Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS 2014

Propaganda
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
EM IFRS
Dezembro
2014
| 1
2 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
SUMÁRIO
SUMÁRIO .................................................................................................................................................................................... 3
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................................................................ 5
SENHORES ACIONISTAS .............................................................................................................................................................. 5
CONTEXTO ECONÔMICO E FINANCEIRO .................................................................................................................................... 6
ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS ........................................................................................................................................................ 6
DESEMPENHO FINANCEIRO ....................................................................................................................................................... 7
LUCRO LÍQUIDO.......................................................................................................................................................................... 7
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................................................................................. 8
DESEMPENHO PATRIMONIAL..................................................................................................................................................... 8
ATIVO ......................................................................................................................................................................................... 9
TÍTULO DE INVESTIMENTO ......................................................................................................................................................... 9
EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTO A CLIENTES ........................................................................................................................ 10
PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO .................................................................................................................. 11
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................................................................. 11
MODELO DE NEGÓCIOS............................................................................................................................................................ 12
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES....................................................................................................................... 13
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS............................................................................................................................................ 16
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO ................................................................................................................................. 17
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO................................................................................................................... 18
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTE ........................................................................................... 19
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA ........................................................................................................ 20
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................... 21
NOTAS EXPLICATIVAS ............................................................................................................................................................ 22
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ........................................................................... 23
1. INFORMAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................................................... 23
2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ................................................................................................................. 23
3. NOVOS PRONUNCIAMENTOS E ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DE PRONUNCIAMENTOS EXISTENTES........................... 39
4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS ......................................................................................................... 41
5. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ........................................................................................................................................ 42
6. INFORMAÇÕES POR SEGMENTOS ........................................................................................................................................ 58
7. RECONCILIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DO LUCRO LÍQUIDO ENTRE BR GAAP E IFRS................................................ 60
8. DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL ....................................................................................... 61
9. ATIVOS FINANCEIROS ........................................................................................................................................................... 62
10. OUTROS ATIVOS ................................................................................................................................................................. 69
11. INVESTIMENTOS ................................................................................................................................................................. 69
12. IMOBILIZADO...................................................................................................................................................................... 70
13. INTANGÍVEL ........................................................................................................................................................................ 71
14. PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO......................................................................................................................... 71
15. PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO ............................................................................................................ 72
16. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO .............................................................................................. 73
17. PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES .............................................................................................................. 73
18. TRIBUTOS DIFERIDOS ......................................................................................................................................................... 75
19. OUTROS PASSIVOS ............................................................................................................................................................. 76
20. ATIVOS EM GARANTIA........................................................................................................................................................ 76
21. PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO .............................................................................................................................. 76
22. RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES ....................................................................................................................... 79
23. GANHOS (PERDAS) LÍQUIDOS COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS ............................................................................. 79
24. RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ............................................................................................................................. 80
25. DESPESAS DE PESSOAL ....................................................................................................................................................... 80
26. OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS .............................................................................................................................. 80
27. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS ..................................................................................................................................... 81
28. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS .................................................................................................................................... 81
29. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .................................................................................................................. 82
30. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO PÓS-EMPREGO A EMPREGADOS........................................................ 82
| 3
31. COMPROMISSOS E OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES ................................................................................................. 92
32. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ...................................................................................................................... 92
Índice de Tabelas
Tabela 1: Demonstrativo de Resultados Pro Forma (R$ Milhões) .......................................................................... 8
Tabela 2: Distribuição do Resultado (R$ Milhões) .................................................................................................. 8
Tabela 3: Títulos de Investimento (R$ Milhões).................................................................................................... 10
Tabela 4: Composição dos Empréstimos e Adiantamentos a Clientes (R$ Milhões) ............................................ 10
Tabela 5: Composição dos Passivos Financeiros do Custo Amortizado (R$ Milhões) ........................................... 11
Tabela 6: Segmento de Negócios (R$ Mil) ............................................................................................................ 12
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Evolução do Ativo Total .......................................................................................................................... 9
Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido ........................................................................................................... 11
4 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
5
| 5
SENHORES ACIONISTAS
Apresentamos o Relatório da Administração e as Demonstrações financeiras consolidadas do Banco do Estado
do Rio Grande do Sul S.A. relativas ao exercício de 2014, em atendimento às exigências estabelecidas pelo
Banco Central do Brasil, por meio da Resolução n° 3.786/09 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e
Circulares n° 3.472/09 e n° 3.516/10, que disciplinam a elaboração de demonstrações consolidadas de acordo
com o padrão contábil internacional – IFRS (International Financial Reporting Standards), conforme aprovado
pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB), traduzidos para a língua portuguesa por entidade
brasileira credenciada pela International Accounting Standards Committee Foundation (IASC).
Informações sobre o modelo de negócios do Banco, gestão de riscos e governança corporativa estão
disponíveis no site http://www.banrisul.com.br, nas rotas: Relações com Investidores/Informações aos
Investidores/Formulário de Referência; Relações com Investidores/Governança Corporativa/Gerenciamento de
Riscos/Relatório de Gerenciamento de Riscos, atualizadas, conforme última publicação na rota: Relações com
Investidores/Informações aos Investidores/Divulgação de Resultados/4T14.
CONTEXTO ECONÔMICO E FINANCEIRO
Ao longo do ano de 2014, o cenário econômico internacional foi marcado pelo aumento da volatilidade e da
aversão ao risco, associado à perspectiva de início do processo de normalização da política monetária nos EUA
e ao recrudescimento do ambiente econômico na Zona do Euro. Com efeito, a economia norte-americana
manteve movimento de recuperação, com aumento cauteloso dos juros básicos. Na Zona do Euro, por outro
lado, as tensões geopolíticas resultaram em deterioração adicional das condições econômicas, sobretudo da
confiança pessoal e corporativa, a despeito da adoção de medidas complementares de flexibilização da política
monetária. A economia chinesa, por sua vez, apresentou crescimento menos dinâmico, em linha com o
processo de rebalanceamento econômico em curso, contribuindo para o aumento da volatilidade observado
no período.
No Brasil, a atividade doméstica manteve expansão abaixo da potencial, refletindo adversamente sobre os
resultados do consumo e do investimento, os quais se apresentaram contidos e inferiores ao observado em
anos recentes. A piora nos indicadores da dívida pública, conjugada à recuperação consistente da economia
norte-americana, resultou na intensificação das pressões de desvalorização da moeda doméstica, contribuindo
para a resistência inflacionária e, em última análise, para a retomada do ciclo de elevação dos juros básicos.
Alinhado a esse comportamento, o mercado de crédito registrou crescimento moderado, retratando, de um
lado, a menor exposição por parte de instituições financeiras, e, de outro, a desalavancagem de famílias e
empresas.
Na esteira da estagnação da atividade econômica nacional, a economia do Rio Grande do Sul, a despeito do
desempenho favorável da safra de grãos, apresentou baixo dinamismo, em particular no setor industrial, que
aprofundou dificuldades, sobretudo relacionadas ao ambiente de desaceleração da demanda agregada, de
aumento dos custos de produção e de crise econômica em importantes parceiros comerciais. Da mesma forma,
o comércio exterior mostrou-se enfraquecido, com as exportações somando US$18,6 bilhões no acumulado de
janeiro a dezembro de 2014, o que representou queda de 25,8% frente a igual período do ano anterior. Por sua
vez, as importações acumuladas no mesmo período somaram US$14,9 bilhões, representando recuo de 10,9%
na mesma base de comparação. Com isso, o saldo comercial do período registrou superávit de US$3,7 bilhões,
revelando queda de 55,9% ante o mesmo período de 2013.
ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS
O projeto estratégico em execução no Banrisul está referenciado em quatro pilares: (i) qualificação do
atendimento, abrangendo a modernização e padronização da rede de agências e a capacitação contínua dos
6 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
empregados; (ii) excelência na gestão de custos administrativos; (iii) manutenção de investimentos em
tecnologia e inovação e (iv) expansão da escala de negócios, através do incremento da carteira de crédito, da
oferta de produtos financeiros e da ampliação dos pontos de atendimento. Em 2014, o Banrisul avançou na
estratégia de diversificação de receitas, por meio do estabelecimento de parceria na área de seguros e do
fortalecimento dos negócios de adquirência.
Em março de 2014, o Banrisul lançou a marca da rede adquirência da Instituição - Vero. A rede multibandeira
oferece soluções e serviços, priorizando o acesso via internet. Ao final de 2014, o negócio de adquirência
transacionou R$14.950,8 milhões, 41,7% acima do ano de 2013.
Ao final de 2014, o Banrisul firmou acordo de distribuição de produtos de seguro de vida e previdência da Icatu
Seguros nos canais da Instituição. A parceria visa introduzir o Banco no mercado brasileiro de seguros e
previdência, que está sofrendo um grande avanço nos últimos anos. A negociação já foi aprovada pelo Banco
Central do Brasil, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica e pela Superintendência de Seguros
Privados – SUSEP. Em 2015, com a criação da joint venture, o Banrisul será detentor de 49% do capital.
O resultado gerado em 2014 foi afetado pelos seguintes eventos extraordinários: (i) reestruturação dos planos
de benefícios pós-emprego; (ii) implementação do Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI); (iii) convênio com
a Icatu Seguros S.A. para distribuição, em caráter de exclusividade, de produtos de seguros de vida e
previdência e (iv) efeitos fiscais incidentes sobre os eventos não recorrentes.
DESEMPENHO FINANCEIRO
LUCRO LÍQUIDO
O lucro líquido acumulado, em 2014, atingiu R$621,0 milhões, R$128,0 milhões ou 17,1% abaixo do valor
registrado no ano de 2013, impactado pelo crescimento das despesas administrativas (R$290,3 milhões ou
12,2%), face, principalmente, ao aumento das despesas com originação de crédito consignado via
correspondentes, pelo acréscimo das despesas com provisão para impairment (R$165,2 milhões ou 23,2%),
movimento minimizado, em parte, pela elevação das receitas de prestação de serviços (R$205,9 milhões ou
20,3%) e pela redução das despesas com IR e CSLL (R$159,8 milhões ou 51,7%).
A reconciliação entre o resultado apurado pelas práticas contábeis brasileiras (BR GAAP) e o padrão contábil
internacional (IFRS) abrange as seguintes contas:
... R$23,7 milhões no resultado de variação cambial em transações no exterior, motivado por exigências
da IAS 21, que determina a criação de uma reserva específica no patrimônio líquido, “Resultado
Abrangente Acumulado”, que registre os ganhos ou perdas acumulados gerados na conversão de
dependências no exterior, diferentemente das práticas adotadas no Brasil, onde são registradas
diretamente no resultado;
... R$93,7 milhões na provisão para impairment, resultante da diferença de conceito no modelo de
mensuração de provisão para operações de crédito, onde passa de “perda esperada”, baseada na
análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade na visão de BR GAAP, para “perda
incorrida”, que requer a identificação objetiva de redução de valor como resultado de um ou mais
eventos ocorridos após o reconhecimento inicial do ativo financeiro de acordo com IFRS;
... R$15,3 milhões das outras despesas administrativas, em função das despesas de depreciação e
amortização, modificadas pela revisão de vida útil dos bens do imobilizado, e das despesas de
operações de leasing, devido ao reconhecimento de leasing financeiro, conforme normas do IFRS;
... R$31,4 milhões nas despesas com imposto de renda e contribuição social, referentes ao
reconhecimento dos tributos diferidos incidentes sobre os ajustes de reconciliação do IFRS.
| 7
TABELA 1: DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS PRO FORMA (R$ MILHÕES)
Receita Líquida com Juros
Receita de Dividendos
Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros
Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior
Receita de Prestação de Serviços
Perdas com Ativos Financeiros
Provisão para Impairment
Recuperação de Crédito Baixado para Prejuízo
Outras Receitas / Despesas Operacionais
Despesas de Pessoal
Outras Despesas Administrativas
Despesas Tributárias
Resultado de Participação em Coligadas e Controladas
Outras Receitas Operacionais
Outras Despesas Operacionais
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
Lucro Líquido do Exercício
Dez 2014
BR GAAP
3.136,1
3,1
137,4
112,4
1.218,1
(597,0)
(784,2)
187,2
(3.137,5)
(1.626,0)
(1.061,4)
(319,4)
3,2
482,5
(616,3)
872,7
(180,9)
691,4
Reconciliação
(23,7)
(93,7)
(93,7)
15,3
15,3
31,4
(70,8)
Dez 2014
IFRS
3.136,1
3,1
137,4
88,7
1.218,1
(690,7)
(877,9)
187,2
(3.122,2)
(1.626,0)
(1.046,1)
(319,4)
3,2
482,5
(616,3)
770,5
(149,5)
621,0
Dez 2013
IFRS
3.154,0
2,8
177,0
31,8
1.012,2
(551,2)
(712,7)
161,6
(2.768,3)
(1.451,4)
(930,4)
(279,2)
1,5
230,2
(339,0)
1.058,3
(309,3)
749,0
∆%
-0,6%
11,9%
-22,4%
178,6%
20,3%
25,3%
23,2%
15,9%
12,8%
12,0%
12,4%
14,4%
111,2%
109,6%
81,8%
-27,2%
-51,7%
-17,1%
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS
A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul, descrita no estatuto social da empresa e aprovada
desde março de 2009, especifica um percentual mínimo de 25% a ser pago aos acionistas a título de dividendos
mínimos obrigatórios e um percentual adicional de 15% como dividendos complementares, totalizando a
distribuição de 40% do lucro líquido ajustado para os exercícios seguintes, que pode ser pago na forma de juros
sobre o capital próprio, tratado como despesa dedutível para fins de impostos e contribuições.
