METODOLOGIA DO ENSINO E INOVAÇÃO EDUCATIVA: UMA ANÁLISE DAS AÇÕES DO PIBID QUÍMICA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS-UNEAL OLIVEIRA, Maria José Houly Almeida de1 - UNEAL CUNHA, Maria Jadíane Albuquerque2 - UNEAL SILVA, Yollanda Stella da3 - UNEAL OLIVEIRA, José Eder Abreu de4 - UNEAL SILVA, Andrezza Larissa da5 - UNEAL Grupo de Trabalho – Políticas Públicas, Avaliação e Gestão na Educação Agência Financiadora: UNEAL/CAPES Resumo Este trabalho apresenta como objetivo refletir sobre ações desenvolvidas no subprojeto PIBID/QUÍMICA/UNEAL/CAPES da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) cuja finalidade foi melhorar a qualidade da formação do licenciando do Curso de Química, estimulando para a docência na Educação Básica, através de práticas inovadoras e criativas, novas propostas metodológicas facilitadoras de aprendizagem, bem como contribuir para a melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) das escolas públicas de ensino médio de Arapiraca-AL. Foi proposto um plano de trabalho interativo que favorecesse a descoberta, a contextualização e a interdisciplinaridade como um processo dinâmico de aprendizagem em diferentes áreas de atuação no campo profissional, dentro de situações reais trazidas do cotidiano ou criadas na sala de aula por meio da experimentação. A metodologia seguiu os seguintes passos: inicialmente, os licenciandos fizeram leituras, reflexões e debates nos grupos de estudos sobre temas inerentes à prática de Formação de Professores e 1 Mestre em Educação pela UFAL, Professora do Curso de Química da UNEAL. Coordenadora do Programa Prè-UNEAL MEC/SESu, Coordenadora de Área do PIBID/QUÍMICA/ UNEAL/CAPES e Coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação (GEPE) da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) E-mail: [email protected]. 2 Graduanda do Curso de Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. Bolsista do PIBID/Química/UNEAL/CAPES. Email: [email protected]. 3 Graduanda do Curso de Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. Bolsista do PIBID/Química/UNEAL/CAPES. Email: [email protected]. 4 Graduando do Curso de Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. Bolsista do PIBID/Química/UNEAL/CAPES Email: [email protected]. 5 Graduanda do Curso de Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. Bolsista do PIBID/Química/UNEAL/CAPES Email: [email protected]. 1561 Legislação para o ensino de Química. Após o estudo teórico, foram realizadas as ações: diagnóstico da escola, confecção de jogos didáticos, atividades experimentais com utilização da Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), aulas de reforço, pesquisa em sala de aula, participação em projetos interdisciplinares e atividades pedagógicas no cotidiano da escola com base no Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP). Os resultados apontaram que o PIBID tem envolvido professores e alunos, através de discussões e reflexões sobre os problemas da Instituição e das escolas na busca de soluções para superação da dicotomia teoria-prática, já que objetivamos formar um profissional com conhecimentos tanto no campo da química quanto no campo da educação, isto é, formar um educador químico. Palavras-chave: Ensino de química. Novas metodologias. Contextualização. Introdução Nas últimas décadas, a formação de professores é um tema que vem sendo bastante discutido com intuito de buscar melhorias na estruturação dos cursos. No município de Arapiraca, a carência de professores de Química, bem como a qualidade na formação de professores tem se apresentado como um grave problema. Dentre os problemas nos Cursos de Formação de professores destacamos a falta de articulação entre a teoria e a prática, a inserção da Tecnologia da Informação, novas metodologias, entre outros. O Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE tem como um dos principais objetivos a formação dos professores. Dentre os programas destaca-se o PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. O Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) foi criado em 2007, com a finalidade de valorizar o magistério e elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de Licenciatura, bem como inserir os futuros professores no cotidiano das escolas da rede pública de educação. O PIBID da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), aprovado no edital Nº 011/2012 foi dividido em 12 subprojetos, sendo 7 deles locados em Arapiraca (Geografia, História, Inglês, Português, Matemática Pedagogia e Química), 2 na cidade de Santana do Ipanema (Biologia e Pedagogia), 2 em Palmeira dos Índios (Biologia, Português) e um em São Miguel dos Campos (Português). O subprojeto de Química da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) Campus I Arapiraca-AL conta com a participação efetiva de10 bolsistas e 2 professores que atuam como supervisores distribuídos equitativamente nas Escolas Prof. José Quintella Cavalcanti e Escola Senador Rui Palmeira (um supervisor e cinco bolsistas em cada escola). 