Edição nº 20 es Editorial Dando continuidade à edição nº 15 e, tal como prometido, vamos continuar a tentar esclarecer algumas das dúvidas mais frequentes em relação à saúde e bem-estar das vossas mascotes. Na primeira consulta ao veterinário verificamos no 2008 com frequência que existem muitas dúvidas acerca de como alimentar correctamente um cachorro no que respeita ao número de refeições e forma de administração das mesmas. Vai de férias com a sua mascote, mas não tem a certeza de tudo o que precisa para o fazer de forma legal e segura. Leia o segundo artigo desta edição e faça Boa Viagem! Leia a nossa Noticia de destaque e tome conhecimento de um novo serviço que o Hospital põe ao seu dispor. Não queremos que nada fique por responder, e para que tal ocorra as próximas edições vão ser a resposta às dúvidas que nos envie por e-mail para [email protected]. Cláudia Rodrigues Quantas vezes por dia devo alimentar o meu cachorro? A comida deve ficar à disposição? Estas são duas das perguntas mais frequentes que surgem na primeira consulta ao veterinário. Geralmente constatamos que, julgando estar a agir correctamente, os donos estão a dar comida menos vezes do que o indicado, mas não menos comida. Pelo contrário, muitas vezes dão mais comida do que a indicada mas em uma única refeição ou então colocam comida uma vez ao dia e deixam ficar o dia todo a taça à disposição do seu cachorro para ele ir comendo quando lhe apetece. Ambas as situações estão incorrectas! “Espero que sigam os nossos conselhos! Não come só uma vez por dia, pois não? Então não faça isso ao seu cão…” Assim como os humanos, os nossos cachorros devem ter regras alimentares e horários para as refeições. Sendo que a comida nunca deve ser deixada à disposição. O número de refeições diárias deve ser entre 3 a 6 até aos 6 meses de idade nas raças miniatura e pequenas e até aos 12 meses de idade nas raças médias, grandes e gigantes. Esta diferença está relacionada com a idade em que termina o crescimento nas diferentes raças. A quantidade diária recomendada pode ser consultada no verso das embalagens de ração e está apresentada em g/dia e deve ser portanto dividida em 3 a 6 refeições. A comida deve ser administrada, a taça deve ficar à disposição do animal cerca de 30 minutos, passados os quais a comida deve ser removida e só deve ser colocada novamente na próxima refeição. Desta forma vamos assegurar que o nosso cachorro regule melhor o trânsito gastrointestinal e cresça de uma forma mais equilibrada e _____________________________________________________________________________ Hospital Veterinário Montenegro R. Pereira Reis, 191 – Porto www.hospvetmontenegro.com Tel: 225 089 989 / 225 089 639 / 966 291 916 1 Edição nº 20 saudável. Geralmente os cachorros defecam na meia hora seguinte à ingestão do alimento, principalmente após a refeição matinal, desta forma é mais fácil e rápido ensinar um cachorro a defecar na rua. O facto de darmos mais refeições vai permitir assegurar uma sensação de saciedade mais duradoura ao longo do no 2008 dia. Isto revela-se muito vantajoso em cachorros de raças muito “famintas” como o Labrador, Beageal, Cocker, entre outras. Quanto maior a sensação de saciedade menos tendência os cachorros têm para cometer indiscrições alimentares ao atacar o lixo, as pedras e paus no jardim ou os próprios brinquedos. O conceito de que um cão só deve comer uma vez por dia está completamente ultrapassado e está provado que tem várias contra-indicações. Se por questões de horário de trabalho não consegue dar mais do que 3 vezes tente, pelo menos assegurar as 3 refeições. Se der de manhã antes de sair para o trabalho ou após o levantar, quando chega a casa e antes de se deitar já consegue fazer 3 refeições o que já é bom. Para quem tem mais disponibilidade pode tentar fazer mais refeições: pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e a antes de deitar, se administrar comida ao seu cachorro sempre que comer, vai conseguir. es seu animal deve estar devidamente identificado pelo microchip e deve viajar devidamente acondicionado – caixa de transporte, cinto de segurança ou na parte de trás de um carro/carrinha com os devidos separadores colocados. Inosat lança Pet Locator para localizar animais A Inosat, empresa portuguesa de localização pessoal e Gestão de Frotas através de GPS, acaba de lançar no mercado o Pet Locator, um dispositivo GPS/GSM de localização de animais. Pet Locator transmite as coordenadas GPS através de comunicações GSM. “O Pet Locator permite encontrar o animal de estimação em qualquer parte do mundo. É composto por um dispositivo de localização que é facilmente colocado junto do pescoço do animal”, refere