Livro de resumos do PIBIC/IEC 2002

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MINISTÉRIO DA SAÚDE
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
&
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
CIENTíFICO E TECNOLÓGICO
VII SEMINÁRIO
INTERNO DO PIBIC-IEC 2002
11 e 12 DE JULHO DE 2002
Belém, Pará
Jorge Fernando S. Travassos da Rosa
Diretor do IEC
Ora. Gilberta Bensabath
Chefe do Serviço de Epidemiologia
Dr. João Carlos L. da Silva
Chefe do Serviço de Administração
Dr. Alexandre da Costa Linhares
Chefe da Seção de Virologia
Dr. Edvaldo Carlos B. Loureiro
Chefe da Seção de Bacteriologia
Dra. Elisabeth C. de Oliveira Santos
Chefe da Seção de Meio Ambiente
Dr. Pedro Fernando da C. Vasconcelos
Chefe da Seção de Arbovírus
Reinaldo Amorim de Carvalho
Chefe da Seção de Biotérios
Dra. Salma Gomes de Oliveira
Chefe da Seção de Parasitolog ia
Ora. Vera Lúcia Reis S. Barros
Chefe da Seção de Patologia
José Paulo Cruz
Setor de Comunicação Eventos
Jedson Ferreira Cardoso
Respondendo pelo Setor de Informática
Vânia Barbosa da Cunha Araújo
Bibliotecária
Dr.
Dr.
COMITÊ PERMANENTE INTERNO DE AVALIAÇÃO
DO PIBIC
Alexandre
da Costa Linhares
Ana Cecília Ribeiro Cruz**
Edvaldo Carlos Brito Loureiro
Gilberta Bensabath
Manoel do Carmo Pereira Soares
Marinete Marins Póvoa *
Ralph Lainson
Wyller Alencar de Mello
Yvone Gabbay Mendes
* Coordenadora do processo seletivo interno**
Vice-Coordenadora
do processo seletivo interno
José Paulo G. Leite, Depaltamento de Virologia, Instituto
Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ.
Dr. Maria Paula Cruz Schneider, Deparlamento de Genética,
Universidade Federal do Pará, Be/ém,
Dr.
COMISSÃO
ORGANIZADORA
DO SEMINÁRIO
Marinete Marins Póvoa -Coordenadora
Ana Cecília Ribeiro Cruz -Vice-Coordenadora
Adlai Raimundo Sousa -Informática
Jedson Ferreira Cardoso -Informática
José Paulo Nascimento Cruz -Comunicação
Social Eventos
Maria da Graça Santos da Silva -Informática
Ma Madalena dos S. Pacífico -Comunicação
Social Eventos
Rosanira Silva de Azevedo -Secretaria
André Luiz Pereira Neponucena -Secretaria
Aretha Michelle Cunha da Silva -Secretaria
ORIENT ADORES E RESPECTIVOS
Ora. Ana Cecília Ribeiro Cruz
Bolsistas: Samyra Menezes Dias
Ora. Conceição de Maria Almeida Vieira
Bolsista: Paula Roberta Ferreira da Silva
Ora. Edna Aoba Yassui Ishikawa
Bolsista: Roberta Nice Salgado Sodré
Or. Edvaldo Carlos Brito Loureiro
Bolsista: Taiany Bicalho dos Santos
Or. Fernando Tobias Silveira
Bolsistas: Liliane Almeida Carneiro
Ora. Joana O'Arc Pereira Mascarenhas
Bolsistas: André Mendonça Caniceiro.
Vaniza Sheila de Souza Ferreira
Or. José Antônio Picanço Oiniz Júnior
Bolsistas: Marcelo Neves Tanaka
.Jannifer
Oliveira Chiang
Ora. Maria de Lourdes Contente GomesBolsista:
Lauze Lee Alves Ferreira
Ora. Marinete Marins Póvoa
Bolsistas: Larisse Gomes de Oliveira
Viviane Carvalho da Cunha
Ora. Maristela Gomes da Cunha
Bolsista: Elizângela Chaves da Veiga
Ora. Mônica Cristina Moraes e Silva
Bolsista: Bruna dos Anjos Veloso Araújo
Ora. Rosa Helena Porto Gusmão
Bolsista: Daniela Meio dos Santos Porto
BOLSISTAS
Ora. Sal ma Gomes de Oliveira
Bolsista: Andréa Silvestre Lobão
Or.a Sueli Guerreiro Rodrigues
Bolsista: Igor Teles de Menezes Macedo Chaves
Ora. Talita Antônia Furtado Monteiro
Bolsista: Sarita da Silva Silva
Ora. Vânia Lúcia Noronha Cavalcante
Bolsista: Erica Aranha de Sousa
Ora. Vera Lúcia Reis de Souza Barros
Bolsista: Daniele Barbosa de Almeida Medeiros
Or. WyllerAlencar de Mello
Bolsistas: Flávia Corrêa Bastos
Vanessa de Souza Guimarães
Ora. Yvone Gabbay Mendes
Bolsista: Luciana Damascena
da Silva
AGRADECIMENTOS
Os organizadores
do VII Seminário
Interno
do
PIBIC/IEC 2002, formulam os seus agradecimentos à
Direção e ao Serviço de Administração
do IEC,
assim como aos integrantes do Comitê Interno, por
todo o apoio proporcionado à realização do evento.
SUMÁRIO
1.
APRESENTAÇÃO
9
2.
PROGRAMAÇÃO
1 O -12
3.
RESUMOS
13 -35
3.1 VIROLOGIA
13 -26
3.2 BACTEROLOGIA
3.3 ~ATOLOGIA
3.4 PARASITOLOGIA
..27
2fJ
29 -35
1.APRESENTAÇÃO
o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), do
CNPq, vem demonstrando
desde sua criação que é de importância
destacada
na preparação de estudantes nas áreas de pesquisa e
ensino, e, no incentivo ao pensar e na criatividade do pesquisador. O
acompanhamento
é feito mediante avaliações
institucionais
que
ocorrem anualmente com a participação do próprio CNPq, revelando
maior ou menor performance no atingimento
das metas contidas no
referido programa.
Pautado nesse instrumento, o órgão fomentador,
mantém, reduz ou amplia o número de bolsas, não o fazendo no caso
de acréscimo por total ausência de lastro orçamentário.
Essa última
condição acabou sendo aplicada ao Instituto Evandro Chagas (IEC),
quando apesar de méritos para
a conquista de incremento do
número de bolsas, conseguiu em seis anos, apenas 15%, passando
das 20 iniciais, para as 23 atuais.
O Seminário Interno do PIBIC/2002, agora no sétimo ano consecutivo,
pretende demonstrar -como
nos anos anteriores -a seriedade deste
Instituto na condução do programa em evidência, mormente quando
há muito, incorporou essa atividade como um dos grandes avanços no
incentivo à formação de pesquisadores
para a região amazônica,
sabidamente
carente neste segmento.
Revelar novos talentos com
potencial e perfil ajustados a um pesquisador, é por conseguinte um
prêmio
aos investimentos
realizados
nas diversas
áreas do
conhecimento
e que, no caso específico do IEC, representa
pelo
menos 30% do total.
A adversidade
na captação de recursos humanos, tônica no serviço
público federal presentemente,
apresenta-se
como o grande entrave
para dar seqüência à formação desses futuros cientistas. O elo entre
esse
Programa
e a pós-graduação
deve
existir,
sendo
de
responsabilidade
não só da instituição formadora,
mas também do
próprio CNPq com oferta de bolsas específicas
para essa finalidade.
No contexto, o IEC vem fazendo sua parte, inclusive abrigando-os em
seus programas de pesquisa para o desenvolvimento
de cursos de
mestrado
e doutorado,
não
obstante
a clareza
da
quase
impossibilidade
de aproveitamento
via contratação. A contramão entre
o altíssimo investimento feito pelo governo e a rejeição em aproveitá10 a bem de sua política contencionista,
deve, urgentemente
ser
desfeita para o bem da ciência brasileira.
A organização
Direção do IEC/Comissão
Organizadora
9
do PIBIC
PROGRAMAÇÃO
DIA 1: 11 de julho de 2002
ENTREGA DO LIVRO DE RESU MOS
8:00-8:30h
ABERTURA
8:30-8:45h
Or. Jorge F. S. Travassos da Rosa
Diretor do IEC
PALESTRA: "0 PIBIC e a formação de recursos
Palestrante: D~. Albanita Viana de Oliveira
CNPq -Brasilia
humanos"
8:45-9:30h
9:45-10:30h
Sessão I. VIROLOGIA
Moderadora: Tais Pinheiro de Araújo
~ (01) Bolsista: André Mendonça Caniceiro
Orientadora: Joana D'Arc Pereira Mascarenhas
Caracterização
genotípica de cepas de rotavírus
diarréias em Belém, Pará
provenientes
(02) Bolsista: Daniela Meio dos Santos Porto
Orientadora: Rosa Helena Porto Gusmáo
Estudo da ocorrência
das infecções pelos Calicivírus
hospitalizadas
em Belém, Pará
de vigilância
humanos
intensiva
das
(HuCVs) em crianças
(03) Bolsista:Erica Aranha de Sousa
Orientadora:
Vânia Lúcia Noronha Cavalcante
Rastreamento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em mulheres submetidas ao
exame preventivo de câncer do colo uterino.
(04) Bolsista: Flávia Corrêa Bastos
Orientador: Wyller Alencar de Mello
Estudo da prevalência de papilomavírus
em gestantes.
INTERVALO
10:30 -11 :OOh
Continuação da Sessão I
11:00 -12:15h
(05) Bolsista: Lauze Lee Alves Ferreira
Orientadora: Maria de Lourdes Contente Gomes
Pesquisa de enterovírus
(EV) em caso de meningite
Beiém, Para.
asséptica
(MA) ocorridos
(06) Bolsista: Luciana Damasceno da Silva
Orientadora: Yvone Gabbay Mendes
Enteropatógenos
virais em quadros de gastroenterite
entre pacientes
(07) Bolsista: Sarita da Silva Silva
Orientadora: Talita Antônia Furtado Monteíro
Detecção do vírus de Epstein Barr (EBV) em tecidos
de pacientes
na cidade de
infectados
suspeitos
pelo HIV.
de doença
Hodgkin.
(08) Bolsista: Vanessa de Souza Guimarães
Orientador: Wyller Alencar de Mello
Estudo da etiologia viral em casos de infecção
respiratória
10
2.
aguda (IRA) na Amazônia.
de
.", (09) Bolsista: Vaniza Sheila de Souza Ferreira
, Orientadora: Joana D' Arc Pereira Mascarenhas
Caracterização
molecular
de rotavírus:
Monitoramento
estratégia de vacinação anti-rotavírus
em Belém, Pará.
ENCERRAMENTO
DIA
2:
Sessão
12 de
DIA
julho
de
de amostras
visando
uma futura
1
2002
11:ARBOVIROLOGIA
08:00-09:15h
Moderador (a): Lívio Martins Teixeira
(10) Bolsista: Igor Teles de Menezes Macêdo Chaves
Orientadora: Sueli Guerreiro Rodrigues
Identificação
e caracterização
de novos
isolamentos
taxonômica.
