manejo do nitrogênio e ciclagem de nutrientes na cultura do milho

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MANEJO DO NITROGÊNIO E CICLAGEM DE
NUTRIENTES NA CULTURA DO MILHO SAFRINHA
Aildson Pereira Duarte1, Heitor Cantarella2 & Karina Batista1
1. Introdução
O milho safrinha é cultivado sob sequeiro, após a colheita da safra de verão,
sob condições ambientais peculiares, especialmente baixas temperaturas e pouca
disponibilidade de água no solo, requerendo técnicas específicas de manejo que
diferem daquelas recomendadas para as lavouras de milho verão. Os principais Estados
produtores são: Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo, com
áreas médias no período 2007 a 2009 de 1.549 mil, 1.535 mil, 804 mil, 271 mil e 263
mil hectares, respectivamente (CONAB, Levantamento de Dados, 2009).
De acordo com o clima existem pelo menos três ambientes de produção de
milho safrinha: i) Estado do Paraná, exceto o Norte: região com inverno úmido e
temperaturas baixas, onde para evitar as geadas, as semeaduras são realizadas até
o mês de fevereiro; ii) Goiás, Mato Grosso e parte do Mato Grosso do Sul (áreas
com altitude superior a 600 m) e São Paulo (Norte e Noroeste): regiões com elevada
freqüência de estresse hídrico nos estádios finais de desenvolvimento e sem problema
de baixas temperaturas, encerrando a semeadura até o fim de fevereiro; iii) Paraná
(Norte), São Paulo (Sudoeste, região do Médio Paranapanema) e parte do Mato
Grosso do Sul: regiões de transição climática de inverno úmido para seco, com risco
moderado de deficiência hídrica (mais freqüente antes do florescimento) e geadas; as
temperaturas são baixas a partir de maio e a semeadura é a mais tardia do Brasil (até
Pesquisador Científico, Programa Milho IAC/APTA, APTA Médio Paranapanema, Caixa Postal 263,
19802-970 Assis, SP. E-mail: [email protected], [email protected]
1
Pesquisador Científico. Instituto Agronômico (IAC), Centro de Solos e Recursos Ambientais. Caixa
Postal 28, 13001-970 Campinas, SP. E-mail: [email protected]
2
89
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
março) (Duarte, 2004).
Geralmente, o milho safrinha é cultivado em solo de fertilidade média a alta, pois
em solos de baixa fertilidade seriam necessárias doses elevadas de adubos, que podem
ser anti-econômicas. Além disso, os solos de baixa fertilidade que persistem nas áreas
de soja são, quase totalmente, arenosos e não atenderiam a demanda de água do milho
safrinha (Duarte, 2004).
Os princípios utilizados na recomendação de adubação do milho cultivado nesta
época são os mesmos da época normal, com o cuidado de se levar em consideração o
menor potencial produtivo, que limita as doses econômicas, e a precipitação pluvial
decrescente, que afeta o parcelamento da adubação.
Neste artigo será discutida a adubação do milho safrinha, a partir das exigências
nutricionais e dos resultados de pesquisas, além das peculiaridades dos sistemas de
produção, incluindo a ciclagem de nutrientes das culturas em sucessão.
2. O N do solo e as recomendações de adubação nitrogenada
O N mineral, mais especificamente o amônio e o nitrato, são as formas
predominantemente absorvidas pelas plantas. Dependendo da atividade dos
microrganismos, umidade do solo, disponibilidade de carbono oxidável, etc, pode
ocorrer maior ou menor disponibilidade de N inorgânico por meio da mineralização
da matéria orgânica ou, inversamente, uma redução drástica no teor de N inorgânico
por sua imobilização na fração orgânica. Ademais, algumas das frações do N no solo
estão sujeitas a perdas por volatilização na forma de NH3, N2 ou N2O ou lixiviação
de NO3- que, além dos prejuízos ao sistema produtivo, podem ter conseqüências
negativas para o ambiente. Entretanto, vale ressaltar que mais de 95% do N do solo
está na forma orgânica.
