mudas de cana-de-açúcar inoculada com diazotróficas - R1

Anais do XI Fórum da Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
MUDAS DE CANA-DE-AÇÚCAR INOCULADA COM DIAZOTRÓFICAS:
METABOLISMO DE NITROGÊNIO E DESENVOLVIMENTO
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Silvana Gomes dos Santos ; Leandro Azevedo Santos & Verônica Massena Reis
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1. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia- Ciências do Solo, UFRRJ, e-mail:
[email protected]; 2. Departamento de solos, Instituto de Agronomia, UFRRJ, e-mail:
[email protected]; 3. Laboratório de Gramíneas, Embrapa Agrobiologia, e-mail
[email protected].
Palavras-chave: Diazotróficas; Cana-de-açúcar; Nitrogênio; Crescimento.
RESUMO
A cana-de-açúcar apresenta uma grande importância na economia do país. Adoção de novas
técnicas, como o uso de mudas pré-brotadas (MPB) aumentam a sanidade, uniformidade e
desenvolvimento inicial das plantas e pode elevar a produtividade da cultura. O uso do MPB aliado à
inoculação de bactérias diazotróficas pode ser uma estratégia biotecnológica sustentável. Bactérias
diazotróficas são reconhecidas pela capacidade de fixar nitrogênio atmosférico e disponibilizar este
nutriente as plantas. Além disso, são capazes de promover o crescimento dos vegetais por diverso as
mecanismo, sendo que o metablismo de N pode auxiliar no maior conhecimento sobre as outras
formas de ação dessas bactérias. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento inicial e o
metabolismo de nitrogênio (N) em mudas de duas variedades de cana-de-açúcar inoculadas com
bactérias diazotróficas. Foi desenvolvido um experimento a partir de três etapas de cultivo: Brotação
em caixa com areia e vermiculita estéril, tubetes contendo substrato comercial Multiplant® não estéril
e em hidroponia a partir de soluções de Hoagland modificadas. Os tratamentos testados foram um
inoculante misto composto de cinco estirpes de bactérias diazotróficas: Gluconacetobacter
diazotrophicus (Gd) estirpe BR11281T (PAL-5 T), Herbaspirillum seropedicae (Hs - BR11335 HRC54), Herbaspirillum rubrisubalbicans (Hr - BR11504 = HCC103), Burkholderia tropica (Bt BR11366T = PPe 8 T) e Azospirillum amazonense (Aa - BR11145 = CBAMc) e duas variedades de
cana-de-açúcar, RB867515 e IACSP95-5000, sendo que na fase hidropônica foi avaliado sob duas
doses de N, alta (3mM) e baixa (0,3mM) e sob restrição do nutriente (72 h sem N). Ao final de cada
etapa repetições foram destinadas a diferentes avaliações. Após a brotação avaliou-se a biomassa
seca de brotos e raízes, volume e área radicular, comprimento de raízes por classe de espessura e
número de bifurcações. Na fase de tubetes avaliou-se a massa seca de parte aérea e raízes, altura e
diâmetro do colmo e comprimento e largura da folha +1, enquanto que durante e após o cultivo
hidropônico foram avaliados a atividade das enzimas redutase do nitrato e glutamina sintetase,
frações solúveis, biomassa seca das plantas e teores de nutrientes. A massa seca das raízes (MSR)
após a brotação foram incrementadas em 50% através da inoculação, este efeito também foi
observado com auxílio do software WinRHIZO® Arabidopsi no volume e área radicular. Além disso, a
inoculação aumentou o comprimento de raízes finas em aproximadamente 30% na variedade RB.
Após cultivo em tubetes as mudas inoculadas de ambas as variedades apresentaram maiores MSR e
de parte aérea (MSPA). Em cultivo hidropônico observou-se que a inoculação promoveu aumento na
atividade das enzimas redutase do nitrato (aRN) nas folhas e raízes e da enzima glutamina sintetase
(aGS) nas folhas, sendo o efeito para aNR verificado apenas na variedade RB e após a restrição de
N, enquanto que para aGS não houve distinção de variedade. A inoculação aumentou os teores de NNitrato nas folhas e reduziu os teores nas raízes. As plantas inoculadas apresentaram também
incremento nos teores de N-amino nas raízes, sendo os maiores efeitos observados sobre restrição
de N. Ao final do cultivo hidropônico as plantas da variedade RB e inoculadas apresentaram maior
massa seca e teores de N no colmo.
Agência Financiadora: CNPq.
CD-ROM, 2016. ISSN 1984-0632.