SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO PROFISSIONALIZANTE A EVOLUÇÃO DA GESTANTE NA PRÉECLÂMPSIA E ECLÂMPSIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ORIENTADOR: Doutor Douglas Ferrari Carneiro CO- ORIENTADORA ENFª:Verônica Siqueira da Rocha Queiroz MESTRANDO: Ademir Rio de janeiro / 2013 RESUMO Trata-se de um estudo descritivo e surgiu a partir de inquietações diante das internações de gestantes com Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia na Unidade de Terapia Intensiva.. com revisão bibliográfica e abordagem qualitativa. Os objetivos propostos são: Relacionar os fatores que levam a gestante a evoluir para pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Identificar os fatores de risco de gestantes que evoluem para pré-eclâmpsia e eclâmpsia na Unidade de Terapia Intensiva. A metodologia utilizada para a realização deste estudo foi uma revisão da literatura proposta por artigos científicos nas bases de dados da Lilacs, Scielo, livros e artigos científicos. A gravidez é um processo fisiológico em que há grandes mudanças no corpo da mulher. Isso resulta em alterações hormonais, imunológicas e metabólicas,o que pode agravar algumas condições preexistentes ou dar início a outras situações de risco, como a doença hipertensiva. Tendo em vista a grande preocupação com essa patologia que compromete a vida da gestante e do feto, pretende-se adquirir maior conhecimento sobre o assunto, para direcionar melhor atendimento às pacientes com pré-eclâmpsia e eclâmpsia para prevenir o agravamento do quadro . Palavras-Chaves:;; Pré-eclâmpsia; Eclampsia; Unidade de Terapia Intensiva. ABSTRACT This is a descriptive study arose from concerns on the admissions of pregnant women with pre-eclampsia and eclampsia in the Intensive Care Unit .. with literature review and qualitative approach. The proposed objectives are: List the factors that lead to pregnant women to evolve into pre-eclampsia and eclampsia. Identify risk factors for pregnant women who develop pre-eclampsia and eclampsia in the Intensive Care Unit. The methodology used for this study was a literature review proposed by scientific articles in databases Lilacs, SciELO, books and scientific articles. Pregnancy is a physiological process in which there are large changes in the female body. This results in hormonal, immunologic and metabolic disorders, which may aggravate some pre-existing conditions or initiate other hazardous conditions, such as hypertension. Given the great concern about this disease that affects the life of the mother and fetus, we intend to acquire more knowledge on the subject, to drive better care for patients with pre-eclampsia and eclampsia to prevent worsening of the condition. Key Words: Pre-eclampsia, eclampsia, Intensive Care Unit. INTRODUÇÃO A hipertenção arterial é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea, a pré-eclâmpsia é caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados na gestação após a 20ª semana, associada à proteinúria (SADRINE;2010) Forma leve: quando a pressão arterial é igual ou maior que 140 x 90 mmHg, com presença da proteinúria menor que 2g por dia. Proteinúria: presença de proteína na urina que não ocorre em condição normal de saúde.- Forma grave: pressão arterial igual ou superior a 160 x 110 mmHg, com a proteinúria a cima de 2g por dia. A pré-eclâmpsia grave apresenta outros agravos como: distúrbios visuais e/ou cerebrais, edema generalizado e/ou pulmonar, disfunção hepática e dor epigástrica. A eclâmpsia possui um quadro de convulsão, espasmos musculares e perda de consciência. A causa exata das convulsões ainda não é muito bem conhecida. Entretanto, existem algumas teorias como um vasoespamo cerebral, a encefalopatia hipertensiva com hiperperfusão e uma lesão endotelial. A gestante hipertensa, apresentando