PDF - Revista Pré

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Caro Professor:
A Pré-Univesp é uma publicação eletrônica, mensal e temática, com um dossiê baseado em
temas factuais e conteúdos distribuídos pela grade curricular do ensino médio e dos
vestibulares. São reportagens, artigos, infográficos, entrevistas, além de um blog com textos
sobre temas diversos. Nosso principal objetivo é oferecer um conteúdo relevante e em
linguagem acessível, que trata de assuntos de interesse dos principais vestibulares do país
(inclusive o da UNIVESP), dirigido a estudantes, a professores do ensino médio e a
vestibulandos.
Dentro do plano de reformulação editorial da revista Pré-Univesp, concebemos este plano de
atividades multidisciplinar. Voltado para o uso pedagógico no ensino médio, ele contempla
conteúdos da edição atual que têm como tema CLIMA. Nosso objetivo é incentivá-lo a utilizar
a revista Pré-Univesp nas atividades escolares da sala de aula.
Ao final do plano de atividades, reunimos exercícios complementares, relacionados ou não às
abordagens da revista.
Para a produção dos planos de atividades, contamos com a assessoria de professores de
diversas áreas do ensino médio. Eles serão publicados sempre na última semana do mês, no
fechamento do número. Esperamos que o trabalho escolar promova reflexão e
aprofundamento sobre os temas tratados, por meio da ação mediadora do professor, sem
prescindir de outros materiais fundamentalmente didáticos e das conexões entre as diversas
áreas do conhecimento.
Equipe Pré-Univesp
Proposta Multidisciplinar
Pré-Univesp - Edição 43 - Clima
Assessoria pedagógica
Ana Claudia
Fernanda Pimentel Dizotti
Márcia Azevedo Coelho
Maria Cristina Rossetti Inonhe
Mariangela Ávila
Vera Lúcia O. F. Martins
Ilustrações
Matheus Vigliar
Bruna Garabito
Textos utilizados

Vidas Secas: imaginar, copiar, observar, de Erwin Torralbo Gimenez.

Mudanças Climáticas e Governança Local, de Fabiana Barbi.

Entrevista Paulo Roberto Moutinho - Clima e desmatamento, de Daniela Klebis.

Oásis ao contrário - Ilhas de Calor, de Márcio Derbli e Charles Rubin.

Mudanças climáticas no Brasil – Chris Bueno

Satélite meteorológico – Victória Flório e Charles Rubin
Disciplinas envolvidas

Literatura

Geografia

Biologia

Língua Portuguesa

Física
Recursos

Computadores / Projetor (ou) textos impressos
LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA E GEOGRAFIA
As mudanças climáticas decorrentes das intervenções humanas vêm preocupando
cientistas e não cientistas. Grande parte dos pesquisadores afirma que, se não houver uma
efetiva mudança no comportamento humano, no que diz respeito ao uso dos recursos
naturais, bem como à emissão de gases que afetam significativamente a atmosfera, o cenário
ambiental sofrerá alterações irreversíveis. Sobreviver neste planeta será uma tarefa hercúlea.
A relação do homem com a natureza sempre foi um grande desafio, muitas vezes
vencido graças à inteligência criativa da humanidade. Na Antiguidade, as civilizações egípcia e
mesopotâmica domaram as enchentes dos rios Nilo, Tigre e Eufrates, e usaram as cheias
desses rios a favor da fertilização do solo, garantindo comida em abundância. Na Arábia
Saudita, os recursos advindos da exploração do petróleo, aliado à tecnologia, ajudam a
conviver com o clima seco e com grandes extensões de território desértico. Tecnologia,
dinheiro para investimento, consciência coletiva podem alterar o panorama mundial que
aponta para alterações climáticas catastróficas. Quem estará disposto a unir essas três forças?
Será que os grupos políticos e econômicos que dominam o mundo conseguirão agir em função
do coletivo?
Essas questões são bastante sérias e requerem uma reflexão profunda, que resulte em
ações efetivas. Desta forma, discussões sobre causas e efeitos das mudanças climáticas podem
ser promovidas nas aulas de Ensino Médio por meio de diferentes aspectos e disciplinas.
Neste plano, sugerimos inicialmente a discussão do assunto por meio do seguinte tema
“De retirantes a refugiados ambientais”.
1. Leitura e interpretação do texto:
 Inicie a aula fazendo um diagnóstico da classe sobre o que sabem sobre Graciliano
Ramos, a “Geração de 30” e especificamente sobre a obra Vidas Secas. A partir dos
apontamentos dos estudantes, contextualize Graciliano Ramos na geração de 30 e comente
sobre o último romance do autor publicado em vida. Em seguida, apresente o “Documentário
sobre Graciliano Ramos”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JlqbVfhydz0.
Durante a exibição do vídeo, faça as intervenções necessárias.
 Convide os alunos para uma “sessão cinema” na aula posterior. Projete o filme Vidas
Secas, baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos, dirigido por Nelson Pereira dos
Santos (1963).
 Após a exibição do filme, promova uma discussão sobre as impressões que tiveram
da vida, dos costumes, da linguagem dos personagens, do meio e do clima retratados.
 Peça que pesquisem o significado de:

