1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ FABIANE SILVEIRA DA SILVA Trabalho de Estágio PLANO DE COMUNICAÇÃO PARA O RESTAURANTE E LANCHONETE BERGAMO ITAJAÍ 2012 2 FABIANE SILVEIRA DA SILVA Trabalho de Estágio PLANO DE COMUNICAÇÃO PARA O RESTAURANTE E LANCHONETE BERGAMO Trabalho de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Orientadora: Bárbara Silvana Sabino ITAJAÍ 2012 3 É uma alegria chegar ao final de mais uma etapa de minha vida, muitas pessoas contribuiram para esta conquista, por isso, sinto-me feliz em agradecer-lhes: Agradeço primeiro à Deus, por enviar todos os dias sua luz para me amparar, trazendo paz, força, saúde e prosperidade. À minha mãe Enecy, pelo apoio imprecendível, sempre me incentivando. À minha orientadora Barbará Sabino pela atenção, compomentimento e aprendizado adquirido. A Marilene Claudete Bergamo, amiga e supervisora de campo, pela confiança e oportunidade que me porporcionou, oferecendo um espaço na empresa Restaurente e Lanchonete Bergamo para os desenvolvimento desse trabalho. E para todos os demais amigos e professores que compartiharam direto e indiretamente dessa caminhada. MUITO OBRIGADA! X 4 “ Quanto maior a dificuldade, maior o mérito em superá-la.”. (H.W. BEECKER) 5 EQUIPE TÉCNICA a) Nome da estagiária Fabiane Silveira da Silva b) Área de estágio Administração de Mercadológica c) Orientador de conteúdo Prof.ª. Bárbara Silvana Sabino, M. Sc. d) Supervisor de campo Marilene Claudete Bergamo e) Responsável pelo estágio Prof. Eduardo Krieger da Silva, M. Sc. X 6 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão social da empresa Marilene Claudete Bergamo - ME b) Endereço Rua João Bauer, 291. Centro – Itajaí SC c) Setor de desenvolvimento do estágio Marketing d) Duração do estágio 240 horas e) Nome e cargo do orientador de campo Marilene Claudete Bergamo Proprietária f) Carimbo e visto da empresa 7 RESUMO O marketing cria oportunidades de troca harmonizadas dos indivíduos com as organizações, no mercado competitivo de hoje as empresas devem cerificar-se de que as mensagens que chegam aos consumidores sobre seus produtos e serviços sejam claras, concisas e integradas. Seguindo essa linha, o objetivo deste estudo consistiu na elaboração de um plano de comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo na perspectiva da Comunicação Integrada de Marketing – CIM visando conquistar novos clientes e a fidelização dos atuais. Em suma, esse trabalho descreve uma pesquisa que foi elaborada e executada dentro de uma metodologia de caráter predominante qualitativo que em síntese é uma proposição de plano que gerou um plano de comunicação para a empresa, cujos dados foram coletados com pesquisa bibliográfica, e levantamentos com aplicação de entrevista e questionários. A análise dos dados teve como critérios características das variáveis de segmentação de mercado demográficas, geográficas, comportamental cujos resultados revelaram o perfil e comportamento dos atuais clientes e as principais mídias de comunicação que mais acessam. Os resultados levam a inferir que empresa não explora de maneira eficiente as ferramentas de comunicação em relação aos seus clientes ativos e chama atenção que seu principal meio de comunicação com os clientes é a divulgação boca a boca (publicidade). A elaboração do plano de comunicação teve como estratégia utilizar ferramentas da CIM para estreitar a relação da organização com os clientes por meio da comunicação e alcançar melhores resultado financeiros. Palavras-chaves: Marketing. Comunicação Integrada de Marketing. Plano de comunicação. 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Questão 1 APÊNDICE B.................................................................... 94 Tabela 2 - Questão 4 APÊNDICE B.................................................................... 94 Tabela 3 - Questão 2 APÊNDICE B.................................................................... 95 Tabela 4 - Questão 3 APÊNDICE B.................................................................... 96 Tabela 5 - Questão 5 APÊNDICE B.................................................................... 97 Tabela 6 - Questão 6 APÊNDICEB...................................................................... 98 Tabela 7 - Questão 7 APÊNDICE B.................................................................... 99 Tabela 8 - Questão 8 APÊNDICE B.................................................................... 101 Tabela 9 - Questão 9 APÊNDICE B.................................................................... 101 Tabela 10 - Questão 11 APÊNDICE B................................................................ 102 Tabela 12 - Questão 17 APÊNDICE B................................................................ 106 Tabela 13 - Questão 19 APÊNDICE B................................................................ 108 Tabela 14 - Questão 20 APÊNDICE B................................................................ 109 Tabela 15 - Questão 21 APÊNDICE B................................................................ 110 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13 1.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 14 1.2 Objetivo específico.......................................................................................... 13 1.3 Justificativa da realização do estudo .............................................................. 13 1.4 Aspectos Metodológicos ................................................................................. 14 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados ......................................................... 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 22 2.1 Marketing: um enfoque geral .......................................................................... 22 2.2 Mix de Marketing e seus sistemas consagrados 24 2.2.1 Os 4P’s: o mix de Marketing na visão de McCarthy .................................. 25 2.2.2 Os 4C’s: o mix de Marketing na visão de Lauternborn .............................. 40 2.3 Mercados consumidores organizacionais e finais ........................................... 46 2.3.1 Estratégias de segmentação de mercados organizacional ....................... 48 2.3.2 Estratégias de segmentação de mercados consumidores finais ............... 51 2.4 Comunicação Integrada de Marketing ............................................................. 55 2.4.1 Comunicação ............................................................................................ 66 2.4.2 O Mix da Comunicação integrada de Marketing ........................................ 59 2.5 Planejamento da Comunicação....................................................................... 72 2.5.1 Planejamento: um enfoque geral ............................................................... 73 2.5.2 Planejamento da comunicação integrada de Marketing (CIM) .................. 74 2.6 Modelos de planos de comunicação .............................................................. 76 2.6.1 Modelo de Costa; Talarico (1996) ............................................................ 76 2.6.2 Modelo de Ogden; (2002).......................................................................... 77 2.6.3 Modelo de Dias; (2003) ............................................................................. 79 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO ........................................... 81 3.1 Histórico ......................................................................................................... 81 3.2 Missão, visão e valores .................................................................................. 82 3.3 Estrutura organizacional ................................................................................. 83 3.4 Produtos e serviços ....................................................................................... 85 3.5 Mercado de atuação ....................................................................................... 87 3.6 Fornecedores ................................................................................................. 88 3.7 Concorrentes .................................................................................................. 89 3.8 Ferramentas da CIM implementadas pela empresa em estudo para divulgar seus produtos e serviços ........................................................................................... 91 4 RESULTADO DA PESQUISA ........................................................................... 93 4.1 Identificar o perfil do público alvo e definir a segmentação de mercado a ser implementada pela empresa cerne deste estudo ...................................................... 93 4.1.1 Segmentação demográfica......................................................................... 93 4.1.2 Segmentação geográfica............................................................................ 99 4.1.3 Segmentação comportamental ................................................................. 100 4.2. Identificar as principais mídias acessadas pelos clientes ............................. 102 5 SUGESTÕES: o plano de comunicação com ferramentas da CIM ................. 113 5.1 Declaração de missão e visão de CIM .......................................................... 113 5.2 Análise situacional ........................................................................................ 114 5.3 Objetivo geral da CIM ................................................................................... 115 5.4 Orçamento.................................................................................................... 116 10 5.5 Desenvolvimento de estratégia da CIM 118 ................................................. 118 5.6 Táticas da CIM ............................................................................................. 119 5.7 O plano da CIM ............................................................................................ 119 5.8 Métodos de avaliação da campanha da CIM ............................................... 120 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 121 6.1 Considerações da parte teórica levantada ................................................... 121 6.2 Considerações sobre o resultado da pesquisa............................................. 122 6.3 Limitações, contribuições, sugestões de futuros trabalhos ......................... 124 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 125 APÊNDICES............................................................................................................ 129 APÊNDICES A - Entrevista com a empresária........................................................ 130 APÊNDICES B - Pesquisa de campo ...................................................................... 131 ANEXOS .............................................................................................................. 129 ANEXOS A – Foto do Ambiente Interno do Restaurante ........................................ 133 ANEXOS B – Foto do Ambiente Interno do Restaurante ........................................ 133 ANEXOS C – Foto do Ambiente Interno do Restaurante ........................................ 133 ANEXOS D – Ferramentas da CIM aplicadas pela empresa .................................. 133 ANEXOS E – Ferramentas da CIM aplicadas pela empresa................................... 134 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ................................................................... 135 11 1 INTRODUÇÃO Diariamente, 60 milhões de brasileiros realizam suas refeições fora de casa, ou seja, em torno de 32% da população do país, conforme a ABRASEL - Associação Brasileira de Bares e Restaurante. O setor de serviços de alimentação no Brasil cresceu num ritmo acelerado nos últimos anos, o setor movimentou R$ 215 bilhões em 2011, alta de 17,8% em relação ao ano anterior, segundo a ECD - Consultoria em Food Service. A expansão é resultado da mudança de comportamento da população, do aumento da empregabilidade, das distâncias entre trabalho e casa e, por fim, da ausência feminina no lar, ou seja, as mulheres estarem mais presentes no mercado de trabalho. Seguindo esta tendência os restaurantes comerciais são o que se pode chamar de terceirização dos serviços familiares, associando refeições ao prazer de uma alimentação superior, ambiente agradável, com a opção de escolher o que quer consumir, com atendimento rápido e custo financeiro condizente. O atual cenário competitivo no mundo dos negócios torna a tarefa de conquistar novos clientes e a manutenção da atual carta de clientes o foco principal das organizações. Neste contexto é uma prática crescente as empresas utilizarem o planejamento de Marketing, ou seja, de Comunicação Integrada de Marketing para relacionar-se com seus clientes, acompanhar as mudanças de suas necessidades e desejos, antecipar tendências de consumo e, determinar caminhos rumo à sua continua satisfação; consolidando a marca da organização e atingindo seus objetivos empresariais, aumentando ainda mais a concorrência entre as organizações. Para interagir com os clientes, o mix de Comunicação Integrada de Marketing – CIM é composto por distintas ferramentas, Ogden (2002) ressalta que estas devem estar completamente integradas, de modo que comuniquem uma mensagem concisa e uniforme para todo o público alvo, ou seja, para os consumidores finais. Dentre as ferramentas desse mix, há consenso entre os autores estudados ao apontar: (1) as Relações Públicas: visa cuidar da imagem da empresa; (2) a Propaganda: divulgação que permitirá atingir mais pessoas nos mais diversos lugares; (3) a Promoção de vendas: induz a ação de compra oferecendo incentivos extras; (4) a Venda Pessoal: é a interação direta do vendedor com o cliente; (5) o 12 Marketing Direto de Relacionamento: é a comunicação personalizado com o cliente; (6) o Merchandising: visa chamar a atenção do cliente no momento da compra; (7) o Marketing Digital: utiliza a Internet para divulgar e comunicar-se com o cliente. O presente trabalho foi realizado no Restaurante e Lanchonete Bergamo que atua no mercado de Itajaí desde 2005, é um restaurante do tipo comercial, localizado na região central da cidade que atualmente conta com um expressivo número de concorrentes. A ciência da administração permite as organizações atuar com eficiência, por meio de um gerenciamento de atividades mercadológicas, dos recursos humanos, materiais e financeiros, e a partir de procedimentos visualizarem e fornecer informações que auxiliarão na tomada de decisão da forma mais eficiente de gerenciar custos, investimentos, para alcance de seus objetivos traçados. Sendo assim, a elaboração de um plano de comunicação para a empresa cerne deste estudo é essencial, auxiliando a se comunicar de forma eficiente com seu mercado alvo e criando assim estratégias, que poderá fazer crescer a procura pelos seus serviços, prospectando novos clientes e fidelizando os atuais. Seguindo esta linha, este estudo tem como problema de pesquisa: Quais as ferramentas da comunicação integrada de marketing podem trazer resultados significativamente positivos mediante a implementação de um Plano de Comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo para manutenção da atual carteira de clientes e a prospecção de novos? 1.1 Objetivo geral De acordo com Roesch (2006, p. 94): “[...] ao formular objetivos, o autor [...] está fixando padrões de sucesso pelos quais seu trabalho será avaliado, pois, os objetivos orientam a revisão da literatura e a metodologia do projeto.”. Seguindo esta linha, Roesch (2006, p.94) define objetivo geral como: “[...] alvo ou desígnio que se pretende atingir.”. Corroborando, Richardson (2007) complementa afirmando que o objetivo geral define o que se deseja alcançar com o estudo de modo geral. 13 Assim, o objetivo geral desse estudo foi propor um plano de comunicação integrado de marketing para o Restaurante e Lanchonete Bergamo para prospectar novos clientes e a manutenção da atual carteira de clientes. 1.2 Objetivos específicos Essa seção apresenta os objetivos específicos traçados para o presente estudo, uma vez que Roesch (2006, p. 96) adverte que: “[...] não é suficiente definir apenas os objetivos gerais, visto que estes são amplos e dificilmente podem ser avaliados.”. Segundo a autora, os objetivos específicos fornecem o perfeito encaminhamento para se atingir o objetivo geral. Talvez seja por isso que para Richardson (2007, p. 63), estes: “Definem etapas que devem ser cumpridas para se alcançar o objetivo geral.”. Seguindo essa lógica, o objetivo geral deste estudo foi subdividido em quatro objetivos específicos, os quais propiciaram alcançar os resultados de maneira eficaz, os quais são: • levantar o perfil dos clientes da empresa; • aplicar pesquisa de mídias com os clientes; • verificar as ferramentas da CIM acessadas por eles, e aplicadas pela empresa em estudo; • definir as estratégias e as táticas da CIM, seus respectivos orçamentos e métodos de avaliação. 1.3 Justificativa da realização do estudo Essa seção apresenta as razões para a existência do estudo, ou seja, justifica. Na percepção de Roesch (2006, p. 91) justificar “[...] é importante porque, por um lado obriga o autor a refletir sobre sua proposta de maneira abrangente, por outro, o faz situar-se na problemática.”. Neste aspecto, é possível demonstrar como 14 relevante sua realização dentro da proposta citada, enquanto importância de estudo, originalidade, e também, oportunidade e viabilidade para uma empresa. Este trabalho foi importante para a acadêmica, pois proporcionou que conhecimentos teóricos agregados junto à universidade sejam vinculados com a prática ainda estando na faculdade, melhorando seu desempenho profissional para o mercado cada vez mais competitivo e exigente. Já para a empresa em estudo uma oportunidade para conhecer o seu ambiente interno e externo, permitindo definir estratégias de comunicação e marketing para que a empresa seja bem sucedida, conquistando e retendo os seus clientes. Quanto à originalidade, este estudo foi o primeiro a ser realizado no Restaurante e Lanchonete Bergamo, se tratando de marketing e comunicação. Além de agregar novos trabalhos acadêmicos a Universidade contribuindo para outros estudos e pesquisas que venham a ser elaborados sobre esta temática e; permitindo reunir, acumular, conhecimento e informação sobre a realidade das empresas de nossa região. Cabe registrar ainda, o que tornou viável a realização da pesquisa foi sua execução no tempo previsto do estágio, o apoio da empresária que forneceu todas as informações e condições para que fosse realizada, com acesso livre aos clientes premissa essencial para a concretização do estudo, uma vez que tem interesse significativo nos resultados. Em suma, infere-se que este estudo vem ao encontro de anseios acadêmicos, uma vez que foi uma forma de estar associando os conhecimentos teóricos com a prática, e empresariais, pois foi uma oportunidade de conhecer o seu ambiente interno e externo identificando os fatore chaves que lhe ajudarão a determinar a estratégia para que seja bem sucedida. 1.4 Aspectos Metodológicos Essa seção apresenta a metodologia que foi utilizada para o desenvolvimento desse trabalho, descrevendo a caracterização do trabalho de estágio. Segundo Roesch (2006) pode-se definir método como o caminho para se chegar a 15 determinado fim e, método científico, como conjunto de procedimento intelectual e técnico adotado para se atingir o conhecimento desejado. Seguindo esta lógica, apresenta-se o tipo de pesquisa e as metodologias que foram apropriadas para este trabalho. Para Richardson (2007) a pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos. Neste sentido a tipologia de pesquisa empregada neste estudo foi à proposição de planos, que visa à apresentação de um plano de comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo. Sendo assim, a proposição de planos tem o objetivo de apresentar propostas ou sistemas que vão ao encontro do problema já diagnosticado pela organização. (ROESCH, 2006). Para a condução da pesquisa utilizou-se metodologias de abordagem predominantemente quantitativa, para obter conhecimento da realidade da empresa. Na visão de Roesch (2006) a pesquisa quantitativa implica em medir relações entre variáveis, em avaliar o resultado de algum sistema ou projeto. Este método quantitativo tem por objetivo tratar de quantidades, proporções ou frequências que, segundo Richardson (1999) tem como característica o emprego da quantificação nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dos dados. E no que diz respeito à pesquisa qualitativa, para Roesch (2006) as pesquisas que se utilizam desta abordagem possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema. Já que o pesquisador capta a situação organizacional em sua verdadeira dimensão, para o entendimento do problema, com isso Richardson (2007, p.96) alerta que: “o pesquisador deve evitar influenciar os entrevistados de maneira que possa distorcer seus comportamentos e declarações.”. Como o Estudo de Caso é um estudo que pesquisa um fenômeno dentro de seu contexto atual e de realidade, ou seja, fenômenos contemporâneos. (YIN, 2001). Hartley (1994 apud ROESCH, 1999, p.197) enfatiza que “o ponto forte dos estudos de casos reside em sua capacidade de explorar processos sociais à medida que eles se desenrolam nas organizações.”. O estudo pode ocorrer apenas em uma organização caracterizando um Estudo de Caso único ou com um conjunto formado por duas, três ou mais empresas que compreende um Estudo de Caso 16 múltiplo. (YIN, 2001). O presente estudo se deu na forma de Estudo de Caso único, uma vez que foca apenas o Restaurante e Lanchonete Bergamo. Yin (2001) enfatiza que este estudo, apesar de ser essencialmente de caráter qualitativo, pode beneficiar-se de dados quantitativos. O autor ainda adverte que, o tratamento estatístico dessas situações não envolve métodos e técnicas sofisticados de extrema complexidade e; que além de entrevistas (espontânea, focais e de levantamentos estruturados), pode-se usar como fontes de dados: documentos, registros em arquivos e observações (direta ou participante). Em suma, esse estudo descreve uma pesquisa, predominantemente, qualitativa que em síntese é uma proposição de plano que originou um plano de comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo. 1.5 Técnicas de coleta e análise de dados Para realizar o estudo se fez necessário à coleta de dados, que analisados forneceram informações para atingir os objetivos propostos. Lakatos e Marconi (1991, p.158) argumentam que “antes de iniciar pesquisa de campo, o primeiro passo é análise minuciosa de todas as fontes documentais, que serviram de suporte à investigação projetada.”. Para Richardson (2007), os instrumentos de coleta de informações, podem se dar por intermédio de questionários, entrevistas, fichas, por exemplo. Cabe registrar que o presente estudo beneficiou-se de diversos instrumentos de coleta de dados, cujos detalhes podem ser bem mais visualizados no Quadro 1. Categoria da Informação Informação Segmentação de mercado: Identificar o perfil dos clientes - demográfica: • sexo; • estado civil; • idade; Coleta Questionário aplicado aos clientes (APÊNDICE B): - demográfica: questões 1, 2, 4; Autores McCarthy; Perreault (1997) Kotler (1998) Churchill; Peter (2000) Dias (2004) 17 Categoria da Informação Informação - geográfica: • bairro - sócio econômico: • escolaridade, Identificar o perfil • profissão; dos clientes • renda familiar Analisar comunicação da empresa As ferramentas que os clientes acessam Análise dos resultados - comportamental: • frequência; • se vem acompanhado; • propaganda; • publicidade e RP: comunicação boca a boca; • venda pessoal: vendedores; • marketing direto; • marketing digital; • promoção de vendas; propaganda: • jornal; • rádio; Coleta - geográfica: questão 7; Autores Kotler; Keller (2006) Cobra (2009) Las Casas (2010) -sócio econômico: questão 3, 5, 6; - comportamental: questões 8 e9 Entrevista com a proprietária (APÊNDICE A); Ogden (2002) Questionário aplicado aos clientes (APÊNDICE B), questão 10; Questionário aplicado aos clientes (APÊNDICE B): - propaganda: questões 12 a 16; - marketing digital: questões marketing digital: 17 a 21; • e-mail; • redes sociais; • site de busca; • site compra coletiva. • perfil do público; Questionário aplicado aos clientes (APÊNDICE B), questões de 1 a 9; • comunicação empresa; Entrevista aplicada à proprietária (APÊNDICE A) e, Questionário aplicado aos clientes (APÊNDICE B) questão 10; • ferramentas de comunicação que clientes acessam; Questionário aplicado aos clientes (APÊNDICE B), questões de 12 a 21; Costa; Talarico (1996) Chleba (2000) Ogden (2002) Churchill; Peter (2000) Dias (2004) Zenone (2003) Corrêa (2006) Urdan; Urdan (2006) Lupetti (2007) 18 Categoria da Informação Elaborar o plano de comunicação Informação Etapas definida pelo autor: (1) missão e visão da CIM; (2) análise situacional; Coleta Entrevista aplicada à proprietária (APÊNDICE A); Autores Ogden 2002 Questionário aplicado aos (3) objetivos gerais da clientes (APÊNDICE B); CIM; (4) orçamento; (5) desenvolver estratégia da CIM; (6) tática da CIM; (7) o plano de CIM; (8) métodos de avaliação. Quadro 1- Indicadores para tratamento e análise dos dados Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). Primeiramente é preciso elucidar que nessa pesquisa se utilizou ferramentas para a coleta de dados primários, que segundo Roesch (1996), são os dados a serem coletados pela primeira vez junto à população do estudo. Foi realizada também, a coleta de dados secundários, ou seja, a pesquisa bibliográfica que se caracteriza por ser toda a informação já tornada pública em relação ao tema do estudo, desde publicações avulsas, revistas, livros, pesquisas monografias, teses etc. (LAKATOS; MARCONI, 1991). Ao realizar a fase qualitativa da pesquisa, a pesquisa bibliográfica foi o instrumento de coleta de dados, fornecendo assim os dados secundários, que na visão de Gil (1996) permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Dentre as formas disponíveis, a pesquisa bibliográfica se fez necessária para formar o aporte teórico que embasou o estudo, esclarecendo e proporcionando maior familiaridade, extrair a significação do conteúdo, que permitiram uma estruturação dos elementos que vão de encontro à problemática do presente estudo. Assim como, a identificação das ferramentas da CIM e seus indicadores e, do plano de comunicação para o estudo. Como instrumento de coleta dos dados dois levantamentos foram realizados, que contaram com: (1) entrevista com a empresária para gerar um diagnóstico 19 interno da organização (APÊNDICE A); (2) questionário para traçar o perfil da clientela por meio da aplicação de questionário (APÊNDICE B). Dentre as formas disponíveis de interrogação para Gil (1999), a entrevista é a que apresenta maior flexibilidade, obtendo informações mais aprofundadas, já que permite uma interação maior entre o entrevistador e o entrevistado. Ainda que a entrevista vise obter do entrevistado, os aspectos mais importantes de determinado problema, as suas descrições da situação em estudo. Para se obter uma entrevista eficaz é necessário primeiramente estabelecer um contato prévio com o entrevistado, criar um roteiro para a entrevista verificando um meio de registrar as respostas e um tempo limite para sua realização. (RICHARDSON, 2007). Desta forma a entrevista com a empresária (APÊNDICE A) foi realizada em três etapas para a coleta dos dados, seguindo as diretrizes de Lakatos e Marconi (1991): (1) contato inicial: entrevista para a descrição do problema a ser estudado; (2) formulação de perguntas estruturadas para esse estudo: perguntas definido de acordo com o aporte teórico da pesquisa bibliográfica sobre o tema do estudo; (3) registro de respostas: as respostas do entrevistado devem ser anotadas no momento da entrevista, para maior fidelidade e veracidade das informações. Com relação à estrutura do questionário (APÊNDICE B), foi subdividido em três partes. Na primeira desejou-se traçar o perfil da clientela do restaurante, na segunda a frequência que os clientes vêm ao restaurante. E por fim, os meios de comunicação que acessam. Segundo Barbetta (2007, p.41), “a população é o conjunto de elementos para os quais desejamos que as conclusões da pesquisa sejam válidas, para tal, foi definido uma amostra que representa parte dos elementos de uma população que serão pesquisados”. No entanto, neste estudo a amostra da população foi do tipo aleatório simples, que consiste em selecionar a amostra por meio de um sorteio sem restrições, em que qualquer subconjunto da população, tem a mesma probabilidade de fazer parte da seleção. (BARBETTA, 2007). Sendo assim, possibilita identificar os parâmetros, o perfil dos clientes e os meios de comunicação mais acessados, com uma coleta mais significativa dos dados. Para decisão da amostra da população, foi usada à fórmula de Barbetta (2007) que específica um erro amostral tolerável, ou seja, o quanto se admite errar na avaliação dos parâmetros de interesses, garantindo que cada elemento da população tenha a mesma probabilidade de pertencer à amostra pesquisada. O erro 20 amostral utilizado na pesquisa foi de 5% para uma população diária formada por 105 clientes, tamanho da população foi mensurado pela média de clientes que frequentaram o restaurante no período de uma semana, do dia 27/02/2007 a 03/03/2012, pois muitos dos clientes frequentam diariamente. A fórmula para cálculo do tamanho da amostra, Barbetta (2007) apresenta, sendo que: (1) quando a população é desconhecida; (2) no momento em que a população é conhecida. Sejam: E = erro amostral tolerável; n = uma primeira aproximação para o tamanho da amostra; N = tamanho (número de elementos) da população; n = tamanho (número de elementos) da amostra; Quando a população é desconhecida se aplica a fórmula: n = 1 / E² E= 5% = 0,05 n = 1 / 0,05² n = 1 / 0,0025 n = 400 No momento em que a população é conhecida é aplicada a fórmula: n=N.n/N+n n = 105 . 