1562 Este artigo apresenta como objetivo refletir sobre ações desenvolvidas no subprojeto PIBID/QUÍMICA/UNEAL/CAPES cuja finalidade é melhorar a qualidade da formação do licenciando do Curso de Química, estimulando para o exercício da docência na Educação Básica, através de práticas inovadoras e criativas, novas propostas metodológicas facilitadoras de aprendizagem, bem como contribuir para melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) das escolas públicas de ensino médio de Arapiraca-AL. As ações desenvolvidas proporcionaram ao licenciando momentos de pesquisa educacional, através de observação e participação em sala de aula nas escolas da comunidade, familiarizando-o com a proposta pedagógica desenvolvida nos diversos contextos escolares. Dessa forma, apresentamos a escola como um espaço de pesquisa e produção do conhecimento e reflexão crítica, cujo objetivo é atender as especificidades da formação do professor enquanto sujeito autônomo e criativo, como também preparar para uma práxis transformadora, que privilegie o trabalho coletivo e a prática cotidiana como objeto de reflexão permanente. Nesse sentido, foi proposto um plano de trabalho interativo que favorecesse a descoberta, a contextualização, a interdisciplinaridade como um processo dinâmico de aprendizagem em diferentes áreas de atuação no campo profissional, dentro de situações reais de forma que o aluno pudesse conhecer, compreender e aplicar, na realidade escolar, a articulação entre a teoria e prática. De acordo com o Art. 2° Inciso VI da Resolução CNE/CP Nº 1/2002 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores de Educação Básica, em nível superior nas licenciaturas além do disposto deste artigo a organização curricular, deverá oferecer a orientação para “o uso de tecnologias de informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores” inerentes à formação para atividade docente (BRASIL, 2002). De acordo com Moran (1998) educar numa sociedade em mudanças rápidas e profundas nos obriga a reaprender a ensinar e a aprender construir modelos diferentes dos que conhecemos até agora. Ensinar e aprender hoje não se reduz a estar um tempo numa sala de aula. Implica em modificar o que fazemos dentro da sala de aula e organizar ações de pesquisa e de comunicação que permitam os professores e alunos continuar aprendendo em ambientes virtuais, acessando, inclusive, páginas da Internet. 1563 A mídia impressa, a televisão, o vídeo, o rádio, a Internet e a hipermídia são ótimos recursos para mobilizar os alunos em torno de problemáticas, quando se intenta despertar neles o interesse para iniciar estudos temáticos. Esses recursos também permitem o desenvolvimento de projetos que objetivem novos olhares para o ensino de Química de forma contextualizada e interdisciplinar nas escolas. Nessa perspectiva, as disciplinas e os professores passam a organizar seus programas e suas atividades para as licenciaturas a partir de uma perspectiva de formação de professores integrada a uma preocupação temática e a uma atuação nas escolas conveniadas, preferivelmente compartilhada com docentes de diferentes áreas (PDI, 2005). Nesse contexto, este estudo foi desenvolvido e referendado pelas contribuições de pesquisadores e teóricos como FREIRE (1986); FRANCISCO JUNIOR (2011); LIBÂNEO (2003); MORAN (1998); (PIMENTA (2004); documentos oficiais, entre outros. A importância deste trabalho partiu da necessidade expressa em encontros e fóruns com professores dos diferentes cursos da UNEAL de aprofundar uma abordagem metodológica no ensino de Química. A contextualização e a interdisciplinaridade foram tomados como eixos centrais organizadores das dinâmicas interativas de situações reais trazidas do cotidiano ou criadas na sala de aula por meio da experimentação bem como da necessidade de aprofundamento da visão de uma formação humana, social, integral e integradora. Dessa forma, além de contribuirmos para a formação de docentes em nível superior para atuarem na Educação Básica, através da elevação da qualidade da formação inicial dos professores, integrando a UNEAL e as escolas de Educação Básica, oportunizamos ao licenciado o exercício da atividade que irá exercer. Vislumbramos, portanto, um momento formativo quando foram propostas situações em que estudantes e professores, em constante interação, produziram conhecimentos contextualizados entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Priorizamos manter o diálogo entre as disciplinas, o contexto real (vivências dos alunos) os fenômenos naturais e artificiais, as aplicações tecnológicas como também relações com as diferentes tendências pedagógicas, através das relações estabelecidas com os aspectos políticos, econômicos e sociais, já que as ações permitiam a apropriação das dimensões plurais e múltiplas do saber, do ser, do saber-fazer, do conviver, associando valores, atitudes, posturas solidárias e justas com responsabilidade social para todos. Metodologia 1564 Neste estudo, optamos pela