Caatinga

Retirante

Sertanejo

Migração
 Em classe, leia com os alunos o texto: Vidas Secas: imaginar, copiar, observar, de
Erwin Torralbo Gimenez. Peça que façam individualmente uma segunda leitura, grifando as
palavras desconhecidas.
 Anote na lousa as palavras grifadas e instigue a turma a inferir pelo contexto o
significado de cada palavra.
 Elabore um glossário do texto e sugira que utilizem pelo menos uma das palavras que
desconheciam nas atividades propostas.
 Pergunte aos alunos a impressão geral que tiveram do texto, o que conseguem
relacionar entre o artigo, o conhecimento adquirido sobre Graciliano e a sua obra.
 Releia o trecho que segue com a turma:
Agora, na época dos maiores reveses, o talento criador afunda em negatividade mais espessa,
tão bruta que indica apenas espanto e silêncio. Não será demasiado, logo, construir a hipótese
de Vidas Secas, quarto e último romance do autor, romper desse sentimento do mundo: se não
subsiste voz possível (e Angústia, com efeito, é uma metáfora da asfixia), resta perscrutar as
vozes há muito suprimidas, evocar os inocentes que a civilização enterrou – bichos, crianças e
matutos.

Peça aos alunos que identifiquem duas figuras de linguagem no trecho e que
relatem a motivação do uso delas (...) resta perscrutar as vozes há muito suprimidas, evocar os
inocentes que a civilização enterrou – bichos, crianças e matutos.
 Sugira que associem a paisagem apresentada no filme Vidas Secas e a afirmação de
que Graciliano Ramos tenha perscrutado vozes suprimidas que a civilização enterrou.
 Convide-os a refletir, a partir das cenas vistas no filme, sobre quem ou o que pode ter
suprimido aquelas vozes e o que coloca, conforme afirmação do autor do texto, as
personagens na condição de “inocentes”.
 Instigue a turma a pensar sobre os limites do impacto da seca na vida da família de
Fabiano. Promova a reflexão sobre o fato de Fabiano não utilizar a linguagem de forma
razoavelmente elaborada, não conseguir fazer uma operação matemática básica ou ser
castigado arbitrariamente pelo Soldado Amarelo são também consequências da seca.
 Reapresente os trechos abaixo e peça para que, em duplas, desenvolvam as questões
que seguem. As respostas poderão ser socializadas pelas duplas na aula seguinte.
Trecho I
No primeiro capítulo, depois de penosa caminhada pela caatinga, a família de retirantes chega
a uma fazenda morta, onde só há sinais de devastação. Fabiano, o pai, procura em vão restos
que os defendam da seca. A esperança aos poucos se insinua, cintilando em fantasias, com a
vista de uma nuvem indecisa por cima do monte; progride na alma do sertanejo até rasgar
grandezas no horizonte condicional: “A fazenda renasceria – e ele, Fabiano, seria o vaqueiro,
para bem dizer, seria dono daquele mundo.” A chuva ressuscitaria, segundo as projeções do
imaginário, não apenas a natureza como o ânimo de Fabiano, elevando-o até a altura de
senhor daquela terra, a qual nos confins da sua quimera é o mundo.
Trecho II
A ditadura não só enrijecia a ordem política, mas também parecia tornar inúteis os romances
escritos na primeira metade dos anos de 1930, cujo realismo denunciou os contrastes do país a
fim de superá-los.
1. A partir do trecho: “A chuva ressuscitaria, segundo as projeções do imaginário, não
apenas a natureza como o ânimo de Fabiano, elevando-o até a altura de senhor daquela terra,
a qual nos confins da sua quimera é o mundo”, responda às questões:
a. Qual é a relação entre migração e seca?
b. A migração de Fabiano e sua família tende a se caracterizar pela sazonalidade.
Como o trecho acima confirma essa ideia?
c. De acordo com as características da caatinga, a chuva resolveria definitivamente os
problemas da família de Fabiano? Justifique.
2. A partir do segundo trecho do texto reproduzido acima e, pensando no contexto
político-econômico da época, quais eram os outros impedimentos para que pessoas como
Fabiano pudessem viver com dignidade na região retratada na obra?
3. Pesquisa e Reflexão:
 Solicite aos alunos que façam uma pesquisa tendo por base as seguintes questões:
I.
O que é a indústria da seca?
II.
Como a estrutura socioeconômica do Nordeste é retratada na obra Vidas Secas?
III.
Graciliano Ramos representou, por meio de Fabiano e sua família, o problema
vivido por várias famílias do sertão nordestino que migravam constantemente
fugindo da seca que assolava a região. Atualmente, este problema ainda
persiste?
IV.
Além da seca, quais outros fatores que promovem a migração ou imigração das
pessoas?
V.
Considerando os problemas ambientais que enfrentamos hoje e que poderão se
agravar, teremos em breve o aumento do número de “refugiados ambientais”.
Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=j-SyKxbX8Ag e anote as
informações sobre o que são refugiados ambientais, situações que promovem o
deslocamento humano e alguns problemas ou conflitos que já ocorrem ou
possam vir ocorrer em consequência desses deslocamentos.
 Peça aos alunos que, com base na pesquisa acima, redijam um parágrafo explicando
semelhanças e diferenças entre retirantes e refugiados ambientais.
GEOGRAFIA E BIOLOGIA
Os problemas ambientais ganharam força a partir da industrialização, do uso de
combustíveis fósseis como fonte de energia e do aumento do contingente populacional. Tais
situações levaram a grande emissão de gases e a maior exploração de recursos naturais. Neste
trabalho, abordaremos o aquecimento global levantando causas, consequências e o papel da
sociedade diante disso.
1.
Proposta Inicial:
 Mostre imagens sobre os impactos do aquecimento global sobre as cidades, como
inundação de áreas mais baixas e eventos extremos de precipitação que provocam danos às
infraestruturas urbanas.

