Bula-0000000045184

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TEVA FARMACÊUTICA LTDA. - BRASIL.
MODELO DE BULA – PORTARIA 110/97
MODELO DE BULA
BU_02
394895
Tevametho®
metotrexato
25mg/mL e 100mg/mL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
USO INTRAVENOSO, INTRAMUSCULAR E INTRATECAL
Formas farmacêuticas e apresentações
Solução injetável.
25 mg/mL
Embalagem contendo 1 frasco-ampola de soluçai injetável com 2 mL – 50 mg
Embalagem contendo 1 frasco-ampola de solução injetável com 20 mL – 500 mg
100 mg/mL
Embalagem contendo 1 frasco-ampola de solução injetável com 10 mL – 1000 mg
Embalagem contendo 1 frasco-ampola de solução injetável com 50 mL – 5000 mg
Composição
25 mg/mL
Cada mL da solução contém:
metotrexato ...............................................25 mg
Excipientes q.s.p..........................................1 mL
(água para injeção, hidróxido de sódio, cloreto de sódio, ácido clorídrico)
100 mg/mL
Cada mL da solução contém:
metotrexato ................................................100 mg
Excipientes q.s.p.............................................1 mL
(água para injeção, hidróxido de sódio, ácido clorídrico)
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Cuidados de armazenamento: O medicamento deve ser conservado em temperatura
ambiente (abaixo de 25°C). Proteger da luz.
Prazo de validade: TEVAMETHO®(metotrexato) apresenta prazo de validade de 24
meses a partir da data de fabricação, desde que respeitados os cuidados de
armazenamento. Não use medicamentos após o vencimento do prazo de validade.
Escritório
Rua James Joule, 92 – 15° andar – CEP 04576-080 – São Paulo – SP – Brasil
Tel.: (55 11) 5105-5750 Fax.: (5511) 5105-5779.
Sede
Rua Mota Pais, 471-B – CEP 05054 – 000 – São Paulo – Brasil
Tel.: (55 11) 3023-1123.
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS
CARACTERÍSTICAS
Propriedades farmacológicas
O metotrexato (ácido 4-amino-10 metil fólico) é um antimetabólito e análogo do ácido
fólico.
O fármaco entra nas células através de um sistema de transporte ativo para folatos
reduzidos e, devido à ligação relativamente irreversível, inibe a enzima diidrofolato
redutase que catalisa o processo de redução do ácido fólico a ácido tetraidrofólico. A
formação inibida de tetraidrofolatos resulta na interferência da síntese e reparo do
DNA e replicação celular.
A afinidade da diidrofolato redutase pelo metotrexato é muito maior que a sua
afinidade pelo ácido fólico ou diidrofólico, de forma que mesmo administrando-se
simultaneamente grandes quantidades de ácido fólico, os efeitos do metotrexato não
serão revertidos.
O fármaco parece também causar um aumento no trifosfato de desoxiadenosina
intracelular.
Acredita-se que essa substância iniba a redução de ribonucleotídeos e polinucleotídeo
ligase (enzima relacionada com a síntese e reparo do DNA). Os tecidos ativamente
proliferativos tais como células malignas, medula óssea, células fetais, das mucosas
bucais e intestinais, espermatogônias e células da bexiga urinária são geralmente
mais sensíveis às ações farmacológicas do metotrexato.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Consegue-se uma absorção rápida e completa do metotrexato após administração
intramuscular e os níveis séricos máximos são obtidos dentro de 0,5-2 horas. Doses
orais baixas (até 25-30 mg/m2) são rapidamente absorvidas no trato gastrintestinal,
mas a absorção de doses maiores é irregular, possivelmente devido ao efeito de
saturação.
Entretanto, foi detectada uma variabilidade na absorção do metotrexato em pacientes
recebendo tratamento oral devido à desnudação epitelial, mudanças na motilidade e
alterações da flora intestinal induzidas pelo fármaco. Além disso, foi demonstrado que
o alimento retarda a absorção e reduz a concentração máxima. Os níveis séricos
máximos atingíveis após administração oral são ligeiramente menores que aqueles
detectados após injeção intramuscular, sendo que esses picos são alcançados dentro
de 1-4 horas após administração oral.
