Liberação Miofascial no Tratamento de Nódulos

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Liberação Miofascial no Tratamento de Nódulos Reumatoides
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Leressa de Andrade Lima
e-mail: [email protected]
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em Traumato-ortopedia – Faculdade Ávila
Resumo
O objetivo geral do presente artigo é analisar as características mais relevantes da
liberação miofascial no tratamento de nódulos reumatoides. Para atingir tal finalidade
têm-se os seguintes objetivos específicos: expor definições, conceitos, constructos,
termologias, descrições e entendimentos, dentre outros, sobre Artrite Reumatoide (AR) e
Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM); examinar as principais indicações de tratamento e
ou fisioterapia para a Artrite Reumatoide e para a Síndrome Dolorosa Miofascial;
compreender as técnicas de liberação miofascial no de nódulos reumatoides. O problema
ou lacuna é saber: Quais os principais benefícios da liberação miofascial no tratamento
de nódulos reumatoides? Quanto à metodologia, trata-se de uma revisão de literatura,
através da técnica da pesquisa bibliográfica (documentação indireta), com finalidade
descritiva, explicativa, analítica e reflexiva. Concluiu-se que liberação miofascial é processo
terapêutico cuja finalidade é manter a otimização do corpo, evitando problemas de dor e mobilidade.
Trata-se de uma é uma técnica que opera com mobilizações manuais da fáscia, objetivando
ampliar os movimentos, aliviar a dor e restaura a quantidade e a qualidade natural dos
movimentos. No momento em que a liberação miofascial passa a agir nos pontos-gatilho se
dá início à promoção do relaxamento muscular, alívio da dor, bloqueio ou inibição do ponto
gatilho e restabelecimento da função muscular alterada.
Palavras-chave: Artrite reumatoide; Nódulos reumatoides; Liberação miofascial.
1. Introdução
As doenças reumáticas são responsáveis por modificações funcionais no sistema músculoesquelético, sendo que dentre as manifestações mais importantes tem-se a dor, o inchaço e
a limitação da mobilidade. De acordo com Ruviere et. al. (2012), a artrite reumatoide (AR)
é uma doença que atinge cerca de 1% da população mundial com maior prevalência no
sexo feminino, voltado à reflexão dos principais tratamentos farmacológicos. É uma
doença crônica, autoimune que causa a inflamação das articulações levando à imperfeição
e destruição da mesma podendo comprometer os movimentos físicos tanto na vida
profissional quanto na vida pessoal. O tratamento é muito importante para a qualidade de
vida do paciente utilizados para o alívio de dores e para a prevenção de incapacidades.
A Artrite Reumatoide é uma doença autoimune, com causa desconhecida e sem cura, cujo
tratamento baseia-se apenas em medicamentos capazes de amenizar as dores e inflamações
causadas pela doença. Tem-se recorrido cada vez mais à fisioterapia para o tratamento de
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Pós-graduando em Ortopedia e Traumatologia em Ênfase em Terapia Manual.
Orientadora: Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestrando em Bioética e
Direito em Saúde.
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doenças reumáticas, em especial nos casos de artrite reumatoide, normalmente associada
ao tratamento medicamentoso, o que tem permitido resultados favoráveis (FERREIRA et.
al., 2008).
A Síndrome dolorosa miofascial (SDM) acomete músculos, tecido conectivo e fáscias
principalmente da região cervical, cintura escapular e lombar. A dor e a incapacidade
geradas pelas SDMs podem ser bastante significativas. Várias sinonímias foram utilizadas
para essas condições; mialgia, miosite, miofasceíte, miofibrosite, miogelose, fibrosite,
reumatismo muscular ou de partes moles e tensão muscular (YENG, et. al., 2003).
Medicamentos analgésicos antiinflamatórios são importantes no controle da dor SDM.
Devem ser a primeira atitude terapêutica (YENG, et. al., 2003). Os programas de
fisioterapia promovem os maiores ganhos na diminuição do impacto dos sintomas da SDM
na vida dos pacientes, daí a importância do trabalho multidisciplinar e educativo no qual o
fisioterapeuta, participa informando e instruindo corretamente os pacientes (BATISTA et.
al., 2012).
Os nódulos reumatoides são massas firmes indolores, ovais ou arredondadas que podem
chegar a 2 cm de diâmetro. Na visão microscópica, eles são caracterizados por um foco
central de necrose fibrinoide cercado de uma paliçada de macrófagos que, por sua vez, são
cercados de tecido de granulação (ROBBINS, 2008).
As técnicas de liberação miofascial, como a massagem transversa profunda, a massagem
de zona reflexa, a Shiatsu, a de Rolfing, a de John Barnes e a miofasciaterapia, entre
outras, liberam o músculo e a fáscia e baseiam-se na pressão manual sobre as fáscias
musculares, liberando as restrições faciais. A dor muscular pode ocorrer após o tratamento,
sendo recomendado o uso de gelo, calor ou de corrente elétrica para seu alívio (BATISTA
et. al., 2012).
O objetivo geral do presente artigo é analisar as características mais relevantes da liberação
miofascial no tratamento de nódulos reumatoides. Para atingir tal finalidade têm-se os
seguintes objetivos específicos: expor definições, conceitos, constructos, termologias,
descrições e entendimentos, dentre outros, sobre Artrite Reumatoide (AR) e Síndrome
Dolorosa Miofascial (SDM); examinar as principais indicações de tratamento e ou
fisioterapia para a Artrite Reumatoide e para a Síndrome Dolorosa Miofascial;
compreender as técnicas de liberação miofascial no de nódulos reumatoides.
Sabemos que programas de fisioterapia produzem os maiores e melhores efeitos no
combate aos sintomas da SDM, sem que se possa dispensar o trabalho multidisciplinar,
informativo e instrutivo junto aos pacientes. Medicamentos analgésicos e antiinflamatórios são importantes no controle da dor, devendo constituir-se na primeira
providência terapêutica. Entretanto, já foi dito que os relaxantes musculares de ação
periférica não parecem ter efeito satisfatório.
A hidroterapia frequentemente recomendada para pacientes com artrite, haja vista que
propicia uma série de benefícios, inclusive a diminuição do edema, da dor e da sobrecarga
sobre as articulações já lesionadas (FERREIRA et. al., 2008).
A técnica de liberação miofascial (soltura), por sua vez, é uma das mais recentes
contribuições conquistadas pela medicina manual. Ela agrega muitos princípios da técnica
de tecido mole, da técnica da energia muscular, da técnica indireta e da técnica
craniossacral da força inerente (GREENMAN, 2001).
