INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS A INCINERAÇÃO É UM PROCESSO DE TRATAMENTO QUE EMPREGA A DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA VIA OXIDAÇÃO À ALTA TEMPERATURA (USUALMENTE > 900ºC), TENDO COMO OBJETIVO DESTRUIR A FRAÇÃO ORGÂNICA DO RESÍDUO, REDUZIR O SEU VOLUME E TORNÁ-LO MENOS TÓXICO OU ATÓXICO. TIPOS DE RESÍDUOS PASSÍVEIS DE SEREM INCINERADOS z z z z z z z RESÍDUOS ORGÂNICOS CONSTITUÍDOS DE C, H E/OU O; RESÍDUOS ORGÂNICOS CONSTITUÍDOS DE C,H E/OU O E Cl< 30%; RESÍDUOS ORGÂNICOS COM PCI> 4700 kcal/kg; RESÍDUOS ORGÂNICOS PERIGOSOS, PERSISTENTES E ALTAMENTE INFLAMÁVEIS ( SOLVENTES, ÓLEOS NÃO PASSÍVEIS DE RECUPERAÇÃO, DEFENCIVOS AGRÍCOLAS HALOGENADOS E PRODUTOS FARMACÊUTICOS); RESÍDUOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS OU COM BAIXO PONTO DE FULGOR; RESÍDUOS ORGÂNICOS APRESENTANDO LIGAÇÕES COM HALOGÊNIO, CHUMBO, MERCÚRIO, CÁDMIO, BÁRIO,NITROGÊNIO, FÓSFORO OU ENXOFRE; RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE. CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO PARA INCINERAÇÃO z z z z z z z z z z CARACTERÍSTICAS DAS MATÉRIAS-PRIMAS EMPREGADAS E EFICÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO; QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS POR PONTO DE GERAÇÃO; ESTADO FÍSICO; PODER CALORÍFICO; VISCOSIDADE (PARA OS LÍQUIDOS); DENSIDADE, VISCOSIDADE E PORCENTAGEM DE SÓLIDOS (PARA AS LAMAS); DENSIDADE (PARA OS GASES); CORROSIVIDADE; COMPOSIÇÃO QUÍMICA (LISTAGEM 4 DA NBR 10 004); COMPOSIÇÃO ELEMENTAR (C, H, O, P, Cl, F, I, Br, N, S, METAIS E CINZAS). INCINERAÇÃO z O PROCESSO DEVE SER VISTO COMO UM CONJUNTO DE CINCO SISTEMAS: ¾ PREPARAÇÃO E ALIMENTAÇÃO DO RESÍDUO; ¾ COMBUSTÃO DO RESÍDUO; ¾ CONTROLE DOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS; ¾ CONTROLE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS; ¾ MANUSEIO, ACONDICIONAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE CINZAS E RESÍDUOS. PREPARAÇÃO E ALIMENTAÇÃO z O ESTADO FÍSICO DO RESÍDUO DETERMINA O MÉTODO ADEQUADO DE ALIMENTAÇÃO. – LÍQUIDOS SÃO MISTURADOS E BOMBEADOS PARA AS CÂMARAS DE COMBUSTÃO ATRAVÉS DE BICOS SPRAYS OU QUEIMADORES ATOMIZADORES. ¾ RESÍDUOS CONTENDO SÓLIDOS EM SUSPENSÃO PODEM PRECISAR SER FILTRADOS PARA EVITAR O ENTUPIMENTO DOS BICOS SPRAYS OU ABERTURAS NO ATOMIZADOR. ¾ RESÍDUOS LÍQUIDOS, SEMPRE QUE POSSÍVEL, SÃO PREPARADOS PARA OBTER UM PODER CALORÍFICO > 8 000 