pesquisa qualitativa por esta oferecer melhores condições para alcançar os objetivos do estudo em tela. Destacamos que os conhecimentos não se reduzem a um rol de dados isolados, conectados por uma teoria explicativa, já que o sujeitoobservador é parte integrante do processo de conhecimento e interpreta os fenômenos, atribuindo-lhes um significado. Por ter o ambiente natural como fonte direta dos dados, o pesquisador, como instrumento-chave, preocupa-se com a interpretação dos fatos, o que valoriza a natureza dessa pesquisa (CHIZZOTTI, 1991). Por ter o ambiente natural como fonte direta dos dados, o pesquisador, como instrumento-chave, preocupa-se com a interpretação dos fatos, o que valoriza a natureza dessa pesquisa. A questão fundamental encontra expressa em todo o processo, bem como na coleta dos dados, que são analisados indutivamente e dizem respeito essencialmente ao significado das coisas (BOGDAN, 1994). Nesse contexto, a pesquisa pedagógica, é um fenômeno de busca do conhecimento, o que se dá por aproximações contínuas e nunca esgotadas, que visam à resolução de problemas e a busca de verdades temporárias por intermédio do método científico. Desse modo, pensamos a formação do licenciado em Química como proposta que concebe um percurso formativo que alterna os momentos de formação dos estudantes na universidade e no campo (PIMENTA, 2004). Nessa perspectiva, além da “preparação para a docência, por meio do conhecimento de aspectos relevantes da vida escolar e da participação em sala de aula, como lugar fundamental na formação do licenciado” (PDI/UNEAL, 2005) foram realizadas atividades com uso de tecnologia da informação e comunicação (2002, CNE/CP Nº 1), através de orientação da pesquisa e aplicação de projetos didáticos desenvolvidos com vídeo e internet, jogos didáticos, aulas experimentais. Tais resultados serão analisados neste trabalho e em outros artigos. A carga horária do bolsista é de 10 horas semanais na escola conveniada para diagnóstico da escola e dos alunos participantes do subprojeto, que são preenchidas também com o momento de preparação das aulas junto com o professor, da observação em sala de aula, preparação e execução de oficinas, aulas de reforço, pesquisa, além da participação em reuniões com o coordenador e supervisor do subprojeto. Foram beneficiados 500 alunos do ensino médio da rede pública do município de Arapiraca. Nesse contexto, a metodologia aconteceu da seguinte forma: inicialmente, o licenciando fez leituras, reflexões e debates na universidade sob a orientação do coordenador de área sobre os temas inerentes à prática de Formação de Professores e Legislação para o 1565 ensino de Química. Após o estudo teórico, o licenciando foi encaminhado às escolas de ensino médio para observar e auxiliar o professor da sala em todas as atividades escolares, projetos interdisciplinares e em atividades pedagógicas no cotidiano da escola com base no Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP). Para o desenvolvimento deste subprojeto PIBID/QUÍMICA/UNEAL/CAPES foram selecionados 12 bolsistas, sendo dez alunos do curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Campus I, Arapiraca-AL e três professores, sendo dois professores das escolas públicas que atuaram como supervisores e um professor coordenador da UNEAL. A metodologia do Subprojeto PIBID/QUÍMICA/UNEAL buscou seguir conceitos, analisar as relações que o professor estabelece com a sua área de conhecimento, sua compreensão do mundo, seus valores e sua ética profissional, buscou também metodologias significativas de todo fazer pedagógico, fundamentada em três pilares: a análise da prática docente, a relação teoria-prática e o trabalho docente nas escolas, assim como realizar atividades como: participação em eventos6; diagnóstico da escola; confecção de jogos didáticos; aulas experimentais e atividades com o uso da tecnologia da informação e comunicação. Principais atividades desenvolvidas nas escolas Diagnóstico da escola As atividades desenvolvidas nas escolas variaram desde o estudo da estrutura até a organização e gestão da escola, pois o espaço físico escolar não é apenas um espaço simples que abriga os alunos, livros e professores, a escola é mais do que quatro paredes; é espírito de trabalho, produção de aprendizagem, clima, relações sociais de formação de pessoas, deve despertar interesse em aprender; além de ser alegre aprazível e confortável, tem que ser pedagógico, FRANCISCO JÚNIOR (2011). A atividade inicial na escola foi o diagnóstico da escola. De acordo com Libâneo (2003, p. 250): O diagnóstico consiste no levantamento de dados e informações para se ter uma visão de conjunto das necessidades e problemas da escola e facilitar a escolha de 6 Alguns bolsistas do PIBID participaram do III Encontro Nacional das Licenciaturas e II Seminário Nacional do PIBID, realizado no período de 05 a 07 de dezembro de 2012, na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís - MA, onde assistiram palestras, além de apresentar trabalho. 