O valor pago a título de juros sobre o capital próprio é limitado à variação pro rata die da Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) e seu pagamento é realizado trimestralmente, segundo determinação do Conselho de
Administração.
A remuneração dos acionistas foi e continuará sendo calculada e paga com base nos lucros apurados de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP).
Em 2014, a distribuição dos resultados alcançou R$264,4 milhões, composta por R$252,4 milhões na forma de
juros sobre o capital próprio, descontado do imposto de renda retido na fonte, e R$12,0 milhões como
dividendos complementares.
TABELA 2: DISTRIBUIÇÃO DO RESULTADO (R$ MILHÕES)
Lucro Líquido do Exercício BR GAAP
Reserva Legal
Base de Cálculo dos Dividendos
Dividendo Mínimo Obrigatório (25%)
Dividendo Adicional (15%)
Dividendos Totais
Juro Sobre o Capital Próprio Pagos (1)
Dividendos Pagos e Provisionados
(1) Valor líquido do Imposto de Renda
8 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
2014
691,4
(30,4)
661,0
(165,3)
(99,2)
(264,4)
252,4
12,0
2013
791,6
(39,6)
752,0
(188,0)
(112,8)
(300,8)
231,4
69,4
∆%
-12,7%
-23,2%
-12,1%
-12,1%
-12,1%
-12,1%
9,1%
-82,7%
DESEMPENHO PATRIMONIAL
ATIVO
O ativo total atingiu R$60.461,0 milhões em dezembro de 2014, com evolução de R$6.346,1 milhões ou 11,7%
acima do montante de 2013.
Na composição dos ativos, destaca-se, principalmente, a participação dos empréstimos e recebíveis, em 48,3%,
dos títulos de investimentos, em 31,2%, e das disponibilidades e reservas do Banco Central do Brasil em 10,7%.
Em relação às fontes de recursos que alavancaram o aumento do ativo, incluem-se os passivos financeiros a
custo amortizado que alcançaram R$45.471,1 milhões, compostos, especialmente, pelas captações com
clientes e bancos, em R$34.135,4 milhões, com expansão de R$3.490,8 milhões, pelas captações no mercado
aberto, em R$4.318,2 milhões, com crescimento de R$97,5 milhões e pelas obrigações por repasses e
empréstimos, em R$4.179,6 milhões, com crescimento de R$692,1 milhões.
O montante proveniente da captação de recursos no exterior, R$2.222,5 milhões, classificada como passivo
financeiro ao valor justo, também contribuiu para a geração de funding para ativos.
Gráfico 1: Evolução do Ativo Total - R$ Milhões
60.461,0
54.115,0
47.565,7
2012
2013
2014
TÍTULO DE INVESTIMENTO
Os títulos de investimento alcançaram o saldo de R$18.893,9 milhões em dezembro de 2014, com incremento
de R$384,7 milhões ou 2,1% em doze meses.
Em relação à composição dos títulos, salienta-se a participação de 80,8% dos títulos mantidos até o
vencimento, no montante de R$15.266,3 milhões, de 12,8% dos títulos mantidos para negociação, que
totalizaram R$2.426,5 milhões, de 3,3% de ativos financeiros disponíveis para venda, que atingiram R$615,2
milhões e de 3,1% em instrumentos financeiros derivativos, que somaram R$585,9 milhões.
Quanto aos tipos de papeis gerenciados, os títulos estão concentrados, especialmente, em letras financeiras do
tesouro (LFT), em R$16.858,8 milhões e em Instrumentos Financeiros Derivativos em R$585,9 milhões.
O Banrisul possui capacidade financeira, comprovada através de estudos técnicos desenvolvidos internamente,
e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento”,
conforme disposto no artigo 8º da Circular n° 3.068, de 08.11.2001, do Banco Central do Brasil.
| 9
TABELA 3: TÍTULOS DE INVESTIMENTO (R$ MILHÕES)
Aplicações Financeiras Avaliadas ao Valor Justo
Títulos Mantidos para Negociação
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
Ações de Companhias Abertas
Cessão Fiduciária - LFT
Cotas de Fundo de Renda Fixa
Cotas de Fundo de Referenciado
Outras Cotas de Fundos
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
Ações de Companhias Abertas
Certificados de Privatização
Cotas de Fundo de Renda Fixa
Cotas de Fundo Imobiliário
Outras Cotas de Fundos
Instrumentos Financeiros Derivativos
Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado
Títulos Mantidos até o Vencimento
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
Fundo de Compensações das Variações Salariais (CVS)
Letras Hipotecárias (LH)
Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI)
Nota Promissória Comercial - NPC
Debêntures
Letras Financeiras
Outros
Títulos de Investimento
2014
2.426,5
2.426,5
2.175,0
15,3
233,3
0,2
2,7
615,2
592,4
10,8
0,0
10,2
1,7
0,1
585,9
15.266,3
15.266,3
14.076,0
130,0
1,3
2,3
178,8
169,9
702,6
5,3
18.893,9
2013
4.005,3
4.005,3
3.956,5
29,0
18,4
1,4
878,9
863,3
12,2
0,0
1,4
1,9
0,1
315,7
13.309,2
13.309,2
12.692,4
138,6
8,9
2,9
130,1
21,0
185,7
129,6
18.509,1
∆%
-39,4%
-39,4%
-45,0%
-47,3%
1169,7%
95,6%
-30,0%
-31,4%
-11,9%
16,7%
632,7%
-9,2%
1,0%
85,6%
14,7%
14,7%
10,9%
-6,2%
-85,1%
-21,5%
37,5%
709,3%
278,4%
-95,9%
2,1%
EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTO A CLIENTES
Os empréstimos e adiantamentos a clientes alcançaram o montante de R$30.725,8 milhões, com crescimento
de R$3.840,5 milhões ou 14,3% em relação a dezembro de 2013.
Em dezembro de 2014, o crédito comercial apresentou participação de 65,2% no total dos empréstimos e
adiantamentos, seguidos de 10,5% do crédito imobiliário, de 8,9% do crédito rural, de 8,0% da carteira de
financiamento de longo prazo e de 3,9% das instituições de crédito – empréstimos e títulos descontados.
Em relação aos vencimentos dos empréstimos e adiantamentos a clientes, em dezembro de 2014, pode-se
observar que R$595,6 milhões ou 1,9% do total da carteira estavam concentrados em parcelas vencidas há
mais de quinze dias, R$14.294,1 milhões ou 46,5% do montante, formavam as parcelas a vencer em até 12
meses, e R$15.836,1 milhões ou 51,6%, constituíam as parcelas com vencimentos acima de 12 meses, situação
apresentada na avaliação da exposição dos riscos de descasamentos temporais entre ativos e passivos.
TABELA 4: COMPOSIÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTOS A CLIENTES (R$ MILHÕES)
Comercial
Pessoa Física
Empréstimos e Títulos Descontados
Financiamentos Direto ao Consumidor
Cartão de Crédito
Pessoa Jurídica
Empréstimos e Títulos Descontados - Outros
Financiamentos Direto ao Consumidor
Cartão de Crédito
Dependências no Exterior
Imobiliário
Créditos Vinculados a Cessão
Rural
Financiamentos a Longo Prazo
Câmbio
Arrendamento Mercantil
Empréstimos e Títulos Descontados – Instituições de Crédito
Total da Carteira
10 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
2014
20.028,4
10.749,3
10.415,6
233,8
99,9
9.279,1
9.014,9
264,2
198,7
3.213,7
66,5
2.749,4
2.460,4
738,7
76,8
1.193,2
30.725,8
2013
18.039,8
9.594,1
9.303,6
209,3
81,2
8.445,8
8.239,0
206,8
170,3
2.627,0
83,9
2.196,2
1.969,1
726,6
77,0
995,5
26.885,3
∆%
11,0%
12,0%
12,0%
11,7%
23,1%
9,9%
9,4%
27,8%
16,7%
22,3%
-20,7%
25,2%
25,0%
1,7%
-0,2%
19,9%
14,3%
PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO
Os passivos financeiros atingiram saldo de R$50.165,7 milhões, com expansão de R$5.866,6 milhões ou 13,2%
em relação ao ano anterior. A captação de clientes alcançou R$33.531,9 milhões, representando 66,8% do
total, seguido pela captação no mercado aberto, que totalizou R$4.318,2 milhões, compondo 8,6% e, ainda
recursos de aceites e emissão de títulos, formado, principalmente, pelas letras financeiras, que atingiu
R$2.837,8 milhões, participando em 5,7% dos passivos financeiros.
A estrutura de captação de passivos financeiros do Banrisul é, principalmente, influenciada pela pulverização
de depósitos, centrada em certificados de depósitos bancários (CDB) e depósitos de poupança.
TABELA 5: COMPOSIÇÃO DOS PASSIVOS FINANCEIROS DO CUSTO AMORTIZADO (R$ MILHÕES)
2014
33.531,9
3.247,1
7.762,0
22.522,8
603,6
4.318,2
2.837,8
2.668,7
1.511,0
4.694,5
745,6
2.080,7
258,0
117,0
59,8
57,2
67,4
1.246,3
62,6
50.165,7
Captações com Clientes
Depósito à Vista
Depósito de Poupança
Depósito a Prazo
Captações com Bancos
Captação no Mercado Aberto
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Obrigações por Repasses
Obrigações por Empréstimos
Outros Passivos Financeiros
Câmbio
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
Transações com Cartões a Pagar
Credores por Recursos a Liberar
Obrigações por Operações Vinculadas à Cessão
Operações de Leasing Financeiro
Parcelamento do Déficit Atuarial do Banrisul
Obrigações a Pagar Adquirência
Diversos
Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
2013
30.269,0
3.374,0
6.991,0
19.904,0
375,6
4.220,7
2.505,9
2.211,3
1.276,2
3.440,3
694,6
1.367,0
205,1
117,6
75,7
32,9
67,3
812,4
67,6
44.299,0
∆%
10,8%
-3,8%
11,0%
13,2%
60,7%
2,3%
13,2%
20,7%
18,4%
36,5%
7,3%
52,2%
25,8%
-0,5%
-21,1%
73,7%
0,1%
53,4%
-7,4%
13,2%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio atingiu R$5.808,5 milhões em dezembro de 2014, com evolução de R$474,6 milhões ou 8,9%,
sobre o montante de dezembro de 2013. O aumento do patrimônio líquido reflete a incorporação dos
resultados gerados, deduzidos os pagamentos e provisionamento de dividendos e juros sobre o capital próprio,
e do remensuramento do passivo atuarial dos Planos de Benefícios pós-emprego, ajustado pelo efeito
tributário. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio, em 2014, atingiu 11,1%, 3,6 pp. abaixo do
indicador alcançando em 2013.
Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido - R$ Milhões
5.808,5
5.333,9
4.841,8
2012
2013
2014
| 11
MODELO DE NEGÓCIOS
A administração do Banrisul efetua a gestão das atividades operacionais segregada sob a ótica de segmento de
negócios. O desempenho da Instituição é avaliado através de quatro segmentos: Varejo, Consignado
Correspondentes, Corporativo e Tesouraria.
Os resultados dos segmentos operacionais estão em conformidade com as políticas contábeis aplicadas nas
demonstrações consolidadas em IFRS. As receitas com prestação de serviços, as despesas gerais e
administrativas, as perdas com ativos financeiros e o imposto de renda são monitorados centralmente e,
portanto, não foram alocados por segmento.
O segmento Varejo engloba um conjunto de serviços bancários, captações da rede de agências e operações de
crédito direcionadas à base de clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas, entre elas microempresas e
empresas de pequeno e médio porte. O Segmento Varejo é composto: (i) pelos clientes pessoas físicas; (ii)
pelas empresas cadastradas, somente em agências do Estado do Rio Grande do Sul, com faturamento anual de
até R$30 milhões; e (iii) pelas empresas, excluídas as cadastradas no Rio Grande do Sul, que apresentem
faturamento anual abaixo de R$50 milhões.