Em seguida, pergunte aos alunos se conhecem alguma consequência desta situação
em sua cidade ou visitou algum lugar no mundo que passa ou passou por este problema.
2.
Desenvolvimento
2.1 Leitura
 Proponha a leitura dos textos “Mudanças Climáticas e Governança Local”, de Fabiana
Barbi, e “Mudanças climáticas no Brasil”. Entrevista Paulo Roberto Moutinho - Clima e
desmatamento, de Daniela Klebis.
 Divida a classe em números pares e números ímpares de forma que cada grupo se
responsabilize pela leitura e apresentação de um dos textos, identificando as causas e as
consequências do aquecimento global apresentadas pelos autores dos textos selecionados.
2.2 Interpretação
 A partir da leitura da entrevista Mudanças climáticas no Brasil, solicite a elaboração
de um quadro-síntese, como no exemplo abaixo, mostrando as principais consequências do
aquecimento global para as regiões do país, ressaltando temperatura e precipitações.
Regiões
Temperatura
Precipitações
 Faça uma nova divisão da classe, agora em quatro grupos, e distribua duas questões
para cada um. Cada grupo deverá elaborar a resposta em forma de slides para apresentação
posterior.
 Questões:
1. Explique como a queima de combustíveis fósseis contribui para o aquecimento
global.
2. Relacione a queima de combustível com o ciclo do Carbono, construindo um
esquema que demonstre essa relação.
3. Explique uma maneira biológica para retirar o CO2 da atmosfera.
4. Escreva a equação que representa essa fixação de carbono.
5. A Amazônia foi considerada, por muito tempo, o pulmão do mundo. De acordo com
Paulo Roberto Moutinho, essa não é a maior importância da Amazônia. Explique o
posicionamento desse autor.
6. Fabiana Barbi afirma que a temperatura média global está aumentando, mas esse
não é o único efeito das mudanças climáticas. As principais consequências nas
cidades são o aumento do nível do mar e eventos extremos de precipitação, de
calor e seca. Segundo a autora, como estes eventos extremos de precipitação, de
calor e seca afetam as cidades?
7. No artigo “Mudanças climáticas e governança local”, a autora também ressalta que
“somos parte do problema e parte da solução”. Apresente atitudes práticas que
podemos realizar no cotidiano, a fim de contribuir para a reversão desse quadro de
devastação ambiental.
8. Explique as consequências do aquecimento global para o Brasil, destacando a
região em que a escola está inserida.
3.
Produção de texto
 Com base nas discussões, pesquisas e estudos promovidos nas aulas de Geografia,
Biologia, Física e Literatura, na leitura das matérias da Pré-Univesp desta edição, dos textos da
coletânea e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo sobre o tema “Em que medida a ação do ser humano contribuiu
para agravar ou minimizar os problemas ambientais?”
 Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
a defesa do seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.
Coletânea
Texto I
As atividades humanas são grandes responsáveis pelas mudanças climáticas globais. E a maior
parte dessas atividades, que contribui para o aquecimento global, ocorre nas áreas urbanas,
nas cidades, onde vive grande parte da população. Dentre elas, destaca-se a queima de
combustíveis fósseis (petróleo e carvão) para geração de energia, transporte e atividades
industriais. A geração de resíduos sólidos e de esgoto também contribui para o aquecimento do
planeta, bem como o desmatamento de florestas. Ao mesmo tempo em que contribuem para o
problema, as cidades são as áreas que mais sentem os efeitos das mudanças climáticas
globais.
[Fabiana Barbi]
Texto II
Existe uma série de ações que podem ser tomadas para mitigar o impacto das mudanças
climáticas e minimizar suas consequências. O primeiro passo é reduzir as emissões de gases de
efeito estufa (GEE). Caso os níveis desses gases continuem a aumentar na atmosfera, as
alterações climáticas serão ainda mais severas. “O problema é que esses gases permanecem na
atmosfera por cerca de 50 a 100 anos. Então os gases já emitidos demorarão a ser dissipados.
Por isso, a redução das emissões é de extrema importância”, declara Ambrizzi.
Para contribuir com a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, governo e sociedade
precisam pensar em fontes de energia limpa, além de novos modelos para a indústria e o
transporte. Outra ação importante consistirá em brecar o desmatamento e a exploração ilegal
de madeira, já que esses fatores contribuem mais para as emissões globais do que o setor dos
transportes. “Temos que continuar tentando diminuir as emissões para que seja possível
manter o nível de elevação da temperatura o mais baixo possível para daqui a 100 anos ou
mais. A discussão agora é tentar não passar de um limiar aceitável e tentar nos adaptar a
essas mudanças”, acredita Ambrizzi.
[Chris Bueno]
Texto III
A despeito de suas lembranças, o retirante volta a devanear, dilata o mundo em raios maiores,
