Relatório de Gestão - Edge Investimentos

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RELATÓRIO DE GESTÃO
4º Trimestre 2014
Este material tem o único propósito de divulgar informações e dar transparência à gestão executada pela Edge Investimentos, não deve ser
considerado como oferta de venda de cotas de fundos de investimento ou de qualquer título ou valor mobiliário e não constitui o prospecto
previsto na Instrução CVM 409 ou no Código de Auto Regulação da ANBID. Fundos de Investimento não contam com a garantia do administrador
do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos - FGC. A rentabilidade obtida no
passado não representa garantia de rentabilidade futura. Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável uma análise
de, no mínimo, 12 (doze) meses. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. Não obstante a diligência do gestor em selecionar as melhores
opções de investimento, a carteira do fundo está, por sua própria natureza, sujeita às flutuações de preços/cotações de seus ativos, além de riscos
de crédito e liquidez, o que pode acarretar perda patrimonial do fundo. Nos fundos geridos pela Edge Investimentos, a data de conversão de cotas
é diversa da data de resgate e a data de pagamento do resgate é diversa da data do pedido de resgate. Visando o atendimento ao exigido pela Lei
nº 9.613/98, quando do ingresso no fundo, cada cotista deverá nos fornecer cópias de seus documentos de identificação, entre outros documentos
cadastrais. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao aplicar os seus recursos.
Os fundos de ações com renda variável podem estar expostos à significativa concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos daí
decorrentes.
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Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
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Índice
Indicadores .......................................................................................................................................................... 3
Desempenho de Longo Prazo .......................................................................................................................... 3
Detalhamento da Performance ....................................................................................................................... 4
Atribuição de Performance ................................................................................................................................. 5
Atividade no Trimestre .................................................................................................................................... 5
Atividade no Ano ............................................................................................................................................. 6
Alocação Setorial e Turnover ........................................................................................................................... 7
Portfólio – Cosan Limited (CZLT33) ..................................................................................................................... 8
Introdução ....................................................................................................................................................... 8
Raízen Combustíveis ........................................................................................................................................ 9
Raízen Energia ............................................................................................................................................... 13
Rumo ............................................................................................................................................................. 14
Radar ............................................................................................................................................................. 15
Comgás .......................................................................................................................................................... 16
Cosan Lubrificantes ....................................................................................................................................... 16
Por que escolhemos a Cosan Limited? .......................................................................................................... 17
Outros Assuntos ................................................................................................................................................ 18
Alteração da periodicidade do envio dos Relatórios de Gestão ................................................................... 18
2
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Indicadores
Desempenho de Longo Prazo
Apresentamos abaixo o desempenho de longo prazo do Edge Value FIA.
Acreditamos que a performance do fundo deva ser analisada no horizonte de pelo menos três anos.
Como sempre, relembramos que nosso objetivo é obter um retorno absoluto de longo prazo, que seja superior
ao nosso custo de capital e com risco controlado de perdas permanentes.
Não objetivamos superar a rentabilidade do Índice Bovespa todos os meses ou anos. Muito pelo contrário, é
de se esperar que uma postura conservadora de gestão apresente retornos inferiores ao mercado em
momentos de euforia.
As tabelas abaixo apresentam o retorno percentual do fundo e o desempenho de um investimento simulado
de R$ 1.000,00 realizado no momento de abertura do Clube San Francisco, veículo que deu origem ao Edge
Value FIA. Nos dois casos, comparamos nossa performance àquela do CDI e Ibovespa.
Clube de Investimento
Periodo
Valorização de investimento simulado de
R$ 1.000,00
Retorno (%)
Edge Value
IBOV
CDI
Edge Value
IBOV
CDI
4T 2014
-3,7%
-7,6%
2,8%
R$ 6.503
R$ 2.297
R$ 3.344
3T 2014
3,1%
1,8%
2,7%
R$ 6.755
R$ 2.486
R$ 3.254
2T 2014
0,5%
5,5%
2,5%
R$ 6.554
R$ 2.442
R$ 3.168
1T 2014
-1,4%
-2,1%
2,4%
R$ 6.522
R$ 2.316
R$ 3.090
2014
-1,7%
-2,9%
10,8%
2013
0,25%
-15,50%
8,06%
R$ 6.615
R$ 2.590
R$ 3.018
2012
27,8%
7,4%
8,4%
R$ 6.599
R$ 3.065
R$ 2.793
2011
-1,9%
-18,1%
11,6%
R$ 5.162
R$ 2.853
R$ 2.576
2010
19,0%
1,1%
9,8%
R$ 5.262
R$ 3.484
R$ 2.309
2009
85,8%
82,7%
9,9%
R$ 4.422
R$ 3.448
R$ 2.104
2008
-27,2%
-41,2%
12,4%
R$ 2.380
R$ 1.888
R$ 1.915
2007
40,3%
43,7%
11,8%
R$ 3.269
R$ 3.212
R$ 1.704
2006
33,1%
33,7%
15,0%
R$ 2.330
R$ 2.235
R$ 1.524
2005
29,2%
27,1%
19,0%
R$ 1.750
R$ 1.671
R$ 1.325
2004*
35,4%
31,5%
11,3%
R$ 1.354
R$ 1.315
R$ 1.113
Desde o início
550,3%
129,7%
234,4%
Retorno anualizado
18,4%
7,8%
11,5%
* Cálculo a partir da criação do clube, em 15/04/04
3
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Detalhamento da Performance
Abaixo, apresentamos a tabela de detalhamento mensal do retorno do fundo e o gráfico comparativo de
rentabilidade.
