SÍNDROME DE PUSHER COM RELAÇÃO AO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE): UMA REVISÃO DE LITERATURA VANESSA OURIVES GRAUZ¹ GIULLIANO GARDENGHI² INTRODUÇÃO: As vítimas do Acidente Vascular Encefálico (AVE) vêm aumentando cada dia que passa e isso acarreta aumento dos déficits neurológicos, fazendo com que o individuo possa desenvolver alguma síndrome associada. Uma delas é a Síndrome de Pusher (SP), que atua no controle postural em relação à gravidade, observada em pacientes que possuem lesões encefálicas. As vítimas dessa síndrome adotam uma postura inclinada para o lado não parético e se empurram em direção ao lado parético utilizando o membro não-afetado, causando assim distúrbios de percepção de verticalidade. MÉTODOS: Esta revisão bibliográfica foi realizada através de busca em livros e artigos indexados nas bases de dados: Lilacs, PubMed e Google, utilizando referências publicações do ano de 1985 a 2013 em periódicos nacionais e internacionais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Síndrome de Pusher ocorre em indivíduos que possuem lesões encefálicas, a mesma faz com que haja perda da noção de verticalidade, fazendo assim com que no seu tratamento ocorra um enfoque para o feedback visual. Os estudos elucidam qual área do cérebro que podem ser acometidas e mostram também que essa síndrome pode ser avaliada por uma escala chamada de Scale Contraversive Pushing (SCP). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se concluir que a Síndrome de Pusher é uma síndrome ainda pouco conhecida pelos profissionais da saúde e com isso os estudos tornam-se precários, não havendo tal aprofundamento para que haja melhor abordagem na forma do tratamento, visando assim a melhora da funcionalidade do paciente. Palavras-Chave: Acidente vascular encefálico. Reabilitação. Paresia. VANESSA OURIVES GRAUZ¹ Fisioterapeuta. Pós-graduanda em Fisioterapia Neurológica pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) GIULLIANO GARDENGHI² Fisioterapeuta, Doutor em Ciências pela FMUSP, Coordenador Científico do Serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE/GO, Coordenador Científico do CEAFI Pós-graduação/GO e Coordenador do Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar do Hospital e Maternidade São Cristóvão, São Paulo/SP - Brasil SÍNDROME DE PUSHER COM RELAÇÃO AO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE): UMA REVISÃO DE LITERATURA. INTRODUÇÃO A Síndrome de Pusher (SP), também conhecida como Síndrome do NãoAlinhamento, é considerada uma das mais intrigantes alterações do controle postural vertical que são encontradas em pacientes com lesão encefálica, uma vez que, a causa mais típica desta síndrome esteja ligada ao Acidente Vascular Encefálico (AVE)¹. O Acidente Vascular Encefálico é um importante problema de saúde pública, que se situa entre as quatro maiores causas de morte e é responsável por uma grande proporção de distúrbios neurológicos. A OMS (Organização Mundial de Saúde) definiu o AVE como “rápido desenvolvimento de sinais clínicos de distúrbio focal (por vezes global) da função cerebral, durando mais de 24 horas ou levando à morte sem nenhuma outra causa aparente que a origem vascular”. Os déficits motores caracterizam-se por paralisia (hemiplegia) ou fraqueza (hemiparesia), tipicamente no lado do corpo oposto da lesão. Caso os sinais neurológicos cessem dentro de 24h sem deixar seqüelas considera-se a ocorrência de um AIT (ataque isquêmico transitório), que se caracteriza pela interrupção temporária de suprimento de sangue para o cérebro2, 3. A incidência do AVE é cerca de 19% maior em homens, em comparação com as mulheres, ao passo que, quando comparado por raças os afro-americanos possuem risco de sofrer AVE duas a três vezes mais que os brancos. A idade é um fator que faz a incidência aumentar cada vez mais, pois dois terços ocorrem em pessoas acima de 65 anos, e depois dos 55 anos, o risco dobra a cada 10 anos. Com o grupo acima de 50 anos crescendo rapidamente, mais do que nunca as pessoas estão sob risco. Os principais fatores de risco do