além do sertão: “Por que haveriam de ser sempre desgraçados, fugindo no mato como bichos?
Com certeza existiam no mundo coisas extraordinárias. Podiam viver escondidos, como bichos?
Fabiano respondeu que não podiam./ – O mundo é grande.” Vislumbra o futuro pródigo,
enredando-se no sonho da vida urbana.
[Erwin Torralbo Gimenez]
Texto IV
Os meteorologistas contam com uma ajuda do espaço para prever o clima e avaliar suas
variações. Satélites meteorológicos da Europa, Índia, China, Rússia, Japão e Estados Unidos
permitem monitorar e entender o clima terrestre e outros fenômenos como auroras polares,
tempestades de raios e poeira, correntes oceânicas e acompanhar efeitos da ação do homem
sobre
o
planeta:
queimadas,
níveis
de
poluição
e
desmatamento.
[Victória Flório e Charles Rubin]
Elaboração
Lembre-se de que seu texto deverá:
 Apresentar uma análise articulada da questão tematizada.
 Ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
 Organizar-se em uma estrutura dissertativa-argumentativa.
 Ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.
 Ter um título que sintetize, para o leitor, não só o tema abordado, mas também o
foco da análise desenvolvida por você.
 Desenvolver argumentação sobre o tema proposto.
Física
O desenvolvimento urbano permitiu a verticalização das cidades, alterando a paisagem
urbana e o clima. Tal fato é justificado pelo crescimento acelerado das metrópoles aliado aos
avanços tecnológicos. Quando não planejada, a expansão das cidades pode trazer
consequências ambientais significativas.
1.
Proposta Inicial
 Inicie a aula com imagens de diferentes cidades e arquiteturas.
 Promova uma discussão sobre as diferenças e possíveis consequências da arquitetura
das figuras analisadas.
 Apresente o seguinte vídeo Rua 25 de março e solicite que os alunos observem a
arquitetura e o funcionamento da região apresentada. Vídeo disponível no link
https://www.youtube.com/watch?v=OKX9Otk2ans.
2.
Desenvolvimento
2.1 – Leitura:
 Peça aos alunos que analisem o infográfico Oásis ao contrário - Ilhas de Calor, de
Márcio Derbli e Charles Rubin.
2.2 – Interpretação:
 Baseando-se no texto, escreva na tabela abaixo as características de cânion urbano e
ilhas de calor.
Cânion Urbano
Ilhas de Calor
 Divida a classe em grupos e promova uma discussão relacionando as características
abordadas anteriormente com a propagação de calor por corrente de convecção.
 Sintetize, por escrito, as conclusões obtidas a partir da discussão sugerida.
 Ilustrem como ocorrem estas correntes nos cânions urbanos.
 Pesquisem na internet os principais pontos de ocorrência de cânion urbano em sua
cidade.
 A partir da atividade anterior, questione e discuta com os alunos:
a. Existe uma maneira de amenizar estes fenômenos (Cânion urbano e ilhas de
calor)?
b. O que seria uma inversão térmica?
Professor, nos links a seguir, há vídeos com exemplos de experimentos sobre
correntes de convecção. Eles podem ser utilizados como elemento disparador da
atividade. Sugestões de vídeo para elaborar experimento:
http://www.youtube.com/watch?v=dkZaiedR_ww ou
http://www.youtube.com/watch?v=m716-rtP2BE
 Solicite aos grupos que apresentem as conclusões sobre o que foi trabalhado em aula
e que elaborem um experimento sobre correntes de convecção.
 Proponha a elaboração de um relatório do experimento realizado, contendo:
c. Título;
d. Resumo teórico do conteúdo;
e. Material utilizado;
f. Objetivo;
g. Processo de elaboração;
h. Conclusão.
Habilidades
 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e
integrador da organização do mundo e da própria identidade.
 Reconhecer diferentes funções da arte e, no caso específico da literatura de 30, o de
denúncia da realidade social.
 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando
aspectos do contexto histórico, social e político. Perceber como a literatura da seca é
caracterizada pelo texto “enxuto” dos autores que tratam dessa temática.
 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção
do texto literário.
 Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de
organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e
informação.
 Identificar em Vidas Secas a objetividade e urgência social das personagens
retratadas.
 Perceber as marcas das culturas regionais nos textos da e sobre a geração de 30.
 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações
de comunicação.
 Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade de vida
humana, medidas de conservação, recuperação e utilização sustentável da biodiversidade.
 Identificar processos biológicos e suas etapas.
 Relacionar os processos biológicos com a preservação ambiental.
 Analisar a atividade humana em questões de mudanças ambientais.
 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes e efeitos em sistemas
naturais.
 Avaliar impactos ambientais decorrentes de atividades humanas ou econômicas.
 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as
nações.