Distribuição
Aproximadamente 50% do metotrexato absorvido está ligado reversivelmente às
proteínas séricas, mas se difunde facilmente para as células dos tecidos corpóreos,
onde o fármaco é transportado ativamente através das membranas celulares.
O metotrexato é amplamente distribuído para os tecidos corpóreos, sendo que as
maiores concentrações são encontradas nos rins, vesícula biliar, baço, fígado e pele.
Quantidades pequenas ou insignificantes atravessam a barreira hematoencefálica e
atingem o líquido cefalorraquidiano após administração oral ou parenteral, que podem
ser aumentadas quando são administradas doses maiores. Foram detectadas
pequenas quantidades na saliva e no leite. O fármaco atravessa a barreira placentária.
O metotrexato é retido por várias semanas nos rins e, por meses, no fígado, mesmo
após uma única dose terapêutica. As concentrações séricas podem se manter e o
metotrexato pode se acumular nos tecidos após doses diárias repetidas.
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O fármaco penetra lentamente nos líquidos acumulados em terceiros espaços, tais
como derrames pleurais, ascites e edemas tissulares acentuados.
Metabolismo
O fármaco não parece sofrer metabolização significativa em doses baixas; após
tratamento com doses elevadas, o metotrexato sofre metabolização hepática e
intracelular para formas poliglutamadas que podem ser reconvertidas a metotrexato
por enzimas do tipo hidrolase.
Pode ocorrer pequena metabolização para derivados 7-hidroxi com as doses
comumente prescritas.
Antes da absorção, o metotrexato pode ser parcialmente metabolizado pela flora
intestinal a ácido 2,4-diamino-N10-metilpteróico, um metabólito farmacologicamente
inativo.
Excreção
A depuração plasmática é descrita como sendo trifásica: a primeira fase
provavelmente envolve a distribuição para os órgãos, a segunda, a excreção renal e a
terceira, a passagem do metotrexato através da circulação entero-hepática.
A meia-vida terminal após doses orais reduzidas situa-se na faixa de 3 a 10 horas ou 8
a 15 horas, após terapia parenteral de doses elevadas. A depuração total é, em média,
12 L/h, mas existe uma variação interindividual muito ampla. Foi identificada uma
depuração retardada do fármaco como sendo um dos principais fatores responsáveis
pela toxicidade medicamentosa.
A excreção se dá principalmente pelos rins, através de filtração glomerular e
transporte ativo. Até 92% de uma única dose são excretados inalterados na urina
dentro de 24 horas após a administração IV, seguindo-se por excreção de 1-2% da
dose retida diariamente.
Pequenas quantidades são excretadas nas fezes, provavelmente através da bile.
O padrão de eliminação, entretanto, varia consideravelmente de acordo com a
dosagem e via de administração. A excreção de metotrexato fica prejudicada e ocorre
acumulação mais rapidamente em pacientes com função renal insuficiente. Além
disso, a administração simultânea de ácidos orgânicos fracos como os salicilatos pode
suprimir a depuração do metotrexato. O fármaco é lentamente liberado de
compartimentos de terceiro espaço, prolongando o desaparecimento do plasma e
aumentando o risco de toxicidade.
INDICAÇÕES
TEVAMETHO® (metotrexato) é indicado para o tratamento dos seguintes tumores
sólidos e neoplasias malignas hematológicas:
- Neoplasias trofoblásticas gestacionais (coriocarcinoma uterino, corioadenoma
destruens e mola hidatiforme)
- Leucemias linfocíticas agudas
- Câncer pulmonar de células pequenas
- Câncer de cabeça e pescoço (carcinoma de células escamosas)
- Câncer de mama
- Osteossarcoma
- Tratamento e profilaxia de linfoma ou leucemia meníngea
- Terapia paliativa de tumores sólidos inoperáveis
- Linfomas não-Hodgkin e linfoma de Burkitt.
Indicações não-oncológicas
Psoríase grave
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CONTRA-INDICAÇÕES
O medicamento é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
metotrexato ou a qualquer componente da fórmula e àqueles portadores de
insuficiência renal grave.
