AÇÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA HANSENÍASE Enfº. Cícero Fraga de Melo Programa de Controle da Hanseniase Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica Superintendência de Vigilância em Saúde Secretaria Estadual de Saúde – MT Cuiabá, 09 de março de 2016 . UFMT AÇÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA HANSENÍASE Enfº. Cícero Fraga de Melo Programa de Controle da Hanseniase Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica Vigilância em Saúde Secretaria Estadual de Saúde – MT Cuiabá, 09 de março de 2016 UFMT AÇÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA HANSENÍASE Área Técnica Hanseníase – PECH/SES/MT Enfº. Cícero Fraga de Melo VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA • Envolve coleta , processamento, análise e interpretação dos dados referentes aos casos de hanseníase e seus contatos; • As informações subsidiam análises e avaliações da efetividade das intervenções e embasam o planejamento de novas ações e recomendações; • Deve ser organizada em todos os níveis de complexidade da Rede de Atenção à Saúde, para garantir informações sobre a distribuição, magnitude e carga da doença. DESCOBERTA DE CASOS • DETECÇÃO ATIVA: investigação epidemiológica de contatos e exame de coletividade; • DETECÇÃO PASSIVA: demanda espontânea e encaminhamento; • CASO NOVO: é a pessoa que nunca recebeu qualquer tratamento específico para a doença; A Hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo território nacional e de investigação obrigatória. Ficha notificação e investigação SINAN – Anexo A – Portaria GM/MS Nº 149/16 • Deve ser preenchida por profissionais das unidades de saúde onde o paciente foi diagnosticado; • Casos de recidiva . Estes indivíduos deverão ser avaliados através do exame clinico e dermatoneurológico e solicitados os exames complementares pelo serviço de referência. Após a confirmação de RECIDIVA, deverão ser notificados por quem procedeu a confirmação diagnóstica e após preenchimento do Anexo - D os casos deverão ser contrareferenciados para tratamento e acompanhamento na unidade básica; ACOMPANHAMENTO DOS CASOS BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO (Anexo B): Deve ser encaminhado mensalmente da SMS para as UBS e após preenchimento de todos os dados, enviar novamente a SMS para alimentação do banco do SINAN; Boletim de Acompanhamento BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO Dados obrigatórios no preenchimento: • Data do último comparecimento; • Classificação operacional atual; • Esquema terapêutico atual; • Número de doses de PQT administradas; • Episódio reacional durante tratamento; • Número de contatos examinados; • E em caso de saída: tipo, data e o grau de incapacidade na alta por cura; ABANDONO: quando o paciente que ainda não concluiu o tratamento não compareceu a UBS: PB mais de três meses e MB mais de seis meses. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CONTATOS • Deverá ser realizado o exame dermatoneurológico de todos os contatos intradomiciliares, extradomiciliares ou social dos casos novos detectados assim como o repasse de orientações sobre o período de incubação, transmissão, sinais e sintomas precoces da hanseníase; • FINALIDADE: descoberta de casos entre aqueles que convivem ou conviveram com o paciente e suas possíveis fontes de infecção; • CONTATO: Domiciliar - toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente de hanseníase e Social - convive ou tenha convivido em relações familiares ou não, de forma próxima ou prolongada com o doente de hanseníase. • SUGERE-SE AVALIAR, DURANTE CINCO ANOS, TODOS OS CONTATOS NÃO DOENTES. VACINA BCG AVALIAÇÃO DA CICATRIZ VACINAL CONDUTA Ausência de cicatriz uma dose Uma cicatriz de BCG uma dose Menos de 1 ano já vacinados Não prescrever nenhuma dose ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA HANSENÍASE PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS MINISTÉRIO DA SAÚDE • Programação, Aquisição e Distribuição aos nacional dos medicamentos. SES/CAF/MT • Programação junto ao MS pela Gestão , Aquisição e Distribuição aos ERS. ERS SMS • Distribuição às SMS. • Gestão da distribuição às UBS onde são dispensados, zelando para que não haja descontinuidade na oferta; •ARMAZENAMENTO: em local arejado, sem umidade, calor ou luminosidade excessiva. REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA • Atenção integral ao paciente nos três níveis de complexidade; • Nas intercorrência clínicas, reações adversas ao tratamento, reações hansênicas, recidivas e necessidade de reabilitação cirúrgica, dúvidas no diagnóstico e na conduta; REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE REFERÊNCIA MUNICIPAL OU REGIONAL REFERÊNCIA ESTADUAL HOSPITAL UBS CRIDAC UDR ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO PRONTUÁRIOS E DOCUMENTAÇÃO • PRONTUÁRIOS: devem conter informações sobre a evolução clínica e psicossocial, administração das doses supervisionadas e vigilância de contatos, ser o mesmo usado para os demais atendimentos, acrescido dos impressos específicos (Anexos: A,B,C,D,E,F ou outros caso necessário); REGISTRO - Pacientes 1º vez Paciente com diagnóstico de hanseníase, apresenta ...... (manchas, placas, infiltrações, caroços), localizadas....