2014
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Ano
Edge
-3,56%
0,19%
2,02%
1,40%
-2,16%
1,28%
3,08%
6,56%
-6,16%
-0,92%
-0,33%
-2,52%
-1,71%
Ibov
-7,51%
-1,14%
7,05%
2,40%
-0,75%
3,76%
5,00%
9,78%
-11,70%
0,95%
0,07%
-8,62%
-2,91%
2013
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Ano
Edge
0,02%
0,50%
1,30%
-0,60%
-0,99%
-3,15%
0,99%
-0,15%
2,31%
1,84%
-0,91%
-0,78%
0,25%
Ibov
-1,95%
-3,91%
-1,87%
-0,26%
-2,28%
-11,30%
1,64%
3,68%
4,65%
3,66%
-3,27%
-1,86%
-15,50%
2012
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Ano
Edge
2,85%
5,45%
3,63%
-2,78%
-3,65%
1,03%
2,31%
3,01%
2,05%
2,58%
2,98%
5,81%
27,84%
Ibov
11,14%
4,34%
-1,98%
-4,17%
-11,86%
-0,25%
3,21%
1,72%
3,70%
-3,56%
0,71%
6,05%
7,40%
2011
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Ano
Edge
-0,23%
-0,36%
1,92%
0,77%
-1,15%
-0,64%
-3,98%
-4,93%
-0,23%
4,95%
-0,66%
3,04%
-1,90%
Ibov
-3,94%
1,22%
1,79%
-3,58%
-2,29%
-3,43%
-5,74%
-3,96%
-7,38%
11,49%
-2,51%
-0,21%
-18,11%
2010
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Ano
Edge
1,77%
0,91%
0,89%
-1,99%
-1,80%
1,94%
4,61%
2,70%
0,38%
3,95%
3,30%
1,06%
18,99%
Ibov
-4,65%
1,68%
5,82%
-4,04%
-6,64%
-3,35%
10,80%
-3,51%
6,58%
1,79%
-4,20%
2,36%
1,05%
2009
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Ano
Edge
0,27%
1,89%
2,17%
15,54%
8,37%
3,65%
10,76%
4,98%
5,91%
-0,44%
5,86%
5,67%
85,79%
Ibov
4,66%
-2,84%
7,18%
15,55%
12,49%
-3,26%
6,41%
3,15%
8,90%
0,05%
8,93%
2,30%
82,66%
4
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Atribuição de Performance
Atividade no Trimestre
Dos investimentos em carteira, os principais destaques positivos foram Coelce PNA, Comgás PNA e Cielo ON.
Os principais destaques negativos foram Cosan Limited BDR, São Carlos ON e Randon PN.
O gráfico abaixo detalha a contribuição de cada ação ao desempenho trimestral do fundo.
Análise de Contribuições
COCE5
CGAS5
CIEL3
CGAS3
BBDC4
ITSA4
GOAU3
MILS3
MULT3
BVMF3
BRPR3
ALPA4
ALSC3
DTEX3
RAPT4
SCAR3
CZLT33
1,1%
0,3%
0,1%
0,0%
0,0%
-0,1%
-0,1%
-0,1%
-0,1%
-0,1%
-0,2%
-0,4%
-0,6%
-0,6%
-0,9%
-1,1%
-1,1%
5
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Atividade no Ano
No acumulado do ano de 2014 a rentabilidade do Edge Value FIA foi de – 1,71%. Ao longo do ano fizemos
novos investimentos, adicionando cinco empresas à carteira - Duratex, Cosan Limited, Cielo, Alpargatas e Mills.
