedor numa ordem de significados que permite a (re) construção de sua identidade”, Campos (2004, p.5), “libertando-o” da opressão do preconceito social, cultural e organizacional. Os membros de AA reconhecem-se agora como “doentes alcoólicos em recuperação”, em oposição à imagem do “bêbado” e do “cachaceiro” dos tempos do alcoolismo ativo. Como consequência, o alcoólico adquire um status de doente, com uma positividade não encontrada na representação do “bêbado” e do “cachaceiro”: “meu nome é C.,um ex-bêbado e hoje um doente alcoólico em recuperação”. A oposição bêbado/doente alcoólico assinala a passagem de uma posição estritamente moral e estigmatizante para uma concepção da “doença” próxima do modelo biomédico, mas que é (re) significada no interior de AA, assumindo uma dimensão propriamente “físico-moral”. (CAMPOS, 2004, p.5). “Por meio da troca de experiências no interior do grupo, o alcoólico descobre a si mesmo, num universo de iguais” complementa Campos (2004, p.5). O ser humano é um ser social e precisa se relacionar, interagir com o ambiente e principalmente outros indivíduos que compõem seu círculo social. Através do relacionamento compartilham-se emoções, sentimentos, vontades e frustrações, tornando, também no caso do alcoólatra, em fator considerável no processo de recuperação, sendo este positivo ou negativo. Do ponto de vista positivo, temos a motivação, o apoio e boas influências ao indivíduo, que deixa de se sentir isolado dos demais e passa a confiar nos outros e em si mesmo, fortalecendo-o contra o vício. No que diz respeito às interações sociais negativas, podemos resumir os males em apenas uma palavra: preconceito (ou pré-conceito),que é a formação de uma ideia sem o devido conhecimento de algo ou alguém, um julgamento prematuro, “rotulagem”, conclusões precipitadas, geradas pelo achismo e influências externas, capaz de atrasar o desenvolvimento ético e racional do homem. Grande parte do problema da discriminação em geral encontra-se na falta de conhecimento. Justamente por sentirmos necessidade de fazer parte da sociedade, somos facilmente influenciados e induzidos às mesmas ações discriminatórias praticadas pela sua maioria, para que não nos sintamos nem sejamos excluídos dela. O conhecimento não extingue esse mal (pois em alguns casos trata-se de deficiência de caráter, e não racional), mas abre os olhos e liberta grande maioria das pessoas que acreditam na existência de seres “superiores” ou “inferiores”. 10 2.1 Metodologia Pesquisa realizada na Faculdade de Ciência Sociais de Guarantã do Norte – FCSGN, durante o segundo semestre de 2015 com alunos do 2º semestre do curso de Administração. Para isso Foi desenvolvido projeto a fim de obtenção de nota para aprovação na disciplina de Iniciação Científica, onde aconteceram aulas semanais onde os alunos tiveram acesso as referências bibliográficas, descrevendo autores que abordam o assunto e também acompanhamento dos encontros semanais do grupo de apoio Alcoólicos Anônimos do Distrito 8 de Guarantã do Norte que conta hoje com aproximadamente 10 participantes com encontros semanais, sendo realizadas no sábados na sede do grupo. Esta pesquisa classifica-se como descritiva, pois, “nesse tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles” (ANDRADE, 2010, p 96). Portanto, todos os dados da empresa serão apenas estudados e não manipulados pelo pesquisador. 2.2 Resultados e discussões A pesquisa de campo realizado pelos alunos sed EUA través de um questionário contendo 18 questões onde foram entrevistadas 8 pessoas participantes do AA ( Alcoólicos Anônimos) , sendo de 16 à 25 anos 0%, de 26 a 40 anos 12,5% e acima de 40 anos 87,5 %. Quanto à escolaridade os entrevistaram alegam ter 25% tem o ensino médio, 12,5 % ensino superior e 62,5% só concluiu o ensino fundamental, Questionados quanto a classe social, levando em consideração a renda per capta familiar, os entrevistados responderam que 25% são de classe social baixa, 75% classe social média e não tendo nenhum de classe social alta. Dos entrevistados 75% consideram-se um dependente alcoólatra, tem consciência de sua doença, mas e 25% não se considera, dizem apenas beber socialmente. Todos os participantes da pesquisa declararam, que as pessoas do seu convívio têm conhecimento da sua dependência. Dentre alguns tipos de preconceitos sofridos relacionados ao vicio, a maioria com 75% afirmam que ter ou já tiveram apelidos pejorativos, agressão física ou verbal 50% afirmaram 11 já ter ocorrido. Desvalorização pessoal e no trabalho 62,5%, e rejeição e exclusão foram citados por 37,5% dos pesquisados. Perguntado quanto aos fatos que levaram ao vicio, 12,5% foram por problemas familiares, 25% por influências externas entre outros 62,5%. Segundo os entrevistados os motivos que os levaram a procurar ajuda 50% foi a orientação de familiares e amigos, 37,5% por problemas no relacionamento, 12,5% por dificuldades financeiras e por outros motivos 50%. Em questão da importância do acompanhamento psicológico para um tratamento eficaz 25% não vê necessidade, portanto não o fazem e 25% optaram por acompanhamento somente no início do tratamento sendo a maioria com 50% que acham importante o acompanhamento diário e intensivo do psicólogo. Quanto ao mercado de trabalho, todos os entrevistados estão trabalhando atualmente. Sendo que 75% possuem capacitação profissional e 25% não possui nenhum tipo de especialização, porém 50% tiveram dificuldade de encontrar um emprego e já 50% não teve nenhum obstáculo neste quesito. Quanto a problemas de relacionamento entre trabalho e álcool, metades dos entrevistados afirmaram ter tido algum problema no decorrer do tempo e a outra metade disseram não tiveram