O segmento Consignado Correspondentes é representado pelas operações de crédito geradas através da Bem
Promotora de Vendas e Serviços S.A., que atua em escala nacional.
O segmento Corporativo é responsável pela gestão de produtos e serviços vinculados à captação de recursos e
às operações de crédito comerciais, de longo prazo, rural, habitacional e câmbio focado no atendimento a
órgãos e instituições governamentais e empresas de médio e grande porte. A classificação dos clientes em
Corporativo segue premissas, revisadas semestralmente, entre as quais: (i) órgãos e entidades públicas
estaduais, municipais e federais; (ii) empresas com faturamento anual superior a R$30 milhões, quando
cadastradas no Estado do Rio Grande do Sul; e (iii) demais corporações que apresentarem faturamento anual
acima de R$50 milhões.
O segmento de Tesouraria é responsável pelo gerenciamento e controle de fluxo de caixa e administração da
carteira própria de ativos financeiros do Banrisul.
Em relação ao resultado de 2014, segregado por segmento de negócios, as receitas com juros e similares
deduzidas das despesas com juros e similares do segmento Varejo representaram 44,4% da receita líquida,
contribuição seguida pela Tesouraria, com 28,6% e pelo Corporativo, responsável pela geração de 13,1%.
Quanto à estrutura patrimonial, os ativos de Tesouraria compuseram 46,2% do total das aplicações,
acompanhada pelo Varejo, em 27,3%, e pelo Corporativo, em 17,1%. A estrutura dos passivos atingiu a
participação de 52,4% no Varejo, 27,4% na Tesouraria, complementada por 13,1% no Corporativo.
TABELA 6: SEGMENTO DE NEGÓCIOS (R$ MIL)
Varejo
%
Corporativo
%
Consignado
Correspondentes
%
365.781,3
4,9%
Tesouraria
%
Outros
%
Total
dez/14
Receitas com Juros e Similares
Despesas com Juros e Similares
RECEITA LÍQUIDA DE JUROS
3.443.128,1
46,3%
1.058.640,4
14,2%
(2.051.354,1)
47,7%
(647.208,8)
15,1%
1.391.774,0
44,4%
411.431,6
13,1%
365.781,3
11,7%
275.994,2
4,4%
2.462.720,3
33,1%
102.905,0
1,4%
7.433.175,1
(1.564.282,2)
36,4%
(34.212,2)
0,8%
(4.297.057,3)
898.438,1
28,6%
68.692,8
2,2%
3.136.117,8
dez/13
Receitas com Juros e Similares
3.153.796,1
50,6%
945.448,2
15,2%
(1.469.086,3)
47,7%
(436.254,6)
14,2%
1.684.709,8
53,4%
509.193,6
16,1%
275.994,2
Ativo
16.488.139,4
27,3%
10.358.062,5
17,1%
3.042.118,8
Passivo
28.678.561,6
52,4%
7.174.068,4
13,1%
Ativo
14.233.762,3
26,3%
9.570.890,0
17,7%
Passivo
25.417.833,0
52,1%
6.928.963,6
14,2%
Despesas com Juros e Similares
RECEITA LÍQUIDA DE JUROS
1.760.575,1
28,2%
96.970,7
1,6%
6.232.784,3
(1.151.754,1)
37,4%
(21.738,1)
0,7%
(3.078.833,0)
8,8%
608.821,0
19,3%
75.232,7
2,4%
3.153.951,3
5,0%
27.953.930,3
46,2%
2.618.792,2
4,3%
60.461.043,1
15.002.739,3
27,4%
3.797.134,6
6,9%
54.652.503,8
25.584.321,8
47,3%
2.276.650,3
4,2%
54.114.961,0
12.894.647,2
26,4%
3.539.585,8
7,3%
48.781.029,5
dez/14
dez/13
2.449.336,5
12 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
4,5%
RELATÓRIO DOS
AUDITORES
INDEPENDENTES
13
| 13
Aos Diretores, Conselheiros e Acionistas do
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
(“Instituição”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas
demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos
fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais
notas explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Financeiras Consolidadas
A Administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações
financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) e pelos controles
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras
consolidadas livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos Auditores Independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas
normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada
com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras consolidadas estão livres de
distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos
valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas. Os procedimentos selecionados
dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações
financeiras consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor
considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações
financeiras consolidadas da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas
circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição. Uma
auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações
financeiras consolidadas tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas acima apresentam adequadamente, em
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco do Estado do Rio Grande do
Sul S.A. em 31 de dezembro de 2014, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa
consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro
(IFRS), emitidas pelo “International Accounting Standard Board - IASB”.
14 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Outros assuntos
Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações financeiras
individuais e consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, apresentadas
separadamente, sobre as quais emitimos relatório de auditoria independente separado, não contendo qualquer
modificação, datado de 05 de fevereiro de 2015.
Porto Alegre, 03 de março de 2015.
ERNST & YOUNG
Auditores Independentes S.S.
CRC 2SP-015.199/O-6/F-RS
Dario Ramos da Cunha
Contador CRC1SP214144/O-1
| 15
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
16
16 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores em Milhares de Reais)
ATIVO
DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL
ATIVOS FINANCEIROS
Títulos de Investimentos
Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
Instrumentos Financeiros Derivativos
Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado
Empréstimos e Recebíveis
Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado
Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
Provisão para Impairment
Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado
TRIBUTOS DIFERIDOS
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido
OUTROS ATIVOS
Ativos não Circulantes Disponíveis para Venda
Outros
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO
Instrumentos Financeiros Derivativos
Dívidas Subordinadas
PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO
Captações com Clientes e Bancos
Captações no Mercado Aberto
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Obrigações por Repasses
Obrigações por Empréstimos
OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO
PROVISÕES
Provisões para Riscos Fiscais, Trabalhistas, Cíveis e Outros
Provisões para Outros Passivos
PASSIVOS FISCAIS
Correntes
Diferidos
OUTROS PASSIVOS
TOTAL DO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Lucros
Resultado Abrangente Acumulado
Participação dos Acionistas não Controladores
TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Nota
8
9
18
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
21
31/12/2014
31/12/2013
6.479.910
51.830.128
18.893.866
2.426.484
615.201
585.853
15.266.328
29.173.793
30.725.845
1.193.203
29.532.642
(1.552.052)
3.762.469
1.061.482
1.061.482
678.949
50.212
628.737
59.086
326.501
24.987
60.461.043
5.081.171
47.030.913
18.509.155
4.005.295
878.891
315.720
13.309.249
25.534.687
26.885.301
995.511
25.889.790
(1.350.614)
2.987.071
1.001.766
1.001.766
628.181
18.460
609.721
58.161
278.568
36.201
54.114.961
2.264.089
41.566
2.222.523
45.471.119
34.135.444
4.318.236
2.837.792
2.668.688
1.510.959
4.694.544
1.045.525
902.480
143.045
211.773
161.669
50.104
965.454
54.652.504
5.808.539
4.000.000
4.511
1.769.529
32.402
2.097
60.461.043
1.973.541
112.047
1.861.494
40.858.696
30.644.598
4.220.707
2.505.882
2.211.285
1.276.224
3.440.323
1.306.312
863.184
443.128
239.372
199.596
39.776
962.786
48.781.030
5.333.931
3.750.000
4.511
1.763.336
(185.736)
1.820
54.114.961
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.
| 17
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores em Milhares de Reais, exceto Lucro Líquido por Ação)
Nota
Receitas com Juros e Similares
Despesas com Juros e Similares
RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES
22
Receita de Dividendos
Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros
(4.297.057)
(3.078.833)
3.136.118
3.153.951
2.772
23
137.383
176.975
88.719
31.841
24
1.218.148
1.012.214
(690.731)
(551.159)
(877.948)
(712.722)
Perdas com Ativos Financeiros
Provisão para Impairment
2013
6.232.784
3.102
Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior
Receitas de Prestação de Serviços
2014
7.433.175
9
Recuperação de Crédito Baixado para Prejuízo
Outras Receitas (Despesas) Operacionais
187.217
161.563
(3.122.199)
(2.768.295)
Despesas de Pessoal
25
(1.626.046)
(1.451.420)
Outras Despesas Administrativas
26
(1.046.116)
(930.422)
(319.437)
(279.186)
Despesas Tributárias
Resultado de Participação em Coligada
11
3.174
1.503
Outras Receitas Operacionais
27
482.520
230.197
Outras Despesas Operacionais
28
(616.294)
(338.967)
770.540
1.058.299
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
(149.525)
(309.329)
Corrente
29
(328.319)
(377.161)
Diferido
178.794
67.832
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
621.015
748.970
Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores
620.654
748.803
361
167
Ações Ordinárias
1,52
1,83
Ações Preferenciais A
1,61
1,96
Ações Preferenciais B
1,52
1,83
311.003
375.190
Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas não Controladores
LUCRO POR AÇÃO
Lucro Básico e Diluído por 1.000 ações (em Reais – R$)
Lucro Líquido Atribuído (em Reais Mil)
Ações Ordinárias
Ações Preferenciais A
5.690
6.931
Ações Preferenciais B
303.961
366.682
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
18 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO
RESULTADO ABRANGENTE
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores em Milhares de Reais)
Nota
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Componentes do Resultado Abrangente
Itens a serem posteriormente reclassificados para
a Demonstração do Resultado
Variações Cambiais de Investimentos no Exterior
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
Variação de Valor Justo
Efeito Fiscal
Itens que não serão reclassificados para a Demonstração do Resultado
Remensuração de Obrigações de Benefícios Pós-Emprego
Ganhos/ (Perdas) Atuariais
Efeito Fiscal
Resultado Abrangente do Exercício, Líquido de Imposto
de Renda e Contribuição Social
Total do Resultado Abrangente do Exercício, Líquido de Imposto
de Renda e Contribuição Social
Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas Controladores
Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas não Controladores
2.17
2014
621.015
2013
748.970
23.707
(1.477)
(2.462)
985
21.623
(1.565)
(2.608)
1.043
112.280
242.669
(130.389)
37.509
62.732
(25.223)
134.510
57.567
755.525
755.164
361
806.537
806.370
167
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
| 19
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores em Milhares de Reais)
Nota
2014
2013
2.228.958
2.228.008
770.540
1.058.299
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Ajustado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social
Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social
Ajustes ao Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social
Depreciação e Amortização
54.242
52.453
Resultado de Participação em Coligada
(3.174)
(1.503)
Resultado de Atualização da Dívida Subordinada
404.184
240.123
Perdas por Impairment de Ativos Financeiros
877.948
712.722
Reversão para Perdas de Securitização
(1.255)
(413)
126.473
166.327
Variações nos Ativos e Passivos
(2.097.589)
(6.607.184)
Ajustes de Avaliação Patrimonial
110.803
35.944
1.578.811
(1.712.202)
Provisões para Riscos Fiscais, Trabalhistas e Cíveis
Fluxo de Caixa antes das alterações nos Ativos e Passivos Operacionais
(Aumento) Redução em Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Redução em Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
(Aumento) Redução em Instrumentos Financeiros Derivativos
Aumento em Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado
263.690
602.768
(340.614)
15.716
(1.957.079)
(4.912.253)
(4.517.054)
(3.046.811)
Aumento em Empréstimos e Recebíveis Avaliados
ao Custo Amortizado
Aumento em Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado
Aumento em Outros Ativos
(775.398)
(1.112.543)
(1.645.511)
(1.130.143)
Aumento em Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
4.612.423
8.913.921
Aumento (Redução) em Outros Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
1.254.221
(3.614.190)
Redução em Outros Passivos
(353.562)
(270.230)
Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos
(328.319)
(377.161)
131.369
(4.379.176)
Alienação de Investimentos
2.526
3.365
Alienação de Imobilizado de Uso
3.249
3.963
Caixa Líquido Proveniente das (Aplicado nas) Atividades Operacionais
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Alienação de Intangível
Aquisição de Investimentos
346
-
(2.086)
(11.602)
Aquisições de Imobilizado de Uso e Intangível
(94.556)
(85.699)
Caixa Líquido Proveniente das (Aplicado nas) Atividades de Investimento
(90.521)
(89.973)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Dívidas Subordinadas
Pagamentos de Juros das Dívidas Subordinadas
Dividendos Pagos
90.198
607.754
(133.353)
(144.718)
(69.401)
-
Juros sobre o Capital Próprio Pagos
(268.806)
(244.943)
Dividendos a Receber de Coligadas
1.809
-
(84)
(43)
(379.637)
218.050
23.707
21.623
Variação na Participação dos Acionistas Minoritários
Caixa Líquido Proveniente das (Aplicado nas) Atividades de Financiamento
Efeitos da Variação das Taxas de Câmbio sobre
o Caixa e Equivalente de Caixa
Aumento (Redução) Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa
(315.082)
(4.229.476)
Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício
8
1.136.126
5.365.602
Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Exercício
8
821.044
1.136.126
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
20 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(valores em Milhares de Reais)