crise convulsiva deve sempre ter como diagnóstico inicial a eclâmpsia. Fatores de risco:- gravidez na adolescência, gravidez múltipla,mulheres hipertensas,diabetes mellitus obesidade e doença renal crônica. Uma invasão trofoblástica deficiente levaria a uma lesão endotelial com espasticidade difusa, associada a hipercoagulabilidade, inflamação, hiperlipidemia e resistência insulínica. As pacientes acometidas podem evoluir, em casos mais graves, para episódios de eclâmpsia, edema agudo de pulmão, síndrome HELLP (Hemolysis, Elevated Liver enzymes e Low Platelet), AVC (acidente vascular cerebral) e oligúria (com possível evolução para insuficiência renal). A pré-eclâmpsia é uma das causas mais importantes de internação em unidades de terapia intensiva obstétrica. A falta de assistência nas pacientes com pré-eclâmpsia ou a sua evolução desfavorável pode levar ao óbito. Diante de uma doença potencialmente tão devastadora, o diagnóstico precoce e a identificação de seus fatores de risco, dão ênfase ao período préparto. Entretanto, a necessidade de se conhecer melhor o período pós-parto fica evidente ao se considerar as grandes alterações fisiopatológicas características deste período A eclâmpsia pode ser evitada com uma assistência adequada, pois é uma doença predominante de países em desenvolvimento e que em alguns casos tem a característica de evolução de um quadro de pré-eclâmpsia. Fato este que merece associação entre a qualidade materna e o acesso a saúde de qualidade. OBJETIVOS: Relacionar os fatores que levam a gestante a evoluir para pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Identificar os fatores de risco de gestantes que evoluem para eclâmpsia e eclâmpsia na Unidade de Terapia Intensiva. pré- GRAVIDEZ O ciclo vital feminino é constituído por diversas fases. Em uma dessas, a mulher tem o privilégio de gerar uma vida, fase esta denominada de gravidez, entendida como um conjunto de fenômenos fisiológicos que evolui para a criação de um novo ser. Um diálogo ajudará a dar segurança à mãe de que seu filho receberá a devida atenção.(Ministério da Saúde;2003) .Esse momento pode ser considerado o mais rico de todos os episódios vivenciados por uma mulher, sendo um período de mudanças físicas e psicológicas. As alterações fisiológicas ocorridas durante a gravidez, sejam elas sutis ou marcantes, estão entre as mais acentuadas que o corpo humano pode sofrer, gerando medos, dúvidas, angústias, fantasias ou simplesmente curiosidade em relação às transformações ocorridas no corpo. GESTANTE A gestação determina várias adaptações fisiológicas no organismo materno,. as modificações são intensas e começam logo após a fertilização do óvulo e prosseguem por toda a gravidez (BRANDÃO; 2012),os eventos a ela relacionados como o puerpério e a lactação, são marcados por profundas mudanças que interferem na vida da mulher. As mais reconhecidas são as modificações relacionadas ao corpo. No Brasil, a assistência pré-natal inclui o acompanhamento e o monitoramento do ganho de peso gestacional e prevê orientações nutricionais voltadas às mulheres no período que vai da gravidez à amamentação ( Ministério da Saúde;2013). PRÉ- NATAL O acompanhamento pré-natal periódico é necessário para que a gravidez evolua com segurança. Deve incluir aspectos fundamentais como: receber com dignidade a gestante e seus familiares, fornecer informações para o entendimento das usuárias e adotar condutas e procedimentos benéficos para o desenvolvimento saudável da gravidez, parto e nascimento. Assim, a atenção básica à mulher no ciclo gravídico e puerperal compreende medidas de prevenção e promoção da saúde, além de detectar e tratar precocemente intercorrências que propiciem a evolução desfavorável para a mãe e para o feto. Dentre essas intercorrências encontra-se a doença hipertensiva da gravidez que se constitui em uma das mais importantes complicações do ciclo gravídico-puerperal por apresentar alto risco de morbidade e mortalidade para o binômio mãe-filho A hipertensão na gestação é quando ocorre pressão alta (níveis de pressão maiores que 140/90mmHg) em gestantes. A hipertensão induzida pela gestação ocorre entre a 20.