AVE são hipertensão, doença cardíaca e diabetes, uma vez que, todos também estão relacionados com a idade da vítima. Deve-se levar em consideração que nos dias de hoje a alimentação é rica em carboidratos e gorduras e cada vez mais a prática de atividades físicas estão diminuindo, isso resulta em uma população mais susceptível a doenças cardiovasculares e favorecem o aparecimento dos fatores de risco para o AVE3,4,5. O AVE pode ser classificado em hemorrágico ou isquêmico, uma vez que, o isquêmico constitui de 70 a 80% dos casos, tendo assim seqüelas piores, pois consiste na oclusão de um vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de sangue de uma região especifica do cérebro. É subdivido em trombótico, que é considerado o mais comum, onde apresenta uma progressão gradual. O embólico, geralmente tem inicio no coração e possui um inicio súbito e o lacunar se caracteriza como o mais raro, está entre 10 a 20% dos casos e é causado por um infarto de tamanho inferior a 1,5 cm. Já o AVE hemorrágico é responsável por 10 a 30% dos casos, podendo ser causado por aneurisma ou trauma para as áreas extra-vasculares do cérebro³. Os déficits neurológicos desencadeados pelo AVE variam de acordo com o local e extensão da lesão encefálica, além disso síndromes podem se desenvolver durante o curso da recuperação da mesma, dentre elas citamos a Síndrome de Pusher, que foi descrita inicialmente por Davies em 1985 e ocorre em pacientes portadores de hemiparesia esquerda associada à heminegligência e anosognosia após o AVE, a Síndrome de Pusher tem sido considerada uma das mais intrigantes alterações de controle postural encontradas em pacientes portadores de lesões encefálicas, pois esses pacientes tendem a inclinar-se para o lado parético, ou seja, lado contralateral a lesão.3,6. Na maioria dos casos de Síndrome de Pusher, o lado mais lesado é o hemisfério direito, porém o hemisfério esquerdo não está descartado. Há diferenças comportamentais entre os hemisférios, onde o comportamento dos portadores variam bastante. Os que sofrem danos no hemisfério esquerdo (hemiplegia à direita) têm dificuldades de comunicação e processamento de informações. Costumam ser descritos como cautelosos e ansiosos. Em contrapartida, os que apresentam lesões no hemisfério direito (hemiplegia a esquerda), possuem dificuldades de executar tarefas e captar a noção integral da mesma. Costumam a ser descritos como impulsivos. Sendo assim, esse paciente não consegue dar atenção a comando visuo-espaciais de forma eficiente particularmente em ambientes barulhentos e com muita gente3. Sendo a Síndrome de Pusher um fato ainda pouco explorado na literatura e com sinais ainda pouco esclarecidos, esta revisão tem por objetivo, analisar diferentes estudos que abordam esta síndrome, de modo facilitar diagnóstico destes pacientes, prognósticos e tratamentos disponíveis para posteriormente ajudar na melhora da funcionalidade dos pacientes portadores da mesma. METODOLOGIA As vítimas do Acidente Vascular Encefálico vem aumentando cada dia que passa e isso faz com que se torne uma situação alarmante, aumentando assim o número de portadores da Síndrome de Pusher. O presente estudo foi realizado a partir do levantamento bibliográfico através de uma busca feita em livros e artigos indexados nas bases de dados como: Lilacs, PubMed e Google, utilizando referências dos anos de 1985 a 2013 em periódicos nacionais e internacionais. Palavras-chave: acidente vascular encefálico, reabilitação, paresia. Foram incluídos relatos de caso, com enfoque terapêutico onde o paciente ou o grupo estudado possuiria o diagnóstico da Síndrome de Pusher após acidente vascular encefálico. Foram excluídos artigos que não estavam na língua portuguesa e inglesa e artigos que retratavam a Síndrome de Pusher após outra patologia, como por exemplo, o TCE (traumatismo crânio-encefálico) e a presença de tumores cerebrais. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Síndrome de Pusher foi descrita por Davies em 1985, caracterizando-se por ser uma síndrome com alteração no controle postural em relação à aceleração da gravidade, observada em pacientes que possuem lesões encefálicas. As vítimas dessa síndrome adotam uma postura inclinada para o lado não parético e se empurram em direção ao lado parético utilizando o membro não-afetado quando estão na postura vertical. Quando estáticos, tanto sentados como em posição ortostática, apresentam uma inclinação contralateral a lesão encefálica6, 7. Karnath sugeriu uma abordagem com feedback visual, pois diziam que se a visão não está alterada e eles possuem percepção no espaço , esses pacientes podem ser treinados para realinhar suas posturas na linha média8,9. Nosso cérebro tornou-se extremamente eficiente na estabilização da posição corporal no espaço vertical, isso é conseguido através da convergência vestibular, visual e somatossensorial. Quando isso se encontra em harmonia, a noção de verticalidade funciona de forma correta, caso contrário, haveria presença de desequilíbrio afetando assim a postura ereta10. No estudo de Cecatto e seus colaboradores (2008), demonstraram que a Síndrome de Pusher está ligada a alterações visuo-espacias e a lesões do hemisfério direito, podendo ocorrer também quando há lesões do hemisfério esquerdo e em pacientes sem outras alterações percepto cogntivas. Relatam também que mais de 10% dos pacientes portadores de AVE apresentam-se com sintomas da SP nas fases agudas e subagudas da lesão. Acreditam que vários pacientes portadores dessa síndrome, não foram ainda diagnosticados corretamente, pois na fase aguda da lesão, a maioria deles encontram-se acamados, não podendo estar submetidos ao ortostatismo para que seja feito um diagnóstico de maneira correta11. Quanto às áreas acometidas, estudos dizem que cerca de 60% dos portadores da SP, apresentam lesões corticais e subcorticais do hemisfério direito, sendo assim 80% desses portadores apresentam sinais de heminegligência. Estudos de imagem por ressonância magnética ou tomografia computadorizada indicaram os núcleos ventral posterior e lateral posterior do tálamo como estrutura critica para a manifestação desse comportamento. Pode-se ocorrer também, mas de forma menos freqüente em estruturas extra-talâmicas como, por exemplo, pequenas áreas da ínsula, no giro temporal superior, no giro pós central e no lobo parietal inferior, tudo isso pode induzir disfunções através da má perfusão no tálamo ou estruturas neurais estruturalmente intactas, fazendo com que se perca a verticalidade. Sabe-se também que pequenas diferenças no local da lesão pode-se dar diagnósticos totalmente diferentes, incluindo assim disfunções de controle postural e síndromes vestibulares com distúrbios de percepção visual10, 11,12. Em um estudo realizado por Santos-Pontelli et al (2011), foram observadas as estruturas acometidas e deu-se atenção para a região parietal posterior, citando assim como uma região que faz parte da rede sensório-motora que processa informações utilizadas para obter respostas motoras. Sendo assim, pode-se estar ligada ao conflito entre percepção do corpo e verticalidade visual12. Quando a referência é a busca pela simetria corporal, mostra-se no estudo de Pereira e colaboradores (2010), que a idéia de que padrões compensatórios de assimetria corporal impostos pelas hemiparesias promovem déficits de equilíbrio na posição ortostática, determinando modificações dos limites de estabilidade em que o membro afetado passa ser evitado e o membro não afetado ficaria sobrecarregado. Sendo assim, a descarga de peso assimétrica em hemiparéticos é discutida como um dos fatores primordiais para o risco de quedas de pacientes que possuem ou não auxiliares de locomoção. Relatam que terapias convencionais, que visam à percepção visual para o treinamento da simetria corporal não se mostraram eficazes em alterar a sobrecarga sobre o membro parético na distribuição de peso, uma vez que, mencionam a Síndrome de Pusher em seu estudo como uma exceção por ser menos freqüente13. No entanto, no estudo de Meneghetti et al (2009), sugeriram que a simetria do corpo pode ser alcançada, ou