(11) Bolsista: Jannifer de Oliveira Chiang
Orientador: José Antônio Picanço Diniz Júnior
Caracterização
de novos vírus isolados de Cu/icoides
de
arbovírus
sp. isolados
sem
definição
na Amazônia
(12) Bolsista: Marcelo Neves Tanaka
Orientado r: José Antônio Picanço Diniz Júnior
Vírus
isolado
de Cu/icoides
(Diptera:
Ceratopogonidae)
na Amazônia:
ultraestruturais
do vírus, hospedeiros
invertebrados
e suas Interações.
(13) Bolsista: Paula Roberta Ferreira da Silva
Orientadora: Conceição de Maria Almeida Vieira
Estudos para caracterização
de amostras virais
Evandro Chagas.
isoladas
na Seção de Arbovírus
Estudos
do Instituto
(14) Bolsista: Samyra Menezes Dias
Orientadora: Ana Cecília Ribeiro Cruz
Detecção do vírus dengue 2 em mosquitos Aedes aegypti com o uso da reação em cadeia
da polimerase (PCR) e isolamento em cultura de células C6/36.
Seção 111.BACTERIOLOGIA
(15) Bolsista: Taiany Bicalho dos Santos
Orientador: Edvaldo Carlos Brito Loureiro
Enteropatógenos
bacterianos em quadros
9:15 -9:30h
de gastroenterite
entre pacientes
infectados
pelo
HIV.
Sessão
IV. PATOLOGIA
9:30 -9:45h
(16) Bolsista: Daniele Barbosa de Almeida Medeiros
Orientadora: Vera Lúcia Reis Souza Barros
Infecção
experimental
pelo vírus Curionopólis
em camundongos
nascidos: estudo histopatológico
e ultraestrutural.
INTERVALO
albinos
suiços
recém-
9:45 -10:15h
11
10:15h-12:15h
Sessão V. PARASITOLOGIA
(17) Bolsista: Andréa Silvestre Lobão
Orientadora:
Salma Gomes de Oliveira
Avaliação da participação do mecanismo de inibição celular dependente de anticorpos
(ADCI) na imunidade protetora contra Plasmodium falciparum nos primatas neotropicais
Aotus infulatus e Saímírisciureus
(18) Bolsista: Bruna dos Anjos Veloso de Araújo
Orientadora: Mônica Cristina de Moraes e Silva
Avaliação
de métodos
coproscópicos,
imunológicos
diagnóstico
de amebíase.
19) Bolsista: Elizângela Chaves da Veiga
Orientadora: Maristela Gomes da Cunha
Avaliação dos parâmetros hematológicos
e bioquímicos
(20) Bolsista: Larisse Gomes de Oliveira
Orientadora: Marinete Marins Póvoa
Avaliação
de técnicas
laboratoriais
para
lamblia.
o diagnóstico
e
de
biologia
de macacos
de
(21) Bolsista: Liliane Almeida Carneiro
Orientadora: Femando Tobias Silveira
Leishmaniose
visceral
americana
no modelo
experimental
Cebidae):
I. Avaliação
da susceptibilidade
do primata
à
(Leishmania) chagasi
(22) Bolsista: Roberta Nice Salgado Sodré
Orientadora: Edna Aoba Yassui Ishikawa
Estudo comparativo
entre Leishmania (Leishmania) amazonensis,
lesões cutânea
simples
e cutânea
difusa,
pela técnica
de
molecular
em cativeiro.
Cryptosporidium
Cebus apel/a
infecção
por
e Giardia
(Primates:
leishmania
causadoras de formas
RAPO e eletroforese
isoenzimas.
(23) Bolsista:Viviane Carvalho da Cunha
Orientadora:
Marinete Marins Póvoa
Investigação de toxoplasmose ocular adquirida em pacientes da cidade de Belém, Pará.
ENCERRAMENTO
12
no
de
de
81
MS .~AÇÃO
NACIONAL
DE
sA(mE
--~
~
~
~~~~L
".:.\\
CrENTiFICOETECNOLÓGICO
-Diretoria
DE
DESENVOL""'E"TO
de Desenvolvimento
CARACTERIZAÇÃO
GENOTIPICA DE CEPAS DE ROTAVIRUS
VIGILÂNCIA INTENSIVA DAS DIARRÉIAS EM BELÉM, PARÁ.
Bolsista: André Mendonça Caniceiro.
Orientador (a): Joana O'Arc Pereira Mascarenhas.
Científico
e Tecnolôgico
~ 01
i
PROVENIENTES
-DCT
DE
I
Seção: Virologia
j'
Introdução:
Os rotavírus são os principais agentes etiológicos das gastroenteriteS
infantis graves, provocando
cerca de 680 mil mortes por ano nos países em
desenvolvimento.
A infecção pode ser assintomática ou sintomática com quadro clínicovariando
de leve à grave. Os rotavírus são membros da família Reoviridae, sendoconstituídos
por um genoma com 11 segmentos de dupla fita de RNA (dsRNA);
apresentam capsídeo interno formado pela proteína VP6 e capsídeo externo formado
pelas proteínas VP4 e VP7, que determinam os genotipos P e G, respectivamente.
Metodologia:
No período de maio de 1998 a maio de 2000 foram coletadas 902
amostras fecais (533 do Hospital Santa Terezinha e 369 do Posto de Saúde do Marco).As
suspensões fecais foram preparadas e o dsRNA foi extraído pelo método da sílica e
submetido a eletroforese vertical em gel de poliacrilamida
a 5% (PAGE) para a
determinação dos eletroferotipos e posterior caracterização em genotipos G e P pela
reação em cadeia da polimerase (RT-PCR).
Resultados
Parciais: Das 902 amostras coletadas, 484 (54%) foram submetidas aPAGE
das quais 237 (49%) apresentaram resultado positivo para Rotavírus sendo todosDertencentes
ao grupo A, com 108 (45%), 56 (24%) e 73 (31%) apresentandoeletroferotipos
longo, curto e bandas sugestivas de rotavírus, respectivamente.
Para ogenotipo
G, 171 amostras foram analisadas pela RT-PC R com a determinação
dosgenotipos
G1, G2, G3, G4, G5, e G9 em 11,1%, 18,1%, 1,7%, 2,9%, 1,1% e 10,5% doscasos,
respectivamente.
Para o genotipo P, 241 amostras foram analisadas, das quais
32,3% foram associadas ao tipo P[4], 6,6% ao P[6] e 22,8% ao P[8]. A combinaçãobinária
foi determinada em 58 amostras, 56,8% associadas aos genotipos usuais: G2P[4]
(48,1%), G1P[8] (5,1%), G3 P[8] (1,7%) e G4 P[8] (1,7%); e 43,1% associadas aosgenotipos
não usuais: G9 P[8] (15,5%), G9 P[6] (5,1%), G1 P[4] (5,1%), G4 P[6] (5,1%),
G5 P[4] (1,7%), G1 P[6] (1,7%), G3 P[4] (1,7%), G3 P[6] (1,7%), G4 P[4] (1,7%), G9 P[4]
(1,7%) e G1+G2 P[8] (1,7%). Foram determinados 5 casos de infecção mista: G1+G2 (11caso),
P[4]+P[6] (1 caso) e P[8]+P[6] (3 casos).
A combinação binária usual de rotavírus foi detectada em 56,8%dos
casos, com o genotipo G2 P[4] sendo o mais prevalecente (48,1%). É importanterelatar
a freqüência elevada com que os genotipos não usuais foram detectados nopresente
estudo: 43,1%, sendo o genotipo G9 P[8] presente em 15,5% das amostras.
Palavras-chave:
rotavírus, reação em cadeia da polimerase,
13
~
Discussão/conclusão:
genotipos.
02
ESTUDO DA OCORRÊNCIA
DAS INFECÇÕES
PELOS CALlCIVíRUS
(HuCVs) EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
EM BELÉM, Pa.
Bolsista: Oaniela Meio dos Santos Porto
Orientador (a): Rosa Helena Porto Gusmão
HUMANOS
Seção: Virologia
Introdução:
Cerca de 40% dos episódios de diarréia aguda ainda permanecem sem
etiologia definida, o que motivou a procura de um agente etiológico viral desde o final dos
anos 60. Os Calicivírus Humanos (HuCVs), então denominados "Agentes de Norwalk",
foram os primeiros agentes virais reconhecidos como causadores de diarréia.
Objetivo: Avaliar o papel dos HuCVs como agentes causadores
aguda em crianças hospitalizadas em Belém, Pa.
de quadros de diarréia
Metodologia:
Foram estudadas 277amostras fecais coletadas no período de novembro
de 1992 a maio de 1994, procedentes de crianças menores de cinco anos, de ambos os
sexos, internadas no Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará, incluídas em um
estudo anterior sobre infecções associadas aos rotavírus. Os pacientes foram divididos
em 2 grupos: 1- diarréia aguda, envolvendo 183 crianças que apresentaram diarréia à
admissão, ou a desenvolveram nas primeiras 72 horas de internação (comunitárias); e
41 outras que apresentaram diarréia aguda após 72 horas da admissão (nosocomiais); 11crianças sem diarréia, em número de 53, que não a apresentaram 3 dias antes da coleta
das fezes e três dias após a mesma. As amostras fecais foram submetidas ao método
imunoenzimático
("ELlSA") para a detecção de antígenos de calicivírus, seguindo o
protocolo utilizado no "Calicivirus Laboratory, Center for Pediatric Research, Eastern
Virginia Medical School" -Norfolk, Virginia, Estados Unidos, sob chefia do Prof. Or. Xi
Jiang (JIANG X, WANG J, ESTES MK, 1995)
Resutados:
Os HuCVs foram detectados em 4% das amostras testadas; 3,8% (7/183)
em que apresentavam
diarréia comunitária; 4,8% (2/41) em crianças com diarréia
nosocomial e 3,7% (2/53) nas não diarréicas. As amostras fecais foram submetidas a
exame bacteriolÓgico, parasitológico e virológico (rotavírus, adenovírus e astrovírus).
Discussão/Conclusão:
Com este estudo, observamos que os HuCVs, à semelhança do
que vem sendo registrado em outras partes do mundo, também estão associados a
episódios de diarréia aguda entre crianças residentes em nossa região. Há necessidade,
no entanto, que um maior número de estudos envolvendo as infecções pelos HuCVs
sejam realizados,
contribuindo
para um melhor
conhecimento
dos
aspectos
epidemiológicos dessa importante virose.
Palavras-Chave:
viral, diarréia, infecções
13
14
~
03
RASTREAMENTO
DE DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISsívEIS
MULHERES
SUBMETIDAS
AO EXAME PREVENTIVO
DE CÂNCER
UTERINO.