400 / 105 + 400 n = 84 De acordo com a fórmula de Barbetta (2007), constata-se que a amostra é de 84 clientes para a aplicação do questionário. Seguindo as diretrizes de Lakatos e Marconi, (1991) para a estruturação de questionário, foi elaborado questionário com 21 perguntas, desta uma do tipo de pergunta fechada (APÊNDICE B, questão 1) e vinte do tipo de múltipla escolhas (APÊNDICE B, questão 2 a 21). Entretanto, foi realizado um pré-teste com 21clientes, no qual se constatou que estes não tiveram dificuldades de entender o questionário, respondendo positivamente a três elementos de validação do questionário: (1) fidedignidade: qualquer pessoa que o aplique terá os mesmos resultados; (2) validade: os dados recolhidos são necessários à pesquisa; (3) vocabulário acessível e significado claro. (LAKATOS; MARCONI, 1991). Deste modo, foram aplicados os questionários aos demais entrevistados no período de 05/03/2012 a 10/03/2012. 21 A partir da coleta dos dados primários foi realizada a análise, Gil (1999) argumenta que o processo de análise de dados envolve diversos procedimentos: codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos. Já, para Roesch (2006), a análise é guiada pelas questões de pesquisa, desta forma os resultados da análise deverão ser explicitamente relacionados à questão ou ao problema levando em conta as teorias e os modelos revisados na literatura. Por isso, foi necessário estabelecer o critério das informações que baseados no aporte bibliográfico que nortearam a análise e apresentação dos resultados. Neste sentido, os indicadores para o tratamento e análise dos dados coletados podem ser mais bem visualizados no Quadro 1. E por fim, cabe registrar que a análise e apresentação dos resultados seguiram a ordem dos objetivos pré-estabelecidos para o estudo, os quais são: (1) levantar o perfil dos clientes da empresa; (2) aplicar pesquisa de mídias com os clientes; (3) verificar as ferramentas da CIM aplicadas por eles e avaliar as mídias existentes; (4) definir as estratégias e as táticas da CIM, seus respectivos orçamentos e métodos de avaliação. Acredita-se que a disposição das informações dessa maneira facilitou o entrosamento dos dados e a geração de constatações pertinentes à análise. Tudo para garantir o alcance do objetivo geral desse estudo que foi elaborar um plano de comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo. 22 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Esse capítulo apresenta o aporte teórico que embasa o estudo. Para tal abarca assuntos pertinentes às temáticas: (1) marketing; (2) mix de marketing; (3) mercados consumidores organizacionais e finais; (4) comunicação integrada de marketing; (5) planejamento da comunicação integrada de marketing; (6) modelos de planos de comunicação. 2.1 Marketing: um enfoque geral A expressão anglo-saxônica marketing é derivada do latim “mercare”, que definia o ato de comercializar produtos na antiga Grécia e Roma. Chamava-se de mercadores os indivíduos que transportavam e vendiam os produtos, realizava-se esta atividade de maneira intuitiva e empírica, neste período o marketing ainda não existia. Marketing é a função empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e seu potencial de rentabilidade, específica que mercados alvo serão mais bem atendidos pela empresa, decide sobre produtos, serviços e programas adequados para servir a esses mercados selecionados e convoca a todos na organização para pensar no cliente e atender ao cliente. (KOTLER; SERRA, 2003, p. 7). Cobra (2006, p.31) conceitua como: “Marketing é um processo que envolve tanto planejamento quanto a execução do programa de colocar produtos ou serviços à disposição de possíveis compradores.”. Fundamentando-se nestes conceitos compreende-se marketing como um processo continuo que busca entender o que os clientes precisam ou desejam deforma a gerar uma vantagem competitiva para a empresa. O marketing foi se modificando ao longo do tempo, acompanhando as mudanças na economia e na sociedade mundial. Sua base, está no processo de gerar estímulos que resultará em trocas, atrair, manter os clientes, atendendo suas necessidades e satisfazendo os desejos, com produtos e serviços. É conveniente 23 compreender a acompanharam evolução do Marketing, passando por cinco momentos que as variações da economia para entendimento de suas caracteristicas próprias e distintas, como uma ferramente, para vencer a concorrência global nos dias atuais, os quais são: (1) era da produção; (2) era das vendas; (3) era do marketing; (4) era do relacionamento; (5) era digital. Era da Produção até meados de 1925, orientada para a produção, Las Casas (2006) destaca que à demanda era maior do que a oferta, a organização não se preocupava com a venda. Não havia práticas de marketing, tudo o que se produzia era consumido, a atenção era apenas em manter a qualidade, um produto bom se vendia sozinho. (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Era das Vendas entre 1925 e o início de 1950, orientação para as vendas, havia excesso de oferta de produtos. As empresas começaram a dar ênfase a algumas práticas de marketing. (LAS CASAS, 2006). Segundo Zenone e Buairide (2002), as empresas começaram a usar às forças de vendas, a propaganda, para venda de bens e serviços que os clientes não julgavam essenciais. Já para a Era do Marketing, após a crise de 1929, Zenone e Buairide (2002) ressalta que a produção é orientada a satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores, antes de produzir os bens. De acordo com Kotler e Armstrong (2007) devido à grande depressão que afetou os Estados Unidos e o Brasil, a dificuldade de obter dinheiro torna o mercado consumidor sem poder de compra. O marketing se intensificou após a segunda guerra mundial, com uma nova geração de consumidores formada por bebes, denominada de geração baby boomer que marcou o início das atividades de marketing na América. Mas foi na Era do Relacionamento, na década de 90, que as organizações reforçam e ampliam o foco no cliente. (ZENONE; BUAIRIDE, 2002). Na percepção de Kotler (2007) as empresas perceberam que obtinham mais receitas dos recursos investidos nas vendas para clientes atuais, do que conseguiriam com o dinheiro gasto em atrair novos clientes. Para fidelizar seus atuais clientes não bastava apenas oferecer com seu produto ou serviço a satisfação das necessidades e desejos, precisavam encantá-los com programas de relacionamento e fidelização. E por fim Era Digital, a partir do ano 2000, na visão de Kotler (2009) é marcada pelo advento da Internet, das empresas virtuais, influenciando as práticas de comunicação, e consumo com a comercialização eletrônica. Alterou fundamentalmente nossos conceitos de espaço tempo e volume, pode-se ser virtual 24 e estar em qualquer lugar ao mesmo tempo. Os processos de compra e venda torna-se mais automatizado e conveniente, o tempo e a distância, que representaram grades custos e barreiras no passado, encolhessem imensamente. Complementa Kotler (2000) que o marketing foi considerado a arte de vender produto e, na atualidade é a ciência e a arte da conquista de clientes, sendo seu objetivo aprofundar o relacionamento com eles com a finalidade de aumentar a lucratividade da empresa. Sendo assim, o marketing está em constante reformulação. Deste modo incorpora novas responsabilidades com as necessidades e desejos dos consumidores. 2.2 Mix de Marketing e seus sistemas consagrados As organizações interagem com seus clientes por meio das ferramentas do mix de marketing. As quais vão permitir alcançar seus objetivos de participação no mercado, em consonância com as necessidades e desejos de seus clientes. Para Urdan e Urdan (2006, p.28), “O composto de marketing deriva das decisões estratégicas. [...] correspondendo ao alinhamento entre os elementos estratégicos (mercado alvo, posicionamento e estratégias competitivas) e os táticos (os quatros P’s).”. Já Kotler e Armstrong (2007, p.42) sugerem, a visão de mix de marketing como “[...] o conjunto de ferramentas de marketing táticas e controláveis que a empresa combina para produzir a resposta que deseja no mercado alvo.”. Com isso, percebesse que o mix de marketing disponibiliza para a organização várias possibilidades de satisfazer as necessidades dos clientes; utilizando-se de ferramentas, que organizadas permitirão a empresa atingir seu objetivo de participação no mercado. Esta seção aborda o mix de Marketing, sendo que na primeira parte encontrase a caracterização dos Quatros P’s (4 P’s) de Marketing na visão de McCarthy, em seguida são apresentados os Quatro C’s (4C’s) de Marketing na visão de Lauternborn. 25 2.2.1 Os 4P’s: o mix de Marketing na visão de McCarthy McCarthy e Perreault (1997) classificam essas ferramentas em quatro grupos amplos, chamando-as de 4P’s do marketing, os quais são: produto, preço, praça (distribuição) e promoção (comunicação). Churchill e Peter (2000) alertam que, os profissionais de marketing devem conhecer o potencial de cada variável para afetar o processo de compra dos clientes. E Kotler (2009) relata que, decisões de mix de marketing devem ser tomadas, para que exerça influência sobre os canais comerciais, bem como sobre os consumidores finais. Descobrindo quais são as necessidades e desejos dos clientes, utiliza-se este conjunto de ferramentas de marketing para atendê-las. Atingindo deste modo o objetivo da empresa em relação a seus públicos e, mercado alvo. Churchill; Peter (2000, p.164) destacam “como o objetivo de marketing é criar intercâmbios lucrativos [...]. Cada elemento do mix de marketing tem potencial para afetar o processo de compra em vários estágios.”. Las Casas (2006) afirma que, os 4P’s são variáveis controláveis pela organização; uma propaganda bem feita pode mudar a preferência de alguns clientes; alterações de preço estimulam a compra; produtos com características diferentes despertam a atenção, planejar sistemas de distribuição que facilitem a venda. Churchill e Peter (2000) sugerem que, os profissionais de marketing devem conhecer o potencial de cada variável para afetar o processo de compra dos clientes. As características potenciais do mix de marketing são descritas por Churchill e Peter (2000) as quais são: • produto: a novidade do produto, sua complexidade e qualidade percebida são aspectos de sua estratégia que afetam o comportamento de compra; • preço: influência o comportamento de compra quando o consumidor esta avaliando alternativas de valores e chegando a uma decisão; • praça: um produto amplamente disponível ou fácil de comprar entrará no conjunto considerado de mais consumidores, afetando o comportamento de decisão rotineira ou limitada; • promoção: as estratégias de promoção podem influenciar todos os estágios do processo de compra. os consumidores em 26 Cada ferramenta do mix de marketing abrange diversas atividades. As atividades de marketing sob cada P são mostradas na Figura 1, na visão de Kotler (2009) na qual os 4P’s representam a visão que a empresa vendedora tem das ferramentas de marketing disponíveis para influenciar clientes. Figura 1- A estrutura dos 4P’s Fonte: (KOTLER, 2009, p.126). Analisando na Figura 1, as atividades do mix de marketing, compreende-se, que é exigido da organização decisões sobre o produto e suas características; definições sobre o preço; decidir como distribuir seu produto e escolher os métodos para promovê-lo. Nas próximas seções apresenta-se cada uma das ferramentas do mix de marketing na visão de McCarthy e Perreault (1997). Para tanto são abordados, suas definições, características, atributos, vantagens e delimitações, as quais os profissionais de marketing precisam analisar para que as decisões estejam em consonância com os objetivos da organização. Em fim o mix de marketing compreende as principais ferramentas que a organização deve focar suas estratégias. E com elas direcionar seus esforços para que produtos ou serviços atendam as necessidades ou expectativas dos clientes, e os objetivos da empresa. 27 2.2.1.1 Produto Os profissionais de marketing, idealizam, desenvolvem, fazem correções nos bens, com relevância a atributos, benefícios e custos para quem compra. Deste modo, os objetivos de participação de mercado e lucro da organização, somente serão atingidos se seus produtos ou serviços satisfaçam as necessidades, desejos dos clientes. Cobra (1997, p.28) cita que: “[...] um produto certo deve ter: qualidade e padronização, modelos e tamanhos que atendam as expectativas e necessidades; configuração na sua apresentação física, embalagem, marca e serviço.”. Corroborando Kotler e Armstrong (2007, p.200) complementam produto como: “[...] algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e que pode satisfazer um desejo ou necessidade.”. Pode-se então entender, que a ferramenta produto do mix de marketing é à base de qualquer negócio, cujo objetivo é fabricar, prestar o serviço, de modo que o mercado alvo o favoreça e até pague um preço superior. A concorrência entre as organizações esta cada vez mais acirrada, devido à crescente opção de produtos e marcas ofertadas aos consumidores finais e organizações, que as adquirem com critérios de escolhas diferentes. Os produtos possuem uma cadeia de atributos (concreto e abstrato), consequências (funcionais e psicossociais) e valores (instrumentais e terminais) que vão formar o vínculo com o consumidor, propiciando benefícios e custos. (URDAN; URDAN, 2006). Já as características técnicas definem como o produto é e como funciona, sendo composta por composição física, processos de produção funções e especificações técnicas. Outro aspecto importante do produto são as tipologias, esquemas de classificação de diferentes tipos de bens, selecionando-se certas características. (COBRA, 1997). Apresentam-se no Quadro 2, as tipologias de produtos de consumidores finais, que são comprados por pessoas ou famílias, organizações. Baseadas na classificação de período de uso e na orientação do consumidor. 28 Base Tipo de produto Tem preço mais alto e dura mais (pelo menos um ano). Ex.: televisão e software. A - Período de uso * Durável B - Orientação do Consumidor Descrição * Consumível Comprado frequentemente e se exaure ao ser usado. Ex.: achocolatado e sabonete. * Descartável Usado por curto período e depois jogado fora. Ex.: barbeador plástico e cartucho de impressora. * De coleção Item que se torna parte de um conjunto valorizado, independentemente de uso. Ex.: cartões telefônicos e selos. * De Conveniência Comprado com frequência. Pode ser commodity ou item barato, vendido na base de preço e disponibilidade. Ex.: caixa de fósforos e bala. * De Preferência Detém alta preferência de marca. Não exige grande esforço de compra. Ex.: refrigerante e roupa. *De Compra Comparada Só comprado depois de bastante comparação de alternativas e critérios. EX.: casa e carro. * De Especialidade Conta com alta preferência de marca inclui certo risco e pode exigir bastante esforço de compra. Ex.: joias e roupas sofisticadas. Quadro 2- Tipologia de produtos de consumo Fonte: (URDAN; URDAN, 2006, p.44). Percebe-se no Quadro 2 que, os produtos que têm como base o período de uso, se dividem quanto ao fator tipo de utilização, ou seja, no uso individual contempla produtos do tipo consumível e de coleção; e de uso domiciliar servindo a todos da família os do tipo durável e descartável. Em contrapartida, na base de produtos de orientação percebe-se que a divisão atende as variáveis do perfil pessoal do cliente, como sua renda, ou seja, poder de compra; e benefícios buscados no produto a ser adquirido. Quando as empresas comercializam mais de um produto, estes formam alinha de produtos. A quantidade de produtos desta linha 29 cria alternativas estratégicas para a empresa, sendo proporcional ao tamanho desta oferta de bens, e a diversidade de necessidades e desejos dos clientes. Proporciona a redução de incertezas, quando os produtos com bom desempenho compensam os itens problemáticos da linha. (URDAN; URDAN, 2006). O Quadro 3 mostra as principais modalidades de produtos industriais, os quais são comprados por empresas de manufatura, de prestação de serviço, governo etc. Tipo produto Descrição Demanda Exemplo Materiais brutos ou ligeiramente processados, que se Matérias-primas tornam parte do produto final A demanda é muito sensível a preço e a troca de fornecedor é mais comum Aço, algodão, plástico Componentes e Tornam-se parte do materiais produto final, mas parcialmente possuem valor agregado acabados pelos fornecedores A demanda é sensível a preço e a troca de fornecedor é mais comum Chip de computador e leite em pó Bens de capital Instalações e equipamentos principais usados para produzir o produto final ou abrigar meios de produção A demanda não é sensível a preço, mas a escolha do fornecedor é influenciada por diferenças de preço Usina de alumínio e armazém Equipamentos auxiliares Bens acabados que facilitam a produção dos produtos finais A demanda não é sensível a preço, mas a troca do fornecedor é influenciada por diferenças de preço Ferramentas de mão, equipamentos de escritório Suprimentos Bens consumíveis usados para apoiar a produção e as operações de revenda A demanda não é sensível a preço e a troca de fornecedor é comum Material de escritório e de limpeza Serviços Atividades especializadas de apoio ou vinculadas às operações centrais A demanda é sensível à efetividade e ao suporte prestado Limpeza, informática, restaurante Quadro 03- Tipologia de produtos organizacionais Fonte: (URDAN; URDAN, 2006, p.43). Dentre os tipos de produtos industriais, fica evidente no Quadro 3, a sua divisão em três grupos quanto a sua forma de utilização; matérias-primas, componente e materiais parcialmente acabados, os quais são adquiridos para serem incorporados nos produtos que a empresa fabrica; já os bens de capital e 30 equipamentos auxiliares, entram como parte do processo produtivo; em contrapartida os suprimentos e serviços servem para apoiar as operações do comprador, não fazem parte do processo produtivo. Os compradores organizacionais esperam que seus fornecedores tenham conhecimentos especializados sobre os produtos que vendem, incluindo conhecimentos tecnológicos. (URDAN; URDAN, 2006). Desta forma, os vendedores da organização têm de conhecer as características, especificações de seus bens, estarem atentas as oportunidades do mercado e principalmente agregar valor ao produto, como instalação, treinamento, suporte continuo de pós venda. É relatado por Kotler (2009) que, os profissionais de marketing de produto, compreendem que o desafio é criar uma diferenciação de produto relevante e distintiva. A diferenciação do produto para Kotler (2009) pode basear-se em cinco fatores, os quais são: • aspectos físicos: características, desempenho, adaptação, durabilidade, confiabilidade, design, estilo, embalagem; • disponibilidade: disponível em lojas ou por encomenda por telefone, correio, fax, Internet; • serviços: entrega, instalação, treinamento, consultoria, manutenção, reparo; • preço: muito alto, alto, médio, baixo, muito baixo; • imagem: símbolos, atmosfera, evento, mídia. Tendo em vista as informações evidenciadas, um produto só terá chances no mercado, se a ele forem acrescentados benefícios e algumas características, diferenciando-o do concorrente, que o identifique, dando-lhe personalidade, e que satisfaça mais do que apenas necessidades para os clientes. 2.2.1.2 Preço Entende-se como preço, a quantia em dinheiro que deve ser paga para se adquirir a propriedade, uso de produto ou serviços. É relevante a influência dos preços praticados pelos concorrentes no mercado, na tomada de decisão da organização nesta ferramenta do mix de marketing. De acordo com McCarthy e Perreault (1997, p.274): “[...] Preço é o que é cobrado por algo. Esse algo pode ser 31 um produto físico em vários estágios de fabricação, com ou sem serviços de apoio, com ou sem garantia.”. Na visão de Urdan e Urdan (2006, p.184): “Para o marketing, o preço é tudo o que o consumidor percebe ter dado ou sacrificado, incluindo componentes monetários e não monetários, para obter um produto.”. Enfim, preço é o valor pago pelo consumidor em dinheiro, pelo bem ou serviço ou a soma de valores que os clientes trocam pelas vantagens de utilizá-lo. Outro aspecto importante a ressaltar, que o preço é o único elemento do mix de marketing que produz receita, em quanto os outros elementos cria valor para o cliente e implicam desembolsos para a empresa. (KOTLER; ARMSTONG, 2007). O novo perfil do consumidor está cada vez mais exigente, mesmo assim, para ele o preço é apenas uma parte do custo total que se paga na aquisição, que inclui também o tempo de esforço mental e comportamental despendido nesta troca. Com isso, as decisões de preço são especialmente importantes porque afeta o volume de vendas de uma empresa e quanto dinheiro ela ganha. (MCCARTHY; PERREAULT, 1997). Portanto, a organização deve desenvolver um conjunto de políticas de preço, que estejam de acordo com seu objetivo e em consonância com as necessidades dos clientes. Também, dentre os pontos de alcance de objetivo de uma organização. Cobra (1997) destaca que, a empresa pode ter como objetivo para a ferramenta preço: (1) maximização do lucro; (2) participação de mercado; (3) trabalhar a nata do mercado; (4) relação preço qualidade. Neste contexto para o autor os objetivos apresentam como características, as quais são: • maximização do lucro: a organização estima uma demanda de mercado, no qual define uma receita total e um nível de preço possível a ser praticado; • participação de mercado: a organização adota a política de reduzir preços, para conquistar mercado; • trabalhar a nata do mercado: praticado por organizações que possuem produtos novos ou exclusivos, seus clientes estão dispostos a pagar um preço alto pela sua aquisição; • relação preço qualidade: utilizado por organizações cujos seus produtos atingem bons níveis de qualidade, com o uso de inovações tecnológicas, e seus clientes se dispõem há pagar um pouco mais por um produto de boa qualidade. O profissional de marketing deve também, fazer o estudo do comportamento do consumidor para definir as estratégias de preço. Esta pesquisa permite o 32 entendimento dos fatores que afetam a sensibilidade do cliente ao preço do produto e do processamento das informações de preço por ele. Depois de identificado os fatores de sensibilidade do consumidor ao preço do produto Urdan e Urdan (2006) os explicam, os quais são: (1) disponibilidade percebida de substitutos; (2) percepção de diferenciação; (3) dificuldade de comparação de produtos; (4) relação preço qualidade; (5) preço relativo do produto no gasto; (6) custo de mudança; (7) custo de tempo e transação; (8) justiça de preço. Os quais apresentam as seguintes características: • disponibilidade percebida de substitutos: diante do preço do produto, o cliente pode compará-lo com os preços de produtos ou marcas percebidas como alternativas para satisfazer a mesma necessidade; • percepção de diferenciação: quando o consumidor encontra o que deseja só em um produto, a sensibilidade ao preço diminui; • dificuldade de comparação de produtos: o consumidor tem dificuldade para comparar alternativas de produtos, então opta pelo produto conhecido, que transmite confiança e até paga um pouco mais caro; • relação preço qualidade: quando consumidor relaciona preço e qualidade, concluindo que preço mais elevado indica qualidade superior, e fica propenso a procurar alternativa mais barata; • preço relativo do produto no gasto: a proporção do gasto com um produto no orçamento do comprador afeta diretamente a sua sensibilidade a preço; • custo de mudança: são os custos monetários e não monetários que o consumidor tem ao substituir o produto que já utilizava por outro; • custo de tempo e transação: a operação de compra demanda algum tempo do consumidor , que excede o ganho ligado à possibilidade de encontrar um produto mais barato; • justiça de preço: o consumidor mantém uma ideia ou referencia geral sobre o que é um preço justo, para os bens com qual tem certa familiaridade ou consome regularmente. Como preço é um fator de decisão na hora da compra para o consumidor, as inovações tecnológicas atuais, permitem as empresas atingir um bom nível de qualidade nos seus produtos e serviços. Talvez seja, por isso que, no mercado competitivo atual é crescente a gama de oferta de bens substitutos, sendo a 33 qualidade que justifica um preço diferenciado. Percebe-se no Quadro 4, proposto por Cobra (1997), a relação entre qualidade e preço, com as diversas estratégias de preço. Preços Produto e qualidade Alto Médio Baixo Alta 1. Estratégia Premium 2. Estratégia de penetração Média 4. Estratégia de preço alto 5. Estratégia de qualidade 6. Estratégia de barganha média Baixa 3. Estratégia de super barganha 7. Estratégia de "bater 8. Estratégia de artigos de 9. Estratégia de preços e corre" (entrar e sair) qualidade inferior baratos Quadro 4- Estratégias de Marketing Mix Fonte: (COBRA, 1997, p. 236). Analisando o Quadro 4, compreende-se que um produto ou serviço de alta qualidade que apresente diferenciação e alto esforço promocional, justifica ter preço elevado, assim atingindo os consumidores de alto poder aquisitivo. Em quanto os produtos de baixa qualidade que geralmente tem pouca promoção, deve ter preço baixo, justificando um preço elevado somente nos casos em que a demanda é maior que a oferta. No entendimento de Cobra (1997), a estratégia de preço que as organizações vão adotar será proporcional à qualidade de seu produto ofertado e, seus significados são: • estratégia premium: com um produto de elevada qualidade, a organização pode praticar um preço superior ao do mercado, visando atingir a faixa alta do mercado, a chamada faixa premium; • estratégia de penetração: com um produto de elevada qualidade, a organização visa obter uma rápida penetração no mercado, praticando-se um preço médio ou um pouco a abaixo do normal; • estratégia de superbaganha: com um produto de elevada qualidade, e preço baixo, a organização pretende rápida introdução ao mercado; • estratégia de preço alto: a organização com um produto de qualidade média, com preço alto, para uma tentativa de valorização do produto e rápida lucratividade; • estratégia de qualidade média ou comum: com a prática de um preço condizente, com a qualidade, a organização objetiva uma parcela justa do mercado; • estratégia de barganha: a organização oferece um produto de qualidade média a um preço baixo significa uma barganha com distribuidores e consumidores; 34 • estratégia de bater e correr: com um produto de qualidade baixa e um preço elevado, a organização pretende tirar uma vantagem inicial e sair rapidamente do mercado, pois é uma ação predatória; • estratégia de artigos de qualidade inferior: com um preço médio para um produto de baixa qualidade, é uma política para a organização tirar vantagem da imagem da marca; • estratégia de preços baixos: produtos de baixa qualidade e preços baixos, para vender quantidade. As organizações juntamente com as estratégias de preço, utilizam também, a tática de mark-up, uma das práticas mais comuns no mundo dos negócios sendo muito utilizado pelo varejo em geral. Segundo Cobra (1997). No mark-up, o preço de venda é determinado pela adição de uma porcentagem fixa ao custo unitário de venda. Utiliza-se esta tática quando a organização pretende definir o preço, sobre as seguintes informações, às quais são: • cálculo do preço de venda quando o custo é conhecido; • cálculo do custo quando o preço de venda é conhecido; • cálculo tanto do preço de venda quando do custo quando o mark-up em valor monetário e em percentagem é conhecido. Kotler (2000, p.485) argumenta que os mark-up sobre custos são geralmente maiores em itens sazonais (para cobrir o risco de não venderem), itens especiais, com vendas mais lentas, com alto custo de armazenagem e manuseio. E infelizmente, também os medicamentos de demanda inelástica (vendidos apenas mediante receita); quando os que têm menos condições de pagar, são os mais afetados pelos mark-up extraordinariamente altos sobre o custo. Ainda ressalta McCarthy e Perreault (1997), que o uso do mark-up pelas organizações é comum, porque se espera que o valor acrescido ao custo unitário de um produto, possa cobrir as despesas administrativas e de vendas, e ainda fornecer algum lucro. Conforme apresentado, o preço cobrado pelo produto ofertado por uma organização deve ser competitivo e rentável, a definição da estratégia de apreçamento deve ser determinada por fatores internos e externos da empresa, que são os consumidores, concorrentes, custos. Com isso a organização deve estar à tenta a estes fatores, porque mudanças ocorridas exigirão a reavaliação da estratégia de apreçamento. 