Sendo assim, o problema escolhido neste artigo é o seguinte: Quais os principais benefícios
da liberação miofascial no tratamento de nódulos reumatoides? A relevância desta presente
temática é diretamente proporcional à demanda crescente da Terceira Idade por dignidade
humana e qualidade de vida.
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2 Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM) ou Myofascial Pain Syndrome (MPS)
De acordo com Lianza (1995), a síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma desordem
regional neuromuscular caracterizada pela presença de locais sensíveis nas bandas
musculares tensas/contraturadas. A SDM pode tornar-se um diagnóstico complexo, haja
vista que segundo a American Medical Association (AMA) Guias, a medicina atual ainda
não se mostra unânime na interpretação desta síndrome, também chamada de “mialgia”
(dor muscular), ou “síndrome de dor regional”.
As causas mais comuns de SDM são: traumatismos, sobrecargas agudas ou
microtraumatismos repetitivos de estruturas musculoesqueléticas. Após lesão aguda, os
Pontos Gatilho (PG) podem ser identificados em alguns indivíduos. A SDM pode também
ter instalação gradual em decorrência de microtraumatismos repetitivos durante a execução
de atividades diárias ou do trabalho, resultando em fadiga ou sobrecarga (YENG et. al.,
2003).
A síndrome dolorosa miofascial é uma das causas mais comuns de dor músculo
esqueléticas, acomete músculo, tecido conectivo e fáscias, podendo ser decorrentes de
acometimento por processos degenerativos, metabólicos, inflamatórios, infecciosos,
neoplásicos, macro ou micro traumatismos de inúmeras estruturas, principalmente nas
regiões cervical, cintura escapular e lombar. Apesar de a SDM ser umas das causas mais
comuns de dor e incapacidade em doentes que apresentam algias dessa natureza, muitos
profissionais da área de saúde não a reconhecem. Sabe-se que a SDM costuma acometer
pacientes na faixa etária entre 31 a 50 anos de idade, e isto sugere que os indivíduos nas
faixas etárias mais ativas são acometidos por esta síndrome (YENG, et. al, 2003).
Segundo Lianza (1995), a SDM tem ocorrência de dor, peso ou dolorimento, às vezes em
pontadas, dor e diminuição da força muscular, limitação da amplitude de movimento (adm)
e, em alguns casos, fadiga muscular, produzindo dor referida em áreas distantes ou
adjacentes. Os fenômenos autonômicos, que podem ser concomitantes com a zona de
referência do ponto-gatilho (PG), incluem: vasoconstrição, sudorese e pilo ereção. Os
distúrbios proprioceptivos que podem estar associados são: desequilíbrio, tontura, zumbido
e distorção do peso dos objetos.
A SDM acomete principalmente músculos, podendo acometer também tecido conectivo e
fáscias, principalmente da região cervical, cintura escapular e região lombar (YENG, et.
al., 2003).
Há evidências de que a SDM seja condição comum, particularmente nos centros de dor, em
ambulatórios de ortopedia e traumatologia, fisiatria, reumatologia e neurologia, e que
frequentemente ocasione dor crônica e incapacidades significantes. Estudos realizados em
centros de dor e em clínicas de diversas especialidades indicam que ocorre SDM em 21% a
93% dos indivíduos com queixas de dor regionalizada (MUSSE, 2001; SAPER, 1999).
A prevalência da SDM na população é difícil de ser determinada, pois os critérios de
diagnóstico são clínicos e dependem do achado de pontos-gatilho e de bandas de tensão,
sendo necessário que o profissional seja treinado para identificá-los. Há também
necessidade da exclusão de afecções associadas ou de doenças de base da síndrome
dolorosa miofascial (MUSSE, 2001).
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (2014), o
diagnóstico é clínico. Tipicamente manifesta-se com dor regional, existência de uma banda
consistente e dolorosa à palpação, rigidez muscular e restrição do movimento. Os músculos
mais envolvidos são o trapézio, o elevador da escápula, o romboide, o supra e o infraespinhoso.
Segundo Yeng et. al. (2003), a história detalhada sobre a condição clínica, especialmente
destacando a ocorrência ou não de sobrecargas músculo-esqueléticas, posturas inadequadas
adotadas durante a execução de tarefas (sono, lazer no lar, e no trabalho e atividades
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esportivas) sobre os antecedentes pessoais e familiares, enfatizando afecções traumáticas,
inflamatórias, metabólicas, oncológicas viscerais, neuropáticas ou músculo-esqueléticas
pregressas e o exame físico geral, fisiátrico e neurológico, centrando a atenção para a
inspeção das atitudes, posturas, conformação e padrão de movimento das estruturas
músculo-esqueléticas e, assimetria dos membros e para a pesquisa por palpação dos Pontos
Gatilho são fundamentais para o diagnóstico das SDMs.
2.1 Artrite reumatoide (AR)
A AR é uma doença autoimune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite
periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do
osso e cartilagem (LAURINDO et. al., 2002). Envolve pequenas articulações das
extremidades, em geral dos dedos, e também articulações maiores como ombros,
cotovelos, joelhos e tornozelos. (ABBAS, 2008).
A AR é uma doença inflamatória sistêmica, crônica e progressiva, que acomete
preferencialmente a membrana sinovial das articulações, podendo levar à destruição óssea
e cartilaginosa (MOTA et. al., 2011).
Em geral, a AR acomete grandes e pequenas articulações em associação com
manifestações sistêmicas como: rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve
outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a
expectativa de vida em cinco a dez anos, segundo o American College of Rheumatology
(ACR) (COSTA; BECK, 2011).
Fonte: Bertolo et. al., (2007)
Figura 01: Mãos acometidas por lesões da artrite reumatoide
A AR pode iniciar com apenas uma ou poucas articulações inchadas, quentes e dolorosas
(artrite ou sinovite), geralmente acompanhada de rigidez para movimentá-las
principalmente pela manhã e que pode durar horas até melhorar (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011). Geralmente coexistem sintomas sistêmicos,
como cansaço, mal-estar e limitação nas atividades diárias. Em alguns casos outros órgãos
e sistemas, além das articulações, podem estar envolvidos, como os olhos (uveíte),
pulmões (pneumonite), glândulas salivares e lacrimais (síndrome de Sjögren) e sistema
nervoso periférico (neuropatias). Geralmente a AR tem um curso crônico com períodos
variáveis de remissão e exacerbação. Cerca de metade dos pacientes com AR apresentam
incapacidade para o trabalho após dez anos de doença (SILVA et. al., 2003).