Bolsista: ERICA ARANHA DE SOUSA
Orientador (a): Vânia Lúcia Noronha Cavalcante
(DSTs) EM
DE COLO
Seção: Virologia
Introdução:
São escassos os dados epidemiológicos
a respeito de DSTs, porém
poucos estudos permitem supor elevada freqüencia dessas infecções.
os
Metodologia:
Nas pacientes submetidas
ao PCCU, após assinarem
Termo de
Consentimento,
procedeu-se anamnese,
exame físico e coleta de material para
Papanicolaou, bacterioscopia/a fresco, pesquisa de HSV (inoculação em células Hep2) e
VDRL.
Resultados:
As 145 pacientes do estudo foram divididas em 2 grupos, segundo faixa
etária: Grupo A (15 a 29 anos) e Grupo 8 (30 a 45 anos) .A maioria (66% do Grupo A e
72% do Grupo 8), era casada ou vivia em concubinato. A renda familiar de 88% era, no
máximo, de R$600,00 (3 salários-mínimos atuais). A iniciação sexual ocorreu entre os 16
e 20 anos para 60% daquela do Grupo A e 55% do Grupo 8. Aproximadamente
a metade
referiu ter tido, até aquele momento, de 2 a 5 parceiros sexuais, enquanto 20% referiram
número maior de parceiros. A maioria (87%) referiu parceria sexual única. 10% informou
parceiro sexual novo nos últimos 3 meses. DST pregressa foi admitido por 14% das
entrevistadas e 83%(120/145) referiram alguma sintomatologia no momento, sendo os
mais freqüentes: corrimento vaginal (93/120), dor pélvica (69/120) e prurido (43/120). Ao
exame genital
observou-se
alterações em 78% (113/145) das pacientes, sendo
corrimento vaginal (107/113) e hiperemia cérvico-vaginal
os mais freqüentes.
Nas
pacientes do Grupo A, com corrimento vaginal (53/67), evidenciou-se pelo Papanicolaou,
leveduras em 24%, Gardnerella em 30%. Na bacterioscopia a evidência desses agentes
foi de 74% e 30%, respectivamente;
Trichomonas esteve presente em 4%. No Grupo 8,
ao Papanicolaou, detectou-se leveduras em 19%, Gardnerella em 22%, Trichomonas em
4%. Na bacterioscopia/a fresco esses agentes foram encontrados em 76%, 32% e 2%.
Reatividade ao VDRL esteve presente em 4% (6/144), sendo 5 do Grupo A e 1 do Grupo
8. No subgrupo de mulheres (50), onde foi realizada pesquisa de Vírus Herpes Simples,
nâo observou-se efeito citopático, embora em duas a citologia tenha sugerido infecção
por esse agente.
Discussão/Conclusão:
Concluímos que os agentes pesquisados não apresentaram
diferença significativa na incidência das duas faixas etárias, com exceção da reatividade
ao VDRL , mais freqüente no Grupo A Deste modo, rastreamento desses agentes não
deve ser restrito à faixa etária mais jovem.
Palavras-chave:
DSTs, PCCU, leveduras,
Gardnerella,
15
~
13
Trichomonas, HSV, VDRL.
04
Pesquisa
da Prevalência
de Papilomavírus
em Gestantes.
Bolsista: Flávia Corrêa Bastos
Orientador (a):. Wyller Alencar de Mello
Seção: Virologia
Introdução:
O Câncer genital associado ao papilomavírus humano (HPV), é uma das
neoplasias que mais mata no mundo, principalmente em países não desenvolvidos. Essa
patologia está comumente associada com lesões malignas no trato genital feminino,
principalmente,
o carcinoma de colo de útero. Esse agente viral pode manter uma
infecção latente por um longo periodo de tempo. A associação da infecção por HPV com
a gestação tem sido causa de várias investigações, o que também pode ocasionar uma
transmissão para o concepto.
Objetivos: Investigar a prevalência da infecção por HPV em mulheres gestantes em uma
área de alta incidência de câncer de colo de útero, assim como identificar o tipo de HPV
mais freqüente nas gestantes infectadas. Contribuir no estudo da avaliação da inclusão
da pesquisa de HPV em exames pré-natais e promover a implantação da técnica de
diagnóstico RFLP (Restriction Fragmente Lenght Polymorphism), na Seção de Virologia
do Instituto Evandro Chagas (IEC).
Metodologia:
Esfregaços de colo de útero obtidos de gestantes na Unidade Materno
Infantil do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Pará
(UEPA), foram analisados no laboratório de HPV do IEC quanto a infecção por HPV. A
metodologia laboratorial de diagnóstico envolveu a extração de DNA genômico seguido
do seu processamento
pela técnica de PCR (Polymerase
Chain Reaction).
As
seqüências, quando amplificadas, foram identificadas pelo método da técnica de RFLP.
Resultados:
Foram analisados 359 espécimes clínicos, onde foi detectada a presença
de DNA de HPV em 108 (29,1%) das amostras. Subsequente tipificação realizada em 81
amostras positivas, revelaram uma alta incidência de HPV de alto risco oncogênico.
Foram também detectadas 33 infecções múltiplas (mais de um tipo de HPV).
Discussão/Conclusão:
Os resultados obtidos nos permitem concluir que um significativo
número de gestantes estudas apresentem-se infectadas pelo HPV, principalmente pelos
de alto risco oncogênico e uma maior proliferação viral no período gestacional tem sido
relatada em alguns estudos, o que confirma a progressão da infecção na gestação.
Consequentemente,
torna-se imperativo a detecção e identificação de HPV de alto risco
oncogênico nesta população como medida preventiva ao desenvolvimento do Câncer de
cérvix uterino.
Palavras-chaves:
Papilomavírus,
HPV, Gestantes
13
~
16
05
PESQUISA DE ENTEROvíRUS (EV) EM CA~OS DE MENINGITE
OCORRIDOS NA CIDADE DE BELEM, PARA, BRASIL.
Bolsista: Lauze Lee Alves Ferreira
Orientador(a):
Ora Maria de Lourdes C. Gomes
ASSÉPTICA
(MA)
Seção: Virologia
Introdução:
Os enterovírus (EV) pertencem à família Picornaviridae e de acordo com a
nova classificação, estão divididos em: Poliovírus (PV), Enterovírus Humano (EVH) A, B,
C e D. Esses vírus têm um filamento de RNA, único e linear, não possuem envelope e
são transmitidos com maior freqüência pela via fecal-oral. Esses vírus são referidos como
os principais agentes etiológicos de meningite asséptica (MA) em vários países. Surtos
de MA ocorridos nas regiões sul e sudeste do Brasil foram causados por EV; existindo
também comprovação dessa associação fora do período de surtos. O objetivo deste
estudo foi identificar os EV envolvidos em quadros de MA na cidade de Belém, Pará,
Brasil. Para tanto, contou-se com a colaboração de uma Unidade Básica de Saúde,
credenciada à Secretaria de Saúde do Estado do Pará, sendo referência para todos os
casos de meningite ocorridos no estado.
Metodolgia:
Foram coletadas 85 amostras de líquor, de pacientes com diagnóstico de
MA atendidos durante os meses de março e abril de 2002. O líquor foi congelado
imediatamente em nitrogênio líquido e semanalmente,
transportado ao laboratório da
Seção de Virologia do Instituto Evandro Chagas, onde as amostras foram conservadas
em freezer -70°C. A inoculação desses espécimes foi feita em cultivo celular RD e HEp2 (ambos de origem humana),
mantidos em meio Eagle's MEM. A observação
microscópica
foi feita a cada dois dias para visualização
de efeito citopático. A
identificação do vírus isolado foi feita pelo teste de neutralização e imunofluorescência
indireta (IFI) (kit comercial-Chemicon),
ambos voltados para o EV.
Resultados:
Das 85 amostras, 13 foram positivas (15,29%),
Echo 30, na classificação antiga (EVH B na nova).
sendo 7 identificadas
como
Resultados:
Das 85 amostras, 13 foram positivas (15,29%), sendo 7 identificadas
Echo 30, na classificação antiga (EVH B na nova).
como
Discussão/Conclusão:
Esse resultado é condizente com a literatura, uma vez que,
existem relatos tanto a nível mundial, como nacional mencionando o isolamento desse
vírus a partir de casos de MA ocorridos tanto em surtos quanto fora deles. A
comprovação do envolvimento dos EV em casos de MA propiciará melhor conhecimento
sobre essa associação em nossa região, onde pouco se conhece sobre esse assunto.
Esse estudo também esclarecerá a respeito da participação dos EV em eventuais surtos.
Palavras-chave:
EV, MA, líquor, IFI
13
~
17
06
Enteropatógenos
pelo HIV .
virais
em quadros
de gastroenterite
Bolsista: Luciana Damascena da Silva.
Orientador (a): Yvone Gabbay Mendes.
entre pacientes
infectados
Seção: Virologia
Introdução:
No mundo inteiro, pessoas com a síndrome da imudeficiência
humana
(SI DA) apresentam diarréia como uma complicação usual. Cerca de 50 a 90 % dos
indivíduos com SIDA sofrem de diarréia crônica, o que interfere em suas vidas sociais,
podendo levar à morte. Estes relatos realçam a necessidade de caracterizar-se
a
síndrome da doença entérica nos pacientes infectados pelo HIV, a fim de prevenir e tratar
suas seqüelas debilitantes.
Objetivos:
Caracterizar a freqüência com que os rotavírus, astrovírus, adenovírus
entéricos e picobirnavírus ocorrem nos casos de gastroenterite em pacientes infectados
pelo H IV; correlacionar a presença desses agentes com a severidade dos sintomas
apresentados; identificar os sorotipos circulantes de rotavírus.
Metodologia:
o grupo estudado refere-se a pacientes adultos, de ambos os sexos, HIV
positivos, atendidos em âmbito hospitalar (HUJBB) e ambulatorial (URE-DIPE, Casa Dia,
IEC e albergue). Os espécimes fecais foram testados por ELlSA para detecção de
rotavírus,
astrovírus
e adenovírus.
Realizou-se
também
eletroforese
em gel de
poliacrilamida (PAGE) para pesquisa de picobirnavírus. A RT -PCR foi utilizada tanto para
confirmação das amostras positivas de astrovírus quanto para genotipar as amostras de
rotavírus. As amostras positivas por ELlSA para astrovírus foram inoculadas em cultivo
celular e examinadas por microscopia eletrônica.
Resultados:
Foram testados 232 espécimes fecais, dos quais 153 (61,2%) foram
provenientes do HUJBB e 79 (38,8%) oriundos de pacientes atendidos a nível ambulatorial. Os astrovírus e adenovírus foram detectados no hospital em um percentual de
1,3% (2/153) e 0,6% (1/153) respectivamente.
Os rotavírus e picobirnavírus
foram
encontrados,
igualmente, em 1,3% (1fi9) das amostras ambulatoriais.
O rotavírus
detectado apresentou perfil eletroforético longo e foi identificado como pertencente ao
genótipo P[8] e sorotipo G9. As 2 amostras positivas para astrovírus, juntamente com seu
fluido celular foram testadas por RT -PCR apresentando resultado negativo em ambas as
situações. As análises em M.E. evidenciaram a presença de partículas morfologicamente
semelhantes aos astrovírus.