35 2.2.1.3 Praça ou Canal de Distribuição Pode-se entender praça como uma atividade de levar o produto ou serviço da forma mais acessível e rápida ao consumidor. Portanto, é a atividade de distribuir o produto nos pontos de venda. Na visão de Churchill e Peter (2000, p.368) praça é como: “[...] uma rede (sistema) organizada de órgãos e instituições, que, em combinação, executam todas as funções necessárias para ligar os produtos aos usuários finais a fim de realizar a tarefa de marketing.”. Urdan e Urdan (2006, p.127), acreditam que “[...] praça é um sistema de organizações, pessoas, outros recursos (como estoque, prédios e equipamentos) e processos que tornam o produto e serviços disponíveis aos consumidores.”. Fundamentando-se nestes conceitos, praça é a atividade de levar o produto ou serviço da forma mais acessível e rápida ao consumidor, pois a troca com o cliente só acontece se o produto estiver no lugar certo e na forma que deseja. Para tornar seus bens disponíveis para seus consumidores às organizações tem duas opções, vender os bens diretamente ou vendê-los por meio de intermediários. (KOTLER, 2000). Churchill e Peter (2000) frisam que, a venda só acontece se o produto estiver no lugar certo e na forma que o cliente espera. Cobra (1997, p.29), argumenta que “[...] a escolha do ponto para o produto ou serviço relaciona-se com a escolha do canal de distribuição”. E destaca como canais de distribuição: a) distribuidor ou atacado, varejo; b) ao transporte; c) e armazenagem. Neste processo do canal de distribuição há o distribuidor e o varejista que são os intermediários, são pessoas e organizações entre os produtores e consumidores. É relevante destacar que se encontra também, neste estágio os agentes e corretores que se diferenciam do intermediário porque não compram o bem para revender, recebem comissão pelo fato de encontrarem clientes para o produtor. Na Figura 02 a seguir, apresentam-se alguns modelos genéricos de canais de distribuição. 36 Figura 2 - Exemplos genéricos de canais de distribuição Fonte: (URDAN; URDAN, 2006, p.127). Observa-se, que no alto da Figura 2, não há intermediários, chama-se de canal direto, pois a organização vende seu bem, diretamente para o consumidor. Na sequência os três modelos de canais chama-se de canais indiretos, porque incluem um ou mais intermediários. Em geral, o segundo canal indireto é o modo mais comum de obter a distribuição ampla para atingir os grandes mercados dos bens de consumo, sendo o ultimo canal o mais indireto, pois o produtor negocia com um agente independente para negociar seus produtos para os atacadistas, os quais, então, vendem para os varejistas, que vende para os consumidores. Os compradores sempre examinam as praças disponíveis para suprimento com a intenção de evitar imprevistos, quanto à aquisição de produtos ou serviços e, algumas organizações adotam mais de um modelo de canal de distribuição, porque seus mercadores consumidores apresentam características peculiares do comportamento de seus clientes que são relevantes. A estocagem é um processo de marketing que cuida dos bens, fornece utilidade de tempo, e a quantidade de bens estocados com o inventário e, este processo se faz necessário quando a produção de bens é maior que a demanda de consumo do mercado, e permite também a organização ter economia de escala de produção. (MCCARTHY; PERREAULT, 1997). O custo da estocagem é muito importante, porque aumenta o valor do bem, e despesas desnecessárias neste processo fazem a diferença para uma estratégia ser rentável. 37 O transporte é um processo do canal de distribuição responsável pela movimentação de bens, o seu custo pode limitar o tamanho do mercado que a empresa pretende atuar. A melhor escolha de transporte não deve ser a do mais baixo custo possível, mas também fornecer o nível de serviço exigido, como rapidez e confiabilidade. (MCCARTHY; PERREAULT, 1997). Neste contexto os autores McCarthy e Perreault apresentam os modais de transporte cujos detalhes podem ser mais bem visualizados no Quadro 5. Características de transporte Modo Ferroviário Lacustre Rodoviário Aéreo Duto (pipeline) Custo Rapidez de entrega Médio Média Extensivo Alta Baixa Média Limitado Muito alta Muito baixa Média Muito baixo Muito lenta Habilidade de Frequência lidar com dos uma embarques variedade programados Confiabilidade no atendimento das programações Número de locais atendidos de bens Alto Rápido Muito extensivo Alta Alta Alta Muito alto Muito rápido Extensivo Limitada Alta Alta Muito Média limitada Quadro 5 - Benefícios e limitações de diferentes modos de transporte Fonte: (McCARTHY; PERREAULT, 1997, p.194). Baixo Lento Muito limitado Alta Dentre as forças e fraquezas de cada modo de transporte, destaca-se que as ferrovias transportam mais carga por quilometro rodado do que qualquer outro modo, e que devido à carga ser transportada com maior lentidão não se ajusta a itens perecíveis ou àqueles de demanda urgente. Já no transporte rodoviário a flexibilidade dos caminhões permite melhor movimentação de pequenas quantidades de bens para distancias mais curtas, chegam aonde os trens não podem chegar. O transporte fluvial e marítimo é o modo de transporte mais lento, e geralmente mais indicado para cargas pesadas, sendo meio mais viável para o transporte internacional. Em contrapartida o aéreo é o modo de transporte de cargas mais caro, mas sua rapidez pode compensar o custo extra. O transporte por dutos são usados, principalmente, para transporte de petróleo e gás natural, assim são importantes nos países produtores e consumidores de petróleo. (McCARTHY; PERREAULT, 1997). A escolha correta do modelo de transporte dos produtos da organização proporcionará uma eficiente distribuição que tornará possível aumentar os lucros, 38 com redução de custo de estocagem, movimentação, e garante satisfação dos clientes tendo os produtos disponíveis nos seus pontos de venda. A escolha da praça vai além da simples escolha do modelo de distribuição física. As decisões para esta ferramenta envolvem a análise dos mercados, dos públicos, existência e disponibilidade de intermediários, poder de barganha que a empresa possui; estrutura da empresa e esquema de armazenagem e estoque do produto, transporte, capacidade financeira e de administrar conflitos, com esta análise e de acordo com objetivo estratégico de marketing da organização, realiza-se a escolha dos tipos, formas e canais de distribuição a serem utilizado. (COSTA; TALARICO, 1996). Deste modo a praça diz respeito, a fazer o produto chegar de maneira rápida aos pontos de venda, ou seja, aos clientes, de forma segura e com custos reduzidos. 2.2.1.4 Promoção A promoção é a ferramenta do mix de marketing que permite a organização, promover seu produto ou serviço. A comunicação com seu público oferece incentivos à compra. Segundo McCarthy e Perreault (1997, p.230): “Promoção é a comunicação da informação entre vendedor e comprador potencial ou outros do canal para influenciar atitudes e comportamentos.”. Contribuindo Zenone (2003), p.103) complementa: “Promoção [...] é qualquer atividade concernente a promover vendas, que não seja do tipo face a face, mas que frequentemente inclua também a propaganda.”. A promoção é a ferramenta do mix de marketing, que se refere às atividades de promover o produto ou serviço da organização, levando o produto até o consumidor. Definem de formar sucinta, McCarthy e Perreault (1997) três objetivos básicos de promoção, os quais são: (1) informar; (2) persuadir; (3) lembrar os consumidores sobre a empresa e seu composto de marketing. Estes objetivos afetam o comportamento do consumidor fornecendo mais informação. Ainda citam Zenone e Buairide (2002) de forma ampla os objetivos da promoção, na visão de estimular o consumidor a uma ação, os quais são: • provocar estímulos capaz de fomentar a demanda de um dado produto: aplicação de um incentivo adicional aquele oferecido pelo produto; com a 39 • construir a oferta, explorar a fidelidade à marca: a fidelidade à marca pode ser estimulada pela promoção em função do uso constante do produto ou serviço; • facilita escoamento sem conflitar com propaganda, acelerar vendas e reativar produtos em declínio: a promoção pode ser utilizada pelas empresas visando bloquear a penetração da concorrência. O consumidor atraído pelo estimulo adicional rejeita a tentação de trocar de fornecedor; • aumentar eficiência e eficácia da força de vendas com estímulo motivacional: voltada para o público interno à promoção serve como instrumento para que a empresa alcance um objetivo. Esse estímulo serve também na rede intermediária de distribuição como distribuidores, atacadista e varejista. Sendo o objetivo da promoção, estimular o consumidor a uma ação, por sua vez, tem como características para o autor: • grande volume de vendas: provoca o escoamento rápido dos estoques; • curto prazo: são ações rápidas, de curta duração; • focus on product: seu foco principal é no produto e não na imagem institucional, que acaba indo a reboque desde que o produto corresponda à expectativa do consumidor; • transmitir informações contidas na propaganda; • limitação de tempo: estimula compra rápida e decisão de compra imediata; • sentimento de esperteza: dá ao consumidor a sensação de ter levado alguma vantagem, que pode até ser uma compensação pelo tempo perdido nas compras em detrimento de interesse próprio; • incentivar a compra: provoca o interesse pelo produto e muitas vezes levam o consumidor a efetuar uma compra por impulso, apenas para obter a sensação de vantagem. Estas características são importantes na hora de decidir sobre o composto de comunicação adequado para as estratégias de marketing, uma utilização da forma e/ou tempo inadequado poderá causar prejuízos financeiros e da imagem da organização. Há três tipos básicos de promoção de vendas, as quais Zenone (2003), ressalta que, as fronteiras entre eles, não são claramente demarcadas: • promoção de produto/ serviço: é a ação promocional em que o ponto focal é o produto ou serviço de uma determinada marca e com objetivo final de venda; • promoção de marca: é a ação promocional que visa colocar em evidência a 40 marca ou bem, sem preocupação imediata; • promoção institucional: é a ação promocional que visa valorizar a imagem da empresa, sem manter uma relação direta com o bem que ela produz. Percebe-se que enquanto a promoção de bens não deixa dúvidas de que é uma atividade comercial, as promoções relacionadas à marca e a instituição podem se confundir. (ZENONE, 2003). Ainda destaca o autor que, as ações de promoção de venda vêm crescendo mediante algumas alterações no cenário de negócios como: crescimento do varejo (autos serviços); segmentação de mercado, rápida obsolescência do produto, concorrência acirrada, alto custo das comunicações em massa. Em síntese, o objetivo principal da promoção de vendas é incrementar as vendas do tipo não pessoal, mas que frequentemente incluem a propaganda, uma vez que sua divulgação é feita através desse meio. Nas atividades de promover à venda as organizações devem não apenas oferecer um bom produto a preço razoável, mas também informar aos consumidores qualidades, características potenciais sobre o produto e onde podem comprá-lo. 2.2.2 Os 4C’s: o mix de Marketing na visão de Lauternborn Para a organização desenvolver um conjunto de atividades que mantenha o seu cliente satisfeito é difícil. Já que, os clientes diante de tantas ofertas de produtos e serviços nunca estarão totalmente satisfeito. Kotler (2000, p.38), enfatiza: “Empresas vencedoras serão as que conseguirem atender às necessidades dos clientes de maneira econômica, conveniente, com comunicação efetiva.”. Os 4C’s de marketing na visão de Lauternborn classificam as quatro ferramentas do mix de marketing em: (1) cliente; (2) custo; (3) conveniência; (4) comunicação. As ferramentas tem seu foco orientado para o cliente, ou seja, a organização deve decidir realizar as estratégias colocando-se na posição do cliente que vai receber o produto ou serviço. Seguindo essa lógica, o objetivo é ofertar ao cliente produtos e serviços que ele precise da forma mais prática possível. Cobra (2009) destaca e parece contribuir com Robert Lauternborn ao afirmar que 4C’s podem ser representados por intermédio do composto dos 4P’s. Na Figura 3 41 apresenta-se a relação afirmada pelo autor, a visão do cliente com relação aos produtos e serviços da empresa. • O produto deve ser uma solução para as necessidades e desejos do cliente Cliente Custo 4 C’s •O preço para o cliente deve ser igual a todos os cutos envolvidos para o adquirir e utilizar o produto •A praça é toda a facilidade proporcionada ao Conveniência cliente para compra do produto A promoção deve ser interativa com cliente, a empresa quer receber o seu feedback sobre o produto Comunicação Figura 3 - Relação dos 4 C’s com 4 P’s Fonte: Elaborado pela acadêmica (2011). Na Figura 3 de acordo com a Lauterborn (apud COBRA, 2009, p. 16) visualiza-se que nos 4 C’s as estratégias do mix de marketing devem abarcar ações que evidência para o cliente que o produto é uma solução, que agrega facilidade, benefício, e até mesmo diferenciação que são valores não monetários que justifica o custo total da aquisição, que esteja disponível e com fácil acesso no mercado. E quando a organização promover sua venda esta deve ser um meio de comunicação bidirecional, ou seja, a opinião do cliente é a variável mais importante com o feedback. Mais importante do que ter um produto ou serviço para ofertar, é ter um cliente, para retê-lo é preciso proporcionar diversas conveniências com o objetivo de tornar esse cliente leal, uma vez que cliente satisfeito é cliente leal conforme. (COBRA, 2006). A seguir nas próximas seções apresentam-se as ferramentas do mix de marketing na visão de Lauternborn. Abarcando suas definições e características. 42 2.2.2.1 Cliente A organização ao realizar o processo de desenvolvimento de seu produto ou serviço, deve ter como objetivo que ele seja a solução de problemas para seus clientes. Para Cobra (1997, p.16): “Manter os clientes satisfeitos não basta, ou seja, não se mantêm clientes apenas satisfeitos. É preciso encantá-los, ou melhor, é preciso surpreendê-los.”. Deste modo uma empresa para ser bem sucedida, precisa ser administrada com foco no cliente para o mesmo autor. Com isso, para que alcance este objetivo, deverá realizar pesquisas para conhecer suas necessidades e desejos, oferecer soluções diferenciadas e, na medida do possível, personalizadas para o cliente. Corroborando com ele, Churchill e Peter (2000) destacam que o marketing voltado para o valor, tem o cliente como foco principal do negócio. Os profissionais de marketing devem reconhecer que as trocas com os clientes são a vida das organizações. Por isso devem compreender os seus clientes, saber o que eles pensam o que sentem e como e usam produtos e serviços. Complementado, Las Casas (2006) destaca que, o cliente ao longo do período em que permanece fiel ao produto ou serviço da empresa, ele indica outras pessoas, dissemina a sua satisfação com o atendimento que recebe, além de outras ações favoráveis. E ainda, ressalta Las Casas (2006, p. 24) “Um cliente satisfeito fiel [...] é um excelente ativo intangível para qualquer organização, pois cada cliente satisfeito fala em média para outros cinco de sua satisfação, e isso é um excelente efeito multiplicador”. No que diz respeito à ferramenta cliente ela exige que a organização acompanhe e esteja atenta ao comportamento de seu público alvo, para desenvolver, aperfeiçoar seu produto para o cliente. Muita empresas já estão realizando a co-criação de seus produtos, ou seja, o cliente faz parte do processo produtivo e criativo de seu produto que vem a ser uma resultante da comunicação bidirecional. 43 2.2.2.2 Custo A organização deve visualizar preço como um resultado final de todos os custos totais de obtenção e utilização do produto ou serviço que trará ao cliente. A premissa para Kotler (2000) é de que os clientes comprarão da empresa que, segundo a percepção deles, oferecer o maior valor na aquisição, ou seja, valor entregue ao cliente. Já na visão de Cobra (2006, p.39) “[...] o custo não pode estar acima das possibilidades e expectativas do comprador.”. Como os clientes de hoje se deparam com um vasto universo de produtos, marcas, preços, e fornecedores pelos quais optar, custo de um produto ou serviço leva em consideração os custos monetários; os custos temporais; os custos psicológicos, que agregará valor ao bem. (Las Casas 2006). Neste contexto a ferramenta custo compreende-se por valores monetários e não monetários (tempo, desgaste emocional, distância, etc.) que o cliente precisa dispor ou passar para adquirir o produto. Também dentre os pontos Cobra (2006) distingue que valor entregue ao cliente é a diferença entre o valor total para o cliente e o custo total: • valor total para o cliente: é o conjunto de benefícios que os clientes esperam de um determinado produto ou serviço; • custo total para o cliente: é o conjunto de custo sem que os consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um produto ou serviço. Sendo assim, os clientes procuram sempre maximizar o valor, dentro dos limites impostos pelos custos envolvidos na procura e pelas limitações de conhecimento, mobilidade e receita. (KOTLER, 2000). Tendo em vista tais argumentos, fica claro que as variáveis que implicam sobre os valores não monetários são os fatores de decisão que justificam o custo da aquisição do produto. 2.2.2.3 Conveniência A ferramenta conveniência tem como objetivo fidelizar o cliente, proporcionado diversas facilidades e vantagens para adquirir o produto da empresa. 44 Define Cobra (1997, p.16) que conveniência é: “[...] proporcionar ao cliente ou consumidor toda a facilidade para a compra, ou seja, a conveniência que agiliza a compra, como entrega prazos e condições de pagamento, facilidade de estacionamento, orientação para uso etc.”. Ressalta Kotler (2000) que, tradicionalmente nas empresas, a ênfase tem sido na realização de vendas com prévendas e vendas, em vez de na construção de relacionamentos; assistência pósvenda, saber a opinião, satisfação do cliente sobre o produto ou serviço que comprou. Pode-se compreender que para o cliente a conveniência do produto esta em encontrá-lo facilmente, com um atendimento diferenciado e rápido, e principalmente recebê-lo no momento que lhe convém, sendo assim, na data e horário que deseja. Atualmente neste mercado globalizado que as organizações competem, cada vez mais empresas estão reconhecendo a importância de satisfazer e reter clientes existentes. (LAS CASAS, 2010). Alguns fatos interessantes que dizem a respeito à retenção de clientes, são citados por Kotler (2002) os quais são: • a aquisição de novos clientes pode custar até cinco vezes mais do que os custos envolvidos em satisfazer e reter clientes existentes; • as empresas perdem em média 10 por cento de seus clientes a cada ano; • uma redução de 5% no índice de abandono de clientes pode incrementar o lucro a um crescimento de 25% a 85%, dependendo do setor; • a taxa de lucro por cliente tende a aumentar ao longo do tempo de vida do cliente retido. O autor ainda coloca que, para fortalecer a retenção de clientes, é essencial construir elevadas barreiras às mudanças, com as quais o cliente fica menos propenso a mudar de fornecedores se isso envolver altos custos de capital, relacionado à pesquisa de novos fornecedores ou a perda de descontos para clientes fiéis. O melhor método é entregar um alto grau de satisfação ao cliente; tornando mais difícil aos concorrentes ultrapassar as barreiras às mudanças simplesmente por oferecerem preços mais baixos ou incentivos. Analisando tais argumentos, a ferramenta conveniência tem por objetivo fidelizar, reter o cliente por meio das vantagens agregadas ao produto que justificam o custo e principalmente continuar fiel aquele produto ou a empresa. 45 2.2.2.4 Comunicação A comunicação no mix dos 4C’s está relacionada com a interatividade entre empresa e cliente, para tornar visíveis as facilidades, vantagens que a empresa esta oferecendo ao mercado. Segundo Kotler (2000) o foco da comunicação esta em receber feedback do cliente, além dele ouvir e ler a mensagem divulgada deverá ter a opção de responder, questionar ou criticar. Cobra (2005, p.39) ressalta que “A comunicação é o momento da sedução que visa empolgar o cliente a comprar o produto ou serviço.”. Urdan e Urdan (2006, p.472) conceituam como "[...] é informar os clientes potenciais sobre os produtos e persuadi-los ou lembrá-los para que os comprem.”. De um modo geral e significativo a ferramenta comunicação instiga o cliente a se relacionar com a empresa seja para receber vantagens ou da usa opinião; com feedbacks positivos ou negativos. Comunicação dos mix dos 4C’s usa os mesmos meios de divulgação do mix dos 4 P’s, pelos quais a organização apresenta benefícios e agrega valor aos seus produtos e serviço para induzir o consumidor a comprar. Abrange ferramentas que recaem em sete categorias amplas: (1) relações públicas; (2) propaganda; (3) promoção de vendas; (4) venda pessoal; (5) marketing direto de relacionamento; (6) merchandising; (7) marketing digital. Corroborando, Las Casas (2006) argumenta que nesta nova economia, as empresas precisam fazer os consumidores participar da criação de valor. O processo de comunicação deve ser bilateral para que se obtenham resultados favoráveis em todos os pontos de vista. O autor ainda destaca que, nas organizações que buscam inovar os indivíduos passam, portanto, a ser, além de consumidores, co-criadores do valor oferecido ao mercado. Dentre as formas disponíveis de comunicação, todas devem ser objetivas, falar com clareza dos principais pontos da oferta e das vantagens para que o cliente fantasie a oferta, sentindo-se envolvido e comprometido a ela. 46 2.3 Mercados consumidores organizacionais e finais As organizações têm a possibilidade de atuar em dois mercados competitivos distintos. Estes mercados são compostos por consumidores organizacionais e finais, no entanto, realizam a aquisição de um produto ou serviço, com critérios e fatores de sensibilidade, necessidades e desejos diferentes. Costa e Talarico (1996, p.21), explicam mercado como: [...] local onde se concentram públicos detentores de necessidade e desejos, poder de compra e disposição para comprar; que oferece condições para atuação de uma empresa, portanto atraente, e que se torna área de interesse para a oferta de produtos e serviços, consequentemente, onde pode ser efetivadas trocas. Na percepção de Urdan e Urdan (2006, p.7), “[...] é o conjunto de indivíduos, famílias ou organizações com interesse e condições de realizar uma troca na posição de comprador.”. Em termos conceituais, mercado é o conjunto de todos os consumidores potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo específico, que estão dispostos a adquirir um produto ou serviços para sua satisfação. Entende-se por mercado alvo, aquele tipo, ou fração de público para quem a empresa, em determinado momento necessita dirigir esforços de marketing, visando atender a necessidades específicas ou solucionar problemas. (COSTA; TALARICO, 1996). O modo como os compradores organizacionais fazem compras pode variar de uma organização para outra, para Churchill e Peter (2000) é conforme suas necessidades, métodos e operação; assim como os clientes finais que tomam as decisões de compra influenciadas por diferentes fatores. Os autores Urdan e Urdan (2006) identificaram as diferença nas necessidades de compra dos consumidores organizacionais e consumidor final, as quais são: • nas organizações: suas maiores necessidades são seus objetivos a serem alcançados por meio de recursos (pessoas, conhecimento, matéria-prima). Sendo estes utilizados mediante trabalho coletivo, satisfazendo uma necessidade da empresa; • as necessidades do consumidor final ou humana; é uma carência que gera sentimento de desconforto ou tensão, a natureza a intensidade da sensação que ele 47 experimenta determina suas ações de compra. Churchill e Peter (2000) destacam que, os mercados organizacionais são compostos por menos compradores do que os mercados de consumo, pelo fato que, na população de qualquer área, há mais indivíduos do que organizações. A seguir no Quadro 6, as diferenças nas características entre o dois mercados, que vão afetar as decisões de segmentação e estratégias de marketing como um todo. Características Compradores organizacionais Consumidores Número de compradores no mercado Poucos Muitos Tamanho da compra (quantidade e valor unitário) Grande Pequenos Critérios de decisão Primeiramente racionais Racionais e emocionais Interdependência entre comprador e vendedor Forte Fraca Número de pessoas envolvidas nas decisões de compra Muitas Poucas Quadro 6 - Uma comparação entre compradores organizacionais e consumidores Fonte: (CHURCHILL; PETER, 2000, p.174). Analisando o Quadro 6 nota-se que, as decisões de compra organizacionais envolvem mais pessoas que as dos consumidores finais, que toma a decisão sozinho ou pede opinião, e sua dependência do vendedor é mínima, já que, não necessita de especificação detalhada sobre o produto. Kotler (1998) adverte que, nenhuma empresa pode operar em todos os mercados e satisfazer a todas as necessidades dos clientes, portando não há como realizar um bom trabalho de marketing dentro de um mercado amplo. Por isso as organizações devem segmentar seu mercado, selecionando seu mercado alvo o qual terá condições de servir de maneira eficaz concentrando seus esforços, sendo assim, atendendo as expectativas dos clientes. Corroborando, Churchill e Peter (2006, p.205) explanam segmentação de marcado como: “Processo de dividir um mercado em grupos de compradores potenciais, com necessidades, desejos, percepção de valores, ou comportamento de compra semelhante.”