HISTÓRIA - 2o ANO MÓDULO 38 PERÍODO ENTREGUERRAS: A CRISE DE 1929 E O NEW DEAL Fixação 1) (IBMEC) A crise que atingiu a Bolsa de Nova York, em 1929, serviu para demonstrar a crise do modelo liberal aplicado na economia norte-americana e para superá-la foi executado um programa que tinha como base: a) A não intervenção do Estado, objetivando dar ao mercado condições próprias de superação do grave momento econômico. b) Uma política de investimento maciço em obras públicas, que ficou conhecido como “Aliança para o progresso”. c) Um conjunto de medidas intervencionistas que ficou conhecido como New Deal. d) A supressão de uma série de conquistas da classe trabalhadora, como o salário-mínimo, com a finalidade de facilitar a geração de empregos. e) O rompimento dos acordos anteriormente firmados com o FMI, acordos que haviam sido assinados numa época de expansão econômica e que agora ficaram inviabilizados. Fixação 2) (UNIRIO) Um dos deveres do Estado é socorrer aqueles cidadãos que se virem vítimas de circunstâncias a tal ponto adversas que os deixem incapazes de satisfazer mesmo as mais simples necessidades sem amparo de outros. A esses desafortunados cidadãos, deve-se estender o amparo do governo, não como caridade, mas como uma face do dever social. (Pronunciamento do governador Franklin Roosevelt na Assembleia Legislativa do Estado de Nova Iorque, em 21/08/1931, in: SHERWOOD, Robert E. Roosevelt e Hopkins. Tradução de Heitor Aquino Ferreira, Rio de Janeiro: Nova Fronteira e Brasília: UNB, 1998, p. 47) A situação do café é a seguinte: a produção é maior do que o consumo. Procuramos iludir a situação, estabelecendo o escoamento de produção por doses fracionadas. (Carta de Francisco Campos a Getúlio Vargas, 23.12.1930, in: A Revolução de 30: textos e documentos. Brasília: UNB, 1982, p. 220). A crise econômica que eclodiu nos Estados Unidos a partir da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 24 de outubro de 1929, alcançou proporções mundiais, constituindo uma das mais profundas crises cíclicas do capitalismo. Em sua difusão, atingiu as economias capitalistas, provocando uma profunda recessão econômica, superada através de intervenções político-econômicas do governo norte-americano. Explique um fator relacionado com a origem da crise de 1929. Fixação F 3) (UFRRJ) Leia o texto e responda ao que se pede: Eu espero, mas as horas passam devagar. Eu estou na fila da sopa. Atrás de mim e na minha frente existem homens. Centenas de homens. Eu estou imprensado no meio da fila. Eu já estou aqui há duas horas. Já é noite e faltam dois minutos para que eles comecem a servir. O vento sopra nas esquinas e me corta como uma faca. Eu estou aqui há duas horas apenas. Alguns desses caras estão aqui há quatro. Do outro lado da rua, as pessoas ficam olhando pra nós. Nós somos um bom show para elas. Uma fila da sopa que se estende por dois quarteirões é algo que se deve ver. 4 e 1 G a b c d (KROMER, Tom. “Waiting for Nothing”. In SALZMAN, Jack. Years of Protest: A Collection of American Writings of the 1930’s. New York: e The Bobbs-Merrill Company, Inc. Publishers, 1970, p. 45.) a) O texto anterior foi escrito em uma conjuntura marcada pela chamada “Crise de 29”, relacionada à “quebra” da bolsa de valores de Nova York. De que forma é possível relacionar a situação, descrita no texto, com a Crise de 29? b) A partir de 1933, implantou-se nos Estados Unidos o New Deal, que trouxe uma modificação importante na relação entre o Estado e a Sociedade. Identifique a mudança que coloca em questão um princípio básico do liberalismo clássico. Fixação 4) (PUC) Inicialmente favorecida pelas condições internacionais do pós-Primeira Guerra, a economia dos Estados Unidos conheceu um período de forte expansão e euforia nos anos 1920. Todavia, ao final dessa década, o país seria um dos focos da crise mundial de 1929 e da Grande Depressão que a seguiu. Um dos motivos dessa violenta reversão de expectativas foi: a) a falência das principais medidas estabilizadoras do New Deal. b) a política antitruste determinada pela Sociedade das Nações. c) a perda de mercados devido à descolonização afro-asiática. d) a superprodução no setor primário dos Estados