Btu/lb, CASO CONTRÁRIO, PODEM REQUERER COMBUSTÍVEL SUPLEMENTAR. ¾ A MISTURA DE RESÍDUOS PODE SER PREPARADA ANTES DA ALIMENTAÇÃO OU OS RESÍDUOS DIFERENTES PODEM SER INTRODUZIDOS NA CÂMARA DE COMBUSTÃO ATRAVÉS DE SPRAYS SEPARADOS. PREPARAÇÃO E ALIMENTAÇÃO ¾ A MISTURA DE RESÍDUOS É TAMBÉM UTILIZADA PARA CONTROLAR O TEOR DE CLORO NBA ALIMENTAÇÃO, PROMOVENDO UM MELHOR CONTROLE DA COMBUSTÃO E LIMITANDO O POTENCIAL DE FORMAÇÃO DE CLORO LIVRE NOS GASES DE COMBUSTÃO. – LODOS SÃO, USUALMENTE, ALIMENTADOS ATRAVÉS DE BOMBAS DE CAVIDADE PROGRESSIVA E LANÇAS RESFRIADAS COM ÁGUA. – RESÍDUOS SÓLIDOS PODEM SER ALIMENTADOS POR GRAVIDADE, ALIMENTADORES PNEUMÁTICOS, VIBRADORES, ROSCA SEM FIM OU DE CORREIA TRANSPORTADORA. ¾ RESÍDUOS SÓLIDOS PODEM NECESSITAR TER O SEU TAMANHO DIMINUIDO PARA CONTROLE DE TAMANHO DE PARTÍCULA. CÂMARAS DE COMBUSTÃO z O ESTADO FÍSICO DO RESÍDUO E O SEU TEOR DE CINZAS DETERMINAM O TIPO DE CÂMARA DE COMBUSTÃO A SER EMPREGADA. z TIPOS DE INCINERADORES: – – – – – – – INCINERADORES DE FORNOS ROTATIVOS; INCINERADORES DE FORNOS DE INJEÇÃO LÍQUIDA; INCINERADORES DE GRADES MÓVEIS OU FIXAS; INCINERADORES DE LEITO FLUIDIZADO; INCINERADORES DE MÚLTIPLOS ESTÁGIOS; INCINERADORES DE CÂMARAS MULTIPLAS; INCINERADORES DE PLASMA. CO-PROCESSAMENTO OU INCINERAÇÃO EM FORNOS INDUSTRIAIS z z z O RESÍDUO NÃO CONTÉM NENHUM MATERIAL DA LISTAGEM 4 “SUBSTÂNCIAS QUE CONFEREM PERICULOSIDADE AO RESÍDUO” DA NBR 10 004, OU SE CONTÉM, A CONCENTRAÇÃO DESSA SUBSTÂNCIA NÃO PODE SER SIGNIFICATIVA; SE O RESÍDUO É CONSIDERADO PERIGOSO APENAS POR SUA INFLAMABILIDADE E/OU CORROSIVIDADE; O RESÍDUO É CLASSIFICADO COMO PERIGOSO DEVIDO SUA REATIVIDADE, MAS NÃO LIBERA GASES, VAPORES E FUMOS TÓXICOS, OU SE ISSO OCORRER, A QUANTIDADE LIBERADA É INSUFICIENTE PARA CAUSAR DANOS À SAÚDE HUMANA OU AO MEIO AMBIENTE. INCINERAÇÃO EM FORNOS INDUSTRIAIS • AVALIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS PARA A QUEIMA DE RESÍDUOS DEVE INCLUIR: ¾ ANÁLISE DE RISCO QUE CONSIDERE OS VALORES DE DISPERSÃO, RECEPTORES LOCAIS E EFEITOS TOXICOLÓGICOS; ¾ AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA NÃO ALTERAR A QUALIDADE DO AR LOCAL; ¾ REALIZAÇÃO DE ESTUDOS PARA DETECÇÃO DE CONTAMINANTES NOS GASES DA CHAMINÉ. FORNOS INDUSTRIAIS ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ SÃO DISPOSITIVOS FECHADOS QUE SE UTILIZAM DE CHAMA DE COMBUSTÃO CONTROLADA PARA RECUPERAR OU PRODUZIR MATERIAIS OU