Atribuível aos Acionistas da Controladora
Capital
Social
Reservas
de Capital
(Nota 21)
Disponível
para Venda
3.500.000
4.511
(4.644)
Lucro Líquido do Exercício
-
-
-
Outros Resultados Abrangentes do Exercício
-
-
(1.565)
250.000
-
-
-
-
-
Nota
Em 01 de janeiro de 2013
Outros Resultados Abrangentes
Outros Ajustes Ajuste de Conversão
de Avaliação
de Investimento
Patrimonial
no Exterior
Lucros
Acumulados
Reservas
de Lucros
(Nota 21)
Total Atribuível
aos Acionistas
Participação dos
não Controladores
Total do
Patrimônio Líquido
20.904
-
1.578.877
4.840.085
1.696
4.841.781
-
-
748.803
-
748.803
167
748.970
37.509
21.623
-
-
57.567
-
57.567
-
-
-
(250.000)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(43)
(43)
-
-
-
-
(434.459)
434.459
-
-
-
-
-
-
-
(244.943)
-
(244.943)
-
(244.943)
(259.563)
Resultados Abrangentes
Aumento de Capital Social
Aquisição de Participação de Acionistas Não Controladores
Constituição de Reservas
Juros sobre o Capital Próprio
21 (d)
Dividendos
21 (d)
-
-
-
-
-
(69.401)
-
(69.401)
-
(69.401)
Em 31 de dezembro de 2013
3.750.000
4.511
(6.209)
(222.054)
42.527
-
1.763.336
5.332.111
1.820
5.333.931
Em 01 de janeiro de 2014
3.750.000
4.511
(6.209)
(222.054)
42.527
-
1.763.336
5.332.111
1.820
5.333.931
Lucro Líquido do Exercício
-
-
-
-
-
620.654
-
620.654
361
621.015
Outros Resultados Abrangentes do Exercício
-
-
(1.477)
112.280
23.707
-
-
134.510
-
134.510
250.000
-
-
-
-
-
(250.000)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(84)
(84)
Resultados Abrangentes
Aumento de Capital Social
Aquisição de Participação de Acionistas Não Controladores
Constituição de Reservas
-
-
-
-
-
(256.193)
256.193
-
-
-
Juros sobre o Capital Próprio
21 (d)
-
-
-
-
-
(268.806)
-
(268.806)
-
(268.806)
Dividendos
21 (d)
-
-
-
-
-
(12.027)
-
(12.027)
-
(12.027)
Realização dos Ajustes de Benefícios Pós-Emprego
21 (d)
4.000.000
4.511
(7.686)
83.628
(26.146)
66.234
(83.628)
-
1.769.529
5.806.442
2.097
5.808.539
Em 31 de dezembro de 2014
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
| 21
NOTAS
EXPLICATIVAS
Apresentamos a seguir as notas explicativas que integram
o conjunto das demonstrações financeiras do Banco do
Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul), com os valores
expressos em milhares de reais (exceto quando indicado
de outra forma) e distribuídas da seguinte forma:
22
22 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
1. INFORMAÇÕES GERAIS
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (“Banrisul” é “Instituição” e/ou “Banco”) e suas controladas
(conjuntamente, “o Grupo Banrisul”) operam, principalmente, nas seguintes principais atividades: banco
múltiplo, prestação de serviços de corretagem, de consórcios, de gestão de cartões e de armazéns. O Banrisul,
principal empresa do Grupo é uma sociedade anônima de capital aberto que atua sob a forma de banco
múltiplo, com sede no Brasil, domiciliado na Rua Capitão Montanha, 177 – 4º andar, Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, e com suas controladas e coligada (“Grupo”) opera na carteira comercial, de crédito, de financiamento e
de investimento, de crédito imobiliário, de desenvolvimento, de arrendamento mercantil e de investimentos,
inclusive nas de operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários e administração de cartões
de crédito e consórcios. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam
integradamente no mercado financeiro. O Banrisul atua, também, como instrumento de execução da política
econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul, em consonância com os planos e programas do Governo
Estadual.
O Banrisul é uma sociedade anônima com registro na Bolsa de Valores de São Paulo.
Esses serviços são oferecidos aos clientes, no Brasil, por intermédio da rede de agências do Banrisul e, no
exterior, por meio de agências em Miami e Grand Cayman.
As demonstrações financeiras consolidadas elaboradas para o período apresentado foram aprovadas pelo
Conselho de Administração do Banrisul em 03 de março de 2015.
2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
Declaração de Conformidade
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Banrisul foram preparadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), conforme emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB).
Continuidade
A Administração avaliou a habilidade do Banco em continuar operando normalmente e está convencida de que
este dispõe de recursos para dar continuidade a seus negócios no futuro. Adicionalmente, a Administração não
tem conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significantes sobre a sua
capacidade de continuar operando. Portanto, as demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas
com base nesse princípio.
As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas estão
descritas a seguir:
2.1. Base de Preparação
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Banrisul referentes aos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2014 e 2013 foram preparadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro
(IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), em atendimento à Resolução n°
3.786/09 emitida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A reconciliação e a descrição dos efeitos da transição das práticas contábeis adotadas no Brasil para o IFRS,
| 23
relativas ao patrimônio líquido e ao resultado, estão demonstradas na Nota 7.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas considerando o custo histórico como base de
valor e ajustadas para refletir a reavaliação dos ativos financeiros disponíveis para venda e dos ativos e
passivos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado.
As demonstrações financeiras consolidadas incluem o balanço patrimonial consolidado, a demonstração
consolidada do resultado, a demonstração consolidada do resultado abrangente, a demonstração consolidada
das mutações do patrimônio líquido, a demonstração consolidada dos fluxos de caixa e as notas explicativas.
A demonstração consolidada dos fluxos de caixa apresenta as alterações no caixa e equivalentes de caixa
ocorridas no exercício, oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos. Caixa e
equivalentes de caixa incluem investimentos de alta liquidez e sujeitos a um insignificante risco de mudança de
valor. A Nota 8 apresenta a classificação dos itens de caixa e equivalentes de caixa nas contas do balanço
patrimonial consolidado. O fluxo de caixa das atividades operacionais foi determinado pelo método indireto,
portanto, o saldo de lucro antes dos impostos e da parcela de participação dos acionistas não controladores foi
ajustado por transações que não afetam o caixa, como provisões, depreciações, amortizações e perdas por
impairment de empréstimos e adiantamentos. Os juros recebidos e pagos são classificados como fluxo de caixa
de atividades operacionais.
A preparação das demonstrações financeiras consolidadas requer a adoção de estimativas e premissas que
afetam os valores divulgados para ativos e passivos, bem como as divulgações de ativos e passivos
contingentes na data das demonstrações financeiras e das receitas e despesas durante o exercício. As
demonstrações financeiras consolidadas incluem várias estimativas e premissas, compreendendo, mas não
limitado a adequação das estimativas de valor justo de instrumentos financeiros, plano de pensão de benefício
definido, perdas por impairment dos ativos, provisões para contingências e provisões para potenciais perdas
originadas de incertezas fiscais e tributárias. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e
apresentam maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para
as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na Nota 4.
As políticas contábeis descritas a seguir foram aplicadas em todos os exercícios apresentados nas
demonstrações financeiras consolidadas e por todas as empresas do Grupo.
2.2. Consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incluem as operações do Banrisul, das dependências no exterior e
das empresas controladas e coligadas.
(a) Controladas - controladas são todas as entidades cujas políticas financeiras e operacionais são
administradas pelo Banrisul, acionista controlador do Grupo Banrisul, e nas quais há uma participação acionária
de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são
atualmente exercíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Instituição controla outra entidade. As
controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para o Banrisul e
deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa.
Quando o Grupo deixa de ter controle, qualquer participação retida na entidade é remensurada ao seu valor
justo, sendo a mudança no valor contábil reconhecida no resultado. O valor justo é o valor contábil, para
subsequente contabilização da participação retida em uma coligada, uma joint venture ou um ativo financeiro.
Além disso, quaisquer valores previamente reconhecidos em outros resultados abrangentes relativos àquela
entidade são contabilizados como se o Grupo tivesse alienado diretamente os ativos ou passivos relacionados.
Isso pode significar que os valores reconhecidos previamente em outros resultados abrangentes são
reclassificados para o resultado.
Principais informações sobre os investimentos em controladas:
24 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Controladas – Em 31/12/2014
Participação %
Patrimônio Líquido
Lucro Líquido
Banrisul Armazéns Gerais S.A.
99,498
33.893
3.234
Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio
98,984
77.050
1.181
Banrisul S.A. Administradora de Consórcios
99,683
185.228
25.519
Banrisul Cartões S.A.
99,785
258.307
117.162
Banrisul Armazéns Gerais S.A.: atua como permissionária da Secretaria da Receita Federal para administrar o
Porto Seco da região metropolitana, atuando nos regimes de importação e exportação e de armazém geral.
Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio: explora serviços de corretagem na intermediação em
operações envolvendo títulos e valores mobiliários negociados na BM&FBovespa. A Banrisul Corretora
administra, ainda, clubes de investimentos e distribui certificados de investimento audiovisual.
Banrisul S.A. Administradora de Consórcios: explora serviço de administração de grupos de consórcios para
pessoas físicas e jurídicas, com a finalidade de aquisição de imóveis, automóveis e motocicletas, veículos
automotores para uso agrícola e outros bens móveis, inclusive para pessoas que não sejam nossos correntistas.
Banrisul Cartões S.A.: (“Banrisul Cartões”), anteriormente denominada de Banrisul Serviços Ltda., foi
constituída em 02 de julho de 1969 e em 2013 passou por importante reorganização. Em 03 de outubro de
2013, ocorreu a transformação do tipo societário, de empresa limitada para uma sociedade anônima de capital
fechado e a modificação da razão social. A Banrisul Cartões S.A. atua em soluções de pagamentos eletrônico,
nos segmentos de Adquirência e Vouchers.
(b) Coligadas - são classificadas como coligadas todas as empresas cujas políticas financeiras e operacionais o
Banrisul exerce influência significativa, embora não detenha seu controle. Normalmente, é presumida
influência significativa quando a Instituição detém entre 20% e 50% dos direitos de voto. Mesmo com menos
de 20% do direito de voto, a Instituição poderá ter uma influência significativa, por meio de participação na
administração da investida ou no Conselho de Administração, com poder de voto.
Os investimentos em coligadas são registrados nas demonstrações financeiras consolidadas da Instituição pelo
método da equivalência patrimonial e são reconhecidos inicialmente ao custo. As participações em coligadas
incluem o ágio (líquido de qualquer perda por valor não recuperável) identificado na aquisição.
A participação do Grupo nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração do resultado
e a participação nas mutações das reservas é reconhecida nas reservas do Grupo. Quando a participação do
Grupo nas perdas de uma coligada for igual ou superior ao valor contábil do investimento, incluindo quaisquer
outros recebíveis, o Grupo não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou
efetuado pagamentos em nome da coligada ou controlada em conjunto.
Os ganhos não realizados das operações entre o Grupo e suas coligadas são eliminados na proporção da
participação do Grupo. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a operação forneça
evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das coligadas são alteradas,
quando necessário, para assegurar consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.
Em 31 de dezembro de 2014 o Banco tem investimento na seguinte empresa coligada:
Coligada – Em 31/12/2014
Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A.
Participação %
Patrimônio Líquido
Lucro Líquido
49,900
29.551
6.361
Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A.: atua em escala nacional na geração de operações de crédito
consignado.
(c) Transações e Participações de não Controladores - o Banrisul contabiliza a parte relacionada aos acionistas
não controladores no patrimônio líquido, no balanço patrimonial consolidado. Para as compras de
participações de não controladores, a diferença entre qualquer contraprestação paga e a parcela adquirida do
valor contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada no patrimônio líquido. Os ganhos ou as perdas
| 25
sobre alienações para participações de não controladores também são registrados diretamente no patrimônio
líquido.
Lucros ou prejuízos atribuídos aos acionistas não controladores são apresentados nas demonstrações
financeiras consolidadas de resultado na rubrica de mesmo nome.
(d) Saldos e Transações Eliminadas na Consolidação - transações, saldos e ganhos não realizados em
transações entre empresas do Grupo são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a
menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas
contábeis das controladas são alteradas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas
adotadas pelo Grupo.