A presença de insuficiência hepática, alcoolismo, depressão da medula óssea
(presença de anemia grave e/ou leucopenia grave e/ou trombocitopenia), infecções
graves, úlcera péptica ou colite ulcerativa, gravidez e aleitamento requerem extrema
cautela no uso do metotrexato para terapia antineoplásica, enquanto representam
contra-indicações para o uso em pacientes com psoríase.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Geral
Como regra geral, a administração do metotrexato deve ser realizada sob supervisão
de médicos com treinamento completo para a utilização de fármacos citotóxicos. É
obrigatório o controle minucioso da toxicidade, particularmente na administração de
dosagens elevadas do fármaco.
Embora a probabilidade de ocorrer efeitos tóxicos esteja relacionada, em termos de
freqüência e gravidade, com a dose e/ou freqüência da administração do fármaco, a
toxicidade pode ocorrer em todas as doses.
Pacientes submetidos a tratamento com metotrexato devem ser informados dos riscos
de toxicidade. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados durante o
tratamento, recomendando-se particular atenção aos pacientes com insuficiência
renal, bem como para aqueles com derrames pleurais ou outras coleções em terceiro
espaço (por exemplo: ascite), uma vez que a eliminação do fármaco pode estar
comprometida.
As avaliações basais de rotina devem incluir um hemograma completo, testes de
função renal e hepática e uma radiografia de tórax. Durante o tratamento da psoríase,
recomenda-se a monitorização dos parâmetros hematológicos (pelo menos uma vez
ao mês) e função renal e hepática (a cada um a três meses). Em pacientes
oncológicos indica-se, usualmente, uma monitorização mais freqüente. A urina deve
ser mantida alcalinizada ao longo de toda a terapia com metotrexato.
Pacientes em tratamento ambulatorial com metotrexato devem ser informados dos
sinais e sintomas de toxicidade, da necessidade de procurar seu médico
imediatamente se eles ocorrerem e da necessidade de cuidadoso acompanhamento,
inclusive de testes laboratoriais regulares para monitorização da toxicidade.
As advertências e precauções especiais aplicam-se às seguintes situações:
Infecções
A terapia com metotrexato possui atividade imunossupressora, que potencialmente
pode levar a infecções sérias ou mesmo fatais. Sinais e sintomas de infecção devem
ser cuidadosamente observados e pode ser necessário tratamento antibiótico de largo
espectro.
Toxicidade gastrintestinal
Se ocorrerem vômitos recorrentes, graves ou diarréia recorrente ou estomatite
ulcerativa extensa, a terapia com metotrexato deve ser descontinuada em vista do
risco de enterite hemorrágica e perfuração intestinal.
Hepatotoxicidade
Alterações transitórias dos testes de função hepática (transaminases elevadas) são
freqüentemente observadas após a administração de metotrexato e geralmente não
requerem modificação do tratamento com metotrexato. Pode ocorrer toxicidade
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hepática crônica (fibrose e cirrose) após tratamento prolongado (2 anos ou mais) e
doses elevadas cumulativas do fármaco. Embora atualmente se acredite que a biópsia
hepática seja a única medida confiável de avaliação da hepatotoxicidade induzida pelo
metotrexato, os testes de função hepática devem ser repetidos periodicamente
durante o período de tratamento.
Indica-se precaução especial na presença de dano hepático preexistente ou função
hepática insuficiente. Anormalidades persistentes e/ou reduções significativas da
albumina sérica podem ser indicadores de toxicidade hepática grave, requerendo
avaliação.
Toxicidade pulmonar
O metotrexato tem potencial para causar toxicidade pulmonar, de forma que os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais e sintomas
pulmonares (por exemplo, tosse seca, improdutiva). Se tais manifestações ocorrerem,
o tratamento deve ser descontinuado, instituindo-se uma terapia de suporte.
Neurotoxicidade
Altas doses sistêmicas ou administração intratecal de metotrexato podem causar
toxicidade significativa ao SNC. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente
quanto a sinais e sintomas neurológicos. Se tais manifestações ocorrerem, o
tratamento deve ser descontinuado, devendo ser instituída terapia apropriada.