No lado dos desinvestimentos, alienamos nossa participação em Porto Seguro, cujo valor de mercado
ultrapassou nossa estimativa de valor justo.
Dos novos investimentos, alguns contribuíram negativamente para o desempenho da cota no ano de 2014.
Acreditamos que as variações negativas nas cotações são derivadas da retração da economia brasileira, não
impactando o earnings power dessas empresas no longo prazo. Por isso, temos aproveitado a oportunidade
para aumentar a exposição do fundo a preços mais interessantes.
A contribuição de cada ação à rentabilidade do ano do portfólio está detalhada no gráfico abaixo.
Análise de Contribuições
ITSA4
COCE5
BVMF3
BBDC4
MULT3
PSSA3
CIEL3
BRPR3
-0,04%
MILS3
-0,10%
ALPA4
-0,51%
ALSC3
-0,53%
CGAS5
-0,71%
GOAU3
-0,82%
DTEX3
-1,10%
CZLT33
-1,26%
SCAR3 -1,60%
RAPT4-1,66%
2,88%
1,67%
0,73%
0,70%
0,24%
0,18%
0,12%
6
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Alocação Setorial e Turnover
Os gráficos abaixo apresentam a alocação setorial histórica e o giro da carteira do fundo.
Como é de se esperar, nossa forma de investir resulta em um giro de carteira inferior ao da média dos fundos
de ações.
Acreditamos que o retorno do fundo será composto majoritariamente pela geração de caixa das empresas em
carteira, que é reinvestida no próprio negócio ou distribuída como dividendos. Os ganhos atribuíveis aos
investimentos de menor prazo, onde a diferença do múltiplo de entrada e saída é determinante, devem
representar um percentual pequeno da rentabilidade total e da carteira do fundo.
Não obstante, nosso giro tende a variar de acordo com a volatilidade das ações que acompanhamos à medida
que usamos as oscilações de mercado para aumentar ou reduzir posições a preços atrativos.
* Calculado como o quociente entre o total de venda de ações nos últimos 12 meses e o PL médio do fundo.
* Os percentuais acima são calculados com base nos ativos do fundo no final do período.
7
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Portfólio – Cosan Limited (CZLT33)
Introdução
Em 2014, iniciamos um investimento em ações da Cosan Limited (CZLT33), holding controladora da Cosan S.A.
Indústria e Comércio (CSAN3) e da Cosan Logística (RLOG3).
Nos últimos anos, o Grupo Cosan passou por uma ampla transformação econômica e cultural, deixando de ser
apenas uma companhia essencialmente produtora de açúcar e álcool para atuar também em distribuição de
combustíveis, fabricação e comercialização de lubrificantes, distribuição de gás, gestão de propriedades
agrícolas e logística ferroviária e portuária, conforme demonstrado no esquema abaixo:
Essa migração para outras atividades teve raízes tanto naturais, em que a nova atividade econômica era de
alguma forma complementar à atividade sucroalcooleira1, quanto estratégicas, com o declarado desejo de
ampliar os investimentos em negócios com retornos mais estáveis e previsíveis que o de açúcar e álcool.
Essa grande mudança e a complexidade para se entender, acompanhar e valorar algumas das empresas do
grupo justificariam dedicar mais de um relatório trimestral para descrever o que enxergamos nessa tese de
investimento. No entanto, vamos recorrer à simplicidade e destilar as nossas longas discussões internas sobre
os negócios da Cosan em pontos objetivos que embasam nossa decisão de investir na companhia, focando no
negócio mais representativo, o de distribuição de combustíveis, e comentando brevemente os demais.
1
Com exceção da aquisição da Comgás, que praticamente não tem fit com a atividade original da Cosan (embora o interesse inicial de
entrar em distribuição de gás fosse ampliar a cogeração das usinas de açúcar e álcool a partir de gás natural da Gás Brasiliano, vizinha
da Comgás), mas que acreditamos ser o primeiro de muitos investimentos no setor de infraestrutura de gás natural.
8
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Raízen Combustíveis
O negócio de distribuição de combustíveis no Brasil apresenta grande resiliência e crescimento superior ao
do PIB, alavancado principalmente na expansão da frota de veículos leves e comerciais, mercado com clara
oportunidade de crescimento orgânico.
Fonte: IBGE e Sindicom
Além disso, o setor passou por um longo período de formalização desde a “abertura” do mercado no final da
década de 1990, com gradual redução da sonegação e da não conformidade de produto2, através de uma
evolução do ambiente regulatório3 e de medidas rotineiras de fiscalização coordenadas pela ANP.