2.3. Conversão em Moeda Estrangeira
(a) Moeda Funcional e Moeda de Apresentação - os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada
uma das empresas do Banrisul são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a
empresa atua ("a moeda funcional").
As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional e, também,
a moeda de apresentação do Banrisul. Exceto quando indicado, as demonstrações foram arredondadas para o
milhar mais próximo.
As agências no exterior representam uma extensão dos negócios do Banco. Na data-base das demonstrações
financeiras consolidadas, seus ativos e passivos são convertidos para a moeda de apresentação adotada pelo
Banco pela taxa de câmbio em vigor na data do balanço e as demonstrações de resultado são convertidas pelo
dólar de transação ajustado pelo câmbio de fechamento a cada mês, representando, dessa forma, a média
ponderada das taxas de câmbio do período. Diferenças cambiais decorrentes da conversão são reconhecidas
diretamente em um componente separado do patrimônio líquido, compondo o resultado abrangente.
(b) Transações e Itens do Balanço Patrimonial - transações em moeda estrangeira são contabilizadas, no seu
reconhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a
moeda estrangeira na data da transação.
As variações cambiais que surgem da liquidação de tais transações e da conversão dos ativos e passivos
monetários em moeda estrangeira por taxas cambiais de fechamento são reconhecidas como ganho ou perda
na demonstração do resultado. As variações cambiais de investimentos no exterior são registradas na
demonstração do resultado abrangente.
As alterações no valor justo dos títulos e valores mobiliários em moeda estrangeira, classificados como
disponíveis para venda, são separadas entre variações cambiais relacionadas ao custo amortizado do título e
outras variações no valor contábil do título. As variações cambiais do custo amortizado são reconhecidas no
resultado, e as demais variações no valor contábil dos títulos e valores mobiliários são reconhecidas no
patrimônio líquido. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não há títulos e valores mobiliários no exterior
classificados como disponível para venda.
2.4. Caixa e Equivalentes de Caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem: caixa, depósitos bancários, aplicações no mercado aberto, reserva
bancária no Banco Central sem restrições e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez e que
apresentem risco insignificante de mudança de valor justo.
26 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
2.5. Aplicação e Captação no Mercado Aberto
Os títulos e valores mobiliários vendidos com o acordo de recompra (repos) são categorizados nas
demonstrações financeiras como ativos (bens) em garantia. O valor do passivo dessa captação está na rubrica
“passivos financeiros ao custo amortizado - captações no mercado aberto”. Os títulos e valores mobiliários
comprados com acordo de revenda (reverse repos) são categorizados nas demonstrações financeiras como
aplicações no mercado aberto como equivalentes de caixa. A diferença entre o preço de venda e de recompra
(compra e revenda) é tratada como juros que são reconhecidos ao longo do período da vigência do acordo
usando o método da taxa de juros efetiva.
2.6. Ativos e Passivos Financeiros
O Banrisul classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo através do
resultado, disponíveis para venda, mantidos até o vencimento e empréstimos e recebíveis. A classificação
depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a
classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
(a) Ativos Financeiros e Passivos Financeiros Mensurados ao Valor Justo Através do Resultado - nessa
categoria são incluídos os ativos financeiros e passivos financeiros mantidos para negociação e aqueles que são
designados, no reconhecimento inicial, como mensurado ao valor justo através do resultado.
Os ativos financeiros e passivos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando são
adquiridos ou incorridos principalmente com o objetivo de negociação no curto prazo. Os derivativos também
são categorizados como mantidos para negociação e, dessa forma, são classificados nessa categoria, a menos
que tenham sido designados como instrumentos de hedge (proteção). Os ativos dessa categoria são
classificados como ativos circulantes. As receitas e despesas de juros são reconhecidas em “Receitas com juros
e similares”. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros e passivos
financeiros mantidos para negociação são apresentados na demonstração do resultado em "Ganhos (perdas)
líquidos com ativos e passivos financeiros" no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido
contratado em conexão com outra operação. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do
resultado afetada pela referida operação.
(b) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - são classificados como disponíveis para venda, os ativos
financeiros não derivativos que serão mantidos por um período indefinido, os quais podem ser vendidos em
resposta à necessidade de liquidez ou à mudança de taxa de juros, de taxa de câmbio ou de preços de ações.
Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis
para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do
resultado em “Receitas com juros e similares”. A parcela correspondente à variação no valor justo é lançada
como componentes do resultado abrangente, na conta “Ativos Financeiros Disponíveis para Venda”, sendo
realizada contra resultado sua liquidação ou por impairment.
(c) Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento - são ativos financeiros não derivativos com pagamentos
fixos ou determináveis com vencimentos definidos, os quais a Administração tem intenção positiva e
capacidade de manter até o vencimento e que não são designados no reconhecimento inicial como ao valor
justo por meio do resultado ou como disponíveis para venda e que não atendem à definição de empréstimos e
recebíveis.
Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são inicialmente reconhecidos ao valor justo incluindo os
custos diretos e incrementais, contabilizados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando-se do
método da taxa efetiva de juros.
Os juros sobre os ativos financeiros mantidos até o vencimento estão incluídos no resultado como “Receita
com juros e similares”. No caso de deterioração, a perda por valor não recuperável é reconhecida na
| 27
demonstração do resultado.
(d) Empréstimos e Recebíveis - incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são
ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo.
São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a
data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis
do Banrisul compreendem operações de crédito, repasses interfinanceiros, aplicações interfinanceiras e demais
contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da
taxa de juros efetiva. As receitas e despesas de juros são reconhecidas em “Receitas com juros e similares”.
(e) Instrumentos Financeiros Derivativos - os instrumentos financeiros derivativos são classificados, na data de
sua aquisição, de acordo com a intenção da Administração em utilizá-los como instrumento de proteção. As
operações que utilizam instrumentos financeiros, efetuadas por solicitação de clientes, por conta própria, ou
que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição
global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não
realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado.
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é
celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho ou
a perda resultante depende do fato de o derivativo ser designado ou não como um instrumento de hedge nos
casos de adoção da contabilidade de hedge ou hedge accounting. Sendo esse o caso, o método depende da
natureza do item que está sendo protegido por hedge. O Banrisul possui derivativo designado como hedge de
valor justo e não possui instrumentos financeiros designados como hedge accounting de fluxo de caixa e hedge
accounting de investimento líquido no exterior.
Para qualificar os instrumentos financeiros derivativos como contabilidade hedge ou hedge accounting todas as
seguintes condições devem ser atendidas:
(i) No início do hedge, existem designação e documentação formais da relação de hedge e do objetivo e da
estratégia da gestão de risco da entidade para levar a efeito o hedge.
(ii) Espera-se que o hedge seja altamente efetivo ao conseguir alterações de compensação no valor justo ou
nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco
originalmente documentada para essa relação de hedge em particular.
(iii) A efetividade do hedge pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os fluxos de caixa do item
coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo do instrumento de hedge podem ser
confiavelmente medidos.
(iv) O hedge é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido altamente efetivo
durante todos os exercícios das demonstrações financeiras consolidadas para os quais o hedge foi designado.
Os valores justos dos vários instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados na Nota 9. O
valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante quando o
vencimento remanescente do item protegido por hedge for superior a 12 meses, e como ativo ou passivo
circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for inferior a 12 meses.
Hedge de Valor Justo - são classificados nessa categoria certos instrumentos financeiros derivativos que se
destinam a compensar riscos decorrentes da exposição à variação no valor justo do item objeto de hedge.
O Banrisul considerou nessa categoria os derivativos contratados com o objetivo de proteção da variação de
moeda estrangeira oriundo da emissão da dívida denominada em US$ com nocional de US$775 milhões e com
vencimento em 02 de fevereiro de 2022, descrita na Nota 14.
Para os derivativos que são designados e se qualificam como hedge de valor justo, as seguintes práticas são
aplicadas:
28 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(i) O ganho ou a perda resultante da nova mensuração do instrumento de hedge pelo valor justo deve ser
reconhecido no resultado como “Ganhos (perdas) líquidos com ativos e passivos financeiros”.
(ii) O ganho ou a perda resultante do item coberto atribuível à parcela efetiva do risco coberto deve ajustar o
valor contábil do item coberto a ser reconhecido no resultado.
Quando o derivativo expirar ou for vendido, o hedge não atender mais aos critérios de hedge contábil ou a
entidade revogar a designação, ela deve descontinuar prospectivamente o hedge contábil e o ajuste no valor
contábil do item coberto deve ser amortizado no resultado.
Instrumentos Financeiros Derivativos que não se qualificam como contabilização de hedge - as variações no
valor justo desses instrumentos derivativos são reconhecidas imediatamente na demonstração do resultado
em "Outros ganhos (perdas), líquidos".
Reconhecimento, Mensuração e Desreconhecimento - as compras e vendas regulares de ativos financeiros são
reconhecidas na data da negociação (data em que é assumido o compromisso de compra ou venda dos ativos).
O critério em uso pelo Banrisul define que todos os instrumentos financeiros (ativos e passivos) que recebem e
pagam juros que não são classificados na categoria “Ativos e passivos financeiros ao valor justo no resultado”
sejam reconhecidos de acordo com a taxa efetiva de juros. Esta taxa é a que desconta todos os fluxos de caixa
esperados ao longo da vida estimada do instrumento ao valor contábil do instrumento no primeiro dia,
conforme a Nota 2.19.
Os ativos financeiros não mensurados pelo valor justo através do resultado são inicialmente reconhecidos pelo
valor justo, acrescidos dos custos de transação. Os ativos financeiros mensurados pelo valor justo através do
resultado são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, sendo os respectivos custos de transação
reconhecidos como despesa na demonstração do resultado.
Ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos sobre o recebimento dos fluxos de caixa expiram, ou
quando o Banrisul transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um
ativo. Passivos financeiros são desreconhecidos quando são extintos, ou seja, quando são pagos, cancelados ou
expiram. Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo mutuante com termos
substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa
substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo,
sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado.
Os ganhos ou as perdas acumulados na conta específica do patrimônio líquido de ativos financeiros disponíveis
para venda são transferidos para o resultado do período como ajuste de reclassificação. Contudo, os juros
calculados por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros e os ganhos e as perdas de variação
cambial de ativos monetários categorizados como disponíveis para venda são reconhecidos no resultado do
exercício. Os dividendos de título patrimonial registrado como disponível para venda são reconhecidos no
resultado no momento em que é estabelecido o direito da entidade de recebê-los.
O valor justo dos ativos financeiros cotados em mercado ativo tem base nos preços atuais de oferta de compra
(bid price). Se o mercado para um ativo financeiro não for ativo, o Banrisul estabelece o valor justo por meio da
utilização de técnicas de avaliação. As técnicas de avaliação incluem: o uso de transações de mercado recentes
entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo sem favorecimento; fluxo
de caixa descontado; modelos de precificação de opções; e outras técnicas de avaliação geralmente utilizadas
pelos participantes de mercado.
(f) Passivos Financeiros ao Custo Amortizado - um instrumento é classificado como passivo financeiro quando
existe uma obrigação contratual de que sua liquidação seja efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de
outro ativo financeiro, independentemente de sua forma legal. Os passivos financeiros incluem dívidas
emitidas de curto e longo prazo que são inicialmente reconhecidas pelo seu valor justo, adicionados os custos
de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Após o reconhecimento inicial, o saldo é
| 29
mensurado pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros. A despesa de juros é
apresentada na demonstração consolidada de resultado em “Despesas de juros e similares”.
Os passivos financeiros a custo amortizado são compostos de: “Depósitos”, “Captações no mercado aberto”,
“Repasses no país e no exterior”, “Recursos de aceites e emissão de títulos”, “Empréstimos no exterior”,
conforme a Nota 15.
2.7. Impairment de Ativos Financeiros
(a) Ativos Financeiros Contabilizados pelo Custo Amortizado - o Banrisul avalia, em cada data de balanço, a
existência de qualquer evidência objetiva de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired.
Um ativo ou um grupo de ativos financeiros está impaired e são incorridas perdas por impairment se, e apenas
se, existir evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o
reconhecimento inicial do ativo ("evento de perda") e se esse evento (ou eventos) de perda tiver um impacto
nos fluxos de caixa futuros estimados que possa ser confiavelmente estimado.
O critério que o Banrisul utiliza para determinar que há evidência objetiva de perda por impairment de acordo
com o IAS 39 inclui:
- inadimplência nos pagamentos de principal ou juros;
- dificuldades financeiras do devedor (por exemplo, índice patrimonial, porcentagem da receita líquida de
vendas);
- violação de cláusulas ou termos de empréstimos;
- início de processo de falência; e
- deterioração da posição competitiva do devedor.