Dessa maneira, a complexidade das reações do N no solo dificulta o diagnóstico
de sua disponibilidade para as plantas com base na análise do solo, ao contrário do que
ocorre, com sucesso, para as determinações de acidez e de outros nutrientes, inclusive
micronutrientes. O uso do teor de matéria orgânica ou, indiretamente, o teor de N total
do solo para a recomendação de adubação nitrogenada pressupõe a liberação de uma
porcentagem mais ou menos constante do N do solo para as culturas, razão porque
esse índice é pouco utilizado (Cantarella, 1989).
Nesse contexto, a adubação nitrogenada tem um papel importante para as culturas,
e em especial para o milho por ser o nutriente absorvido em maiores quantidades
e principalmente, pela dificuldade de avaliar sua disponibilidade no solo devido às
múltiplas reações a que está sujeito, mediadas por microrganismos e afetadas por
fatores climáticos de difícil previsão.
90
X Seminário Nacional de Milho Safrinha

3. Extração e exportação de N pelo milho
O nutriente que as plantas de milho acumulam em maior quantidade é o nitrogênio,
seguido do potássio e fósforo (Figura 1). Aproximadamente 60% a 70% do nitrogênio
e 85% do potássio são acumulados antes do florescimento das plantas (Duarte et al.,
2003), requerendo o fornecimento desses nutrientes em quantidade suficiente para
atender a grande demanda neste curto período.
A taxa de absorção do N, para a maioria das cultivares, é mais acentuada no
período anterior ao florescimento. Entretanto, os híbridos atuais acumulam mais N
durante o enchimento dos grãos do que os utilizados anteriormente, apresentando
menor remobilização do N do colmo para as espigas (Cantarella & Duarte, 2004).
A proporção do N translocado das diferentes partes da planta para a espiga
varia consideravelmente com as condições ambientais (Beauchamp et al., 1976).
Dependendo do ano, da adubação nitrogenada do solo e do balanço híbrido, a
remobilização do N pode variar de 20% à 100% do N dos grãos (Ma et al., 1999). Sob
condições de baixa fertilidade, o N disponível no solo poderá ser limitante durante
o período de enchimento dos grãos e a remobilização de N dos tecidos vegetativos
torna-se particularmente importante.
Mais da metade do N, P e Zn acumulados na matéria seca da parte aérea das
plantas de milho encontra-se nos grãos. Em decorrência das grandes quantidades desses
nutrientes que são exportadas pelos grãos, mesmo com a manutenção da palhada na
área de produção, faz-se necessária a reposição desses em cultivos seguintes.
MILHO
30
Extração planta inteira
Exportação nos grãos
Kg / tonelada de grãos
25
20
15
10
5
0
N
P2O5
K2O
Ca
Mg
S
FIGURA 1. Acúmulo na planta inteira e exportação nos grãos de macronutrientes
na cultura do milho (Duarte et al., 2003 e compilação de Cantarella
e Duarte, 2004).
91
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
4. Contribuição do N das culturas de cobertura no sistema plantio direto
A definição da contribuição do N associada ao histórico da gleba em sistema
plantio direto (SPD) está ligada principalmente à cultura de cobertura ou à
cultura antecessora. Resíduos culturais com elevada relação C/N podem reduzir
substancialmente as quantidades de N disponíveis no solo para a cultura em
sucessão.
A seqüência de culturas em rotação também influencia o manejo da adubação
nitrogenada. Espécies de leguminosas que fixam N2 atmosférico em simbiose com
bactérias do gênero Rhizobium promovem, para a cultura em sucessão, maior
disponibilidade de N no solo. Em função desta disponibilização, pode-se reduzir em
cerca de 50% a dose de N para a cultura seguinte (Lopes et al., 2004).
Dados obtidos por Silva (2005), em milho verão, utilizando coberturas de
crotalária e de milheto, marcadas com 15N em plantio direto, permitem inferir que
a contribuição do N das culturas de cobertura para o milho cultivado na seqüência
variou de 60 a 90 kg/ha de N (Figura 2).