ª semana de gravidez e o final da primeira semana depois do parto e desaparece em até 6 semanas após o parto. É preocupante a condução da paciente em uma fase precoce da gestação, quando a viabilidade do feto é questionável ou se apresenta instável,. na decisão de prolongar a gestação, devem sempre ser considerados os riscos maternos( MOREIRA; 2011) GESTAÇÃO DE ALTO RISCO Segundo REZENDE;1987,. a gestação é de grande importância na vida da mulher, é um evento natural em um contexto social e cultural que influencia e determina a sua evolução e ocorrência. Para a investigação das reações humanas e o conhecimento da complexidade do ciclo grávido-puerperal, é importante considerar fatores como a história pessoal da gestante e seu passado obstétrico, o contexto da gravidez, sua idade e o vínculo com o parceiro. O contínuo monitoramento das prevalências de doenças crônicas, como a hipertensão, é fundamental para o planejamento das ações de saúde (FREITAS; 2012). HIPERTENSÃO A hipertensão crônica associada à gestação é definida como a gestante que já tinha conhecimento de sua hipertensão antes da gestação ou apresentou a elevação da pressão arterial antes da 20 semanas de gestação. A crise hipertensiva pode manter-se como urgência, em que a ausência de comprometimento de órgãos-alvo permite o controle pressórico em até 24 horas ou iniciar-se e/ou evoluir para emergência (RUDGEL, 2012) Para isso, os valores pressóricos precisam ser iguais ou maiores que 140x90 mmHg, devendo permanecer com esses níveis após o 42° dias pós parto.Doença Hipertensiva Vascular Crônica) pode ser dividida em leve, pressão arterial< 160/110 mmHg; área cardíaca normal; eletrocardiograma normal; fundo de olho normal ou com alterações mínimas; função renal normal (clearance creatinina aumentado em 30-50%); grave pressão arterial≥ 160/110 mmHg; aumento da área cardíaca; eletrocardiograma com evidências de hipertrofia ventricular esquerda; cefaléia, palpitação, escotomas e náuseas;fundo de olho com hemorragias e exsudatos; função renal alterada com clearance de creatinina de não gestante normotensa e maligna pressão arterial fora do controle com sinais de insuficiência cardíaca, angina ou encefalopatia hipertensiva; a função renal se deteriora com proteinúria e hematúria; fundo de olho com edema papilar e/ou hemorragia. PRÉ –ECLÂMPSIA Segundo ZUGAIB 2005 a pré-eclampsia é associada a uma deficiência relativa de produção intravascular de prostaciclina (vasodilatador) e produção excessiva de tromboxano (uma prostaglandina vasoconstritor sintetizado por plaquetas agregadas A pré-eclâmpsia é uma condição específica da gestação que envolve a falência de diversos órgãos e está associada à hipertensão e proteinúria. O aumento da pressão sanguínea provoca efeitos deletérios sobre diversos sistemas principalmente o vascular, hepático, renal e o cerebral. As complicações observadas podem explicar a alta incidência de mortalidade e morbidade fetal e maternas. Alguns fatores de risco aumentam a probabilidade de uma gestante apresentar pré-eclâmpsia .na: hipertensão e diabetes mellitus pré-existentes, obesidade e a etnia ECLÂMPSIA De acordo com VAZ 1993 a farmacologia e a farmacocinética do sulfato de magnésio( MgSO4) é conhecida no esquema intramuscular preconizado por Pritchard, a intoxicação, a qual costuma ser rara, pode ser facilmente identificada através da avaliação clínica, da diurese materna e dos reflexos patelares sem a necessidade de se dosar a magnesemia da gestante, e revertida