Revisão imunologia básica

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16/02/2012
•Estudo dos mecanismos naturais de defesa
contra doenças.
Microbiologia e
Imunologia Clínica
•Estudo do sistema imune do corpo e suas
funções e alterações.
Profa. Ms. Renata Fontes
Fundamentos da Imunologia e as principais
técnicas utilizadas para o diagnóstico das
doenças infecciosas, parasitárias e
autoimunes. Determinação dos parâmetros
sorológicos e interpretação clínica.
Etiologia, patologia, sintomatologia,
profilaxia, epidemiologia e diagnóstico
laboratorial das infecções bacterianas,
fúngicas e virais. Metodologia de análise,
diagnóstico e interpretação clínicolaboratorial.
•Ciência que trata dos mecanismos do corpo que
o protegem contra substâncias anormais ou
estranhas.
•Ramo da Medicina relacionado com a
estrutura e função do sistema imune e
técnicas laboratoriais envolvendo a
interação de antígenos com anticorpos
específicos.
Imunologia
Sistema complexo que é responsável por
Ramo da biologia que estuda o sistema
imunitário (ou imunológico).
distinguir-nos de tudo o que é estranho a nós e
Estuda nossa proteção contra macromoléculas
estranhas ou organismos invasores e nossas
respostas a eles.
Vírus, bactéria, protozoários ou
mesmos parasitas maiores.
por nos proteger contra infecções e substâncias
estranhas.
O sistema imune
trabalha “procurando e
matando invasores”.
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Células do sistema imune são altamente
organizadas como um exército.
Cada tipo de célula age de acordo com sua
função. Algumas são encarregadas de receber
ou enviar mensagens de ataque, ou
mensagens de supressão (inibição), outras
apresentam o “inimigo” ao exército do
sistema imune, outras só atacam para matar,
outras constroem substâncias que neutralizam
os “inimigos” ou neutralizam substâncias
liberadas pelos “inimigos”.
Granulócitos (65% dos leucócitos)
Circulam no sangue e migram para os tecidos
Particularmente na resposta inflamatória
• Neutrófilos (90 – 95%)
• Eosinófilos (3 – 5%)
• Basófilos (0,5 – 1%)
Mastócitos
• Célula do tecido conjuntivo
• Contém grande quantidade de grânulos cheios
de histamina e heparina
• Papel importante nas
reações alérgicas
• Precursor provavelmente
na medula óssea
Monócitos
• 5 – 10%
• 24h na circulação
Tecidos: Macrófagos
• Diferentes nomes nos diferentes tecidos
• Fagocitose
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Linfócitos
Linfócitos B
• 25 – 30%
• Ligação ao antígeno por Ac presentes na
• Diferenciação da medula óssea
membrana
• Glicoproteínas de membrana
• Linfócitos T: Medula óssea
timo
circulação
• Linfócitos B: Medula óssea
circulação
• Reconhecimento de Ag através dos Ac
(receptores de superfície)
• Ativação = diferenciação em Plasmócitos
• Secreção de Ac
• IgM
•
Ac de fase aguda
IgG
• Células NK (natural killer): citotóxicas
• Destroem células infectadas por vírus
Linfócitos T
Células NK
• Contribuem para função dos linfócitos B
• Morte de células infectadas por vírus e células
• Distinguem próprio do não próprio
tumorais
• L. T CD8 (citotóxico ou citolítico)
• L. TCD4 (auxiliar ou helper)
• Produzem citocinas para estimular os macrófagos
e os L. B atuarem na infecção
• Diferentes linfócitos = Diferentes citocinas
Linfócitos T
Tecidos (órgãos) Linfóides
• Th0: IL-3, TNF-β
• Tecidos linfóides primários ou centrais: medula
• Th1: IFNγ, IL-2
óssea e timo
Produção
• Th2: IL-4, IL-5, IL-6, IL-10, IL-13
• Desenvolvimento e maturação dos linfócitos
• Th3: TGF-β, IL-10
• Presença de poucos linfócitos
• Tr1: TGF-β, IL-10
B e T específicos para
Direcionam a
qualquer Ag
resposta do sistema
1 -2 dias
Recirculação
imune
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Tecidos (órgãos) Linfóides
• Tecidos linfóides secundários ou periféricos
•
A ligação Ag-Ac é
uma das interações
mais específicas da
biologia.
Tecidos (órgãos) Linfóides
• Tecidos linfóides secundários ou periféricos:
linfonodos, baço, adenóides
Respostas do
• Aquela porção de um antígeno que combina com
os Anticorpos de uma resposta imune específica.
• É a porção exata do Ag que é reconhecida.
sistema imune
• Maturação/ Especialização
• Agentes infecciosos são direcionados para
estes locais
• Presença de poucos linfócitos B e T específicos
para qualquer Ag
Epitopo ou Determinante Antigênico
• Em geral determinantes antigênicos são
pequenos e são limitados a aproximadamente 4-8
resíduos (aminoácidos ou açúcares)
Ag - Ac • Um antígeno pode ter
Ag - Ac
vários epitopos → iguais ou
diferentes.