O período estimado entre o evento de perda e sua identificação é definido pela Administração para cada
carteira identificada. Geralmente, os períodos utilizados são entre 1 e 12 meses.
O Banrisul avalia se a evidência objetiva de impairment existe individualmente para ativos financeiros que
sejam individualmente significativos e coletivamente para ativos financeiros que não sejam individualmente
significativos. Se não houver evidência objetiva de impairment para um ativo financeiro individualmente
avaliado, significativo ou não, ele é incluído em um grupo de ativos financeiros com características semelhantes
de risco de crédito e é avaliado coletivamente. Os ativos financeiros que são avaliados individualmente e para
os quais uma perda de impairment é ou continua a ser reconhecida não são incluídos na avaliação coletiva.
O montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos
fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não tenham sido incorridas),
descontados à taxa de juros efetiva original do ativo. O valor contábil do ativo financeiro é reduzido por meio
do uso de uma conta de provisão (redutora) e o montante da perda é reconhecido no resultado. Se um
empréstimo é recebível ou um ativo financeiro mantido até o vencimento dispõe de taxa de juros variável, a
taxa de desconto a ser usada para fins de mensuração de qualquer perda por impairment é a taxa de juros
corrente efetiva estabelecida pelo contrato.
O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, de ativos financeiros para os quais exista
garantia, reflete os fluxos de caixa que podem ser resultantes da execução da garantia menos os custos para
obter e vendê-la, caso a sua execução seja provável ou não.
Para fins de avaliação coletiva de impairment, os ativos financeiros são agregados com base em características
semelhantes de risco de crédito. Essas características são relevantes para estimar os fluxos de caixa futuros
para os grupos de tais ativos financeiros, pelo fato de poder ser um indicador de dificuldade do devedor em
pagar os montantes devidos, de acordo com as condições contratuais do ativo que está sendo avaliado.
Os fluxos de caixa futuros em um grupo de ativos financeiros que sejam coletivamente avaliados para fins de
30 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
impairment são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais de ativos do Banrisul e na experiência de
perda histórica para os ativos com características de risco de crédito semelhantes. A experiência de perda
histórica é ajustada para refletir os efeitos de condições correntes que não tenham afetado o período em que a
experiência de perda histórica é baseada e para excluir os efeitos de condições no período histórico que não
existem atualmente.
A metodologia e as premissas utilizadas para estimar os fluxos de caixa futuros são revistas regularmente pelo
Banrisul para reduzir qualquer diferença entre as estimativas de perda e a experiência de perda atual.
Quando um empréstimo e recebível é incobrável ele é baixado contra provisão para impairment. Tais
empréstimos e recebíveis são baixados, uma vez que todos os procedimentos necessários sejam completados e
o montante de perda seja determinado.
(b) Ativos Financeiros Categorizados como Disponíveis para Venda - o Banrisul avalia em cada data de balanço
a existência de evidências objetivas de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired. Um
declínio significativo ou prolongado no valor justo de um título e valor mobiliário categorizado como disponível
para venda abaixo do seu custo é considerado para determinar se os ativos estão impaired. Quando tal
evidência objetiva existe para os ativos financeiros disponíveis para venda, a perda cumulativa (que é
mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo corrente, menos qualquer perda por
impairment resultante desse ativo financeiro anteriormente reconhecido no resultado) é removida do
patrimônio líquido e reconhecida no resultado. As perdas por impairment reconhecidas no resultado para um
investimento em título patrimonial classificado como disponível para venda não são revertidas por meio do
resultado. O aumento no valor justo dos instrumentos de capital, após o reconhecimento por perda por
impairment, é reconhecido diretamente no patrimônio líquido em “Resultados abrangentes”. Se, num período
subsequente, o valor justo de um título de dívida classificado como disponível para venda aumentar e esse
aumento for relacionado com um evento que ocorra após o reconhecimento da perda de impairment no
resultado, essa perda é revertida por meio do resultado.
2.8. Apresentação de Instrumentos Financeiros pela Posição Líquida entre Ativos e Passivos
Um ativo financeiro é compensado com um passivo financeiro, e o valor líquido é divulgado no balanço
patrimonial, se o Banrisul possui direito ou obrigatoriedade legal de compensar os montantes nele
reconhecidos pretende liquidar em uma base líquida ou realizar um ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
2.9. Ativos não Circulantes Disponíveis para a Venda
Os bens destinados à venda são registrados no balanço patrimonial consolidado no momento de sua efetiva
apreensão ou intenção de venda. Esses ativos são contabilizados inicialmente pelo valor justo.
Reduções subsequentes ao valor contábil do ativo são registradas como perda por reduções ao valor justo
menos os custos de venda e são contabilizadas na demonstração consolidada do resultado na rubrica “Outras
despesas operacionais”. Em caso de recuperação do valor justo menos os custos de venda, a perda reconhecida
pode ser revertida.
2.10. Investimentos
Avaliação dos investimentos em coligadas é feita pelo método da equivalência patrimonial, tomando por base
as demonstrações financeiras levantadas e observando as mesmas práticas contábeis do controlador. Os
outros investimentos são registrados pelos seus valores de custo e, quando aplicável, são ajustados por
provisões para perdas.
Ágio - o ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago e/ou a pagar pela aquisição
de um negócio e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da controlada adquirida. No caso de
apuração de deságio, o montante é registrado como ganho no resultado do período, na data da aquisição. O
ágio é testado anualmente para verificar perdas (impairment), e é contabilizado pelo seu valor de custo menos
| 31
as perdas acumuladas por impairment. Perdas por impairment reconhecidas sobre o ágio não são revertidas.
Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio relacionado com a
entidade vendida.
Impairment de Ativos não Financeiros - os ativos que têm uma vida útil indefinida, como ágio, não estão
sujeitos à amortização e são testados anualmente para identificar eventual necessidade de redução ao valor
recuperável (impairment). Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de
impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser
recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor
recuperável, o qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda e o
seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os
quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente. Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que
tenham sido ajustados por impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível
reversão do impairment na data do balanço.
2.11. Ativo Imobilizado
Imóveis de uso compreendem principalmente terrenos e edifícios. Os imóveis de uso estão demonstrados pelo
custo histórico deduzidos da depreciação, assim como todos os demais itens do ativo imobilizado. O custo
histórico inclui gastos diretamente atribuíveis à aquisição ou construção dos bens.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado,
conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao
item e que o seu custo possa ser mensurado com segurança. Todos os outros reparos e manutenções são
reconhecidos no resultado do exercício como despesas operacionais, quando incorridos.
Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros bens é calculada usando o método linear para alocar
seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, conforme apresentada a seguir.
Estimativa da Vida Útil em Anos
31/12/2014
31/12/2013
Imóveis de Uso
60
60
Instalações
33
26
Equipamentos em Uso
18
18
Softwares
6
8
Outros
6
6
Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício.
Os ativos que estão sujeitos à depreciação são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos
ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. O valor contábil de
um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se for maior do que seu valor recuperável
estimado. O valor recuperável é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o
valor em uso.
Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e
são reconhecidos em "Outras receitas (despesas) operacionais" na demonstração do resultado.
2.12. Arrendamento Mercantil
O Banrisul dispõe de arrendamento mercantil financeiro e operacional, participando tanto como arrendador
quanto como arrendatário.
Os arrendamentos, dos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo
arrendador, são classificados como arrendamentos operacionais. No caso dos arrendamentos em que a parcela
significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendatário, os arrendamentos são
32 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
classificados como arrendamentos financeiros.
Os arrendamentos em que o Banrisul assume os riscos e benefícios inerentes à propriedade são classificados
como arrendamentos financeiros. No reconhecimento inicial, o ativo arrendado é mensurado pelo menor valor
entre o seu valor justo e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Após o
reconhecimento inicial, o ativo é registrado de acordo com a política contábil aplicável ao ativo.
Os pagamentos mínimos de arrendamento efetuados sob arrendamentos financeiros são alocados entre
despesas financeiras e redução do passivo em aberto. As despesas financeiras são alocadas a cada período
durante o prazo do arrendamento visando produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o saldo
remanescente do passivo.
Os pagamentos contingentes são contabilizados por meio de revisão dos pagamentos mínimos de
arrendamento sobre o prazo remanescente da operação, quando o ajuste do arrendamento for confirmado.
(a) Operações de Arrendamento Mercantil (como Arrendatário) - o Banrisul classifica seus arrendamentos,
substancialmente, como arrendamentos operacionais, os pagamentos mensais são reconhecidos na
demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento.
Os incentivos de arrendamentos recebidos são reconhecidos como uma parte integrante das despesas totais
de arrendamento pelo prazo de vigência deste.
Quando um arrendamento operacional é encerrado antes do término do período de contrato, qualquer
pagamento a ser efetuado ao arrendador sob a forma de multa é reconhecido como despesa no período em
que o encerramento ocorre.
Os arrendamentos mercantis de imobilizado e os aluguéis de imóveis dos quais o Banrisul fica
substancialmente com todos os riscos e benefícios de propriedades são classificados como arrendamento
financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra financiada,
reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). Na data de
início do contrato, o montante a ser registrado corresponde ao valor justo do ativo arrendado ou, se menor, ao
valor presente das parcelas mínimas de pagamento.
(b) Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro (como Arrendador) - quando os ativos são mantidos em
um arrendamento mercantil financeiro, no qual o Banrisul atua como arrendador, o valor presente dos
pagamentos é reconhecido como um recebível na rubrica “Empréstimos e recebíveis avaliados ao custo
amortizado”, conforme a Nota 9 (b).
Os custos diretos iniciais, quando incorridos pelo Banrisul, são incluídos na mensuração inicial do recebível do
arrendamento, reduzindo o valor da renda reconhecida pelo prazo do arrendamento. Tais custos iniciais
geralmente incluem comissões e honorários legais.
O reconhecimento da receita de juros reflete uma taxa de retorno constante sobre o investimento líquido do
Banrisul e é feito na rubrica “Receita com juros e similares”.
2.13. Ativo Intangível
É composto basicamente por aplicações de recursos cujos benefícios decorrentes ocorrerão em exercícios
futuros reconhecidos inicialmente pelo custo. Esse grupo está representado por contratos de prestação de
serviços bancários e de aquisição de softwares com vida útil definida amortizada pelo método linear.
O valor contábil de um ativo intangível é imediatamente baixado para seu valor recuperável se for maior do
que o valor recuperável estimado, e é revisado anualmente.
(a) Direitos por Aquisição de Folhas de Pagamento - os direitos por aquisição de folhas de pagamento
referem-se aos contratos firmados com o setor público e com entidades do setor privado, para garantir
| 33
exclusividade na manutenção dos serviços bancários de processamento de créditos de folha de pagamento e
de empréstimos consignados para os respectivos funcionários, bem como na manutenção da carteira de
cobrança, de serviços de pagamento aos seus fornecedores e outros serviços bancários. Esses contratos têm
vigência por cinco anos, sendo amortizados pelo prazo contratual decorrido. Não foram identificadas perdas no
valor recuperável desses ativos.
(b) Softwares - as licenças de softwares são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquiri-los e
fazer com que eles estejam prontos para serem utilizados. Esses custos são amortizados durante a vida útil
estimada dos softwares, de três a sete anos.
Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os
custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de produtos de software
identificáveis e exclusivos, controlados pelo Banco, são reconhecidos como ativos intangíveis quando os
seguintes critérios são atendidos:
- É tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para uso.
- A Administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo.
- O software pode ser vendido ou usado.
- Pode-se demonstrar que é provável que o software gere benefícios econômicos futuros.
- Estão disponíveis adequados recursos técnicos, financeiros e outros recursos para concluir o desenvolvimento
e para usar ou vender o software.
- O gasto atribuível ao software durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança.
Os custos diretamente atribuíveis, que são capitalizados como parte do produto de software, incluem os custos
com empregados alocados no desenvolvimento de softwares e uma parcela adequada das despesas indiretas
aplicáveis. Os custos também incluem os custos de financiamento incorridos durante o período de
desenvolvimento do software.
Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa,
conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são
reconhecidos como ativo em período subsequente.
Os custos de desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados durante sua vida útil
estimada, superior a três anos.
A amortização dos itens do intangível é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus
valores residuais durante a vida útil estimada, conforme apresentada a seguir:
Estimativa da Vida Útil em Anos
31/12/2014
31/12/2013
Direitos por Aquisição de Folhas de Pagamento
5
5
Direitos de Uso de Softwares
7
7
2.14. Provisões, Ativos Contingentes e Passivos Contingentes
As provisões para riscos sobre valores discutidos judicialmente são reconhecidas quando: o Banrisul tem uma
obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados; é
provável que a saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o valor é estimado
confiavelmente.