1566 alternativas de solução. O diagnóstico alimenta o Projeto Pedagógico-curricular. Possibilita o conhecimento das características, expectativas e necessidades da escola e da comunidade, que afetam o processo de ensino e aprendizagem. De fato, o diagnóstico apresenta um papel fundamental na definição de diretrizes e metas para a organização pedagógica e administrativa da escola. Ainda segundo Libâneo (2003, p. 251): Os passos para fazer um diagnóstico são os seguintes: 1. Levantamento de dados de acordo com um Roteiro, mediante registro de dados, registro de observações e entrevistas. 2. Descrição dos dados coletados e observados: o que acontece e como acontecem as coisas na escola. 3. Análise e interpretação dos dados: a apreciação qualitativa com base no conhecimento teórico dos elementos constitutivos da organização escolar e nos objetivos esperados da instituição escolar. Neste tópico, verificam-se os problemas existentes, as causas mais prováveis desses problemas e marcam-se as alternativas de solução. 4. Indicações de medidas a serem tomadas: pontos a serem considerados no Projeto pedagógico-curricular para modificar as condições de funcionamento detectadas no Diagnóstico. A Escola Estadual Senador Rui Palmeira está situada na Rua Manoel Nunes Neto, S/N, no bairro Capiatã na cidade de Arapiraca – Alagoas. O corpo discente é basicamente formado por alunos de classe médio-baixa nas modalidades de ensino fundamental e médio. Atualmente atende 44 turmas do ensino fundamental (9° ano) e médio (1°, 2° e 3°), e seis turmas do EJA (Educação de Jovens e Adultos), sendo distribuídas em três turnos, com um total de 2.696 alunos. Cerca de 40% dos alunos são oriundos de municípios circunvizinhos. Os alunos do horário diurno, além de tarefas escolares, ajudam os pais na lavoura e nas tarefas de casa. Essa realidade não favorece que os estudantes participem de projetos científicos. Os do noturno trabalham em tempo integral no comércio, e alguns – em menor número - são microempresários. É perceptível, segundo os docentes, a falta de hábitos de estudos no ambiente familiar, decorrente da pouca escolaridade dos pais e, consequentemente, há pouco ou nenhum incentivo à educação escolar dos filhos, o que acarreta a falta de momentos de leituras e pesquisas, gerando assim uma sociedade com pouco conhecimento secular e aleatória aos principais acontecimentos mundiais e regionais. Com relação à estrutura física, a Escola Senador Rui Palmeira possui 22 salas de aula; 1 sala dos professores e funcionários; 1 sala da direção; 1 sala da secretaria;1 sala da coordenação; 1 sala para reuniões; 2 salas de vídeo; 1 cantina; 1 cozinha; 24 banheiros; 1 biblioteca ampla com um bom funcionamento e um acervo grande no total de 8.400 livros; 1 laboratório de informática amplo e climatizado com 12 computadores de última geração 1567 disponíveis para as aulas de informática, pesquisas, trabalhos entre outros. Há, ainda, 1 laboratório de Ciências com uma estrutura precária, com muitas vidrarias e muitos reagentes, porém em sua maioria vencidos, por falta de profissionais que utilizem aulas experimentais; 1 quadra de esportes com uma estrutura regular, usada frequentemente para as aulas de educação física. A escola, em sua estrutura, atende a portadores de necessidades especiais, com rampas na frente da escola e dois banheiros com acesso para cadeirantes, em seu corpo docente tem 1 profissional capacitado para trabalhar com portadores de necessidades especiais (surdo e mudo). Quanto ao corpo docente, a escola possui em sua formação 59 efetivos, 21 professores contratados, totalizando 80 professores, 15 efetivos na parte administrativa e 22 efetivos na parte do apoio técnico (vigias, limpeza e merendeiras). Os referidos dados foram obtidos na secretaria da escola e no Projeto Pedagógico da Escola. Já a Escola Estadual de Ensino Básico Professor José Quintella Cavalcanti, situada na Rua Ventura Farias, 08 - Eldorado na cidade de Arapiraca atende 2476 alunos distribuídos nos 1º, 2º e 3º anos do ensino médio nos três turnos totalizando 52 turmas. Quanto à estrutura física dispõe de 20 salas de aula; 01 sala de professores; 01 arquivo; 01 sala de diretoria; 01 secretaria; 01 biblioteca; 01 cantina; 01 refeitório; 01 cozinha; 06 banheiros; 01 quadra de esporte; 01 sala de material esportivo; 01 laboratório de ciência; 01 laboratório de informática; 01 auditório; 01 deposito de merenda; 01 depósito de material; 01 sala de coordenação; 03 almoxarifados; 05 circulações internas. A escola possui rampas para portadores de necessidades especiais. A estrutura física e material está em boas condições, a Escola apresenta um espaço bom para o desenvolvimento escolar. É bem organizada estrutural e didaticamente. A biblioteca conta com um acervo de cerca de 3.000 livros para pesquisa e estudo, distribuídos nas áreas de Ciências humanas, Ciências da natureza, matemática e linguagens. O laboratório possui uma ampla estrutura, vidrarias e ótimos equipamentos, mas nem sempre usados pelos professores. De acordo com Francisco Júnior & Oliveira (2011 p. 14): O espaço físico escolar é muito importante os alunos visto que eles passam parte de sua vida presente neste ambiente. Assim, este espaço deve ser organizado para atender as necessidades sociais, cognitivas e motoras do aluno. O ambiente escolar torna-se um meio de convívio social e de lazer, portanto um fator influente no desenvolvimento da capacidade moral do aluno que buscará cada vez mais se integrar com as pessoas a sua volta. 