com o seu principal antídoto, o gluconato de cálcio. Quando a mulher grávida sofre de eclâmpsia, geralmente pode apresentar sintomas como convulsões, agitação intensa, perda da consciência , apnéia , , dores músculo-esqueléticos e alterações na retina ocasionadas pela hipertensão. A pré-eclampsia pode apresentar sintomas como edema nas mãos, face, tornozelos e pés, excesso de peso, cefaléia persistente, transtornos visuais, dor abdominal superior, hipertensão, hemáturia, taquicardia, náuseas e vertigem. Tanto a eclâmpsia como a pré-eclâmpsia podem alterar os resultados analíticos do hematócrito, ácido úrico, creatinina, e diferencial sanguíneo. Um exame de urina pode demonstrar se existe proteínúria da mulher grávida. Considera-se significante valor acima de 300mg em 24 horas. A presença de proteinúria significativa justifica a internação hospitalar. Níveis crescentes estão correlacionados à gravidade da patologia, caracterizando pré-eclâmpsia grave quando acima de2,0 g em 24 horas.Ácido úrico: a elevação de seus níveis no sangue materno presumivelmente está relacionada à redução da excreção renal. As possibilidades de ampla variabilidade dos níveis plasmáticos fazem com que seu valor preditivo positivo seja muito baixo. Valores superiores a 6,0 mg/dl, confirmados em mais de uma avaliação podem auxiliar no diagnóstico.. Por outro lado, não existem evidências que permitam utilizar tal avaliação com o propósito de predição da doença e muito menos como parâmetro prognóstico. Ao contrário hipertensão, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia não respondem aos diuréticos (fármacos que eliminam o excesso de líquido) nem às dietas de baixo teor em sal. Aconselha-se a mulher que consuma uma quantidade normal de sal e que beba mais água. O repouso na cama é importante. Em geral, também é aconselhada a virar-se sobre o lado esquerdo, visto que assim é exercida menor pressão sobre a grande veia do abdómen (veia cava inferior), que devolve o sangue ao coração, e melhora o fluxo sanguíneo. Em certos casos, pode ser administrado sulfato de magnésio por via endovenosa para fazer descer a tensão arterial e evitar as convulsões.Em caso de pré-eclâmpsia ligeira, ficar em repouso pode ser suficiente, mas a mulher deverá consultar o seu médico de 2 em 2 dias. Se não melhorar com rapidez, deve ser hospitalizada e se o problema persistir o parto deve ser realizado o quanto antes.Uma mulher que sofra de pré-eclâmpsia grave deve ser hospitalizada e permanecer no leito. O fato de administrar líquidos e sulfato de magnésio por via endovenosa muitas vezes alivia os sintomas. Em 4 a 6 horas a tensão arterial costuma baixar até atingir valores normais e pode-se proceder ao parto sem correr nenhum risco. Se a tensão arterial continuar alta, são administrados mais fármacos antes de realizar o parto. O tratamento é feito através do Sulfato de Magnésio (MgSO 4). Um dos seguintes esquemas é utilizado na iminência de eclâmpsia ou na crise convulsiva:• Aplicar a dose inicial de 4g a 10% por via intravenosa, associada a 10g, aplicadas em via intramuscular, na concentração de 50%, aplicadas (5g em cada glúteo). A manutenção é feita através da administração de 5g, a cada 4 horas, também por via intramuscular. (Esquema de Pritchard) ou• Aplicar inicialmente a dose de ataque de 4g a 10% por via intravenosa, seguida da dose de manutenção também por via intravenosa cerca de 1g/h (obtida com uma solução de SG 5% 400 ml e 10 ampolas de sulfato de magnésio a 10%, velocidade de infusão de 16 gotas/minuto). (Esquema de Zuspan).Os seguintes cuidados devem ser sempre observados: aplicação da dose intravenosa deve ser efetuada lentamente (15 a 20 minutos).