Além disso, AR pode conduzir a paralisia, espasticidade, fraqueza, desequilíbrio muscular
e dor, tornando difícil ou impossível para o paciente mover suas articulações na amplitude
de movimento completa. Além de causar dor, espasmo muscular, inflamação e fraqueza,
alterando assim a estrutura dos tecidos moles e articulações (HICKS; GERBER, 2002).
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Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade
(LAURINDO et. al., 2002). Acomete cerca de 0,5% a 1% da população mundial adulta,
sendo sua ocorrência observada em todos os grupos étnicos. Há predomínio no sexo
feminino (2 a 3 vezes em relação ao sexo masculino), ocorrendo, sobretudo, em pacientes
entre a quarta e sexta décadas de vida, embora haja registro em todas as faixas etárias
(MOTA, et. al., 2011). Se a doença for diagnosticada antes dos 16 anos de idade, o quadro
clínico é denominado artrite reumatoide juvenil (ARJ).
2.1.1 Diagnóstico
A história deve revisar os eventos de saúde cronologicamente, o uso de medicamentos e os
fatores que interferem com a dor. As queixas subjetivas da ocorrência de lesão ou
disfunção muscular são representadas pela dor, enrijecimento e tensão muscular
principalmente um a dois dias após a execução de atividades físicas. Os doentes com PGs
ativos geralmente queixam-se de dor mal localizada em queimor ou em peso, e muitas
vezes, em pontada num segmento corpóreo e referida a distância. Alguns doentes queixamse de parestesias ou de adormecimento regionais. A dor pode ocorrer quando há
estimulação dos PGs durante a execução de atividades de contração voluntária e que pode
associar-se a alterações do perfil do sono, sensação de fraqueza, fadiga e intolerância aos
exercícios (YENG, et. al., 2003).
De acordo com Cassar (2012), a profundidade da palpação varia de acordo com os tecidos
visados; um toque leve é suficiente para tecidos superficiais, enquanto uma pressão um
pouco maior é aplicada em alguns dos órgãos internos e músculos mais profundos. Se
qualquer anormalidade for detectada pela palpação, é imperativo estabelecer se os desvios
estão na fáscia superficial ou profunda, nos músculos, nos ossos ou em um órgão.
Averiguar a camada de tecido também ajuda na avaliação de prováveis alterações; por
exemplo, nódulo em um músculo, tecido cicatricial na fáscia superficial, espessamento de
uma superfície óssea ou matéria compactada no cólon. O ajuste contínuo da pressão, para
adequá-la ao estado dos tecidos, é essencial para todos os movimentos de massagem.
Exames de ressonância magnética, radiografias, Eletromiograma (EMG), testes de
condução, teste de capacidade funcional pode mostrar um perfil negativo ou positivo do
paciente, mostrando sua auto-limitação temdo-se como base na tolerância à dor subjetiva.
2.2 Nódulos reumatoides, Pontos de Gatilho (PG) miofascial ou Trigger Point (TRP)
As zonas ou Ponto Gatilho, uma das principais características da síndrome SDM, são
consideradas como uma das maiores causas de dor musculoesquelética referida pelos
pacientes (SIMONS, 2002). Esses PGs são definidos como áreas de dolorimento e
endurecimento muscular, o qual gera uma resposta “twitch” (contração muscular
localizada) e dor referida pela pressão local (MENSE, 2003). A definição tradicional e
restrita da síndrome da dor miofascial é a que a dor que surge dos PG nos músculos. Os PG
são áreas pequenas e sensíveis no músculo espontaneamente ou por compressão causam
dor para uma região distante, conhecida como dor referida. São localizados em uma área
dolorosa em uma faixa muscular e podem estar ativos ou latentes. Ponto Gatilho ativos são
dolorosos com ou sem movimento, enquanto os PG latentes só são dolorosos a palpação;
estes não podem ser confundidos com os tender-points vistos na síndrome da FM. Os PG
são dolorosos no local da palpação, mas também podem irradiar dor para outros pontos
(YENG et. al., 2003).
Os nódulos reumatoides em geral se localizam predominantemente nas faces extensoras
das articulações. Sua observação tem importância clínica, tanto no diagnóstico quanto no
estadiamento. Raramente, podem apresentar-se sem a presença de artrite, caracterizando a
nodulose reumatoide. A histologia característica é da presença de necrose fibrinóide
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circundada por células mononucleares em paliçada envolvida por linfócitos e células
plasmáticas (MARTINEZ et. al., 2008).
São nódulos que se compõem de uma área central de tecido necrótico circundada por uma
coroa de fibroblastos, que está envolvida em uma cápsula fibrosa de células inflamatórias.
São as manifestações mais frequentes (20-35% dos pacientes com doença típica).
Apresentam-se de tamanho variado, de milímetros a vários centímetros de diâmetro, são
indolores, elásticos, lisos e muitas vezes móveis ou fixos no periósteo. Localizam-se sobre
superfícies extensoras articulares (em especial, no olecrano), áreas submetidas à pressão e,
mais dificilmente, em vísceras, como olhos, pulmões, cordas vocais, orelhas e coração
(MADEIRA et. al., 2005).
Fonte: Bertolo et. al. (2007)
Figura 02: Nódulo reumatoide e inflamação da
articulação do cotovelo.
Os nódulos reumatoides correspondem à manifestação extra-articular mais comum da
artrite reumatoide (AR), ocorrendo em cerca de 20-25% dos pacientes. Clinicamente,
apresentam-se como nódulos subcutâneos de 2mm a 5cm de tamanho, solitários ou
múltiplos, localizados, principalmente, nas superfícies extensoras dos antebraços, nas
articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais. As lesões, em geral, são
assintomáticas, mas podem complicar-se com infecção e ulceração (DINIZ et. al., 2011).
Os nódulos reumatoides desenvolvem-se em até 25% de todos os pacientes com AR.
Aqueles afetados com nódulos geralmente têm altos títulos de FR. Os nódulos reumatoides
aparecem subcutaneamente como massas firmes, indolores, do tipo granuloma; geralmente
estão localizados sobre as superfícies extensoras das articulações, como dedos das mãos e
cotovelos. Os nódulos na base da coluna e na parte de trás da cabeça são comuns em
idosos. Os nódulos desenvolvem-se de forma silenciosa e podem persistir ou regredir
espontaneamente (LEWIS et. al., 2013).
Apesar dos nódulos reumatoides serem lesões benignas, várias complicações podem
ocorrer, como infecções, ulcerações, fistulização e gangrena da pele sobrejacente. Para os
nódulos não complicados, geralmente não há necessidade de tratamento específico, pois os
mesmos tendem a involuir com o uso de DMARDs para a doença articular.