Toxicidade cutânea
Os pacientes recebendo metotrexato devem evitar exposição excessiva sem proteção
ao sol ou lâmpadas solares devido a possíveis reações de fotossensibilidade.
Função renal
O metotrexato não é nefrotóxico, mas é quase completamente excretado pelos rins. O
risco de dano renal levando à insuficiência renal aguda devido, principalmente, à
precipitação no rim do fármaco inalterado e seus metabólitos, pode ser reduzido por
hidratação oral adequada e alcalinização da urina (o metotrexato é um ácido fraco e
tende a se precipitar em pH urinário abaixo de 6,0). Testes de função renal devem ser
realizados periodicamente.
Terapia com doses elevadas
A administração de ácido folínico (folinato de cálcio) é obrigatória na terapia de
metotrexato em altas doses. A administração de ácido folínico, hidratação e
alcalinização da urina devem ser realizadas com monitoração constante dos efeitos
tóxicos e da eliminação do metotrexato.
Há relatos de mortes relacionadas ao uso do metotrexato no tratamento da psoríase;
por esta razão, no tratamento dessa patologia, o fármaco deverá ser reservado aos
casos graves, rebeldes e incapacitantes que não tenham respondido adequadamente
às formas usuais de terapia e somente quando o diagnóstico for confirmado por
biópsia e/ou consulta dermatológica.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
Foram observados quadros de abortamento, morte fetal e/ou anormalidades
congênitas em mulheres grávidas recebendo metotrexato. Se o fármaco for
administrado durante a gravidez ou se a paciente ficar grávida durante o tratamento
com metotrexato, devem ser fornecidas todas as informações sobre os riscos
potenciais ao feto.
As mulheres com probabilidade de engravidar não devem receber o fármaco até que a
gravidez esteja excluída e devem ser aconselhadas a fazer uso de métodos
contraceptivos confiáveis durante e até cerca de 3 meses após a descontinuação do
fármaco.
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Categoria X de risco na gravidez: Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O metotrexato é freqüentemente utilizado em combinação com outros fármacos
citotóxicos.
Pode-se esperar uma toxicidade aditiva em esquemas de quimioterapia que combinam
fármacos com efeitos farmacológicos similares, devendo ser realizada uma
monitoração especial com respeito à depressão de medula óssea, bem como
toxicidades renal, gastrintestinal e pulmonar.
Após a absorção, o metotrexato liga-se parcialmente à albumina sérica. O uso
concomitante de outros fármacos que competem pelo mesmo sítio de ligação pode
resultar em deslocamento do metotrexato, com aumento das concentrações
plasmáticas e risco de toxicidade. Os salicilatos, as sulfonamidas, as sulfoniluréias, a
fenitoína, a fenilbutazona, o ácido aminobenzóico, alguns antibióticos como as
penicilinas, tetraciclina, pristinamicina, probenecida e cloranfenicol, apresentam um
efeito inibidor/competitivo com o metotrexato na ligação das proteínas séricas. Além
disso, compostos hipolipidêmicos como a colestiramina mostraram-se substratos de
ligação preferencial em comparação com as proteínas séricas, quando administrados
em combinação com metotrexato.
Deve ser evitado o uso concomitante de outros fármacos com potencial nefrotóxico ou
hepatotóxico, inclusive o álcool.
Foram relatados casos graves e alguns fatais de agravamento da toxicidade pelo
metotrexato, quando esse era administrado concomitantemente com vários fármacos
antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), inclusive ácido acetilsalicílico e outros
salicilatos, azapropazona, diclofenaco, indometacina e cetoprofeno. O mecanismo é
incerto mas pode incluir tanto o deslocamento do metotrexato dos sítios de ligação
com proteínas quanto um efeito inibitório dos AINEs sobre a síntese de prostaglandina
E2, causando uma redução significativa do fluxo sangüíneo renal, resultando em
redução da excreção do metotrexato.
Foi relatado que o naproxeno não afeta a farmacocinética do metotrexato, mas foi
relatado um caso de interação fatal.