Fonte: ANP
2 Os principais tipos de não conformidade dizem respeito ao percentual de etanol na gasolina, percentual de biodiesel no diesel, adição
de corante, teor de enxofre, pH, etc.
3Podemos citar: substituição tributária do ICMS nas refinarias, obrigação de adição de corante, exclusividade da venda de etanol
hidratado de produtores a distribuidores, sistema CODIF de controle eletrônico da cobrança de impostos incidentes na venda de
combustíveis, nota fiscal eletrônica, definição de marca e obrigatoriedade de divulgação de origem dos combustíveis, concentração
de cobrança de PIS/COFINS nas usinas produtoras de etanol, instaladores de medidores de vazão, etc.
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Essa nova realidade levou ao enfraquecimento do modelo de negócios baseado em custos artificialmente
baixos e em práticas desleais, como a sonegação, até então suportado por liminares4, e evidenciou as reais
vantagens competitivas de um negócio onde a escala é fundamental para diluir custos fixos, catalisando uma
onda de consolidação no setor. A Cosan foi uma das protagonistas nesse processo ao adquirir a Esso em 2008
e posteriormente fundi-la com os ativos de distribuição da Shell em 2011, formando a Raízen Combustíveis,
controlada em conjunto pela Cosan Indústria e Comércio e pela multinacional anglo-holandesa. O diagrama
abaixo do Sindicom ilustra o movimento de consolidação experimentado pelo setor5:
Entendemos que o processo de formalização do setor de distribuição de combustíveis ainda está em curso,
especialmente na distribuição de etanol, que teve sua regulação e fiscalização transferidas para a ANP apenas
em 20116 e cujos resultados já começam a aparecer7.
A consolidação no setor, também em curso8, propiciou uma elevação significativa do patamar de rentabilidade
do negócio, uma vez que economias de escala geram vantagens absolutas de custo (e.g. redução dos custos
unitários de transporte e de armazenagem), se traduzindo em margens brutas mais elevadas.
4 “No mercado de combustíveis, os tributos indiretos (ICMS, PIS, COFINS) incidentes sobre as vendas, representam 41% do valor
faturado. Tal grandeza acirra a agressividade dos que buscam processos de exceção – liminares, conseguindo assim ofertar seus
produtos com significativas reduções de preços, porém, desorganizando o mercado por tornar quase impossível uma leal competição.
Essa situação vem se agravando e já perdura por longo prazo, acarretando gigantescas perdas de arrecadação para o Estado e
desvalorizando os princípios éticos e morais que devem reger as relações na sociedade.” (Relatório de Administração da Petrobras
Distribuidora de 1999)
5
Recomendamos, ainda, a leitura da publicação “Cadernos do Cade – Varejo de Gasolina” (2014), disponível no site da entidade.
6
Lei 12.490/2011.
7
Por exemplo, as divergências ente volumes reportados de compra e de venda de etanol caiu drasticamente ao longo de 2013 e 2014.
8 Vide a recente aquisição da distribuidora Latina (RS) pela Raízen Combustíveis (Ato de Concentração 08700.009479/2013-97 no Cade)
e, como reação, a recém-anunciada fusão entre Rodoil (RS) e Mazp (PR).
10
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Entendemos que o elevado retorno sobre o capital dos principais players seguirá escoltado por barreiras à
entrada não desprezíveis, dentre as quais podemos citar os vultosos e necessários investimentos em bases
de armazenamento próprias com ampla capacidade e já estabelecidas próximas às refinarias e usinas, a
infraestrutura logística para bases secundárias capilares9 e o capital de giro necessário para a manutenção de
estoques mínimos obrigatórios10.
Também não deixa de nos chamar a atenção a estabilidade do market share medido em volume (litros) (i)
entre os principais players e (ii) das distribuidoras associadas ao Sindicom em relação ao mercado total,
sugerindo que a competição se dê de forma mais racional do que em outros setores:
Fonte: ANP
Fonte: ANP
9
Recomendamos, ainda, a leitura do Parecer SEAE/MF 7118/2010 por ocasião da constituição da Raízen.
10
Resolução ANP No 45/2013, que determina níveis mínimos de estoque de gasolina e diesel que devem ser mantidos pelas
distribuidoras nas bases e terminais.
11
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Fonte: Sindicom
Vale notar que o share em valores (R$) das associadas do Sindicom é não apenas maior que o share em volume
(litros), mas provavelmente apresenta trajetória crescente no tempo. Um dos motivos é que a aparente
estabilidade do share em volume (gráfico imediatamente acima) reflete dois movimentos: o
“embandeiramento” de postos mais rentáveis pelas associadas do Sindicom e o “abandono” de postos de
menor rentabilidade, de modo que parcela cada vez maior do profit pool da distribuição tende a ficar com os
players dominantes.