Unidos. e) o crescimento da dívida norte-americana em relação às principais potências europeias. Fixação 5) (UERJ) Durante os últimos três meses, visitei uns vinte estados deste belo país extraordinariamente rico. As estradas do oeste e do sudoeste pululam de pessoas famintas pedindo carona. As fogueiras dos acampamentos dos desabrigados são visíveis ao longo de todas as estradas de ferro. Os fazendeiros estão sendo pauperizados pela pobreza das populações industriais, e as populações industriais, pauperizadas pela pobreza dos fazendeiros. Nenhum deles tem dinheiro para comprar o produto do outro; consequentemente há excesso de produção e carência de consumo, ao mesmo tempo e no mesmo país. (Relato feito em 1932 por Oscar Ameringer à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Adaptado de MARQUES, A. M. et al. História contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 1990.) O depoimento acima faz referência a efeitos da Crise de 1929 para a sociedade norteamericana. Apresente dois fatores que contribuíram para deflagrar essa crise e cite seu principal desdobramento para a economia europeia naquele momento. Proposto 1) (PUC) A Grande Depressão, iniciada em 1929, com a crise da Bolsa de Nova York, foi, possivelmente, o acontecimento do século XX cujas repercussões se fizeram sentir sobre um maior número de homens e mulheres em todo o planeta. a) Explique por que os efeitos da Grande Depressão afe-taram mais a economia da Alemanha do que a economia da União Soviética. b) Roosevelt, ao assumir a presidência em 1933, deu início à implementação do New Deal, um conjunto de medidas que visava a combater os efeitos recessivos da Grande Depressão sobre a economia norte-americana. Indique 1 (uma) dessas medidas. Proposto 2) (PUC) A crise econômica de 1929 não deixa intocado nenhum ramo da economia e atingiu diferentes segmentos sociais, determinando, EXCETO: a) diminuição drástica do volume do comércio internacional; b) afastamento do poder público do cenário econômico; c) desemprego em massa e aumento do número de falências; d) a queda acentuada da produção em nível mundial; e) a retração da taxa de crescimento e da renda nacional. Proposto 3) (UFSCAR) Se nem todas as grandes crises econômicas, como a atual, que, periodicamente acometem o capitalismo, levam a uma transformação no seu funcionamento, todas as grandes transformações pelas quais ele passou foram desencadeadas por uma grande crise. Situe historicamente e explique as crises que levaram ao chamado capitalismo: a) com participação estatal (keynesiano). b) desregulado (neoliberal). Proposto 4) (UNIFESP) Numa quinta-feira, 24 de outubro de 1929, 12.894.650 ações mudaram de mãos, foram vendidas na Bolsa de Nova Iorque. Na terça-feira, 29 de outubro do mesmo ano, o dia mais devastador da história das bolsas de valores, 16.410.030 ações foram negociadas a preços que destruíam os sonhos de rápido enriquecimento de milhares dos seus proprietários. A crise da economia capitalista norte-americana estendeu-se no tempo e no espaço. As economias da Europa e da América Latina foram duramente atingidas. Franklin Delano Roosevelt, eleito presidente dos Estados Unidos em 1932, procurou combater a crise e os seus efeitos sociais por meio de um programa político conhecido como New Deal. a) Identifique dois motivos da rápida expansão da crise para fora da economia norte-americana. b) Caracterize de maneira geral o New Deal e apresente uma de suas medidas de combate à crise. Proposto ,5) (IFSP) Em seu discurso de posse, em 1933, o presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, tentou encorajar seus compatriotas: “O único medo que devemos ter é do próprio temor. aUma multidão de cidadãos desempregados enfrenta o grave problema da subsistência e um número igualmente grande recebe pequeno salário pelo seu trabalho. Somente um otimista pode negar as realidades sombrias do momento.” - O problema que atemorizava os EUA, cujos efeitos foram desemprego e baixos salários, referido pelo presidente Roosevelt, era: a) a Primeira Guerra Mundial, em que os EUA lutaram ao lado da Tríplice Entente contra a Tríplice Aliança, obtendo a vitória após três anos de combate. Entretanto, a