• Na aplicação intramuscular devese primeiramente proceder rigorosa antissepsia. A administração da manutenção deverá ser suspensa caso a freqüência respiratória tenha menos de 16 incursões por minuto, os reflexos patelares estejam completamente abolidos ou a diurese seja inferior a 100 ml durante as 4 horas precedentes. O gluconato de cálcio a 10% atua como antídoto. É indispensável manter sempre à mão uma ampola de 10 ml, para aplicação imediata no caso de eventual parada respiratória, apesar de raramente ocorrer quando devidamente observadas as normas de aplicação e vigilância do sulfato de magnésio.• Na recorrência de convulsões, utilizam-se mais 2g IV e aumenta-se a velocidade de infusão do sulfato de magnésio. Na persistência delas, com crises subentrantes, pode-se optar pela fenil-hidantoína, segundo o esquema:-> ataque: 250 mg + SG 5% 250 ml IV em gotejamento até completar a dose total de 750 mg.-> manutenção: 100 mg 8/8 hs IV e, a seguir, 100 mg 8/8 hs VO, até a alta. Vários medicamentos são propostos, sendo o mais aceito a hidralazina. em dose de 5 a 20 mg IV em "bolus", intermitente em intervalos de 20 minutos (1 ampola = 20 mg; diluir em 9 ml de SF 0,9% e aplicar 2,5 ml ou 5 mg). Repetir medida de PA após 20 min. Frente ao controle inadequado da PA, deve-se repetir a dose de 5 a 10 mg até o máximo de 20 mg. Como alternativa, administra-se em infusão contínua venosa (20 mg de hidralazina diluídos em 500 ml de soro glicosado a 5%, na velocidade que permita administração de 5 a 10 mg/h). Outros hipotensores disponíveis: verapamil - (50 mg em SG 5%) IV beta-bloqueadores nifedipina _ 3 a 5 gotas SL (sublingual) a cada 40 minutos.Visa ao restabelecimento do equilíbrio ácido-base, do equilíbrio hidroeletrolítico, das condições respiratórias. Manter o ambiente tranquilo, o mais silencioso possível decúbito elevado a 30 e face lateralizada; cateter nasal com oxigênio (5l/min) ,punção de veia central ou calibrosa; sonda vesical contínua . SÍNDROME DE HELLP HELLP é a sigla usada para descrever a condição de paciente com préeclâmpsia grave que apresenta hemólise (H), níveis elevados de enzimas hepáticas (EL) e contagem baixa de plaquetas (LP). A síndrome HELLP é o achado extremo do espectro de alterações que ocorrem na hipertensão induzida pela gestação/pré-eclâmpsia e como seus sinais e sintomas são confundidos com os da pré-eclâmpsia grave (dor epigástrica ou no quadrante superior direito, náusea e mal estar), as formas leves podem passar desapercebidas se não é feita a correta avaliação laboratorial. Assim, o diagnóstico é feito apenas quando a síndrome HELLP está bastante avançada.. Essa síndrome se acompanha de aumento da morbidade e mortalidade maternas e perinatais. Na síndrome, deve-se fazer uma cesariana, o método disponível mais rápido, a não ser que o colo uterino esteja suficientemente dilatado para permitir um rápido nascimento vaginal. Para RUDGEL, 2012 na pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia, tem que ser avaliado os parâmetros que definem a síndrome Hellp e preconiza o acompanhamento rigoroso . CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA As Unidades de Terapia Intensiva são consideradas como locais destinadas à prestação de assistência especializada a pacientes em estado crítico, onde há necessidade de controle rigoroso dos seus parâmetros vitais e assistência contínua e intensiva. Em meio a aparelhos e técnicas complexas, é preciso buscar o humano que ali se encontra, não apenas enquanto aquele paciente que necessita ser constantemente monitorado em suas funções vitais. METODOLOGIA A metodologia utilizada para a realização deste estudo foi uma revisão de literatura proposta por artigos científicos: Tratamento da pré-eclâmpsia baseado em evidências; Fatores de Risco para a Prematuridade em RecémNascidos de Mães com Pré-Eclampsia; A importância do pré-natal na gestação de alto risco Tratamento anti-hipertensivo na gravidez. Nas bases de dados Literatura Scientific