MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE INSTITUTO EVANDRO CHAGAS & MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTíFICO E TECNOLÓGICO VII SEMINÁRIO INTERNO DO PIBIC-IEC 2002 11 e 12 DE JULHO DE 2002 Belém, Pará Jorge Fernando S. Travassos da Rosa Diretor do IEC Ora. Gilberta Bensabath Chefe do Serviço de Epidemiologia Dr. João Carlos L. da Silva Chefe do Serviço de Administração Dr. Alexandre da Costa Linhares Chefe da Seção de Virologia Dr. Edvaldo Carlos B. Loureiro Chefe da Seção de Bacteriologia Dra. Elisabeth C. de Oliveira Santos Chefe da Seção de Meio Ambiente Dr. Pedro Fernando da C. Vasconcelos Chefe da Seção de Arbovírus Reinaldo Amorim de Carvalho Chefe da Seção de Biotérios Dra. Salma Gomes de Oliveira Chefe da Seção de Parasitolog ia Ora. Vera Lúcia Reis S. Barros Chefe da Seção de Patologia José Paulo Cruz Setor de Comunicação Eventos Jedson Ferreira Cardoso Respondendo pelo Setor de Informática Vânia Barbosa da Cunha Araújo Bibliotecária Dr. Dr. COMITÊ PERMANENTE INTERNO DE AVALIAÇÃO DO PIBIC Alexandre da Costa Linhares Ana Cecília Ribeiro Cruz** Edvaldo Carlos Brito Loureiro Gilberta Bensabath Manoel do Carmo Pereira Soares Marinete Marins Póvoa * Ralph Lainson Wyller Alencar de Mello Yvone Gabbay Mendes * Coordenadora do processo seletivo interno** Vice-Coordenadora do processo seletivo interno José Paulo G. Leite, Depaltamento de Virologia, Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ. Dr. Maria Paula Cruz Schneider, Deparlamento de Genética, Universidade Federal do Pará, Be/ém, Dr. COMISSÃO ORGANIZADORA DO SEMINÁRIO Marinete Marins Póvoa -Coordenadora Ana Cecília Ribeiro Cruz -Vice-Coordenadora Adlai Raimundo Sousa -Informática Jedson Ferreira Cardoso -Informática José Paulo Nascimento Cruz -Comunicação Social Eventos Maria da Graça Santos da Silva -Informática Ma Madalena dos S. Pacífico -Comunicação Social Eventos Rosanira Silva de Azevedo -Secretaria André Luiz Pereira Neponucena -Secretaria Aretha Michelle Cunha da Silva -Secretaria ORIENT ADORES E RESPECTIVOS Ora. Ana Cecília Ribeiro Cruz Bolsistas: Samyra Menezes Dias Ora. Conceição de Maria Almeida Vieira Bolsista: Paula Roberta Ferreira da Silva Ora. Edna Aoba Yassui Ishikawa Bolsista: Roberta Nice Salgado Sodré Or. Edvaldo Carlos Brito Loureiro Bolsista: Taiany Bicalho dos Santos Or. Fernando Tobias Silveira Bolsistas: Liliane Almeida Carneiro Ora. Joana O'Arc Pereira Mascarenhas Bolsistas: André Mendonça Caniceiro. Vaniza Sheila de Souza Ferreira Or. José Antônio Picanço Oiniz Júnior Bolsistas: Marcelo Neves Tanaka .Jannifer Oliveira Chiang Ora. Maria de Lourdes Contente GomesBolsista: Lauze Lee Alves Ferreira Ora. Marinete Marins Póvoa Bolsistas: Larisse Gomes de Oliveira Viviane Carvalho da Cunha Ora. Maristela Gomes da Cunha Bolsista: Elizângela Chaves da Veiga Ora. Mônica Cristina Moraes e Silva Bolsista: Bruna dos Anjos Veloso Araújo Ora. Rosa Helena Porto Gusmão Bolsista: Daniela Meio dos Santos Porto BOLSISTAS Ora. Sal ma Gomes de Oliveira Bolsista: Andréa Silvestre Lobão Or.a Sueli Guerreiro Rodrigues Bolsista: Igor Teles de Menezes Macedo Chaves Ora. Talita Antônia Furtado Monteiro Bolsista: Sarita da Silva Silva Ora. Vânia Lúcia Noronha Cavalcante Bolsista: Erica Aranha de Sousa Ora. Vera Lúcia Reis de Souza Barros Bolsista: Daniele Barbosa de Almeida Medeiros Or. WyllerAlencar de Mello Bolsistas: Flávia Corrêa Bastos Vanessa de Souza Guimarães Ora. Yvone Gabbay Mendes Bolsista: Luciana Damascena da Silva AGRADECIMENTOS Os organizadores do VII Seminário Interno do PIBIC/IEC 2002, formulam os seus agradecimentos à Direção e ao Serviço de Administração do IEC, assim como aos integrantes do Comitê Interno, por todo o apoio proporcionado à realização do evento. SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 9 2. PROGRAMAÇÃO 1 O -12 3. RESUMOS 13 -35 3.1 VIROLOGIA 13 -26 3.2 BACTEROLOGIA 3.3 ~ATOLOGIA 3.4 PARASITOLOGIA ..27 2fJ 29 -35 1.APRESENTAÇÃO o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), do CNPq, vem demonstrando desde sua criação que é de importância destacada na preparação de estudantes nas áreas de pesquisa e ensino, e, no incentivo ao pensar e na criatividade do pesquisador. O acompanhamento é feito mediante avaliações institucionais que ocorrem anualmente com a participação do próprio CNPq, revelando maior ou menor performance no atingimento das metas contidas no referido programa. Pautado nesse instrumento, o órgão fomentador, mantém, reduz ou amplia o número de bolsas, não o fazendo no caso de acréscimo por total ausência de lastro orçamentário. Essa última condição acabou sendo aplicada ao Instituto Evandro Chagas (IEC), quando apesar de méritos para a conquista de incremento do número de bolsas, conseguiu em seis anos, apenas 15%, passando das 20 iniciais, para as 23 atuais. O Seminário Interno do PIBIC/2002, agora no sétimo ano consecutivo, pretende demonstrar -como nos anos anteriores -a seriedade deste Instituto na condução do programa em evidência, mormente quando há muito, incorporou essa atividade como um dos grandes avanços no incentivo à formação de pesquisadores para a região amazônica, sabidamente carente neste segmento. Revelar novos talentos com potencial e perfil ajustados a um pesquisador, é por conseguinte um prêmio aos investimentos realizados nas diversas áreas do conhecimento e que, no caso específico do IEC, representa pelo menos 30% do total. A adversidade na captação de recursos humanos, tônica no serviço público federal presentemente, apresenta-se como o grande entrave para dar seqüência à formação desses futuros cientistas. O elo entre esse Programa e a pós-graduação deve existir, sendo de responsabilidade não só da instituição formadora, mas também do próprio CNPq com oferta de bolsas específicas para essa finalidade. No contexto, o IEC vem fazendo sua parte, inclusive abrigando-os em seus programas de pesquisa para o desenvolvimento de cursos de mestrado e doutorado, não obstante a clareza da quase impossibilidade de aproveitamento via contratação. A contramão entre o altíssimo investimento feito pelo governo e a rejeição em aproveitá10 a bem de sua política contencionista, deve, urgentemente ser desfeita para o bem da ciência brasileira. A organização Direção do IEC/Comissão Organizadora 9 do PIBIC PROGRAMAÇÃO DIA 1: 11 de julho de 2002 ENTREGA DO LIVRO DE RESU MOS 8:00-8:30h ABERTURA 8:30-8:45h Or. Jorge F. S. Travassos da Rosa Diretor do IEC PALESTRA: "0 PIBIC e a formação de recursos Palestrante: D~. Albanita Viana de Oliveira CNPq -Brasilia humanos" 8:45-9:30h 9:45-10:30h Sessão I. VIROLOGIA Moderadora: Tais Pinheiro de Araújo ~ (01) Bolsista: André Mendonça Caniceiro Orientadora: Joana D'Arc Pereira Mascarenhas Caracterização genotípica de cepas de rotavírus diarréias em Belém, Pará provenientes (02) Bolsista: Daniela Meio dos Santos Porto Orientadora: Rosa Helena Porto Gusmáo Estudo da ocorrência das infecções pelos Calicivírus hospitalizadas em Belém, Pará de vigilância humanos intensiva das (HuCVs) em crianças (03) Bolsista:Erica Aranha de Sousa Orientadora: Vânia Lúcia Noronha Cavalcante Rastreamento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em mulheres submetidas ao exame preventivo de câncer do colo uterino. (04) Bolsista: Flávia Corrêa Bastos Orientador: Wyller Alencar de Mello Estudo da prevalência de papilomavírus em gestantes. INTERVALO 10:30 -11 :OOh Continuação da Sessão I 11:00 -12:15h (05) Bolsista: Lauze Lee Alves Ferreira Orientadora: Maria de Lourdes Contente Gomes Pesquisa de enterovírus (EV) em caso de meningite Beiém, Para. asséptica (MA) ocorridos (06) Bolsista: Luciana Damasceno da Silva Orientadora: Yvone Gabbay Mendes Enteropatógenos virais em quadros de gastroenterite entre pacientes (07) Bolsista: Sarita da Silva Silva Orientadora: Talita Antônia Furtado Monteíro Detecção do vírus de Epstein Barr (EBV) em tecidos de pacientes na cidade de infectados suspeitos pelo HIV. de doença Hodgkin. (08) Bolsista: Vanessa de Souza Guimarães Orientador: Wyller Alencar de Mello Estudo da etiologia viral em casos de infecção respiratória 10 2. aguda (IRA) na Amazônia. de .", (09) Bolsista: Vaniza Sheila de Souza Ferreira , Orientadora: Joana D' Arc Pereira Mascarenhas Caracterização molecular de rotavírus: Monitoramento estratégia de vacinação anti-rotavírus em Belém, Pará. ENCERRAMENTO DIA 2: Sessão 12 de DIA julho de de amostras visando uma futura 1 2002 11:ARBOVIROLOGIA 08:00-09:15h Moderador (a): Lívio Martins Teixeira (10) Bolsista: Igor Teles de Menezes Macêdo Chaves Orientadora: Sueli Guerreiro Rodrigues Identificação e caracterização de novos isolamentos taxonômica. (11) Bolsista: Jannifer de Oliveira Chiang Orientador: José Antônio Picanço Diniz Júnior Caracterização de novos vírus isolados de Cu/icoides de arbovírus sp. isolados sem definição na Amazônia (12) Bolsista: Marcelo Neves Tanaka Orientado r: José Antônio Picanço Diniz Júnior Vírus isolado de Cu/icoides (Diptera: Ceratopogonidae) na Amazônia: ultraestruturais do vírus, hospedeiros invertebrados e suas Interações. (13) Bolsista: Paula Roberta Ferreira da Silva Orientadora: Conceição de Maria Almeida Vieira Estudos para caracterização de amostras virais Evandro Chagas. isoladas na Seção de Arbovírus Estudos do Instituto (14) Bolsista: Samyra Menezes Dias Orientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz Detecção do vírus dengue 2 em mosquitos Aedes aegypti com o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) e isolamento em cultura de células C6/36. Seção 111.BACTERIOLOGIA (15) Bolsista: Taiany Bicalho dos Santos Orientador: Edvaldo Carlos Brito Loureiro Enteropatógenos bacterianos em quadros 9:15 -9:30h de gastroenterite entre pacientes infectados pelo HIV. Sessão IV. PATOLOGIA 9:30 -9:45h (16) Bolsista: Daniele Barbosa de Almeida Medeiros Orientadora: Vera Lúcia Reis Souza Barros Infecção experimental pelo vírus Curionopólis em camundongos nascidos: estudo histopatológico e ultraestrutural. INTERVALO albinos suiços recém- 9:45 -10:15h 11 10:15h-12:15h Sessão V. PARASITOLOGIA (17) Bolsista: Andréa Silvestre Lobão Orientadora: Salma Gomes de Oliveira Avaliação da participação do mecanismo de inibição celular dependente de anticorpos (ADCI) na imunidade protetora contra Plasmodium falciparum nos primatas neotropicais Aotus infulatus e Saímírisciureus (18) Bolsista: Bruna dos Anjos Veloso de Araújo Orientadora: Mônica Cristina de Moraes e Silva Avaliação de métodos coproscópicos, imunológicos diagnóstico de amebíase. 