vitória não trouxe crescimento econômico, mas, sim, desemprego e fome. b) a Segunda Guerra Mundial, quando os norte-americanos lutaram ao lado dos Aliados contra o Eixo nazifascista. Embora vencedores, o ônus financeiro da guerra foi muito pesado. c) a Guerra do Vietnã, quando os EUA apoiaram o Vietnã do Sul contra o avanço comunista do Vietnã do Norte, tendo gasto milhões de dólares em uma guerra infrutífera. d) a depressão de 1929, causada pela existência de uma superprodução, acompanhada de um subconsumo, crise típica de um Estado Liberal. e) a primeira Guerra do Golfo, quando o Iraque invadiu o Kuwait e os EUA, na defesa de seus interesses petrolíferos, invadiram o Iraque na defesa de seu pequeno estado aliado. Proposto 6) (FGV) Quando se processaram as eleições de novembro de 1932, o país estava numa situação pior do que nunca. Todas as “curas” do Sr. Hoover não conseguiram dar vigor ao paciente moribundo. Os trabalhadores eram assolados pelo desemprego; os lavradores eram arrasados pela crise da agricultura; a classe média tinha perdido suas economias nas falências dos bancos e temia pela sua segurança econômica. Em 8 de novembro de 1932 o povo americano elegeu Franklin D. Roosevelt para presidente dos Estados Unidos. O New Deal do Sr. Roosevelt foi chamado de revolução. Era e não era. Era uma revolução quanto às ideias, mas não na sua parte econômica. (Leo Huberman, História da riqueza dos EUA [Nós, o povo].) Não era uma revolução econômica, pois: a) o volume de recursos destinados à recuperação econômica era pequeno e beneficiou apenas as regiões industrializadas. b) não ocorreu qualquer alteração no direito à propriedade privada, assim como foi mantida a mesma estrutura de classe. c) os operários e produtores rurais não tiveram nenhum ganho importante, uma vez que os benefícios atingiram exclusivamente as classes médias. d) os principais causadores da crise – os grandes conglomerados oligopolistas – foram os que mais recursos receberam do governo americano. e) privilegiaram-se os investimentos diretos em agentes econômicos tradicionais, como as grandes casas bancárias e as principais corporações. Proposto 7) (UEPB) Em 1933, Franklin Delano Roosevelt tomou posse para cumprir mandato como o 32o presidente dos Estados Unidos da América. Os EUA experimentavam a mais aguda de todas as suas crises, em consequência do “Crack da Bolsa de Nova York de 1929”. Para se ter ideia da extensão dos danos, um quarto da força de trabalho norte-americana estava desempregado, sem contar os trabalhadores subempregados e os que tinham desistido de procurar emprego. Assinale a única alternativa INCORRETA. a) Roosevelt foi eleito uma vez e reeleito mais três vezes seguidas — caso único na história americana. Mas isso só foi possível pelas circunstâncias da época. A grande depressão e a 2a Guerra Mundial criaram as condições para que ele obtivesse até mesmo um quarto mandato, encerrado precocemente devido à sua morte, em abril de 1945. b) Roosevelt recebeu apoio total para governar. O Congresso americano e o Judiciário foram fundamentais para que o New Deal fosse um sucesso. A Suprema Corte dos EUA julgou o plano constitucional e deu plenos e absolutos poderes para que Roosevelt governasse, de tal forma que ele tomava decisões sem ter que consultar os outros poderes. c) Roosevelt foi eleito presidente dos EUA não aceitando a visão de que crises são movimentos normais da economia. Ele defendia que a economia americana vivia um estado patológico incomum e que nenhuma teoria econômica poderia justificar o sofrimento da população. d) Roosevelt teve como marca maior de seus governos o chamado New Deal (novo contrato), que não defendia um conjunto de medidas pré-estabelecidas, mas que o governo deveria se comprometer a assumir a responsabilidade de agir pela prosperidade da economia e pela melhoria do bem-estar da população. e) Roosevelt foi eleito por ter oferecido ao povo americano um projeto pelo qual o governo interviria na economia com os instrumentos necessários para que se pudesse combater a grande depressão. Em sua posse ele pronunciou a frase, que se tornaria o lema de seu governo: “Não há o que temer, senão o próprio medo.”