 Comparar
o
significado
histórico-geográfico
das
organizações
políticas
e
socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.
 Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da
participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
 Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e
interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das
instituições sociais, políticas e econômicas.
 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
 Identificar, em fontes diversas, o processo de ocupação dos meios físicos e as
relações da vida humana com a paisagem.
 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em
consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de
interlocução.
 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu públicoalvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
 Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento
do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
 Compreender os modos pelos quais o calor é transferido entre os corpos.
 Identificar situações do cotidiano e fatos que ocorrem na natureza em função da
transferência do calor.
 Tratar e relacionar matematicamente tais conceitos.
 Solucionar matematicamente problemas de troca de calor, tomando como base
situações vividas no cotidiano.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Texto para a questão 1:
Sinhá Vitória tinha amanhecido nos seus azeites. Fora de propósito, dissera ao marido
umas inconveniências a respeito da cama de varas. 1Fabiano, que não esperava semelhante
desatino, apenas grunhira: - “Hum! hum!” E amunhecara, porque realmente mulher é bicho
difícil de entender, 4deitara-se na rede e pegara no sono. Sinhá Vitória andara para cima e para
baixo, procurando em que desabafar. Como achasse tudo em ordem, queixara-se da vida. 2E
agora vingava-se em Baleia, dando-lhe um pontapé.
Avizinhou-se da janela baixa da cozinha, viu os meninos entretidos no barreiro, sujos de
lama, fabricando bois de barro, que secavam ao sol, sob o pé-de-turco, e 5não encontrou
motivo para repreendê-los. Pensou de novo na cama de varas e mentalmente xingou Fabiano.
Dormiam naquilo, tinha-se acostumado, mas sena mais agradável dormirem numa cama de
lastro de couro, como outras pessoas.
7
Fazia mais de um ano que falava nisso ao marido. 3Fabiano a princípio concordara com
ela, mastigara cálculos, tudo errado. Tanto para o couro, tanto para a armação. Bem. Poderiam
adquirir o móvel necessário economizando na roupa e no querosene. 6Sinha Vitória
respondera que isso era impossível, porque eles vestiam mal, as crianças andavam nuas, e
recolhiam-se todos ao anoitecer. Para bem dizer, não se acendiam candeeiros na casa.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro; São Paulo: Record; Martins, 1975. p. 4243.
1. (UFF 2012) A partir do texto acima, identifique a alternativa que contém a característica
correta em relação à análise da obra de Graciliano Ramos e à sua inclusão na ficção
regionalista dos anos 30.
a) Valorização do espaço urbano e das relações de poder.
b) Ênfase em aspectos pitorescos da paisagem nordestina.
c) Utilização de linguagem predominantemente metafórica.
d) Atitude crítica e comprometida frente à realidade social.
e) Opção preferencial por personagens pertencentes à classe dominante.
Texto para a próxima questão:
Vivia longe dos homens, só se dava bem com os animais. Os seus pés duros quebravam
espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se
a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia.
Graciliano Ramos, Vidas secas.
2. (Mackenzie 2012) No texto, a descrição do personagem Fabiano aponta para as seguintes
características, EXCETO:
a) adaptação do personagem ao meio natural.
b) identificação com o animal.
c) caráter antissocial.
d) comportamento primitivo e espontâneo.
e) revolta devido a sua condição familiar.
Texto para as próximas duas questões:
As questões a seguir tomam por base uma passagem do romance regionalista Vidas Secas, de
Graciliano Ramos (1892-1953).
Contas
Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas
como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho,
comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de
um cabrito.
Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos.
Tolice, quem é do chão não se trepa. Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho,
recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes.
Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados,
engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão
descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia
conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço
inchando. De repente estourava:
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do
chão não se trepa.
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não
tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava
encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim
deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinhá Vitória mandou os meninos
para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias
espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao
fechar o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória, como de costume, diferiam das do
patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente
que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não
se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco,
entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e
nunca arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar
serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem.
Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não
fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com
gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher,
provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como
não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não
cair noutra.
(Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)
3. (Unesp 2011) Quem é do chão não se trepa.
Fabiano emprega duas vezes este provérbio para retratar com certo determinismo sua
situação, que ele considera impossível de ser mudada. Há outros que poderiam ser utilizados
para retratar essa atitude de desânimo ante algo que parece irreversível.
Na relação de provérbios abaixo, aponte aquele que não poderia substituir o empregado por
Fabiano, em virtude de não corresponder àquilo que a personagem queria significar.
a) Quem nasce na lama morre na bicharia.
b) Quem semeia ventos colhe tempestades.
c) Quem nasceu pra tostão não chega a milhão.
d) Quem nasceu pra ser tatu morre cavando.
e) Os paus, uns nasceram para santos, outros para tamancos.
4. (Unesp 2011) Lendo atentamente o fragmento de Vidas secas, percebe-se que o foco
principal é o das transações entre Fabiano e o proprietário da fazenda. Aponte a alternativa
que não corresponde ao que é efetivamente exposto pelo texto.
a) O proprietário era, na verdade, um benfeitor para Fabiano.
b) Fabiano declarava-se “um bruto” ao proprietário.
c) O proprietário levava sempre vantagem na partilha do gado.
d) Fabiano sabia que era enganado nas contas, mas não conseguia provar.
e) Fabiano aceitava a situação e se resignava, por medo de ficar sem trabalho.
Texto para as próximas três questões:
O texto a seguir foi retirado da obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas. Esse romance
completou, em agosto de 2008, 70 anos de sua primeira publicação. É narrado em terceira
pessoa (ao contrário das obras anteriores de Graciliano) e pertence a um gênero intermediário
entre romance e livro de contos.
Fabiano, uma coisa da fazenda, 1um triste, seria despedido quando menos esperasse.
Ao ser contratado, recebera o cavalo de fábrica, peneiras, gibão, guarda-peito e sapatões 3de
couro, mas ao sair largaria tudo ao vaqueiro 7que o substituísse.
Sinhá Vitória desejava possuir uma cama igual à de seu Tomás da bolandeira. Doidice.
Não dizia nada para não contrariá-la, mas sabia que era doidice. Cambembes podiam
ter luxo? E estavam ali de passagem.
Qualquer dia o patrão os botaria fora, e eles ganhariam o mundo, sem rumo, nem teria
meio de conduzir os cacarecos. Viviam de trouxa amarrada, dormiriam bem debaixo de um
pau.
Olhou a caatinga 4amarela, 5que o poente avermelhava. Se a seca chegasse, não ficaria
planta 2verde. Arrepiou-se. Chegaria, naturalmente. Sempre tinha sido assim, desde que ele se
entendera.
E antes de se entender, antes de nascer, 8sucedera o mesmo - anos bons, misturados
com anos ruins. A desgraça estava em caminho, talvez andasse perto. Nem valia a pena
trabalhar. Ele marchando para casa, trepando a ladeira, espalhando 6seixos 9com as alpercatas
- ela se avizinhando 10a galope, com vontade de matá-lo.
(Vidas Secas - Graciliano Ramos)
5. (IBMECRJ 2009) Graciliano Ramos é um dos integrantes da segunda geração do
Modernismo, ou Modernismo de 1930. Nas opções a seguir, assinale a que apresenta o
principal caminho desse estilo de época:
a) A poesia destruidora da tradição.
b) A prosa introspectiva.
c) A linguagem revolucionária.
d) O regionalismo nordestino.
e) A prosa de tendências fantásticas.
6. (IBMECRJ 2009) Pode-se dizer que no primeiro parágrafo do texto o autor procurar
expressar:
a) A fazenda como lugar de produção agrícola.
b) A boa relação entre patrão e empregado nos grandes latifúndios.
c) A tristeza e melancolia da vida rural.
d) A condição de insegurança do trabalhador rural, sem qualquer estabilidade.
e) A necessidade de apetrechos especiais para o trabalho rural.
7. (G1 - CFTRJ 2014) Carbono carioca
“O Rio de Janeiro (RJ) foi o primeiro município latino-americano a fazer um inventário de suas
emissões de gases-estufa. O estudo foi realizado em 2000, quando pesquisadores
contabilizaram o quanto a cidade emitirá nos anos de 1996 e 1998. Resultado: 10,04 e 10,09
milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), respectivamente. A capital carioca parece ter
tirado férias dos cálculos. Só voltou à ativa em 2010 – quando fez um novo inventário, segundo
o qual, em 2005, a cidade teria lançado aos ares 11,3 milhões de gases-estufa. E novos dados
estão por vir: está previsto para o final de 2013 o inventário referente às emissões de 2012.
[...] Um parêntese: quando inventários falam em ‘emissões de carbonos’, eles referem-se ao
conceito de carbono equivalente”, pois não consideram apenas o CO2, e sim a soma dos seis
principais gases de emissão antrópica que supostamente agravam o aquecimento global:
dióxido de carbono, metano [...]“.
(Ciência Hoje, p. 43, ago. 2013)
O CO2, como o gás metano, são considerados gases de efeito estufa na atmosfera. E, por essa
razão, são relacionados ao aquecimento global. Marque a opção que justifica corretamente
essa relação.
a) A grande quantidade de CO2 e de metano na atmosfera protege o planeta da exposição à
radiação ultravioleta. Dessa forma, o planeta se mantém aquecido.
b) Estes gases permitem que grande parte da radiação infravermelha refletida pela superfície
terrestre escape para o espaço, assim a superfície da Terra é aquecida.
c) A presença de CO2 e de metano na atmosfera resulta no efeito estufa em razão da
capacidade de essas moléculas absorverem a energia proveniente da radiação infravermelha.
d) O gás carbônico (CO2) e o metano são gases que aumentam a perda de calor para o espaço,
o que leva ao aquecimento do planeta pelo efeito estufa.
8. (FGV 2013) Leia as notícias a seguir.
“Pesquisadores afirmam que o mar de gelo está ficando cada vez mais fino e vulnerável no
norte do planeta. No mês de setembro, o derretimento deixou o gelo do Ártico no seu menor
nível em mais de 30 anos, desde que começaram as medições via satélite”.
(www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120907_artico_derretimento_dg.shtml.
Adaptado).
“Cerca de um mês após o anúncio do maior derretimento de gelo já registrado no Ártico, o
Centro Nacional de Informações sobre Neve e Gelo dos EUA (NSIDC) liberou dados que
mostram que a cobertura congelada na região da Antártica bateu recorde neste ano com
relação aos anos anteriores. Não há, também, evidências de que o fenômeno significaria que
não esteja havendo aquecimento global.”
(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/10/apos-degelo-no-articoantartica-bate-recordede-congelamento-diz-instituto.html. Adaptado).
A hipótese científica atualmente mais verossímil, em relação às mudanças climáticas nas quais
se constatam a aceleração do degelo no Ártico e o maior congelamento na Antártica, está
fundamentada:
a) na liberação de gases poluentes, por meio da combustão, intensificada a partir da revolução
industrial.
b) no fato de o planeta ser capaz de compensar isoladamente as alterações climáticas em
diferentes regiões.
c) no efeito sazonal de grande amplitude, recorrente a cada ano, nos invernos e verões
polares.
d) nos eventos geológicos de grande magnitude, tais como terremotos e tsunâmis, ocorridos
recentemente.
e) na poluição das águas continentais e oceânicas em função de desastres ambientais.
9. (Unicamp 2008) Muito se tem comentado sobre o aquecimento global, e um dos assuntos
mais debatidos é o aumento do aquecimento provocado por emissões de CO2 e sua relação
com o efeito estufa. Um dos métodos mais discutidos para neutralizar o CO2 consiste na
realização de cálculos específicos para saber quanto CO2 é lançado na atmosfera por
determinada atividade, e quantas árvores devem ser plantadas para absorver esse CO2. Por
outro lado, sabe-se que se, por absurdo, todo o CO2 fosse retirado da atmosfera, as plantas
desapareceriam do planeta.
a) Explique como as plantas retiram CO2 da atmosfera e por que elas desapareceriam se todo o
CO2 fosse retirado da atmosfera?
b) Considerando o ciclo do carbono esquematizado na figura a seguir, identifique e explique os
processos biológicos responsáveis pelo retorno do CO2 para a atmosfera.
10. (Fuvest 2007) As crescentes emissões de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido
nitroso (N2O), entre outros, têm causado sérios problemas ambientais, como por exemplo a
intensificação do efeito estufa. Estima-se que, dos 6,7 bilhões de toneladas de carbono
emitidas anualmente pelas atividades humanas, cerca de 3,3 bilhões acumulam-se na
atmosfera, sendo os oceanos responsáveis pela absorção de 1,5 bilhão de toneladas, enquanto
quase 2 bilhões de toneladas são sequestradas pelas formações vegetais.
Assim, entre as ações que contribuem para a redução do CO2 da atmosfera, estão a
preservação de matas nativas, a implantação de reflorestamentos e de sistemas agroflorestais
e a recuperação de áreas de matas degradadas.
O papel da vegetação, no sequestro de carbono da atmosfera, é:
a) diminuir a respiração celular dos vegetais devido a grande disponibilidade de O2 nas
florestas tropicais.