O uso concomitante de pirimetamina ou trimetoprima pode aumentar os efeitos tóxicos
do metotrexato devido a um efeito aditivo antifolato. Por outro lado, preparações
multivitamínicas incluindo ácido fólico ou seus derivados podem alterar as respostas
ao metotrexato e não devem ser administradas a pacientes que estejam recebendo
metotrexato.
Foi relatado que a administração de L-asparaginase pode antagonizar o efeito do
metotrexato.
REAÇÕES ADVERSAS E ALTERAÇÕES DE EXAMES LABORATORIAIS
Muitos dos efeitos colaterais da terapia com metotrexato não podem ser evitados,
tendo em vista as ações farmacológicas do fármaco. Entretanto, os efeitos adversos
são geralmente reversíveis se detectados precocemente. Os principais efeitos tóxicos
do metotrexato ocorrem em tecidos normais de proliferação rápida, particularmente a
medula óssea e o trato gastrintestinal. Ulcerações da mucosa oral são, habitualmente,
os sinais mais precoces de toxicidade. As reações adversas mais comuns incluem
estomatite, leucopenia, náusea e desconforto abdominal; entretanto, como ocorre com
outros fármacos, podem ocorrer outras toxicidades com freqüências e intensidades
diferentes de acordo com as várias doses/vias de administração.
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As reações adversas relatadas para os diferentes sistemas orgânicos são as
seguintes:
Efeitos Hematológicos
Depressão da medula óssea (leucopenia, neutropenia, trombocitopenia e anemia) é
esperada após terapia com metotrexato. O nadir (efeito deteriorante máximo) dos
leucócitos, neutrófilos e plaquetas circulantes habitualmente ocorre entre 5 e 13 dias
após a dose IV em bolus (com recuperação entre 14 e 28 dias). Os leucócitos e
neutrófilos podem, ocasionalmente, apresentar duas depressões, a primeira ocorrendo
em 4-7 dias e um segundo nadir após 12-21 dias, seguido por recuperação. Podem
ser esperadas seqüelas clínicas como febre, infecções e hemorragia em várias
localizações.
Também foi relatada anemia megaloblástica, principalmente em pacientes idosos
recebendo tratamento prolongado semanalmente com metotrexato. A suplementação
de folato pode permitir a continuação da terapia com metotrexato com a resolução da
anemia.
Efeitos Gastrintestinais
Podem ocorrer mucosite (estomatite, gengivite, glossite, enterite), bem como náuseas,
vômitos e diarréia. As conseqüências clínicas dessa toxicidade podem ser ulceração e
sangramento das membranas mucosas da boca e/ou outras porções do trato
gastrintestinal, perfuração intestinal, desconforto abdominal, anorexia. A administração
de metotrexato tem sido associada com hepatotoxicidade aguda e crônica. É
comumente relatada a alteração dos testes de função hepática (aumentos nos níveis
de transaminases e LDH), mas isso geralmente se resolve dentro de um mês da
cessação da terapia. Fibrose ou cirrose hepática mais importante pode acompanhar
tratamentos prolongados (2 anos ou mais) e doses elevadas cumulativas do fármaco.
O risco de desenvolver hepatotoxicidade crônica em pacientes com psoríase parece
estar correlacionada, não somente com as doses cumulativas do fármaco, mas
também com a presença de condições concomitantes como alcoolismo, obesidade,
diabetes, idade avançada e uso de compostos arsenicais.
Hipersensibilidade e Efeitos Dermatológicos
Foram relatadas erupções cutâneas eritematosas, urticária e prurido após a
administração de metotrexato. Também foram relatadas reações anafiláticas e
ulceração/necrose da pele compatíveis com necrólise epidérmica tóxica. Também
podem ocorrer dermatites, acne/furunculose/foliculite, vasculite, petéquias, equimoses,
teleangiectasias, fotossensibilidade, despigmentação/hiperpigmentação da pele e
alopecia. Podem aparecer queimaduras e eritema em áreas psoriáticas por 1-2 dias
após cada dose, agravadas por exposição concomitante à radiação ultravioleta.
Efeitos Pulmonares
Podem ocorrer pneumonite intersticial, fibrose intersticial, infiltrados pulmonares
eosinofílicos reversíveis. Foi ocasionalmente relatada patologia pulmonar intersticial
crônica.