. Para Cobra (2006) o processo de segmentar, é a divisão de um mercado consumidor em grupos menores de compradores com necessidades, características 48 ou comportamentos semelhantes que podem requerer produtos ou mix de marketing distintos. As variáveis utilizadas para agrupar e, formar os seguimentos pode ser de diversas categorias, principalmente dos tipos: (1) geográficas; (2) demográficas; (3) comportamentais; (4) psicográficas. Estas variáveis podem ser combinadas, e quanto mais combinações houver, menor será o segmento. (LAS CASAS, 2006). Para realizar a segmentação de mercado com eficiência é importante compreender, pesquisar o comportamento de compra do consumidor. Esta identificação e, classificação do segmento de mercado, permite alcançar da maneira mais eficiente e eficaz o público alvo, ouse seja, o mercado alvo estabelecido, ofertando produtos e serviços que correspondam às necessidades específicas, exigências de compra destes consumidores. (COBRA, 2006). A empresa deve conhecer todos os públicos que, de algum modo, interferem em seu posicionamento no mercado. Com isso, as estratégias de marketing vão depender da adequada segmentação de mercado, proporcionando a organização à concentração de esforços; economizar recursos de natureza financeira, física e humana, propiciando também uma visualização, simplificada dos processos distributivos do bem. (URDAN; URDAN, 2006). Nas próximas seções, apresenta-se porque e quando as organizações usam segmentação de mercado, descrevendo os critérios usados para selecionar os mercados-alvo a serem servidos. 2.3.1 Estratégias de segmentação mercado organizacional A compra do cliente organizacional é um processo racional. Devido às necessidades de compra estar atreladas a, busca de qualidade e custo dentro de determinadas especificações. McCarthy e Perreault (1997, p. 133) definem mercado organizacional como: “[...] quais quer compradores que adquirem para revenda ou para produzir outros bens e serviços.”. É composto por todos os indivíduos e organizações que compram produtos e serviços para uma das seguintes finalidades: para fabricar outros produtos e serviços [...], para revender a outros usuários empresariais ou 49 consumidores [...], para conduzir as operações da organização [...]. (LAS CASAS, 2010, p. 211). De acordo com as características dos compradores do mercado organizacional, fica evidente, o quanto é relevante entender seu comportamento, necessidade de compra, já que, os produtos e serviços, são utilizados como matériaprima, suprimentos. No consumo de bens industriais, a demanda deriva de outros bens. Para Churchill e Peter (2000) a compreensão do comportamento do consumidor organizacional, precisa-se entender desde o fluxo da demanda organizacional até o consumidor final, dos produtos fabricados. Segundo estes autores, os compradores organizacionais classificam-se em quatro categorias, as quais são: (1) produtores; (2) intermediários; (3) governo; (4) outras instituições; sendo que: • produtores: constituem o maior segmento de compradores organizacionais, empresas que compram bem e serviços para produzir outros bens e serviços para venda; • intermediários: chamados também de revendedores, organizações que compram bens para revendê-los com lucro; • governo: as organizações governamentais que operam a níveis federal, estadual e municipal, as vendas são relativamente complexas, devido a uma variedade de políticas e regulamentações que ditam as atividades do fornecedor no intercambio e em operações cotidianas; • outras instituições: compreende instituições como, museus, organizações, religiosas, hospitais e as instituições não lucrativas. Em geral, as decisões de compra organizacionais seguem o processo mostrado na Figura 4. Figura 4 - O processo de compra organizacional Fonte: (CHURCHILL; PETER, 2000, p.186). 50 Nota-se que, este processo inicia com a empresa reconhecendo uma necessidade ou problema a solucionar; em seguida pessoas recebem a responsabilidade de tomar a decisão de compra; inicia procedimentos de busca para identificar alternativas de compra; depois se estabelece critérios de seleção do produto ou serviço; e por fim realiza a compra e avalia o desempenho do produto e de seu fornecedor. Cada seguimento de mercado tem seu perfil determinado, em função de atitudes, comportamentos, características demográficas, psicográficas e, meios de comunicação distintos. A empresa deve determinar bases e critérios de segmentação, que sustentarão as decisões e o mix de marketing. (KOTLER, 2000). Neste contexto apresenta-se no Quando 7 bases de segmentação e seus critérios para o mercado organizacional: Bases para segmentação Geográfica Critério Região Exemplos Sul; sudeste; centro-oeste; norte e nordeste Cidade ou Bairro Abaixo de 5.000 habitantes a 19.999; 20.000 a 49.999; 50.000 a 99.000; 100.000 a 2499.999; 250.000 a 499.999; 500.000 a 999.999; acima de um milhão Taxa de crescimento da Crescimento explosivo; rápido; moderado; lento; área em declínio Tipo de cliente Clima Quente; frio Tipo de organização Produtor; intermediário; órgão do governo; outra instituição Menos de 50 funcionários; 50 a 99funcionários; 100 a 499funcionários; mais de 500 funcionários Tamanho da organização Classificação do setor Código SIC Lealdade fonte Compra de um; dois; três; quatro ou mais fornecedores Menos de R$500; de R$ 500 a R$999; R$ 1000 a R$ 1.999; R$ 2.000 ou mais Comportamento Compra média do comprador organizacional Frequência de uso Aplicação do produto Preço Frequente; médio; esporádico Produção; marketing; finanças; administrativa; outra Preço; qualidade; pontualidade; confiabilidade do fornecimento; outro Quadro 7- Algumas bases para segmentação de mercados organizacionais Fonte: (CHURCHILL; PETER, 2000, p.219). Com a análise do Quadro 7, é relevante destacar, que a base geográfica limita o campo de atuação, pois as empresas não conseguem atender todos os 51 mercados; a base tipo de cliente permite limitar tipos de produtos e serviços a disponibilizar; a base do comportamento do comprador organizacional caracteriza os clientes e é facilmente quantificável. As bases de segmentação e critérios usados para selecionar os mercados-alvo organizacionais a serem servidos, permite a organização oferecer seus produtos em mais de uma região ou país utilizando um único composto de marketing ou adaptá-lo as necessidades e desejos de cada segmento. (CHURCHILL; PETER, 2000). Em virtude das características do comportamento de compra do cliente organizacional apresentadas, ao segmentar este mercado as empresas devem ficar atentas na proporção de custo e benefício que podem e deve de alguma forma oferecer ao cliente na aquisição do produto ou serviço, para que se mantenham competitivas. 2.3.2 Estratégias de segmentação de mercados consumidores finais O comportamento de compra dos consumidores finais, esta sobre as influências de um considerável número de variáveis. Estas vão ser diferentes para vários produtos e marcados alvos. Churchill e Peter (2000, p.4) conceituam como: “Pessoas que compram bens e serviço para seu próprio uso ou para presentear outras pessoas.”. Já para Kotler (2009, p.111), “Consumidores finais são pessoas e organizações que compram produtos para utilizar [...], não adquirem com o propósito de revenda.”. Tendo em vista, tais argumentos, compreende-se consumidor final como pessoas e empresas quem compram algo para consumo ou uso próprio. Precisa-se entender o comportamento do consumidor: os pensamentos, sentimentos, ações e as influências sobre eles que determinam mudanças, para determinar os requisitos da segmentação de mercado. O ser humano tem necessidade e desejos de um lado e recursos disponíveis de outro – desejos e necessidades são amplos, e recursos, via de regra não são. Ele busca o consumo com maior a menor moderação em função de suas preocupações de vida social, e por gostar de viver em tribos busca possuir bens que o tornem aceito e respeitado socialmente, e consome tudo aquilo que pode de acordo com sua condição financeira e econômica. (COBRA, 2006). 52 Ainda destacam Churchill e Peter (2000) a teoria de Maslow do psicólogo Abraham Maslow que classificou as necessidades humanas em uma hierarquia de cinco níveis. A qual tem intuito de explicar porque as pessoas são motivadas por necessidades específicas em determinados momentos. Em sua ordem de importância, elas são: (1) necessidades fisiológicas; (2) necessidades de segurança; (3) necessidades sociais; (4) necessidades de estima; (5) necessidades de auto realização; mostradas na Figura 5 fazendo a relação entre necessidade e produto. Figura 5 - Hierarquia de necessidades de Maslow Fonte: (CHURCHILL; PETER, 2000, p.147). A teoria de Maslow reproduzida na Figura 5 deixa evidente, que o indivíduo, tenta satisfazer as necessidades mais importantes para sua existência primeiro; logo após as de segurança para sua existência; depois tentam satisfazer as necessidades que afetam sua autoestima. O processo de decisão de compra do consumidor é composto de cinco etapas que para Churchill e Peter (2000) são: (1) reconhecimento da necessidade; (2) busca de informações; (3) avaliação das alternativas; (4) decisão de compra; (5) avaliação pós compra. • reconhecimento das necessidades: que pode vir de uma sensação interna como fome, cansaço ou desejo de impressionar, estímulos externos; • busca de informações: após identificação da necessidade, o consumidor pode 53 procurar informações de como satisfazê-la; • avaliação das alternativas: com base nas informações coletadas, o consumidor identifica e avalia maneiras de satisfazer suas necessidades e desejos, decidindo quais recursos e características são importantes e da identificação de qual desses recursos ou características cada alternativa oferecem; • decisão de compra: depois de considerar as opções possíveis, os consumidores podem fazer uma compra, esta etapa de decisão inclui decidir fazer ou não a comprar e, no primeiro caso, o que, onde, quando comprar e como pagar; • avaliação pós compra: depois da aquisição do produto ou serviço os consumidores formal ou informalmente avaliam o resultado da compra. Em particular, eles consideram se ficaram satisfeito com a experiência da compra, sendo esta faze decisiva para a organização, pois se um consumidor tem repetidamente experiências favoráveis com determinada marca, pode desenvolver lealdade a ela e influenciar amigos e conhecidos sobre sua experiência de compra e uso. Cobra (1997) descreve cinco requisitos para a segmentação do mercado consumidor final, os quais são: • um segmento precisa ser especificamente identificado e medido: dados como demográficos, sociais, culturais que permitam determinar o potencial do segmento e a estratégia de marketing; • um segmento precisa evidenciar um potencial adequado: verificar se a demanda para produtos e serviços representa uma oportunidade de mercado; • um segmento precisa ser economicamente acessível: realizar uma pesquisa para determinar se há suficiente similaridade entre os compradores para que o segmento seja economicamente viável; • um segmento precisa reagir aos esforços de marketing: critério importante é saber se o segmento reagirá ou não aos esforços de marketing, se para cada segmento específico for necessário um esforço de marketing diferente, os custos poderão tornar o processo inviável; • um segmento precisa ser estável: procurar segmentos cujos processos de mutação sejam facilmente identificáveis com uma boa antecedência. Para dividir, ou seja, segmentar os clientes do mercado consumidor final em grupos é utilizado como variáveis de informações: (1) geográficas; (2) demográficas; (3) psicográficas; (4) comportamentais; com os critérios citados no Quadro 8. 54 Bases para segmentação Critério Sexo Homem; mulher Idade Menos de 6; 6-12; 13-19; 20-29; 30-39; 40-49; 50 -59; 60 ou mais Raça ou etnia Brancos; negros; orientais; outros Renda familiar Abaixo de R$ 500; de R$ 500,00 a R$ 1000,00; de R$ 1000,00 a R$ 3000,00 de R$ 3000,00 a R$ 5000,00; acima de 5000,00. Ocupação Funcionários públicos; operários; agricultores; aposentados; profissionais de nível superior e técnicos; executivos e empresários; estudantes; donas de casa; desempregados Tamanho da família Uma ou duas pessoas; três ou quatro pessoas; mais de cinco pessoas Ciclo de vida da família Solteiro; casado sem filhos; casado cujo filho mais novo tem menos de seis anos; casado cujo filho mais novo tem mais de 6 anos; Região Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste Demográfica Demográfica Geográfica Psicográficas Exemplos Densidade populacional Clima Urbana; suburbana; rural Quente, frio Estilo de vida Tradicional; sofisticado; segundo a moda Personalidade Cordial; agressivo; distante Atitudes Positivo; neutro; negativo Benefícios procurados Conveniência; economia; prestígio Pensamentos e Estágio de prontidão sentimento do comprador Caráter de inovação Alheio; ciente; informado; interessado; desejoso; com a intenção de comprar Inovador; adotante inicial; maioria inicial; maioria tardia; retardatário Risco percebido Alto; moderado; baixo Envolvimento Baixo; alto Frequência de uso Rara; média; intensa Comportamento Lealdade de fonte de compra Compra de um; dois; três; quatro ou mais fornecedores Não usuário; ex usuário; usuário potencial; usuário atual Quadro 8 - Algumas bases para segmentação de mercado consumidor Fonte: (CHURCHILL; PETER, 2000, p.210). Status do usuário A segmentação demográfica é a maneira mais comum de segmentar mercado, dividindo-o com base nas características da população; a geográfica divide de acordo com a localização, clima ou com os outros critérios citados. Já a 55 segmentação psicográfica, aborda as necessidades e desejos que levam as pessoas a fazer compras; encontra partida a segmentação baseada em pensamentos e sentimentos, ocorre de acordo com que os clientes pensam e sentem sobre um produto, marca e seu valor. E por fim, a segmentação baseada em comportamento de compra, centra-se geralmente em combinações de frequência de uso, lealde com a compra do produto e situação dos clientes em relação ao uso do bem. (CHURCHILL; PETER, 2000). Para Urdan e Urdan (2006) mudanças sociais, nos hábitos de compra, no estilo de vida e no comportamento em geral, sejam por razões econômicas, de clima, de ciclo de vida de produtos entre outros, exige prever o comportamento do cliente. Resumindo a atividade de segmentação de mercado consumidor final requer que as organizações estejam atentas, acompanhado mudanças de comportamento, se antecipando as suas necessidades e desejos ofertando bens que atendam as suas necessidades. 2.4 Comunicação integrada de Marketing (CIM) A comunicação integrada de marketing é o processo de desenvolver e integrar as ferramentas de todas as formas de comunicações para transmitir uma mensagem ao cliente. Com a sinergia de todos os departamentos da organização, fornecendo a mesma mensagem sobre seus produtos e serviços de forma clara, concisa e integrada aos públicos alvo. (OGDEN, 2002). Segundo Churchill e Peter (2000, p.455): “CIM é a coordenação dos elementos do composto de comunição em um todo coerente, de modo a fornecer maior clareza e impacto na comercialização.”. Corraborando, Las Casas (2010, p.386) conceitua: “ [...] é um sistema de gerenciamento e integração dos elementos de comunicação de marketing [...] a orientação é que todos os elementos comuniquem as mesma mensagem.”. Pode-se entender que a CIM, tem como objetivo tonar eficaz a comunicação da empresa com seu público, usando em conjunto as midias de divulgação das ferramentas de comunicação. 56 Entre tanto precisa influenciar ou diretamente afetar o comportamento que os clientes potenciais tem com o produto ou serviço da empresa. Para que ocorra a comunicação integrada de marketing, se faz necessário trabalhos de análise, planejamento e aplicação de técnicas de avaliação, que possibilitará a ação de todos os setores da organização, decorrente da combinação de orientação, informação, fluxo de processos, colaboração que viabilizara o aumento da competitividade organizacional. (OGDEN, 2002). Com isso, na CIM o objetivo é: “[...]chegar o mais perto possível do comportamento atual do consumidor [...] é como o resultado da exposição à comunicação que acarreta mudanças nas atitudes, na marca ou categoria do produto.”. (CORRÊA, 2006, p.54). E para alcançar este objetivo, a CIM é reponsável pela identificação de todos os pontos de contato, nos quais o cliente pode encontrar a empresa, seus produtos e suas marcas, veinculando uma mensagem: boa, ruim ou indiferente. (LUPETTI, 2007). Na visão de Ogden (2002), a CIM é composta por seis ferramentas, que são: (1) relações públicas; (2) propaganda; (3) promoção de vendas (4) venda pessoal; (5) marketing direto; (6) marketing digital. Os quais são também, apontados por outros autores, como: Costa; Talarico (1996); Churchill; Peter (2002); Zenone; Buairide (2002); Dias (2003); Urdan; Urdan (2006); Kotler; Armstrong (2007); Lupetti (2007). Dentre eles, Costa; Talarico (1996); Zenone; Buairide (2002) e Dias (2003) são os que, também, citam o Merchandising como uma das ferramentas da CIM. Este item fez a introdução à Comunicação Integrada de Marketing; na próxima seção descreve-se o processo de comunicação. Em seguida, apresenta-se o mix da comunicação integrada de Marketing, finalizando com a abordagem de cada ferramenta do mix de comunicação. 2.4.1 Comunicação A comunicação nas organizações é de extrema importância, para o sucesso de suas estratégias. Tanto para manter a, relacionar-se com seus colaboradores, e assim obter o máximo de seu potencial, conseguindo atender o objetivo de divulgar aos clientes a existência de seu produto ou serviço. Para Churchill e Peter (2000, p.449) a comunicação: 57 É a transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor, de modo que ambos a entendam da mesma maneira. Dessa forma um anúncio impresso, um cupom [...] ou qualquer outra comunicação de marketing deve transmitir claramente o significado pretendido. Já na percepção de Urdan e Urdan (2006, p.244) comunicação: “É a atividade humana que liga duas ou mais pessoas com a finalidade de compartilhar informações e significados.”. Tendo em vista este contexto, é fundamental apresentar os elementos da comunicação que devem transmitir claramente o significado pretendido. A comunicação é o conjunto dos elementos: (1) emissor; (2) codificação; (3) meio; (4) decodificação; (5) receptor; (6) resposta; (7) feedback. Estes elementos juntos viabilizam articular, transmitir, receber, interpretar e reagir ás informações, da forma e existência à comunicação. Na Figura 6 a seguir, mostre-se o modelo básico do processo de comunicação, os elementos que lhe dão forma e existência. Figura 6 - O modelo básico do processo de comunicação Fonte: (URDAN; URDAN, 2006, p.245). Como se pode perceber na Figura 6, o emissor é quem emite a mensagem (empresa); a codificação converter a mensagem em grupo de símbolos; canal são 58 os sistemas que transportam a mensagem (mídia); decodificação são os processos de converter grupos de símbolos em uma mensagem; receptor para quem é destinada a mensagem (cliente); resposta são as reações à mensagem recebida, feedback é o retorno do receptor a uma mensagem (pesquisas, etc.). A transmissão ou a manifestação da comunicação, para Urdan e Urdan (2006) realiza-se por meio de mídias ou veículos de comunicação, e as peças de comunicação, juntos tem a finalidade levar a mensagem ao público alvo, que deve interpretar essa mensagem, ou decodificar sua linguagem, entender e dar sua opinião em termos de compra recompra e efetivação de consumo para determinada marca, produto ou serviço. Estes autores explicam que o meio (ou canal) de comunicação é, o meio que viabiliza a entrega de mensagens aos clientes. Mídia é o plural do meio (canal) que abrange diversos meios relacionados. Os autores citam que há quatro tipos de mídias, as quais são: (1) mídia não interativa de massa; (2) mídia não interativa dirigida; (3) mídia interativa eletrônica; (4) mídia interativa pessoal. Estas apresentam as seguintes características: • mídia não interativa de massa: capaz de atingir, sem contato pessoal, grande número de clientes ao mesmo tempo; • mídia não interativa dirigida: alcança clientes específicos, porém sem condições para a comunicação bilateral imediata; • mídia interativa eletrônica: permite a empresa atingir uma grande audiência, com mensagem individualizada e espaço para comunicações; • mídia interativa pessoal: é o canal pelo qual pessoas a serviços da empresa fazem contato com clientes. Em geral, os profissionais de marketing utilizam a comunicação para tentar aumentar vendas e lucros ou alcançar outras metas. Ao fazer isso, eles informam, persuadem e lembram os consumidores para que comprem seus produtos e serviços. (CHURCHILL; PETER, 2000). A comunicação é empregada também, pelos profissionais de marketing para atingir metas e estratégicas especificas que segundo os mesmos autores são: • criar consciência: informar os mercados sobre, produtos, marcas, lojas ou organizações; • construir imagens positivas: desenvolver avaliações positivas nas mentes das pessoas sobre produtos, marcas, lojas ou organizações; 59 • identificar clientes potenciais: descobrir nomes, endereços e possíveis necessidades de potenciais compradores; • construir relação de canal: aumentar a cooperação entre membros do canal; • reter clientes: criar valor para os clientes, satisfazer seus desejos e necessidades e conquistar lealdade. Para aumentar as vendas, as organizações comunicam as vantagens superiores de seus produtos, seus custos mais baixos ou certa combinação entre benéficos e custos desejados pelos consumidores. O processo de comunicação com o mercado visa criar imagem e apoiar as vendas do produto. Proporcionando informação sobre sua existência, levando conhecimento sobre seu benéfico e sobre seus atributos, bem como sobre a maneira como poderá resolver as necessidades dos consumidores, para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos na sociedade. (URDAN; URDAN, 2006). Em suma a comunicação da organização com seu público alvo será eficaz quando a mensagem for desenvolvida de forma a ser compreensível e sedutora. Sendo necessário descobrir como seu público alvo interpretam sons, e imagens para criar mensagens com as ferramentas de comunicação mais adequadas aos seus clientes. 2.4.2 O Mix da Comunicação Integrada de Marketing O mix da comunicação integrada de marketing é o conjunto de ferramentas de comunicação utilizadas para desenvolver e implementar várias formas de programas persuasivos de comunicação, para os clientes potenciais. Utilizando-se de uma variedade de mídias de comunicação para proporcionar o máximo impacto na comunicação. Seguindo esta linha, Churchill e Peter (2000, p.455) explicam como: “[...] coordenação dos elementos do composto de comunicação em um todo coerente, de modo a fornecer maior clareza e impacto na comercialização.”. Importante lembrar, segundo Zenone (2003) que, assim como acontece com o mix de marketing, deve haver também, uma interação entre os elementos de comunicação, formando uma estratégia única da empresa ao mercado que pertence e aos objetivos proposto no planejamento. Compreende-se que, o mix de CIM, é o 60 conjunto de ferramentas de comunicação, com o qual a organizações tomará decisões, escolhendo uma ou mais que atendam os objetivos de comunicação com seus públicos-alvo. Desta forma as ferramentas de comunicação utilizadas neste mix recaem em sete categorias amplas formadas por: (1) relações públicas; (2) propaganda; (3) promoção de vendas; (4) venda pessoal; (5) marketing direto de relacionamento; (6) merchandising; (7) marketing digital. Nestes moldes, as próximas seções tratam de cada uma das sete ferramentas do mix de CIM, explorando seus objetivos, características, vantagens e limitações, mídias e as atividades envolvidas na comunicação, que os profissionais de marketing devem levar em consideração ao decidir quais das ferramentas atenderão aos seus objetivos. 2.4.2.1 Relações públicas Esta ferramenta de comunicação é responsável por cuidar da imagem da empresa. Mediante o estabelecimento de um bom relacionamento com os vários públicos da empresa. Segundo Costa e Talarico (1996, p.57) relações públicas “[...] explora o caráter informativo da comunicação, desenvolvendo um trabalho de formação e fortalecimento da imagem corporativa da empresa, tais como a informação do lançamento, modificação de características específicas de produtos.”. Corroborando, Urdan e Urdan (2006, p.255) explicam que, a relações públicas “[...] consiste em monitorar as perspectivas dos públicos da empresa, identificar possíveis questões de interesse e preocupação e desenvolver programas para criar e manter relações positivas com este público.”. As relações públicas se referem a uma variedade de programas de comunicação, destinados a promover ou proteger a imagem da empresa ou de seus produtos, fortalecendo sua credibilidade na comunidade onde atua. Difere das demais ferramentas de comunicação, quanto ao seu objetivo, cuja pretensão não é propriamente vender e sim conquistar o apoio da opinião pública e criar clima de compreensão e confiança com a empresa. O público de comunicação é mais diversificado, indo além de clientes para abranger fornecedores, funcionários, governos, acionistas, comunidades e outras entidades. (URDAN; URDAN, 2006). 