Produção de milho, kg/ha
9000
8000
7000
6000
Crotalária
Pousio
Crotalária:
60 a 90
kg/ha N
5000
4000
Milheto
3000
0
50
100
150
200
N aplicado, kg/ha
FIGURA 2. Resposta do milho cultivado em plantio direto à adubação nitrogenada
em função de diferentes culturas de cobertura. Adaptado de Silva
(2005).
Aita et al. (1994) observaram que a recuperação aparente, pelo milho, do N
contido na parte aérea das leguminosas de inverno em plantio direto, variou de
35 a 45%. Entretanto, porcentagens menores foram verificados em outro estudo
utilizando materiais marcados com 15N, onde a recuperação de N da crotalária, pelo
milho, foi de 15,8% no primeiro ano e de apenas 2,6% no segundo ano, sendo que
para o milheto, a recuperação foi menor, com cerca de 10,4% no primeiro ano e
92
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
2,9% no segundo ano (Silva, 2005).
No Brasil, estudos com o uso de fertilizantes marcados como 15N, foram
estimadas as seguintes taxas de recuperação de N pelo milho: a) 40 a 58%(Neptune,
1977); b) 89% (Reichardt et al., 1979); c) 56% (Coelho et al., 1991); d) <30% (para
uréia)(Lara-Cabezas et al., 2000). A recuperação do N é normalmente menor quanto
maior a dose aplicada. Fernandes et al. (1998) observaram, em plantio direto, que
a parte aérea do milho apresentou recuperação aparente de 12 a 52%, para doses
aplicadas de 240 e 60 kg/ha de N. Enquanto, em outro estudo os autores verificaram
em milho irrigado valores de recuperação aparente variando de 34 a 68% com essas
mesmas doses de 240 e 60 kg/ha de N (Coelho et al.,1992).
5. Ciclagem de nutrientes em consócios de milho safrinha e plantas forrageiras
A utilização de culturas na entressafra com o objetivo de cobertura do solo
e ciclagem de nutrientes, visando à diversificação da produção agrícola com
sustentabilidade, é uma estratégia para melhoria da qualidade ambiental e diminuição
dos efeitos nocivos do monocultivo (Boer et al., 2007).
As áreas acima da latitude 22 (Goiás, Mato Grosso e o norte de São Paulo e Mato
Grosso do Sul) possuem menos opções para rotação de culturas com a finalidade
de interromper o cultivo contínuo da sucessão soja e milho safrinha. Entretanto, nos
últimos anos tem-se explorado a expansão das Braquiárias como plantas de cobertura,
sendo importante ressaltar que mesmo abaixo do paralelo 22, as braquiárias também
poderão se constituir em uma importante opção para diversificação de espécies nos
ambientes agrícolas.
O consórcio de milho safrinha e plantas forrageiras, especialmente as do gênero
Brachiaria, tem como objetivo formar palha para cobertura do solo e/ou produzir
forragens para os animais na entressafra. Esse tipo de prática pode ser feita de duas
maneiras de acordo com a distribuição dos capins: à lanço ou na entrelinha. A
distribuição do capim a lanço é praticada principalmente onde se utiliza o espaçamento
reduzido de 50 cm ou similar. As sementes são distribuídas a lanço antes de semear
o milho safrinha e o número de sulcos/linhas da semeadora é maior do que no
espaçamento convencional, logo, o revolvimento do solo, pela semeadora, auxilia
na incorporação das sementes. Quando predomina o espaçamento de 0,80 a 0,90 m,
recomenda-se semear a forrageira na entrelinha do milho safrinha para favorecer a
distribuição uniforme das suas plantas.
É importante enfatizar que para uma espécie ser eficaz na ciclagem de nutrientes,
deve haver sincronia entre o nutriente liberado pelo resíduo da planta de cobertura e
a demanda da cultura de interesse comercial, cultivada em sucessão. A quantidade de
nutrientes acumulada depende da espécie utilizada, do estádio fenológico, da produção
de massa seca e do período de plantio (Braz et al., 2004; Boer et al., 2007). Entretanto, há
93
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
carência de informações sobre o processo de mineralização de nutrientes da biomassa
de espécies cultivadas que antecedem a cultura comercial, durante um período mais
prolongado, no sistema de plantio direto, adaptadas às condições edafoclimáticas do
Cerrado (Boer et al., 2007).