1568 De fato, estudar em um local agradável pode contribuir positivamente no processo de aprendizagem e, ao mesmo tempo, tornar-se estimulante, ao passo que estudar em um local onde as estruturas são precárias, onde se tem péssimas condições estruturais, pode desestimular ou até contribuir para um possível afastamento da escola (FRANCISCO JÙNIOR, 2011). Pode-se afirmar que a estrutura física de ambas as escolas proporcionam aos alunos padrões de qualidade que atendem suas necessidades sociais, cognitivas e motoras, cumprindo bem seu papel na aprendizagem, bem como permitindo aos funcionários dessas escolas o exercício de suas atividades de forma satisfatória. Confecção de jogos didáticos O ensino de química da forma que é dada, isto é, de maneira tradicional e excessivamente conteudista, é pouco útil à formação do cidadão e dificulta também a aprendizagem da disciplina. Como proposta para solucionar esse problema, os educadores sugerem o uso de novas metodologias como meio para induzir o interesse, facilitar a assimilação dos conteúdos e resgatar a atenção dos alunos (CHASSOT, 1995). Partindo da fundamentação teórica em livros e artigos científicos que aborda a importância o uso de novos recursos metodológicos e o jogo educativo como uma das ferramentas inovadoras no Ensino de Química, os bolsistas do PIBID criaram dois jogos didáticos, um denominado QuiTabela Periódica, uma vez que os alunos revelaram dificuldades referentes aos conteúdos que têm o uso da tabela como pré-requisito. Esse jogo originou-se do jogo de cartas existentes no comércio chamado Super Trunfo. O outro jogo didático foi intitulado por Quimimonta, que aborda o conteúdo de Hidrocarbonetos. A confecção desse recurso didático levou em consideração que este conteúdo – fundamental para a conclusão do curso - é visto como difícil e complicado pelos alunos do 3º ano, Os jogos foram realizados nas turmas de 1º e 3º ano do ensino médio do turno matutino nas Escolas Prof. José Quintella Cavalcanti e Senador Rui Palmeira, abordando no jogo QuiTabela Periódica, os conceitos de Tabela Periódica, propriedades periódicas dos elementos, tais como, raio atômico, ponto de fusão, ponto de ebulição, eletro negatividade, e os elementos químicos, seus símbolos, número atômico, massa e localização na Tabela, incluindo distribuição eletrônica. Já no jogo Quimimonta, os conceitos usados foram: Hidrocarbonetos saturados, insaturados, alifáticos, cíclicos, aromáticos entre outros. 1569 Os jogos tiveram como objetivo proporcionar a aprendizagem, fixar o assunto, promover o estímulo e a motivação nos alunos, de forma que eles passassem a participar mais ativamente das aulas de química, além de propiciar uma maior interação entre professor-aluno e aluno-aluno. Os jogos propiciam ao aluno uma maior interação com os demais colegas e com o professor, além de possibilitarem um maior aprendizado de conceitos (VYGOTSKY, 1989). Diante do exposto, os jogos educativos devem ser materializados no ensino, uma vez que a aprendizagem precisa acompanhar as mudanças sociológicas que assolam o mundo, pois é no mundo que os alunos estão inseridos. O ensino deve se aproximar ao máximo da realidade que vive os alunos, isso implica na necessidade da presença de novas metodologias, pois elas trazem um jeito novo de ensinar e,através de práticas significativas, os alunos percorrem caminhos antes nunca percorridos em uma sala de aula. Por isso, ressaltamos que o jogo didático é um suporte de motivação para alunos e professores, mas não substituem outros métodos de ensino, por isso é fundamental que os professores estejam atentos aos objetivos propostos pela utilização do jogo. O professor ao assumir uma proposta de trabalho com jogos deverá estudá-la como uma opção apoiada em uma reflexão com pressupostos metodológicos, prevista em seu plano de ensino (GRANDO, 2000). Os resultados apontaram que a utilização de jogos é uma importante estratégia para o ensino e aprendizagem dos conceitos por parte dos alunos, conforme Campos (2002), os aspectos lúdico e cognitivo presentes no jogo são importantes estratégias para o ensino e a aprendizagem de conceitos abstratos e complexos, que favorecem a motivação interna, o raciocínio, a argumentação, a interação entre os alunos e com o professor. Dessa forma, o jogo desenvolve além da cognição, outras habilidades, como a construção de representações mentais, a afetividade e a área social (relação entre os alunos e a percepção de regras). Tanto o jogo QuiTabela