Discussão:
Os astrovírus, rotavírus e picobirnavírus foram detectados nos casos de
diarréia aguda em percentuais de 3,3%, 4,2%, 4,2% respectivamente. Freqüências mais
elevadas foram observadas num estudo na Alemanha (13,6% de positividade para
rotavírus) e nos EUA (12% e 9,2% de positividade para astrovírus e picobirnavírus).
Esses dados demonstram a participação desses vírus principalmente
nos casos de
diarréia aguda em nossa região.
Palavras-chave:
gastroenterite,
HIV, rotavírus, astrovírus, adenovírus,
13
~
18
picobirnavirus
07
DETECÇÃO
SUSPEITOS
DO VíRUS DE EPSTEIN
DE DOENÇA DE HODGKIN.
BARR
Bolsista: Sarita da Silva Silva
Orientador (a): Talita A. F. Monteiro
EM TECIDOS
DE
PACIENTES
Seção: Virologia
Introdução:
Entre os agentes viróticos associados a processos neoplásicos, destacase o vírus de Epstein Barr (EBV), pertencente à família Herpesviridae. O EBV é um
herpesvírus linfotrópico B humano. Apesar das infeções sintomáticas por esses vírus se
apresentarem
em geral de forma benigna, o EBV tem sido implicado na gênese
de
uma variedade
de desordens linfoproliferativas e neoplasias severas. Determinar
a
prevalência do EBV em pacientes suspeitos de doença de Hodgkin foi o objeto deste
estudo.
Metodologia:
Até o momento foram coletadas
86 amostras
de tecidos linfóide
(biópsias) de pacientes com suspeita clínica de linfomas, selecionados no Serviço de
Patologia do Hospital Ofir Loiola (IOL-Hospital de Referência
para Câncer). Desses
especimes, 81 casos foram analisados pelo procedimento
de hibridização in situ (HIS)
para a detecção de genes que codificam RNA (EBER1) do EBV expressos em células
latentemente infectadas,
utilizando o "Kif da "Novocastra
laboratoriesTM", fabricado no
Reino Unido-Inglaterra.
Resultados:
Do total de 86 amostras coletadas,
81 amostras de neoplasias linfoides
(biópsias) foram analisadas pelo método de Hibridização in situ, com variação de idade
entre 3 a 98 anos (média de:!: 30 anos). A frequência total de positividade para o gene
EBER 1 do EBV foi de 76,5%
(62/81) nos linfomas analisados. Quarenta tumores
(49,4%) foram
classificados
como DH. Em 72,5% (29/40) foi possível associar a
presença do EBV com a doença de Hodgkin; com variação de idades de 6 a 59 anos
(média de :1:28,6 anos). Em 69% dos casos de DH analisados
os linfonodos cervicais
incidiram como sitio de infecção primaria. A taxa de positividade para o EBV referente
aos subtipos de DH foram: esclerose nodular
19% (19/29),
predomínio linfocitário
10,3% (3/29), celularidade mista 13,8% (4/29) e depleção linfocitaria 10,3% (3/29).
Discussão/Conclusão:
A freqüência do gene EBER 1 do EBV em 49,4% dos casos
de
doença de Hodgkin pesquisados,
reforça a
hipótese que
o EBV durante a
transformação neoplásica contribuiriam
como um
co-fator associado a predisposição
genética e ao estado imune do paciente.
Palavras-chave:
Vírus de Epstein-Barr,
Doença de Hodgkin, Linfomas
13
~
19
não -Hodgkin
08
ESTUDO DA ETIOLOGIA
(IRA) NA AMAZÔNIA.
VlRAL EM CASOS DE INFECÇÃO
Bolsista: Vanessa de Souza Guimarães.
Orientador(a):
Wyller Alencar de Mello.
RESPIRATÓRIA
AGUDA
Seção: Virologia
Introdução:
Na Amazônia, as infecções respiratórias agudas (IRA) constituem um sério
problema de saúde representando umas das principais causas de atendimento médico,
entre os agentes etiológicos predominantes desta patologia estão os vírus respiratórios.
Objetívos: Avaliar as ocorrênciais virais associadas aos casos de IRA em nossa região
pela técnica
laboratorial
de imunofluorescência
indireta.
A investigação
busca
informações mais precisas do comportamento
epidemiológico
de algumas categorias
víricas (vírus respiratório
sincicial, adenovírus,
vírus da influenza,
enterovírus
e
parainfluenza) na população. A realização do projeto também visa o monitoramento de
cepas epidemicas do vírus da influenza.
Metodologia:
No período março de 2001 a maio de 2002, através de uma rede de
vigilância epidemiológica,
foram coletados espécimes clínicos de pacientes, atendidos
ambulatorialmente,
com sinais e/ou sintomas de IRA. Os investigados pertenciam a
ambos os sexos e diferentes faixas etárias com predominância de menores de 5 anos de
idade. O diagnóstico viral foi realizado com envolvimento de técnicas de isolamento de
vírus em cultivo de células (MDCK e HEp-2), ovos embrionados de galinhas e a detecção
direta de antígeno por imunofluorescência (Kit Chemicon).
Resultados:
Do total de 311 indivíduos investigados, em 106 (34,08%) obteve-se a
confirmação
de infecção viral (através do isolamento de vírus elou detecção por
imunofluorescência).
Os agentes detectados foram: vírus respiratório sincicia (VRS)I
(23,58%),
influenza
A (46,23%),
influenza B (3,77%), parainfluenza
1 (13,21%),
parainfluenza 2 (2,83%), parainfluenza 3 (7,55%), adenovírus (2,83%). Durante o período
foram obtidos isolamentos de uma cepa de vírus da influenza A/New Caledonia/20/99
(H1 N1) e dezessete cepas da influenza A/Panamál2007/99
(H3N2). A distribuição dos
casos de etiologia viral por faixa etária revelou uma maior ocorrência no grupo etário de O
-4 (83,96%), mas infecções também foram registradas nas demais faixas etárias.
Discussão/Conclusão:
Diversos agentes virais foram associados ao quadro de IRA em
nossa região. Os isolamentos dos vírus influenza tiveram grande importância pois são
análogos as cepas contidas na vacina preconizada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS).
A maior incidência das atividades dos vírus ocorreu nos meses de maio e
outubro associada a um surto de VRS e influenza respectivamente,
sendo que são os
principais agentes etiológicos nas viroses respiratórias em crianças menores de cinco
anos. O perfil sazonal dos vírus respiratórios mostraram, a exemplo de anos anteriores,
uma maior incidência de casos durante a mudança da estação chuvosa para a outra de
menor pluviosidade.
Palavras-chave:
IRA, VRS e vírus respiratórios
13
~
20
09
CARACTERIZAÇÃO
MOLECULAR
DE
AMOSTRAS
VISANDO
UMA FUTURA
ROTA VíRUS EM BELÉM.
ROTAVíRUS:
ESTRATÉGIA
Bolsista: Vaniza Sheila de Souza Ferreira
Orientador (a): Joana D' Arc Pereira Mascarenhas
MONITORAMENTO
DE VACINAÇÃO
DE
ANTI-
Seção: Virologia
Introduçãos:
Os rotavírus do grupo A são os mais importantes agentes etiológicos das
gastroenterites
graves, e as infecções
ocasionadas
por este vírus representam
importante problema de saúde pública, particularmente nos países em desenvolvimentos,
onde cerca de 20%-40% das hospitalizações e 650 mil mortes anuais entre crianças são
em decorrência das diarréias por rotavírus (Khelawat et aI, 2001). Este vírus apresenta o
genoma viral constituído de dupla fita de RNA (ds RNA) com 11 segmentos incluso em
um triplo capsídeo protéico constituído pela core, capsídeo interno e externo (Kapikian &
Chanock, 1996). Dentre os genotipos de rotavírus A, existem quatorze do tipo G e vinte
do tipo P, porém apenas os sorotipos G1-G6, G8-G10, G12 e P[4],P{6], P[8] e P[9] foram
descritos infectando humanos (Parashar et aI., 1998; Gorziglia et aI., 1990). A incidência
e distribuição dos genotipos de rotavírus variam entre as áreas geográficas, sendo que
os genotipos P[4],G2, P[8],G1, P[8],G3 e P[8],G4, são os mais importantes combinações
encontradas (Gentsch et aI, 1996). No entanto, genotipos G e P atípicos, como G5, G8,
G9, G10 e P[6], constituem um significante percentual entre os rotavírus detectados no
mundo (Leite et aI, 1996; Ramachandran et aI, 1996; Santos et aI, 1998).
Metodologia:
Neste estudo foram caracterizadas
até o momento
118 amostras
denominadas
de não-usuais,
sendo 48 amostras provenientes do projeto HospitalSentina, 52 amostras do estudo com neonatos e 18 amostras do projeto Vacina. Nestas
amostras foi realizada a reação em cadeia da polimerase
(RT -PCR), objetivando
caracterizar os genotipos G e P de rotavírus; hibridização molecular para confirmação
dos amplicons pela RT -PCR; e sequenciamento de nucleotídeos em alguns amplicons.
Resultados:
Projeto Neonatos: Seis amostras foram submetidas a hibridização com as
sondas específicas para os genotipos P6 e G2.0 seqüenciamento
de nucleotídeos foi
conduzido em 3 amostras de genotipo G2 e em 17 amostras de genotipo P[6]. Projeto
Hospital- Sentinela:
Foram submetidas a hibridização 21 amostras, sendo
16 com
sondas G9 e 5 com a sonda G5. Porém, 12 amostras confirmaram o genotipo G9 e
nenhuma confirmou o genotipo G5. O seqüenciamento de nucleotídeos para o genotipo
G9 foi conduzido em 4 amostras. Projeto Vacina: Foi realizada hibridização molecular
com a sonda G10 em 5 amostras, sendo todas negativas, e com a sonda G5 em 1
amostra, a qual hibridizou e foi possível a confirmação deste genotipo.
Discussão/Conclusão:
Ampla diversidade genética de rotavírus ocorre no mundo, Leite
et aI., (1996) em estudo com amostras brasileiras detectaram os genotipos incomuns
P[8JG5,
P[6JG2, P[9JG6 e P[9JG3 em 12% dos casos estudados.
Na índia,
Ramachandran et aI. (1996) detectaram os genotipos incomuns em 43% das amostras
com os P[3]G1 P[3]G3, P[6JG1, P[6]G3 P[6]G4 e P[6JG9. O seqüenciamento
de
nucleotídeo para o genotipo G9 mostrou homologia de 95% com a amostra bresileira
que circulou no Rio de Janeiro, a qual também foi semelhante a amostra que circulou
nos Estados Unidos (Araújo et aI., 2001).
Palavras-chave:
Rotavírus, Genotipos e Caracterização Molecular.
13
~
21
10
IDENTIFICAÇÃO
SEM DEFINiÇÃO
E CARACTERIZAÇÃO
DE TAXONOMIA.