Electronic Library Online (SCIELO),livros e artigos científicos publicada no período de 2006 a 2013. As palavras-chaves foram Pré-eclâmpsia; Eclâmpsia; Unidade de Terapia Intensiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS As síndromes hipertensivas. antes conhecida como Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), hoje como pré-eclâmpsia/eclâmpsia, há necessidade de divulgar a classificação mais recente para que haja uniformização dos termos e o correto diagnóstico..A utilização do sulfato de magnésio para a profilaxia de convulsões em gestante com pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia. ..... A conduta obstétrica visa à estabilização do quadro materno, à avaliação das condições de bem-estar fetal e a antecipação do parto em qualquer idade gestacional. Tentar transferir a gestante para um centro terciário de atenção, sobretudo em situações de prematuridade. O parto pode ser por via vaginal, desde que existam condições favoráveis de colo uterino, vitalidade fetal, condições maternas e hospital com recursos materiais e humanos adequados para o controle desse tipo de gestante. Se houver eventualidade realiza-se a cesariana, a anestesia recomendada é a geral, observando-se tempo de 8 a 10 minutos para a retirada fetal No puerpério, manter o controle metabólico, respiratórios, diurese e de coagulação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRANDÃO, Augusto Henriques Fulgêncio et al. Acompanhamento longitudinal da função endotelial em gestações de mulheres saudáveis analisada pela dilatação fluxo-mediada da artéria braquial. Revista Médica de Minas Gerais,Belo Horizonte: AMMG, v. 22, n. 4, p. 406-410, out./dez. 2012. BRASIL. Ministério da Saúde.Urgências e emergências maternas: guia para diagnóstico e conduta em situações de risco de morte materna. 2. ed. rev. Brasília, DF, 2003. 119 p. ISBN 85-3340-228-7. CLEMENTINO, Maria Ofélia Simões.SILVA, Edna Maria Gonçalves; Assistência no Pré-Natal à Gestante de Alto Risco.Itajubá, 2002. 54 p. FREITAS, Lúcia Rolim Santana de; GARCIA, Leila Posenato. Evolução da prevalência do diabetes e deste associado àhipertensão arterialno Brasil: análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1998, 2003 e 2008 Epidemiologia e Serviços de Saúde,Brasília, DF: Ministério da Saúde, v. 21, n. 1, p. 07-19, jan./mar. 2012. Ministério da Saúde (BR). Competências dos diversos profissionais que compõe a saúde da família [acesso em 2013 Jun 21]. Disponível em:http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/noticias. MOREIRA, Thereza Maria Magalhães.LACERDA, Ione Cavalcante; Características obstétricas de mulheres atendidas porpré-eclâmpsia e eclâmpsia.Acta Scientiarium Maringá: Universidade Estadual de Maringá, v. 33, n. 1, p. 71-76, jan./june 2011. REZENDE, Jorge de; MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa.Obstetrícia fundamental.5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1987. 613 p. RUDGEL, Marilza Vieira Cunha et al. Influência de peso, volume e densidade absoluta da placenta no peso dos recém-nascidos de gestantes portadoras de hipertensão arterial ou diabetes mellitus.Diabetes Clínica,São Paulo: ANAD, n. 5, p. 362-367, 2012. SANDRINI, Fabio et al. Ruptura de Hematomas Subcapsular Hepático e Síndrome HELLP: fisiopatologia, diagnóstico e bases do tratamento.Emergência Clínica,Barueri: Bolina, v. 5, n. 25, p. 126-130, Jul./Ago./ 2010. VAZ, Flávio Adolfo Costa; MANISSADJIAN, Antranik; ZUGAIB, Marcelo. Assistência à gestante de alto risco e ao recém nascido nas primeiras horas. São Paulo: Atheneu, 1993. 467 p. (Seções de obstetrícia. Seções de pediatria neonatal). ZUGAIB, Marcelo; RUOCCO, Rosa Maria S. A. (Ed.). Pré-natal: clínica obstétrica da Faculdade de Medicina da USP. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 396 p. ISBN 85-7379-798-3.