19) Bolsista: Elizângela Chaves da Veiga Orientadora: Maristela Gomes da Cunha Avaliação dos parâmetros hematológicos e bioquímicos (20) Bolsista: Larisse Gomes de Oliveira Orientadora: Marinete Marins Póvoa Avaliação de técnicas laboratoriais para lamblia. o diagnóstico e de biologia de macacos de (21) Bolsista: Liliane Almeida Carneiro Orientadora: Femando Tobias Silveira Leishmaniose visceral americana no modelo experimental Cebidae): I. Avaliação da susceptibilidade do primata à (Leishmania) chagasi (22) Bolsista: Roberta Nice Salgado Sodré Orientadora: Edna Aoba Yassui Ishikawa Estudo comparativo entre Leishmania (Leishmania) amazonensis, lesões cutânea simples e cutânea difusa, pela técnica de molecular em cativeiro. Cryptosporidium Cebus apel/a infecção por e Giardia (Primates: leishmania causadoras de formas RAPO e eletroforese isoenzimas. (23) Bolsista:Viviane Carvalho da Cunha Orientadora: Marinete Marins Póvoa Investigação de toxoplasmose ocular adquirida em pacientes da cidade de Belém, Pará. ENCERRAMENTO 12 no de de 81 MS .~AÇÃO NACIONAL DE sA(mE --~ ~ ~ ~~~~L ".:.\\ CrENTiFICOETECNOLÓGICO -Diretoria DE DESENVOL""'E"TO de Desenvolvimento CARACTERIZAÇÃO GENOTIPICA DE CEPAS DE ROTAVIRUS VIGILÂNCIA INTENSIVA DAS DIARRÉIAS EM BELÉM, PARÁ. Bolsista: André Mendonça Caniceiro. Orientador (a): Joana O'Arc Pereira Mascarenhas. Científico e Tecnolôgico ~ 01 i PROVENIENTES -DCT DE I Seção: Virologia j' Introdução: Os rotavírus são os principais agentes etiológicos das gastroenteriteS infantis graves, provocando cerca de 680 mil mortes por ano nos países em desenvolvimento. A infecção pode ser assintomática ou sintomática com quadro clínicovariando de leve à grave. Os rotavírus são membros da família Reoviridae, sendoconstituídos por um genoma com 11 segmentos de dupla fita de RNA (dsRNA); apresentam capsídeo interno formado pela proteína VP6 e capsídeo externo formado pelas proteínas VP4 e VP7, que determinam os genotipos P e G, respectivamente. Metodologia: No período de maio de 1998 a maio de 2000 foram coletadas 902 amostras fecais (533 do Hospital Santa Terezinha e 369 do Posto de Saúde do Marco).As suspensões fecais foram preparadas e o dsRNA foi extraído pelo método da sílica e submetido a eletroforese vertical em gel de poliacrilamida a 5% (PAGE) para a determinação dos eletroferotipos e posterior caracterização em genotipos G e P pela reação em cadeia da polimerase (RT-PCR). Resultados Parciais: Das 902 amostras coletadas, 484 (54%) foram submetidas aPAGE das quais 237 (49%) apresentaram resultado positivo para Rotavírus sendo todosDertencentes ao grupo A, com 108 (45%), 56 (24%) e 73 (31%) apresentandoeletroferotipos longo, curto e bandas sugestivas de rotavírus, respectivamente. Para ogenotipo G, 171 amostras foram analisadas pela RT-PC R com a determinação dosgenotipos G1, G2, G3, G4, G5, e G9 em 11,1%, 18,1%, 1,7%, 2,9%, 1,1% e 10,5% doscasos, respectivamente. Para o genotipo P, 241 amostras foram analisadas, das quais 32,3% foram associadas ao tipo P[4], 6,6% ao P[6] e 22,8% ao P[8]. A combinaçãobinária foi determinada em 58 amostras, 56,8% associadas aos genotipos usuais: G2P[4] (48,1%), G1P[8] (5,1%), G3 P[8] (1,7%) e G4 P[8] (1,7%); e 43,1% associadas aosgenotipos não usuais: G9 P[8] (15,5%), G9 P[6] (5,1%), G1 P[4] (5,1%), G4 P[6] (5,1%), G5 P[4] (1,7%), G1 P[6] (1,7%), G3 P[4] (1,7%), G3 P[6] (1,7%), G4 P[4] (1,7%), G9 P[4] (1,7%) e G1+G2 P[8] (1,7%). Foram determinados 5 casos de infecção mista: G1+G2 (11caso), P[4]+P[6] (1 caso) e P[8]+P[6] (3 casos). A combinação binária usual de rotavírus foi detectada em 56,8%dos casos, com o genotipo G2 P[4] sendo o mais prevalecente (48,1%). É importanterelatar a freqüência elevada com que os genotipos não usuais foram detectados nopresente estudo: 43,1%, sendo o genotipo G9 P[8] presente em 15,5% das amostras. Palavras-chave: rotavírus, reação em cadeia da polimerase, 13 ~ Discussão/conclusão: genotipos. 02 ESTUDO DA OCORRÊNCIA DAS INFECÇÕES PELOS CALlCIVíRUS (HuCVs) EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS EM BELÉM, Pa. Bolsista: Oaniela Meio dos Santos Porto Orientador (a): Rosa Helena Porto Gusmão HUMANOS Seção: Virologia Introdução: Cerca de 40% dos episódios de diarréia aguda ainda permanecem sem etiologia definida, o que motivou a procura de um agente etiológico viral desde o final dos anos 60. Os Calicivírus Humanos (HuCVs), então denominados "Agentes de Norwalk", foram os primeiros agentes virais reconhecidos como causadores de diarréia. Objetivo: Avaliar o papel dos HuCVs como agentes causadores aguda em crianças hospitalizadas em Belém, Pa. de quadros de diarréia Metodologia: Foram estudadas 277amostras fecais coletadas no período de novembro de 1992 a maio de 1994, procedentes de crianças menores de cinco anos, de ambos os sexos, internadas no Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará, incluídas em um estudo anterior sobre infecções associadas aos rotavírus. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: 1- diarréia aguda, envolvendo 183 crianças que apresentaram diarréia à admissão, ou a desenvolveram nas primeiras 72 horas de internação (comunitárias); e 41 outras que apresentaram diarréia aguda após 72 horas da admissão (nosocomiais); 11crianças sem diarréia, em número de 53, que não a apresentaram 3 dias antes da coleta das fezes e três dias após a mesma. As amostras fecais foram submetidas ao método imunoenzimático ("ELlSA") para a detecção de antígenos de calicivírus, seguindo o protocolo utilizado no "Calicivirus Laboratory, Center for Pediatric Research, Eastern Virginia Medical School" -Norfolk, Virginia, Estados Unidos, sob chefia do Prof. Or. Xi Jiang (JIANG X, WANG J, ESTES MK, 1995) Resutados: Os HuCVs foram detectados em 4% das amostras testadas; 3,8% (7/183) em que apresentavam diarréia comunitária; 4,8% (2/41) em crianças com diarréia nosocomial e 3,7% (2/53) nas não diarréicas. As amostras fecais foram submetidas a exame bacteriolÓgico, parasitológico e virológico (rotavírus, adenovírus e astrovírus). Discussão/Conclusão: Com este estudo, observamos que os HuCVs, à semelhança do que vem sendo registrado em outras partes do mundo, também estão associados a episódios de diarréia aguda entre crianças residentes em nossa região. Há necessidade, no entanto, que um maior número de estudos envolvendo as infecções pelos HuCVs sejam realizados, contribuindo para um melhor conhecimento dos aspectos epidemiológicos dessa importante virose. Palavras-Chave: viral, diarréia, infecções 13 14 ~ 03 RASTREAMENTO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISsívEIS MULHERES SUBMETIDAS AO EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER UTERINO. Bolsista: ERICA ARANHA DE SOUSA Orientador (a): Vânia Lúcia Noronha Cavalcante (DSTs) EM DE COLO Seção: Virologia Introdução: São escassos os dados epidemiológicos a respeito de DSTs, porém poucos estudos permitem supor elevada freqüencia dessas infecções. os Metodologia: Nas pacientes submetidas ao PCCU, após assinarem Termo de Consentimento, procedeu-se anamnese, exame físico e coleta de material para Papanicolaou, bacterioscopia/a fresco, pesquisa de HSV (inoculação em células Hep2) e VDRL. Resultados: As 145 pacientes do estudo foram divididas em 2 grupos, segundo faixa etária: Grupo A (15 a 29 anos) e Grupo 8 (30 a 45 anos) .A maioria (66% do Grupo A e 72% do Grupo 8), era casada ou vivia em concubinato. A renda familiar de 88% era, no máximo, de R$600,00 (3 salários-mínimos atuais). A iniciação sexual ocorreu entre os 16 e 20 anos para 60% daquela do Grupo A e 55% do Grupo 8. Aproximadamente a metade referiu ter tido, até aquele momento, de 2 a 5 parceiros sexuais, enquanto 20% referiram número maior de parceiros. A maioria (87%) referiu parceria sexual única. 