melhorada, como conseqüência de alguns fatores, como: adequação do tônus, fortalecimento da musculatura extensora de tronco e abdominal, ganho de amplitude de movimento e dissociação de cinturas, uma vez que, se forem realizados em imersão haverá uma contração da musculatura e conseqüentemente diminuição do impacto, aumentando assim o beneficio do tratamento por irradiação, visando assim a estabilização do tronco na água14. Neste sentido, é provável que a estratégia adequada para tratar pacientes com SP que apresentam distúrbios de percepção de verticalidade é a de induzir o paciente a perceber que sua posição no corpo está inclinada, mostrando a diferença entre o efeito do movimento usando referência vertical que ele percebe (errada), e o efeito do movimento utilizando a referencia (somestésico ou verbal) fornecido pelo terapeuta (correta) como diz Pontelli et al (2011) em seu estudo. Refere-se também ao modo que o tratamento deve ser embasado, pois deve-se visar com esses pacientes o equilíbrio postural para que haja recuperação nas atividades de vida diária. Assim, os exercícios prescritos devem ser individualizados e a melhor estratégia terapêutica para o paciente com SP deve ser escolhida com base na percepção de verticalidade e de maneira mais precoce15. Há na literatura uma escala que pontua de 0 a 1 as principais manifestações da síndrome. É conhecida como Scale Contraversive Pushing (SCP), onde são avaliados três aspectos distintos do controle postural como: assimetria postural espontânea de tronco, o uso do membro não afetado para empurrar-se em direção ao lado parético e a resistência passiva à correção da postura11, 16. Para que haja confirmação do diagnóstico por essa escala, é necessário que estejam presentes os três achados e que a pontuação seja no mínimo de um para cada item. Sendo assim, no estudo de Palmini et al (2013), foram avaliados 30 pacientes e para que fosse diagnosticada a Síndrome de Pusher foi usada a SCP e utilizaram dois critérios, o primeiro tendo como ponte de corte para o diagnóstico o resultado ≥ 1 em cada seção da referida escala e o segundo critério tem como corte para o diagnóstico um resultado maior que zero para cada seção da mesma. Como resultado obteve-se presença da SP em 26,6% dos pacientes que estavam incluídos na amostra quando utilizado o segundo critério para o diagnóstico. Quando usado o primeiro critério, apenas um paciente apresentou ser portador da síndrome. Então chegaram a conclusão de que quando analisado, o critério I pode ser muito conservador e poderá levar a resultados falso negativos, enquanto que o critério II por ser mais abrangente, poderá levar a resultados falso positivos. Em suma, são necessárias novas publicações sobre a validação da mesma no Brasil e de seu uso na prática clínica para determinar a funcionalidade desses pacientes16, 17,18. Bortoli et al (2008) estudaram sobre o prognóstico da SP, onde fizeram uma pesquisa que analisava o curso clínico da doença para a resolução da mesma. Analisaram cinco estudos que verificaram o curso clínico da SP e cada um sugeriu o desaparecimento dos sintomas em um período de tempo. Um deles citou a melhora do prognóstico em um período de 12 semanas (20%), outro em 15,3 semanas (20%), em seguida o outro relatou que demoraria três meses (20%), outro citou que poderia demorar em seis meses (20%) e o último de uma semana e três meses (20%). Concluíram que pacientes que possuem a SP decorrentes do acidente vascular encefálico levam 63% de tempo a mais para atingir o mesmo nível funcional que pacientes portadores de AVE sem associação com a SP. Sendo que, três desses estudos relataram que fatores como etiologia e extensão da lesão pioram o prognóstico e dois desses mostraram lesão no hemisfério direito com presença associada de heminegligência como fatores que podem prejudicar o prognóstico da doença aumentando assim o tempo de recuperação19, 20. Voos et al (2011), realizaram um estudo de caso onde uma paciente de 65 anos portadora de AVE foi voluntária, a mesma era dependente para higiene pessoal, para