61 Algumas das vantagens das relações públicas apresentadas por Urdan e Urdan (2006) são: • compreende e se comunica com diversos públicos relevante; • monitora a imagem dos produtos e da empresa, prevenindo problemas; • estimula boa vontade por parte dos públicos. Já algumas desvantagens verificadas pelos autores são: • os efeitos das ações não costumam ser rápidos; • as vendas são desencadeadas indiretamente; • a efetividade é mais difícil de ser medida. Os autores assinalam, ainda que, a prática deste meio de comunicação reúne as funções: (1) publicidade; (2) propaganda institucional; (3) patrocínio; (4) relações com o cliente; (5) relações internas; (6) relações com a comunidade; (7) relações governamentais; (8) gestão de crise; para estabelecer uma imagem organizacional favorável. Em que: • publicidade: contempla informações sobre a empresa, seus produtos ou marcas, veiculadas pela imprensa na forma de notícias; • propaganda institucional: é o uso de propaganda como objetivo de difundir mensagens de relações públicas; • patrocínio: é o apoio, em geral financeiro a evento, entidade ou organizações, que devem trazer vantagens, diretas ou indiretas ao patrocinador; • relações com o cliente: programas de relações com clientes; guiados pela preocupação com consumidores, alicerçado em canais de comunicação para ouvilos e sistemas para ajudá-los; • relações internas: desenvolver comunicação efetiva entre empresa e funcionários, executivos e prestadores de serviços; • relações com a comunidade: desenvolver comunicação efetiva no entorno da empresa, no bairro, cidade ou Estado; • relações governamentais: incluem os esforços de ligação e entendimento com agentes e órgãos públicos; • gestão de crise: não há empresa imune a erros, próprio ou de terceiros, por vezes eles causam impactos severos na opinião pública e nos negócios. A imagem da empresa, influência o modo como as ações e ofertas da empresa são avaliadas pelos públicos. (URDAN; URDAN, 2006). Sendo que, para 62 LAS CASAS (2006) todas as empresas devem se preocupar com suas relações com os públicos, uma vez que se trata de uma situação quase incontrolável devido a conflitos e mal entendidos e, por isso, essa atividade esta cada vez mais valorizada. Enfim as relações públicas é uma eficiente ferramenta promocional que promove, e concretiza perante a opinião pública tudo aquilo que seja legítimo e autentico a serviço de um país, de uma instituição, de uma empresa, de uma pessoa, ou de uma ideia. 2.4.2.2 Propaganda Quando os profissionais de marketing desejam informar benefícios, características, atributos de um bem, frequentemente utilizam alguma forma de propaganda. A divulgação da mensagem é paga, e abrange um grande público. É uma forma de comunicação impessoal, unilateral, paga e assumida pelo anunciante que assina suas mensagens, podendo atingir grande volume de pessoas no público visado, em grandes extensões geográficas, permitindo que um produto possa, rapidamente, tornar-se conhecido e aceito. Sua função é criar uma imagem favorável da empresa, produto a médio e longo prazo, influenciando na decisão de compra pela lembrança de marca, no momento em que esta ocorre. (COSTAS; TALARICO, 1996, p.57). Já para Ogden (2002, p.13, grifo do autor): “A propaganda é o desenvolvimento e a execução de qualquer mensagem de lembrança, informativa ou persuasiva, comunicada a um mercado ou público alvo através de um meio não pessoal.”. Portanto, é qualquer forma de comunicação não pessoal e, promoção de ideias, bens ou serviços, no qual a empresa foca na sua identificação, oferecendo uma razão para a compra. A divulgação da mensagem é paga, seu benefício esta na capacidade de comunicar uma mensagem para um grande número de pessoas ao mesmo tempo. Alguns dos benefícios competitivos da propaganda apresentadas por Urdan e Urdan (2006) são: • consegue atingir um grande número de clientes ao mesmo tempo, diminuindo o custo de comunicação por pessoa exposta; • permite repetir a mensagem diversas vezes, elevando a probabilidade de 63 assimilação pela audiência; • pode comunicar-se com os clientes em diferentes momentos de sua vida (em (casa, no trabalho, no lazer, viajando), num dos quais talvez esteja mais receptivo. No entanto as principais limitações apresentadas por Urdan e Urdan (2006), para a propaganda são: • a empresa não tem como avaliar areação do cliente à mensagem, inviabilizando esclarecimentos adicionais ou adaptações da comunicação às peculiaridades dos clientes; • a maioria dos anúncios não provoca efeito nos clientes, devido ao excesso de • estímulos de propaganda competindo entre si. A eficácia da propaganda varia conforme a situação, na medida em que o momento e o ambiente em que ela foi veiculada podem gerar diferentes impactos; deste modo, a propaganda precisa ser dinâmica e flexível. (OGDEN, 2002). Churchill e Peter (2000) ainda afirmam que, usada convenientemente, ela pode criar ou aumentar as percepções de qualidade ou confiabilidade de um produto, incentivando, com isso, a lealdade dos clientes e a repetição das compras, o problema de tudo isto é que propaganda custa bastante dinheiro, embora custe menos por pessoa atingida do que a venda pessoal, seu custo ainda é considerável orçamento. Fundamentando-se nos conceitos apresentados a propaganda é uma ferramenta de comunicação em massa paga e com a apresentação não pessoal de produtos e serviços. Contudo a organização que realização a comunicação com o público se identifica ou sua marca na mensagem. 2.4.2.3 Promoção de vendas O objetivo da promoção de vendas é promover um produto e estimular a ação de compra nos clientes. Suas ações sempre oferece algo ao consumidor, um desconto, um brinde, entre outras formas, por um período pré-determinado. Promoção de vendas é a pressão de marketing exercida na mídia e fora dela por um período predeterminado e limitado visando ao consumidor, varejista ou atacadista, para estimular experiência com um produto, 64 aumentar a demanda dos consumidores ou melhorar a disponibilidade do produto. (CHURCHILL; PETER, 2000, p, 453). Para Ogden (2002, p.15) na promoção de vendas “o objetivo [...] é criar ou induzir compras, as ações são indiretas e não pessoais e oferecem estímulo de curto prazo.”. Consiste em um conjunto de peças de mídia, para incentivo, principalmente de curto prazo, destinadas a estimular compras mais rápidas, nos clientes. O modo como qual a promoção de vendas atua sobre o comportamento do consumidor, segundo Kotler (2009) é quando, ele fica sabendo de uma liquidação, da oferta de duas peças pelo preço de uma ou da chance de ganhar alguma coisa, neste instante o cliente age. Possuindo a característica de gerar vendas rapidamente, por determinado período. Utiliza-se a promoção de vendas como uma estratégia para reduzir estoques ou desequilibrar ações da concorrência. (URDAN; URDAN, 2006). Na visão de Costa e Talarico (1996), a promoção de vendas age em dois campos da comunicação mercadológica, as quais são: • estimulando diretamente a ação de compra do produto: denominada de promoção de persuasão ou promoção de vendas propriamente dita; • auxiliando na divulgação e na formação ou sustentação da imagem da empresa e do produto: também chamada de promoção de vendas com fins institucionais (ou simplesmente promoção institucional). Urdan e Urdan (2006) assinalam, ainda que, a promoção de vendas, em geral não foca os benefícios e valor percebido do produto, a mensagem ao cliente é para ele comprar logo, aproveitando condições especiais. Algumas das vantagens da promoção de vendas apresentadas por eles são: • estimula reposta imediata com incentivos extras e a melhora do valor percebido; • cria excitação na audiência, podendo levar a compras repetidas, e despertas apoio de intermediários; As principais limitações apresentadas por estes autores para a promoções de vendas são: • cria expectativa de preços mais baixos e novas promoções de vendas; • pode prejudicar a força da marca e reduzir a lealdade do cliente; • aumenta a profusão de estímulos. 65 Os autores ainda citam como modalidade de promoção de vendas ao consumidor: (1) amostra grátis; (2) brindes; (3) concurso; (4) cupom; (5) incentivo no preço; as quais são descritas a seguir: • amostra grátis: consiste em dar ao consumidor alguma quantidade do produto sem cobrar por isto; • brindes: procura induzir a venda de um produto, oferecendo outro produto; • concurso e sorteio: ambos oferecem a possibilidade de os participantes ganharem algum prêmio como objetivo de incentivar as vendas; • cupom: é um vale que serve para oferecer um benefício temporário aos compradores; • incentivo no preço: é a redução do preço do produto por um prazo curto. Ainda destaca Kotler (2000) que também, promovem maior conscientização de preços por parte do consumidor, que sentem certa satisfação por serem bons compradores quando aproveitam preços especiais. As promoções de vendas são tradicionalmente usadas para gerar um aumento de vendas em curto prazo. (OGDEN, 2002). Além disso, se as promoções forem adequadamente planejadas, também podem ter impacto sobre as vendas de longo prazo. Pode-se então entender, que a ferramenta promoção de vendas oferece ao consumidor um incentivo a compra. Utilizando-se da oferta de benefícios adicionais que vão representar uma vantagem ao público-alvo. 2.4.2.4 Venda pessoal A venda pessoal difere-se das demais ferramentas de comunicação por usar como mídia, ou seja, meio para sua mensagem a interação direta com o cliente. Tem o propósito de convencê-lo a realizar a compra, tendo como elemento principal de ligação da empresa com o cliente, o vendedor. Para Ogden (2002, p.14) a venda pessoal: “[...] é utilizada para gerar benefícios da comunicação individualizada e envolve diálogo entre a empresa e o consumidor, ou seja, ela é uma comunicação individual (por telefone ou pessoal) entre um comprador e um 66 vendedor.”. Já para, Urdan e Urdan (2006, p.255) a venda pessoal: “É a atuação na qual o vendedor, renumerado pela empresa, interage face a face com o consumidor, para fornecer informações e persuadir a compra.”. Desta forma, a venda pessoal proporciona contato direto com o cliente, e permite ao vendedor responder diretamente as preocupações e perguntas dos consumidores, assim como um feedback imediato a um potencial consumidor. Seguindo esta linha, compreende-se como uma ação de caráter comercial, em que o vendedor se confronta diretamente com o comprador, procurando convencê-lo a efetuar a compra. Deve ser condizente com o alinhamento de comunicação da empresa, eficiente na criação de preferências e estimulante na aceitação do produto, porém restrita á parte integrante da ação de vender. (COSTA; TALARICO, 2006). Alguns dos benefícios competitivos da venda pessoal apresentadas por Urdan e Urdan (2006) são: • permite ajustamento individualizado e contínuo entre vendedor e cliente; • cliente pode dar seu feedback prontamente; • as mensagens da comunicação são mais persuasivas e informativas. Já algumas desvantagens verificadas pelos autores são: • é a ferramenta mais cara; • pode ser irritante se o cliente não a deseja ou o vendedor é deficiente. Esta ferramenta do composto promocional se distingue pela interação humana e comunicação individualizada. Seu principal elemento é o vendedor, que opera numa rede de demandas e restrições, originadas na organização e nos clientes. (URDAN; URDAN, 2006). Tendo em vista as informações evidenciadas, a venda pessoal é qualquer atividade referente a promover vendas do tipo face a face, interação direta. Deste modo o vendedor se confronta diretamente com o comprador, procurando o persuadir a realizar a compra. 67 2.4.2.5 Marketing direto de relacionamento Esta ferramenta do mix da CIM tem como foco estabelecer um relacionamento individual com os clientes. Com as informações coletadas neste contato, a empresa começa a tratar o cliente de forma diferenciada. Para Ogden (2002, p.16), “O marketing direto permite a comunicação personalizada. Além disso, pode ser usado com muitos meios diferentes ou com apenas um.”. E conforme Zenone; Buairide (2002, p.152) “É uma especialização do marketing que envolve a utilização de técnicas de propaganda e venda que permitem atingir o mercado alvo de forma muito dirigida e obter respostas diretas e mensuráveis.”. Sendo assim, é uma ferramenta de comunicação interativa, com a qual a empresa busca conhecimento individualizado dos clientes, de modo poder proporcionar benefícios a ele. Atendendo a uma característica dos mercados atuais, que se dividem em grupos menores, em consequência disto, surgem meios mais especializados de comunicação. (KOTLER, 2009). As informações precisam ser compiladas, para que as decisões referentes ao cliente atual ou potencial permitam que seja agregado valor no processo de venda e atendimento deste consumidor. As informações da consolidação deste relacionamento oferece suporte às outras ferramentas de comunicação. (ZENONE, 2003). Algumas das vantagens do marketing direto de relacionamento apresentadas por Urdan e Urdan (2006) são: • capacidade de abordar cada consumidor com propostas individuais bem ajustadas; • permite medir as respostas e os resultados obtidos na campanha. As desvantagens verificadas pelos autores são quando a mensagem não interessa ao cliente, não adianta insistir, é jogar dinheiro fora e arrumar má vontade com o público. As principais modalidades de marketing direto de relacionamento, citadas por Urdan e Urdan (2006) cada qual com sua particularidade e potencialidade são: (1) mala-direta; (2) telemarketing; (3) catálogo; (4) propaganda de ação direta; (5) comércio eletrônico, descritas a seguir: • mala direta: consiste em correspondência impressa, com diferentes níveis de personalização, contendo mensagem de comunicação de marketing, entregue no 68 endereço físico do cliente; • telemarketing: é o uso de telefone para implementar ações de marketing direto, este pode ser telemarketing ativo quando a empresa liga para o telemarketing passivo quando o cliente liga para empresa motivada cliente; e por algum estímulo (como propaganda e mala direta); • catálogo: remete-se um livreto estampando-se o produto ou linhas de produtos da empresa a clientes potenciais identificados, na expectativa de eles colocarem pedidos de compra; • propaganda de ação direta: veicula-se propaganda em algum meio de massa para induzir uma resposta de compra direta; • comércio eletrônico: é a aplicação da Internet para buscar vendas e negócios com clientes identificados. Entre as várias formas de marketing direto citadas, pode-se utilizar, programas de oferta e descontos ligados à frequência de uso, com o objetivo de construir um relacionamento mais duradouro com os clientes. (OGDEN, 2002). O marketing direto de relacionamento permite as empresas utilizar informações sobre seus clientes para prever dinamicamente o comportamento deles e desenvolver ações de acordo com suas necessidades e desejos. (ZENONE; BUAIRIDE, 2002). Analisando os conceitos apresentados, fica evidente que o marketing direto é a ferramenta de comunicação que interage de modo individual com cada cliente da empresa. Esta ferramenta tem por objetivo criar um banco de dados de informações sobre seus clientes de modo a personalizar seu atendimento e fidelizá-lo. 2.4.2.6 Merchandising O merchandising entende-se como ações de comunicação que visam construir um cenário favorável à compra de produto no ponto de venda. Utiliza-se ações de persuasão, entre elas, à experimentação do produto, apresentar inovações, incentivar os canais de distribuição. Para Costa e Talarico (2006, p.185): “É toda a ação de valorização e enriquecimento do produto, no ponto de venda, destacando-o da concorrência, levando o consumidor a decisão final de compra.”. Corroborando, Dias (2003, p.31) 69 destaca como: “[...] é o conjunto dos instrumentos de comunicação, promoção, demonstração e exposição do produto no ponto de venda, visando estimular a compra imediata pelo consumidor.”. Neste sentido, compreende-se merchandising como conjunto de ações efetuadas no ponto de venda, que tem por finalidade divulgar o produto ou serviço da organização. Algumas das vantagens do merchandising apresentadas por Costa e Talarico (1996) são: • seu efeito é maior nos produtos de consumo de massa, de compra por conveniência; • pode ser utilizada em todos os períodos de venda do produto. A desvantagem verificada pelos autores é que, possui resultados menores. Já que as técnicas de comunicação do merchandising são usadas para atingir variados tipos de públicos, como consumidores finais, canais de distribuição e vendas, equipes internas e equipes de trade. Ainda, Dias (2003) destaca que há duas principais técnicas de merchandising, cada qual com sua particularidade e potencialidade, as quais são: • premiações por meio de concursos, sorteios, vale-brindes; • premiações por meio de ações de marketing de incentivo; utiliza as mídias de comunicação: demonstrações, degustação, experimentação, amostras, ofertas, descontos, liquidações, vendas condicionadas, cuponagens, coleções, milhagens, bônus, brindes, gifts packs (embalagens com algum tipo de brinde acoplado). Nesta ferramenta de comunicação deve-se combinar criativamente cada uma dessas modalidades promocionais paralelamente as inúmeras outras que se podem acrescentar. Deste modo, a organização conseguirá eficácia na exposição do produto, destacando-o da concorrência, chamando a atenção do consumidor e impulsionando as compras. (CORRÊA, 2006). Sendo assim, a comunicação do merchandising com o público se dá com atividades inseridas no ponto de venda. Para isso precisa chamar a atenção do consumidor no momento da compra. 70 2.4.2.7 Marketing digital O marketing digital é um novo e eficiente instrumento promocional diante a nova realidade tecnológica, uma série de empresas começou a desenvolver estratégias de marketing que fazem uso de tecnologias digitais. Assim expondo um conjunto infinito de ações criativas que são implementadas a cada novidade tecnológica que aparece no mercado. Para Ogden (2002, p.16) marketing digital “[...]: é usar o poder das redes on-line, da comunicação por computador e dos meios interativos digitais para atingir os públicos-alvo ou para reforçar o marketing ou a CIM.”. Já Chleba (2000) explica como: [...] é usar o poder da rede mundial de computadores interconectados, para realizar um novo tipo de comunicação e de relacionamento com os consumidores, no qual o relacionamento é bidirecional, ou seja, o consumidor é um participante ativo ao longo do processo. Perante aos conceitos, o marketing digital é a ferramenta de comunicação que consegue estabelecer comunicação bilateral com o cliente, e acontece num ambiente que não existem barreiras de tempo e espaço, a troca de informação pode ser instantânea e de forma rápida. Juntas, estas características são conhecidas como marketing digital. Chleba (2000) sugere que, o marketing digital tem sete forças, que influenciam as vendas, o relacionamento com o cliente, as quais são: (1) interatividade; (2) personalização; (3) globalização; (4) integração; (5) aproximação; (6) convergência; (7) democratização da informação. Em termos de significado tem se que: • interatividade: deve ser percebida como a possibilidade do cliente encontrar a informação ou a facilidade desejada; • personalização: os clientes precisam ser atendidos individualmente, por serviços on-line ligados ao autoatendimento, o que torna esse atendimento rápido e eficiente; • globalização: permite que o cliente em qualquer lugar do mundo, tenha informação atualizada sobre seus produtos faça cotações, pedidos on-line; • integração: cada vez mais o relacionamento entre empresas será integrado pela transferência de dados via rede privadas e via Internet; • aproximação: a tecnologia multimídia permite a divulgação de produtos e serviços com grande volume informativo, imagem, vídeo e áudio, com possibilidade de venda 71 on-line; • convergência: a unificação entre duas ou mais redes de comunicação distintas numa única, criando um novo meio de comunicação com um potencial de desenvolvimento de serviços de informaçãoe entretenimento com novos formatos e modelos de negócios; • democratização da informação: na Internet, tanto os sites gratuitos como pagos oferecem um grande volume de conteúdo informativo e, a baixo custo. Além disso, alguns dos benefícios competitivos do marketing digital apresentadas por Ogden (2002) são: • uma alternativa barata em relação aos meios tradicionais; • pode ser mais rápida no que diz respeito a atualizações, revisões; • o grau de personalização de atendimento é bem maior; • a organização através de diversas tecnologias existentes consegue facilmente informações e formar seu banco de dados; • o uso da internet esta crescendo muito rápido, aumentando o público. E as principais limitações apresentadas por ele para o marketing digital são: • formas de avaliar, ainda não estão completamente desenvolvidas; • audiência ainda pequena; • dificuldades em medir o tamanho do mercado e o perfil psicográfico dos usuários da Internet. As principais modalidades de marketing digital, cada qual com sua particularidade e potencialidade são citadas por Ogden (2002), como: (1) site web; (2) shopping centers virtuais; (3); sendo que: • site web: é o site da empresa, deve oferecer informação, entretenimento, serviços ou demonstração de produtos; visando criar relacionamento com os clientes; • shopping centers virtuais: sites que reúnem diversos vendedores, varejistas, e empresas de venda on-line; • marketing por e-mail: envio de mensagens por e-mail; • microssite: pequenos sites de marcas; que ficam como links em sites conhecidos de conteúdo; • banner: é um tipo de propaganda feita mediante a colocação de um cartazete, usualmente em forma de retângulo em algum lugar de uma página Web; • sponsoring advertising: é a associação entre uma marca e um site através de 72 patrocínio, com o objetivo de associar o conteúdo oferecido na página ao patrocinador da mesma; • intersticial: é o tipo de anúncio que surge e preenche o espaço de uma página Web, bloqueando a visão e a navegação do usuário. Afirma Chleba (2000) que, o marketing digital tem conquistado clientes fiéis com custo reduzido. As novas tecnologias possibilitam o desenvolvimento de novos modelos de negócios, criando riscos e oportunidades, exigindo conhecimento básico destes recursos tecnológicos e o entendimento de como usá-los para desenvolver estratégias eficientes de marketing. Estas novas tecnologias, tanto para Chleba (2000), quanto para Ogden (2002), podem auxiliar significativamente as empresas e aumentar a sua participação no mercado. No que diz respeito ao marketing digital é a ferramenta que torna o processo de compra e venda mais automatizado e conveniente. Suas mídias são aplicadas no ambiente virtual do comércio eletrônico, o que permite produtos e serviços da empresa estar disponíveis 24 horas por dia e em qualquer lugar do mundo. 2.5 Planejamento da Comunicação Essa seção apresenta a compreensão de planejamento da comunicação, sendo que na primeira seção aborda-se planejamento em um enfoque geral, em seguida o planejamento da comunicação integrada de marketing. Cabe registrar, que esse trabalho se dedica ao planejamento de estratégias mercadológicas promocionais sob a ótica da CIM, que é abordado nas próximas seções. 2.5.1 Planejamento: um enfoque geral O planejamento é uma prática vital para o sucesso e permanência da organização no mercado competitivo. Permitindo que recursos financeiros e tempo sejam utilizados sem desperdício, garantindo maior eficiência. Para Oliveira (2007, p. 4): “O planejamento pode ser conceituado como um processo [...] desenvolvido 73 para o alcance de uma situação futura desejada de um modo mais eficiente, eficaz, efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa.”. Planejamento é a formalização documental de um plano para que este possa ser posto em prática, facilitando a todos que participarão do processo seu conhecimento e o acesso a ele evitando a adoção de atitudes desencontradas e explicações verbais que acabam levando ao insucesso. (COSTA; TALARICO, 1996, p.206). Pode-se então entender, planejamento como ações, metas organizadas, definidas para alcance dos objetivos da organização. É relevante ressaltar, que ao exercer a função de planejamento, partindo dos objetivos da empresa, deve-se quantificar o mercado de atuação, determinar seu potencial, o nível de renda, fazer previsão e orçamento. (LAS CASAS, 2010). Oliveira (2007) cita que há três níveis hierárquicos de planejamento, que são: (1) planejamento estratégico; (2) planejamento tático; (3) planejamento operacional. Para Churchill e Peter (2000), planejamento estratégico compreende processos gerenciais e concentra-se em estratégias de longo prazo, com o objetivo de mapear e moldar os negócios e os produtos da empresa com a finalidade de direcionar o crescimento em vendas e de lucro. Em outras palavras, para Oliveira (2007) é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando aperfeiçoar o grau de interação com os fatores externos não controláveis e, atuando de forma inovadora e diferenciada. Neste sentido, Cobra (2006) afirma que, o planejamento estratégico é a base para os planejamentos tático e operacional. Já o planejamento tático, para Oliveira (2007) tem por objetivo aperfeiçoar determinada área de resultado e não a empresa como um todo, portanto trabalha com as decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico. Corroborando, Churchill e Peter (2000, p.86) explicam que, consiste na “Criação de objetivos e estratégias destinadas a alcançar metas de departamentos específicos [...].”. E por fim, o planejamento operacional, que para Churchill e Peter (2000) destinam-se as atividades definidas para alcance de objetivos e estratégias em um curto espaço de tempo; em geral um ano ou menos, definindo metas anuais para si mesmo ou para suas equipes. 74 Neste contexto, planejamento para Oliveira (2007), pode ser considerado como a formalização, principalmente por meio de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas, desta forma, tense, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Tendo em vista tais argumentos, compreende-se que o planejamento eficaz pode garantir à organização estar no caminho certo ao alcance de seus objetivos, em certo período em que estas estratégias foram traçadas, de acordo com o a situação do mercado que esta inserida a organização. Vale ressaltar, também que, permitem a organização agir rapidamente em mudanças que podem trazer problemas ou se tornar oportunidades se estiverem preparados. 2.5.2. Planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) O Planejamento da CIM é um processo com prazos, ações e metas estabelecidas para a organização criar e ter resultados positivos por meio da comunicação com seus clientes. Utilizando estratégicamente as ferramentas de comunicação adequadas, para que o público alvo tome conhecimento do produto ou serviço ofertado. Ogden (2002, p. 17) define como: “O plano da CIM é o resultado do conjunto de todos os planos das variáveis do mix CIM. Portanto é parte integrante do plano estratégico de marketing.”. O Planejamento da CIM deve ser coerente com o objetivo do mercado e as outras estratégias do composto de marketing, ou seja, uma combinação harmoniosa com os elementos de comunicação e as estratégias de produto, preço e praça, para estar sempre à frente da concorrência, buscando uma nova posição no mercado. (DIAS, 2004, p.278). Em fim, a função do plano de comunição de marketing é definir a combinação mais eficaz e eficiente de atividades, mensagens e midias para atingir os objetivos de comunicação para com o mercado alvo. Sendo o planejamento da CIM, um planejamento tático, com suas estratégias de comunicação também chamadas de ferramentas. Para cada uma delas será feito um plano com seus objetivos definidos e as formas de atingi-los, por sua vez amarrado ao plano tático e ao plano estratégico. (COSTA; TALARICO, 1996). 75 Cada uma das variávies da CIM afeta o programa de marketing como um todo, de modo que, para garantir a eficácia, todas devem ser gerenciadas.(OGDEN, 2002). Para Churchill e Peter (2000, p.456), o planejamento de uma estratégia de comunicação, “[...] inclui três tarefas interligadas, de estabelecer os objetivos, selecionar um composto e definir os orçamentos de comunicação.”