Nesse sentido alguns estudos têm sido realizados com a introdução de plantas
forrageiras do gênero Brachiaria e Panicum com o intuito de melhorar a cobertura do
solo e a ciclagem de nutrientes em sistema de plantio direto com cultivos sucessivos
de soja- milho safrinha ao longo de vários anos. Nesse sistema, do consórcio, a
semeadura do milho safrinha pode ser realizada com a mesma semeadora da soja,
ajustando-a para semeadura de uma linha de milho e outra linha das plantas forrageiras.
Observações desses sistemas têm demonstrado que quando as plantas forrageiras são
distribuídas na entrelinha do milho safrinha, sua distribuição é mais uniforme do que
quando o capim é distribuído à lanço.
Entre algumas espécies de Panicum e Brachiaria, verificou-se que o capimTanzânia (Panicum maximum cv. Tanzânia) apresentou a maior produção de massa
em relação às Braquiárias (Brachiara decumbens cv. Basilisck, Brachiaria brizantha
cv. Marandu, Brachiaria ruziziensis cv. Comum, e Brachiaria brizantha cv. Marandu)
(Figura 3). Essas plantas de cobertura em consórcio com milho safrinha apresentam
desenvolvimento inicial lento, devido às condições de pouca disponibilidade de água
no solo e temperaturas relativamente baixas, que desfavorecem seu crescimento por
serem originadas em clima quente. O acúmulo de massa seca aumenta após a colheita
do milho safrinha, e por ocasião de sua dessecação, antes do plantio da soja, pode
atingir até o dobro do que foi acumulado na época de florescimento e maturidade
fisiológica do milho.
Produção massa seca capim (kg ha-1)
2500
2000
Tanzânia
Decumbens
1500
Marandu
Marandu à
lanço
1000
500
0
Florescimento Maturidade
Dessecação
do milho
fisiológica do
milho
Época da amostragem

FIGURA 3. Produção de massa seca de capins em função dos estádios fenológicos
da cultura do milho e da dessecação do capim (Média de 5 ensaios
no Médio Paranapanema, SP, 2008)
94
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
De modo geral, observa-se um desequilíbrio na ciclagem de nutrientes nos
sistemas de produção agrícola. Isso ocorre devido ao processo de mineralização,
extração pelas plantas e perdas por erosão que são maiores do que as entradas de
nutrientes oriundos da decomposição da matéria orgânica do solo e dos processos
biogeoquímicos, principalmente pela alteração dos minerais primários (Cerri et al.,
2009).
Ao se estudar o acúmulo de nutrientes em consórcio de milho safrinha e plantas
forrageiras com o intuito de produzir palha para o sistema de plantio direto bem
como a liberação de nutrientes para a cultura posterior, observou-se que os capins
apresentavam maior concentração e acúmulo por área de potássio, seguido de
nitrogênio. Para todas as plantas forrageira estudadas as acumulações de Ca e Mg
foram menores do que as de nitrogênio e potássio, porém maiores do que as de
fósforo e de enxofre (Figuras 4 e 5). As baixas concentrações de fósforo na massa
seca (média 1,5 g kg-1) também foram constatadas por Skerman & Riveros (1990),
em 586 amostras de gramíneas forrageiras tropicais, com valores variando de 0,2 a
5,8 g kg-1.
As diferenças entre os capins foram pouco acentuadas, destacando o capimTanzânia com maior variação nas concentrações de nitrogênio e de potássio no
tecido vegetal, que diminuíram por ocasião da dessecação dos capins em relação ao
estádio de maturidade fisiológica do milho. Ressalta-se que o acúmulo de nutrientes
depende tanto da concentração do nutriente no limbo foliar como da produtividade
de massa seca das plantas forrageira de cobertura (Braz et al., 2004). Assim, o
capim-Tanzânia foi o que apresentou maior acúmulo de nitrogênio na parte aérea e
se destacou quanto ao seu teor no tecido, especialmente no estádio de maturidade do
milho, e produtividade de massa seca por ocasião da dessecação dos capins.