(braço, perna,etc.). Queixa-se de.............. Orientado quanto a doença,resultado de exame de Raspado intradérmico (BAAR), regularidade do tratamento, exame de comunicantes e vacina BCG,..... Supervisionada 1° dose PQT-PB( MB). Retorno: __ /__ /__ ( 28 dias). quem atendeu nome, assinatura e carimbo de REGISTRO – Pacientes retorno • Paciente queixa-se de ...........(dor de cabeça, insônia, novas manchas...), refere ....(melhora, piora, regressão das lesões,...). • Apresenta.....(manchas,palidez).Orientado quanto a importância da regularidade do tratamento e exame de comunicantes. Encaminhado ao ....... Supervisionada (2°) dose PQT-MB (PB). Retorno: ___ / ___ /___ Nome , assinatura e carimbo do profissional que atendeu. FORMULÁRIOS ANEXO A ANEXO C ANEXO E ANEXO F Anexo - B ANEXO VI ANEXO VII ACOMPANHAMENTO E AGENDAMENTO/APRAZAMENTO • Dose supervisionada a cada 28 dias; COMPARECIMENTO: • Revisão sistemática por médico e/ou enfermeiro responsáveis pelo monitoramento clínico e terapêutico objetivando identificação de reações hansênicas, efeitos colaterais ou adversos aos medicamentos em uso e surgimento de dano neural; • Agendar os contatos para exame clínico, orientação e administração da vacina BCG, conforme preconizado; Na 1º dose: Preencher Ficha de Notificação -SINAN Abrir cartão de aprazamento ( Branco) Abrir cartão de controle Realizar PI Preencher ficha de contatos familiar e social Registrar em prontuário e assinar Nas doses seguintes: Atualizar aprazamento Atualizar cartão de controle Preencher ficha de contatos (se necessário) Registrar e assinar PREVENÇÃO DE INCAPACIDADES Realizada por meio de: • Técnicas simples nas unidades de saúde, PSF, e • Orientação ao paciente para realização dos auto cuidados; • É fundamental que mensalmente, durante as doses supervisionais ou retorno, que os pacientes sejam questionados quanto as queixas dermatoneurológicas, reações e avaliação do estado geral dos pacientes. Sugerimos que pacientes em uso de prednisona sejam monitorados. Os casos de neurites com mais de 6 meses de uso de prednisona avaliar indicação de neurolise. FLUXO DE INFORMAÇÃO • Todos os casos detectados deverão ser notificados utilizando-se a Ficha de Notificação e Investigação (Anexo A) • Deve ser enviada semanalmente à SMS para inserção no SINAN e em seguida transferida ao ERS, SES e MS; • O município é responsável por imprimir e enviar mensalmente às UBS o Boletim de Acompanhamento (Anexo B) para atualização das informações, o qual deve ser devolvida devidamente preenchida para a SMS; COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE • Dirigida às equipes de saúde, aos casos suspeitos, aos contatos de casos índices, aos líderes da comunidade e ao público em geral; • Ações de comunicação em saúde; • Educação permanente e • Mobilização social. PRIORIDADES: • Incentivar a demanda espontânea de doentes e contatos; eliminar falsos conceitos relativos a doença; informar sinais e sintomas da doença; importância do tratamento oportuno; adoção de medidas de prevenção de incapacidades; estimular a regularidade do tratamento e a realização dos exames de contatos; informar locais de tratamento; orientar sobre autocuidado. DESCENTRALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA HANSENÍASE • Legislação do SUS, normas do Ministério da Saúde que norteiam estas ações: • Caderno nº 21 da atenção básica/2008. • Portaria GM/MS nº 149/2016 – Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública – Manual técnicooperacional. Portaria Nº 149 de 03 de fevereiro de 2016 LIVRO DE REGISTRO E CONTROLE DE PACIENTES DE HANSENÍASE LIVRO DE REGISTRO E CONTROLE DE PACIENTES DE HANSENÍASE Mapa de controle de medicamentos e pacientes de HANSENÍASE (município) Mapa de controle de medicamentos e pacientes de HANSENÍASE (ERS) OBRIGADO! Contato: E-mail: [email protected] Telefone: (65) 3613-5382 Fax: (65) 3613-5384 Telessaúde Mato Grosso - Tele Educa MT Núcleo Técnico Científico de Telessaúde MT www.telessaude.mt.gov.br www.youtube.com/teleeducamatogrosso [email protected] Tel: (65) 3615-7352 (65) 3661-3559/3661-2934