. Ogden (2002) concordando com os autores supracitados, e descreve as tarefas do planejamento de um plano de CIM, as quais são: • definindo os objetivos da comunicação: como as metas da própria empresa, estes devem ser claros, específicos, desafiadores, mas alcaçaveis. Apoiar os objetivos globais de marketing, definir as mensagens e imagens básicas a serem utilizadas; • escolhendo o composto de comunicação: o profissional de marketing precisa selecionar a combinação certa entre os elementos do composto de comunicação, avaliando suas contribuições para alcançar os objetivos de comunicação, bem como os objetivos globais de marketing, e pesquisar se a estratégia é valida; • definindo o composto de comunicação: todos os orçamentos dos elementos do composto de comunicação, devem ser considerados em conjunto ao se definir o orçamento. Há diversas abordagens para a definição dos orçamentos, com metodos que se utilizarão de váriaveis, critérios distindos para sua definição. O plano poderá adotar um ou mais estratégias em decorrencia dos objetivos da organização. O conjunto destas estratégias formará o plano comunicação, em que cada estratégia desempenhará seu papel, existindo, no entanto, perfeita integração e interdependência entre as ações e as atividades a serem executadas. (COSTA; TALARICO, 1996). Por tanto, para que as organizações tenham sucesso ao se comunicar com seu público alvo, planejar é crucial. Já que planejar inclui também o que deve ser feito para transformar essas aspirações em realidade de acordo os os recursos disponíveis na empresa e perante as alterações do comportamento do macroambiente referente aos segmentos econômicos, políticos, tecnológicos, sociais, ecológicos e, principalmente competitivos. 76 2.6 Modelos de planos de comunicação Em quanto a seção anterior, voltou-se para a oferecer uma visão geral de planejameno e detalhes do planejamento de CIM; esta seção focaliza três modelos de planos de comunicação de CIM por meio de: Costa; Talarico (1996); Ogden (2002); Dias (2003); com suas características e peculiaridades quanto aos métodos de alcance aos objetivos do plano de comunicação da organização. Para estar competitiva no mercado, a organização precisa elaborar um planejamento compatível com seus recursos e adapta-los as constante alterações do ambiente. A função do plano de comunição de marketing é definir a combinaçãos eficaz e eficiente de atividades, mensagens e mídias para atingir os objetivos de comunicação para com o mercado alvo. (LUPETTI, 2007). 2.6.1 Modelo de Costa; Talarico (1996) O Plano da CIM, para os autores Costa; Talarico (1996), deve ser colocado em prática sempre que tiver necessidade de alcançar um ou vários objetivos ao mesmo tempo, para solução de algum eventual problema ou quando surgir uma nova stituação na empresa. Devendo obedecer uma seqência, contendo uma lógica formau que se definirá: (1) onde se quer chegar; (2) quando se poderá; (3) e por meio de que instrumentos se alcançar os resusltados. Para Costa e Talarico (1996), em termos metodológiscos são seis etapas para elaboração e implementação do plano da CIM. A seguir as seis etapas, as quais são: 1ạ etapa: análise da situação-resumo do diagnóstico encontrado no plano de marketing, incluindo os pontos positivos, negativos, os problemas, as ameaças e as oportunidades levantados; 2ạ etapa: levantamento dos públicos a quem a comunicação deve-se dirigir determinando-se quem prioritária e secundariamente deve receber os impactos de cada uma das estratégias; 77 3ạ etapa: levantamento dos objetivos de comunicação já definidos no plano de marketing para cada mercado e para cada público; 4ạ etapa: definir estratégias que serão utilizadas, adequadas ao alcance dos objetivos traçados; 5ạ etapa: elaboração dos planos de ação referentes a cada uma das estratégias escolhidas; 6ạ etapa: elaboração de planos complementares envolvendo outras ferramentes de comunicação a serem utilizadas (telermaketing, rede de computação etc.). Cada plano de ação terá sua própia estrutura e formato seguindo as características da cada estratégia. Seguindo esta lógica o plano de comunicação de Costa e Talarico (1996), poderá adotar uma ou mais estratégias, em que cada uma desempenhará seu papel, existindo, no entanto, perfeita integração e interdependência entre as ações e as atividades a serem executas. 2.6.2 Modelo de Ogden (2002) Para Ogden (2002), o plano de comunicação de marketing deve ser eficaz e criativo para que supere a concorrência. A comunicação integrada de marketing é uma extensão do elemento de promoção do mix de marketing. Na percepção do autor, para obter uma integração eficaz na área de comunicação, é necessário conhecer as ferramentas de comunicação e suas aplicabilidades. A Figura 07 esquematiza o processo da comunicação integrada de marketing proposto pelo autor, que acredita que seja importante montar um criativo e eficaz plano de CIM. 78 Figura 7 - Fluxograma de Comunicação Integrada de Marketing do Dr. Ogden Fonte: (OGDEN, 2002, p.12). Ogden (2002) define as atividades a seguir para seu modelo de plano de comunicação: • identificação da missão e da visão da CIM: ao desenvolver uma declaraçao de • missão e visão, o gerente da CIM deve ter em mente o plano de marketing, fornecem inspiração e um destino que todos os membros da equipe podem compartilhar; • análise situacional da CIM: além de fornecer uma visão geral da organização, fornece um panorama de suas funções em particular e uma avaliação do ambiente no qual os gerentes da CIM devem trabalhar; • objetivos gerais da CIM: são simplesmente coisas que precisam ser realizadas e marcos que precisam ser alcançados, podem ser copiados do plano de marketing; • orçamento: é decidir quanto de dinheiro será necessário para melhor atingir os objetivos da CIM, gastos demasiados terminan em dinheiro desperdiçado e insuficientes se traduzem em perdas de vendas e de participação no mercado; • desenvolvimento das estratégias da CIM: somente após uma ampla análise 79 situacional ter sido feita, tanto a nível de marketing quanto no de CIM, as decisões sobre estratégias podem começar; • definição das táticas de CIM: são os aspectos executáveis da campanha baseado na estratégia geral de CIM; • definição do Plano de CIM: é simplesmente o resultado de todos os planos das variávies do mix de CIM; • métodos de avaliação da campanha de CIM: como os objetivos da CIM são mensuráveis e quantificávies, esse proceidmento de avaliação deve-se referir aos objetivos e indicar como eles serão atingindos. Apesar disto Ogden (2002) ressalta que não existe um único plano correto de CIM, pois cada ambiente determina um método diferente para alcançar os mesmo resultados. Seu plano foi criado para dar ao planejador uma orientação flexível mas ao mesmo tempo simples e clara, para ser usado como modelo ou guia. 2.6.3 Modelo de Dias (2003) Na visão de Dias (2003), o plano de comunicação precisa ser coerente com os objetivos do mercado e as estratégias do composto de marketing. Precisa resultar em uma maneira eficaz e efetiva de combinar os elementos de comunicação. Para o autor a elaboração e implementação do plano da CIM é constituído de nove etapas, as quais são: 1ạ etapa: analise do problema ou da oportunidade; como resultado da análise de mercado, o profissional de marketing deve avaliar os problemas e as oportunidades relevantes para a formulação da estratégia de comunicação; 2ạ etapa: definição dos objetivos da comunicação; pode ser formulado com base no modelo de hierarquia de resposta, visando identificar que resposta do consumidor se quer alcançar; 3ạ etapa: seleção do público-alvo da comunicação; poderá ter simultaneamente públicos-alvo em vários seguimentos; 4ạ etapa: seleção dos elementos do composto de comunicação; devem ser selecionadas as ferramentas ou atividades de comunicação mais adequadas para gerar as respostas desejadas em cada segmento de público; 80 5ạ etapa: definição da estratégia da mensagem; é a definição do conteúdo a ser comunicado para cada segmento de público, visando atingir os objetivos de comunicação; 6ạ etapa: definição dos meios de comunicação; devem ser escolhidos de acordo com as características do público-alvo e dos objetivos da comunicação; 7ạ etapa: definição do orçamento de comunicação; é a alocação de recursos financeiros para cada atividade de comunicação, de acordo com os objetivos gerais e de cada atividade específica; 8ạ etapa: implementação do plano; o profissional de marketing aprova o plano de comunicação perante a direção da empresa, coordena a implementação, acompanha as atividades da várias equipes envolvidas, internas e externas; 9ạ etapa: avaliação dos resultados; o plano de comunicação deve incluir a definição dos meios de avaliação, usando indicadores de resultados que são medidos por meio de pesquisas feitas por empresas especializadas, bem como por outros meios, como relatório de vendedores. Compreende-se que os modelos de planos de CIM dos autores supracitados, apesar de suas visões diversificadas, eles tem em comum o alcance de objetos, que visam divulgar seu serviço e produto, principalmente, no que diz respeito a: (1) análise ambiental; (2) identificação do público alvo da promoção; (3) definição dos objetivos; (4) definição das estratégias; (5) orçamento; (6) avaliação dos resultados do plano. Sendo assim, os modelos de planos de CIM combinam ferramentas de comunicação, para o alcance das metas, e da resposta esperada do seu mercadoalvo, se assemelham em diversos aspectos. 81 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA EM ESTUDO Esse capítulo tem por finalidade apresentar a empresa e ressaltar seus aspectos relacionados ao que se refere a: (1) histórico da empresa; (2) missão, visão e valores; (3) estrutura organizacional; (4) produtos e serviços; (5) mercado de atuação; (6) fornecedores; (7) concorrentes; (8) ferramentas de CIM implementadas pela empresa. 3.1 Histórico A empreendedora Marilene Claudete Bergamo é a quarta geração de sua família nos negócios de restaurante. Deixou a cidade de Capinzal no Meio Oeste catarinense e está no ramo de restaurantes há 15 anos na cidade de Itajaí. Destes, 10 anos foram prestando serviço de alimentação como terceirizado no restaurante do SESC- Serviço Social do Comércio na sede da unidade Itajaí. Tempo suficiente para criar uma excelente rede de relacionamentos, imprescindível para a concretização do sonho de ter seu próprio restaurante. O sonho tornou-se realidade no dia 24 de julho de 2005, data em que foi constituída a empresa Marilene Claudete Bergamo ME, de nome fantasia Restaurante e Lanchonete Bergamo. A empresa se encontra situada na Rua João Bauer, № 291, no Centro da cidade de Itajaí / SC. Caracteriza-se por possuir instalação simples, aconchegantes, porém com um diferencial, com a transformação de um imóvel residencial em comercial, proporcionou oito ambientes para acomodações (ANEXO A, ANEXO B, ANEXO C). Com isso, teve aprovação dos clientes, pois proporciona privacidade; cinco dos ambientes possuem aparelhos de TV e, há dois ambientes externos, e também, uma área de lazer com, jogos de dominó, balanço para as crianças. A empresária tem formação em técnico contábil, possibilitando um gerenciamento eficaz de recursos financeiros e graduação em artes, usando seus conhecimentos que tornam o ambiente aconchegante. 82 3.2 Missão, visão e valores As empresas precisam de determinados parâmetros para impedir que os fins justifiquem os meios. Neste sentido, atuando dentro de um mesmo ramo de negócio, o que as diferencia é a sua missão, seu papel dentro do negócio. Para Oliveira (2007, p.50), “Missão é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de quem a empresa atende.”. E na visão de Hitt, Ireland e Hoskisson (2008, p. 18), “A missão especifica o(s) negócio(s) no(s) qual (is) a empresa pretende competir e os clientes aos quais pretende atender.”. Seguindo esta linha, a acadêmica montou com a proprietária da empresa a missão da empresa que ficou definida como: servir alimentos, combinando pratos do dia a dia com qualidade nutritiva a fim de satisfazer as necessidades dos nossos clientes, a um preço justo e honesto. Depois de definida a missão da empresa, devese fazer também, a visão. Na visão de Oliveira (2007, p.43), “Visão é considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla.”. Já para Hitt, Ireland e Hoskisson (2008, p. 17), “A visão é um retrato do que a empresa pretender ser e, em termos amplos, do que pretende realizar.”. De acordo com os conceitos, a visão é prospecção do plano da empresa para o futuro, no qual é necessário levar em consideração as expectativas dos seus clientes, parceiros. Seguindo esta lógica, foi definida como visão da empresa: garantir que nossos clientes sempre voltem em busca de refeição com qualidade, serviço atencioso e clima agradável. Também dentre os elementos do propósito de uma organização, esta seus valores. Para Costa (2007, p.38), “[...] valores são características, virtudes, qualidades da organização que pode ser objetivo de avaliação, como se estivessem em uma escala, com gradação entre avaliações extremas.”. Contribuindo, para Oliveira (2007, p.43), “[...] valores representam o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões.”. Compreendem-se valores de uma empresa como, interação das questões éticas e morais que vão orientar sua relação com seus diversos públicos. Tendo em 83 vista este contexto, foram formulados pela proprietária, os valores da empresa, os quais são: • trabalho em equipe; • transparência; • comprometimento com a qualidade; • ética profissional. O propósito de uma organização compreende um conjunto de elementos básicos que caracterizam a razão de existir, seu desejo de ser e de agir e como gostaria de ser no futuro. A sua missão, visão e valores sintetizam sua vontade própria, sua autoimagem projetada para o futuro e suas crenças básicas, transcendendo às circunstâncias, não se limitando nem pelo ambiente externo e nem por sua capacitação atual. (COSTA, 2007). Em fim, conceitos fundamentais e distintos, mas complementares e intimamente ligados entre si, uma reflexão sobre a razão de sua existência e o quer ser no futuro. 3.3 Estrutura organizacional Em um mercado de competitividade acirrada entre as organizações, no qual, os clientes estão mais exigentes, as tomadas de decisões devem ser rápidas. Com isso, a empresa precisa ter sua estrutura organizacional definida de forma clara, para que as decisões sejam feitas pelas pessoas corretas e também chegue aos funcionários e setores corretos. Estrutura organizacional é, portanto a sistematização dos componentes de uma organização, dispondo-os de forma racional e lógica, de maneira eficiente e eficaz, evitando-se o desperdício de recursos materiais, humanos, financeiros e de tempo, visando à consecução de seus objetivos e de sua missão sócio econômica. (D` ASCENÇÃO, p.48, 2001). Corroborando, Cury (2005, p.216) define estrutura organizacional como: “É o arranjo dos elementos constitutivos de uma organização, ou seja, é a forma 84 mediante a qual estão integrados e se apresentam os elementos componentes de uma empresa.”. Analisando os conceitos, a estrutura organizacional tem o objetivo de estabelecer a forma como as interações devem ocorrer para operacionalizar o processo produtivo e administrativo, conforme a hierarquia definida. Segundo Lerner (1992) pode-se identificar nas empresas alguns tipos característicos de estruturas, tais como: (1) estrutura linear; (2) estrutura funcional; (3) linear-funcional; (4) os conselhos de administração. A seguir, na Figura 8 a estrutura organizacional do Restaurente e Lanchonete Bergamo, mostra o organograma dos cargos que formam o quadro funcional da empresa: (1) a prorietária na função de gerente administrativa; (2) uma cozinheira; (3) duas auxiliares de cozinheira; (1) auxiliar geral; (4) um caixa, a proprietária. Figura 8 - Estrutura organizacional do Restaurante Bergamo Fonte: Elaborado pela acadêmica (2011). A empresa em estudo apresenta uma estrutura linear. Caracteriza-se por chefes e subordinados estar ligada a hierarquia por linhas claras de subordinação, sem deixar dúvidas quanto a quem tem poder decisório. (LERNER, 1992). A equipe de funcionárias caracteriza-se por uma cozinheira qualificada, que esta está no mercado há 30 anos, já trabalhou com a proprietária no seu primeiro empreendimento, e suas auxiliares de cozinha que fazem parte da equipe há três anos. É essencial, um cuidadoso planejamento das atividades e, que cada colaborador esteja ciente de suas responsabilidades, atribuições, a fim da organização atingir os objetivos estabelecidos. (D` ASCENÇÃO, 2001). 85 A empresa preocupa-se com os seus funcionários e com a qualidade dos serviços prestados. Com isso, oferece benefícios e, pagamento de hora extra, com vista a um retorno positivo das ações de sua equipe. 3.4 Produtos e serviços O planejamento do cardápio é essencial para o funcionamento de um restaurante. Os clientes sempre chegam com a expectativa de saborear uma refeição saborosa. O conceito ou a imagem do restaurante esta baseada no que o público alvo espera do cardápio que deverá satisfazer ou até exceder essas expectativas. Segundo a revista Restaurant and Institutions a qualidade da comida, é o fator que os frequentadores de restaurantes consideram como o mais importante, estando acima do serviço, e até da própria limpeza (embora esta seja o segundo fator). (WALKER, 2003). Para manter seu conceito com o público alvo todas as empresas têm de monitorar seu portfólio, sua linha de produtos e serviços; pois os conhecendo permite à empresa tomar decisões estratégicas no sentido de manter um portfólio equilibrado e competitivo. (YANAZE, 2006). Walker (2003, p.165) ressalta que para o cardápio “Praticamente todos os ingredientes estão sempre disponíveis no mercado –, mas a que preço. Os altos e baixos nos preços podem ser parcialmente superados por meio de cardápio sazonais, ou até cardápios diários.”. No Restaurante e Lanchonete Bergamo os serviços ofertados compreendem refeições na modalidade de buffet livre com sobremesa e suco de acompanhamento, comida por quilo, marmitas, encomenda de bolos, salgados e, realização de eventos no restaurante ou fora. A empresária faz uma composição semanal para o cardápio, para poder tirar proveito da oferta de matéria-prima (legumes e hortaliças), sazonalidade de alimentos, quando este serão de boa qualidade e custarão menos. O cardápio tem como base pratos quentes, saladas, sobremesas, porém, todas às sextas-feiras, já se tornou prato fixo do cardápio à feijoada, uma solicitação dos clientes e, também, nos sábados a batata frita e lasanha não podem faltar. Para os eventos, reserva-se o restaurante para, jantares, café colonial, campeonato de jogos de canastra da terceira idade, festas de aniversário, batizado 86 e, também, os eventos fora com, coffee break, festas de natal, dia das crianças, participando de processos de licitação para instituições públicas. Deste modo, apresenta-se na Figura 9 a linha de serviços e, os produtos que os agrega. Figura 9 - Linha de produtos e serviços do Restaurante Bergamo Fonte: Elaborado pela acadêmica (2011). A Figura 9 mostra que, a empresa possui uma quantidade considerável de serviços de alimentação, com isso, essa linha diversificada permite à empresária criar alternativas estratégicas para seu plano de comunicação integrado de marketing. De acordo com, Urdan e Urdan (2006) o tamanho da linha de produtos ou serviços; proporciona a redução de incertezas, quando os produtos ou serviços com bom desempenho compensam os itens problemáticos da linha. A empresa busca comercializar seu serviço de alimentação com base na sua qualidade e preço; com objetivo de manter e conquistar novos clientes, visando satisfazer suas necessidades e aumentar sua participação no mercado. O preço é um fator de alta relevância em um restaurante, assim como a percepção do cliente ao comparar os preços com os da concorrência. Para Walker (2003) é importante que exista um equilíbrio entre preço com custos altos, que dão prejuízo ao restaurante; e um preço com custos baixos, que acaba mandando os clientes embora. O empreendedor precisa conhecer e utilizar de maneira estratégica suas matérias-primas; as que oferecem uma margem de lucro bem maior do que outros. 87 3.5 Mercados de atuação O ramo de restaurantes é democrático; seus proprietários procedem de várias origens sociais, educacionais e étnicas. E ainda, destaca Walker (2003) que não há consenso a respeito das categorias de restaurantes existentes, pois de tempos em tempos a literatura registra novos tipos, que vão atender as demandas e tendências do mercado consumidor. Para se definir de qual ramo faz parte, deve-se antes analisá-lo em macroescala e, então dividi-lo em outros setores menores, a fim de que se decida a orientação da empresa em relação ao seu consumidor. O ramo de atividade de uma empresa corresponde à área do mercado em que ela atua. (YANAZE, 2006). De acordo com o ultimo censo do IBGE (2010), Itajaí tem 182.484 habitantes, figurando-se respectivamente como 7º maior cidade do Estado de Santa Catarina. O estudo divulgado pelo SEBRAE-SC (2010) que avaliou a representatividade, os avanços e o perfil de cada município do estado, revelou a caracterização do porte empresarial da cidade de Itajaí com 11.593 empresas formais. No que se refere à seção de atividade econômica segundo a classificação CNAE-SEÇÃO I (alojamento e alimentação) na cidade há 699 empresas deste ramo das quais 651 são micro empresas (ME), 45 são pequenas empresas (PE) e três são médias empresas (MDE). Contudo o ramo de alojamento e alimentação, não é uma atividade econômica prioritária na cidade dentre as três a categorias: tradicionais: atividades econômicas predominantes; (2) emergentes: atividades que demonstram evolução expressiva; (3) tendências de expansão: setores de pouca representatividade na economia do município. Os restaurantes do tipo comerciais são uma tendência dentro do que se pode chamar de terceirização dos serviços familiares. Tem como foco de cliente o trabalhador que não tem tempo de se deslocar à sua moradia para almoçar durante a semana, ofertando a ele a possibilidade de associar refeições ao prazer de uma alimentação saudável, em ambiente agradável, com a opção de escolher o que quer consumir, com atendimento rápido e custo financeiro condizente. O fato colaborador para o crescimento deste tipo de restaurante é as mulheres estarem mais presentes no mercado de trabalho e consequentemente, ausentes do lar. (ABRASEL, 2010). 88 A empresa está no ramo de serviços de alimentos há cinco anos, conquistou e fortaleceu seu espaço, ofertando serviços de alimentação com foco no trabalhador durante a semana. 3.6 Fornecedores Compreendem-se fornecedores como, as empresas que vendem as mercadorias e os serviços que uma organização processará para produzir suas próprias mercadorias ou serviços. (PALMER, 2004). A escolha do fornecedor devese a, importância de diferentes atributos que variam de acordo com o tipo de situação de compra. reputações do A confiabilidade da entrega, o preço, qualidade e, as fornecedor são extremamente importantes para produtos habitualmente pedidos. (KOTLER, 2000). É importante que se faça uma programação das necessidades de compra de matéria prima. Este procedimento permite negociar com os fornecedores preços mais baixo, bem como produtos mais frescos fundamentais para a qualidade do alimento final. (SEBRAE, 1999). Neste sentido, o Restaurante Bergamo sabe que seus fornecedores têm um papel relevante, para que seus serviços atinjam os objetivos para com seus clientes. Como principais fornecedores do Restaurante Bergamo, destacam-se os apresentados no Quadro 9. Nome do fornecedor Segalas Distribuidora de Alimentos Ltda. Distribuidora de Carnes Distriboi Ltda. Pamplona - Frigorífica Riosulense S/A Cidade Produto (s) Blumenau Laticínios, embutidos Camboriú Carnes, frios Itajaí Carnes Distribuidora Muller Itajaí Guloseimas, salgados Fort Atacadista Itajaí Vários Sorvetes Stringari Ltda. Itajaí Sorvete Quadro 9 - Principais fornecedores do Restaurante Bergamo Fonte: Entrevista ( APÊNDICE A). 89 Analisando-se o contexto, e de acordo com o Quadro 8 verifica-se que a empresa tem poucos fornecedores, que para a empresária são confiáveis, atendem suas necessidades quanto à qualidade dos produtos, prazo de entrega e, e principalmente quanto ao preço e condições de pagamento. Já que a composição do cardápio é semanal e, tem como exceção, um único fornecedor de sorvetes exigindo maior controle de seu estoque no seu período de sazonalidade. 3.7 Concorrentes Segundo Las Casas (2006) o processo de concorrência pode ser vital para uma empresa. Se ela não souber enfrentar as estratégias e ações de outras empresas, poderá perder receita, faturamento, lucro, participação de mercado e até falir; sendo a grande vilã deste processo a acomodação, deve-se estar sempre atento a atender as exigências dos clientes. E ainda, ressalta Yanaze (2006) para que uma empresa crie e sustente uma vantagem competitiva, é fundamental identificar e conhecer seus concorrentes. Essa competição manifesta-se na forma de corte de preços, batalhas publicitárias, introdução de novos produtos ou reformulação dos já existentes e melhorias no atendimento aos clientes e nas garantias. (WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2007). Em termos de concorrência, o Quadro 10 traz a relação dos principais concorrentes diretos, ou seja, restaurante que disputam os potenciais clientes da região central de Itajaí com o Restaurante e Lanchonete Bergamo, utilizando como critério de seleção a localização. Sendo que na Figura 10, mostra a visualização geográfica e a quantidade de empresas de serviço de alimentação na região central da cidade de Itajaí. Nome da empresa Atividades Endereços Restaurante / Fast-food e Av. Coronel Marcos Konder, 789 - Lancheria sala 01. Catedral Lanches e Restaurante / Bufê /Fast-food/ Praça Gov. Irineu Bornhausen, 32 Refeições Lancheria - Em frente à Igreja Matriz. concorrente Cannil Lanches 90 Nome da empresa concorrente Cheiro Verde Marcelo Lanches Parati Restaurante Restaurante e Lancheria Casa Velha Endereços Restaurante / Bufê Travessa Henrique Labes. Restaurante / Fastfood/Lancheria Restaurante / Bufê Restaurante / Fast-food /Lancheria / Eventos / Locação de espaços para festas. Restaurante e Lanchonete Sobradinho Atividades Restaurante / Bufê / Lancheria Av. Sete de Setembro, 200. Av. Sete de Setembro, 252. Rua Doutor José Bonifácio Malburg, 133. Avenida 7 de Setembro 513. Quadro10 - Principais concorrentes Fonte: Elaborado pela acadêmica (2011). Consta-se no Quadro 10 e na visualização da Figura 10 que, a concorrência no ramo de restaurante comerciais na região central da cidade de Itajaí, é acirrada, isso sem contar com os pequenos comércios de alimentos. As sete empresas já estão no mercado a mais de cinco anos, o que os diferencia é sua decoração, escolha do cardápio, nos elementos culturais, nos serviços agregados e, principalmente o perfil dos clientes que frequentam o estabelecimento. Restaurante e Lanchonete Bergamo Restaurantes na região central de Itajaí Empresas de serviços de alimentação na região central de Itajaí Figura 10 - Região centra de Itajaí, concorrentes diretos e indiretos Fonte: Google mapas (2011). 91 Consta-se no Quadro 10 e na Figura 10 que, a concorrência no ramo de restaurante comerciais na região central da cidade de Itajaí, é acirrada, isso sem contar com os pequenos comércios de alimentos. As sete empresas já estão no mercado a mais de cinco anos, o que os diferencia é sua decoração, escolha do cardápio, nos elementos culturais, nos serviços agregados e, principalmente o perfil dos clientes que frequentam o estabelecimento. Para as organizações é importante identificar e analisar seus concorrentes, pois permitem identificar quais são seus pontos fortes e fracos internamente. E conhecendo as ações de seus concorrentes, possibilita a empresa conhecer as ameaças e oportunidades do mercado, com isso, promover de maneira eficaz seus produtos ou serviços. 