10% informou parceiro sexual novo nos últimos 3 meses. DST pregressa foi admitido por 14% das entrevistadas e 83%(120/145) referiram alguma sintomatologia no momento, sendo os mais freqüentes: corrimento vaginal (93/120), dor pélvica (69/120) e prurido (43/120). Ao exame genital observou-se alterações em 78% (113/145) das pacientes, sendo corrimento vaginal (107/113) e hiperemia cérvico-vaginal os mais freqüentes. Nas pacientes do Grupo A, com corrimento vaginal (53/67), evidenciou-se pelo Papanicolaou, leveduras em 24%, Gardnerella em 30%. Na bacterioscopia a evidência desses agentes foi de 74% e 30%, respectivamente; Trichomonas esteve presente em 4%. No Grupo 8, ao Papanicolaou, detectou-se leveduras em 19%, Gardnerella em 22%, Trichomonas em 4%. Na bacterioscopia/a fresco esses agentes foram encontrados em 76%, 32% e 2%. Reatividade ao VDRL esteve presente em 4% (6/144), sendo 5 do Grupo A e 1 do Grupo 8. No subgrupo de mulheres (50), onde foi realizada pesquisa de Vírus Herpes Simples, nâo observou-se efeito citopático, embora em duas a citologia tenha sugerido infecção por esse agente. Discussão/Conclusão: Concluímos que os agentes pesquisados não apresentaram diferença significativa na incidência das duas faixas etárias, com exceção da reatividade ao VDRL , mais freqüente no Grupo A Deste modo, rastreamento desses agentes não deve ser restrito à faixa etária mais jovem. Palavras-chave: DSTs, PCCU, leveduras, Gardnerella, 15 ~ 13 Trichomonas, HSV, VDRL. 04 Pesquisa da Prevalência de Papilomavírus em Gestantes. Bolsista: Flávia Corrêa Bastos Orientador (a):. Wyller Alencar de Mello Seção: Virologia Introdução: O Câncer genital associado ao papilomavírus humano (HPV), é uma das neoplasias que mais mata no mundo, principalmente em países não desenvolvidos. Essa patologia está comumente associada com lesões malignas no trato genital feminino, principalmente, o carcinoma de colo de útero. Esse agente viral pode manter uma infecção latente por um longo periodo de tempo. A associação da infecção por HPV com a gestação tem sido causa de várias investigações, o que também pode ocasionar uma transmissão para o concepto. Objetivos: Investigar a prevalência da infecção por HPV em mulheres gestantes em uma área de alta incidência de câncer de colo de útero, assim como identificar o tipo de HPV mais freqüente nas gestantes infectadas. Contribuir no estudo da avaliação da inclusão da pesquisa de HPV em exames pré-natais e promover a implantação da técnica de diagnóstico RFLP (Restriction Fragmente Lenght Polymorphism), na Seção de Virologia do Instituto Evandro Chagas (IEC). Metodologia: Esfregaços de colo de útero obtidos de gestantes na Unidade Materno Infantil do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Pará (UEPA), foram analisados no laboratório de HPV do IEC quanto a infecção por HPV. A metodologia laboratorial de diagnóstico envolveu a extração de DNA genômico seguido do seu processamento pela técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction). As seqüências, quando amplificadas, foram identificadas pelo método da técnica de RFLP. Resultados: Foram analisados 359 espécimes clínicos, onde foi detectada a presença de DNA de HPV em 108 (29,1%) das amostras. Subsequente tipificação realizada em 81 amostras positivas, revelaram uma alta incidência de HPV de alto risco oncogênico. Foram também detectadas 33 infecções múltiplas (mais de um tipo de HPV). Discussão/Conclusão: Os resultados obtidos nos permitem concluir que um significativo número de gestantes estudas apresentem-se infectadas pelo HPV, principalmente pelos de alto risco oncogênico e uma maior proliferação viral no período gestacional tem sido relatada em alguns estudos, o que confirma a progressão da infecção na gestação. Consequentemente, torna-se imperativo a detecção e identificação de HPV de alto risco oncogênico nesta população como medida preventiva ao desenvolvimento do Câncer de cérvix uterino. Palavras-chaves: Papilomavírus, HPV, Gestantes 13 ~ 16 05 PESQUISA DE ENTEROvíRUS (EV) EM CA~OS DE MENINGITE OCORRIDOS NA CIDADE DE BELEM, PARA, BRASIL. Bolsista: Lauze Lee Alves Ferreira Orientador(a): Ora Maria de Lourdes C. Gomes ASSÉPTICA (MA) Seção: Virologia Introdução: Os enterovírus (EV) pertencem à família Picornaviridae e de acordo com a nova classificação, estão divididos em: Poliovírus (PV), Enterovírus Humano (EVH) A, B, C e D. Esses vírus têm um filamento de RNA, único e linear, não possuem envelope e são transmitidos com maior freqüência pela via fecal-oral. Esses vírus são referidos como os principais agentes etiológicos de meningite asséptica (MA) em vários países. Surtos de MA ocorridos nas regiões sul e sudeste do Brasil foram causados por EV; existindo também comprovação dessa associação fora do período de surtos. O objetivo deste estudo foi identificar os EV envolvidos em quadros de MA na cidade de Belém, Pará, Brasil. Para tanto, contou-se com a colaboração de uma Unidade Básica de Saúde, credenciada à Secretaria de Saúde do Estado do Pará, sendo referência para todos os casos de meningite ocorridos no estado. Metodolgia: Foram coletadas 85 amostras de líquor, de pacientes com diagnóstico de MA atendidos durante os meses de março e abril de 2002. O líquor foi congelado imediatamente em nitrogênio líquido e semanalmente, transportado ao laboratório da Seção de Virologia do Instituto Evandro Chagas, onde as amostras foram conservadas em freezer -70°C. A inoculação desses espécimes foi feita em cultivo celular RD e HEp2 (ambos de origem humana), mantidos em meio Eagle's MEM. A observação microscópica foi feita a cada dois dias para visualização de efeito citopático. A identificação do vírus isolado foi feita pelo teste de neutralização e imunofluorescência indireta (IFI) (kit comercial-Chemicon), ambos voltados para o EV. Resultados: Das 85 amostras, 13 foram positivas (15,29%), Echo 30, na classificação antiga (EVH B na nova). sendo 7 identificadas como Resultados: Das 85 amostras, 13 foram positivas (15,29%), sendo 7 identificadas Echo 30, na classificação antiga (EVH B na nova). como Discussão/Conclusão: Esse resultado é condizente com a literatura, uma vez que, existem relatos tanto a nível mundial, como nacional mencionando o isolamento desse vírus a partir de casos de MA ocorridos tanto em surtos quanto fora deles. A comprovação do envolvimento dos EV em casos de MA propiciará melhor conhecimento sobre essa associação em nossa região, onde pouco se conhece sobre esse assunto. Esse estudo também esclarecerá a respeito da participação dos EV em eventuais surtos. Palavras-chave: EV, MA, líquor, IFI 13 ~ 17 06 Enteropatógenos pelo HIV . virais em quadros de gastroenterite Bolsista: Luciana Damascena da Silva. Orientador (a): Yvone Gabbay Mendes. entre pacientes infectados Seção: Virologia Introdução: No mundo inteiro, pessoas com a síndrome da imudeficiência humana (SI DA) apresentam diarréia como uma complicação usual. Cerca de 50 a 90 % dos indivíduos com SIDA sofrem de diarréia crônica, o que interfere em suas vidas sociais, podendo levar à morte. Estes relatos realçam a necessidade de caracterizar-se a síndrome da doença entérica nos pacientes infectados pelo HIV, a fim de prevenir e tratar suas seqüelas debilitantes. Objetivos: Caracterizar a freqüência com que os rotavírus, astrovírus, adenovírus entéricos e picobirnavírus ocorrem nos casos de gastroenterite em pacientes infectados pelo H IV; correlacionar a presença desses agentes com a severidade dos sintomas apresentados; identificar os sorotipos circulantes de rotavírus. Metodologia: o grupo estudado refere-se a pacientes adultos, de ambos os sexos, HIV positivos, atendidos em âmbito hospitalar (HUJBB) e ambulatorial (URE-DIPE, Casa Dia, IEC e albergue). Os espécimes fecais foram testados por ELlSA para detecção de rotavírus, astrovírus e adenovírus. Realizou-se também eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) para pesquisa de picobirnavírus. A RT -PCR foi utilizada tanto para confirmação das amostras positivas de astrovírus quanto para genotipar as amostras de rotavírus. As amostras positivas por ELlSA para astrovírus foram inoculadas em cultivo celular e examinadas por microscopia eletrônica. Resultados: Foram testados 232 espécimes fecais, dos quais 153 (61,2%) foram provenientes do HUJBB e 79 (38,8%) oriundos de pacientes atendidos a nível ambulatorial. Os astrovírus e adenovírus foram detectados no hospital em um percentual de 1,3% (2/153) e 0,6% (1/153) respectivamente. Os rotavírus e picobirnavírus foram encontrados, igualmente, em 1,3% (1fi9) das amostras ambulatoriais. O rotavírus detectado apresentou perfil eletroforético longo e foi identificado como pertencente ao genótipo P[8] e sorotipo G9. As 2 amostras positivas para astrovírus, juntamente com seu fluido celular foram testadas por RT -PCR apresentando resultado negativo em ambas as situações. As análises em M.E. evidenciaram a presença de partículas morfologicamente semelhantes aos astrovírus. Discussão: Os astrovírus, rotavírus e picobirnavírus foram detectados nos casos de diarréia aguda em percentuais de 3,3%, 4,2%, 4,2% respectivamente. Freqüências mais elevadas foram observadas num estudo na Alemanha (13,6% de positividade para rotavírus) e nos EUA (12% e 9,2% de positividade para astrovírus e picobirnavírus). Esses dados demonstram a participação desses vírus principalmente nos casos de diarréia aguda em nossa região. Palavras-chave: gastroenterite, HIV, rotavírus, astrovírus, adenovírus, 13 ~ 18 picobirnavirus 07 DETECÇÃO SUSPEITOS DO VíRUS DE EPSTEIN DE DOENÇA DE HODGKIN. BARR Bolsista: Sarita da Silva Silva Orientador (a): Talita A. F. Monteiro EM TECIDOS DE PACIENTES Seção: Virologia Introdução: Entre os agentes viróticos associados a processos neoplásicos, destacase o vírus de Epstein Barr (EBV), pertencente à família Herpesviridae. O EBV é um herpesvírus linfotrópico B humano. Apesar das infeções sintomáticas por esses vírus