Recirculação 1 -2 dias
Ag - Ac
Antígeno
Toda a estrutura molecular, que interage com um
elemento do sistema imune (anticorpo,
receptores do linfócito T ou moléculas de MHC)
Epitopo ou Determinante Antigênico
Toda molécula pode ser um antígeno pois o que
é próprio de um organismo pode não ser próprio
de outro.
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Epitopo ou Determinante Antigênico
Valência do anticorpo
Refere-se
ao
número
de
determinantes
antigênicos (epitopos) que uma molécula individual
de anticorpo pode se ligar.
A valência de todos os anticorpos é pelo menos
duas e em alguns casos mais.
IgG
Anticorpos ou Imunoglobulinas (Ig)
Moléculas de glicoproteína que são produzidas
pelos plasmócitos (linfócitos B diferenciados) em
resposta a um imunógeno
IgM
IgA
SÍTIO LIGAÇÃO Ag
• FORMADO REGIÕES
HIPERVARIÁVEIS
• HIPERVARÁVEL - CDR
( regiões determinantes
de complementaridade)
Isotipos de Imunoglobulinas
Imunoglobulinas (Ig)
Cada imunoglobulina liga-se a um determinante
antigênico (epitopo) específico.
• Ligação a antígeno pelos anticorpos é a função
primária dos anticorpos e pode resultar na
proteção do hospedeiro.
Ag - Ac
Ag - Ac
• São
determinantes
antigênicos
que
caracterizam classes (α δ γ ε µ) e subclasses
(α1 α2 µ1 µ2 µ3 µ4) de cadeias pesadas e tipos
(κ λ) e subtipos (λ1 λ2 λ3 λ4) de cadeias leves.
• Isotipos são encontrados em
indivíduos NORMAIS na espécie.
todos
os
• Ex:- IgM ≠ IgG
Ag - Ac
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Imunidade inata
• Imunidade natural
IgG
Subclasses
IgA
IgM
IgD
IgE
1a4 1e2
Concentração 6-12
1-4
• Eventos induzidos:
0,5-2
0,04
0,003
• Precoces (30 min – 4h): fagocitose
(macrófagos), degranulação (mastócitos)
sérica (g/L)
Meia-vida
• Imediata: barreiras físicas e químicas
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(dias)
Tipo de imunidade
• Imunidade inata
• Imunidade adquirida
6
5
3
2,5
• Tardios: (8 - 24 horas): Neutrófilos, monócitos,
eosinófilos e células NK
Imunidade inata
• Seus mecanismo já estão prontos antes da
infecção
• Não tem memória
• Reconhece estruturas compartilhadas por
vários microorganismo (PAMPS)
• LPS – bactérias gram-negativas
• Proteção contra microorganismos
• Componentes: barreiras físico-quimica (pele,
mucosa, cílios), proteínas e células
Sistema complemento
• Cascata de proteínas composta por proteínas e
fatores de regulação
• Componentes produzidos no fígado e por
Macrófagos nos sítios de
inflamação
• 3 vias: clássica, alternativa
e ataque à membrana
(via comum)
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Sistema complemento
Imunidade adquirida
Atividades biológicas
(ou adaptativa)
• Lise celular, produção de mediadores préinflamatórios (amplificação e continuidade do
processo), solubilização de complexos Ag-Ac,
• Respostas específicas, adquirida a partir de
exposição e aumenta em intensidade com a
exposição
recrutamento e
• Evento tardio (4- 7 dias) que envolve a
ativação de leucócitos
participação de células da imunidade adquirida
• Linfócitos
Barreira celular
Imunidade adquirida
• Neutrófilos: morte e remoção de bactérias e
fungos
(ou adaptativa)
• Tipos
• Eosinófilos: controle de infecção por parasitas
multicelulares
• Células NK: morte de células infectadas e células
tumorais
• Passiva: proteção do recém-nascido
• Ativa: Indução de imunização por infecção ou
vacinação
• Basófilos e mastócitos: morte de parasitos/
alergias
• Monócitos: Macrófagos
Mononuclear
Sistema Fagocitário
Imunidade adquirida
(ou adaptativa)
• É estimulada pela exposição a m.o. que invadem
os tecidos, específica, tem memória
• Papel na imunidade inata
• Tipos:
• Humoral: mediada por Ac, defesa contra m.o.
extra-celulares
• Celular: mediada por células, defesa contra m.o.
intra-celulares
Imunidade adquirida
Fases:
1. Reconhecimento: direto (linfócitos B) ou indiretos
(linfócitos T)
2. Ativação
3. Diferenciação: dependente de citocinas presentes
no momento da ativação linfocitária
4. Efetora: dependente da diferenciação induzida
pelas citocinas
5. Hemostasia: declínio da resposta imune após
eliminação do agente estranho nocivo.