As manifestações de toxicidade pulmonar induzidas pelo metotrexato incluem febre,
tosse (principalmente seca e não produtiva), dispnéia, dor torácica, hipoxemia e/ou
evidência radiológica de infiltrados pulmonares (geralmente difusos e/ou alveolares).
Efeitos sobre o SNC
Relatou-se neurotoxicidade em pacientes recebendo metotrexato intratecal ou em
altas doses. A aracnoidite química manifesta-se através de cefaléia, dor nas costas,
rigidez de nuca. Uma forma subaguda de toxicidade pode caracterizar-se por vários
graus de paresia.
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Também foram relatados paraplegia e aumento da pressão liquórica. Uma síndrome
tardia, ocorrendo meses ou anos após o tratamento, é caracterizada por
leucoencefalopatia necrotizante. A síndrome pode iniciar-se de forma insidiosa e
progredir para um estado confusional, estupor, convulsões, ataxia e demência. Os
efeitos são dose-relacionados e ocorrem particularmente quando o metotrexato
intratecal é administrado em doses acima de 50 mg em combinação com irradiação
craniana e terapia sistêmica com metotrexato. Foi registrado prejuízo cognitivo em
crianças que receberam metotrexato intratecal, juntamente com irradiação craniana.
Efeitos Reprodutivos e Urogenitais
Podem ocorrer insuficiência renal, azotemia, cistite, hematúria. Também foram
relatados oogênese e espermatogênese defeituosas, oligospermia transitória,
disfunção urogenital, corrimento vaginal, infertilidade, quadros de abortamento e
defeitos fetais.
Carcinogenicidade
Relatou-se que fármacos citotóxicos estão associados com risco aumentado de
desenvolvimento de tumores secundários em seres humanos. Foi relatada evidência
de danos cromossômicos em células somáticas de animais e em células de medula
óssea de seres humanos com metotrexato.
Outros Efeitos Adversos
Foram relatados outros efeitos adversos em associação com o uso de metotrexato, os
quais incluem febre, calafrios, mal-estar, fadiga, cefaléia, tonturas, sonolência, tinido,
visão borrada e desconforto ocular. Também foram relatadas alterações metabólicas,
precipitação de diabete e efeitos osteoporóticos, inclusive necrose asséptica da
cabeça do fêmur.
POSOLOGIA
Indicações em oncologia
A dose do metotrexato para indicações oncológicas é habitualmente baseada na área
de superfície corpórea (m2) do paciente ou no peso corpóreo (kg). Entretanto, se o
paciente for obeso ou tiver retenção hídrica grave, a dosagem deve ser baseada no
peso corpóreo ideal estimado.
A faixa de dose terapêutica do metotrexato para indicações oncológicas é muito
ampla. A dose, as vias intravenosa (injeção em bolus ou infusão), intramuscular,
intratecal e esquemas de administração variam de acordo com a doença que está
sendo tratada, os tratamentos citotóxicos concomitantes que estão sendo empregados
(fármacos e radioterapia), a condição do paciente e a disponibilidade de adequadas
medidas quimioprotetoras / de suporte.
De um modo geral, as doses devem ser reduzidas em função de deficiências
hematológicas e insuficiência renal ou hepática. Doses elevadas (superiores a 100
mg) são geralmente administradas através de infusão intravenosa lenta, durante
períodos que não devem exceder a 24 horas, sendo que parte da dose é injetada
inicialmente por via IV rápida. As doses intravenosas (IV) de metotrexato variam,
usualmente, de 30 a 120 mg/m2/ciclo em pacientes com função renal normal. Doses de
metotrexato tão elevadas quanto 12-15 g/m2 podem ser administradas por exemplo, no
tratamento de osteossarcoma, as quais devem sempre ser administradas com ácido
folínico (folinato de cálcio) a fim de proteger contra a toxicidade excessiva. Além disso,
doses altas não devem ser administradas por push IV e necessitam de pré-hidratação
e alcalinização da urina. A dosagem do metotrexato deve ser ajustada se o fármaco
for utilizado em associação com outros agentes quimioterápicos com sobreposição de
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toxicidades. É necessário ter especial cuidado no caso de associações com outros
fármacos nefrotóxicos (por exemplo, cisplatina).