DE NOVOS ISOLAMENTOS
Bolsista: Igor Teles de Menezes Macedo Chaves
Orientador (a): Sueli Guerreiro Rodrigues
DE ARBOvíRUS
Seção: Arbovírus
Introdução:
No Brasil, já foram assinalados cerca de 200 tipos antigênícos de arbovírus,
dos quais 190 foram identificados na Amazônia brasileira, e muitos destes jamais foram
encontrados fora dela. O objetivo deste estudo foi caracterizar a amostra viral BeAR
615287 isolada de um lote de mosquitos
Mansonia titil/ans, capturados
em Alto
Alegre/RR, em 21-31 de março e 1 de abril de 1999
Metodologia:
O estoque viral, antígeno
e soro imune foram preparados
em
camundongos e usados em testes físico-químico, biológico e antigênico. O vírus BeAR
615287 foi analisado quanto à sensibilidade ao Desoxicolato de sódio (teste do DCA) e a
presença de hemaglutinina
pelo teste de hemaglutinação
(HA). A infectividade da
amostra vira I foi observada mediante ensaios biológicos em camundongos
recémnascidos e culturas celulares (células Vero e C6/36). A tentativa de caracterização
antigênica foi realizada pelo teste de fixação do complemento
(FC) empregando o
antígeno do BeAR 615287 e fluido ascítico imune (FAI) de arbovírus classificados
(grupados e não grupados) e não classificados isolados no Brasil e pertencentes ao
acervo da Seção de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas.
Resultados:
O título do vírus foi de ~ 0,5 LD~ na presença de DCA e de 3,2 LD~ no
controle do teste do DCA O vírus foi negativo no teste de HA com hemácias de ganso
diluídas em um painel de 7 soluções de pH, dentro da faixa 5,75 a 7,0. Os camundongos
recém-nascidos
inoculados por via i ntracerebra I morreram 4 dias após inoculação e
antígeno viral foi detectado no cérebro do camundongo pelo teste de FC. Apenas a
cultura de células Vero apresentou efeito citopático, entretanto o vírus foi detectado em
ambas culturas em testes de imunotluorescêncía
indireta com soro imune anti-BeAR
615287. A amostra viral BeAR 615287 reagiu com o soro-homólogo no teste de FC (título
?c.1:16), mas não reagiu com nenhum dos FAls testados.
Discussão/Conclusão:
Os testes do DCA e HA revelaram que o BeAR 615287 tem
envelope lipoprotéico e não possui hemaglutinina em sua composição físico-química,
visto que o título viral caiu na presença de DCA e que o vírus não foi capaz de aglutinar
hemácias de ganso, respectivamente.
A amostra viral foi infectante para camundongos
recém-nascidos,
células Vero e C6/36, pois a replicação viral foi comprovada nos 3
sistemas pela detecção de antígenos virais em provas sorológicas. Os resultados dos
testes de FC sugerem tratar-se de um possível novo arbovírus. O estudo revelou certas
caracteristicas
do vírus BeAR 615287, porém sua relação antigênica
com outros
arbovírus,
não isolados no Brasil, precisa ser investigada para conclusão de sua
classificação antigênica.
Palavras-Chaves:
~
Arbovírus, isolamento,
caracterização.
22
13
11
CARACTERIZAÇÃO
AMAZôNIA
DE
NOVOS
víRUS
ISOLADOS
Bolsista: Jannifer Oliveira Chiang
Orientador(a):
José Antonio Picanço Diniz Junior.
Unidade:
DE
CUL/CO/DES
Microscopia
SP.
NA
Eletrônica
Introdução:
Os vírus Itacaiunas e Curionópolis foram isolados a partir de um pool de
Culicoides
sp. capturados
em Serra
Norte
(Carajás-PA)
em 1984 e 1985,
respectivamente pela equipe da Seção de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas, sendo
considerados como vírus não grupado/classificado.
Objetivo: determinar as propriedades antigênicas, bioquímicas
Itacaiunas e Curionópolis e suas classificações taxonômicas.
e morfológicas
dos vírus
Metodologia:
isolamento viral em cultivos celulares (RD, Vero, C6/36) e camundongos
albinos suíços recém-nascidos;
fixação do complemento (FC), teste de neutralização
(TN) e imunofluorescência
indireta (IFI); sensibilidade ao desoxicolato de sódio (DCA); e
microscopia eletrônica (ME).
Resultados:
Os camundongos apresentaram suscetibilidade à replicação de ambos os
vírus, morrendo a partir do quarto dia pós-inoculação intracerebral. A linhagem celular
C6/36, foi a única que apresentou suscetibilidade ao vírus itacaiunas, embora não tenha
sido observado efeito citopático (EFC). A replicação viral confirmada por testes de FC e
IFI. Não foi observado replicação do vírus Curionópolis nas linhagem celulares testadas,
a ausência da replicação viral foi confirmada por FC e IFI. Ambos os vírus em estudo ao
serem testados por FC contra soros hiperimunes de arbovírus e vírus não grupados
isolados na Amazônia brasileira, não apresentaram reação sorológica, reagindo somente
quando submetido ao seus respectivos soros homólogos. O vírus Itacaiunas não foi
neutralizado com nenhum dos soros de animais coletados no mesmo ano e local de
isolamento. O TN do vírus Curionópolis mostrou-se positivo para as amostras CA 270
(Nasua nasua -Quati) e PR 2574 (Cebus ape//a). O teste de DCA revelou sensibilidade
dos vírus, sugerindo a presença de envelope dos espécimes virais. Cortes ultrafinos de
cérebro de camundongo infectados com os vírus Itacaiunas e Curionópolis revelaram
partículas com morfologia similar a "bala de revólver". O vírus Itacaiunas apresenta um
tamanho médio de 160 nm de comprimento por 70 nm de diâmetro, enquanto que o vírus
Curionópolis possui em média o tamanho de 180 x 70 nm.
Discussão/Conclusão:
Estes resultados sugerem a classificação preliminar dos vírus
Itacaiunas e Curionópolis na família Rhabdoviridae (MURPHY et ai., 1995). De acordo
com os conceitos de MATTEWS (1982) o vírus Curionópolis é um provável arbovírus e o
vírus ltacaiunas um possível arbovírus.
Palavras-chave:
Itacaiunas, Curíonópolis,
Culicoides sp.
13
~
23
12
VíRUS
ISOLADO
DE CULlCOIOES
(DIPTERA:
AMAZÔNIA:
ESTUDOS
UL TRAESTRUTURAIS
INVERTEBRADOS
E SUAS INTERAÇÕES
Bolsista:
Marcelo Neves Tanaka
Orientador (a): José Antonio Picanço Diniz Júnior.
CERATOPOGONIDAE)
NA
DO
VíRUS,
HOSPEDEIROS
Unidade:
Microscopia
Eletrônica
Introdução:
Culicoides paraensis são dípteros nematóceros de pequena envergadura
que raramente ultrapassam os dois milímetros na fase adulta. Os estágios imaturos da
familia Ceratopogonidae
necessitam de matéria orgânica úmida e decomposta para
desenvolverem-se
adequadamente.
As fêmeas exercem o hematofagismo
para a
maturação de seus ovos, e dias depois iniciam a oviposição, que se realiza, geralmente,
à noite. A quantidade de ovos por fêmea varia com a espécie, geralmente oscilando entre
10 e 120. O C. paraensis é de grande importância em nossa região, por estar envolvido
na transmissão de vários patógenos, dentre os quais os arbovírus.
Objetivos:
caracterização ultraestrutural do C. paraensis, interação do vírus Itacaiunas
com células do hospedeiro
invertebrado
e determinação
condições ambientais
e
substratos de ovipostura favoráveis à manutenção dos espécimes em laboratório.
Materiais e Métodos: Fêmeas de C. paraensis foram mantidas à temperatura de 26 a 29
°C, umidade de 78 a 92% e alimentadas com sacarose 30%. Os ovos, larvas e adultos
foram processados segundo técnicas de rotina para microscopia óptica e eletrônica de
varredura (MEV). As medidas dos segmentos antenais foram feitas no programa do MEV
LEO 1450VP.
Resultados:
Culicoides fêmeas recém coletados foram mantidos por aproximadamente
15 dias, ovipondo de 3 a 4 dias após a hematofagia. A eclosão dos ovos se deu 2 a 3
dias depois da oviposição e as larvas, alimentadas com ração de rato triturada,
alcançaram o estágio de pulpa entre ~ e 240 dia após eclosão. Os flagelos antenais de
C. paraensis apresentaram em média 376,66Jlfn de comprimento. Os segmentos 3 e 4
apresentaram diâmetro de 21,49Jlfn e 17,53Jlfn, respectivamente; os segmentos 5 a 10
medem em torno de 15,27Jlfn e os de 11 -15, ligeiramente menores, com 13, 76~m.
Discussão/Conclusão:
Comparando estes resultados com os de Felippe-Bauer & Bauer
(1989) verificou-se
que as medidas obtidas em nosso estudo foram menores.
Provavelmente,
esta variação deve ter sido provocada pelo processamento para MEV,
que diminui o volume das amostras por perda de água (referência),
uma vez que no
trabalho anterior os espécimes foram medidos em micrômetro ocular sem a desidratação
da amostra. Foram também confirmadas a presença de sensillas do tipo coe/ocônica em
quatro segmentos antenais. Encontramos semelhanças na morfologia dos ovos com
relação a três outras espécies estuarinas descritas por Day e colaboradores (1997).
Palavras-<:have:
Culicoides paraensis, ultraestrutura,
13
~
24
oviposição.
13
ESTUDOS PARA A CARACTERIZAÇÃO
DE AMOSTRAS
VIRAIS
SEÇÃO DE ARBOvíRUS
DO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS.
Bolsista: Paula Roberta Ferreira da Silva
Orientador (a): Ms Conceição de Maria Almeida
Introdução:
Os arbovírus são vírus
biológica entre hospedeiros vertebrados
problema em saúde pública.
Vieira
ISOLADAS
NA
Seção: Arbovírus
mantidos em natureza mediante transmissão
suscetíveis e artrópodes. Constituem importante
Metodologia:
as amostras virais AR 633512 e AR 616943 foram isoladas pelo Instituto
Evandro Chagas, a partir de mosquitos Aedes scapularis capturados em Alta Floresta do
Oeste, RO e Psorophora ferox capturados em Santa Bárbara, PA, respectivamente.
Foram inoculadas em células Vero e de Aedes albopictus clone C6/36. Foi preparado
soro hiperimune a partir das duas amostras. As amostras foram submetidas
ao
tratamento pelo desoxicolato de sódio (DCA). Foi realizado teste de FC com as amostras
estudadas e seus respectivos soros hiperimunes
e com soros dos arbovírus de
ocorrência no País. Foi feita pesquisa de antígeno hemaglutinante
para as duas
amostras.
Resultados:
a amostra AR 633512 causou efeito citopático (ECP) visível à microscopia
ótica, apenas em células Vero. No entanto, foi verificada sensibilidade em células de
Aedes albopictus clone C6/36 a partir de teste de imunofluorescência.
