23 de Junho de 2013 - Paróquia de São Nicolau

Propaganda
Domingo XII do Tempo CoEdição semanal das Paróquias de São Nicolau e Santa Madalena
Evangelho
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem
dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, dizem que és João Baptista; outros, que
és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas
que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem
dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem
fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de
sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser
morto e ressuscitar ao terceiro dia». Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias
e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de
perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha
causa, salvá-la-á». Lc 9, 18-24
Meditação
«No Evangelho do domingo de hoje, o Senhor per-
gunta aos seus Discípulos: "E vós, quem dizeis que
Eu sou?" (Lc 9, 20). A esta interrogação, o Apóstolo
Pedro responde com prontidão: "Tu és o Cristo de
Deus, o Messias de Deus" (cf. ibidem), superando
deste modo todas as opiniões terrenas que consideravam Jesus um dos profetas. Segundo Santo Ambrósio, com esta profissão de fé, Pedro "abraçou ao
mesmo tempo todas as coisas, porque expressou a
natureza e o nome" do Messias (Exp. in Lucam VI,
93, CCL 14, 207). E diante desta profissão de fé,
Jesus renova a Pedro e aos demais discípulos o convite a segui-lo pelo caminho exigente do amor até à
Cruz. Também a nós, que podemos conhecer o Se-
23 JUNHO 2013
nhor mediante a fé na sua Palavra e nos Sacramentos, Jesus dirige a proposta de segui-lo todos os dias
e também a nós recorda que para ser seus discípulos
é necessário apropriar-nos do poder da sua Cruz,
ápice dos nossos bens e coroa da nossa esperança.
São Máximo, o Confessor, observa que "o
sinal distintivo do poder de nosso Senhor Jesus
Cristo é a cruz, que ele carregou nas costas" (Ambiguum 32, pg 91, 1284 c). Com efeito, "a
todos dizia: "Se alguém quiser vir após mim, neguese a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e sigame"" (Lc 9, 23). Tomar a cruz significa comprometer-ser para derrotar o pecado que impede o caminho rumo a Deus, aceitar diariamente a vontade do
Senhor, aumentar a fé sobretudo diante dos problemas, das dificuldades e dos sofrimentos. A santa
carmelita Edith Stein deu-nos este testemunho num
período de perseguição. Assim escrevia do Carmelo
de Colónia, em 1938: "Hoje compreendo... o que
quer dizer ser esposa do Senhor, no sinal da cruz,
embora nunca se possa compreendê-lo completamente, dado que é um mistério... Quanto mais se
obscurece ao nosso redor, tanto mais temos que
abrir o coração à luz que vem do alto" (La scelta di
Dio. Lettere (1917-1942), Roma 1973, págs. 132133). Também na época actual, muitos são os cristãos no mundo que, animados pelo amor a Deus,
tomam todos os dias a cruz, tanto a das provações
quotidianas como a provocada pela barbárie humana, que às vezes exige a coragem do sacrifício extremo. O Senhor conceda que cada um de nós deposite sempre a nossa esperança sólida nele, persuadidos de que, seguindo-o e carregando a nossa cruz,
chegaremos juntamente com Ele à luz da Ressurreição. PAPA BENTO XVI - Angelus, 20 de junho de 2010.
www.paroquiasaonicolau.pt * www.facebook.com/paroquiasaonicolau * [email protected]
Testemunhos da Fé
NASCIMENTO DE S. JOÃO BAPTISTA - 24 Junho
A Igreja celebra o nascimento de João como acontecimento sagrado: não há nenhum, entre os nossos antepassados, cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: isto
tem sem dúvida uma explicação. E se não a damos tão
perfeita como exige a importância desta solenidade, meditemos ao menos nela, mais frutuosa e profundamente.
João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem. O futuro pai de João não acredita que este
possa nascer e é castigado com a mudez; Maria acredita, e
Cristo é concebido pela fé. Eis o assunto, que quisemos
investigar e prometemos tratar. E se não formos capazes
de perscrutar toda a profundeza de tão grande mistério,
por falta de capacidade ou de tempo, melhor vo-lo ensinará Aquele que fala dentro de vós, mesmo estando nós ausentes, Aquele em quem pensais com amor filial, que recebestes no vosso coração e de quem vos tornastes templos.
João apareceu como o ponto de encontro entre os
dois testamentos, o Antigo e o Novo. O próprio Senhor o
testemunha quando diz: A Lei e os Profetas até João Baptista. João representa o Antigo e anuncia o Novo. Porque
representa o Antigo, nasce de pais velhos; porque anuncia
o Novo, é declarado profeta quando está ainda nas entranhas de sua mãe. Na verdade, ainda antes de nascer, exultou de alegria no ventre materno, à chegada de Santa Maria. Já então ficava assinalada a sua missão, ainda antes
de nascer; revelava-se de quem era o precursor, ainda antes de O ver. São realidades divinas que excedem a limitação humana. Por fim, nasce; é-lhe dado o nome e soltase a língua do pai. Reparemos no simbolismo que estes
factos representam.
Zacarias cala-se e perde a fala até ao nascimento de
João, o precursor do Senhor; e então recupera a fala. Que
significa o silêncio de Zacarias senão que antes da pregação de Cristo o sentido das profecias estava, em certo modo, latente, oculto e fechado? Mas tudo se abre e faz claro
com a vinda d’Aquele a quem elas se referiam. O facto de
Zacarias recuperar a fala ao nascer João tem o mesmo
significado que o rasgar-se do véu no templo, ao morrer
Cristo na cruz. Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Solta-se a língua porque nasce
aquele que é a voz. Com efeito, quando João já anunciava
o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? E ele respondeu:
Eu sou a voz de quem clama no deserto. João é a voz;
mas o Senhor, no princípio era a Palavra. João é a voz
passageira; Cristo é, no princípio, a Palavra eterna. Dos
AVISOS
Domingo XII do Tempo Comum, 23 de
Junho

16h, Concerto de Música coral, na
Igreja da Madalena
Segunda-feira, 24 de Junho

21h, Encontro com as pessoas “em
situação de sem abrigo” na igreja
da Conceiçao Velha e distribuiçao de
alimentaçao quente no Largo das
Cebolas.
Quarta-feira 26 de Junho


21h15, Reunião de preparação
para o Crisma, na Biblioteca, com
entrada pela Rua dos Douradores 57
21h30, Reuniao da Comissão Permanente do Conselho Pastoral Paroquial, no Salao Joao Paulo II, com
entrada pela Rua dos Douradores,
57.
Sábado, 29 de Junho




10h30, As Ordenações Sacerdotais,
no Mosteiro dos Jeronimos, serao as
ultimas a serem presididas pelo Senhor Patriarca D. Jose Policarpo.
Agradeçamos o dom de novos
Padres e do Pastor que presidiu a
Igreja de Lisboa, nos ultimos 16
anos.
15h30, Baptismo.
17h, Missa Vespertina e bençao das
alianças no 50º aniversario de matrimonio.
19h, Missa com recepção do Santo
Crisma, presidida pelo Senhor Bispo
D. Joaquim Mendes.
Sermões de Santo Agostinho, Sermão 293, 1-3: PL 38, 1327-1328.
Igreja Paroquial de São Nicolau, Rua da Vitória, 1100 -618 Lisboa
Download