CIE- CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADO Patrícia Janã Regina de Campos SEIOS DA FACE Sinusite Curitiba 2012 1 INTRODUÇÃO O Objetivo deste trabalho é em aprimorar os conhecimentos sobre sinusite, seus sintomas, exames para seu melhor diagnóstico entre outros. 2 Conceito Radiografia atua no Hospital Onix, com radiologia convencional raios-X convencional equipamento que atende cerca de 100 pessoas por dia em horário de atendimento de 24horas. 3 O que é? A sinusite, por sua vez, é uma doença inflamatória que afeta os seios da face ou seios para-nasais, que são cavidades que existem ao redor do nariz (seios maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais, à direita e à esquerda). A sinusite pode ser provocada por um vírus, pode ser de natureza alérgica, provocada por fatores ambientais (como poluição, mudanças bruscas de temperatura, etc.) ou também causada por infecção, isto é, causada por uma bactéria (ou micróbio). Neste caso é uma infecção propriamente dita. A sinusite pode ocorrer em qualquer um dos quatro grupos de seios: maxilares, etmoidais, frontais ou esfenóides. Localização dos Seios Os seios são cavidades ocas localizadas nos ossos situados em torno do nariz. Os dois seios frontais estão localizados logo acima das sobrancelhas; os dois seios maxilares, nos maxilares; e os dois grupos de seios etmoidais, em ambos os lados da cavidade nasal. Os dois seios esfenoidais (não mostrados na ilustração) localizam-se atrás dos seios etmoidais. 4 Causas A sinusite pode ser aguda (de curta duração) ou crônica (de longa duração). A sinusite aguda pode ser causada por uma variedade de bactérias e ocorre freqüentemente após uma infecção viral das vias respiratórias superiores (p.ex., resfriado comum). Ocasionalmente, a sinusite crônica do seio maxilar é decorrente de uma infecção dentária. Durante um resfriado, a membrana mucosa inflamada da cavidade nasal tende a obstruir as aberturas dos seios. Quando isto ocorre, o ar no interior dos seios é absorvido pela corrente sangüínea e a pressão em seu interior diminui, produzindo uma pressão negativa que é dolorosa, uma condição denominada sinusite por vácuo. Quando o vácuo permanece, ocorre a entrada de líquido no interior do seio, criando um ambiente propício para a proliferação bacteriana. Os leucócitos (glóbulos brancos) e uma maior quantidade de líquido entram nos seios para combater as bactérias e este fluxo aumenta a pressão e causa mais dor. Sintomas da Sinusite Quando a sinusite atinge os seios maxilares podem surgir dores a nível das maxilas, dentes, etc. devido à infecção e inflamação dos seios maxilares. 5 Quando a sinusite atinge os seios frontais e ou etmoidais as dores de cabeça podem ser demasiado fortes e incapacitantes o que requer uma atenção urgente devido ao desconforto que existe. A sinusite, às vezes, pode provocar dor de cabeça, particularmente a sinusite aguda, aquela que se instalou há poucos dias. Há, sim, uma série de outros sintomas, isto é, a pessoa pode sentir várias coisas, como, por exemplo, bloqueio nasal (nariz entupido), febre, espirros, tosse, e especialmente secreção no nariz ou na garganta. Este último é o principal sintoma da sinusite. Causas da Sinusite Muitas das causas da sinusite advém das infecções respiratórias que inflamam as mucosas do nariz e conseqüentemente os seios peri nasais. Alergias, desvios do septo nasal, etc. podem dificultar a drenagem do muco ou provocar reações inflamatórias que produzem muco "em excesso" que leva a uma maior acumulação e por conseqüência inflamação. Recomendações - Como o mais importante é facilitar a eliminação de secreções, evitando a obstrução da drenagem dos seios da face, recomenda-se que, na vigência de gripes, resfriados e alergias, a ingestão de líquidos seja aumentada (pelo menos 2 litros ao dia). Pode-se 6 também gotejar 2 a 3 gotas de solução salina (soro caseiro) nas narinas, várias vezes ao dia. - A eliminação dessas secreções pode ser facilitada também pela inalação vapor de água quente, solução salina. - Evitar locais com ar refrigerado. Esses aparelhos favorecem o ressecamento das mucosas, dificultando