Os resultados de concentração de N presentes na parte aérea do capim-Marandu,
14,6 g.kg-1, foram inferiores aos encontrados por Braz et al. (2004), 20,5 g.kg-1, e
superiores aos encontrados por Magalhães et al. (2002), 11,6 g.kg-1, todos com este
mesmo capim.
Braz et al. (2004) verificaram que para o milheto, em condições de verão, as
maiores acumulações foram de N (348 kg ha-1) e K (314 kg.ha-1) , sendo o P (36
kg ha-1) o nutriente de menor acumulação. Para o capim-Mombaça, as acumulações
máximas de N, P e K atingiram valores de 180 kg ha-1, 16 kg ha-1 e 164 kg ha-1,
respectivamente. Os autores enfatizaram que em alguns casos as quantidades de N
e K são bem maiores que as normalmente incorporadas ao solo pela adubação de
semeadura, mostrando a grande capacidade de aquisição de nutrientes pelas plantas
de cobertura.
No processo de mineralização do tecido foliar das culturas ocorrem perdas de
nutrientes, mas segundo Spain & Salinas (1985), mesmo com essas perdas, estima-se que
95
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
60% a 70% do nitrogênio encontrado na biomassa vegetal é reciclado e novamente
absorvido pelas plantas do cultivo seguinte. Jones & Woodmanse (1979) ressaltaram
que 77% do fósforo das folhas ficam disponíveis para o crescimento das plantas
cultivadas logo após o cultivo de plantas de cobertura. Por outro lado, o potássio
encontra-se predominantemente na forma iônica K+, e uma vez que o nutriente não
participa de componentes funcionais e estruturais da planta, e a decomposição dos
restos vegetais o libera na sua totalidade, pode-se considerar um aproveitamento de
100% do potássio proveniente dos restos culturais, porém, há de se considerar que
o prazo de implantação de culturas em sucessão deve ser minimizado, com vistas à
diminuição de perdas por lixiviação devido a sua rápida liberação. (Marschner, 1995;
Spain & Salinas, 1985 e Boer et al., 2007).
Ruziziensis
Marandu
Braquiária
Tanzânia
30,5
Acúmulo de nutrientes (kg/ha)
25,5
20,5
15,5
10,5
5,5
0,5
N
K
P
Ca
Mg
S
Figura 4. Acúmulo médio de nutrientes nos capins em cinco locais de
consórcio milho safrinha plantas forrageiras na região do Médio
Paranapanema, SP, na maturidade fisiológica do milho safrinha e
dessecação do capim.
96
X Seminário Nacional de Milho Safrinha

Braquiárias maturidade milho
Tanzânia maturidade milho
Braquiárias dessecação
Tanzânia dessecação
Concentração de nutrientes (g kg-1)
35,5
30,5
25,5
20,5
15,5
10,5
5,5
0,5
N
K
P
Ca
Mg
S
Figura 5. Concentração média de nutrientes nos capins em cinco locais de
consórcio milho safrinha plantas forrageiras na região do Médio
Paranapanema, SP.
Os consórcios têm apresentado aspectos favoráveis à cultura da soja. Na região
paulista do Médio Paranapanema, em ano com período prolongado de seca, não
ocorreram problemas de germinação e desenvolvimento posterior das plantas de soja
em áreas de consórcio milho safrinha e plantas forrageiras, verificando-se o contrário
da testemunha sem o consórcio. Com relação à produtividade da soja observaram-se
incrementos na produtividade da soja de até 23%, nas áreas de consórcio em relação
às áreas de milho safrinha solteiro, em decorrência, entre outros fatores, da ciclagem
de nutrientes.