ENERGIA, COMO UM COMPONENTE INTEGRANTE DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO. EXEMPLOS: FORNOS DE CIMENTO; FORNOS DE CAL; FORNOS DE COQUERIA; ALTO-FORNOS; FORNOS DE FUSÃO E REFINAÇÃO DE MINÉRIOS; FORNOS PARA AGREGADOS; FORNOS DE RECUPERAÇÃO. FORNO DE CIMENTO OU DE CAL ¾ ¾ ¾ ¾ SÃO EQUIPAMENTOS EFICIENTES PARA A DESTRUIÇÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS, POIS TRABALHAM A ALTAS TEMPERATURAS (1 400ºC OU MAIS), O TEMPO DE RESIDÊNCIA DOS GASES É LONGO E O MATERIAL PRODUZIDO É ALCALINO. APLICA-SE A RESÍDUOS QUE POSSAM SER QUEIMADOS COMO COMBUSTÍVEL AUXILIAR OU QUE CONTENHAM MATERIAIS CONSTITUINTES DO PRODUTO. OS RESÍDUOS INCINERÁVEIS MAIS USUAIS SÃO: OS LÍQUIDOS COM ALTO PODER CALORÍFICO E BAIXO TEOR DE ÁGUA (LIMITADO A 1% DO VOLUME TOTAL), DE SÓLIDOS (LIMITADO A 20%) E DE METAIS. O PRODUTO FINAL DEVE TER SUA QUALIDADE GARANTIDA, BEM COMO DE SUAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS. CONTROLE DE EMISSÃO • OS POLUENTES NA INCINERAÇÃO SÃO PROVENIENTES DE: ¾ COMBUSTÃO INCONPLETA - MONÓXIDO DE CARBONO, HIDROCARBONETOS, ALDEÍDOS, AMINAS, ÁCIDOS ORGÂNICOS, MATERIAIS ORGÂNICOS POLICÍCLICOS E PRODUTOS PARCIALMENTE DEGRADADOS; ¾ PRODUTOS DE COMBUSTÃO DOS CONSTITUINTES DO RESÍDUO - CLORETO DE HIDROGÊNIO, CLORO, FLUORETO DE HIDROGÊNIO, DIÓXIDO DE ENXOFRE, TRIÓXIDO DE ENXOFRE, ÓXIDO NÍTRICO E MATERIAL PARTICULADO. TESTE DE QUEIMA ¾ ¾ QUEIMA EXPERIMENTAL, REALIZADA COM O ACOMPANHAMENTO DOS TÉCNICOS DO ORGÃO DE CONTROLE, ANTES DO INCINERADOR ENTRAR EM OPERAÇÃO NORMAL, OU ANTES DE INCINERAR UM RESÍDUO NÃO ESPECIFICADO NA LICENÇA. TEM COMO OBJETIVO AVALIAR O DESEMPENHO DO INCINERADOR, VERIFICAR A EFICIÊNCIA DE DESTRUIÇÃO DO RESÍDUO, BEM COMO O ATENDIMENTO AOS PADRÕES EXIGIDOS PARA CADA PARÂMETRO. TESTE DE QUEIMA • O PLANO DE TESTE DE QUEIMA DEVE CONTER: ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ CARACTERÍSTICA DO RESÍDUO A SER INCINERADO; TAXA DE ALIMENTAÇÃO DO RESÍDUO; PONTOS DE TOMADAS DAS AMOSTRAS; FREQUÊNCIA DE COLETA DAS AMOSTRAS; PARÂMETROS A SEREM ANALISADOS NOS EFLUENTES GASOSOS, EFLUENTES LÍQUIDOS, CINZAS E PÓS; ¾ TEMPO DE AMOSTRAGEM PARA CADA PARÂMETRO; ¾ METODOLOGIA EMPREGADA PARA A COLETA DE AMOSTRAS GASOSAS, BEM COMO DPARA ANÁLISES LABORATORIAIS. • OS PADRÕES DO TESTE DE QUEIMA ESTÃO PROPOSTOS NA NORMA NB 1265 - INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PERIGOSOS - PADRÕES DE DESEMPENHO.