a drenagem de secreção, e possibilitam a disseminação de microorganismos. - Caso detecte algum dos sintomas mencionados, procure um médico imediatamente. O tratamento adequado realizado precocemente evita a ocorrência de complicações e a evolução para sinusite crônica. - Medidas de controle da alergia também ajudam a evitar o desenvolvimento de sinusite Classificação da sinusite Há uma classificação para se diferenciar os tipos de sinusite para melhor tratamento. A sinusite é classificada como aguda quando apresenta em média menos de 3 semanas de evolução, subaguda quando o tempo é entre 3 semanas e 3 meses e crônica quando o período é maior que 3 meses. Quadro clínico Sinusite Aguda A principal causa da sinusite aguda é a infecção viral associada ao resfriado comum, sendo chamada de rinossinusite viral. Apenas em poucos casos ocorre infecção secundária por bactérias. A rinossinusite viral que não apresenta complicações resolvese sozinha em um período médio de 7 dias. Da mesma forma, a sinusite bacteriana aguda também cura-se espontaneamente na grande maioria dos casos, em até um mês. Porém, a doença bacteriana está associada a maior incômodo e à ocorrência de complicações, como o desenvolvimento de sinusite crônica. A sinusite aguda começa subitamente e os seus sintomas incluem congestão nasal, secreção nasal com pus, desconforto dentário na arcada superior, redução da sensação do olfato ("cheiros"), dor na face ou sensação de peso que piora quando o rosto é abaixado. Em alguns indivíduos com doença bacteriana, pode ocorrer o 7 desenvolvimento de inchaço e vermelhidão no rosto. Neles, a febre é bastante comum. Outros sintomas são cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda do apetite. Assim, caso esteja presente qualquer um desses sintomas, o médico deverá ser procurado imediatamente. Geralmente, o médico faz o diagnóstico apenas pelo quadro clínico, não sendo necessária à realização de exames. O exame de raios-X pode não mostrar alterações em alguns casos da doença. O melhor exame é a tomografia computadorizada, mas é caro e demorado, apresentando por isso limitações na sua solicitação. O exame será pedido para aquelas pessoas com quadros mais graves e nos quais o médico suspeita que a doença esteja se espalhando para outros locais além dos seios da face. O tratamento da rinossinusite viral é direcionado à melhora dos sintomas, como a congestão nasal, a tosse, a dor de cabeça e o mal-estar. Podem ser usados os antialérgicos associados ou não aos antiinflamatórios e os descongestionantes nasais. Caso após 10 dias os sintomas não tenham desaparecido, indica-se o uso de antibióticos, na suspeita de infecção bacteriana. Sinusite Crônica A sinusite crônica é uma doença bastante comum, que afeta de maneira importante à qualidade de vida do indivíduo portador. É definida como uma inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais que dura pelo menos 12 semanas consecutivas. Os sintomas são basicamente os mesmos da sinusite aguda, embora o cansaço seja mais comum na crônica e a febre e os sintomas de mal-estar sejam mais comuns na aguda. Os sintomas mais comuns de sinusite crônica são a sensação de peso na face, a cefaléia, a congestão nasal e a coriza, com eliminação de secreção nasal para a faringe (sensação de secreção escorrendo na garganta). O diagnóstico é semelhante ao da aguda, porém o uso da tomografia computadorizada é mais indicado. Os exames de laboratório são desnecessários na grande maioria dos casos. Nos casos mais complicados, o paciente deve ser encaminhado a um otorrinolaringologista. A alergia nasal é um importante fator predisponente para a sinusite crônica, sendo que existem alguns exames disponíveis que podem ser usados nos pacientes em que o médico suspeitar de rinossinusite alérgica. 