A amostra AR
616943 causou ECP visível à microscopia ótica tanto em células Vero como em C6/36. A
amostra AR 633512 mostrou sensibilidade ao DCA, assim como, a amostra AR 616943.
A pesquisa de antígeno hemaglutinante para as duas amostras foi negativa. Nos testes
de FC foi obseNado que a amostra AR633512 reagiu com seu soro homólogo e com o
soro da amostra AR 8033. Quanto à amostra AR 616943, esta reagiu com seu homólogo
e com o da amostra AR 13136.
Discussão/Conclusão:
a amostra AR 633512 é sensível ao DCA, e apresenta envelope
lipídico. A amostra AR 633512 apresenta semelhança antigênica com a amostra AR
8033, que pertence ao grupo Califórnia, gênero Bunyavirus, família Bunyaviridae; e a
amostra AR 616943 com a amostra AR 13136, a qual pertence ao grupo A, gênero
Alphavirus, família Togaviridae.
Palavras
chave: Arbovírus;
Mosquitos.
13
~
25
14
DETECÇÃO DO VíRUS DENGUE 2 EM MOSQUITO AEDES AEGYPTI COM O USO DA
REAÇÃO EM CADEIA DA POllMERASE
(PCR) E ISOLAMENTO EM CULTURA DE
CÉLULAS C6/36.
Bolsista: Samyra Menezes Dias
Orientador (a): Ana Cecília Ribeiro Cruz
Seção:
Arbovírus
Introdução:
O vírus Dengue (VDEN) é um problema de saúde pública global com uma
estimativa de 100 milhões de casos ao ano. Atualmente os únicos métodos de detecção
do VDEN são o isolamento viral, utilizando cultura de células, que permite também
determinar o sorotipo, e inoculação em mosquito adulto ou larva de mosquito. Esses
métodos são sensíveis, mas necessitam de muito tempo para serem realizado, devido
precisarem de um período de incubação de 5 a 14 dias. Com isso, se fazem necessárias
pesquisas e implantações de outras técnicas que agilizem e melhorem a detecção e/ou
diagnóstico do vírus. Nosso estudo tem como objetivo detectar a presença de VDEN em
larvas e adultos de mosquitos Aedes aegypti.
Metodologia:
Os mosquitos são capturados com o auxílio de um puçá e aparelho de
sucção oral; são identificados
e armazenados
a -70
OCo Para o isolamento e
identificação do vírus foram utilizadas as inoculações em cultura de células da linhagem
C6/36 (Aedes albopictus), técnica de imunofluorescência
indireta (IFI), extração de RNA
com trizol, preparação de DNA complementar e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)
com o kit Gene-Amp e a técnica RT-Nested-PCR.
Resultados: Os mosquitos Aedes aegypti adultos foram coletados em vários bairros de
Belém. Dos 79 "pools" de mosquitos capturados, dos quais 58 foram inoculados em
células da linhagem C6/36. Dessas amostras,4 contaminaram, 2 foram feitas passagens
"cegas" e as demais se mostraram negativas para o VDEN-2.Dessas amostras obtivemos
3 amostras positivas por RT-PCR.
Discussão/conclusão:
Das 3 amostras positivas para VDEN2 de "pool" de mosquitos,
AR 655054, AR 654711 e AR 647279 todas foram negativas para DEN 2 na técnica de
IFI, provavelmente
devido a um baixo título viral. Das amostras analisadas por RTNested-PCR, 19 delas estão inconclusivas pois quando observadas em gel de agarose,
ocorre o aparecimento de bandas inespecíficas. Outro fato relevante, é que, como em
estudos anteriores foi possível a detecção do VDEN2 em mosquito macho, esse
resultado permitiu que se confirmasse a transmissão transovariana,
e também de
extrema importância pois o ciclo de manutenção pode se dá pela via venérea entre
membros da população dos mosquitos, dificultando assim a interrupção do ciclo de
transmissão. Estes resultados sugerem que há maior sensibilidade da técnica de RTPCR, para detecção precoce em vetores de transmissão de VDEN. Indicando ainda que
esta técnica além de mais rápida, seria também mais eficiente para monitoramento e
controle da circulação dos VDEN.
Palavras-chave:
~
Dengue, Flavivirus, Flaviviridae,
13
26
RT -PCR
15
ENTEROPATÓGENOS
BACTERIANOS
EM QUADROS
ENTRE PACIENTES INFECTADOS PELO HIV.
Bolsista: Taiany Bicalho dos Santos
Orientador (a): Edvaldo Carlos Brito Loureiro
DE
GASTROENTERITES
Seção: Bacteriologia
e Micologia
Introdução:
A maioria dos pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida, sofre
de diarréia aguda ou crônica, relacionada à etiologia infecciosa. A falta de informações
na região,
principalmente
em Belém do Pará,
sobre os principais
agentes
enteropatogênicos
bacterianos relacionados a infecção em pacientes soro positivos para
o HIV, proporcionou a realização deste estudo que visa caracterizar a freqüência de
Salmonella spp, Shigella spp, E. coli, Aeromonas spp, Plesiomonas e Vibrio spp., nos
casos de diarréia aguda ou crônica; proceder hemocultura para verificar casos de
bacteriemia e definir o perfil de resistência das bactérias enteropatogênicas isoladas.
Metodologia:
Foram avaliadas 183 espécimes fecais de pacientes com HIV, sendo 117
internados no HUJBB e 66 atendidos em nível ambulatorial(URE-DIPE
e CASA-DIA),
todos com idade superior a 18 anos. Para o isolamento das bactérias patogênicas em
questão,
foram
utilizados
meios seletivos-indicadores
e de enriquecimento.
A
caracterização
bioquímica e sorológica seguiram as recomendações
de Ewing(1986).
Foram realizadas 156 hemoculturas em caldo TSB e inspecionados até 15 dias para
verificação de crescimento bacteriano. As bactérias enteropatogênicas
isolados foram
submetidas ao antibiograma para verificar o perfil de resistência às drogas.
Resultados:
A presença de enteropatógenos
bacterianos foi observada em 32,8%
(44/134) dos pacientes com diarréia, destacando as E. coli enteropatogênicas
(11,9%),
Shigella fIexneri (9,0%) em relação a Salmonella spp (7,4%). Aeromonas hydrophila e
Vibrio cholerae não 01 e não 0139 foram detectado em 2 casos cada. Foram isoladas
um total de 868 cepas de E. coli, e estão estocadas para realização de estudos
posteriores. Em nenhuma amostra avaliada foi possível isolar, Plesiomonas. É importante
mencionar a identificação de um caso de febre tifóide e a cepa de Salmonella Typhi
isolada das fezes apresentou resistência à ampicilina. De um modo geral, as cepas de
enteropatógenos
isoladas apresentaram
resistência
múltipla às drogas utilizadas.
Convém ressaltar, que as cepas de Shigella e a quase a totalidade das E. cal;
enteropatogênicas
(80%) foram resistentes a associação sulfametoxazol-trimetoprim.
Discussão/Conclusão:
A maioria dos enteropatógenos
bacterianos isolados estavam
associados aos quadros de diarréia crônica. Aeromonas hydrophila foram detectadas em
2 casos controles. Não foi possível isolar nenhum enteropatógeno
nas hemoculturas.
Cada cepa isolada apresentou um modelo de resistência às drogas. A cepa de
Salmonella Typhi mostrou-se resistente a ampicilina, um medicamento de eleição para o
tratamento da febre tifóide. Todas as Shigella e E. coli enteroinvasora
apresentaram
resistência ao sulfametoxazol-trimetoprim,
e os pacientes infectados por estas cepas
estavam tomando esta droga no momento da coleta.
Palavra-Chave:
enteropatógenos
bacterianos;
13
~
27
pacientes com HIV.
16
INFECÇÃO
AlBINOS
EXPERIMENTAL
PELO VíRUS
suíços
RECÉM-NASCIDOS.
CURIONÓPOllS
EM CAMUNDONGOS
ESTUDO
HISTOPATOlÓGICO
E
UlTRAESTRUTURAl
Bolsista: Daniele Barbosa de Almeida Medeiros
Orientador (a): Vera Lúcia Reis Souza de Barros
Seção: Patologia
Introdução:
O vírus Curionópolis (AR 440009) foi isolado pelo Serviço de Arbovírus do
Instituto Evandro Chagas em setembro de 1985, a partir de um "pool" de Culicoides sp.
capturados em Serra Norte (Carajás-PA); sendo considerado preliminarmente como vírus
não-grupado e não-classificado, apresentando patogenicidade desconhecida.
Objetivos:
determinar o(s) órgão(s) de tropismos e descrever as lesões observadas ao
nível óptíco e ultraestutural.
Metodolologia:
Realizou-se técnica de rotina em amostras teciduais de pele, cérebro,
coração, pulmões, fígado, estõmago, baço, intestino e rins, obtidos de camundongos
recém-nascidos de grupos controles e infectados com o vírus Curionópolis. Técnica de
microscopia eletrõnica (corte semi-fino) fora feita mediante o processamento do córtex
cerebral dos camundongos.
Resultados:
as análises microscópicas
dos tecidos mostraram lesões somente no
cérebro e fígado. As alterações cerebrais evoluíram de leve a intensa, gradativamente,
caracterizando-se
por tumefação celular, cariorrexe e picnose, acompanhas por edema
intersticial, infiltrado mononuclear perivascular de leve intensidade e hemorragia presente
em apenas alguns animais. As alterações hepáticas, manteve-se de leve intensidade,
sendo percebidas a partir de 12 horas p. i. São representadas por tumefação e esteatose
e, 24 horas p.i., associam-se ao aparecimento de corpúsculos acidófilos e inflamação
intralobular e nas áreas porto-biliares. Estas alterações persistem até 60 horas pósinoculação, quando já se inicia a regeneração hepatocelular.
A ultraestrutura revela
alterações reversíveis iniciais, como tumefação neuronal e de seus prolongamentos,
alterações nucleares, tumefação mitocondrial, hiperplasia e hipertrofia do complexo de
Golgi e dilatação de retículo, acompanhadas
por edema e hiperplasia vascular. Aos
poucos estas lesões tornam-se irreversíveis, observando-se autofagossomos
e células
necróticas. As partículas virais, semelhante à bala de revólver, foram vistas às 36 horas
p.i. brotando da membrana plasmática de neurõnios.
Discussão
e Conclusões:
O vírus Curionópolis
apresenta tropismo pelos tecidos
cerebral e hepáticos, mostrando padrões histopatológicos semelhante a outros arbovírus
isolados na Amazõnia brasileira (Dias, 1986). As lesões cerebrais
iniciais são do tipo
degenerativas
evoluindo para necrose., além de edema e inflamação. As lesões no
fígado causadas pelo vírus Curionópolis, ao contrário do que se verifica em infecções
com o vírus amarílico (Vasconcelos et aI., 1997), são mínimas e sem especificidade
regional. A análise ultraestrutural mostrou uma predominância das lesões no citoplasma
e no espaço intercelular, podendo estar relacionadas ao processo de replicação viral. O
padrão
citopatológico
do vírus Curionópolis
assemelham-se
aos dos arbovírus
amazõnicos (Araújo et ai., 1986) e de outros integrantes da família Rhabdoviridae (Cruz,
1981 ).