Esperava-se um possível aumento da resposta do milho safrinha ao fertilizante
nitrogenado nas áreas de consórcio, no entanto, no Médio Paranapanema, não se
verificou esta interferência por dois anos subseqüentes.
6. Adubação nitrogenada do milho safrinha
O adubo nitrogenado sólido mais utilizado no Brasil é a uréia, a qual, aplicada
sobre a superfície de solos ácidos ou alcalinos – prática comum nas adubações de
cobertura – está sujeita a perdas de N por volatilização de amônia, que podem atingir
valores superiores a 30% do N aplicado (Terman, 1979).
97
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
Em áreas de plantio direto, com o acúmulo de palha na superfície, as perdas de
N da uréia por volatilização de amônia tendem a ser mais intensas e rápidas devido
à maior atividade da urease nos resíduos vegetais. Uma série de experimentos com
milho, em plantio direto, conduzidos por Lara Cabezas et al. (1997a, 1997b, 2000)
mostraram perdas que variaram de 40 a 78% do N aplicado sobre a superfície
do solo na forma de uréia. A incorporação da uréia ao solo, no entanto, reduz
significativamente ou evita tais perdas.
Recentemente, no Brasil, existe uma tendência de aumento das doses de N na
semeadura do milho, dos 10 a 20 kg/ha empregados há alguns anos, para cerca
de 30 a 40 kg/ha. Isso é conseqüência do aumento da produtividade esperada,
mas, reflete também a maior demanda por N das áreas em plantio direto e o
reconhecimento da importância do fornecimento de N ao milho nos primeiros
estádios de desenvolvimento. Embora, o suprimento de N próximo do florescimento
seja decisivo, o potencial produtivo para essa cultura começa a ser definido no
início do período de crescimento vegetativo quando há um rápido aumento da área
foliar (Hanway, 1971). Desse modo, plantas jovens de milho requerem uma ampla
disponibilidade de N para não haver limitação de crescimento, o que explica os
efeitos positivos da adubação com N na semeadura (Schröder et al., 2000).
Karlen et al. (1987) ressaltaram a importância de quantidades adequadas de
nitrogênio no solo, especialmente durante as primeiras fases do ciclo das plantas
de milho quando a absorção de nutrientes ocorre rapidamente. Deste modo, devese priorizar também a adubação nitrogenada de semeadura do milho safrinha para
assegurar o desenvolvimento vigoroso das plantas nos primeiros estádios.
No caso do milho safrinha após a cultura da soja, esta leguminosa deixa muito
nitrogênio no solo, mas este é mineralizado lentamente e pode não suprir essa
grande demanda do milho.
Adubações nitrogenadas de semeadura com fórmulas NPK concentradas em
nitrogênio, por exemplo, 12-16-16, 13-13-13, 16-16-16, permitem um rápido
desenvolvimento inicial da planta (Duarte, 2004). Como na maioria das regiões
de milho safrinha, a produtividade média é relativamente baixa, próxima de
4 toneladas por hectare, e não existe o problema de perdas do nitrogênio por
lixiviação, a adubação nitrogenada de cobertura deve ser realizada somente quando
houver previsão de boas condições ambientais e produtividades acima desta
média. Quando o milho safrinha é cultivado após o milho verão, a disponibilidade
de nitrogênio para as plantas é menor, requerendo maiores doses e o parcelamento
em cobertura.
Na impossibilidade de se prever, com os conhecimentos atuais, a resposta
ao N por meio da análise do solo a recomendação deste nutriente leva em conta
classes de probabilidade de resposta (Tabela 1).
98
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
Tabela 1. Recomendação de adubação nitrogenada de cobertura para milho
safrinha no Estado de São Paulo, em áreas adubadas com 30 kg/ha
de N na semeadura(1)
Classe de resposta a N (2)
Produtividade esperada
(1)
Média (1)
Baixa (2)
t/ha
------------- kg ha-1 N (2) --------------
2-3
0
0
3-4
20
10
4-6
30
30
Aplicar até o estádio de 8 folhas totalmente desdobradas (cerca de 30 dias após a germinação);
As classes de resposta esperada a nitrogênio têm o seguinte significado: Média resposta esperada =
milho após outra gramínea no verão, ou em solos arenosos; Baixa resposta esperada = milho após soja
ou outra leguminosa no verão.