a Inosat em comunicado. Vou de férias com o meu animal para o exterior de Portugal continental, o que preciso de ter em dia? Para viajar com o seu animal de forma legal e segura deve viajar na posse do Passaporte Internacional. Neste devem constar os registos da vacinação anti-rábica, desparasitações internas e externas, em dia, e o atestado de saúde assinado pelo Médico Veterinário que comprove que o seu animal está em perfeito estado de saúde para viajar. Este atestado deve ser efectuado na semana da viajem. O _____________________________________________________________________________ Hospital Veterinário Montenegro R. Pereira Reis, 191 – Porto www.hospvetmontenegro.com Tel: 225 089 989 / 225 089 639 / 966 291 916 2 Edição nº 20 O dispositivo é resistente à água e aos choques, estando também equipado com um painel solar que permite uma maior duração da bateria. O dispositivo pode também ser carregado por indução. Segundo a Inosat, dispõe de autonomia para 15 dias e é resistente à água e ao choque. no 2008 As principais funcionalidades do Pet Locator são a localização em tempo real, envio de SMS sempre que o animal sai de uma das 3 zonas de segurança pré-definidas e a possibilidade de gravar o percurso efectuado. O Pet Locator permite ainda a gravação de percursos efetuados pelos animais de estimação. A solução custa 399 euros. Além do segmento residencial português, a Inosat já começou a explorar conceito junto de unidades agropecuárias da Suécia e de Espanha. es Notícia de Destaque Hemodialíse Com o intuito de progressivamente melhorar os serviços por nós dispensados e, simultaneamente, com a ambição de abraçar um novo projecto, vimos por este meio dar-lhes conhecimento da existência de um novo equipamento de hemodiálise no nosso Hospital. Ao contrário da diálise peritoneal, também por nós realizada e na qual o revestimento peritoneal é utilizado como superfície de intercâmbio, a hemodiálise é um procedimento extracorpóreo que, através de um cateter venoso central, utiliza a hemofiltração para a eliminação de solutos e líquidos. _____________________________________________________________________________ Hospital Veterinário Montenegro R. Pereira Reis, 191 – Porto www.hospvetmontenegro.com Tel: 225 089 989 / 225 089 639 / 966 291 916 3 Edição nº 20 Actualmente dispomos de uma tecnologia mais recente que, associada a um novo sistema de tratamento de águas, permite-nos abranger com maior segurança e eficácia um grupo mais amplo de animais, incluindo assim qualquer paciente com mais de 5kg de peso vivo e, após criteriosa selecção, também pacientes com patologia renal crónica. Esta nossa proposta será seguramente uma alternativa a no 2008 doentes tão prevalentes como os urémicos, nos quais o tratamento médico frequentemente não alcança a eficácia e os benefícios clínicos desejáveis. Ao longo dos últimos dez anos, a nossa experiência em hemodiálise e pacientes renais agudos tem sido bastante satisfatória, essencialmente ao permitir um maior intervalo de tempo para a regeneração e recuperação das lesões renais. Contudo, pensamos alargar o âmbito deste novo aparelho para pacientes crónicos, nos quais a complexidade do processo e os limites da sua aplicação obrigam a uma avaliação criteriosa prévia de cada animal e seu estadiamento, com uma ponderada selecção de candidatos. es Uma vez reunidas as condições necessárias, propomos a realização de sessões semanais, sempre dependentes de exame físico e apreciação analítica, assim como do consentimento informado dos proprietários. O cateter venoso central será colocado na primeira sessão, sob anestesia geral, podendo permanecer no animal durante um período máximo de três meses, ao fim do qual deverá ser substituído por um novo em posição contralateral. Ressalvamos, contudo, o carácter experimental desta nossa aposta, nomeadamente no que respeita à evolução do tratamento e aos cuidados necessários a ter com a manutenção do cateter e sua durabilidade. Comprometemonos a tudo fazer para ultrapassar quaisquer obstáculos. Não querendo equiparar o uso da hemodiálise em Veterinária à utilização dada em Medicina Humana, é com muito orgulho e dedicação que lançamos esta aposta, convictos de que, em circunstâncias bem definidas, poderá marcar uma diferença substancial na qualidade e na sobrevida de vários pacientes. Esperamos ter conseguido esclarecer as suas dúvidas em relação aos temas abordados e ficamos a aguardar mais questões em: [email protected] _____________________________________________________________________________ Hospital Veterinário Montenegro R. Pereira Reis, 191 – Porto www.hospvetmontenegro.com Tel: 225 089 989 / 225 089 639 / 966 291 916 4