Palavras-chave:
Curionópolis, Histopatologia, Ultraestrutura
13
~
28
17
AVALIAÇÃO
DA PARTICIPAÇÃO
DO MECANISMO
DE INIBiÇÃO
CELULAR
DEPENDENTE
DE ANTICORPOS
(ADCI) NA IMUNUDADE
PROTETORA
CONTRA
Plasmodium
falciparum
NOS PRIMA TAS NEOTROPICAIS
Aotus infulatus E Saimiri
sciureus
Bolsista: Andréa Silvestre Lobão
Orientador (a): Salma Gomes de Oliveira
Seção: Parasitologia
Introdução:
A busca por uma vacina antimalárica vem crescendo nos últimos tempos,
pois se acredita ser uma estratégia de grande impacto no controle da malária. A
associação de estudos em modelo animal e ensaios "in vitro" fornecem as bases
necessárias para experimentos mais compatíveis com a realidade biológica envolvida na
interação parasita/hospedeiro.
Objetivo: Avaliar nos modelos primatas Saimiri sciureus e Aotus infulatus a participação
do mecanismo de ADCI na imunidade protetora contra Plasmodium falciparum gerada
por infecções ou por imunizações com as proteínas recombinantes MSP- 3 ou GLURP.
Metodologia:
Animais das duas espécies foram imunizados com várias formulações das
proteínas MSP-3 ou GLURP e desafiados, várias vezes, com P. fa/ciparum (clone FUP)
para produção de soros hiperimunes .Os soros foram coletados destes animais após as
imunizações
e os desafios, e mantidos a -20 oCo O antígeno para os testes de
imunofluorescência
foi obtido de culturas de isolados de P. falciparum.
Resultados:
Sete isolados foram postos em cultura. As culturas foram mantidas por
períodos de 5 a 80 dias Os soros coleta dos após 4 imunizações ou após o desafio
apresentaram títulos de 40 a 160, no teste de imunofluorescência
indireta. Nos dois
primeiros desafios houve necessidade de tratamento dos macacos, porém, a partir do
terceiro desafio a infecção foi autolimitante.
Discussão/Conclusão:
Os resultados obtidos no teste de imunofluorescência
e o curso
da infecção dos animais mostraram que animais, mesmo com baixos títulos de
anticorpos, são capazes de controlarem a infecção.
Para realização do teste de ADCI é fundamental ter um clone bem adaptado em cultura,
pois embora alguns isolados mantidos por um longo tempo em cultura atinjam
parasitemias elevadas, 4 a 5%, a assincronia dos parasitas passa a ser um fator limitante
para a realização do experimento, havendo a necessidade de sincronização das culturas,
o que em geral acarreta uma drástica redução da parasitemia.
Palavras-Chave:
Saimiri, Aotus, ADCI, Plasmodium falciparum,
13
~
29
vacina
18
17
AVAlIAÇÀO
MÉTODOS
COPROSCÓPICOS,
IMUNOLÓGICOS
E DE BIOLOGIA
AVALIAÇÃO DEDA
PARTICIPAÇÃO
DO MECANISMO
DE INIBiÇÃO
CELULAR
MOLECULAR
O DIAGNÓSTICO(ADCI)
DA AMEBíASE.
DEPENDENTE PARA
DE ANTICORPOS
NA IMUNUDADE
PROTETORA
CONTRA
Plasmodium
falciparum
NOS PRIMA TAS NEOTROPICAIS
Aotus infulatus E Saimiri
Bolsista:
sciureus Bruna dos Anjos Veios o Araujo
Orientador (a): Mônica Cristina de M. Silva
Seção: Parasitologia
Bolsista: Andréa Silvestre Lobão
Orientador (a):
Salma Gomes
de Oliveira
Seção: Entamoeba
Parasitologia histo/ytica,
Introdução:
A amebíase
é a infecção
causada pelo protozoário
com ou sem manifestações clínicas, mostrando-se assintomática na maioria dos casos.
Introdução: ampla
A busca
por uma geográfica,
vacina antimalárica
vemincidência
crescendo emnospaíses
últimostropicais,
tempos,
Apresenta
distribuição
com maior
pois se relacionada
acredita ser asuma
estratégia
de grande
impacto no controle
da malária. OA
estando
precárias
condições
higiênico-sanitárias
das populações.
associação laboratorial
de estudos da
em amebíase
modelo animal
e ensaios obtido
"in vitro"através
fornecem
bases
diagnóstico
é geralmente
de as
métodos
necessárias para
experimentos
a realidade
envolvida
na
coproscópicos,
para
identificaçãomais
de compatíveis
cistos e/ou com
trofozoítos
em biológica
microscopia
de luz.
Também,
sendo desenvolvidos
métodos imunológicos e de biologia molecular
interação estão
parasita/hospedeiro.
visando aumentar a qualidade do diagnóstico.
Objetivo: Avaliar nos modelos primatas Saimiri sciureus e Aotus infulatus a participação
do mecanismo
ADCI nacoproscópicos,
imunidade protetora
contra ePlasmodium
gerada
Objetivo:
Avaliardemétodos
imunológicos
de biologia falciparum
molecular para
o
diagnóstico
amebíase
intestinal. com as proteínas recombinantes MSP- 3 ou GLURP.
por infecçõesda ou
por imunizações
Metodologia: Foram
Animais obtidas
das duas
imunizados decom
várias formulações
das
Metodologia:
174espécies
amostrasforam
de fezes/soro
pacientes
residentes em
diversos
Belém,
PA,e atendidos
laboratório
Enteroparasitoses
do Instituto
proteínas bairros
MSP-3de ou
GLURP
desafiados,no várias
vezes,de com
P. fa/ciparum (clone
FUP)
Evandro
Chagas.deUma
do material
fecal foram
foi utilizada
nos destes
exames animais
coproscópicos
para produção
sorosalíquota
hiperimunes
.Os soros
coletados
após as
(direto
e Fauste eoscols.)
realizados
no mesmo
dia da
coleta.
O restante
imunizações
desafios,
e mantidos
a -20
oCo
O antígeno
para doosmaterial
testes foi
de
guardado
a OOC e posteriormente
testadodepor
método
imunoenzimático
(ELlSA) para
imunofluorescência
foi obtido de culturas
isolados
de P.
falciparum.
pesquisa de coproantígenos. O soro e o restante do material fecal foram guardados para
Resultados:
Sete dos
isolados
postose em
cultura. molecular
As culturas
foram mantidas por
posterior
realização
testes foram
sorológico
de biologia
respectivamente.
períodos de 5 a 80 dias Os soros coleta dos após 4 imunizações ou após o desafio
apresentaram O títulos
de dos
40 atestes
160, coproscópicos
no teste de imunofluorescência
indireta.
Nos dois
Resultados:
resultado
apresentou um índice
de positividade
primeiros
tratamento
porém, a partir
do
de
50,57% desafios
(88/174) houve
para E. necessidade
histo/ytica/E. de
disparo
No testedos
de macacos,
ELlSA a positividade
para E.
histoiytica
foi dea 33,90%
Das 88 amostras que foram positivas no exame
terceiro desafio
infecção (59/174).
foi autolimitante.
coproscópico,
apenas 45 também foram positivas no teste de ELlSA, representando
51,13%.
E, das 86 amostras
que foramobtidos
negativas
no exame
coproscópico,
14
Discussão/Conclusão:
Os resultados
no teste
de imunofluorescência
e odestas
curso
da infecção dos
animais
mostraram
que pelo
animais,
com o baixos
títulos de
mostraram-se
positivas
quando
analisadas
teste mesmo
de ELlSA,
que representa
16,27%.
e controlarem
especificidadea infecção.
do teste de ELlSA foram 51,1% e 83,7%,
anticorpos,A sensibilidade
são capazes de
Para realização do teste de ADCI é fundamental ter um clone bem adaptado em cultura,
respectivamente.
pois embora alguns isolados mantidos por um longo tempo em cultura atinjam
Discussão/conclusão:
parasitemias elevadas, 4 aComo
5%, a assincronia
esperado, dos
a parasitas
positividade
passa obtida
a ser um
nos
fator métodos
limitante
coproscópicos
(50,57%)
foi maior que
no teste
de ELlSA (33,9%),
pois sabe-se
que os
para a realização
do experimento,
havendo
a necessidade
de sincronização
das culturas,
métodos
capazes
de diferenciar
E. histoiytica de E. dispar, o que
o que emcoproscópicos
geral acarreta não
umasão
drástica
redução
da parasitemia.
é possível com o emprego do teste imunoenzimático.
A baixa sensibilidade
e
Palavras-Chave: observada
Saimiri, Aotus,
ADCI, deve-se
Plasmodium
falciparum, vacina
especificidade
no ELlSA,
provavelmente
ao teste padrão ouro
empregado (método coproscópico) neste estudo não ser considerado de boa qualidade.
A comparação
com outras metodologias
diferentes será importante para avaliar a
sensibilidade e especificidade dos métodos para diagnóstico.
Palavras-chave:
Amebíase,
diagnóstico,
ELlSA.
13
~
30
29
19
AVALIAÇÃO
DOS PARÃMETROS
HEMATOLÓGICOS
E BIOQUíMICOS
MACACOS
DA ESPÉCIE
Aotus
infulatus
MANTIDOS
EM CATIVEIRO
ESTABELECIMENTO
DE MODELO EXPERIMENTAL DE MALÁRIA VIVAX.
Bolsista: Elizângela Chaves da Veiga
Orientador (a): Maristela Gomes da Cunha
Instituições:
EM
E
IEC,CENP e UFPA
Introdução:
Na busca de um modelo alternativo para infecção experimental
com
Plasmodium vivax, iniciamos esse estudo para avaliar os parâmetros hematológicos e
bioquímicos de macacos da espécie Aotus infulatus, a fim de estabelecer os valores
normais desses parâmetros
e, posteriormente,
avaliar o uso desta espécie no
estabelecimento de modelo de malária experimental.
Metodologia:
Foram avaliados periodicamente parâmetros hematológicos (Hemograma
completo e contagem de reticulócitos) e bioquímicos (Dosagem de glicose, colesterol e
bilirrubina) de macacos da espécie Aotus infulatus, mantidos em cativeiros, no Centro
Nacional de Primatas. Além desses parâmetros, também foi feito uma descrição da
colônia quanto ao sexo, faixa etária, peso e temperatura corpórea dos animais. Estudos
in vitro foram realizados
com o intuito de avaliar a interação entre as células
mononucleares do sangue periférico de macacos da espécie Aotus infulatus com uma
cepa de P. vivax descrita como capaz de infectar macacos da espécie Saimiri sciureus.
Resultados:
A colônia encontra-se constituída por 75 animais, 39 fêmeas adultas, 31
machos adultos e 05 machos jovens. Os parâmetros hematológicos
e bioquímicos
aprestaram-se
com pouca variação. Foram estabelecidos os valores normais para a
espécie de macacos A. infulatus.