Os exemplos de doses abaixo têm sido empregados nas indicações que se seguem:
Coriocarcinoma e doenças trofoblásticas similares
15 a 30 mg/dia em ciclos terapêuticos de 5 dias. Os ciclos são usualmente repetidos 3
a 5 vezes, caso necessário com intervalos de repouso de uma ou duas semanas (6 12 dias, em média), até o desaparecimento de qualquer efeito tóxico porventura
manifestado. A eficácia é avaliada através da dosagem das gonadotrofinas coriônicas
urinárias (GCU) de 24 horas, que devem retornar ao normal ou a menos que 50
UI/24h, após o 3º ou 4º ciclo.
Recomenda-se um ou dois ciclos suplementares após a normalização das GCU. Antes
de cada ciclo é essencial cuidadosa avaliação clínica. Doses semelhantes de
metotrexato têm sido também utilizadas no tratamento de mola hidatiforme e do
corioadenoma destruens.
Leucemia aguda linfocítica (linfoblástica)
No uso isolado, a dose na fase aguda é de 20 - 40 mg/m2 IM ou IV, duas vezes por
semana, e a dose de manutenção é de 15 - 30 mg/m2 IM, uma ou duas vezes por
semana, geralmente associado a outros quimioterápicos. Diante de recidiva, a
remissão pode ser novamente obtida com a administração do esquema inicial. Quando
empregado em associação à corticoterapia, o metotrexato deverá ter sua dose
reduzida em relação ao seu emprego isolado.
Leucemia meníngea
Pelo fato dos portadores de leucemia estarem sujeitos à invasão leucêmica do sistema
nervoso central, que poderá ou não apresentar sintomatologia, é recomendável a
análise rotineira do líquido cefalorraquidiano (LCR) em tais pacientes. Devido à
marcante freqüência da leucemia meníngea, é agora uma prática comum administrar o
metotrexato intratecalmente como profilaxia, uma vez que a passagem da droga do
sangue para o líquido cefalorraquidiano é mínima. Por via IT, a administração é feita
sob forma de solução, na dose de 12 mg/m2 (recomendando-se 15 mg como dose
máxima), a intervalos de 2 a 5 dias. A solução final de infusão deve apresentar uma
concentração de 1 mg/mL em meio adequado, estéril, isento de conservantes (soro
fisiológico, por exemplo). O metotrexato é administrado até que a contagem de células
no LCR retorne ao normal, ponto em que se aconselha uma dose adicional. Doses
elevadas podem ocasionar convulsões, porém qualquer que seja a dose injetada por
via IT pode desencadear efeitos indesejáveis, principalmente de natureza neurológica.
Após administração IT, o fármaco aparece em concentrações significativas na
circulação, quando pode dar origem à toxicidade sistêmica.
Por conseguinte, a terapia antileucêmica sistêmica com o medicamento deve ser
apropriadamente ajustada, reduzida ou interrompida. O envolvimento focal do SNC
poderá não responder à quimioterapia por via IT.
Alternativamente, foi sugerido um esquema baseado na idade do paciente, com
crianças abaixo de 1 ano recebendo 6 mg, 8 mg para crianças de 1 ano, 10 mg para
as de 2 anos e 12 mg para aquelas com 3 anos ou mais.
Não deve ser realizada radioterapia envolvendo o sistema nervoso central
concomitantemente com metotrexato IT.
Câncer de mama
O metotrexato, em doses IV de 10-60 mg/m2, é comumente incluído em regimes
combinados cíclicos com outros agentes citotóxicos, no tratamento do câncer
avançado de mama. Esquemas similares têm sido também utilizados como terapia
adjuvante em casos precoces após mastectomia e/ou radioterapia.
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Terapia paliativa de tumores sólidos inoperáveis
Têm sido recomendadas doses de 25 a 50 mg por semana, por via intramuscular.
Doses de 30 mg a 50 mg têm sido aplicadas por perfusão, diluídas em soro fisiológico
e instiladas em cavidades do corpo relacionadas ao tumor.