8 O tratamento é feito com o uso de antibióticos, descongestionantes nasais, irrigação nasal (com soro fisiológico, por exemplo) e uso local de esteróides. Em alguns casos, podem ser usados os antialérgicos e os agentes mucolíticos (que ajudam a eliminar as secreções). Caso a obstrução à drenagem da secreção não consiga ser revertida pelo uso desses medicamentos, pode-se indicar a cirurgia. Diagnóstico O diagnóstico é feito pelo médico, através da história clínica e exame físico e se necessário, solicita-se exames como o raios-X, a tomografia computadorizada ou a nasofibroscopia. Tratamento da Sinusite Por vezes a sinusite é apenas um desconforto temporário que passa ao fim de alguns dias sem cuidados de maior. No entanto muitas das vezes há que fazer um tratamento médico para controlar a infecção e permitir a drenagem dos seios peri nasais. com antibióticos, anti-inflamatórios, descongestionantes em alguns casos e medidas gerais importantes como a hidratação oral abundante, a vaporização e a limpeza nasal. 9 Nesta ultima situação pode ser necessário recorrer a antibióticos como forma de controlar a infecção e impedir maiores desconfortos e problemas. Tratamentos não médicos Como vimos acima, a sinusite é uma acumulação de líquidos nos seios peri nasais e inflamação desses seios e desses líquidos. A abordagem para a sinusite consiste em manter os canais de drenagem abertos para que o muco e os líquidos dos seios possam escorrer para as fossas nasais e dessa forma não permaneça nos seios para que o risco de infecção e inflamação seja reduzida ao mínimo. Os ossos da cabeça movem-se e articulam uns com os outros. As tensões do dia a dia, o stress e muitos outros fatores muitas das vezes comprimem os ossos faciais e da cabeça uns contra os outros, bloqueando os canais de drenagem dos seios peri nasais, criando assim as condições para que a sinusite se instale e permaneça. O que há a fazer é libertar as compressões existentes nos ossos faciais e cranianos permitindo dessa forma que a drenagem dos seios se faça normalmente e dessa maneira não se crie o ambiente propício à sinusite. Libertar as influências que afectam os ossos faciais e cranianos e libertar estes ossos é a chave para se manter sempre uma boa drenagem dos seios peri nasais e dessa forma impedir que a sinusite se manifeste ou para que ela desapareça de vez. Esta abordagem é muitas das vezes uma ajuda fundamental em alergias, rinites e outros problemas que existem ao nível do nariz e das vias respiratórias. É desta forma que muitos destes problemas podem ser resolvidos ou melhorados significativamente. Somente o médico poderá esclarecer se os sintomas do paciente correspondem ou não a um quadro de sinusite, sugerindo o melhor tratamento para cada caso 10 Posicionamento radiográfico Raios-x Convencional Rx seios da face As principais incidências radiográficas para exploração das cavidades nasais são quatro: Rotina 1) Waters(Mentonaso): esta posição mostra os seios maxilares. Chassi: 18 x 24 longitudinal; Mento tocando o suporte; em ortostático , posição PA; RC horizontal. Saindo no acântio; Dfofi 1 metro; Suspender respiração durante exposição. 2) Caldwell(Fontonaso):evidencia, com mais nitidez, as cavidades frontais e etmoidais anteriormente. Chassi: 18x24 longitudinal; Ortostático em PA; Encostar o nariz e testa no Buck; RC horizontal saindo no násio; Dfofi 1 metro; Suspender respiração durante exposição. 3) Perfil: Essencial, pois qualquer desvio proporciona imagens confusas. 11 Chassi 18x24 longitudinal; Mostra todas as cavidades em perfil. A posição correta da cabeça é Virar a cabeça em posição lateral e encostar-se ao chassi; Raio de incidência ao nível do MAE; Dfofi 1 metro; Suspender respiração durante exposição. B) Complemento 4) submentovértice:projeta os seios posteriores no sentido longitudinal: esfenóide e etmóide posterior. Chassi: 18x24 longitudinal; Em ortostático Ap; Com a cabeça estendida, repousar o topo da mesma contra o suporte de RI; LIOM paralelamente ao plano de RI; RC horizontal e perpendicular a LIOM, centralizado no ponto médio entre os ângulos da mandíbula. Dfofi 1 metro; Suspender respiração durante a exposição 12 CONCLUSÃO Após a pesquisa pude aprimorar meus conhecimentos sobre as causas da sinusite, seus principais sintomas, causas e um melhor aperfeiçoamento sobre a realização de exames radiográficos. 13 Referencias Bibliográficas - BONTRAGER, k.l. Técnicas e Posicionamentos Radiográficos. 7º Ed, - http//www.google.com.br 14