3.9 Identificar as ferramentas da CIM implementadas pela empresa em estudo para divulgar seus produtos e serviços. Nesta seção verificam-se as ferramentas de comunicação integradas de marketing utilizadas pela empresa para divulgação do restaurante, sendo elas: propaganda; promoção de vendas; venda pessoal; marketing digital; as quais são apresentadas no Quadro 11. Ferramenta Instrumentos - cartão de visita (ANEXO D); - placa de identificação (ANEXO E); Propaganda -banner par divulgação dos serviços e seus preços; - faixa para divulgação da feijoada todas as sextas-feiras; Promoção de vendas -preços diferenciados para compra de refeições para o período mensal; Venda Pessoal - a proprietária recepciona os clientes; - divulgação no site do Rádio Táxi Itajaí: http://www.radiotaxiitajai.com.br/restaurantes.htm; Marketing Digital - divulgação no site APONTADOR, de anúncio de locais, estabelecimentos e serviços: http://www.apontador.com.br/local/sc/itajai/restaurantes/001577825000136/rest _e_lanch_bergamo.html; 92 Ferramenta Instrumentos - divulgação no site MAPLINK, onde é possível encontrar endereços, traçar de todo o país. http://maplink.com.br/como-chegar-staurante_e_lanchonete_bergamo_ C4025647301F4S1F48; - divulgação no site do clube de futebol Internacional, na rede de descontos para associados: http://www.internacional.com.br/conteudo_rede_mostra_iframe.php?fim=0 &pesquisando=ok&inicio=1140&pesquisa_rede=&pesquisa_rede _cidade=&modulo=0&setor=0&secao=0 Quadro 11- Ferramentas da CIM aplicadas pela empresa Fonte: Entrevista ( APÊNDICE A). A entrevista permitiu verificar que a empresa utilizou nos últimos cinco anos, a propaganda, a promoção de vendas, a venda pessoal e, marketing digital como meio de comunicar e divulgar seus serviços e produtos , de maneira efetiva a poder ter um retorno positivo de seus clientes. Porém as ações de cada mídia ocorrem de maneira isolada, já que não transmitem uma mensagem em comum. Dentre as formas de comunicações que faz a utilização, mostra interesse em marketing digital, porém falta orientação e conhecimento para aplicação, de acordo com os recursos financeiros disponíveis e para que tragam resultados positivos. 93 4 RESULTADO DA PESQUISA Essa seção aborda os resultados da pesquisa de campo realizada para: (1) identificar o perfil dos clientes; (2) analisar a comunicação da empresa; (3) identificar as ferramentas de comunicação que os clientes acessam e por fim; (4) analisar as ferramentas existentes, que vão de encontro aos objetivos específicos do estudo. 4.1 Identificar o perfil do público-alvo e definir a segmentação de mercado a ser implementada pela empresa cerne deste estudo Com o intuito de levantar o perfil e comportamentos específicos dos clientes que frequentam o Restaurante e Lanchonete Bergamo, uma pesquisa de campo foi realizada (APÊNDICE B). O estudo teve a colaboração de 84 clientes, cujos resultados são apresentados a seguir. Para a análise do perfil dos clientes que possibilite uma eficiente segmentação de mercado, os dados são estudados sob aspectos demográficos, geográficos e comportamentais, conforme os preceitos de Churchill e Peter (2000). Cabe lembrar que estes aspectos não são excludentes, mas complementares. Assim apresentam-se os resultados alcançados com a pesquisa de campo em termos de segmentação de mercado: (1) demográfica: gênero; estado civil; idade; escolaridade; profissão; renda mensal; (2) geográfica: bairro ou outras cidades; (3) comportamental: frequência de compra; vem acompanhado de quem; há quanto tempo conhece o restaurante. 4.1.1 Segmentação demográfica A pesquisa de identificação das características dos clientes revela dados relevantes para determinar os requisitos de seleção do público alvo. Pois a 94 segmentação demográfica segundo aos autores Churchill e Peter (2000) compreende a divisão do mercado com base nas características da população. Seguindo esta linha para Cobra (1997) a segmentação por gênero é apropriada para se considerar as diferenças de características físicas e as diferentes subculturas dos sexos que em parte são por características genéticas, e parte pelo tipo de socialização. Quando um produto ou serviço pode agradar mais um sexo do que outro ao outro, ou quando os membros de cada sexo podem responder de modo diferente aos aspectos de um composto de marketing. Além do gênero, o estudo da segmentação demográfica utilizou como critérios de analise: (1) gênero; (2) idade; (3) estado civil; (4) escolaridade; (5) profissão; (6) renda mensal. E os dados do primeiro item abordado podem ser mais bem visualizados na Tabela 1. Tabela 1 - Questão 1 Apêndice B Qtd % Total 0 0,00 Feminino 30 35,71 Masculino 54 64,29 0 0,00 Gênero Não preencheu Anulou Total 84 100,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). O resultado visualizado na Tabela 1 o qual permite evidenciar que o públicoalvo do Restaurante e Lanchonete Bergamo é formado principalmente por homens com representatividade de 64,29% da população pesquisada de 84 pessoas. Além deste, outro dado importante para a pesquisa diz respeito à idade dos participantes que segundo Cobra (2009), em cada faixa etária, o grupo de consumidores tem um estilo de vida e isto predispõe um tipo de consumo. Pode-se entender que as necessidades e gosto das pessoas mudam conforme sua faixa etária. Então é preciso atentar-se aos resultados dispostos na Tabela 2. Tabela 2 - Questão 4 Apêndice B Idade Não preencheu 14 a 25 26 a 45 46 a 65 % Total %Homens 0,00 0,00 36,90 39,60 45,24 43,40 14,29 17,00 %Mulheres 0,00 36,67 46,67 13,33 95 Idade Acima de 65 Anulou Total % Total %Homens 3,57 0,00 0,00 0,00 100,00 %Mulheres 3,33 0,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). A análise deste critério foi realizada com base na classificação proposta por Cobra (2009), que subdivide a população em seis faixas etárias. Neste estudo as duas faixas etárias para crianças não fazem parte, então foram utilizadas às classificações de: (1)14 a 25 anos: jovem; (2) 26 a 45 anos: adulto; (3) 46 a 65 anos: adulto; (4) acima de 65 anos: seniores ou idosos. Em termos de resultados a maioria dos clientes é adulta 59,53% (26 a 45 anos (36,90%); 46 a 65 anos (14,29%)). Mesmo assim chama atenção os jovens com uma representação de 36,90% que leva a reflexão que a maioria está com idade superior a 16 anos e trabalham. Em suma os resultados postados na Tabela 2 indicam a idade dos frequentadores do restaurante e a forma como o instrumento de pesquisa (APÊNDICE B) foi estruturado é possível levantar também o estado civil deste grupo, que está na Tabela 3. Tabela 3 - Questão 2 Apêndice B Estado Civil Não preencheu Casado Divorciado Solteiro União estável Viúvo Anulou Total % Total % Homens 0,00 0,00 36,90 41,51 11,90 11,32 42,86 39,62 7,14 7,55 1,19 0,00 0,00 0,00 100,00 % Mulheres 0,00 30,00 16,67 36,67 13,33 3,33 0,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). Atualmente para Kotler e Keller (2006) os padrões familiares não seguem o padrão de lar tradicional que consiste em marido, mulher e filhos com seus papéis definidos na sociedade. Cada vez mais as residências são compostas por famílias diferentes ou não tradicionais, ou seja, formadas por solteiros, casais sem filhos, casais homossexuais, um número expressivo de pessoas está se separando, ou prefere não se casar mais, ou ainda casa-se mais tarde. 96 Este novo perfil familiar tem suas necessidades e hábitos de compra específicos, tornando o estado civil um critério relevante. Isso porque o número de famílias não tradicionais está subindo rapidamente no contexto atual da sociedade. (KOTLER; KELLER, 2006). A constatação citada pelos autores parece ser respaldada quando analisado o estado civil dos atuais clientes na Tabela 3. Apesar de casados e união estável somando-se ser representativo (44,04%) a maioria em termos de relacionamento vive só (55,95%), sendo o grupo formado por divorciados, solteiros, viúvos. Assim como o padrão de estado civil mudou, o nível de escolaridade na sociedade forma um quadro diferente em decorrência do mercado de trabalho. Os questionamentos do instrumento de pesquisa permitem analisar também as características de educação, profissão e renda, as quais segundo Cobra (1997) as inter-relações destas vão causar um e efeito em cada indivíduo. Deste modo, as pessoas em função da educação têm um tipo de profissão e por consequência pertencem a uma classe sócia econômica em função da renda. Em termos de escolaridade Kotler e Keller (2006) citam que a população de qualquer sociedade divide-se em cinco graus de instrução: analfabetos, ensino fundamental; ensino médio; graduação e pós-graduados. Para efeito de análise e precisão, na pesquisa foram usadas as variáveis com a mensuração de níveis incompletos com analogias aos termos usuais desta classificação no país: (1) 1º Grau incompleto; (2) 1º Grau completo (Ensino Fundamental); (3) 2º Grau incompleto (Ensino Médio); (4) 2º Grau completo; (5) Superior incompleto; (6) Superior completo; (7) Pós-graduação e (8) outros para especializações. Neste contexto, inicia-se com a exibição dos números alcançados sobre a escolaridade que está disposta na Tabela 4. Tabela 4 - Questão 3 Apêndice B Escolaridade Não preencheu 1º Grau incompleto 1º Grau completo 2º Grau incompleto 2º Grau completo Superior incompleto Superior completo Pós-graduação % Total 0,00 5,95 5,95 15,48 36,90 13,10 11,90 7,14 % Homens % Mulheres 0,00 0,00 5,66 0,00 5,66 6,67 15,09 16,67 33,96 40,00 15,09 13,33 11,32 20,00 9,43 3,33 97 Escolaridade Outra. Qual? Anulou Total % Total 2,38 1,19 100,00 % Homens % Mulheres 3,77 0,00 0,00 0,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). Uma análise geral da Tabela 4 mostra que em termos de grau de instrução 77,38% têm até o 2º Grau. Mesmo assim o predomínio está no 2º Grau completo, pois se somando 2º Grau completo (36,90%) ao superior incompleto (13,10%) chega-se a 50% de representatividade. Seguindo este raciocínio apresentado por Cobra (1997) de nível de escolaridade interferir na profissão do indivíduo, na Tabela 5 apresentam-se os dados do critério ocupação profissional. Tabela 5 - Questão 5 Apêndice B Profissão Não preencheu Aposentado Bancário Comerciário Estudante Funcionário público Professor Profissional saúde Profissional liberal Outra. Qual? Anulou Total % Total 0,00 7,14 2,38 32,14 7,14 29,76 2,38 4,76 5,95 5,95 2,38 100,00 %Homens 0,00 3,77 1,89 30,19 11,32 33,96 1,89 3,77 1,89 9,43 1,89 %Mulheres 0,00 6,67 3,33 30 6,67 33,33 3,33 3,33 6,67 3,33 3,33 Fonte: pesquisa de campo (2012). Para o questionamento de profissão foi realizada a escolha das variáveis de pesquisa com base nas informações empíricas da proprietária sobre os clientes atuais (APÊNDICE A) e também, levando em consideração as empresas e instituições públicas e privadas que há na região central da cidade de Itajaí. Em suma as informações empíricas repassadas pela proprietária da empresa vão ao encontro dos dados coletados; pois no geral 61,90% dos clientes são funcionários do comércio (32,14%) ou funcionários públicos (29,76%); profissões as quais exigem 2º grau completo. Visto isso se confirma a veracidade dos dados coletados de escolaridade (Tabela 4), seguindo-se uma lógica nas informações geradas. Para concluir o raciocínio de Cobra (1997) da relação dos critérios educação, profissão e renda na Tabela 6 confirma-se a argumentação do autor, 98 exposta anteriormente. Cabe registrar que em termos de renda sondou-se utilizando como escala de medição proposta por Cobra (2009), cujos critérios são: (1) classe AB acima: acima de 10 salários mínimos; (2) classe C média: de 10 a 4 salários mínimos; (3) Classe de D e E baixa: até 4 salários mínimos. Sendo que o valor atual do salário mínimo de referencia no país é de R$ 622,00. Tabela 6 - Questão 6 Apêndice B Renda Mensal Não preencheu Sem renda Até R$ 622,00 De R$ 623,00 a R$ 2.488,00 De R$ 2.489,00 a R$ 6.620,00 Acima de R$ 6.621,00 Anulou Total % Total 0,00 3,57 9,52 64,29 17,86 4,76 0,00 100,00 %Homens %Mulheres 0,0 0,00 5,66 3,33 9,43 3,33 54,72 70,00 22,64 20,00 7,55 3,33 0,0 0,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). Os resultados podem ser visualizados na Tabela 6, o estudo dos dados dispostos evidência que seguindo os preceitos de Cobra (2009) o público do Restaurante de Lanchonete Bergamo está à maioria na classe D e E (64,29%), com uma parcela representativa de 22,62% nas classes C (17,86%) e classe AB (4,76%). Visto isso, infere-se que os critérios de profissão (Tabela 5) e renda mensal estão diretamente ligados percebendo-se coerência nas informações que válida a argumentação de Cobra (1997), observa-se que parte significativa apontou serem comerciário (32,14%) e funcionário público (29,76%), ocupações que provavelmente não exigem níveis elevados de escolaridade estando condizente com a faixa salarial evidenciada. Resumindo em termos demográficos, a clientela do Restaurante e Lanchonete Bergamo é formada na maioria por homens (Tabela 1); adultos (Tabela 2) e a maioria em termos de relacionamento vive só, ou seja, sem companheiras (Tabela 3); têm o 2º Grau completo (Ensino Médio, Tabela 4); com profissão definida principalmente no comércio e instituições públicas (Tabela 5) e estão na classe D e E com renda de até 4 salários mínimos mensais (Tabela 6). Estas verificações induzem a concluir e justificam o fato do público-alvo almoçar no restaurante, pois além de trabalharem próximo, são também, solteiros, divorciados ou viúvos. 99 E mesmo sendo a maioria dos clientes do gênero masculino, isto não quer dizer que as mulheres deixam de ser um perfil de cliente importante para a estratégia de comunicação da organização. Curiosamente elas apresentam a mesma característica no critério idade, porém são representativas com 30% (TABELA 3) no critério de estado civil quanto a divórcios (16,67%) e uniões estáveis (13,33%). Isso talvez ocorra como reflexo do movimento da emancipação da mulher; dedicando-se as atividades profissionais em diversas áreas em substituição aos afazeres domésticos. Novamente percebe-se que as mulheres são representativas com relação ao nível de escolaridade superior concluído (Tabela 4); mas nota-se que apenas 3,33% conseguem realizar pós-graduação em quanto os homens 13,30% realizam pósgraduação ou especialização. 4.1.2 Segmentação geográfica Dentre as formas disponíveis de segmentação de mercado consumidor a geográfica é o processo de dividir o mercado com base na localização e outros critérios geográficos como o clima, cultura. (CHURCHILL; PETER, 2000). Como as empresas normalmente não conseguem atender a todos os mercados, a tendência é delimitar o campo de atuação. Então para análise geográfica do estudo foram escolhidas as variáveis: (1) bairros de Itajaí e (2) mora em outra cidade; como forma de delimitação do mercado consumidor do Restaurante e Lanchonete Bergamo. Para tal verificação os dados estão disponíveis na Tabela 7. Tabela 7 - Questão 7 Apêndice B Bairro Não preencheu Centro Cordeiros Costa Cavalcante Dom Bosco Fazenda Itaipava Qtd 0,00 15,00 10,00 3,00 2,00 3,00 3,00 % Total 0,00 17,86 11,90 3,57 2,38 3,57 3,57 100 Bairro Mora outra cidade. Qual? Salseiros São João São Vicente Vila operária Promorar Outro. Qual? Anulou Total Qtd 22,00 1,00 4,00 7,00 3,00 3,00 8,00 0,00 84 % Total 26,19 1,19 4,76 8,33 3,57 3,57 9,52 0,00 100,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). A leitura da Tabela 7 evidencia um dado interessante entre as variáveis listadas, pois 26,19% dos clientes pesquisados, ou seja, 22 moram em outra cidade. E ainda que a maioria resida no município sede da empresa em estudo, de acordo com o resultado exposto, morar em outra cidade talvez seja um fator relevante para almoçarem no Restaurante e Lanchonete Bergamo. Já em termos dos bairros de Itajaí destacam-se as categorias dos clientes que residem no Centro (17,86%) e no bairro Cordeiros (11,90%). E quanto à proximidade ao restaurante, curiosamente 67,86% dos clientes moram em bairros distantes; sendo esta evidência uma justificativa eminente que a distância da moradia do local de trabalho impossibilita os clientes de irem até suas residências no horário de almoço, fazendo-os buscar uma alternativa próxima ao trabalho e assim optam por frequentar o restaurante. 4.1.3 Segmentação comportamental Segmentar mercado, usando como parâmetro os diversos comportamentos dos indivíduos enquanto consumidores em relação aos benefícios oferecidos por produtos ou serviços, chama-se segmentação comportamental, explica Cobra (1997). Corroborando Churchill e Peter (2000) citam que a constatação deste critério geralmente centra-se nas combinações de frequência de uso, situação de usuários e situação de lealdade. Para análise do comportamento de compra dos clientes foram utilizadas como variáveis: (1) a frequência que os clientes vêm ao 101 restaurante (TABELA 8); (2) vêm acompanhados de quem (TABELA 9); (3) há quanto tempo conhece o restaurante (TABELA 10). Tabela 8 - Questão 8 Apêndice B Frequência que vem ao restaurante Não preencheu 1 a 2 vezes por semana 3 a 5 vezes por semana Outra. Qual? Somente aos sábados Todos os dias Anulou Total Qtd 0 20 15 10 7 32 0 84 % Total 0,00 23,81 17,86 11,90 8,33 38,10 0,00 100,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). Neste contexto, a Tabela 8 resgata que 55,93% vêm pelo menos de 2 a 3 vezes na semana. Visto isto, infere-se que a maioria 77,80% vem acompanhada e destes, a maioria também, na companhia de colegas de trabalho (53,57%) conforme demonstrado na Tabela 9 informação esta que vai de encontro ao perfil de público formado por comerciários e funcionários públicos (Tabela 5). Tabela 9 - Questão 9 Apêndice B Vem acompanhado Não preencheu Não vem acompanhado Amigo (a) Colegas de trabalho Outro. Quem? Esposa Família Anulou Total Qtd 0 19 7 45 2 5 5 1 84 % Total 0,00 22,62 8,33 53,57 2,38 5,95 5,95 1,19 100,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). Churchill e Peter (2000) argumentam que pode ser mais lucrativo ter foco para servir aos clientes existentes do que a clientes potenciais. Porém, a não ser que fique constatado que os clientes não venham comprar mais do que já compram a organização precisará adotar uma estratégia de crescimento. Seguindo este contexto, na Tabela 10 estão dispostos os dados do tempo que faz que os atuais clientes frequentem o Restaurante e Lanchonete Bergamo. 102 Tabela 10 - Questão 11 Apêndice B Há quanto tempo frequenta Não preencheu Menos de 01 mês De 01 a 06 meses Mais de 01 ano Outro. Quanto Mais de 02 anos Mais de 03 anos Mais de 04 anos Anulou Total Qtd 0 9 16 27 3 11 6 12 0 84 % Total 0,00 10,71 19,05 32,14 3,57 13,10 7,14 14,29 0,00 100,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). A atual clientela do restaurante é formada principalmente por clientes mais antigos (66,67%); com relevância para os frequentadores para mais de um ano 32,14% como pode ser verificado na Tabela 10. Em suma, com relação à segmentação comportamental infere-se que 55,93% dos clientes frequentam o restaurante de 2 a 3 vezes na semana (TABELA 8); a maioria 77,80% vem acompanhada e destes 57,57% são de colegas de trabalho (TABELA 9). É relevante a constatação de que 66,67% dos clientes frequentam o restaurante a mais de um ano, destes 34,53% já frequentam a mais de 3 anos (TABELA 10). Essas verificações induzem a concluir que a empresa já conseguiu fidelizar clientes. 4.2 Identificar as principais mídias acessadas pelos clientes Esta seção apresenta as mídias acessadas pelos clientes, que são os meios, ou seja, as ferramentas que as empresas usam para se comunicar de maneira eficaz com o consumidor. E vale ainda registrar que a mídia leva ao consumidor uma mensagem de marketing que segundo Urdan e Urdan (2006) ligam uma empresa a vários grupos, como clientes atuais e potenciais, fornecedores e a comunidade. Neste contexto, para esta análise os clientes foram questionados (APÊNCIDE B) sobre: (1) jornais lidos; (2) onde lê; (3) rádio preferida; (4) horários de audiência rádios; (5) onde escuta rádio; (6) se possui e-mail; (7) onde acessa Internet; (8) 103 redes sociais que participa; (9) sites de busca que acessa; (10) site de compra coletiva que acessa; (11) e ainda como ficou sabendo do Restaurante e Lanchonete Bergamo. Os resultados dos instrumentos de coleta de dados permitem identificar as mídias para o desenvolvimento do plano de comunicação para a divulgação dos serviços do restaurante. Dando-se início dos resultados, no Gráfico 1 verificam-se os jornais lidos pelos clientes do estudo. Não leio 1% 2% A Noticia 10% Bolsão 39% 19% Diário Catarinense Outro. Qual? Diário do Litoral 19% 6% 0% 4% Jornal de Santa Catarina Tribuna anulou Gráfico 1 - Jornais lidos pelos clientes Fonte: pesquisa de campo (2012). A análise do Gráfico 1 demonstra que a maioria (59%) dos clientes pesquisados lê jornal, destes 34% são da região ou local (Diário do Litoral (19%), Jornal de Santa Catarina (10%), Bolsão (4%), Tribuna (1%)). . Apesar disto chama atenção um jornal de circulação estadual, o Diário Catarinense (19%) e o Diário do Litoral de circulação local com significativa audiência (19%). Mesmo assim, em termos de jornais os regionais e locais recebem 34% de audiência. Quanto ao critério local de leitura, o Gráfico 2 apresenta informações relevantes para análise. 104 45% 47% Em casa Na escola Na faculdade 6% No trabalho 2% Gráfico 2- Local onde os clientes leem jornal Fonte: pesquisa de campo (2012). A leitura do Gráfico 2 revela que, 55% dos respondentes que leem jornal, fazem fora de casa (no trabalho (47%), na faculdade (6%), escola (2%)). Isto leva a presumir que os jornais são adquiridos via assinatura; mesmo assim chama atenção os que leem em casa (45%). O critério rádios ouvidas pelos pesquisados, o Gráfico 3 apresenta também, informações interessantes para a serem analisadas. Não ouço rádio 2% Atlântida 6% 7% 7% 18% Antena 1 BAND FM 11% 5% Outra rádio. Qual 17% 17% 6% 2% Difusor Jovem Pan Rádio Univali 2% Menina FM Metropolitana FM Gráfico 3- As rádios ouvidas pelos clientes Fonte: pesquisa de campo (2012). Percebe-se a preferência por rádios da cidade, que curiosamente apresentase um empate técnico com 17% de audiência para as rádios Band FM e Jovem Pan. 105 Para continuidade da análise deste critério, foram questionados também sobre o horário que ouvem rádio e local, levando em consideração os 63 respondentes (75%) que ouvem rádio (Gráfico 3). 2% não preencheu Dia todo 23% 33% De manhã 12% Na hora do almoço À tarde 16% No fim da tarde 6% De madrugada 5% 3% À noite Gráfico 4 - Horário que ouvem rádio. Fonte: pesquisa de campo (2012). Neste contexto, constata-se no Gráfico 4 que curiosamente 33% da audiência é a noite que somada ao horário da madrugada (6%), chega-se a 39% de audiência no período da noite. Estes resultados vão ao encontro das atividades profissionais, uma vez que 61,90% dos clientes são comerciários e funcionários públicos trabalhando durante o dia. Já quanto ao local que ouvem rádio o Gráfico 5 mostra os resultados alcançados. 2% 31% 45% Casa No trabalho No transito 22% Outro. Qual? 106 Gráfico 5 - Onde ouvem rádio Fonte: pesquisa de campo (2012). Analisando os dos dados do Gráfico 5 pode ser evidenciado que 45% dos respondentes apontaram que ouvem rádio em casa. Com isso, percebe-se coerência nas informações geradas, pois vão de encontro às informações obtidas no questionamento de horário que ouvem rádio (Gráfico 4). Mesmo assim, o número de pessoas que responderam que ouvem no trânsito é elevado (30%). A aplicação do questionário (APENDICE B) com a clientela atual do Restaurante e Lanchonete Bergamo, propiciou também, outras informações importantes para os futuros planejamentos com relação ao marketing digital. O marketing digital está se tornando cada dia mais importante para as empresas; não por uma questão de tecnologia, mas uma mudança no comportamento do consumidor, que está utilizando cada vez mais a Internet como meio de comunicação, informação, relacionamento e entretenimento. (TORRES, 2010). Neste contexto, as mídias sociais é o conjunto de ações de marketing digital que visam criar relacionamento entre a empresa e o consumidor, para atrair a sua atenção e conquistar o consumidor online. (CHLEBA, 2000). Inicialmente realiza-se uma análise sobre o critério e-mail na TABELA 12, que são as mensagens eletrônicas de diversos tipos, outra forma de atingir o consumidor. Quando produzido de maneira eficaz, alimentam de informações aqueles consumidores mais tradicionais, não usam com frequência redes sociais as redes sociais, e, portanto são informados prioritariamente por e-mail. (TORRES, 2010). Porém a cada dia, por causa dos spammers, golpes e vírus, as pessoas estão seletivas na leitura de seus e-mails. Tabela 12 - Questão 17 Apêndice B Tem E-mail Não preencheu Não Sim. Qual? Anulou Totais Qtd 0 29 54 1 84 % 0,00 34,52 64,29 1,19 100,00 Fonte: pesquisa de campo (2012). 107 Na Tabela 12 constata-se, que a maioria 64,29% dos pesquisados tem e-mail e, segundo IBOPE Nielsen Online (2012) o total de brasileiros com acesso a Internet em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) foi de 78,5 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2011. Para tal análise, foi questionado onde acessa Internet com mais frequência no Gráfico 6, dando uma visão geral da participação da população pesquisada neste novo cenário. 2% 8% 6% 22% Não acessa Em casa No trabalho 26% 36% Na escola/ faculdade No celular Anulou Gráfico 6 - Onde acessa Internet com mais frequência Fonte: pesquisa de campo (2012). Na leitura do Gráfico 6, evidenciam-se dados interessantes entre as variáveis listadas, pois 44% dos pesquisados utilizam meios particulares para acesso a Internet (em casa, 36% e no celular 8%). Os dados levantados, também revelam que 62% dos pesquisados acessam de casa ou do trabalho, estando de acordo com a pesquisa IBOPE Nielsen Online (2012) de janeiro de 2011, que constatou 80,89 % dos brasileiros acessam internet de casa ou local de trabalho. Dando sequência na análise foi também, questionado sobre sua participação nas redes de relacionamentos; como buscam informações e; se acessa sites de compra coletiva. Como aponta Ogden (2002) a Internet passa a ser uma ferramenta importante para a comunicação integrada de marketing (CIM), principalmente para atingir os segmentos de consumidores que valorizam a Internet e a utilizam como veículo de informação, comunicação, expressão e construção de relacionamentos. Outra característica da população brasileira destacada pelo IBOPE Nielsen Online (2012), é que o brasileiro é o que dedica mais tempo á Internet, superando 108 países como Estados Unidos, Itália, França e Inglaterra. Para análise de quais redes sociais os clientes participam, na TABELA 13 visualizam-se os resultados. Tabela 13 - Questão 19 Apêndice B Redes sociais Não participo Acessa Totais Qtd 27 57 % 32,14 67,86 84 100 Fonte: pesquisa de campo (2012). Os resultados da Tabela 13 mostram que dos 84 participantes do estudo a maioria 67,86% participam de redes sociais. Nas redes sociais, um consumidor nunca está isolado. Uma reclamação ou um elogio, afeta não só ele e seus amigos, mas também todos os amigos de seus amigos, amplificando o poder da mensagem. (TORRES, 2010). Portanto, o Gráfico 7 retrata as redes sociais que os clientes participam, sendo que se visualizam os resultados dos 67,86% dos pesquisados que acessam as redes (TABELA 13). 