A Raízen Combustíveis, nesse contexto, se apresenta como a terceira maior distribuidora no mercado
brasileiro, com share próximo a 20% em gasolina, etanol e óleo diesel (vide tabelas abaixo). A companhia vem
crescendo através do mencionado “embandeiramento” e também via pequenas aquisições11, ampliando
assim a rede de postos franqueados sob a forte marca Shell12, que já supera o número de 5.300 (a Ipiranga,
por sua vez, possui uma rede de mais de 6.800 postos e comercializa praticamente o mesmo volume de
combustíveis que a Raízen). Além disso, a Raízen vem acelerando a abertura de lojas de conveniência na rede
franqueada, que contribui para alavancar as vendas nos postos. Segundo a Raízen, postos com as lojas de
conveniência Select vendem cerca de 15% mais combustível que os outros. Atualmente, apenas 17,6% dos
postos Shell possuem loja de conveniência (24,1% no caso da Ipiranga).
Fonte: ANP
11
Mime (2012) e Latina (2014).
12
Enquete: você abastece seu carro regularmente em algum posto que não seja BR, Ipiranga ou Shell?
12
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No que diz respeito à sua infraestrutura logística, a Raízen Combustíveis vem investindo recentemente em
capacidade adicional no Norte e no Centro-Oeste do país, procurando fechar um gap em termos de fair share
nessas regiões, ao mesmo tempo em que fortalece sua posição no Sul através de aquisições.
Há, ainda, contribuições marginais de geração de valor na Raízen Combustíveis em iniciativas tais como (i) a
aquisição de participação de 10% na STP – Serviços e Tecnologia de Pagamentos, operadora do sistema de
pagamento eletrônico Sem Parar em pedágios, shoppings e estacionamentos, e que agora passa a poder ser
utilizado em postos Shell13; e (ii) a parceria com a Sapore para operar uma rede de lojas de conveniência em
postos de rodovia. Mais do que a contribuição em si para o valor da Cosan, essas iniciativas demonstram a
atenção dos executivos da Raízen às oportunidades de reinvestimento que façam sentido dentro do escopo
das atividades da companhia.
Estimamos que mais da metade do valor do Grupo Cosan esteja na participação de 50% que detém no negócio
de distribuição de combustíveis.
Raízen Energia
A companhia, também controlada em conjunto com a Shell, é a maior player em um setor bastante
fragmentado14, com 24 usinas e uma capacidade de moagem de 66 milhões de toneladas por ano (pouco mais
de 10% da capacidade nacional). Além disso, em 13 de suas usinas, há excedente de cogeração de energia
elétrica a biomassa, que é comercializada nos mercados livre e regulado.
O negócio de produção e comercialização de açúcar e álcool, atividade de origem do Grupo Cosan, é bastante
intensivo em capital e mão de obra e apresenta um baixo grau de previsibilidade de resultados operacionais
e financeiros.
Ainda que o Brasil apresente vantagens mundiais de custo em função de características climáticas e de solo
(e, agora, potencializado pela desvalorização do real), a verdade é que o setor é extremamente dependente
de (i) políticas governamentais, agrícolas ou comerciais em diversos países, (ii) de preços no mercado
internacional do açúcar e do petróleo (commodities, portanto muito difíceis de se prever) e (iii) da
variabilidade climática (igualmente de difícil previsibilidade), que obviamente impacta as safras de cana-deaçúcar.
Um exemplo importante de consequência negativa advinda de controversa política governamental foi a
recente prática da Petrobras de não reajustar tempestivamente os preços dos principais derivados de petróleo
(gasolina, diesel e óleo combustível) no mercado doméstico em linha com os preços internacionais, aliviando
a pressão inflacionária doméstica, conforme se pretendia, mas tornando a gasolina mais atrativa que o etanol
nas bombas, o que causou prejuízos enormes tanto à própria estatal quanto ao setor sucroalcooleiro nacional,
13
O modelo de negócios da STP, aliás, apresenta características econômicas bastante interessantes, além de uma rentabilidade
extremamente elevada. Ainda é cedo para avaliar o Projeto Abastece Fácil e o quanto ele contribuirá para melhorar a experiência de
consumo dos clientes nos postos Shell, mas a sinalização advinda da alocação de capital da Raízen Combustíveis na aquisição de 10%
da STP já nos parece muito positiva.