(2)
Fonte: Cantarella & Duarte (1997)e Duarte et al. (1996)
7. Parcelamento do nitrogênio
Nos casos de pequenas doses de N recomendadas (até 30 kg/ha de N) podese aplicar todo o N na semeadura, dispensando a operação de cobertura. Estudos
realizados no estado de São Paulo mostraram que a aplicação da dose de 30 kg/ha
de N na semeadura produziu resultados semelhantes à aplicação de 10 kg/ha de N na
semeadura e o restante da dose em cobertura. Isso se explica pelo fato de haver pouca
chance de perda por lixiviação de nitrato nas condições de cultivo da safrinha, devido
ao menor volume de chuvas no período (Cantarella, 1995). Staut (2007) também
relatou que, em solo de alta fertilidade, após a cultura da soja, no estado do Mato
Grosso do Sul, não houve diferença entre a aplicação total na semeadura e a parcelada
para as doses 30 e 60 kg/ha.
Devido ao maior risco da ocorrência de seca já no início do ciclo do milho
safrinha, sugere-se flexibilizar o momento da cobertura a partir da emergência até,
no máximo, o estádio de 6 a 8 folhas, aproveitando quando houver boas condições de
umidade no solo. Estudos recentes confirmam que para potencial produtivo de grãos
abaixo de 3 t ha-1 pode-se continuar adubando o milho safrinha com doses até 35 kg
ha-1 de N exclusivamente na semeadura (Cantarella & Duarte, 2005).
Questiona-se se nas lavouras de alto potencial produtivo, onde são recomendadas
doses mais elevadas de nitrogênio, seria apropriado aplicar toda adubação nitrogenada
na semeadura, para evitar as incertezas sobre a umidade do solo quando as plantas
99
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
estiverem com 6 a 8 folhas. Porém, existe risco em antecipar demasiadamente essa
cobertura, pela dificuldade em prever possíveis excedentes hídricos no solo. Em
experimento realizado em Latossolo Vermelho eutroférrico textura argilosa, verificouse houve aumento de produtividade apenas quando o N foi aplicado em cobertura
(uréia na superfície do solo), no estádio de 6 a 8 folhas (Figura 3). Neste caso, a menor
eficiência da adubação nitrogenada imediatamente após a semeadura foi atribuída às
perdas por lixiviação e volatilização (Duarte & Cantarella, 2007).
Para cada tonelada de soja exportada, permanecem cerca de 30 kg de nitrogênio
na palha da soja sob a superfície do solo, que corresponde a 90 kg/ha em uma lavoura
de 3.000 kg/ha. Entretanto, esse nitrogênio orgânico precisa ser mineralizado para
ficar disponível para o milho safrinha. Considerando uma extração de 27,5 kg por
tonelada de grãos de milho, são demandados 55 e 110 kg/ha para produzir 2 e 4
toneladas/ha de milho. Acrescenta-se que este nutriente é absorvido em um período
muito curto (60 a 70% antes do florescimento) e que, diante da escassez de chuvas e,
em algumas regiões, das baixas temperaturas, a quantidade de nitrogênio mineral do
solo não é suficiente para atender essa grande demanda das plantas.
A técnica da redução do espaçamento tem apresentado resultados promissores
no milho safrinha principalmente no Mato Grosso, onde são cultivados quase um
milhão e meio de hectares em ambientes com inverno relativamente seco. Em outras
regiões, seu emprego ainda é pouco expressivo e esbarra em dificuldades tais como a
operacionalização da cobertura nitrogenada.
Nessa condição, é mais fácil aplicar o nitrogênio a lanço, de preferência o nitrato
de amônio. Para aplicação na superfície, deve-se levar em conta que a uréia está
sujeita a perdas de N por volatilização de NH3, ao contrário do que ocorre com fontes
contendo N nas formas nítrica e amoniacal, como o nitrato e o sulfato de amônio.