6% 8% 31% Facebook Google + 26% Orkut 9% 20% Messenger Skype Twitter Gráfico 7 - Redes sociais que participam Fonte: pesquisa de campo (2012). Dentre as redes sociais, a maioria 77% acessa o Facebook (31%), Messenger (26%) e Orkut (20%). Nesse sentido, a utilização das redes sociais pode ser uma estratégia inovadora para viabilizar troca de informação e diálogo com o cliente, uma 109 vez que as redes, também servem para repercutir as experiências de consumo das pessoas. As empresas de varejo utilizavam o ponto de venda, ou seja, sua localização como uma estratégia para atrair novos clientes. Mas para Torres (2010) tudo isso mudou, e mudou rapidamente, pois os consumidores têm agora sites de busca na Internet. Já quanto aos sites de busca, a TABELA 14 apresenta os clientes que fazem uso desta ferramenta na Internet. Tabela 14 - Questão 20 Apêndice B Qtd % Não faço uso 21 25 Usa sites de busca 62 73,81 1 1,19 Sites de busca Anulo Total 84 Fonte: pesquisa de campo (2012). 100 A Tabela 14 destaca que da população pesquisada a maioria 73,81% usa sites de busca para procura de informações. Segundo Torres (2010), esta mídia é poderosa, são sites que permitem localizar estabelecimentos comerciais próximos ao local onde estão os clientes naquele momento. Os sites de buscas mais acessados podem ser visualizado no Gráfico 8. 3% 1% 4% 10% Apontador Outro Cadê 82% Google Hagah Gráfico 8 - Sites de busca que costumam acessar Fonte: pesquisa de campo (2012). 110 Curiosamente fica evidente a preferência de 82% dos pesquisados pelo o site da Google, embora haja divulgação dos demais sites de busca nas redes de TV. Cabe registar que, o comércio eletrônico se popularizou, ao ponto que qualquer empresa recém-criada, pode competir, na venda por produtos e serviços, tanto com as grandes redes quanto com os estabelecimentos comerciais que investiram tanto em lojas bem localizadas. (TORRES, 2010). A compra Coletiva é uma modalidade de comércio eletrônico que tem como objetivo vender produtos e serviços para um número mínimo pré-estabelecido de consumidores por oferta, sendo que há um tempo limite para adquirir a oferta, e quando não é atingido o número mínimo de pedidos dentro deste intervalo a oferta é cancelada. Já com relação a sites de compra coletiva para análise deste critério ponderam-se os 61 pesquisados (78% do Gráfico 6) que faz uso de Internet. Na Tabela 15 visualizam-se os clientes que se utilizam deste meio de divulgação, para pesquisas de preços e compras. Tabela 15 - Questão 21 Apêndice B Sites de compra coletiva acessam Qtd % Não acessa 54 64,29 Faz uso 30 35,71 0,00 0,00 Total 84,00 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). 100,00 Anulou A maioria 64,29% (Tabela 15) não acessa sites de compra coletiva; mas o grupo de 35,71% (30 participantes) que faz o acesso, teve analisado de forma individual cada site que acessam no Gráfico 9. 17% 11% 6% Clickon 10% Outro 28% 28% GROUPON Peixe urbano Privali Qpechincha Gráfico 9- Sites de compra coletiva que acessam Fonte: pesquisa de campo (2012). 111 No Gráfico 9 encontra-se a representativa de acesso para cada site disponível na mídia atualmente e com maior repercussão nas redes sociais, com um empate técnico de 28% para o sites do Groupon e Peixe Urbano. Sites do gênero já têm 3,6 milhões de visitas por mês, segundo dados do IBOPE Nielsen Online (2012); mas destaca que o setor de compras online cresce muito rápido, mas tem que enfrentar a barreira do medo que brasileiro tem de usar o cartão de crédito na web e que Twitter, Facebook, Orkut e outros sites semelhantes funcionam como um veículo bastante eficaz para a propagação das ofertas, pois o conteúdo se replica muito rapidamente. A evolução dos compradores que buscam preços e a diversificação do comércio eletrônico brasileiro são outros motivos que potencializam o crescimento dos sites. Outra informação importante, diz respeito a como os clientes ficaram sabendo da existência do Restaurante e Lanchonete Bergamo, com os dados arranjados no Gráfico 10. Comentários sobre preço 1% 5% Indicação de amigo 39% 31% Indicação de parente Localização, passou na frente 17% 3% 4% Outro. Qual? Na sua empresa Gráfico 10- Como ficou sabendo do Restaurante e Lanchonete Bergamo Fonte: pesquisa de campo (2012). Uma análise do Gráfico 10 destaca com relevância que a 78% da comunicação da empresa ocorre pela comunicação boca a boca, ou seja, composta pela indicação na empresa do cliente (39%), indicação de amigos (31%), comentários sobre preço (5%) e indicação de parentes (3%). E uma verificação mais aprimorada leva a constatação que é representativa o critério a localização, em que o cliente passou na frente e entrou (17%). 112 Em suma, com relação às mídias, 59% (GRÁFICO 1) dos clientes leem jornais, sendo que 34% da audiência ocorrem para jornal local e regionais e destes 55% (GRÁFICO 2) fazem a leitura fora de casa; em termos de rádio a audiência é maior com 82% (GRÁFICO 3); destes 34% prestigiam com maior audiência duas rádios locais; 33% (GRÁFICO 4) da audiência são principalmente à noite, assim como 45% (GRÁFICO 5) ouvem rádio em casa. No cenário da Internet, fica claro que hoje é uma mídia consolidada e que esta em constante evolução, dos clientes atuais do Restaurante e Lanchonete Bergamo 64,29% (TEBALA 12) acessa este ambiente virtual para uso de e-mail sendo relevante, pois seu público conforme já analisado é composto na maioria por adultos, 44% (GRÁFICO 6) se utilizam e meios particulares para o acesso a Internet. Já em termos de redes sociais 67,86% (TABELA 13) participam das redes de relacionamento com destaque de 31% (GRÁFICO 7) participam do Facebook; e com relação a sites de busca 73,81% (TABELA 14) utilizam estes sites a procura de informações com 81% (GRÁFICO 8) de preferência para site do Google; entretanto nos sites de compra coletiva apenas 35% (TABELA 15) acessam com um empate 28% (GRÁFICO 9) na preferência pelos sites do Groupon e Peixe Urbano. Portando observar o comportamento do usuário na Internet e redes sociais é uma necessidade para o mercado de comunicação. Porém a empresa em termos de comunicação com seu público atual tem 78% (GRÁFICO 10) da sua divulgação realizada pela ferramenta publicidade por meio do boca a boca que tem como mídias neste estudo de caso, indicação na empresa do cliente (39%), indicação de amigos (31%), comentários sobre preço (5%) e indicação de parentes (3%). Uma constatação relevante é que 17% (GRÁFICO 10) dos clientes passaram na frente e entrou, confirmando que o ponto de venda, ou seja, a localização é uma estratégia eficiente na ferramenta praça do mix dos 4P’s do marketing. Ainda que, com maior eficácia quando se utiliza uma placa de propaganda, identificando o ponto de venda. 113 5 Sugestões: o plano de comunicação com ferramentas da CIM Esta seção sugere o plano de comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo, com base no modelo de plano de CIM proposto por Ogden (2002) estudado na seção 2.6 da fundamentação deste trabalho. Sendo assim, apresentase o plano de comunicação com as etapas propostas pelo autor, são: (1) missão e visão da CIM; (2) análise situacional da CIM: usuários atuais; dados geográficos, análise competitiva; (3) objetivos gerais da CIM; (4) orçamento; (5) desenvolvimento da estratégia da CIM; (6) definição da tática da CIM; (7) definição do plano da CIM; (8) métodos de avaliação da campanha da CIM. Cabe registrar que tem como base os resultados das pesquisas de campo aplicadas com a proprietária (APÊNDICE A) e com os clientes (APÊNDICE B). E ainda que o período de implementação do plano seja de 01/07/2012 a 01/07/2013. 5.1 Declaração de missão e visão de CIM Ogden (2002) ressalta que uma declaração de missão e visão de uma empresa diz por que está no negócio e como se vê no futuro. Desta forma o objetivo de se manter no mercado se traduz na razão de se ter uma CIM, para comunicar-se com seu público. Com isso, missão e visão são uma orientação e estímulo para o trabalho em equipe para todos os membros da organização. Neste sentido ficou definida a missão como: com trabalho em equipe promover os produtos e serviços, fortalecendo o nome do Restaurante e Lanchonete Bergamo no mercado de Itajaí. Seguindo esta linha em termos de visão para a empresa ficou formulado: prospectar novos clientes e fidelizar os atuais, com alimentação de qualidade, nutritiva a um preço justo e honesto. 114 5.2 Análise situacional A análise situacional da empresa apresenta uma visão geral da mesma; com um panorama de suas particularidades informações estas que ajudam a identificar seus pontos fortes e fracos. E também, aspectos externos à organização com relação aos clientes atuais, dados geográficos e concorrentes. (OGDEN 2002). Desta forma é possível evidenciar pontos fracos e ameaças que precisam ser eliminadas ou pelo menos, minimizadas. E ainda pontos fortes e oportunidades que devem ser potencializadas e aproveitadas. Neste contexto, montou-se o quadro 12 para análise situacional que fornece informações importantes para a implementação do plano de comunicação. Assim apresentam-se as informações sob a ótica de pontos forte e fracos (internos), e também as ameaças e oportunidade (externo) para montar um plano eficaz e que supere a concorrência. Análise situacional da CIM Pontos Fortes Pontos Fracos Proprietária: • experiência na área de restaurantes e na prestação de serviço para consumidores finais; • dinâmica, com espírito empreendedor; Capital: • no início teve expressivo investimento com aquisição de móveis e utensílios; • todos os investimentos no restaurante são subsidiados pelos seus lucros; Funcionários: • todas as funcionárias tem carteira assinada; as horas extras são pagas com reembolso financeiro; • a cozinheira tem 30 anos de experiências na função; • a equipe é comprometida; Negócio: • promoção com preço diferenciado para compra mensal do serviço de alimentação; Localização: • localização central junto à área empresarial; Comunicação com o público alvo: • funcionárias utilizam uniforme com a identificação do restaurante; • ferramentas de propaganda usadas: cartão de visita, a sinalização das instalações do restaurante; banner com os Edificações e instalações: • no início teve expressivo investimento com reformas e adaptações; • o imóvel é alugado; Negócio: • os preços dos serviços de alimentação são calculados para margem de lucro baseada na quantidade; Comunicação com o público alvo: • não tem cardápio para divulgar seus serviços e produtos; • não realizar, comunicação de manutenção de clientes ou para a prospecção de novos clientes. • não faz visitas às empresas locais com á intenção de firmar convênios, ou seja, não tem a área de vendas estruturada. 115 Análise situacional da CIM preços. Além dessas, o boca a boca; • colocação de faixas na sexta-feira anunciando feijoada. Oportunidades Ameaças Localização: • quantidade considerável de empresas na Concorrentes: • quantidade expressiva de concorrentes que região próxima ao restaurante; estão situados no raio de atendimento do Restaurante e Lanchonete Bergamo, ou seja, Concorrentes: no centro; • preço dos serviços de alimentação oferecidos • preço dos serviços de alimentação oferecidos próximo da média dos concorrentes; próximo da média dos concorrentes; Comunicação com o público alvo: • cinco concorrentes realizam comunicação de manutenção e prospecção de novos clientes; Quadro 12 - Análise situacional da empresa Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). Neste Quadro 12 visualizam-se informações formuladas a partir da pesquisa de campo realizada e da observação participante. Dessa forma os pontos fortes e fracos foram traçados a partir da análise: da proprietária, funcionários, capital do negócio, edificações e instalações, identificação do negócio, e comunicação com o público alvo. Com relação com as ameaças e oportunidades foram levantados aspectos relativos à: localização, concorrentes, e comunicação com o público alvo. 5.3 Objetivos gerais da CIM No que diz respeito ao objetivo, segundo Ogden (2002), são simplesmente coisas que precisam ser realizadas e marcos que precisam ser alcançados. Serão usados como ferramentas e avaliação, pois em conjunto os objetivos fornecem a uma direção para o plano. Neste contexto o plano de comunicação integrado de marketing tem como objetivo que precisam ser alcançados define-se: Previsão de vendas: • crescer 40% o número de clientes atendidos; 116 Financeiro: • Aumentar em 40% o faturamento. A margem de crescimento para os objetivos gerais da CIM, foram mensurados levando-se em consideração o crescimento da empresa nos seus 6 anos de existências. Desta forma os objetivos serão usados como uma ferramenta de avaliação, ao final da implantação do plano da CIM. 5.4 Orçamento Ainda seja uma questão muito importante para realização de investimentos, a elaboração de um orçamento é frequentemente a parte mais negligenciada. Ogden (2002) argumenta que gastos demasiados terminam em dinheiro desperdiçado e, do mesmo modo, gastos insuficientes se traduzem em perdas de vendas e participação de marcado. Esta seção vem ao encontro das estratégias a serem usadas na seção de definição tática da CIM, que levou em consideração os resultados das pesquisas realizadas. Deste modo abarca orçamentos para: (1) propaganda; (2) promoção de vendas; (3) marketing digital. Neste contexto, orçamento das estratégias de propaganda é relativo a anúncios em jornal (GRÁFICO 1); spots em rádios (GRÁFICO 3), cujos detalhes estão dispostos no Quadro 13. JORNAL Jornal Anúncio Ver. Unitário Diário do Litoral selo colorido em página indeterminada R$ 387, 34 Diário do Litoral selo PB em página indeterminada R$ 297, 34 Totais R$ 684,68 RÁDIO Rádio Anúncio Band FM Redação do texto e locução 15" Band FM Band FM Totais Vlr. Unitário Vlr. Total R$ 100,00 R$ 100,00 1 inserção/dia - 15" R$ 20,75 R$ 20,75 2 inserção/dia - 15" - segunda a sexta - entre 11h30min e 12h - 10 inserções por semana - 40 inserções por mês R$ 20,75 R$ 830,00 40 inserções por mês R$ 930,00 117 BANNER Banner dimensão quantidade Informações 2mx1m 1 banner BANNER Banner criação do layout produção impressão Totais Informações R$ 50,00 R$ 100,00 R$ 150,00 Quadro 13 – Orçamento propagandas para divulgação do restaurante Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). Para a promoção de vendas envolve a produção de cardápios para divulgar produtos e serviços. (Quadro 14). Cardápio dimensão quantidade papel cor criação impressão Totais Informações uma lâmina A4 dobrado na vertical 100 cardápios papel couchê brilho 230g todo colorido R$ 200,00 R$ 600,00 R$ 800,00 Quadro 14 – Orçamento promoção de vendas para divulgação do restaurante Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). E o marketing digital para criação de uma página para anúncio do restaurante e seus serviços. (Quadro 15). Marketing Digital desenvolver / registro home page Totais Informações R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 Quadro 15 – Orçamento marketing digital para divulgação do restaurante Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). Considerando-se esta fase do plano (orçamento) de suma importância, o Quadro 16 mostra o resumo geral de todos os investimentos apresentados. 118 RESUMO GERAL ORÇAMENTO Estratégia da CIM Propaganda - jornais Propaganda - rádios Propaganda - banner Promoção de vendas - cardápio Marketing digital Total Valores R$ 684,68 R$ 930,00 R$ 150,00 R$ 800,00 R$ 1.500,00 R$ 3.308,34 Quadro 16 – Resumo orçamento para divulgação do restaurante Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). Todos os valores repassados são valores de tabela sem descontos, cuja negociação ocorre no momento do fechamento, dependendo da quantidade de inserções previstas e da quantidade de meses do contrato. Ainda destaca Ogden (2002) que há diversas técnicas para se estabelecer um orçamento, para empresa do estudo à sugestão é de utilizar o método do objetivo e tarefa, em que se especifica o resultado esperado, determinando as tarefas que devem ser executadas para alcançar tais objetivos e avaliando os custos da execução das tarefas. Neste método para Ogden (2002) tem cinco premissas para a decisão do orçamento: (1) o objetivo de marketing a ser atingido (empresa busca lucro, vendas, participação de mercado etc.); (2) especificar as ferramentas de mix da CIM para atingir este objetivo particular; (3) especificar o papel de cada uma das ferramentas da CIM no alcance do resultado esperado; (4) especificar os níveis de resposta mensuráveis no alcance do objetivo; (5) realizar a decisão do orçamento com valores com base no tempo real, necessário para atingir os objetivos desejados. Kotler e Keller (2006) ressaltam que o método o método do objetivo e tarefa possui a vantagem de exigir um objetivo que explicite suas premissas sobre a relação entre a quantia gasta, o nível de divulgação, e indicadores de resultado mensuráveis. 5.5 Desenvolvimento da estratégia de CIM Para o desenvolvimento da estratégia da CIM as estratégias são focadas na solução dos problemas identificados pela proprietária (APENDICE A): 119 1º manutenção dos atuais clientes; 2º divulgação do restaurante para prospectar novos clientes. 5.6 Táticas de CIM A definição da tática da CIM tem como base de informações a entrevista com a proprietária do restaurante (APENDICE A) e por meio da pesquisa realizada com os clientes (APENDICE B). Assim foi possível identificar quais ferramenta de comunicação da CIM permitirão alcançar os objetivos do plano de comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo. Os detalhes estão dispostos no Quadro 17. Ferramenta Propaganda Instrumentos • Anúncios em jornal, um selo por semana na segunda-feira no jornal Diário do Litoral; • Spots em rádio, na rádio Band FM; • Banner. Promoção de vendas • Cardápio; • Expositor para bebidas e produtos; • Sorteios em datas comemorativas para os clientes que fazem a compra mensal de refeições; • Descontos, incentivo no preço. Marketing digital • Criar site, • Criar e-mail para a empresa. Venda pessoal • Visitar empresas sediadas na região central da cidade, a fim de firmar parcerias. Quadro 17 - Ferramentas da CIM para o plano do Restaurante e Lanchonete Bergamo Fonte: Elaborado pela acadêmica (2012). As estratégias escolhidas são as formas e instrumentos que serão utilizados para o alcance do objetivo deste estudo, tendo como base de seleção os resultados da pesquisa de campo que identificou o perfil dos clientes do restaurante. 120 5.7 O plano de CIM Para Ogden (2002), o plano da CIM é simplesmente o resultado de todos os planos das ferramentas do mix da CIM, ou seja, os aspectos executáveis as táticas da CIM escolhidas. Cabe registrar que ao especificar o papel de cada uma das ferramentas da CIM no alcance do resultado esperado, podem-se alternar os uso das ferramentas promocionais ou incrementar ferramentas em função dos resultados obtidos, após a realização da avaliação da campanha CIM. Porém e necessário alertar que, nenhuma ferramenta promocional cumpre todos os objetivos promocionais isoladamente. 5.8 Métodos de avaliação da campanha da CIM Na visão de Ogden (2002), devem-se avaliar os planos de uma empresa, tendo em vista que levam a uma tomada de decisão mais rica em informações que, por usa vez, leva a um aumento da produtividade e dos lucros. Em fim, a avaliação gera resultados e melhorias que tornam processos, planos produtivos e eficazes. Para tal, a avaliação de resultados será feita por meio de verificação bimestral no período de 01/07/2012 a 01/07/2013; • volume de venda; • faturamento em comparação ao mês anterior da implantação do plano de comunicação integrado de marketing; • número de clientes que procuram o restaurante para a aquisição de outros serviços de alimentação. 121 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse capítulo apresenta os resultados obtidos com o estudo. Para tal compreendem os resultados pertinentes as diferentes etapas do trabalho: (1) apontar a relação entre os fatos verificados e a teoria; (2) evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo; (3) indicar a limitações e as reconsiderações. 6.1 Considerações da parte teórica levantada Para este estudo utilizou-se uma série de obras como referência bibliográfica, cujo aporte teórico permitiu definir o contexto do estudo. Sendo que por meio deste foi possível determinar objetivo geral e específicos e; fundamentar com argumentos teóricos e práticos a importância do estudo justificando a sua realização. Por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, foram abordados temas cujo foco estava na administração, planejamento, estratégias e gestão do marketing; e também para o ramo de restaurantes permitindo conhecer conceitos, tendências, ou seja, uma nova realidade organizacional. Sendo assim, foi possível decidir que o modelo de plano de comunicação elaborado por Ogden (2002) atenderia as necessidades e seria viável para alcançar todos os objetivos propostos para a empresa cerne deste estudo. Na visão de Ogden (2002), no mercado competitivo de hoje, empresas devem certificar-se de que as mensagens que chegam aos consumidores sobre produtos e serviços sejam claras, concisas e integradas. A estratégia mais efetiva é a empresa abordar consumidores e outros públicos empregando múltiplas ferramentas promocionais. Já que isoladamente, nenhuma ferramenta promocional cumpre todos os objetivos promocionais. (URDAN; URDAN, 2006). 122 6.2 Considerações sobre os resultados da pesquisa Este estudo teve como objetivo geral elaborar um plano de comunicação integrado de marketing para o Restaurante e Lanchonete Bergamo para prospectar novos clientes e a manutenção da atual carteira de clientes, que foi alcançado por meio de quatro objetivos específicos, os quais são: (1) levantar o perfil de clientes da empresa; (2) aplicar pesquisa de mídias com os cientes; (3) verificar as ferramentas da CIM acessadas por eles, e aplicadas pela empresa em estudo; (4) definir as estratégias e as táticas da CIM, seus respectivos orçamentos. Nesta linha, com a pesquisa (ANEXO B) chega-se a conclusão que em termos de perfil a clientela é formada na maioria por homens adultos. Em termos de relacionamento a maioria dos atuais clientes vive só, ou seja, sem companheiras, possuem o 2º Grau completo e; tem profissão definida principalmente no comércio e instituições públicas, desta forma pertencem à classe D e E. E mesmo sendo a maioria dos clientes do gênero masculino, isto não quer dizer que as mulheres deixam de ser um perfil de cliente importante para a estratégia de comunicação da organização. Chama atenção que apresentam a mesma característica no critério idade, porém são representativas no critério de estado civil quanto a divórcios e uniões estáveis e, é importante destacar que apresentam um nível de escolaridade superior os homens, porém percebe-se que é reduzido o número de mulheres que conseguem realizar pós-graduação. Isso talvez ocorra como reflexo do movimento da emancipação da mulher; dedicando-se as atividades profissionais em diversas áreas em substituição aos afazeres domésticos. Dentre os critérios de análise com relação à proximidade ao restaurante, a maioria dos clientes reside em bairros distantes do município sede da empresa, sendo representativos também, os clientes que moram em cidades próximas a Itajaí. Mas pensando em traçar o perfil dos clientes em relação às principais mídias que acessam, a pesquisa de campo revelou que a maioria dos clientes leem jornais e que o jornal local o Diário do Litoral tem audiência representativa, e também, prestigiam com maior audiência duas rádios locais principalmente à noite. No cenário da Internet, fica claro que hoje é uma mídia consolidada e que dos clientes atuais do Restaurante e Lanchonete Bergamo a maioria acessa este ambiente virtual para uso de e-mail, sendo um parâmetro relevante, pois seu público 123 conforme já analisado é composto na maioria por adultos; se utiliza de meios particulares para o acesso a Internet. Também dentre as mídias, nas redes sociais a maioria participa das redes de relacionamento, tendo maior preferência pelo Facebook. Já com relação a sites de busca a utilizam com destaque para site do Google, entretanto nos sites de compra coletiva a participação é reduzida e a um empate na preferência pelos sites Groupon e Peixe Urbano. As verificações induzem a concluir e justificam o fato do público-alvo almoçar no restaurante, pois além de trabalharem próximo, são também, solteiros, divorciados ou viúvos. A distância da moradia do local de trabalho, impossibilita os clientes de irem até suas residências no horário de almoço, fazendo-os buscar uma alternativa próxima ao trabalho e assim optam por frequentar o restaurante. Porém, a empresa em termos de comunicação com seu público atual tem como ferramenta principal para sua divulgação o instrumento boca a boca que tem como mídias identificadas neste estudo de caso, indicação na empresa do cliente, indicação de amigo, comentários sobre preço e indicação de parentes. Ainda uma constatação relevante, é que um número considerável dos clientes passou na frente ao restaurante e entrou, sendo assim o ponto de venda, uma eficaz estratégia adotada pela empresária, destacada com uma placa de identificação do restaurante. O plano de comunicação sugerido ao Restaurante e Lanchonete Bergamo, foi com base no modelo de plano de CIM proposto por Ogden (2002) teve sua elaboração seguindo as etapas propostas pelo autor, são: (1) missão e visão da CIM; (2) análise situacional da CIM: usuários atuais; dados geográficos, análise competitiva; (3) objetivos gerais da CIM; (4) orçamento; (5) desenvolvimento da estratégia da CIM; (6) definição da tática da CIM; (7) definição do plano da CIM; (8) métodos de avaliação da campanha da CIM. O plano resultou em um orçamento de no total de um investimento de R$ 3.308,34 (QADRO 17), distribuído entre propaganda (jornal, rádio, banner), promoção de vendas (cardápio), marketing digital (home page) e ações de venda pessoal . Cabe registrar que todas as etapas foram realizadas como base nos resultados das pesquisas de campo aplicadas com a proprietária (APÊNDICE A) e com os clientes (APÊNDICE B) com o amparo do aporte teórico. E ainda que o período de implementação do plano seja de 01/07/2012 a 01/07/2013. Com isso foi alcançado o objetivo geral e também ter respondido de modo eficaz a questão problema levantada inicialmente na Introdução deste trabalho, que 124 indagou: Quais as ferramentas da comunicação integrada de Marketing podem trazer resultados significativamente positivos mediante a implementação de um Plano de Comunicação para o Restaurante e Lanchonete Bergamo para manutenção da atual carteira de clientes e a prospecção de novos? 6.3 Limitações, contribuições e sugestões de trabalhos futuros Em fim considera-se que este trabalho vem aos encontros dos anseios acadêmicos e empresariais, pois serviu para o aprimoramento de conhecimento na comunicação integrada de marketing e evidência que a comunicação com o público é uma estratégia essencial para a empresa estudada, para se sobressair perante a concorrência e destacando assim seu nome no mercado. Cabe registrar que não houve limitações neste estudo e, sim destacar que foi imprescindível a participação e apoio dos responsáveis pela empresa na pesquisa de campo com os clientes, sendo uma premissa para o alcance dos objetivos desejados. Para o Restaurante e Lanchonete Bergamo, cabe ressaltar que a avaliação do plano de comunicação integrado de marketing é importante durante sua implantação, para que se visualize os resultados, mobilize recursos e principalmente planejar o futuro mediante a novas oportunidades que podem vir a surgir. 125 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Revista Bares e restaurante. Comer fora de casa virá hábito. Disponível em: <http://www.abrasel.com.br/index.php/component/content/article/7-noticias/1236260312-comer-fora-de-casa-vira-habito.html>. Acessado em: 05 maio. 2011. ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Revista Bares e restaurante. O que esta na cabeça do consumidor. 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