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e das obrigações legais são
efetuados de acordo com o IAS 37, sendo provisionados com base na opinião de assessores legais, por meio da
utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração da forma mais adequada possível, apesar da
incerteza inerente ao seu prazo e valor de desfecho de causa. A seguir, o critério utilizado segundo a natureza
da contingência:
34 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(i) Contingências Ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando existem
evidências que propiciam a garantia de sua realização sobre as quais não cabem mais recursos.
(ii) Contingências Passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, com base na opinião de
assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou
administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações, e quando os montantes
envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Podem ser:
Provisões para Riscos Trabalhistas - constituídas para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, no
momento da notificação judicial e cujo risco de perda é considerado provável. O valor é apurado de acordo
com a estimativa de desembolso feita pela Administração, revisada tempestivamente com base em subsídios
recebidos dos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito de execução quando este é exigido.
Provisões para Riscos Cíveis - constituídas, no momento da notificação judicial e ajustadas mensalmente pelo
valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores legais que considera
jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e decisões judiciais que vierem a ser
proferidas na ação, quanto ao grau de risco de perda da ação judicial.
Provisões para Riscos Fiscais e Previdenciários - referem-se, basicamente, a exigíveis relativos a tributos cuja
legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial, cuja probabilidade de
perda é considerada provável e que estão constituídas pelo valor integral em discussão. Para causas que têm os
respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos não se encontram atualizados, exceto no momento da
expedição do alvará de levantamento, em razão da ação julgada favorável.
Os passivos contingentes avaliados como perdas possíveis são divulgados, e aqueles não mensuráveis com
suficiente segurança, bem como os de perdas remotas, não são provisionados e/ou divulgados.
(iii) Obrigações Legais, Fiscais e Previdenciárias - as obrigações legais são registradas como exigíveis
independentemente da avaliação quanto à probabilidade de perda.
2.15. Garantias Financeiras
De acordo com o IAS 39, o emissor de um contrato de garantia financeira, tem uma obrigação e deve
reconhecê-la inicialmente pelo seu valor justo. Subsequentemente, essa obrigação deve ser mensurada pelo
maior valor entre o valor inicialmente reconhecido menos a amortização acumulada e o valor determinado de
acordo com o IAS 37 – “Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets”.
O Banrisul reconhece no balanço patrimonial consolidado como uma obrigação, na rubrica “Outros passivos”, o
valor justo das garantias emitidas, na data de sua emissão. O valor justo é geralmente representado pela tarifa
cobrada do cliente pela emissão da garantia. Esse valor é amortizado pelo prazo da garantia emitida e
reconhecido na demonstração consolidada do resultado na rubrica “Receitas de prestação de serviços”.
Após a emissão se, com base na melhor estimativa, concluirmos que a ocorrência de uma perda em relação à
garantia emitida é provável e o valor da perda for maior que o valor justo inicial menos a amortização
acumulada, uma provisão é reconhecida por tal valor.
2.16. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes e Diferidos
As despesas fiscais do período compreendem o imposto de renda e a contribuição social correntes e diferidos.
O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com
itens reconhecidos diretamente em outros resultados abrangentes ou no patrimônio líquido. Nesse caso, o
imposto também é reconhecido no mesmo grupo.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias, e são
determinados usando alíquotas de imposto (e leis fiscais), promulgadas na data do balanço, que devem ser
| 35
aplicadas quando o respectivo fato gerador do imposto for realizado ou liquidado.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos quando for provável que lucros
tributáveis futuros estarão disponíveis, contra os quais possam ser usadas essas diferenças temporárias.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos relacionados com a mensuração de valor justo dos ativos
financeiros disponíveis para venda são creditados ou debitados ao resultado abrangente e, subsequentemente,
reconhecidos no resultado no momento da venda com os ganhos e as perdas diferidos.
2.17. Obrigações com Benefícios de Longo Prazo Pós-Emprego a Empregados
(a) Obrigações de Aposentadoria - o Banrisul é patrocinador da FBSS - Fundação Banrisul de Seguridade Social
e da Cabergs – Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul que,
respectivamente, asseguram a complementação dos benefícios de aposentadoria e assistência médica a seus
funcionários.
(i) Planos de Previdência - o Banrisul é patrocinador de planos dos tipos “benefício definido” e de
“contribuição variável”.
Um plano de benefício definido é diferente de um plano de contribuição definida. Em geral, os planos de
benefício definido estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua
aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e
remuneração.
O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido
é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos
do plano. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes, usando o
método da unidade de crédito projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado
mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com os
rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que
tenham prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão.
A avaliação atuarial é elaborada com base em premissas e projeções de taxas de juros, inflação, aumentos dos
benefícios, expectativa de vida, efeito de qualquer limite sobre a parcela do empregador no custo dos
benefícios futuros, contribuições de empregados ou de terceiros que reduzam o custo final desses benefícios
para a entidade, etc. A avaliação atuarial e suas premissas e projeções são atualizadas em bases anuais, ao final
de cada exercício. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajuste pela experiência e nas mudanças das
premissas atuariais são registrados diretamente no patrimônio líquido, como outros resultados abrangentes,
quando ocorrerem.
O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios definidos é estabelecido separadamente para
cada plano, utilizando o Método do Crédito Unitário Projetado. Os custos de serviços passados, quando
ocorrem, são reconhecidos imediatamente no resultado.
Os planos de contribuição variável abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a
aposentadoria normal, a aposentadoria antecipada e o auxílio funeral. Neste caso, o Banrisul não tem qualquer
obrigação adicional de pagamento depois que a contribuição é efetuada. As contribuições são reconhecidas
como despesa de benefícios a empregados, quando devidas. As contribuições feitas antecipadamente são
reconhecidas como um ativo na proporção em que um reembolso em dinheiro ou uma redução dos
pagamentos futuros estiver disponível. Além destes, há benefícios com características de benefício definido,
que são aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio doença, abono anual, benefício mínimo e
pensão por morte.
36 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(ii) Planos de Saúde - são benefícios assegurados pela Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do
Estado do Rio Grande do Sul – (Cabergs), que oferecem benefícios de assistência médica em geral e cujo
custeio é estabelecido por meio de convênio de adesão.
O Banco oferece ainda benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados. Os custos
esperados desses benefícios são acumulados durante o período de emprego, usando a mesma metodologia
contábil usada para os planos de pensão de benefício definido. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de
ajustes com base na experiência e mudanças das premissas atuariais são debitados ou creditados ao
patrimônio líquido, em outros componentes do resultado abrangente. Essas obrigações são avaliadas,
anualmente, por atuários independentes qualificados.
Os ativos do plano não estão disponíveis aos credores do Banrisul e não podem ser pagos diretamente a ele. O
valor justo baseia-se em informações sobre preço de mercado e, no caso de títulos cotados, nas cotações
existentes no mercado. O valor de qualquer ativo de benefício definido reconhecido é limitado à soma de
qualquer custo de serviço passado ainda não reconhecido e ao valor presente de qualquer benefício
econômico disponível na forma de reduções nas contribuições patronais futuras ao plano.
(iii) Prêmio Aposentadoria - para os empregados que se aposentam, é concedido um prêmio aposentadoria,
proporcional à remuneração mensal fixa do funcionário, vigente na época da aposentadoria.
Adicionalmente, o resultado da avaliação atuarial pode gerar um ativo a ser reconhecido. Esse ativo é
registrado pela Instituição somente quando:
 ela controla um recurso, que é a capacidade de utilizar o excedente para gerar benefícios futuros;
 esse controle é o resultado de acontecimentos passados (contribuições pagas pela Instituição e serviço
prestado pelo funcionário); e
 estão disponíveis benefícios econômicos futuros para a Instituição na forma de redução em contribuições
futuras ou de restituição de dinheiro, seja diretamente para a Instituição, seja indiretamente para compensar a
insuficiência de outro plano de benefício pós-emprego (obedecida a legislação pertinente).
Os compromissos com esses três tipos de benefícios pós-emprego são avaliados e revisados anualmente por
atuários independentes e qualificados.
(b) Participação nos Lucros - o Banrisul reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados
(apresentado na rubrica "Despesas de pessoal" na demonstração do resultado) com base em acordo coletivo.
O Banco reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática nos
acordos coletivos passados que criem uma obrigação não formalizada (constructive obligation).
2.18. Capital Social
As ações ordinárias e as preferenciais, que para fins contábeis são consideradas como ações ordinárias sem
direito a voto, são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à
emissão de novas ações são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquido
de impostos.
2.19. Receitas e Despesas de Juros
Receitas e despesas de juros para todos os instrumentos financeiros com incidência de juros, exceto daqueles
mantidos para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado, são reconhecidas dentro de
"Receitas com juros e similares" e "Despesas com juros e similares" na demonstração do resultado usando o
método da taxa de juros efetiva.
O método da taxa de juros efetiva é aquele utilizado para calcular o custo amortizado de ativo ou de passivo
financeiro e alocar a receita ou a despesa de juros no período. A taxa de juros efetiva é a taxa de desconto que,
aplicada sobre os pagamentos ou recebimentos futuros estimados ao longo da expectativa de vigência do
| 37
instrumento financeiro ou, quando apropriado, por um período mais curto, resulta no valor contábil líquido do
ativo ou passivo financeiro. Ao calcular a taxa de juros efetiva, o Banrisul estima os fluxos de caixa
considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (opções de pagamentos antecipados, por
exemplo), mas não considera perdas de crédito futuras. O cálculo inclui todas as comissões pagas ou recebidas
entre as partes do contrato, os custos de transação e todos os outros prêmios ou descontos.
2.20. Receita de Prestação de Serviços
A receita de honorários e comissões é reconhecida conforme o regime contábil de competência no período em
que os serviços são prestados.
2.21. Receita de Dividendos
A receita de dividendos é reconhecida na demonstração do resultado quando o direito de receber o
pagamento é estabelecido.
2.22. Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio
Estatutariamente, estão assegurados aos acionistas dividendos mínimos obrigatórios de 25% do lucro líquido
de cada ano, ajustado de acordo com a legislação vigente. A cada Assembleia Geral Ordinária/Extraordinária
são definidos os valores de dividendo mínimo estabelecido no estatuto social e dos dividendos adicionais e são
contabilizados como passivo no final de cada exercício.
Desde 1º de janeiro de 1996, as companhias brasileiras podem atribuir uma despesa nominal de juros,
dedutível para fins fiscais, sobre o seu capital próprio. O valor dos juros sobre o capital próprio é considerado
como um dividendo e apresentado nestas demonstrações financeiras consolidadas como uma redução direta
no patrimônio líquido. O correspondente benefício fiscal é registrado na demonstração do resultado
consolidado.
Os dividendos foram e continuam a ser calculados e pagos de acordo com as demonstrações financeiras
preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (“BR GAAP”), e não com base nestas demonstrações
financeiras consolidadas em IFRS.
2.23. Lucro por Ação
O Lucro por Ação (LPA) pode ser calculado em sua forma básica e em sua forma diluída. Na forma básica, não
são considerados os efeitos dos instrumentos potencialmente dilutivos, ao passo que, no cálculo do lucro por
ação diluído são considerados os efeitos dos instrumentos potencialmente dilutivos. Como instrumentos
financeiros potencialmente dilutivos temos as ações preferenciais conversíveis, as debêntures conversíveis e os
bônus de subscrição, que podem ser convertidos em ações ordinárias, caracterizando, assim, o próprio
potencial dilutivo desses instrumentos. No Brasil, o LPA é calculado mediante a divisão do lucro ou prejuízo
líquido do exercício pelo número de ações que compõem o capital social da entidade ao final do período.
No caso do Banrisul, as ações preferenciais classe A recebem um dividendo igual ao pago às demais ações com
o acréscimo de 10% (dez por cento), além de terem a característica de conversibilidade em ações ordinárias ou
preferenciais classe B, a critério do titular da ação, a qualquer tempo, mediante notificação à sociedade. No
entanto, as ações conversíveis, quando ocorrem, são convertidas na razão de 1/1, não havendo alteração no
capital acionário do Banco. Sendo assim, o cálculo da distribuição de resultados considera apenas a ponderação
do percentual de acréscimo pago às ações preferenciais classe A, e o lucro por ação é dado pela divisão do
lucro líquido pela quantidade de ações, por lote de mil. O lucro líquido por lote de mil ações ordinárias do
capital social em 31 de dezembro de 2014 foi de R$1,52 (2013 - R$1,83), conforme Nota 21(b).
38 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
O Banrisul não dispõe de instrumentos que devessem ser incluídos no cálculo do lucro por ação diluído, e,
dessa forma, o lucro por ação básico e o diluído é semelhante.