Também foram estabelecidos os valores médios de
peso e temperatura corporal. Ensaio in vitro demonstrou que, células mononucleares do
sangue periférico de macaco foram estimuladas por uma cepa de P. vivax .
Discussão e Conclusão:
Macacos da espécie Aotus infulatus, mantidos em cativeiro,
apresentam
parâmetros
hematológicos
e bioquímicos
com pouca variação.
Os
resultados obtidos sugerem que, esta espécie de macaco deve ser melhor estudada
visando a sua utilização em modelos de malária experimental.
Palavras
Chave: Aotus infulatus, Plasmodium vivax e malária
13
~
31
20
AVALIAÇÃO
DE TÉCNICAS
LABORATORIAIS
Cryptosporidium
e Giardia lamblia EM PACIENTES
PARA
O DIAGNÓSTICO
IMUNODEPRIMIDOS.
Bolsista: larisse Gomes de Oliveira.
Orientador (a): Marinete Marins Póvoa.
DE
Seção: Parasitologia
Introdução:
As enteroparasitoses
são responsáveis por alta morbidade na população
menos privilegiada em questões higiênico-sanitárias
devido a falta de saneamento
básico. Dentre estas, a criptosporidiose e a giardíase destacam-se por acometer crianças
e imunodeprimidos.
Clinicamente,
essas protozooses
caracterizam-se
por diarréia
aquosa, acompanhada de dor abdominal, anorexia, náuseas, vômito e febre. Entretanto,
em imunodeprimidos,
particularmente
com infecção por HIV, ocasiona enterite grave
podendo causar morte fulminante. O diagnóstico de ambas protozooses, normalmente é
feito por métodos coproscópicos.
Objetivo:
lamblia.
Avaliar técnicas
laboratoriais
para o diagnóstico
de Cryptosporídium
sp. e G.
Metodologia:
Foram estudadas
185 amostras fecais de pacientes HIV+, das quais 66
pertenciam ao grupo controle (mais de 30 dias sem diarréia) e 119 ao ativo (apresentar,
no mínimo, um episódio de diarréia em 30 dias). Os métodos parasitológicos utilizados
foram: Direto (MO), Faust (FC), Sedimentação (SE), Flutuação modificada (FM) e Giemsa
(MG). Como método imunológico,
utilizou-se ensaio imunoenzimático
(ELlSA) para
detecção de coproantígenos dos parasitas estudados.
Resultados~ Todas as 185 amostras foram testadas pelos métodos MO, FC e SE e
nenhuma amostra foi positiva para Cryptosporídium. Para G. lamblia a positividade foi
6(3,24%) no total, 2 positivas nos MO e SE, 1 no MO e FC, 1 nos MO, FC e SE e
somente 2 no MO. Todas as amostras positivas pertencem ao grupo ativo. Para os
métodos MF e MG foram testadas 144 amostras, com positividade para Cryptosporídium
de 37(25,7%), sendo 29 positivas no MG, 5 no MF e 3 nos dois métodos. Das 37
amostras, 27 pertenciam ao grupo ativo e 10 ao controle. Para G. lamblia a positividade
foi de 6(4,2%), sendo 4 positivas somente pelo MF e 2 pelo MG. As 4 amostras positivas
pelo MF pertencem ao ativo e as 2 do MG ao controle. O teste de ELlSA para
Cryptosporídium foi feito em 172 amostras, com positividade de 38,95% (67/172) onde 50
são do grupo ativo. Das amostras positivas, 26 (38,8%) também foram positivas no MG,
6(8,9%) no FM e 3(4,45%) no MG e FM e para G. lamblia em 161, cuja positividade foi
de 11,2%(18/161), sendo que 16 são do grupo ativo e 2 do grupo controle. Das 18
amostras positivas, 3(16,7%) também foram positivas no MG, 1(5,5%) no FM, 3(16,7%)
no FM, MO, FC e SE e 4(22,2%) no MO, FC e SE.
Conclusão:
Para o diagnóstico de Cryptosporídium o MG foi o que detectou a maioria
dos casos positivos, todavia o teste de ELlSA apresentou sensibilidade de 100%,
mostrando-se
superior ao primeiro. No caso da G. lamblia' não houve diferença
significativa
quanto a eficácia dos métodos parasitológicos,
já o teste de ELlSA
apresentou sensibilidade e especificidade elevadas.
Palavras -chave: Crvotosoorídium. Giardia lamblia. imunodeDrimidos. diaanóstico.
13
~
32
21
LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA NO MODELO EXPERIMENTAL
Cebus
apel/a (PRIMATES: CEBIDAE): I. AVALIAÇÃO
DA SUSCEPTIBILIDADE
DO PRIMATA
À INFECÇÃO POR Leishmania
(Leishmania) chagasi.
Bolsista: Liliane Almeida Carneiro
Orientador (a): Fernando Tobias Silveira
Seção: Parasitologia
Introdução:
A leishmaniose visceral americana humana atinge em sua maioria (70%)
crianças menores de 5 anos de idade, uma vez que estas estão menos protegidas
imunologicamente,
por isso a melhor forma de prevenir esse agravo seria através de uma
vacina com capacidade de proteger o ser humano da infecção pela Leishmania chagasi.
Considerando
que o envolvimento de seres humanos em experimentos científicos é
proibido, o desenvolvimento
de ensaios científicos em modelos animais tem sido
largamente incentivado. A propósito, o uso do primata Cebus ape//a como modelo devese a sua estreita relação filogenética com o homem, pois vários trabalhos já realizados
pelo mundo tem demonstrado
que esses animais são capazes de desenvolver
manifestações clínicas e imunopatológicas semelhantes as dos humanos acometidos de
leishmanioses.
Metodologia:
foram usados três exemplares do primata Cebus ape//a ,adultos jovens,
machos, nascidos e criados em cativeiro que foram inoculados, intradermicamente,
na
base da cauda com o equivalente a 2 x 106 de formas promastigotas obtidas da fase
estacionária de cultivo (meio Dfico B45), a partir de tecido de hamster (baço e fígado)
infectado com L. chagasi. A avaliação da evolução da infecção foi feita a partir de quatro
critérios: clínico, laboratorial específico, laboratorial inespecífico e imunológico.
Resultados:
1) Para o parâmetro clínico não observamos nenhuma alteração em relação
ao peso e temperatura corpórea, assim como, não detectamos sinal de visceromegalia.2)
Para o parâmetro laboratorial inespecífico chamam a atenção uma leucopenia moderada
e uma hipoglobulinemia.3) Para o parâmetro laboratorial específico os exames ainda não
foram realizados por falta do instrumento adequado para coleta do material da medula
óssea.4) Para o parâmetro imunológico notamos que dois dos animais mostraram
resultados positivos (1/20 IgG) aos 30 e 60 dias pós inoculação, enquanto que um dos
animais permaneceu
negativo no mesmo período, sugerindo que os dois animais
positivos podem estar sinalizando um estímulo antigênico que começou a produzir
resposta imune-humoral.
Discussão:
Em relação aos resultados obtidos é possível que representem reações
inespecíficas ou cruzadas, provocadas por um estímulo imunológico não conhecido,
entretanto as próximas avaliações servirão para esclarecer essas observações.
Conclusão:
Concluímos com base nos resultados até então obtidos, através dos
parâmetros clínico, laboratorial inespecífico, laboratorial específico e imunológico, que até
60 dias após a inoculação do primata Cebus ape//a por Leishmania (L) chagasi não foi
possível constatar o estabelecimento da infecção.
Palavras-chave:
Leishmaniose
visceral: L.(L) chaaasi: Primata Cebus a/Je//a
13
~
33
13
~
23
TOXOPLASMOSE
OCULAR ADQUIRIDA:
CIDADE DE BElÉM -PARÁ.
INVESTIGAÇÃO
Bolsista: Vivianne Carvalho da Cunha
Orientador (a): Marinete Marins Póvoa
Co-Orientador
(a): Ediclei lima do Carmo
EM UMA CAsuísTICA
NA
Seção: Parasitologia
Introdução:
A toxoplasmose
é uma protozoose sistêmica cosmopolita causada pelo
protozoário intracelular Toxop/asma gondii (Aplicomplexa: Coccidia).Segundo
inquéritos
sorológicos, 25 a 50% dos humanos são infectados assintomaticamente.
Em humanos os
maiores problemas clínicos verificados na toxoplasmose são decorrentes da infecção
durante a gravidez com conseqüente transmissão
congênita e a forma ocular da
infecção. A toxoplasmose ocular, frequentemente, vem sendo associada á reativações de
infecções
toxoplásmicas
congênitas.
Contudo, a forma ocular adquirida após o
nascimento é mais comum do que se acredita. Esta forma de toxoplasmose pode se
manifestar tanto como infecção aguda como reativações de infecções adquiridas após o
nascimento, clinicamente semelhante às reativações de origem congênita. O objetivo
deste trabalho é investigar a ocorrência de toxoplasmose ocular adquirida no binômio
mãe-filho e irmãos não gêmeos, utilizando métodos sorológicos.
Metodologia:
A amostra foi constituída por pacientes com quadro ocular sugestivo de
toxoplasmose
encaminhados
ao Programa de Toxoplasmose
do Instituto Evandro
Chagas, com idade entre 2 a 30 anos e de ambos os sexos. Dos pacientes selecionados
foi solicitado o comparecimento
de suas genitoras e irmão (s) não-gêmeo (s) para
avaliação clínico-laboratorial.
O teste sorológico utilizado foi o ensaio imunoenzimático
(ELlSA) indireto (lgG) e captura (lgM e IgA).
Resultados:
Foram selecionados 21 pacientes e suas genitoras. Em 17 binômios mãefilho formados foi incluído pelo menos um irmão não gêmeo. O grupo total (pacientes,
mães e irmãos) foi composto de 59 pessoas todas testadas para pesquisa IgG, IgM e
IgA. Dos pacientes, 15 (71,4%) apresentam manifestação ocular unilateral e 6 (28,6%),
bilateral. Em 11 pacientes não foi possível determinar a forma de transmissão. Dos 21
pacientes, 10 (47,6%) foram classificados como casos de toxoplasmose ocular adquirida
e desses, 7 (70%) apresentaram lesão ocular unilateral.
Discussão/Conclusão:
Os casos de toxoplasmose ocular adquirida foram confirmados
tanto pelo fato do paciente e a mãe apresentarem marcadores de fase aguda (lgM e/ou
IgA) como apenas o paciente apresentar uma dessas imunoglobulinas. Observamos alto
índice de manifestação
ocular unilateral em pacientes
com toxoplasmose
ocular
adquirida,
o que está de acordo com preceitos da literatura que afirma que o
acometimento ocular na forma congênita em geral é bilateral, enquanto que na forma
adquirida é unilateral. Baseados nos resultados obtidos, concluímos que há ocorrência de
toxoplasmose ocular adquirida (pós-natal) em Belém.
Palavra-Chaves:
~
Toxop/asma gondii, Toxoplasmose
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35
Ocular Adquirida e sorologia
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