Periódica quanto o jogo Quimimonta contribuíram no processo de aprendizagem, já que as atividades foram executadas de forma descontraída em um ambiente alegre e favorável à aprendizagem. Os jogos mostraram-se uma boa alternativa, visto que os alunos cobraram os jogos em outras aulas e em outros conteúdos, e ainda interagiram de forma descontraída e participativa. É notório que o ensino carece da implantação dessa e de outras metodologias que favoreçam a educação, de modo que traga 1570 benefícios significativos para a construção de saberes, qualificando amplamente a visão do aluno pelas aulas de Química. Atividades experimentais As atividades práticas surgem para dinamizar as aulas teóricas, reativar os laboratórios existentes e utilizar o livro didático da melhor maneira possível, da mesma forma propõe uma interação entre a escola e o cotidiano dos alunos, pois a Química não está apenas nos livros, nas indústrias e nos medicamentos, a Química está em todos os lugares quer tenham vida quer não. É evidenciada a importância da introdução das atividades práticas no ensino de Química, pois a experimentação desperta interesse no aluno, independente do seu nível escolar, além de aumentar a capacidade de aprendizagem, porque envolve o estudante tornando os temas menos abstratos. De fato, a experimentação deve proporcionar momentos de reelaboração dos conhecimentos, bem como possibilitar o contato do aluno com fenômenos químicos. Nesse sentido, os laboratórios de Ciências das instituições apresentam condições físicas favoráveis para a realização de aulas práticas, porém são desprovidos no momento de materiais de qualidade; há também vidrarias entre outros instrumentos que são de uso das demais disciplinas. Nesse contexto, através do PIBID foi elaborado um projeto didático para revitalizar os laboratórios de ciências e Química das escolas Senador Rui Palmeira e Prof. José Quintella Cavalcanti. Dentre as várias atividades experimentais utilizadas como ferramentas para a fixação do conhecimento químico realizadas em ambas as escolas destacam-se duas aulas, a saber: A primeira delas refere-se ao conteúdo de ácidos e bases, e consiste na utilização de um indicador, comum em laboratórios, para testar o caráter ácido ou básico de substâncias rotineiras dos alunos, e a segunda consiste na verificação da condução de corrente elétrica em soluções aquosas que podem ser encontradas no cotidiano dos alunos. Realizada na Escola Estadual Prof. José Quintella Cavalcanti, a referida aula experimental consistiu em inserir os alunos no Laboratório de Ciências da escola, onde os alunos do PIBID juntamente com o professor supervisor realizaram os testes de condutividade elétrica para todos os alunos, ao mesmo tempo em que explicava os conceitos inerentes a este conteúdo, tiravam dúvidas e ainda questionaram os alunos sobre qual solução iria ou não conduzir eletricidade. Desse modo, ia-se construindo nos alunos, uma consciência crítica e 1571 construção em conjunto de conhecimento científico. Quanto às soluções usadas, como por exemplo, suco de limão, solução de álcool, solução de açúcar, solução de sal entre outras substâncias, eram predominantemente de uso cotidiano. A utilização da internet como fonte de pesquisa em um processo avaliativo Estamos vivendo em uma sociedade em constante mudança, com a da globalização da economia e da virtualidade produzindo cada vez mais a exclusão. Essas mudanças impõem repensar a educação brasileira, pois as influências dessas tecnologias se fazem presentes no dia a dia das escolas. A iserção das tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), na qual se inclui a internet como uma delas, embora existam outras como vídeos, softwares educacionais, e slides, bem como a utilização dos laboratórios de informática nas escolas. Essa inserção é entendida como fator importante para a apredizagem dos alunos dentro dos parâmetros educacionais. Neste sentido, esta atividade foi desenvolvida com a utilização do laboratório de informática da Escola Estadual Professor José Quintella Cavalcante situado na cidade de Arapiraca-AL com seus computadores ligados à internet. Naquele momento, utilizada como um instrumento essencial à aplicação de um projeto didático fundamentado na utilização da internet como fonte de pesquisa em uma avaliação final de reposição de notas na disciplina de Química feita com uma turma do 1º ano do ensino médio. Na metodologia utilizada enfatizamos que em todos os momentos a professora supervisora estava presente e contando com ajuda dos bolsistas PIBID/UNEAL. O conteúdo abordado nessa avaliação foi “Ligações Químicas” sendo que a aula sobre o referido conteúdo já tinha sido ministrada pela professora. Essa atividade revelou a passividade dos alunos quanto à organização dos conhecimentos ao realizar suas pesquisas. Enfatizamos a falta de um melhor preparo dos alunos e a ausência de iniciação científica no ensino básico como promotora de criatividade e de abertura de novos caminhos na busca do saber e como