Paradoxalmente, tem sido descrito um aumento do surgimento de nódulos (principalmente
em mãos) em pacientes em uso de metotrexato, apesar do bom controle das manifestações
articulares. Esta condição, nomeada por Ahmed et al. como nodulose reumatoide
acelerada, também foi recentemente relacionada ao uso do etarnecepte e costuma regredir
com a descontinuação da droga implicada (SAYAH; JOSEPH, 2005).
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Os nódulos reumatoides são firmes e indolores (a menos que traumatizados) e
têm um quadro histológico característico. Supõe-se que sejam desencadeados por
vasculites de pequenos vasos. O tratamento com metotrexato pode desencadear a
exacerbação de uma síndrome nodular, apesar do bom controle das
manifestações articulares da doença (IMBODEN, 2011 p.166).
As manifestações pulmonares da Artrite Reumatoide (AR) incluem derrames pleurais,
nódulos reumatoides e doenças parenquimatosa pulmonar. Os derrames pleurais ocorrem
mais comumente em homens e costumam ser pequenos e assintomáticos. De interesse, o
líquido pleural na AR caracteriza-se por glicose e pH baixos e pode, portanto,
eventualmente ser confundido com um empiema. Os nódulos reumatoides podem ocorrer
no pulmão, especialmente em homens, e em geral são sólidos, mas podem sofrer
calcificação, cavitação e infecção. Pode ser difícil estabelecer a diferença radiológica entre
nódulos reumatoides e câncer de pulmão, em particular quando os nódulos são solitários;
pode ser necessária uma biopsia excisional (IMBODEN, 2011).
2.2.1 Tratamentos da Artrite Reumatoide
Segundo a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (2014), o
tratamento conservador baseia-se em antiinflamatórios não-esteroides, imunossupressores,
agentes antimaláricos, inibidores do fator de necrose tumoral e num programa de
reabilitação individualizado. Em alguns doentes, a cirurgia pode ser uma opção (artrodese,
artroplastia, reconstruções). Pode haver complicações cutâneas, cardíacas e neurológicas.
Os objetivos principais do tratamento do paciente com AR são a prevenção e controle da
lesão articular, da perda de função e diminuição da dor, tentando maximizar a qualidade de
vida desses pacientes. A remissão completa, apesar de ser o objetivo final do tratamento,
raramente é alcançada. O tratamento da AR deve ser considerado um processo dinâmico,
sendo constantemente reavaliado. As decisões quanto ao planejamento terapêutico devem
ser sempre compartilhadas com o paciente e acompanhadas pelos familiares (COSTA;
BECK, 2011).
A hidroterapia é um dos recursos mais antigos da fisioterapia, sendo definida como o uso
externo da água com propósitos terapêuticos. É um recurso muito utilizado no processo de
reabilitação especialmente em pacientes reumáticos, por possuir algumas vantagens devido
às propriedades físicas e efeitos fisiológicos propiciados pelo meio aquático. É
frequentemente recomendada para pacientes com artrite, pois proporciona uma gama de
benefícios incluindo redução de edema, dor e da sobrecarga sobre as articulações já
lesionadas (FERREIRA et. al., 2008).
A proteção articular deve garantir o fortalecimento da musculatura periarticular e adequado
programa de flexibilidade, evitando o excesso de movimento e privilegiando as cargas
moderadas. O condicionamento físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios
resistidos, alongamento e relaxamento, deve ser estimulado observando-se os critérios de
tolerância ao exercício e a fadiga (LAURINDO et. al., 2002).
A hidroterapia promove reações diferentes daquelas experimentadas em solo, melhorando
a circulação periférica, beneficiando o retorno venoso, além de proporcionar um efeito
massageador e relaxante, atuando dessa forma nas principais queixas de pacientes com AR.
Os exercícios na água são muito bem tolerados, especialmente em água aquecida, pois o
ambiente morno ajuda a reduzir a dor e espasmos musculares. A água oferece suave
resistência durante os movimentos e, ainda, a oportunidade de treinamento em várias
velocidades. Esses componentes fazem com que o exercício aquático seja um excelente
método para aumento da resistência e força muscular (FERREIRA et. al., 2008).
Segundo Pinheiro (2014), de maneira geral, os objetivos da fisioterapia para artrite
reumatoide serão diminuir a dor e o incomodo causado pela doença e melhorar a
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movimentação das articulações, fortalecendo os músculos. Para isso, o fisioterapeuta
poderá recorrer ao uso de aparelhos de eletroterapia como ultra-som, diatermia e eletro
estimulação transcutânea (TENS) e ao uso de gelo ou de fontes de calor como a parafina e
bolsas de água quente, por exemplo.
Uma terapia que tem demonstrado muitos bons resultados é a hidroterapia pois há
associação do calor com os exercícios que trazem alívio dos sintomas e uma melhora
progressiva. É indispensável realizar a mobilização articular passiva em cada articulação
afetada pela doença. Quando houver dor aguda e sinais e inflamação deve-se dar
preferência ao uso de calor no tratamento da artrite reumatoide, pois este irá aliviar a dor e
relaxar os músculos, sendo especialmente indicado para tratamentos realizados logo pela
manhã ou em dias mais frios, onde a musculatura tende a ficar mais tensa e agravar os
sintomas da doença. O gelo é uma boa opção mas nem sempre é indicado no tratamento da
artrite reumatoide, devendo ser utilizado após a prática de exercícios extenuantes, que
devem ser sempre evitados (PINHEIRO, 2014).
A restrição dos movimentos – órteses – tem como objetivo aliviar as dores mioarticulares
pela estabilização articular, contenção e realinhamento. Sua utilização deve ser
intermitente, exceção feita às órteses para os pés. O papel do repouso e exercício deve ser
enfatizado, reconhecendo-se que a degeneração articular é maior quando o repouso é
prolongado. A estratégia terapêutica deverá contemplar períodos alternados de atividades e
repouso, este sempre em posição funcional (LAURINDO et. al., 2002).
Por décadas o repouso foi, juntamente com a medicação, o tratamento predominante para
AR em adultos e crianças (AR juvenil). Essa atitude vem mudando, uma vez que os
benefícios do tratamento com exercícios físicos regulares em pacientes com artrite são
cada vez mais evidentes. Vários estudos pilotos utilizando diferentes programas de
tratamento vêm sendo realizados, porém existe grande necessidade de padronização e
controle dos protocolos propostos (FERREIRA et. al., 2008).