14 Atualmente, há cerca de 350 usinas de açúcar e álcool ativas no Brasil, pertencentes a mais de 100 empresas. Os 10 maiores players
detêm menos da metade da capacidade de moagem nacional.
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que vinha de um período de grande expansão de capacidade (e elevado endividamento para fazê-la).
Evidentemente, em consequência disso, ficou mais difícil rentabilizar a produção de etanol e muitos players
no Brasil estão hoje em sérias dificuldades financeiras15.
Diante dessa realidade, a Raízen Energia permaneceu realizando investimentos em modernização e ampliação
da capacidade de moagem de suas usinas nos últimos anos, incluindo etanol de 2ª geração16, de modo que,
do ponto de vista de resultados financeiros, praticamente toda a geração de caixa da companhia nos últimos
exercícios foi reinvestida na operação ou na expansão do negócio (cerca de R$ 2,5 bilhões por ano). Em outras
palavras, a geração de caixa livre não era visível. A partir da próxima safra, a companhia pretende reduzir
substancialmente os investimentos em expansão e gerar caixa livre expressivo.
Em resumo, o setor de açúcar e álcool não apresenta o tipo ideal de economics que procuramos, mas, pela
conjuntura, estamos seguros de estarmos investidos na Raízen Energia no low do ciclo a um preço muito baixo.
Pelas nossas contas, sob diversas premissas e métricas que consideramos, a Raízen Energia é negociada
implicitamente a um grande desconto da sua principal concorrente listada, a São Martinho.
Rumo
Um negócio em um mercado com características microeconômicas desfavoráveis e volátil como o setor
sucroalcooleiro nas mãos de alocadores de capital com o histórico do management da Cosan pode não ser tão
ruim assim. Vejamos: não fosse a origem do grupo Cosan em açúcar e álcool, provavelmente não teria surgido
a necessidade de se investir na logística portuária para assegurar o embarque do produto no porto de Santos
a custos competitivos.
Daí surgiu a Cosan Operadora Portuária, precursora da Rumo, que recentemente desenhou e concluiu um
amplo programa de investimento na modernização de suas instalações portuárias (e.g. construção de
cobertura do cais de atracação e uma nova moega para agilizar a descarga de açúcar) e na construção de
terminais logísticos e de transbordo no interior de SP de modo a otimizar a logística de escoamento da
produção de açúcar até o maior porto brasileiro. Além disso, a Rumo assinou um contrato para garantir
capacidade para o açúcar nos trens da ALL e, em troca, realizou investimento de mais de R$ 1 bilhão, com
funding do BNDES e capital de fundos de private equity17, em novas locomotivas e na duplicação e expansão
de trechos ferroviários.
Após um desgastante litígio entre Rumo e ALL, seus acionistas concordaram em unir as companhias, através
da incorporação da segunda pela primeira, sujeito ao cumprimento de um conjunto de medidas determinadas
pelo Cade. Vale mencionar que a contribuição de capital da Cosan na Rumo foi muito baixa nesse processo
todo – pouco mais de R$ 200 milhões à época (equivalentes aos ativos portuários), que se comparam com um
15
Nos últimos anos, dezenas de usinas fecharam e/ou tramitam em recuperação (extra)judicial.
16
Também conhecido como etanol celulósico, pois a tecnologia de produção permite extrair etanol a partir da celulose contida no
bagaço e na palha da cana-de-açúcar. A primeira unidade de produção de etanol celulósico da Raízen Energia entrou em operação no
último trimestre de 2014 em Piracicaba (SP).
17
Gávea e TPG aportaram R$ 200 milhões cada e passaram a deter conjuntamente 25% da Rumo.
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equity value de R$ 3 bilhões, conforme laudo de avaliação para determinação da relação de troca entre ações
da Rumo e da ALL18.
Começa agora uma nova fase para a Cosan Logística (controladora da “nova” Rumo), com grandes
investimentos previstos. Infelizmente, julgamos que ainda não seja possível estimar com confiabilidade o valor
presente dos fluxos de caixa futuros dessa nova companhia, quer seja pela natureza e montante dos
investimentos necessários, ou pela duração dos contratos de concessão das malhas ferroviárias, em
renegociação. Um crescente trabalho analítico da nossa parte procura entender as oportunidades e os riscos
que circundam a nova empresa. Por ora, simplesmente atribuímos um valor muito descontado para esse
negócio e deixamos o eventual upside a nosso favor.
Radar
Criada em 2008 com o intuito de explorar as oportunidades de negócio no mercado de propriedades agrícolas,
a Radar nasceu da observação de que as terras adjacentes às usinas construídas pela Cosan se valorizavam.