b) fixar o CO2 da atmosfera por meio de bactérias decompositoras do solo e absorver o
carbono livre por meio das raízes das plantas.
c) converter o CO2 da atmosfera em matéria orgânica, utilizando a energia da luz solar.
d) reter o CO2 da atmosfera na forma de compostos inorgânicos, a partir de reações de
oxidação em condições anaeróbicas.
e) transferir o CO2 atmosférico para as moléculas de ATP, fonte de energia para o metabolismo
vegetal.
11. (Unicamp 2006) O aquecimento global é assunto polêmico e tem sido associado à
intensificação do efeito estufa. Diversos pesquisadores relacionam a intensificação desse
efeito a várias atividades humanas, entre elas a queima de combustíveis fósseis pelos meios de
transporte nos grandes centros urbanos.
a) Explique que relação existe entre as figuras A e B e como elas estariam relacionadas com a
intensificação do efeito estufa.
b) Por que a intensificação do efeito estufa é considerada prejudicial para a Terra?
c) Indique outra atividade humana que também pode contribuir para a intensificação do efeito
estufa. Justifique.
12. (Unesp 2005) As crescentes emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases na
atmosfera têm causado sérios problemas ambientais, como por exemplo o efeito estufa e o
consequente aquecimento global. A concentração deste gás na atmosfera, que era de 280
partes por milhão (ppm) em 1800, atingiu 380 ppm nos dias atuais. Em termos práticos, a
assinatura do Protocolo de Kyoto em 1997 teve por objetivo obrigar os países a contribuir para
a redução da concentração de CO2 na atmosfera nos próximos anos. Uma das alternativas
levantadas pelo Protocolo de Kyoto para diminuir esta concentração é a de incrementar o
sequestro de carbono da atmosfera. Considerando o ciclo global do carbono, responda:
a) Atualmente, qual é o principal fator, relacionado com produção de energia, responsável
pela emissão em taxas crescentes de CO2 na atmosfera? Considerando a atividade industrial,
cite duas medidas práticas que poderiam contribuir para diminuir a emissão de CO2.
b) Cite um processo biológico que possibilita o sequestro de carbono da atmosfera e uma
situação ou medida prática para que este sequestro ocorra.
13. (ENEM 2013) A invenção da geladeira proporcionou uma revolução no aproveitamento dos
alimentos, ao permitir que fossem armazenados e transportados por longos períodos. A figura
apresentada ilustra o processo, cíclico de funcionamento de uma geladeira, em que um gás no
interior de uma tubulação é forçado a circular entre o congelador e a parte externa da
geladeira. É por meio dos processos de compressão, que ocorre na parte externa, e de
expansão, que ocorre na parte interna, que o gás proporciona a troca de calor entre o interior
e o exterior da geladeira.
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Nos processos de transformação de energia envolvidos no funcionamento da geladeira,
a) a expansão do gás é um processo que cede a energia necessária ao resfriamento da parte
interna da geladeira.
b) o calor flui de forma não-espontânea da parte mais fria, no interior, para a mais quente, no
exterior da geladeira.
c) a quantidade de calor cedida ao meio externo é igual ao calor retirado da geladeira.
d) a eficiência é tanto maior quanto menos isolado térmica mente do ambiente externo for o
seu compartimento interno.
e) a energia retirada do interior pode ser devolvida à geladeira abrindo-se a sua porta, o que
reduz seu consumo de energia.
14. (ENEM 2013) Quatro grandes blocos de gelo, de
mesma massa e à mesma temperatura inicial, envoltos
em plástico impermeável, são pendurados na parede
de um quarto à temperatura de 25oC, com portas e
janelas fechadas. Conforme a figura abaixo, os blocos
A e B estão pendurados próximos ao teto e os blocos C
e D estão próximos ao chão. Os blocos A e D estão
enrolados em cobertores; os outros dois não estão.
Considere que o único movimento de ar no quarto se á
pela corrente de convecção.
a) Reproduza a figura no caderno de respostas e indique com setas o sentido do movimento do
ar mais quente e do ar mais frio.
b) Qual dos blocos de gelo vai derreter primeiro e qual vai demorar mais para derreter?
15. (ENEM 2013) O diagrama abaixo representa, de forma esquemática e simplificada, a
distribuição da energia proveniente do Sol sobre a atmosfera e a superfície terrestre. Na área
delimitada pela linha tracejada, são destacados alguns processos envolvidos no fluxo de
energia na atmosfera.
A chuva é o fenômeno natural responsável pela manutenção dos níveis adequados de água
dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Esse fenômeno, assim como todo o ciclo hidrológico,
depende muito da energia solar. Dos processos numerados no diagrama, aquele que se
relaciona mais diretamente com o nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas é o de
número.
a)I
b)II
c)III
d)IV
e) V
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