se apresentarem em geral de forma benigna, o EBV tem sido implicado na gênese de uma variedade de desordens linfoproliferativas e neoplasias severas. Determinar a prevalência do EBV em pacientes suspeitos de doença de Hodgkin foi o objeto deste estudo. Metodologia: Até o momento foram coletadas 86 amostras de tecidos linfóide (biópsias) de pacientes com suspeita clínica de linfomas, selecionados no Serviço de Patologia do Hospital Ofir Loiola (IOL-Hospital de Referência para Câncer). Desses especimes, 81 casos foram analisados pelo procedimento de hibridização in situ (HIS) para a detecção de genes que codificam RNA (EBER1) do EBV expressos em células latentemente infectadas, utilizando o "Kif da "Novocastra laboratoriesTM", fabricado no Reino Unido-Inglaterra. Resultados: Do total de 86 amostras coletadas, 81 amostras de neoplasias linfoides (biópsias) foram analisadas pelo método de Hibridização in situ, com variação de idade entre 3 a 98 anos (média de:!: 30 anos). A frequência total de positividade para o gene EBER 1 do EBV foi de 76,5% (62/81) nos linfomas analisados. Quarenta tumores (49,4%) foram classificados como DH. Em 72,5% (29/40) foi possível associar a presença do EBV com a doença de Hodgkin; com variação de idades de 6 a 59 anos (média de :1:28,6 anos). Em 69% dos casos de DH analisados os linfonodos cervicais incidiram como sitio de infecção primaria. A taxa de positividade para o EBV referente aos subtipos de DH foram: esclerose nodular 19% (19/29), predomínio linfocitário 10,3% (3/29), celularidade mista 13,8% (4/29) e depleção linfocitaria 10,3% (3/29). Discussão/Conclusão: A freqüência do gene EBER 1 do EBV em 49,4% dos casos de doença de Hodgkin pesquisados, reforça a hipótese que o EBV durante a transformação neoplásica contribuiriam como um co-fator associado a predisposição genética e ao estado imune do paciente. Palavras-chave: Vírus de Epstein-Barr, Doença de Hodgkin, Linfomas 13 ~ 19 não -Hodgkin 08 ESTUDO DA ETIOLOGIA (IRA) NA AMAZÔNIA. VlRAL EM CASOS DE INFECÇÃO Bolsista: Vanessa de Souza Guimarães. Orientador(a): Wyller Alencar de Mello. RESPIRATÓRIA AGUDA Seção: Virologia Introdução: Na Amazônia, as infecções respiratórias agudas (IRA) constituem um sério problema de saúde representando umas das principais causas de atendimento médico, entre os agentes etiológicos predominantes desta patologia estão os vírus respiratórios. Objetívos: Avaliar as ocorrênciais virais associadas aos casos de IRA em nossa região pela técnica laboratorial de imunofluorescência indireta. A investigação busca informações mais precisas do comportamento epidemiológico de algumas categorias víricas (vírus respiratório sincicial, adenovírus, vírus da influenza, enterovírus e parainfluenza) na população. A realização do projeto também visa o monitoramento de cepas epidemicas do vírus da influenza. Metodologia: No período março de 2001 a maio de 2002, através de uma rede de vigilância epidemiológica, foram coletados espécimes clínicos de pacientes, atendidos ambulatorialmente, com sinais e/ou sintomas de IRA. Os investigados pertenciam a ambos os sexos e diferentes faixas etárias com predominância de menores de 5 anos de idade. O diagnóstico viral foi realizado com envolvimento de técnicas de isolamento de vírus em cultivo de células (MDCK e HEp-2), ovos embrionados de galinhas e a detecção direta de antígeno por imunofluorescência (Kit Chemicon). Resultados: Do total de 311 indivíduos investigados, em 106 (34,08%) obteve-se a confirmação de infecção viral (através do isolamento de vírus elou detecção por imunofluorescência). Os agentes detectados foram: vírus respiratório sincicia (VRS)I (23,58%), influenza A (46,23%), influenza B (3,77%), parainfluenza 1 (13,21%), parainfluenza 2 (2,83%), parainfluenza 3 (7,55%), adenovírus (2,83%). Durante o período foram obtidos isolamentos de uma cepa de vírus da influenza A/New Caledonia/20/99 (H1 N1) e dezessete cepas da influenza A/Panamál2007/99 (H3N2). A distribuição dos casos de etiologia viral por faixa etária revelou uma maior ocorrência no grupo etário de O -4 (83,96%), mas infecções também foram registradas nas demais faixas etárias. Discussão/Conclusão: Diversos agentes virais foram associados ao quadro de IRA em nossa região. Os isolamentos dos vírus influenza tiveram grande importância pois são análogos as cepas contidas na vacina preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A maior incidência das atividades dos vírus ocorreu nos meses de maio e outubro associada a um surto de VRS e influenza respectivamente, sendo que são os principais agentes etiológicos nas viroses respiratórias em crianças menores de cinco anos. O perfil sazonal dos vírus respiratórios mostraram, a exemplo de anos anteriores, uma maior incidência de casos durante a mudança da estação chuvosa para a outra de menor pluviosidade. Palavras-chave: IRA, VRS e vírus respiratórios 13 ~ 20 09 CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE AMOSTRAS VISANDO UMA FUTURA ROTA VíRUS EM BELÉM. ROTAVíRUS: ESTRATÉGIA Bolsista: Vaniza Sheila de Souza Ferreira Orientador (a): Joana D' Arc Pereira Mascarenhas MONITORAMENTO DE VACINAÇÃO DE ANTI- Seção: Virologia Introduçãos: Os rotavírus do grupo A são os mais importantes agentes etiológicos das gastroenterites graves, e as infecções ocasionadas por este vírus representam importante problema de saúde pública, particularmente nos países em desenvolvimentos, onde cerca de 20%-40% das hospitalizações e 650 mil mortes anuais entre crianças são em decorrência das diarréias por rotavírus (Khelawat et aI, 2001). Este vírus apresenta o genoma viral constituído de dupla fita de RNA (ds RNA) com 11 segmentos incluso em um triplo capsídeo protéico constituído pela core, capsídeo interno e externo (Kapikian & Chanock, 1996). Dentre os genotipos de rotavírus A, existem quatorze do tipo G e vinte do tipo P, porém apenas os sorotipos G1-G6, G8-G10, G12 e P[4],P{6], P[8] e P[9] foram descritos infectando humanos (Parashar et aI., 1998; Gorziglia et aI., 1990). A incidência e distribuição dos genotipos de rotavírus variam entre as áreas geográficas, sendo que os genotipos P[4],G2, P[8],G1, P[8],G3 e P[8],G4, são os mais importantes combinações encontradas (Gentsch et aI, 1996). No entanto, genotipos G e P atípicos, como G5, G8, G9, G10 e P[6], constituem um significante percentual entre os rotavírus detectados no mundo (Leite et aI, 1996; Ramachandran et aI, 1996; Santos et aI, 1998). Metodologia: Neste estudo foram caracterizadas até o momento 118 amostras denominadas de não-usuais, sendo 48 amostras provenientes do projeto HospitalSentina, 52 amostras do estudo com neonatos e 18 amostras do projeto Vacina. Nestas amostras foi realizada a reação em cadeia da polimerase (RT -PCR), objetivando caracterizar os genotipos G e P de rotavírus; hibridização molecular para confirmação dos amplicons pela RT -PCR; e sequenciamento de nucleotídeos em alguns amplicons. Resultados: Projeto Neonatos: Seis amostras foram submetidas a hibridização com as sondas específicas para os genotipos P6 e G2.0 seqüenciamento de nucleotídeos foi conduzido em 3 amostras de genotipo G2 e em 17 amostras de genotipo P[6]. Projeto Hospital- Sentinela: Foram submetidas a hibridização 21 amostras, sendo 16 com sondas G9 e 5 com a sonda G5. Porém, 12 amostras confirmaram o genotipo G9 e nenhuma confirmou o genotipo G5. O seqüenciamento de nucleotídeos para o genotipo G9 foi conduzido em 4 amostras. Projeto Vacina: Foi realizada hibridização molecular com a sonda G10 em 5 amostras, sendo todas negativas, e com a sonda G5 em 1 amostra, a qual hibridizou e foi possível a confirmação deste genotipo. Discussão/Conclusão: Ampla diversidade genética de rotavírus ocorre no mundo, Leite et aI., (1996) em estudo com amostras brasileiras detectaram os genotipos incomuns P[8JG5, P[6JG2, P[9JG6 e P[9JG3 em 12% dos casos estudados. Na índia, Ramachandran et aI. (1996) detectaram os genotipos incomuns em 43% das amostras com os P[3]G1 P[3]G3, P[6JG1, P[6]G3 P[6]G4 e P[6JG9. O seqüenciamento de nucleotídeo para o genotipo G9 mostrou homologia de 95% com a amostra bresileira que circulou no Rio de Janeiro, a qual também foi semelhante a amostra que circulou nos Estados Unidos (Araújo et aI., 2001). Palavras-chave: Rotavírus, Genotipos e Caracterização Molecular. 