Indicações não oncológicas
No tratamento de indicações não-oncológicas, são normalmente utilizadas doses
baixas (administradas por injeção IM).
Psoríase grave
Dose única de 10 a 25 mg por semana, IM ou IV, até obtenção de resposta adequada.
Ao se decidir pela quimioterapia da psoríase com metotrexato, recomenda-se
avaliação da funcionalidade renal, hepática e hematopoiética antes da terapia,
periodicamente, no decorrer desta e antes de sua reinstituição. Pacientes femininos
devem ser orientadas no sentido de evitar a concepção durante pelo menos 8
semanas após a terapia com metotrexato. Uma vez obtida resposta clínica, a dose
deverá ser reduzida ao mínimo possível e administrada a intervalos maiores.
Instruções de Uso/Manuseio
Medidas de Proteção - São necessárias as seguintes medidas de proteção devido à
natureza tóxica desta substância:
- a equipe deve ser treinada para efetuar as técnicas adequadas para reconstituição e
manuseio;
- as mulheres grávidas da equipe não devem trabalhar com este fármaco;
- os profissionais que estiverem manuseando o metotrexato injetável devem receber
equipamento de proteção: óculos, aventais, bem como luvas e máscaras descartáveis;
- deve ser designada uma área para a reconstituição (preferivelmente sob sistema de
fluxo laminar). A superfície de trabalho deve ser protegida com papel absorvente
revestido de plástico no verso, descartável;
- todos os itens utilizados para a reconstituição, administração e limpeza, inclusive as
luvas, devem ser colocados em recipientes descartáveis, especiais para material de
alto risco, para incineração em alta temperatura;
- ao contato acidental, a pele ou os olhos devem ser imediatamente lavados com
grandes quantidades de água ou solução de bicarbonato de sódio; deve-se procurar
por cuidados médicos.
SUPERDOSAGEM
Superdosagem aguda com metotrexato pode acarretar em mielossupressão grave e
toxicidade gastrintestinal, com anorexia, perda progressiva de peso e diarréia
sanguinolenta.
O ácido folínico (folinato de cálcio) é um agente potente de neutralização dos efeitos
tóxicos imediatos de superdosagens de metotrexato administradas inadvertidamente.
A administração de ácido folínico deve ser iniciada o mais precocemente possível, de
preferência dentro da primeira hora, administrado por infusão IV em doses de até 75
mg por 12 horas, seguido de quatro doses de 12 mg IM, a cada 6 horas. Diante de
efeito adverso com doses médias de metotrexato, o ácido folínico poderá ser
administrado na dose de 6 a 12 mg via IM, a cada 6 horas (quatro doses). De uma
forma geral, diante de suspeita de superdosagem, a dose do antídoto deve ser igual
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ou maior que a dose deletéria de metotrexato e deverá ser injetada em até 1 hora
após a administração do quimioterápico.
Eventualmente podem ser necessários outros meios terapêuticos de suporte tais como
transfusão sangüínea e diálise renal.
Em caso de superdosagem maciça, pode ser necessária hidratação e alcalinização
urinária para prevenir a precipitação do fármaco e/ou de seus metabólitos nos túbulos
renais. A superdosagem intratecal inadvertida pode ser tratada através de outra
punção lombar realizada imediatamente após o reconhecimento da superdosagem
para permitir que o líquido cefalorraquidiano drene por gravidade. Se a dose exceder
100 mg, deve ser considerada a realização de intervenção neurocirúrgica imediata,
com perfusão ventrículo-lombar após drenagem imediata do líquido cefalorraquidiano;
a
drenagem contínua ou trocas múltiplas do líquido cefalorraquidiano também podem
ser levadas em consideração, mas provavelmente não serão tão eficazes.
PACIENTES IDOSOS
O metotrexato deve ser utilizado com extrema cautela em pacientes idosos, aplicandose todas as recomendações anteriormente descritas.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – USO RESTRITO A HOSPITAIS
MS n°: 1.5573.0002
Farm. Resp.: Mônica Riyoko Nekozuka CRF-SP 16.970
Fabricado por:
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Swensweg 5, 2031 GA
Haarlem - Holanda
Importado e distribuído por:
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