Tal como no caso da Rumo, a presença do Grupo Cosan no negócio de açúcar e álcool possibilitou aos gestores
enxergarem oportunidades em negócios indiretamente ligados à atividade principal.
Alavancada no vasto conhecimento adquirido pela Cosan ao longo de sua história, a Radar desenvolveu em
conjunto com a ESALQ/USP19 uma tecnologia proprietária de mapeamento e análise de propriedades agrícolas
no Brasil a partir de imagens de satélite tiradas desde a década de 1970.
A companhia investiu, ainda, juntamente com fundos estrangeiros, em um amplo portfólio de terras,
atualmente com área total de 105 mil hectares e valor de mercado superior a R$ 2,6 bilhões. Além dessas
áreas, a Radar administra terras de terceiros avaliadas em R$ 2 bilhões, praticamente sem empregar capital e
sendo remunerada por um lease yield.
O estágio atual da Radar é de colher os frutos dos investimentos realizados em propriedades agrícolas nos
últimos 7 anos. Nesse sentido, em 2014 foram realizadas vendas de terras no montante de R$ 85 milhões e a
administração sinaliza dar continuidade a essa estratégia, se concentrando na atividade de gestão de terras
de terceiros, que tem essencialmente as características de um negócio rentista.
A Cosan tem atualmente 37,7% da Radar20, além de direitos de subscrição in the money para adquirir 20%
adicionais.
18
Evidentemente, não tomamos a valor de face o resultado de nenhum laudo de avaliação. O objetivo aqui é apenas fornecer uma
ordem de grandeza da geração de valor da Rumo no tempo.
19
Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo.
20
Somando as participações diretas e indiretas nas subsidiárias Radar, Radar II e Tellus.
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Comgás
Por ser posição antiga e relevante do Edge Value FIA, a tese de investimento na principal distribuidora de gás
canalizado do país já é conhecida dos nossos leitores. Vale, porém, apresentarmos uma breve atualização
sobre o processo de revisão tarifária.
Após dois anos de investimentos relevantes na expansão e no adensamento da malha dutoviária na sua região
de concessão, a Comgás agora aguarda o processo de revisão tarifária junto à agência reguladora estadual de
São Paulo (ARSESP).
Esse processo, que deveria ter sido encerrado em 2014, está atrasado principalmente por conta de discussões
acerca da possível exclusão do ágio pago no leilão de privatização do cálculo da base de remuneração
regulatória (BRR), chamado pelo regulador “BRR conceito VEM – Valor Econômico Mínimo”.
A retirada do VEM nesse ciclo tarifário, sendo este conceito previsto no edital de privatização e utilizado nas
revisões tarifárias anteriores, seria interpretada como quebra de contrato por parte do regulador, levando a
Comgás a reduzir o investimento na expansão de rede e recorrer a discussão para a esfera judicial. Tal situação
seria prejudicial tanto à companhia quanto aos consumidores e, por isso, acreditamos que a ARSESP decida
pela inclusão do VEM ao final das discussões. Nesse momento, a Procuradoria Geral do Estado de SP está
redigindo um parecer sobre o assunto.
Cosan Lubrificantes
A Cosan é também fabricante e distribuidora exclusiva de lubrificantes da marca Mobil no Brasil, mediante um
acordo com a ExxonMobil que dura até 2018. Além disso, adquiriu em 2011 os direitos de distribuição
exclusiva da marca na Bolívia, Uruguai e Paraguai e, em 2012, comprou sua subsidiária britânica Comma Oil,
ingressando no mercado europeu.
O negócio de produção e distribuição de lubrificantes no Brasil é mais competitivo que o de distribuição de
combustíveis, com um número relevante de marcas disputando os principais distribuidores ou pontos de
revenda. Mais recentemente, a rentabilidade desse negócio no Brasil vem sendo prejudicada por uma maior
competição e pela pressão de custos de óleos básicos, que são importados. Mesmo nesse cenário, a Cosan
Lubrificantes vem ganhando market share, inclusive em cima da Shell (as respectivas divisões de lubrificantes
não foram contribuídas à Raízen):
Fonte: ANP
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Pouco representativa no resultado final do grupo, a Cosan Lubrificantes comercializou 320 milhões de litros
de lubrificantes em 2014 e faturou R$ 1,6 bilhão, com margem EBITDA de 6,5%, o que julgamos ser uma
rentabilidade baixa, tanto para o nível de capital empregado na operação quanto para o típico retorno exigido
pelos executivos. Entendemos, também, que haja o reconhecimento no management de que, do ponto de
vista estratégico, é preciso fazer alguma coisa a respeito dessa unidade: expandi-la, através de alguma fusão
ou aquisição, ou talvez vendê-la.