13 ~ 21 10 IDENTIFICAÇÃO SEM DEFINiÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE TAXONOMIA. DE NOVOS ISOLAMENTOS Bolsista: Igor Teles de Menezes Macedo Chaves Orientador (a): Sueli Guerreiro Rodrigues DE ARBOvíRUS Seção: Arbovírus Introdução: No Brasil, já foram assinalados cerca de 200 tipos antigênícos de arbovírus, dos quais 190 foram identificados na Amazônia brasileira, e muitos destes jamais foram encontrados fora dela. O objetivo deste estudo foi caracterizar a amostra viral BeAR 615287 isolada de um lote de mosquitos Mansonia titil/ans, capturados em Alto Alegre/RR, em 21-31 de março e 1 de abril de 1999 Metodologia: O estoque viral, antígeno e soro imune foram preparados em camundongos e usados em testes físico-químico, biológico e antigênico. O vírus BeAR 615287 foi analisado quanto à sensibilidade ao Desoxicolato de sódio (teste do DCA) e a presença de hemaglutinina pelo teste de hemaglutinação (HA). A infectividade da amostra vira I foi observada mediante ensaios biológicos em camundongos recémnascidos e culturas celulares (células Vero e C6/36). A tentativa de caracterização antigênica foi realizada pelo teste de fixação do complemento (FC) empregando o antígeno do BeAR 615287 e fluido ascítico imune (FAI) de arbovírus classificados (grupados e não grupados) e não classificados isolados no Brasil e pertencentes ao acervo da Seção de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas. Resultados: O título do vírus foi de ~ 0,5 LD~ na presença de DCA e de 3,2 LD~ no controle do teste do DCA O vírus foi negativo no teste de HA com hemácias de ganso diluídas em um painel de 7 soluções de pH, dentro da faixa 5,75 a 7,0. Os camundongos recém-nascidos inoculados por via i ntracerebra I morreram 4 dias após inoculação e antígeno viral foi detectado no cérebro do camundongo pelo teste de FC. Apenas a cultura de células Vero apresentou efeito citopático, entretanto o vírus foi detectado em ambas culturas em testes de imunotluorescêncía indireta com soro imune anti-BeAR 615287. A amostra viral BeAR 615287 reagiu com o soro-homólogo no teste de FC (título ?c.1:16), mas não reagiu com nenhum dos FAls testados. Discussão/Conclusão: Os testes do DCA e HA revelaram que o BeAR 615287 tem envelope lipoprotéico e não possui hemaglutinina em sua composição físico-química, visto que o título viral caiu na presença de DCA e que o vírus não foi capaz de aglutinar hemácias de ganso, respectivamente. A amostra viral foi infectante para camundongos recém-nascidos, células Vero e C6/36, pois a replicação viral foi comprovada nos 3 sistemas pela detecção de antígenos virais em provas sorológicas. Os resultados dos testes de FC sugerem tratar-se de um possível novo arbovírus. O estudo revelou certas caracteristicas do vírus BeAR 615287, porém sua relação antigênica com outros arbovírus, não isolados no Brasil, precisa ser investigada para conclusão de sua classificação antigênica. Palavras-Chaves: ~ Arbovírus, isolamento, caracterização. 22 13 11 CARACTERIZAÇÃO AMAZôNIA DE NOVOS víRUS ISOLADOS Bolsista: Jannifer Oliveira Chiang Orientador(a): José Antonio Picanço Diniz Junior. Unidade: DE CUL/CO/DES Microscopia SP. NA Eletrônica Introdução: Os vírus Itacaiunas e Curionópolis foram isolados a partir de um pool de Culicoides sp. capturados em Serra Norte (Carajás-PA) em 1984 e 1985, respectivamente pela equipe da Seção de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas, sendo considerados como vírus não grupado/classificado. Objetivo: determinar as propriedades antigênicas, bioquímicas Itacaiunas e Curionópolis e suas classificações taxonômicas. e morfológicas dos vírus Metodologia: isolamento viral em cultivos celulares (RD, Vero, C6/36) e camundongos albinos suíços recém-nascidos; fixação do complemento (FC), teste de neutralização (TN) e imunofluorescência indireta (IFI); sensibilidade ao desoxicolato de sódio (DCA); e microscopia eletrônica (ME). Resultados: Os camundongos apresentaram suscetibilidade à replicação de ambos os vírus, morrendo a partir do quarto dia pós-inoculação intracerebral. A linhagem celular C6/36, foi a única que apresentou suscetibilidade ao vírus itacaiunas, embora não tenha sido observado efeito citopático (EFC). A replicação viral confirmada por testes de FC e IFI. Não foi observado replicação do vírus Curionópolis nas linhagem celulares testadas, a ausência da replicação viral foi confirmada por FC e IFI. Ambos os vírus em estudo ao serem testados por FC contra soros hiperimunes de arbovírus e vírus não grupados isolados na Amazônia brasileira, não apresentaram reação sorológica, reagindo somente quando submetido ao seus respectivos soros homólogos. O vírus Itacaiunas não foi neutralizado com nenhum dos soros de animais coletados no mesmo ano e local de isolamento. O TN do vírus Curionópolis mostrou-se positivo para as amostras CA 270 (Nasua nasua -Quati) e PR 2574 (Cebus ape//a). O teste de DCA revelou sensibilidade dos vírus, sugerindo a presença de envelope dos espécimes virais. Cortes ultrafinos de cérebro de camundongo infectados com os vírus Itacaiunas e Curionópolis revelaram partículas com morfologia similar a "bala de revólver". O vírus Itacaiunas apresenta um tamanho médio de 160 nm de comprimento por 70 nm de diâmetro, enquanto que o vírus Curionópolis possui em média o tamanho de 180 x 70 nm. Discussão/Conclusão: Estes resultados sugerem a classificação preliminar dos vírus Itacaiunas e Curionópolis na família Rhabdoviridae (MURPHY et ai., 1995). De acordo com os conceitos de MATTEWS (1982) o vírus Curionópolis é um provável arbovírus e o vírus ltacaiunas um possível arbovírus. Palavras-chave: Itacaiunas, Curíonópolis, Culicoides sp. 13 ~ 23 12 VíRUS ISOLADO DE CULlCOIOES (DIPTERA: AMAZÔNIA: ESTUDOS UL TRAESTRUTURAIS INVERTEBRADOS E SUAS INTERAÇÕES Bolsista: Marcelo Neves Tanaka Orientador (a): José Antonio Picanço Diniz Júnior. CERATOPOGONIDAE) NA DO VíRUS, HOSPEDEIROS Unidade: Microscopia Eletrônica Introdução: Culicoides paraensis são dípteros nematóceros de pequena envergadura que raramente ultrapassam os dois milímetros na fase adulta. Os estágios imaturos da familia Ceratopogonidae necessitam de matéria orgânica úmida e decomposta para desenvolverem-se adequadamente. As fêmeas exercem o hematofagismo para a maturação de seus ovos, e dias depois iniciam a oviposição, que se realiza, geralmente, à noite. A quantidade de ovos por fêmea varia com a espécie, geralmente oscilando entre 10 e 120. O C. paraensis é de grande importância em nossa região, por estar envolvido na transmissão de vários patógenos, dentre os quais os arbovírus. Objetivos: caracterização ultraestrutural do C. paraensis, interação do vírus Itacaiunas com células do hospedeiro invertebrado e determinação condições ambientais e substratos de ovipostura favoráveis à manutenção dos espécimes em laboratório. Materiais e Métodos: Fêmeas de C. paraensis foram mantidas à temperatura de 26 a 29 °C, umidade de 78 a 92% e alimentadas com sacarose 30%. Os ovos, larvas e adultos foram processados segundo técnicas de rotina para microscopia óptica e eletrônica de varredura (MEV). As medidas dos segmentos antenais foram feitas no programa do MEV LEO 1450VP. Resultados: Culicoides fêmeas recém coletados foram mantidos por aproximadamente 15 dias, ovipondo de 3 a 4 dias após a hematofagia. A eclosão dos ovos se deu 2 a 3 dias depois da oviposição e as larvas, alimentadas com ração de rato triturada, alcançaram o estágio de pulpa entre ~ e 240 dia após eclosão. Os flagelos antenais de C. paraensis apresentaram em média 376,66Jlfn de comprimento. Os segmentos 3 e 4 apresentaram diâmetro de 21,49Jlfn e 17,53Jlfn, respectivamente; os segmentos 5 a 10 medem em torno de 15,27Jlfn e os de 11 -15, ligeiramente menores, com 13, 76~m. Discussão/Conclusão: Comparando estes resultados com os de Felippe-Bauer & Bauer (1989) verificou-se que as medidas obtidas em nosso estudo foram menores. Provavelmente, esta variação deve ter sido provocada pelo processamento para MEV, que diminui o volume das amostras por perda de água (referência), uma vez que no trabalho anterior os espécimes foram medidos em micrômetro ocular sem a desidratação da amostra. Foram também confirmadas a presença de sensillas do tipo coe/ocônica em quatro segmentos antenais. Encontramos semelhanças na morfologia dos ovos com relação a três outras espécies estuarinas descritas por Day e colaboradores (1997). Palavras-<:have: Culicoides paraensis, ultraestrutura, 13 ~ 24 oviposição. 13 ESTUDOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DE AMOSTRAS VIRAIS SEÇÃO DE ARBOvíRUS DO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS. Bolsista: Paula Roberta Ferreira da Silva Orientador (a): Ms Conceição de Maria Almeida Introdução: Os arbovírus são vírus biológica entre hospedeiros vertebrados problema em saúde pública. Vieira ISOLADAS NA Seção: Arbovírus mantidos em natureza mediante transmissão suscetíveis e artrópodes. Constituem importante Metodologia: as amostras virais AR 633512 e AR 616943 foram isoladas pelo Instituto Evandro Chagas, a partir de mosquitos Aedes scapularis capturados em Alta Floresta do Oeste, RO e Psorophora ferox capturados em Santa Bárbara, PA, respectivamente. Foram inoculadas em células Vero e de Aedes albopictus clone C6/36. Foi preparado soro hiperimune a partir das duas amostras. As amostras foram submetidas ao tratamento pelo desoxicolato de sódio (DCA). Foi realizado teste de FC com as amostras estudadas e seus respectivos soros hiperimunes e com soros dos arbovírus de ocorrência no País. Foi feita pesquisa de antígeno hemaglutinante para as duas amostras. Resultados: a amostra AR 633512 causou efeito citopático (ECP) visível à microscopia ótica, apenas em células Vero. No entanto, foi verificada sensibilidade em células de Aedes albopictus clone C6/36 a partir de teste de imunofluorescência. A amostra AR 616943 causou ECP visível à microscopia ótica tanto em células Vero como em C6/36. A amostra AR 633512 mostrou sensibilidade ao DCA, assim como, a amostra AR 616943. A pesquisa de antígeno hemaglutinante para as duas amostras foi negativa. Nos testes de FC foi obseNado que a amostra AR633512 reagiu com seu soro homólogo e com o soro da amostra AR 8033. Quanto à amostra AR 616943, esta reagiu com seu homólogo e com o da amostra AR 13136. Discussão/Conclusão: a amostra AR 633512 é sensível ao DCA, e apresenta envelope lipídico. A amostra AR 633512 apresenta semelhança antigênica com a amostra AR 8033, que pertence ao grupo Califórnia, gênero Bunyavirus, família Bunyaviridae; e a amostra AR 616943 com a amostra AR 13136, a qual pertence ao grupo A, gênero Alphavirus, família Togaviridae. Palavras chave: Arbovírus; Mosquitos. 