Por meio do exercício físico aquático, os pacientes portadores de AR podem melhorar a
aptidão aeróbia, a força muscular, a mobilidade articular, a aptidão funcional e até mesmo
o humor, sem dano articular significativo ou piora no processo inflamatório. Além disso, a
fisioterapia aquática resulta em alguns efeitos fisiológicos benéficos para os sistemas do
corpo humano, sendo que os mais comumente atingidos são: termorregulador,
cardiorrespiratório, nervoso, renal, imunológico e musculoesquelético, dos quais alguns
podem estar afetados na AR A extensão desses efeitos varia com temperatura da água,
duração do tratamento e do tipo e intensidade dos exercícios. Porém, ainda não existe
consenso quanto ao melhor tipo de exercício físico, intensidade, frequência, duração, bem
como o impacto de diferentes protocolos de exercícios na capacidade funcional dos
pacientes (WIBELINGER; BORGES, 2012).
O Fisioterapeuta é um elemento muito importante da equipe multidisciplinar (QUEIROZ,
2003). O tratamento de Fisioterapia consiste em aliviar a dor, combater o processo
inflamatório, preservar a amplitude articular e a atividade muscular, prevenir
deformidades, promover o bem-estar físico, psíquico e social, assim como melhorar a
qualidade de vida dos doentes (FERNANDEZ, 2005).
2.2.2 Tratamento da SDM
O tratamento tem como objetivo inativar os pontos gatilho, e desta forma restituir a normal
funcionalidade do músculo. A abordagem terapêutica consiste na utilização de agentes de
eletroterapia e de termoterapia, massagem manual, reeducação neuromuscular, técnicas de
alongamento e relaxamento, e infiltração – a seco, soro fisiológico, anestésicos e toxina
botulínica. A correção de fatores de risco identificados durante a avaliação clínica e a
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prescrição de programa de exercícios têm um importante papel preventivo de recidivas
(SOCIEDADE PORTUGUESA DE MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO, 2014).
De acordo com Yeng et. al. (2003), o tratamento da SDM deve abranger a complexidade
de cada caso. A avaliação parcial que não compreenda os músculos acometidos e os fatores
desencadeantes e perpetuantes pode redundar em ausência de controle da condição álgica e
em perpetuação de síndrome dolorosa. Medidas simples podem ser apropriadas nos
doentes com SDM que acomete um único ou poucos músculos, desde que os componentes
psicossociais e comportamentais sejam mínimos. Doentes com diversas anormalidades
psicossociais e fatores perpetuantes orgânicos devem ser tratados de forma abrangente por
equipes interdisciplinares.
Os programas de fisioterapia promovem os maiores ganhos na diminuição do impacto dos
sintomas da SDM na vida dos pacientes, daí a importância do trabalho multidisciplinar e
educativo no qual o fisioterapeuta, participa informando e instruindo corretamente os
pacientes (BATISTA et. al., 2012).
Medicamentos analgésicos antiinflamatórios são importantes no controle da dor. Devem
ser a primeira atitude terapêutica. São eficazes no controle da dor aguda tornando
confortável a realização da cinesioterapia. O uso crônico de AAINH em casos de SDM não
se revelou eficaz. Seu uso deve ser reservado par a crises de acudização ou para controle
da dor após a execução da cinesioterapia ou de procedimentos de agulhamento e ou
infiltração dos PGs (YENG, et. al., 2003).
Os relaxantes musculares de ação periférica não parecem ter efeito satisfatório. O relaxante
muscular de ação central mais utilizado é a ciclobenzaprina (20 a 30mg VO/dia). Na
experiência de alguns autores, a ciclobenzaprina é mais efetiva no tratamento da SDM em
alguns doentes com fibromialgia. A tizanadina é relaxante muscular de ação central que
atua centralmente no receptor a-2 adrenérgico na medula espinal e em centros
suprasegmentares. Não atua nas fibras musculares ou na junção mioneural. Segundo
estudos duplo-cegos, randomizados e controlados, na dosagem de 2, 4 ou 8 mg, 3 vezes ao
dia, proporciona decréscimo de dor e melhora da mobilidade e do bem estar (NIH, 2008).
2.3 Liberação Miofascial
A fáscia é um tipo de tecido conjuntivo que envolve músculos, tendões, nervos, ossos e
órgãos. É essencialmente contínua da cabeça aos pés e está interligada a vários planos ou
bainhas. A fáscia é composta principalmente de colágeno, juntamente com algumas fibras
elásticas. Durante o movimento, a fáscia deve esticar-se e mover-se livremente
(PRENTICE, 2011).
Segundo Matos (2010), muitos pensam que a expressão miofascial tem a ver com a face, o
rosto, mas não. Miofascial vem de mio = músculo + fáscia = tecido conectivo, ou seja,
miofascial se refere ao músculo e à membrana de tecido conectivo/conjuntivo, que o
envolve e é encontrado em todo o corpo. Assim, quando alguém tem uma síndrome
dolorosa miofascial, está apenas utilizando uma forma mais elegante de dizer que seus
músculos (e os tecidos ao redor) estão doloridos e ele não tem a menor ideia do que está
causando o problema.
Conforme Lucas et. al. (2003), cada músculo, cada fibra muscular e também os organismos
viscerais e neurológicos são envolvidos pelo tecido conjuntivo, também chamado de
fáscia, órgão este que transmite os movimentos do corpo e que cria toda a estrutura
espacial do corpo humano. As fáscias se estendem pelo corpo recobrindo e se entranhando
por todas as estruturas corporais, desde os ossos, envolvendo todo o corpo em uma camada
contínua abaixo da superfície da pele.
A fáscia é uma lâmina contínua de tecido conjuntivo que se espalha como uma teia
longitudinal através do corpo. A fáscia cria uma separação entre órgãos, ossos, vasos
10
condutores e músculos. Há vários tipos de fáscia. A fáscia superficial e a fáscia profunda
(LUCAS et. al. 2003).
Conforme Cassar (2012), por baixo da pele está a fáscia subcutânea e a primeira camada da
fáscia profunda. O tecido mais acessível à palpação é a fáscia subcutânea, com seu
conteúdo de gordura e seu fluido. A fáscia mais profunda é indistinguível, já que se
encontra entre a fáscia subcutânea e a camada muscular mais superficial. Fáscia
subcutânea é o ponto de ocorrência de diversas alterações que podem causar sintomas ou
alterar a sensibilidade durante a palpação.