Por que escolhemos a Cosan Limited?
A resposta não é trivial e frequentemente colocamos na balança os argumentos a favor e contra o
investimento em Cosan Limited vis-à-vis Cosan Indústria e Comércio: exposição ou não à Cosan Logística na
fase inicial de um grande ciclo de investimentos, diferença de liquidez (pra nós, nada impeditivo), alinhamento
com o acionista controlador (com toda a subjetividade e incerteza que esse conceito traz), posicionamento de
importantes sócios como Shell (atualmente na Comgás, Raízen Combustíveis e Raízen Energia), Rezende
Barbosa (Cosan Indústria e Comércio) e Gávea (Cosan Limited e Rumo), alavancagem (e implicações de rating,
pagamento de dividendos, etc.), possíveis transações ou spin-offs, enfim: são muitas as variáveis em jogo.
Em resumo, escolhemos a Cosan Limited (CZLT33) porque (i) o desconto atual para o valor do portfólio de
ativos não só é maior, como nos parece exagerado, (ii) é na Cosan Limited que surgirão novos projetos e
investimentos, e (iii) enxergamos maior alinhamento com o controlador da Cosan, Sr. Rubens Ometto, sendo
acionistas do veículo onde ele possui participação diretamente, mesmo que as classes de ações detenham
direitos de voto distintos21. Nessa linha, gostamos também da iniciativa recentemente anunciada de
remunerar o top management com ações da Cosan Limited, e não da Cosan Indústria e Comércio, cuja razão
de existir como empresa nos parece cada vez menor.
Vemos, então, a Cosan Limited como um veículo de investimentos de longo prazo, com gestores competentes,
alinhados e com participação crescente no negócio, evoluindo para um estágio de perenidade que vai além
da figura do controlador e constantemente buscando novas oportunidades de investimento. Não é à toa que
carinhosamente a apelidamos internamente de “Berkshire do Ometto”, não apenas em referência ao desenho
societário que, guardadas as diferenças, vai se assemelhando ao da companhia controlada por Warren Buffett,
mas principalmente pelo desejo de ver a Cosan Limited gerar valor no médio prazo a ponto do atual desconto
em relação ao portfólio virar um prêmio, conforme comentou o próprio CEO Marcos Lutz no discurso de
encerramento do último Cosan Day22. A ele, o benefício da dúvida. O desafio está lançado.
Cosan Limited representa 5,2% do Edge Value FIA.
21
As ações do controlador são ordinárias classe B, que dão direito a 10 votos por ação. Assim, o Sr. Rubens Ometto controla a Cosan
Limited com 38,3% do capital total.
22 “[E]u acho que não só esses negócios de baixo se valorizam, como o desconto para o de cima cai e (...) no médio prazo deve virar
zero – ou até virar um prêmio – à medida que [os investidores] percebam valor no que esse grupo de executivos na CZZ vai criar.”
(Marcos Lutz, CEO da Cosan, em discurso de encerramento do Cosan Day em 26/11/2014).
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Outros Assuntos
Alteração da periodicidade do envio dos Relatórios de Gestão
A partir da próxima edição, o relatório de gestão do Edge Value FIA terá periodicidade semestral. Essa é uma
ideia que vimos discutindo internamente há muito tempo. Sua implementação traz vantagens que tendem a
compensar a menor frequência. O relatório semestral nos permite:
(i)
Reportar de forma mais adequada a evolução das posições do fundo: nossos investimentos em
empresas costumam ter um longo prazo de maturação, assim como nossos esforços em conhecer
novas empresas ou um novo setor raramente se esgotam em um trimestre. Com o "RG" semestral,
podemos dar mais detalhes sobre as empresas e sobre o racional por trás de decisões de
investimento.
(ii)
Dedicar mais tempo da equipe à atividade de análise: acreditamos que, no que toca às atividades
secundárias, "menos é mais" - o ideal é sempre maximizar o tempo dedicado à análise. A atividade
trimestral de confecção do RG, pela importância dada internamente e pela qualidade que
buscamos atingir, toma uma quantidade de tempo relevante de toda a equipe, em especial a de
análise.
O site da Edge Investimentos continuará publicando a cota diária e a lâmina mensal, e continuamos sempre
disponíveis para ligações e reuniões presenciais com nossos investidores.
Obrigado pela confiança,
Equipe de Gestão Edge Investimentos
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