13 ~ 25 14 DETECÇÃO DO VíRUS DENGUE 2 EM MOSQUITO AEDES AEGYPTI COM O USO DA REAÇÃO EM CADEIA DA POllMERASE (PCR) E ISOLAMENTO EM CULTURA DE CÉLULAS C6/36. Bolsista: Samyra Menezes Dias Orientador (a): Ana Cecília Ribeiro Cruz Seção: Arbovírus Introdução: O vírus Dengue (VDEN) é um problema de saúde pública global com uma estimativa de 100 milhões de casos ao ano. Atualmente os únicos métodos de detecção do VDEN são o isolamento viral, utilizando cultura de células, que permite também determinar o sorotipo, e inoculação em mosquito adulto ou larva de mosquito. Esses métodos são sensíveis, mas necessitam de muito tempo para serem realizado, devido precisarem de um período de incubação de 5 a 14 dias. Com isso, se fazem necessárias pesquisas e implantações de outras técnicas que agilizem e melhorem a detecção e/ou diagnóstico do vírus. Nosso estudo tem como objetivo detectar a presença de VDEN em larvas e adultos de mosquitos Aedes aegypti. Metodologia: Os mosquitos são capturados com o auxílio de um puçá e aparelho de sucção oral; são identificados e armazenados a -70 OCo Para o isolamento e identificação do vírus foram utilizadas as inoculações em cultura de células da linhagem C6/36 (Aedes albopictus), técnica de imunofluorescência indireta (IFI), extração de RNA com trizol, preparação de DNA complementar e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com o kit Gene-Amp e a técnica RT-Nested-PCR. Resultados: Os mosquitos Aedes aegypti adultos foram coletados em vários bairros de Belém. Dos 79 "pools" de mosquitos capturados, dos quais 58 foram inoculados em células da linhagem C6/36. Dessas amostras,4 contaminaram, 2 foram feitas passagens "cegas" e as demais se mostraram negativas para o VDEN-2.Dessas amostras obtivemos 3 amostras positivas por RT-PCR. Discussão/conclusão: Das 3 amostras positivas para VDEN2 de "pool" de mosquitos, AR 655054, AR 654711 e AR 647279 todas foram negativas para DEN 2 na técnica de IFI, provavelmente devido a um baixo título viral. Das amostras analisadas por RTNested-PCR, 19 delas estão inconclusivas pois quando observadas em gel de agarose, ocorre o aparecimento de bandas inespecíficas. Outro fato relevante, é que, como em estudos anteriores foi possível a detecção do VDEN2 em mosquito macho, esse resultado permitiu que se confirmasse a transmissão transovariana, e também de extrema importância pois o ciclo de manutenção pode se dá pela via venérea entre membros da população dos mosquitos, dificultando assim a interrupção do ciclo de transmissão. Estes resultados sugerem que há maior sensibilidade da técnica de RTPCR, para detecção precoce em vetores de transmissão de VDEN. Indicando ainda que esta técnica além de mais rápida, seria também mais eficiente para monitoramento e controle da circulação dos VDEN. Palavras-chave: ~ Dengue, Flavivirus, Flaviviridae, 13 26 RT -PCR 15 ENTEROPATÓGENOS BACTERIANOS EM QUADROS ENTRE PACIENTES INFECTADOS PELO HIV. Bolsista: Taiany Bicalho dos Santos Orientador (a): Edvaldo Carlos Brito Loureiro DE GASTROENTERITES Seção: Bacteriologia e Micologia Introdução: A maioria dos pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida, sofre de diarréia aguda ou crônica, relacionada à etiologia infecciosa. A falta de informações na região, principalmente em Belém do Pará, sobre os principais agentes enteropatogênicos bacterianos relacionados a infecção em pacientes soro positivos para o HIV, proporcionou a realização deste estudo que visa caracterizar a freqüência de Salmonella spp, Shigella spp, E. coli, Aeromonas spp, Plesiomonas e Vibrio spp., nos casos de diarréia aguda ou crônica; proceder hemocultura para verificar casos de bacteriemia e definir o perfil de resistência das bactérias enteropatogênicas isoladas. Metodologia: Foram avaliadas 183 espécimes fecais de pacientes com HIV, sendo 117 internados no HUJBB e 66 atendidos em nível ambulatorial(URE-DIPE e CASA-DIA), todos com idade superior a 18 anos. Para o isolamento das bactérias patogênicas em questão, foram utilizados meios seletivos-indicadores e de enriquecimento. A caracterização bioquímica e sorológica seguiram as recomendações de Ewing(1986). Foram realizadas 156 hemoculturas em caldo TSB e inspecionados até 15 dias para verificação de crescimento bacteriano. As bactérias enteropatogênicas isolados foram submetidas ao antibiograma para verificar o perfil de resistência às drogas. Resultados: A presença de enteropatógenos bacterianos foi observada em 32,8% (44/134) dos pacientes com diarréia, destacando as E. coli enteropatogênicas (11,9%), Shigella fIexneri (9,0%) em relação a Salmonella spp (7,4%). Aeromonas hydrophila e Vibrio cholerae não 01 e não 0139 foram detectado em 2 casos cada. Foram isoladas um total de 868 cepas de E. coli, e estão estocadas para realização de estudos posteriores. Em nenhuma amostra avaliada foi possível isolar, Plesiomonas. É importante mencionar a identificação de um caso de febre tifóide e a cepa de Salmonella Typhi isolada das fezes apresentou resistência à ampicilina. De um modo geral, as cepas de enteropatógenos isoladas apresentaram resistência múltipla às drogas utilizadas. Convém ressaltar, que as cepas de Shigella e a quase a totalidade das E. cal; enteropatogênicas (80%) foram resistentes a associação sulfametoxazol-trimetoprim. Discussão/Conclusão: A maioria dos enteropatógenos bacterianos isolados estavam associados aos quadros de diarréia crônica. Aeromonas hydrophila foram detectadas em 2 casos controles. Não foi possível isolar nenhum enteropatógeno nas hemoculturas. Cada cepa isolada apresentou um modelo de resistência às drogas. A cepa de Salmonella Typhi mostrou-se resistente a ampicilina, um medicamento de eleição para o tratamento da febre tifóide. Todas as Shigella e E. coli enteroinvasora apresentaram resistência ao sulfametoxazol-trimetoprim, e os pacientes infectados por estas cepas estavam tomando esta droga no momento da coleta. Palavra-Chave: enteropatógenos bacterianos; 13 ~ 27 pacientes com HIV. 16 INFECÇÃO AlBINOS EXPERIMENTAL PELO VíRUS suíços RECÉM-NASCIDOS. CURIONÓPOllS EM CAMUNDONGOS ESTUDO HISTOPATOlÓGICO E UlTRAESTRUTURAl Bolsista: Daniele Barbosa de Almeida Medeiros Orientador (a): Vera Lúcia Reis Souza de Barros Seção: Patologia Introdução: O vírus Curionópolis (AR 440009) foi isolado pelo Serviço de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas em setembro de 1985, a partir de um "pool" de Culicoides sp. capturados em Serra Norte (Carajás-PA); sendo considerado preliminarmente como vírus não-grupado e não-classificado, apresentando patogenicidade desconhecida. Objetivos: determinar o(s) órgão(s) de tropismos e descrever as lesões observadas ao nível óptíco e ultraestutural. Metodolologia: Realizou-se técnica de rotina em amostras teciduais de pele, cérebro, coração, pulmões, fígado, estõmago, baço, intestino e rins, obtidos de camundongos recém-nascidos de grupos controles e infectados com o vírus Curionópolis. Técnica de microscopia eletrõnica (corte semi-fino) fora feita mediante o processamento do córtex cerebral dos camundongos. Resultados: as análises microscópicas dos tecidos mostraram lesões somente no cérebro e fígado. As alterações cerebrais evoluíram de leve a intensa, gradativamente, caracterizando-se por tumefação celular, cariorrexe e picnose, acompanhas por edema intersticial, infiltrado mononuclear perivascular de leve intensidade e hemorragia presente em apenas alguns animais. As alterações hepáticas, manteve-se de leve intensidade, sendo percebidas a partir de 12 horas p. i. São representadas por tumefação e esteatose e, 24 horas p.i., associam-se ao aparecimento de corpúsculos acidófilos e inflamação intralobular e nas áreas porto-biliares. Estas alterações persistem até 60 horas pósinoculação, quando já se inicia a regeneração hepatocelular. A ultraestrutura revela alterações reversíveis iniciais, como tumefação neuronal e de seus prolongamentos, alterações nucleares, tumefação mitocondrial, hiperplasia e hipertrofia do complexo de Golgi e dilatação de retículo, acompanhadas por edema e hiperplasia vascular. Aos poucos estas lesões tornam-se irreversíveis, observando-se autofagossomos e células necróticas. As partículas virais, semelhante à bala de revólver, foram vistas às 36 horas p.i. brotando da membrana plasmática de neurõnios. Discussão e Conclusões: O vírus Curionópolis apresenta tropismo pelos tecidos cerebral e hepáticos, mostrando padrões histopatológicos semelhante a outros arbovírus isolados na Amazõnia brasileira (Dias, 1986). As lesões cerebrais iniciais são do tipo degenerativas evoluindo para necrose., além de edema e inflamação. As lesões no fígado causadas pelo vírus Curionópolis, ao contrário do que se verifica em infecções com o vírus amarílico (Vasconcelos et aI., 1997), são mínimas e sem especificidade regional. A análise ultraestrutural mostrou uma predominância das lesões no citoplasma e no espaço intercelular, podendo estar relacionadas ao processo de replicação viral. O padrão citopatológico do vírus Curionópolis assemelham-se aos dos arbovírus amazõnicos (Araújo et ai., 1986) e de outros integrantes da família Rhabdoviridae (Cruz, 1981 ). Palavras-chave: Curionópolis, Histopatologia, Ultraestrutura 13 ~ 28 17 AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO MECANISMO DE INIBiÇÃO CELULAR DEPENDENTE DE ANTICORPOS (ADCI) NA IMUNUDADE PROTETORA CONTRA Plasmodium falciparum NOS PRIMA TAS NEOTROPICAIS Aotus infulatus E Saimiri sciureus Bolsista: Andréa Silvestre Lobão Orientador (a): Salma Gomes de Oliveira Seção: Parasitologia Introdução: A busca por uma vacina antimalárica vem crescendo nos últimos tempos, pois se acredita ser uma estratégia de grande impacto no controle da malária. A associação de estudos em modelo animal e ensaios "in vitro" fornecem as bases necessárias para experimentos mais compatíveis com a realidade biológica envolvida na interação parasita/hospedeiro. Objetivo: Avaliar nos modelos primatas Saimiri sciureus e Aotus infulatus a participação do mecanismo de ADCI na imunidade protetora contra Plasmodium falciparum gerada por infecções ou por imunizações com as proteínas recombinantes MSP- 3 ou GLURP. Metodologia: Animais das duas espécies foram imunizados com várias formulações das proteínas MSP-3 ou GLURP e desafiados, várias vezes, com P. fa/ciparum (clone FUP) para produção de soros hiperimunes .Os soros foram coletados destes animais após as imunizações e os desafios, e mantidos a -20 oCo O antígeno para os testes de imunofluorescência foi obtido de culturas de isolados de P. falciparum. Resultados: Sete isolados foram postos em cultura. As culturas foram mantidas por períodos de 5 a 80 dias Os soros coleta dos após 4 imunizações ou após o desafio apresentaram títulos de 40 a 160, no teste de imunofluorescência indireta. Nos dois primeiros desafios houve necessidade de tratamento dos macacos, porém, a partir do terceiro desafio a infecção foi autolimitante. Discussão/Conclusão: Os resultados obtidos no teste de imunofluorescência e o curso da infecção dos animais mostraram que animais, mesmo com baixos títulos de anticorpos, são capazes de controlarem a infecção. Para realização do teste de ADCI é fundamental ter um clone bem adaptado em cultura, pois embora alguns isolados mantidos por um longo tempo em cultura atinjam parasitemias elevadas, 4 a 5%, a assincronia dos parasitas passa a ser um fator limitante para a realização do experimento, havendo a necessidade de sincronização das culturas, o que em geral acarreta uma drástica redução da parasitemia. Palavras-Chave: Saimiri, Aotus, ADCI, Plasmodium falciparum, 13 ~ 29 vacina 18 17 AVAlIAÇÀO MÉTODOS COPROSCÓPICOS, IMUNOLÓGICOS E DE BIOLOGIA AVALIAÇÃO DEDA PARTICIPAÇÃO DO MECANISMO DE INIBiÇÃO CELULAR MOLECULAR O DIAGNÓSTICO(ADCI) DA AMEBíASE. DEPENDENTE PARA DE ANTICORPOS NA IMUNUDADE PROTETORA CONTRA Plasmodium falciparum NOS PRIMA TAS NEOTROPICAIS Aotus infulatus E Saimiri Bolsista: sciureus Bruna dos Anjos Veios o Araujo Orientador (a): Mônica Cristina de M. Silva Seção: Parasitologia Bolsista: Andréa Silvestre Lobão Orientador (a): Salma Gomes de Oliveira Seção: Entamoeba Parasitologia histo/ytica, Introdução: A amebíase é a infecção causada pelo protozoário com ou sem manifestações clínicas, mostrando-se assintomática na maioria dos casos. Introdução: ampla A busca por uma geográfica, vacina antimalárica vemincidência crescendo emnospaíses últimostropicais, tempos, Apresenta distribuição com maior pois se relacionada acredita ser asuma estratégia de grande impacto no controle da malária. OA estando precárias condições higiênico-sanitárias das populações. associação laboratorial de estudos da em amebíase modelo animal e ensaios obtido "in vitro"através fornecem bases diagnóstico é geralmente de as métodos necessárias para experimentos a realidade envolvida na coproscópicos, para identificaçãomais de compatíveis cistos e/ou com trofozoítos em biológica microscopia de luz. Também, sendo desenvolvidos métodos imunológicos e de biologia molecular interação estão parasita/hospedeiro. visando aumentar a qualidade do diagnóstico. Objetivo: Avaliar nos modelos primatas Saimiri sciureus e Aotus infulatus a participação do mecanismo ADCI nacoproscópicos, imunidade protetora contra ePlasmodium gerada Objetivo: Avaliardemétodos imunológicos de biologia falciparum molecular para o diagnóstico amebíase intestinal. com as proteínas recombinantes MSP- 3 ou GLURP. por infecçõesda ou por imunizações Metodologia: Foram Animais obtidas das duas imunizados decom várias formulações das Metodologia: 174espécies amostrasforam de fezes/soro pacientes residentes em diversos Belém, PA,e atendidos laboratório Enteroparasitoses do Instituto proteínas bairros MSP-3de ou GLURP desafiados,no várias vezes,de com P. fa/ciparum (clone FUP) Evandro Chagas.deUma do material fecal foram foi utilizada nos destes exames animais coproscópicos para produção sorosalíquota hiperimunes .Os soros coletados após as (direto e Fauste eoscols.) realizados no mesmo dia da coleta. O restante imunizações desafios, e mantidos a -20 oCo O antígeno para doosmaterial testes foi de guardado a OOC e posteriormente testadodepor método imunoenzimático (ELlSA) para imunofluorescência foi obtido de culturas isolados de P. falciparum. pesquisa de coproantígenos. O soro e o restante do material fecal foram guardados para Resultados: Sete dos isolados postose em cultura. molecular As culturas foram mantidas por posterior realização testes foram sorológico de biologia respectivamente. períodos de 5 a 80 dias Os soros coleta dos após 4 imunizações ou após o desafio apresentaram O títulos de dos 40 atestes 160, coproscópicos no teste de imunofluorescência indireta. Nos dois Resultados: resultado apresentou um índice de positividade primeiros tratamento porém, a partir do de 50,57% desafios (88/174) houve para E. necessidade histo/ytica/E. de disparo No testedos de macacos, ELlSA a positividade para E. histoiytica foi dea 33,90% Das 88 amostras que foram positivas no exame terceiro desafio infecção (59/174). foi autolimitante. coproscópico, apenas 45 também foram positivas no teste de ELlSA, representando 51,13%. E, das 86 amostras que foramobtidos negativas no exame coproscópico, 14 Discussão/Conclusão: Os resultados no teste de imunofluorescência e odestas curso da infecção dos animais mostraram que pelo animais, com o baixos títulos de mostraram-se positivas quando analisadas teste mesmo de ELlSA, que representa 16,27%. e controlarem especificidadea infecção. do teste de ELlSA foram 51,1% e 83,7%, anticorpos,A sensibilidade são capazes de Para realização do teste de ADCI é fundamental ter um clone bem adaptado em cultura, respectivamente. pois embora alguns isolados mantidos por um longo tempo em cultura atinjam Discussão/conclusão: parasitemias elevadas, 4 aComo 5%, a assincronia esperado, dos a parasitas positividade passa obtida a ser um nos fator métodos limitante coproscópicos (50,57%) foi maior que no teste de ELlSA (33,9%), pois sabe-se que os para a realização do experimento, havendo a necessidade de sincronização das culturas, métodos capazes de diferenciar E. histoiytica de E. dispar, o que o que emcoproscópicos geral acarreta não umasão drástica redução da parasitemia. é possível com o emprego do teste imunoenzimático. A baixa sensibilidade e Palavras-Chave: observada Saimiri, Aotus, ADCI, deve-se Plasmodium falciparum, vacina especificidade no ELlSA, provavelmente ao teste padrão ouro empregado (método coproscópico) neste estudo não ser considerado de boa qualidade. A comparação com outras metodologias diferentes será importante para avaliar a sensibilidade e especificidade dos métodos para diagnóstico. Palavras-chave: Amebíase, diagnóstico, ELlSA. 13 ~ 30 29 19 AVALIAÇÃO DOS PARÃMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUíMICOS MACACOS DA ESPÉCIE Aotus infulatus MANTIDOS EM CATIVEIRO ESTABELECIMENTO DE MODELO EXPERIMENTAL DE MALÁRIA VIVAX. Bolsista: Elizângela Chaves da Veiga Orientador (a): Maristela Gomes da Cunha Instituições: EM E IEC,CENP e UFPA Introdução: Na busca de um modelo alternativo para infecção experimental com Plasmodium vivax, iniciamos esse estudo para avaliar os parâmetros hematológicos e bioquímicos de macacos da espécie Aotus infulatus, a fim de estabelecer os valores normais desses parâmetros e, posteriormente, avaliar o uso desta espécie no estabelecimento de modelo de malária experimental. Metodologia: Foram avaliados periodicamente parâmetros hematológicos (Hemograma completo e contagem de reticulócitos) e bioquímicos (Dosagem de glicose, colesterol e bilirrubina) de macacos da espécie Aotus infulatus, mantidos em cativeiros, no Centro Nacional de Primatas. Além desses parâmetros, também foi feito uma descrição da colônia quanto ao sexo, faixa etária, peso e temperatura corpórea dos animais. Estudos in vitro foram realizados com o intuito de avaliar a interação entre as células mononucleares do sangue periférico de macacos da espécie Aotus infulatus com uma cepa de P. vivax descrita como capaz de infectar macacos da espécie Saimiri sciureus. Resultados: A colônia encontra-se constituída por 75 animais, 39 fêmeas adultas, 31 machos adultos e 05 machos jovens. Os parâmetros hematológicos e bioquímicos aprestaram-se com pouca variação. Foram estabelecidos os valores normais para a espécie de macacos A. infulatus. Também foram estabelecidos os valores médios de peso e temperatura corporal. Ensaio in vitro demonstrou que, células mononucleares do sangue periférico de macaco foram estimuladas por uma cepa de P. vivax . Discussão e