Os distúrbios incluem: gordura excessiva, facilmente detectável; nódulos de gordura
(pequena área de gordura encapsulada no tecido mole), que podem sofrer alterações
estruturais e tornar-se um tumor ou lipoma; tumores; enrijecimento da fáscia; tecido
flácido associado à idade avançada ou constituição fraca; celulite; isquemia e congestão
dos tecidos devido à redução no suprimento sangüíneo; por exemplo, tecido edematoso;
aderências, que são infiltrações fibrosas nos tecidos causadas pelo depósito de fibras de
colágeno, de modo muito similar ao processo da fibrose (Cassar, 2012).
A liberação miofascial é uma técnica que atua com mobilizações manuais da fáscia, que
são executadas para aumentar a amplitude de movimento, aliviar a dor e restaurar a
quantidade e a qualidade normal dos movimentos (BARNES, 2003). A liberação
miofascial é um recurso terapêutico manual da área da fisioterapia, que atua com
mobilizações mecânicas sobre as fáscias do tecido conjuntivo, e que auxilia no aumento da
amplitude de movimento, no alívio da dor e restaura a integridade normal destes tecidos
(RUBIRA; SOUSA, 2013).
Muitas técnicas visam apenas o músculo, em detrimento do componente fáscia, e quando
esta não é trabalhada o músculo retornaria a sua posição original. Portanto a liberação
miofascial, poderia ser uma forma de intervenção para auxiliar na obtenção de resultados
mais duradouros (BARNES, 2000).
A técnica de liberação miofascial (soltura) é uma das novas contribuições feitas
ao campo da medicina manual. Ward a descreveu como uma técnica de “ponte”,
que interliga o espectro dos procedimentos da medicina manual. Ela associa
muitos dos princípios da técnica de tecido mole, da técnica da energia muscular,
da técnica indireta e da técnica craniossacral da força inerente (GREENMAN,
2001, p.145).
A liberação miofascial também tem sido chamada de mobilização de tecidos moles,
embora tecnicamente todas as formas de massagem envolvam a mobilização de tecidos
moles. Essa mobilização não deve ser confundida com a mobilização articular, embora as
suas estejam intimamente relacionadas (PRENTICE, 2011).
A técnica de liberação miofascial baseia-se no movimento inerente do tecido. Os tecidos
vivos possuem um movimento inerente, que se manifesta em várias proporções e
amplitudes. O movimento inerente do tecido do sistema músculo-esquelético é considerado
resultante da alteração rítmica que ocorre no tônus muscular, das forças pulsantes da
circulação arterial, dos efeitos da respiração e da força inerente do impulso rítmico
craniano (GREENMAN, 2001).
Cada músculo, com seu grupo de fibras e envelopes, é também todo recoberto por um
envelope conjuntivo. Essa estruturação forma um sistema fechado, onde qualquer impulso
ocorrido num ponto será transmitido aos demais. Portanto, as fáscias podem ser
consideradas a matriz dos movimentos; sem elas, os músculos não teriam sustentação e
capacidade de se contrair e funcionar como alavancas do movimento dos ossos, pois
ficariam soltos e disformes sob a pele (ANDRÉ, 2013).
Na fisioterapia a utilidade da fáscia se dá através de sua “liberação”, acredita-se que esta
fáscia pode em algum momento e por razões desconhecidas não permitir uma livre
11
movimentação entre os músculos, na maioria das vezes isso ocorre por pontos de tensão já
que a vida hoje requer uma tensão constante. Esta técnica chamada Liberação Miofascial
se encontra inserida em um conjunto de técnicas denominada Técnicas de Terapia Manual,
não se tem a confirmação que ao alongar o músculo consequentemente a fáscia é alongada,
logo este alongamento poderia ser mais eficiente (SOUZA; MARIA, 2010).
Segundo Starkey (2001), a liberação fascial é realizada através da combinação de três
movimentos, são eles: movimento tracional de deslizamento, fricção e amassamento. Estes
são realizados de forma a alongar o músculo e as fáscias obtendo assim, como objetivo
final o relaxamento de tecidos tensos. As anormalidades que acometem as fáscias estão
diretamente ligadas a fibromialgia que é a inflamação crônica de um músculo ou tecido
conjuntivo. A técnica de liberação miofascial não utiliza um padrão é o próprio paciente
que refere quais movimentos e alongamentos serão realizados. As técnicas mais utilizadas
para se obter a liberação miofascial é puxar a musculatura, estabilizando a parte proximal e
alongar o músculo na direção contraria com a outra mão, em direção longitudinal.
As técnicas de liberação miofascial, como a massagem transversa profunda, a massagem
de zona reflexa, a Shiatsu, a de Rolfing, a de John Barnes e a miofasciaterapia liberam o
músculo e a fáscia e baseiam-se na pressão manual sobre as fáscias musculares, liberando
as restrições faciais. A dor muscular pode ocorrer após o tratamento, sendo recomendado o
uso de gelo, calor ou de corrente elétrica para seu alívio (BATISTA et. al., 2012).
De acordo com Domenico; Wood (1998), massagem (do grego, significa “amassar ou ato
de pressionar”) apresenta seus efeitos mecânicos (movimentação da linfa e do sangue
venoso; drenagem de edemas e hematomas; mobilização de fibras musculares, tendões,
bainhas, tecidos subcutâneos, tecidos cicatriciais e aderências) e efeitos fisiológicos
(aumento da circulação sanguínea e linfática, em conseqüência melhora do fluxo de
nutrientes; remoção dos produtos catabólicos e metabólicos; estimulação do processo de
cicatrização e extensibilidade do tecido conjuntivo; resolução do edema e hematoma
crônico; alívio da dor; facilitação da atividade muscular; aumento dos movimentos
articulares; e relaxamento local e geral). Existem várias técnicas de massagem, como
massagem do tecido conjuntivo, técnicas dos pontos deflagradores, técnicas de liberação
miofascial, rolfing, reflexologia, percussão pontual etc.
A terapia de tecidos moles da liberação miofascial é outra alternativa que funciona para
esticar e manipular os tecidos conjuntivos. O objetivo do tratamento é fortalecer os tecidos,
que por sua vez irá aumentar a sua flexibilidade e ampliar a sua amplitude de movimento.
2.4 Tratamento medicamentosos convencional de Nódulos Reumatoides
A inativação dos pontos é feita através de injeção com anestésicos ou solução fisiológica
salina seguida por alongamento e calor. Esta técnica produz alivio rápido. O spray tem-se
mostrado efetivo associado com alongamento (BRASÍLIA, 2012).