formadora de consciência perante os fatos. MARTINS (2001). Grupos de estudos Além destas atividades desenvolvidas nas escolas foram realizados grupos de estudos na universidade juntamente com o coordenador de área e alunos bolsistas do PIBID. Eles se 1572 reuniam quinzenalmente para leitura e produção de textos de vários temas inerentes à prática de Formação de Professores, Legislação e documentos oficiais para o ensino de Química, e mensalmente, o s resultados eram socializados nos estudos através de seminários e entrega de um texto sobre o tema discutido. Durante os Grupos de Estudos foi possível notar que a aprendizagem deve estar intimamente ligada à realidade e ao cotidiano escolar de modo que o aluno possa relacionar seu conhecimento teórico de química com as práticas diárias. Análise dos principais resultados De acordo com a avaliação dos alunos bolsistas e supervisores das escolas, após a efetivação das ações do subprojeto a utilização de confecção de jogos didáticos, atividades experimentais, o uso do computador e internet, reuniões de grupos de estudos todas essas ferramentas como um recurso didático auxilia o professor nas aulas de química e outras disciplinas, facilita a aprendizagem, tornando as aulas mais inovadoras. Com relação ao PIBID os alunos bolsistas também relatam as contribuições do PIBID através da participação no subprojeto. Vale a pena transcrever alguns depoimentos: Esta oportunidade também propiciou uma grande descoberta, porque eu até então não pretendia atuar como docente, entretanto com a convivência na sala de aula a interação com os alunos, ajudando-os a construir o conhecimento, fez despertar um lado de educador em mim o que é muito importante, afinal o PIBID propicia isso que os estudantes das licenciaturas ingressem nas escolas, porque ele sim tem ideais que se adéquam ao que é necessário hoje nas salas de aula, precisamos de novas metodologias. (Yollandda) O PIBID para mim está sendo ótimo, pois antes dele eu nem pensava em ser professora, futuramente iria me aperfeiçoar para trabalhar em laboratório, depois do PIBID o desejo pelo educar surgiu em mim. Cada dia mais esse desejo aumenta e aumenta ainda mais o desejo de tornar este ensino mais prazeroso e dinâmico. (Rayanne) Com o PIBID pude mudar meu ponto de vista sobre o que é ensinar. Ensinar vai além dos livros didáticos, de escrever em um quadro negro, de utilizar a velha maneira de dar aula; ensinar é um aprendizado constante. Para mim, ensinar é sempre uma inovação, e é isso, que venho aprendendo a buscar a cada dia nesse trabalho. O PIBID é um desafio diário, onde me sinto imensamente orgulhosa de poder fazer parte. (Daniela) O PIBID tem contribuído bastante na minha formação profissional. Antes de participar do programa não tinha uma opinião totalmente formada da educação e de como é ser professor. O PIBID me proporcionou ter esses conhecimentos, atuando nas salas de aula, pude conhecer a realidade escolar, bem como o perfil do alunado, o ensino de Química, as metodologias usadas pelo professor, as dificuldades existentes no ensino da disciplina, as políticas públicas da educação. (Franciely) 1573 O programa institucional de iniciação á docência (PIBID) vem contribuindo com novas metodologias de ensino, deixando aquela velha rotina de quadro negro e giz. Mais buscando inovar nas aulas. Como bolsista do PIBID em Química, buscamos a associa o assunto dado em sala de aula, ao nosso dia-a-dia e aplicando na prática o que foi estudado. (Eder) A presença do Projeto na Escola PIBID possibilitou o desenvolvimento de algumas práticas inovadoras, como por exemplo: utilização de jogos didáticos em sala, recursos das TIC e aulas experimentais. Com o auxílio dos alunos bolsistas, as aulas foram desenvolvidas utilizando as práticas citadas e percebeu-se que estas despertam um maior interesse dos alunos e, conseqüentemente, eles ficaram mais participativos, o que muitas vezes não ocorre em aulas teóricas. (Sirlene) Pelo exposto, verificamos que o ponto comum na avaliação dos alunos e professores quanto ao PIBID é a contribuição para sua formação profissional e pessoal, além da identificação com a profissão docente e inovação educativa, mudanças de pontos de vistas sobre o ensino de química e desenvolvimento de práticas inovadoras, pois as inovações levam o aluno a não só unir teoria a prática, mas sim a produção de conhecimento científico, porém, tais aulas devem se relacionar com o dia a dia dos alunos, uma vez que eles poderão assim compreender determinados fenômenos que ocorrem no seu cotidiano e que até então eram explicados pelo senso comum. Desta forma, os resultados da avaliação não diferem dos estudos já realizados por Francisco Junior (2011, p. 19-20): É notória a preocupação dos acadêmicos de química em colaborar com os alunos neste processo de aprendizagem, com isso há uma troca de experiências entre os alunos e bolsistas do PIBID que aprendem enquanto buscam ensinar. Neste processo de ensino e aprendizagem, os bolsistas do PIBID tiveram