Conclusão: Macacos da espécie Aotus infulatus, mantidos em cativeiro, apresentam parâmetros hematológicos e bioquímicos com pouca variação. Os resultados obtidos sugerem que, esta espécie de macaco deve ser melhor estudada visando a sua utilização em modelos de malária experimental. Palavras Chave: Aotus infulatus, Plasmodium vivax e malária 13 ~ 31 20 AVALIAÇÃO DE TÉCNICAS LABORATORIAIS Cryptosporidium e Giardia lamblia EM PACIENTES PARA O DIAGNÓSTICO IMUNODEPRIMIDOS. Bolsista: larisse Gomes de Oliveira. Orientador (a): Marinete Marins Póvoa. DE Seção: Parasitologia Introdução: As enteroparasitoses são responsáveis por alta morbidade na população menos privilegiada em questões higiênico-sanitárias devido a falta de saneamento básico. Dentre estas, a criptosporidiose e a giardíase destacam-se por acometer crianças e imunodeprimidos. Clinicamente, essas protozooses caracterizam-se por diarréia aquosa, acompanhada de dor abdominal, anorexia, náuseas, vômito e febre. Entretanto, em imunodeprimidos, particularmente com infecção por HIV, ocasiona enterite grave podendo causar morte fulminante. O diagnóstico de ambas protozooses, normalmente é feito por métodos coproscópicos. Objetivo: lamblia. Avaliar técnicas laboratoriais para o diagnóstico de Cryptosporídium sp. e G. Metodologia: Foram estudadas 185 amostras fecais de pacientes HIV+, das quais 66 pertenciam ao grupo controle (mais de 30 dias sem diarréia) e 119 ao ativo (apresentar, no mínimo, um episódio de diarréia em 30 dias). Os métodos parasitológicos utilizados foram: Direto (MO), Faust (FC), Sedimentação (SE), Flutuação modificada (FM) e Giemsa (MG). Como método imunológico, utilizou-se ensaio imunoenzimático (ELlSA) para detecção de coproantígenos dos parasitas estudados. Resultados~ Todas as 185 amostras foram testadas pelos métodos MO, FC e SE e nenhuma amostra foi positiva para Cryptosporídium. Para G. lamblia a positividade foi 6(3,24%) no total, 2 positivas nos MO e SE, 1 no MO e FC, 1 nos MO, FC e SE e somente 2 no MO. Todas as amostras positivas pertencem ao grupo ativo. Para os métodos MF e MG foram testadas 144 amostras, com positividade para Cryptosporídium de 37(25,7%), sendo 29 positivas no MG, 5 no MF e 3 nos dois métodos. Das 37 amostras, 27 pertenciam ao grupo ativo e 10 ao controle. Para G. lamblia a positividade foi de 6(4,2%), sendo 4 positivas somente pelo MF e 2 pelo MG. As 4 amostras positivas pelo MF pertencem ao ativo e as 2 do MG ao controle. O teste de ELlSA para Cryptosporídium foi feito em 172 amostras, com positividade de 38,95% (67/172) onde 50 são do grupo ativo. Das amostras positivas, 26 (38,8%) também foram positivas no MG, 6(8,9%) no FM e 3(4,45%) no MG e FM e para G. lamblia em 161, cuja positividade foi de 11,2%(18/161), sendo que 16 são do grupo ativo e 2 do grupo controle. Das 18 amostras positivas, 3(16,7%) também foram positivas no MG, 1(5,5%) no FM, 3(16,7%) no FM, MO, FC e SE e 4(22,2%) no MO, FC e SE. Conclusão: Para o diagnóstico de Cryptosporídium o MG foi o que detectou a maioria dos casos positivos, todavia o teste de ELlSA apresentou sensibilidade de 100%, mostrando-se superior ao primeiro. No caso da G. lamblia' não houve diferença significativa quanto a eficácia dos métodos parasitológicos, já o teste de ELlSA apresentou sensibilidade e especificidade elevadas. Palavras -chave: Crvotosoorídium. Giardia lamblia. imunodeDrimidos. diaanóstico. 13 ~ 32 21 LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA NO MODELO EXPERIMENTAL Cebus apel/a (PRIMATES: CEBIDAE): I. AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE DO PRIMATA À INFECÇÃO POR Leishmania (Leishmania) chagasi. Bolsista: Liliane Almeida Carneiro Orientador (a): Fernando Tobias Silveira Seção: Parasitologia Introdução: A leishmaniose visceral americana humana atinge em sua maioria (70%) crianças menores de 5 anos de idade, uma vez que estas estão menos protegidas imunologicamente, por isso a melhor forma de prevenir esse agravo seria através de uma vacina com capacidade de proteger o ser humano da infecção pela Leishmania chagasi. Considerando que o envolvimento de seres humanos em experimentos científicos é proibido, o desenvolvimento de ensaios científicos em modelos animais tem sido largamente incentivado. A propósito, o uso do primata Cebus ape//a como modelo devese a sua estreita relação filogenética com o homem, pois vários trabalhos já realizados pelo mundo tem demonstrado que esses animais são capazes de desenvolver manifestações clínicas e imunopatológicas semelhantes as dos humanos acometidos de leishmanioses. Metodologia: foram usados três exemplares do primata Cebus ape//a ,adultos jovens, machos, nascidos e criados em cativeiro que foram inoculados, intradermicamente, na base da cauda com o equivalente a 2 x 106 de formas promastigotas obtidas da fase estacionária de cultivo (meio Dfico B45), a partir de tecido de hamster (baço e fígado) infectado com L. chagasi. A avaliação da evolução da infecção foi feita a partir de quatro critérios: clínico, laboratorial específico, laboratorial inespecífico e imunológico. Resultados: 1) Para o parâmetro clínico não observamos nenhuma alteração em relação ao peso e temperatura corpórea, assim como, não detectamos sinal de visceromegalia.2) Para o parâmetro laboratorial inespecífico chamam a atenção uma leucopenia moderada e uma hipoglobulinemia.3) Para o parâmetro laboratorial específico os exames ainda não foram realizados por falta do instrumento adequado para coleta do material da medula óssea.4) Para o parâmetro imunológico notamos que dois dos animais mostraram resultados positivos (1/20 IgG) aos 30 e 60 dias pós inoculação, enquanto que um dos animais permaneceu negativo no mesmo período, sugerindo que os dois animais positivos podem estar sinalizando um estímulo antigênico que começou a produzir resposta imune-humoral. Discussão: Em relação aos resultados obtidos é possível que representem reações inespecíficas ou cruzadas, provocadas por um estímulo imunológico não conhecido, entretanto as próximas avaliações servirão para esclarecer essas observações. Conclusão: Concluímos com base nos resultados até então obtidos, através dos parâmetros clínico, laboratorial inespecífico, laboratorial específico e imunológico, que até 60 dias após a inoculação do primata Cebus ape//a por Leishmania (L) chagasi não foi possível constatar o estabelecimento da infecção. Palavras-chave: Leishmaniose visceral: L.(L) chaaasi: Primata Cebus a/Je//a 13 ~ 33 13 ~ 23 TOXOPLASMOSE OCULAR ADQUIRIDA: CIDADE DE BElÉM -PARÁ. INVESTIGAÇÃO Bolsista: Vivianne Carvalho da Cunha Orientador (a): Marinete Marins Póvoa Co-Orientador (a): Ediclei lima do Carmo EM UMA CAsuísTICA NA Seção: Parasitologia Introdução: A toxoplasmose é uma protozoose sistêmica cosmopolita causada pelo protozoário intracelular Toxop/asma gondii (Aplicomplexa: Coccidia).Segundo inquéritos sorológicos, 25 a 50% dos humanos são infectados assintomaticamente. Em humanos os maiores problemas clínicos verificados na toxoplasmose são decorrentes da infecção durante a gravidez com conseqüente transmissão congênita e a forma ocular da infecção. A toxoplasmose ocular, frequentemente, vem sendo associada á reativações de infecções toxoplásmicas congênitas. Contudo, a forma ocular adquirida após o nascimento é mais comum do que se acredita. Esta forma de toxoplasmose pode se manifestar tanto como infecção aguda como reativações de infecções adquiridas após o nascimento, clinicamente semelhante às reativações de origem congênita. O objetivo deste trabalho é investigar a ocorrência de toxoplasmose ocular adquirida no binômio mãe-filho e irmãos não gêmeos, utilizando métodos sorológicos. Metodologia: A amostra foi constituída por pacientes com quadro ocular sugestivo de toxoplasmose encaminhados ao Programa de Toxoplasmose do Instituto Evandro Chagas, com idade entre 2 a 30 anos e de ambos os sexos. Dos pacientes selecionados foi solicitado o comparecimento de suas genitoras e irmão (s) não-gêmeo (s) para avaliação clínico-laboratorial. O teste sorológico utilizado foi o ensaio imunoenzimático (ELlSA) indireto (lgG) e captura (lgM e IgA). Resultados: Foram selecionados 21 pacientes e suas genitoras. Em 17 binômios mãefilho formados foi incluído pelo menos um irmão não gêmeo. O grupo total (pacientes, mães e irmãos) foi composto de 59 pessoas todas testadas para pesquisa IgG, IgM e IgA. Dos pacientes, 15 (71,4%) apresentam manifestação ocular unilateral e 6 (28,6%), bilateral. Em 11 pacientes não foi possível determinar a forma de transmissão. Dos 21 pacientes, 10 (47,6%) foram classificados como casos de toxoplasmose ocular adquirida e desses, 7 (70%) apresentaram lesão ocular unilateral. Discussão/Conclusão: Os casos de toxoplasmose ocular adquirida foram confirmados tanto pelo fato do paciente e a mãe apresentarem marcadores de fase aguda (lgM e/ou IgA) como apenas o paciente apresentar uma dessas imunoglobulinas. Observamos alto índice de manifestação ocular unilateral em pacientes com toxoplasmose ocular adquirida, o que está de acordo com preceitos da literatura que afirma que o acometimento ocular na forma congênita em geral é bilateral, enquanto que na forma adquirida é unilateral. Baseados nos resultados obtidos, concluímos que há ocorrência de toxoplasmose ocular adquirida (pós-natal) em Belém. Palavra-Chaves: ~ Toxop/asma gondii, Toxoplasmose 13 35 Ocular Adquirida e sorologia