Os nódulos podem apresentar remissão espontânea durante o tratamento da artrite
reumatoide com drogas como colchicina, hidroxicloroquina e Dpenicilamina. Há poucas
opções terapêuticas, como excisão cirúrgica e infiltração com corticoide; recentemente,
descreveu-se resultado satisfatório com fluoruracil. Inibidores do fator de necrose tumoral
não se mostraram eficazes. Há relatos de nodulose cutânea acelerada com infliximabe, de
surgimento de nódulos durante o tratamento com etanerceptalém e de piora dos nódulos
com metotrexate (MEDICAL TOPICS, 2012).
O nódulo 1 foi tratado com duas infiltrações de 2ml de triancinolona 20mg/ml, com
intervalo mensal; o nódulo 2, com duas infiltrações de 2ml de fluoruracil 25mg/ml,
também com intervalo mensal, e o nódulo 3 recebeu duas infiltrações de 2ml de lidocaína
2%, igualmente com intervalo mensal. Realizou-se ultrassonografia das lesões escolhidas
para o tratamento antes da primeira infiltração (semana 0), um mês após a primeira
12
infiltração (semana 4) e dois meses após a segunda infiltração (semana 12) para
determinação da resposta terapêutica mediante a avaliação do volume das lesões. Todos os
exames foram feitos pelo mesmo ultrassonografista. O nódulo que recebeu as duas
infiltrações de triancinolona 20mg/ml foi o que apresentou maior redução no volume
(80%) (DINIZ, et. al., 2011).
Os nódulos reumatoides podem ser medidos pela ultrassonografia e essa medida pode ser
usada para o acompanhamento das lesões. A avaliação dos nódulos por esse método de
imagem permite maior acurácia na verificação do volume e da porcentagem de redução
dos nódulos quando comparada à avaliação clínica, mas não se podem desprezar as
limitações do método de imagem. Além disso, a localização diversa e os diferentes
tamanhos das lesões podem ter comprometido a eficácia e a comparação dos resultados.
No caso em questão, a injeção de corticosteroides foi o tratamento que apresentou
melhores resultados. São necessários mais estudos para que a real eficácia do fluoruracil
possa ser avaliada no tratamento dos nódulos reumatoides (DINIZ, et. al., 2011).
2.5 Liberação Miofascial de Nódulos Reumatoides
A terapia manual se dá através da pressão nos pontos gatilhos, fricção profunda e
alongamento muscular (BRASÍLIA, 2012). A liberação miofascial promove relaxamento
muscular, gerando o alívio da algia, inibindo o ponto gatilho e restaurando a função
muscular alternada. Geralmente é aplicada nos músculos mastigatórios e cervicais devido à
tensão muscular. O principal benefício de liberação miofascial é que, para manter o
sistema fascial em boas condições e sem restrições, causadas por pontos de gatilho
miofascial, a mobilidade do corpo será ideal e, portanto, vai funcionar melhor. Uma sessão
de miofascial de lançamento, que normalmente estendem-se por um tempo, começa com a
palpação pelo fisioterapeuta do corpo do paciente para determinar em que estado está o
sistema fascial e onde é alterada (MEDICAL TOPICS, 2012).
3. Metodologia
Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, exploratório e retrospectivo, com análise
sistematizada e qualitativa. A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, tornando-o mais explícito ou construir hipóteses. Seu
planejamento é bastante flexível, possibilitando os mais variados aspectos relativos ao fato
estudado (GIL, 2006).
O estudo bibliográfico foi elaborado no período fevereiro a julho de 2014 em materiais já
elaborados, cujas fontes foram livros, artigos científicos, encontrados em bibliotecas
virtuais. Para o breve resgate histórico foram utilizados artigos científicos de fisioterapia,
bem como livros, revistas, monografias e dissertação.
Resultaram desta busca e da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 44 artigos, os
quais constituíram a amostra deste trabalho. Para a seleção dos estudos foram definidos os
seguintes critérios de inclusão: estudos realizados no Brasil e fora do Brasil; para os
critérios de exclusão, estudos que não mencionavam os descritores.
Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito
pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos
prévios. Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois
ajustaram o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa
iniciou-se a tomada de apontamentos que se referiram as anotações que consideravam o
problema da pesquisa, ressaltando as ideias principais e dados mais importantes.
A partir das anotações da tomada de apontamentos, objetivou-se a identificação das obras
consultadas, sendo que a leitura das mesmas propiciou a construção lógica do trabalho, que
13
consistiu na coordenação das ideias que acataram os objetivos da pesquisa. Os descritores
foram: Artrite reumatoide; nódulos reumatoides; liberação miofascial.
4. Resultados e Discussão
Verificou-se que as fáscias podem ser consideradas a matriz dos movimentos; sem elas, os
músculos não teriam sustentação e capacidade de se contrair e funcionar como alavancas
do movimento dos ossos, pois ficariam soltos e disformes sob a pele (ANDRÉ, 2013).
Conforme Yeng et. al. (2003), o tratamento da SDM deve abranger a complexidade de
cada caso. A avaliação parcial que não compreenda os músculos acometidos e os fatores
desencadeantes e perpetuantes pode redundar em ausência de controle da condição álgica e
em perpetuação de síndrome dolorosa.
Os objetivos principais do tratamento do paciente com AR são a prevenção e o controle da
lesão articular, da perda de função e diminuição da dor, sendo que a neutralização
completa raramente é alcançada; trata-se de um processo dinâmico (COSTA; BECK,
2011).
Os programas de fisioterapia promovem os maiores ganhos na diminuição do impacto dos
sintomas da SDM na vida dos pacientes, daí a importância do trabalho multidisciplinar e
educativo no qual o fisioterapeuta, participa informando e instruindo corretamente os
pacientes (BATISTA et. al., 2012).
O ponto gatilho é uma das características basilares da SDM, apresentando-se como uma
das principais agentes da dor (SIMONS, 2002). Esses PGs são áreas de dor e
endurecimento muscular, o qual produz uma feedback ou resposta “twitch” (contração
muscular localizada) e dor referida pela pressão local (MENSE, 2003). Tradicionalmente,
define-se a síndrome da dor miofascial como sendo aquela que brota dos pontos gatilho
nos músculos. Os pontos gatilho são limites pequenos e sensíveis no músculo, seja de
forma espontânea ou por compressão ocasionam dor em uma região distante, conhecido
como dor referida10 (LIN et. al., 2001).
Os pontos gatilho localizam-se em área dolorosa, em faixa muscular e podendo os mesmos
estar ativos ou latentes: os ativos são dolorosos na presença ou ausência de movimento,
enquanto que os PGs latentes somente doem durante à palpação. Os PGs não devem ser
confundidos com os tender-points vistos na síndrome da fibromialgia (FM). Os PGs são
dolorosos no local da palpação, mas também podem irradiar dor para outros pontos
(YENG, et. al., 2003).