a oportunidade de estudar e com outro enfoque os conceitos químicos vistos durante o curso, além de se preparem para as dificuldades enfrentadas na sala de aula. Ainda Francisco Junior (2011, p. 20): “Aprender a ensinar e ensinar enquanto se aprende é um dos grandes desafios que norteiam a prática docente. Projetos que tenham como objetivos melhorar o quadro educacional atual, certamente trazem contribuições favoráveis na aquisição de conhecimentos teóricos e práticos aos acadêmicos envolvidos no mesmo”. A interação universidade, escola, alunos no período inicial é de fundamental importância na superação de problemas que envolvem a prática docente dos profissionais da área de Química, Francisco Junior (2011). Considerações Finais O trabalho apresentou que o ensino de Química tem um papel social fundamental na educação, tendo em vista as mudanças presentes na sociedade no mundo atual. Podemos depreender que o PIBID levou para a escola e para os professores de química a oportunidade de tornar possível a abertura dos laboratórios de Química e Ciências das Escolas; realização das aulas práticas experimentais; levantamento das dificuldades dos alunos e aulas de reforço, 1574 aplicação de projetos sobre as TICs na educação e jogos didáticos no ensino de química, participação dos em eventos do PIBID, os quais contribuíram de forma significativa para desenvolvimento profissional dos professores coordenadores de área, bem como para o desempenho acadêmico dos alunos bolsistas, supervisores e alunos das escolas públicas. As ações executadas oportunizaram ao grupo a promoção do diálogo da educação superior com a educação básica, proporcionando a integração entre os professores e alunos, prestando uma grande contribuição para melhoria da qualidade da formação dos licenciados, como também prestando uma grande contribuição para melhoria do Índice de desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) das escolas públicas. O PIBID tem envolvido professores e alunos, que discutem, refletem sobre os problemas da Instituição e das escolas na busca de soluções para superação dicotomia teoriaprática, pois acredita-se formar um profissional que possui conhecimentos tanto no campo da química quanto no campo da educação, isto é, formar um educador químico. Os resultados do projeto PIBID também apontaram que a metodologia de ensino química requer modificação no perfil tradicional da ação docente confirmando os trabalhos já existentes de SANTOS (2011) que muitas práticas culturais que foram boas no passado e em outros contextos sociais já não são mais aceitas por nenhum dos segmentos que compõem a escola real. Muitos problemas novos que advêm do meio social estão muito evidentes nas escolas e se espalham nas salas de aula, tais como a violência, desrespeito de toda ordem, desconhecimento ou descumprimento de regras básicas de convivência social, não reconhecimento da autoridade dos professores e administradores escolares, entre muitos outros. Diante desse fato, os professores estão inseguros do seu próprio conhecimento, tanto no que diz respeito ao ser professor quanto ao conteúdo que precisam ensinar. Depreende-se que será uma nova prática social que vai poder produzir a necessidade cultural de envolvimento sério dos adolescentes e jovens em sua formação e na aquisição do conhecimento que se propõe seja constituído. a participação dos professores, tanto na busca do entendimento dos limites atuais para um trabalho pedagógico tranqüilo quanto na produção de novas práticas pedagógicas. Nesse contexto, Piaget (1977) ressalta que o professor deve propiciar ao aluno a descoberta e a elaboração dos saberes através da participação ativa, exercendo o papel de mediador entre o conhecimento e o aluno, de modo que favoreça a construção de sua aprendizagem em integração com o mundo. Observa-se, portanto, a importância que Paulo Freire (1986) deu a prática do diálogo entre professor e alunos, e 1575 alunos entre si, atribuindo-lhe o objetivo de problematizar a realidade contextualizando-a culturalmente e historicamente. Por fim, o PIBID apresenta pontos de convergência de modo a estabelecer uma base teórica que subsidie o ensino de química na escola. Um ensino que vise à formação de educandos que sejam capazes de atuar de forma consciente e transformadora na sociedade em que vivem. REFERÊNCIAS BOGDAN, R. BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto, 1994. BRASIL, Resolução CNE/CP Nº 2/2002. Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores de Educação Básica, em nível de licenciatura, de graduação plena, 2002. CAMPOS, L. M. L; BORTOLOTO, T. M. e FELÍCIO, A. K. C. (2002). A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Disponível em <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/ap roducaodejogos.pdf> Acesso em: 15 jan. 2008. CHASSOT, A. I. Para quem é útil o ensino? Canoas: Ed. ULBRA, 1995. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991. FRANCISCO JUNIOR, W. E. 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