dificuldades. De todos os entrevistados, 62,5% dos sentem-se ou já sentiram – se inferior ou menos capaz profissionalmente em relação a outras pessoas e 37,5% não têm este problema. No mercado de trabalho, 86% não se sentiram injustiçado em relação aos seus direitos e deveres, já 14% afirma ter sofrido algum tipo de injustiça quanto aos direitos comparados com os colegas que não tinham problemas com álcool. Ao nível de relacionamento nos grupos sociais aos quais os entrevistados pertence a família 70% bom e médio e 30% ruim, colegas de trabalho bom 53%, médio 25% e ruim 22%, grupo de apoio AA todos afirmam ter um bom relacionamento entre colegas, e pessoas do cotidiano bom 75%, médio ou ruim 25%. Quanto a ajuda necessária prestada da empresa onde o entrevistado trabalha ou trabalhou 87% não tiveram este apoio e sim 13%. Em relação ao A.A 100% tem encontrado a ajuda necessária para a recuperação e tem obtido resultados positivos com o apoio . 12 3. CONCLUSAO Não há dúvidas que existe preconceito em nossa sociedade – julgamos o que vemos, apontamos os problemas, defeitos e falhas de partes que a constituem. Ao depararmos com algo ou alguém que difere do todo, do comum ou “normal”, que atrasa o viver social, atrapalhando em suas relações ou simplesmente tornando a visão da sociedade “menos agradável”, automaticamente surge a vontade de extrair o mau, consertar o erro e eliminar o que não está em harmonia com o funcionamento e desenvolvimento da sociedade. A exclusão faz parte das dificuldades enfrentadas pelos dependentes do álcool. Podemos chegar a essa conclusão simplesmente pela existência do grupo de apoio Alcoólicos Anônimos, onde todos são bem aceitos, sentem-se iguais, com os mesmos problemas e acima de tudo não se sentem julgados, tornando-se um ponto de fuga de uma sociedade caracterizada por eles como “seu maior fiscal”. São muitas as dificuldades encontradas por essas pessoas na sociedade e no trabalho, das quais podemos destacas as seguintes: O álcool ou qualquer outra droga, não escolhe idade, classe social ou nível acadêmico. Tudo é uma questão de dar oportunidade ao início do vício. Percebeu-se na maioria dos depoimentos que os problemas relacionados com drogas, sendo lícita ou não, começaram na juventude. Concluímos que existe certa negligência da parte dos jovens, que sem perceber, acabam tornando-se dependentes do álcool e, em alguns casos, de outras drogas, pois o álcool, sendo uma droga lícita e “mais leve” acaba se tornando uma porta de entrada para as demais. A Auto Piedade ou baixa autoestima, – sendo este um fator relevante no que diz respeito à queda de produção do trabalhador – entendida como um preconceito consigo mesmo, está presente na mentalidade do indivíduo alcoólatra, podendo ser visto com mais evidência nos iniciantes ao grupo de apoio, como por exemplo, a vergonha do “rótulo” de alcoólatra e a identificação como participante do grupo. Com o tempo, passa a perceber que tudo depende principalmente dele, e que o fato de aceitar o problema e buscar ajuda o torna forte capaz de enfrentar esse mau que o prejudica física, mental e socialmente. Preconceito da família. Em alguns casos a família tem dificuldade em aceitar e lidar com a situação do dependente, podendo até afastá-lo do convívio familiar. Isso acontece, por causa do desgaste físico e mental causado pela situação e também pela falta de conhecimento sobre o assunto, não sabendo como agir da maneira correta diante aos fatos ocorridos. Mas em contrapartida também existem famílias que apoiam e dão condições para o tratamento do dependente. 13 Em relação ao trabalho, o álcool não impede que o indivíduo esteja em uma ocupação, desde que este esteja em tratamento, controlando seus impulsos e recaídas com a bebida. Percebe-se que há influências negativas da droga no trabalhador, sendo elas sociais, que trata-se do relacionamento entre colegas de trabalho; físicas, atrapalhando seu desempenho e capacidade de produção, e psicológicas, que se resume na desvalorização do trabalho, podendo vir da empresa e/ou do próprio indivíduo. A responsabilidade existe para ambos os lados – colaborador e organização. Não se considera o alcoolismo como fator para demissão por justa causa, nem a bebida como o problema para este caso, e sim o desempenho afetado do funcionário. Cabe à empresa fornecer auxílio ao funcionário que se encontra dependente da droga, sendo este afastado da instituição para tratamento. O alcoolista poderá ser demitido se não aceitar ou voltar apresentar o mesmo estado apresentado antes do tratamento. Pode-se observar, através de pesquisa com os participantes do grupo de apoio, que boa parte das empresas não oferecem o devido auxílio que cabem à elas oferecer. Mediante aos fatos, podemos concluir que é necessária a sensibilização da sociedade e organizações para que sejam tomadas as devidas medidas de combate a esse problema, que há algum tempo não vinha sendo observado com a devida importância ou simplesmente ignorado pelo cidadão e empresários, apresentando e destacando os direitos e deveres de todas as partes envolvidas neste caso. REFERENCIAS ALCALDE, Elisângela de Aguiar, et al. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: A conduta do Indivíduo. 2013. Disponível em: http://www.aems.edu.br/conexao/edicaoanterior/Sumario/2013/downloads/2013/3/34.pdf. Acesso em 05 out. 2015. ANDRADE, Maria Margarida de, Introdução à teoria do trabalho científico: Elaboração de trabalhos na graduação. 7. Ed. Reimpreção – São Paulo: Atlas, 2010 CALDEIRAS FZ. Drogas, indivíduos e família: um estudo das relações singulares [dissertação de mestrado].Rio de Janeiro (RJ):ENSP/FIOCRUZ;1999. 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