Conforme Robbins (2008), nódulos reumatoides são massas estáveis, firmes, indolores,
ovais ou arredondadas, chegando os mesmos a 2 cm de diâmetro. No microscópio o nódulo
é observado como um foco central de necrose fibrinoide rodeado macrófagos também
cercados de tecido de granulação (MARTINEZ et. al., 2008).
As lesões, em geral, são assintomáticas, mas podem complicar-se com infecção e ulceração
(DINIZ et. al., 2011). Os nódulos reumatoides são estáveis, firmes, sem a presença de dor,
a menos que sejam ou estejam traumatizados, possivelmente originados por vasculites de
pequenos vasos (IMBODEN, 2011). Os nódulos reumatoides desenvolvem-se de modo
silencioso, podendo regredir ou persistir, de forma espontânea, sendo frequentes em idosos
(LEWIS et. al., 2013). Conforme Cassar (2012), a fáscia subcutânea é o ponto onde
ocorrem diversas modificações potencialmente causadoras de sintomas ou alterações na
sensibilidade por ocasião da palpação.
A liberação miofascial é uma técnica que atua com mobilizações manuais da fáscia, que
são executadas para aumentar a amplitude de movimento, aliviar a dor e restaurar a
quantidade e a qualidade normal dos movimentos (BARNES, 2003).
14
As técnicas de liberação miofascial, como a massagem transversa profunda, a massagem
de zona reflexa, a Shiatsu, a de Rolfing, a de John Barnes e a miofasciaterapia, entre
outras, liberam o músculo e a fáscia e baseiam-se na pressão manual sobre as fáscias
musculares, liberando as restrições faciais (BATISTA et. al., 2012).
Segundo Starkey (2001), a liberação fascial é realizada através da combinação de três
movimentos, são eles: movimento tracional de deslizamento, fricção e amassamento. As
técnicas mais utilizadas para se obter a liberação miofascial é puxar a musculatura,
estabilizando a parte proximal e alongar o músculo na direção contraria com a outra mão,
em direção longitudinal.
Conforme Batista et. al. (2012), diversas modalidades como o calor com bolsas térmicas,
com ultrassom; a crioterapia, aerossóis congelantes, a hidroterapia, a hidromassagem; a
eletroterapia, a iontoforese, etc. podem ser utilizados para reduzir a tensão muscular e
inativar os Ponto Gatilho.
As técnicas de liberação miofascial, como a massagem transversa profunda, a massagem
de zona reflexa, a Shiatsu, a de Rolfing, a de John Barnes e a miofasciaterapia, entre
outras, liberam o músculo e a fáscia e baseiam-se na pressão manual sobre as fáscias
musculares, liberando as restrições faciais (BATISTA et. al., 2012).
5. Conclusão
Verificou-se que a fáscia é uma espécie de tecido conjuntivo que abarca os músculos,
tendões, nervos, ossos e órgãos, sendo que se apresenta de modo contínuo da cabeça aos
pés; é está coesa e interconectada em vários planos. É constituída, sobretudo, de colágeno e
fibras elásticas. Portando o corpo inteiro é coberto por esse tecido conhecido como fáscia. A fáscia
estica-se e move-se livremente, facilitando e ou possibilitando os movimentos do corpo. A
inexistência das fáscias impossibilitaria a sustentação e contração dos músculos, bem como
os movimentos dos ossos.
Liberação miofascial é processo terapêutico cuja finalidade é manter a otimização do corpo, evitando
problemas de dor e mobilidade. Trata-se de uma é uma técnica que opera com mobilizações
manuais da fáscia, com o objetivo de ampliar os movimentos, aliviando a dor e restaurando
a quantidade e a qualidade natural dos movimentos. Tal técnica e desempenhada por meio
da agregação de três movimentos: movimento tracional de deslizamento, fricção e
amassamento, obtendo-se a liberação miofascial puxando a musculatura, estabilizando a
parte proximal e alongando o músculo no sentido direção contrária com a outra mão, em
direção longitudinal.
A palpação pode descobrir qualquer anormalidade, sendo imprescindível descobrir e os
desvios estão na fáscia superficial ou profunda, nos músculos, nos ossos ou em um órgão,
isto torna possível avaliar outras alterações, tais como nódulo em um músculo, tecido
cicatricial na fáscia superficial, espessamento de uma superfície óssea ou matéria
compactada no cólon. Dessa forma, o fisioterapeuta poderá liberar as restrições dos
tecidos, eliminando toxinas acumuladas com a retenção de líquidos, normalizando a
circulação sanguínea, dentre outros.
Os nódulos reumatoides ou trigger points são locais irritáveis, localizados em estruturas de
tecido mole, quando pressionados mesmo que moderadamente esses pontos fazem surgir
dor, haja vista que constituem uma degeneração de fibras musculares, com consequente
aglomeração nuclear e infiltração gordurosa, danificando as fibrilas musculares. Com o
combate aos pontos de gatilho miofascial se reduzirá a dor localizada. Um ponto ativo torna-se é um
foco de hiperirritabilidade no músculo ou na fáscia, com determinado padrão de dor espontânea ao
movimento e às bandas tensas. Um ponto ativo é um foco superirritável no músculo ou fáscia.
Em todas as terapias existem contra-indicaçções ou cuidados, dessa forma a liberação miofascial
também é disponibilizada de acordo com o que é e com o que não é possível tratar, dependendo de
15
doenças, tais com o fibromialgia, lúpus, Esclerodermia ou artrite reumatóide. Do contato com médicos e
ou fisioterapeutas sairá uma avaliação. A princípio, pessoas que sofrem de aneurismas, fraturas, febre,
tumores, doenças infecciosas, dentre outros, não deve dar continuação à liberação miofascial.
De modo geral, a liberação miofascial não é uma técnica isolada, haja vista que tratamentos agregados e
apropriados, isto é, que venham somar ou ganhar sinergia no enfrentamento da doença, são sempre
benvindos. O calor superficial com bolsas térmicas, calor profundo através do ultrassom,
crioterapia, aerossóis, a hidroterapia, estimulação elétrica transcutânea, dentre outros
tratamentos, são recursos que podem restringir a tensão muscular e inativar os Ponto
Gatilho. A liberação miofascial, por sua vez, gera um relaxamento muscular, promovendo
o alívio da dor, bloqueando ou inibindo o ponto gatilho, restabelecendo também a função
muscular alterada. Geralmente é aplicada nos músculos mastigatórios e cervicais devido à
tensão muscular.
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