locomoção, precisava de auxilio de uma cadeira de rodas, para se vestir e se alimentar era semi dependente, pois quando o alimento estava cortado ela conseguia levá-lo a boca com o membro superior direito. A paciente referiu que, antes da lesão apresentava habilidade para desenhar, mas embora a força e a coordenação do membro superior direito não tivessem sofrido alterações, suas criações não eram mais como antes. Ela levou desenhos feitos antes da lesão, para que fossem comparados com o que estavam sendo realizados na hora da terapia. Sendo assim, pode-se observar que ela não conseguia desenhar mãos e braços com a mesma habilidade. O traçado do lado esquerdo do corpo era menos preciso e às vezes desproporcional. Com isso, chegaram à conclusão que a mesma apresentava um quadro de SP associado à heminegligência, tendo assim uma recuperação lenta e um pior prognóstico funcional. Em contrapartida, citaram que estímulos visuais ajudam a corrigir o desalinhamento postural e se isso for feito com auxilio de um espelho, pode ajudar a paciente a se conscientizar da sua posição no espaço. Após seis meses de tratamento a paciente começou a utilizar o membro superior esquerdo em algumas atividades de vida diária e passou a manter-se sem apoio e sem cair para o lado esquerdo, ou seja, foi obtido resolução do quadro da Síndrome de Pusher após submeter-se ao tratamento fisioterapêutico. Podendo assim, analisar também, a paciente relatada no estudo de Cecatto et al (2008), onde a mesma passou por um estágio de observação durante quatro meses e foi observado a manutenção parcial do sintoma de empurrar-se para o lado acometido, obteve uma melhora e sua pontuação na escala iniciou-se com 4,5 e terminou com 0,5 11,21. Por ser uma síndrome pouco conhecida, Góis e colaboradores (2010), fizeram um estudo sobre o conhecimento da SP por fisioterapeutas, de 60 profissionais entrevistados 61% informaram conhecer a síndrome, uma vez que, para ter certeza da mesma, foi aplicado um questionário onde esses profissionais teriam que responder perguntas específicas a respeito da sua etiologia. Sendo assim, após a aplicação do questionário, obteve-se a resposta de uma das perguntas que todos os profissionais a conheciam e indicaram o acidente vascular encefálico como sua principal causa, porém menos da metade afirmou ter atendido pacientes portadores dessa síndrome e por isso se tornaram incapazes de reconhecer certamente os sinais indicativos para a mesma. Os que já haviam feito algum atendimento em portadores da Síndrome de Pusher ficaram divididos quanto à melhor postura para observar os sinais da SP. Alguns relataram que no momento da avaliação a principal postura em que se observa a manifestação da SP é a ortostática e outros em menor quantidade citaram a postura sentada16. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em suma, pode-se concluir que a Síndrome de Pusher necessita de mais estudos para que haja um aprofundamento desta patologia, pois ainda existem poucos dados que se referem à mesma deixando assim os estudos precários. Devem-se utilizar novos recursos e diferentes formas de abordagens para o diagnóstico e tratamento das incapacidades que ela acarreta, pois só assim haverá estratégias adequadas para a reabilitação, visando a melhora da funcionalidade dos pacientes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Davies PM, Síndrome do Não Alinhamento (Síndrome de Pusher). In: MIR Assessoria Editorial Ltda. Passos a Seguir (Um manual para o tratamento da hemiplegia do adulto). Dr. Nelson Gomes de Oliveira. São Paulo: Editora Manole, 1996, p.279-98. 2. Rowand LP. Merrit; Tratado de Neurologia. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. 3. O’Sullivan S, Schimitz T. Fisioterapia. Avaliação e Tratamento. 4.ed. São Paulo: Manole; 2003. 4. Umphred DA. Reabilitação Neurológica. 4.ed. São Paulo: Manole; 2004. 5. Mattos TS, Veríssimo TCRA. Uso da terapia de contensão induzida do tratamento do membro superior parético em pacientes pós Acidente Vascular Encefálico. 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