Porém, a oferta de uréia no mercado é maior e o preço do N geralmente menor em
comparação com outras fontes de N. Uma alternativa, para diminuir a volatilização
da uréia, é incorporar a uréia ao solo (5 cm são suficientes). Outra possibilidade é
utilizar a uréia contendo inibidor de urease. Há no mercado uréia com o inibidor
NBPT. Embora, não evite totalmente as perdas de NH3 por volatilização, o inibidor
geralmente as reduz em cerca de 50 a 60% (Cantarella et al., 2005).
A redução do espaçamento possibilita o aumento do número de sulcos de
semeadura na área cultivada, ou seja, a diluição da dose dos fertilizantes em maior
quantidade de sulco de semeadura. Embora, as doses de adubos aplicadas sejam
baixas, isso facilita o aumento da adubação de semeadura sem causar danos pelo
efeito salino nas plântulas.
Em condições marginais de cultivo, muitos agricultores utilizam apenas o
efeito residual do adubo da cultura de verão e não acrescentam nutrientes no milho
safrinha, semeados tardiamente para economizar. Os resultados de pesquisa do IAC/
100
X Seminário Nacional de Milho Safrinha
APTA indicam que nesta situação é vantajoso investir na adubação de semeadura
em detrimento da adubação nitrogenada de cobertura. Em ensaios desenvolvidos na
região paulista do Médio Paranapanema, após a cultura da soja, em um ano seco e
com baixas produtividades de grãos do milho safrinha, a adubação de semeadura com
N, P e K, mesmo em solos com teores considerados médios ou altos de P e K, trouxe
resultados consistentes para o aumento de produtividade (19 a 103%), demonstrando
a importância da aplicação de nutrientes na semeadura (Duarte & Cantarella, 2007).
Nas condições marginais de cultivo a adubação nitrogenada de cobertura pode
aumentar a produtividade do milho safrinha, mas geralmente não proporcionam
retorno econômico.
8. Considerações finais
Na adubação da sucessão soja e milho safrinha deve-se considerar que estas
espécies extraem grandes quantidades de nitrogênio, e que a mineralização do
nitrogênio dos restos culturais da soja não é suficiente para atender a demanda do
milho safrinha. Deve-se adubar o milho safrinha preferencialmente na semeadura e,
em lavouras de potencial produtivo acima de 4 toneladas por hectare, complementar
o nitrogênio em cobertura.
É provável que a demanda de fertilizantes nitrogenados para lavouras de milho
safrinha se eleve devido ao aumento de área e melhoria do nível tecnológico.
O milho safrinha, em comparação ao milho verão, é o que tem maior potencial de
aumento de área e produtividade. Um possível aumento da área do milho, em conjuntura
econômica favorável ao consumo do deste cereal no Brasil e/ou exportação de grãos
para outros países, ampliará as regiões de cultivo da sucessão soja e milho safrinha.
Destaca-se que Mato Grosso é o Estado que tem maior potencial para crescimento
de área; são cultivados mais de 5,7 milhões de hectares de soja e destes apenas 1,5
milhões de hectares com milho safrinha (CONAB, Levantamento de Dados, 2009).
Já, no norte do Paraná e nos Estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, as
culturas anuais poderão perder mais área para a cana-de-açúcar, sendo pouco provável
a expansão do milho safrinha para novas áreas pela falta de ambientes propícios ao
seu desenvolvimento.
Espera-se o aumento da proporção da área semeada na época preferencial, visto
que atualmente pouco mais da metade do milho safrinha é implantada até a data
limite estabelecida no zoneamento agrícola. Com a semeadura antecipada o potencial
produtivo aumenta e o risco de perdas por seca e/ou geadas se reduz, viabilizando
maiores investimentos em fertilizantes e sementes.
A consolidação do consórcio de milho safrinha e plantas forrageiras permitirá,
além de diversificação das espécies cultivadas, a maximização da ciclagem de
nutrientes na sucessão soja e milho safrinha.
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