6. Memória imunológica: capacidade de re-montar
uma resposta mais rápida e eficiente contra o
mesmo patógeno
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1. Comente
sobre
a
importância
do
sistema
imunológico, suas principais células e funções.
2. Um indivíduo foi mordido por uma cobra e foi
encaminhado a um hospital para que fossem
tomadas as medidas adequadas. Na sua opinião,
a administração de uma vacina antiofídica a este
indivíduo ajudaria? O que você sugere?
3. Citar e explicar 3 diferenças entre a imunidade
inata e a imunidade adaptativa.
Imunidade adquirida
4. A interação entre a imunidade inata e a
adaptativa tem alguma importância no tipo e
intensidade da resposta do sistema imune a um
patógeno?
5. Que características dos macrófagos permitem
que eles sejam capazes de erradicar infecções
por microorganismos intracelulares? Explique
como este processo acontece.
6. Sabendo que os receptores da imunidade inata
reconhecem estruturas compartilhadas por
classes de micróbios, a mudança destas
estruturas poderia ser um mecanismo eficiente de
evasão (fuga) do sistema imune? Explicar.
7. Que mecanismo faz com que as células NK
sejam capazes de destruir células infectadas e
não destruam as células não infectadas do
hospedeiro?
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Moléculas de MHC
Receptores MHC X Antígenos
• O sistema imune só responderá a um antígeno
se apresentado apropriadamente
• Para o desenvolvimento da resposta imune
adquirida são necessários não somente o
antígeno, mas a conjugação deste antígeno a
uma molécula apresentadora de antígenos →
molécula de histocompatibilidade
• Todos os vertebrados (peixes, aves
mamíferos) possuem o gene do MHC.
e
• Estes genes codificam moléculas da classe I,
Classe II ou Classe III
• Moléculas MHC são ligadas à membrana
celular. O reconhecimento pelos LinfócitoT
requer um contato célula-célula.
Complexo de Histocompatibilidade
Maior (MHC)
• Molécula de histocompatibilidade →
receptores glicoprotéicos especializados
codificado por genes localizados em
complexo
chamado
complexo
histocompatibilicade maior (MHC).
são
→
um
de
Os genes MHC determinam quais antígenos
serão processados e apresentados
Moléculas de MHC
São receptores que
apresentam
tanto
antígenos
próprios
(fragmentos
de
peptídeos da própria
célula) e antígenos
externos
(fragmentos
de
microorganismos
invasores) → para os
linfócitos T
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Classes de MHC
Funções dos receptores MHC
São importante:
Na resposta imune (Linfócitos B e T)
Nos transplantes de órgãos (rejeição)
Na predisposição/resistência às doenças
Nas doenças auto-imune
Estrutura e Expressão
MHC classe I
uma cadeia α (pesada)
polimórfica e uma
cadeia β (leve)
MHC classe II
uma cadeia α e uma
cadeia β (polimórficas
e pesadas)
Resposta imune Celular – LinfócitoT
• O receptor do Linfócito T (TCR) somente
reconhece o Ag se o mesmo estiver associado
ao MHC.
• De acordo com o tipo de linfócito, a ação será
diferente:
– Linfócito T citotóxico (Tc) – age diretamente
sobre o Ag, levando à lise;
– Linfócito T helper ou auxiliar (Th) – atua
através da secreção de citocinas, em
praticamente todas as células do Sistema
Imune.
Resposta Celular - LT
MHC classe I
MHC classe II
• As moléculas do MHC interagem de forma
diferente:
– MHC I
LTc
citotoxicidade
– MHC II
LTh
citocinas
• A expressão destas moléculas é diferenciada:
– MHC I – nas células nucleadas do
organismo
– MHC II – nas células profissionais
apresentadoras de Ag (macrófagos, células
dendríticas, linfócitos B)
PROCESSAMENTO DO Ag
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Transplante / Enxertos
A resposta imune funciona melhor de acordo com o
encaixe MHC + Ag → explica a resistência individual
a doenças infecciosas
• Autólogo: no mesmo
indivíduo (autoenxerto)
• Isólogo: entre indivíduos
geneticamente idênticos
(isoenxertos)
• Homólogo: entre
indivíduos da mesma
espécie (aloenxertos)
Linfócitos Th
Linfócitos Tc
• Heterólogo: entre
indivíduos de espécies
diferentes
(xenoenxertos)
Resposta Imune Humoral
• Para a produção de anticorpos o Linfócito
B devem ser ativado pelo linfócito Th que
reconhece o MHC classe II
Kupffer
Transplantes e Enxertos
• O Linfócito T citotóxico possui receptores
CD8, que tem a função de reconhecer o
MHC-classe-I expressada por células
nucleadas (transplantes e enxertos).
• Para fazer transfusão/ transplante, os
MHC devem ser semelhantes, caso
contrario há rejeição.
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