2.24. Segmentos Operacionais
O relatório por segmentos operacionais é apresentado de modo consistente com o relatório interno fornecido
para o principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e avaliação de
desempenho dos segmentos operacionais, representado pela Diretoria Executiva (Nota 6).
3. NOVOS PRONUNCIAMENTOS E ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DE PRONUNCIAMENTOS
EXISTENTES
3.1. Mudanças nas Políticas Contábeis e Divulgações
Os seguintes pronunciamentos contábeis são aplicáveis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014.
IAS 32 - Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros – Revisões do IAS 32 - estas revisões
explicam o significado “atualmente tem o direito legal de compensação”, e também esclarecem a adoção dos
critérios de compensação do IAS 32 para os sistemas de liquidação (como os sistemas de câmaras de
liquidação) que aplicam mecanismos brutos de liquidação que não são simultâneos. Estas revisões não geraram
impactos relevantes nas demonstrações financeiras consolidadas.
Entidades para Investimentos – Alteração ao IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 –
Divulgação de Participações em Outras Entidades e IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas - Introduz
uma exceção ao princípio que todas as subsidiárias devem ser consolidadas. A alteração requer que a
controladora que seja uma entidade de investimento mensure a valor justo pelo resultado seus investimentos
em certas entidades, ao invés de consolidá-los. Posteriormente a emissão dessa norma, foram emitidas
alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 – Entidades para Investimentos Aplicando a Exceção à Consolidação, e essas
alterações são vigentes imediatamente a emissão desta alteração da norma. Não foram identificados impactos
relevantes dessa alteração para as demonstrações contábeis consolidadas do Banrisul.
IAS 36 – Redução ao Valor Recuperável dos Ativos – esta alteração introduz requerimentos de divulgações da
mensuração dos valores recuperáveis dos ativos, em decorrência da emissão do IFRS 13. Os impactos
identificados estão relacionados à divulgação do valor recuperável e da metodologia de mensuração e não
geraram impactos relevantes nas demonstrações contábeis consolidadas.
Alteração do IAS 39 – “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração” – esta alteração permite a
continuação de hedge accounting mesmo que um derivativo seja novado (transferido) para uma clearing,
dentro de certas condições. Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as
demonstrações contábeis consolidadas do Banrisul.
3.2. Pronunciamentos Contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros
As seguintes novas normas, alterações e interpretações de normas foram emitidas pelo IASB, mas não estão
em vigor para o exercício de 2014. A adoção antecipada dessas normas, embora encorajada pelo IASB, ainda
não foi adotada no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
IFRS 9 – Instrumentos Financeiros – Pronunciamento que visa substituir o IAS 39 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração. A IFRS 9 inclui: (a) um modelo lógico para classificação e mensuração; (b) um
modelo único de impairment para instrumentos financeiros, que oferece uma resposta às perdas esperadas; (c)
a remoção da volatilidade em resultado oriunda de risco de crédito próprio; e (d) uma nova abordagem para a
contabilidade de hedge. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2018. Os possíveis impactos
decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em
vigor da norma.
| 39
IFRS 15 – Receitas de Contratos com Clientes – requer que o reconhecimento de receita seja feito de modo a
retratar a transferência de bens ou serviços para o cliente por um montante que reflita a expectativa da
empresa de ter em troca os direitos desses bens ou serviços. A IFRS 15 substitui a IAS 18, a IAS 11, bem como
interpretações relacionadas (IFRICS 13, 15 e 18). Efetiva para exercícios iniciados após 1º de Janeiro de 2017 e
sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração
serão avaliados até a data de entrada em vigor da norma.
IAS 19 (R1) – Benefícios a Empregados – a entidade deve considerar a contribuição dos empregados e de
terceiros na contabilização de planos de benefícios definidos. Efetiva para exercícios iniciados após 1º de julho
de 2014 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa
alteração serão avaliados até a data de entrada em vigor da norma.
Alteração da IFRS 11 – Negócios em Conjunto – A alteração estabelece critérios contabilização para aquisição
de empreendimentos controlados em conjunto e operações em conjunto, que constituem um negócio,
conforme metodologia estabelecida na IFRS 3 – Combinações de Negócios. Efetiva para exercícios iniciados em
1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os impactos dessa alteração serão
devidos somente se houver aquisição de controle compartilhado.
Alteração da IAS 16 - Imobilizado e IAS 38 Ativos Intangíveis – A alteração esclarece o princípio base para
depreciação e amortização como sendo o padrão esperado de consumo dos benefícios econômicos futuros do
ativo. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo
IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos
até a data de entrada em vigor da norma.
Alteração da IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e IAS 28 – Investimentos em coligada e
empreendimentos controlado em conjunto (joint venture) - As alterações referem a uma inconsistência entre
as exigências do IFRS 10 e IAS 28 (2011), ao lidar com a venda ou contribuição de ativos entre um investidor e
sua coligada ou empreendimentos controlado em conjunto (joint venture). Efetiva para exercícios iniciados em
1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da
adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma.
Ciclo Anual de Melhorias (2012-2014) – Anualmente o IASB faz pequenas alterações em uma série de
pronunciamentos, com objetivo de esclarecer as normas atuais e evitar dupla interpretação. Nesse ciclo foi
revisado o IFRS 5 – Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas, IFRS 7 –
Instrumentos Financeiros: Divulgações: IAS 19 - Benefícios aos Empregados e IAS 34 – Relatório Financeiro
Intermediário. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida
pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão
concluídos até a data de entrada em vigor da norma.
Alteração da IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras: As alterações tem o objetivo de incentivar
as empresas a identificar quais informações são suficientemente relevantes para serem divulgadas nas
demonstrações financeiras. Também é esclarecido que a materialidade se aplica ao conjunto completo de
demonstrações financeiras, incluindo suas notas explicativas e que é aplicável a todo e qualquer requerimento
de divulgação das normas IFRS. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção
antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo
avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma.
Alterações na IAS 28, IFRS 10 e na IFRS 12 Aplicando a Exceção à Consolidação: o documento contém
orientações de aplicação do conceito de Entidades para Investimento. Alterações na IAS 28, IFRS 10 e na IFRS
12 são efetivas para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo
IASB.
40 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS
A Administração estabelece estimativa e premissas que afetam os valores de ativos e passivos divulgados. As
estimativas e os julgamentos são continuamente avaliados e têm base na experiência histórica e em outros
fatores, incluindo expectativas de eventos futuros considerados razoáveis para as circunstâncias.
(a) Valor Justo dos Instrumentos Financeiros não Cotados em Mercado Ativo - o valor justo de instrumentos
financeiros que não são cotados em mercados ativos é determinado por meio de técnicas de avaliação (por
exemplo, modelos) que são validadas e periodicamente revisadas por pessoal qualificado independente da
área que as criou. Antes de serem utilizados, todos os modelos são certificados e validados para assegurar que
os resultados reflitam dados reais e preços de mercado comparativos. Em termos práticos, os modelos usam
apenas dados observáveis; no entanto, áreas com volatilidade e correlações de risco de crédito (próprias e da
contraparte) requerem estimativas por parte da Administração. Alterações nas premissas construídas sobre
esses fatores poderiam afetar o valor justo divulgado de instrumentos financeiros.
(b) Planos de Pensão de Benefício Definido - o valor atual de obrigações de planos de pensão de benefício
definido é obtido por cálculos atuariais, que utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na
determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças
nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão.
O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, e esta é usada para determinar
o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de
planos de pensão. Ao determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul considera as taxas de juros de
títulos do Tesouro Nacional, denominados em reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm
prazos de vencimento próximos dos prazos das respectivas obrigações.
Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão baseiam-se, em parte, em condições
atuais do mercado. Informações adicionais estão divulgadas na Nota 30.
(c) Perdas por Impairment em Ativos Financeiros Mensurados ao Custo Amortizado - o Banrisul examina
periodicamente os ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis, com o objetivo de avaliar a
existência de qualquer evidência objetiva de redução ao valor recuperável. O Banrisul usa estimativas baseadas
na experiência histórica de perda em ativos com características de risco de crédito semelhantes e com
evidência objetiva de redução ao valor recuperável. A metodologia e as premissas utilizadas para estimar a
perda são revisadas regularmente para reduzir as diferenças entre as perdas estimadas e as efetivas. A prática
contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.7.
(d) Perda por Impairment dos Ativos - anualmente, o Banrisul testa eventuais perdas (impairment) no ágio, de
acordo com a política contábil apresentada na Nota 2.10. Em 31 de dezembro de 2014, o Banco não identificou
impairment de ágio.
(e) Provisões para Riscos Fiscais, Cíveis e Trabalhistas - o Banrisul revisa periodicamente suas provisões para
riscos fiscais, cíveis e trabalhistas. Essas provisões são avaliadas com base nas melhores estimativas da
Administração, levando em consideração a opinião de assessores legais, por meio da utilização de modelos e
critérios que permitam a sua mensuração da forma mais adequada possível, apesar da incerteza inerente ao
seu prazo e valor de desfecho de causa. A prática contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.14.
| 41
5. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
A gestão dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, intrínsecos à área financeira, é
ferramenta estratégica e fundamental para o Banrisul. O constante aperfeiçoamento nos processos de
identificação, mensuração, monitoramento, controle e mitigação de riscos possibilita tornar mais apuradas as
boas práticas de governança alinhadas aos objetivos, às políticas e às estratégias da Instituição.
O Banrisul procura alinhar suas atividades de gestão aos padrões recomendados pelo Comitê de Basileia,
adotando as melhores práticas de mercado para maximizar a rentabilidade e garantir a melhor combinação
possível de aplicações em ativos e uso de capital requerido. É processo contínuo nesse escopo, o
aprimoramento sistemático de políticas de risco, de sistemas de controles internos e de normas de segurança,
integrado aos objetivos estratégicos e mercadológicos da Instituição.
5.1. Risco de Crédito
O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento,
pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à
desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à
redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.
A estrutura de avaliação do risco está alicerçada em metodologias estatísticas e/ou no princípio de decisão
técnica colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de crédito correspondentes aos níveis decisórios que
abrangem desde a extensa rede de agências, em suas diversas categorias de porte, até as esferas diretivas e
seus Comitês de Crédito e de Risco da Direção-Geral, Diretoria e Conselho de Administração. Esse processo visa
agilizar a concessão de crédito, com base em limites tecnicamente pré-definidos, de acordo com a exposição
que a Instituição esteja disposta a operar com cada cliente, seja Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ),
atendendo ao binômio risco x retorno.
A política interna adotada pelo Banrisul ao mensurar risco de crédito considera como componente básico em
relação ao cliente a probabilidade de inadimplência, por parte do tomador ou da contraparte, com respeito às
suas obrigações contratuais. Essa mensuração de risco de crédito, que reflete as expectativas de perdas, é
incorporada à gestão operacional do Banco, conforme determina o Órgão Regulador.
A gestão eficaz da exposição ao risco de crédito do Banrisul permite a continuidade da expansão da carteira de
crédito de modo sustentável, com agilidade e segurança, dada a potencialidade dos instrumentos utilizados
para mensuração dos riscos inerentes a cada cliente.
5.1.1. Identificação e Mensuração
(a) Operações de Crédito – no processo de identificação e avaliação do risco de crédito, o Banrisul adota
metodologias estatísticas e/ou o princípio de decisão técnica colegiada.
A concessão de crédito alicerçada em modelos de escoragem (Application Score e Behaviour Score) oportuniza
o estabelecimento de créditos pré-aprovados de acordo com as classificações de risco previstas nos modelos
estatísticos.
A concessão de crédito fundamentada na decisão colegiada ocorre por políticas de alçada. Os Comitês de
Crédito das Agências podem deferir/indeferir operações de crédito até os limites de suas alçadas,
estabelecidos de acordo com a categoria de cada agência e/ou produto. Para clientes de alçadas superiores às
dos Comitês de Crédito das Agências as operações e Limites de Risco são deferidos pelos Comitês de Crédito e
de Risco da Direção-Geral. A Diretoria aprova operações específicas e Limites de Risco de operações em
montantes que não ultrapassem 3% do patrimônio líquido, e operações superiores a esse limite são
submetidas à apreciação do Conselho de Administração.
42 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Para o segmento Corporate, o Banrisul adota estudos técnicos efetuados por área interna de análise de riscos,
que avaliam as empresas sob o prisma financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões
periódicas, observando ainda os cenários econômicos, com a inserção das empresas nesses ambientes. A
gestão da exposição ao risco de crédito tem como diretriz a postura seletiva e conservadora da Instituição,
seguindo estratégias definidas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração.
As operações de crédito, contempladas ou não nos modelos de escoragem, são classificadas em ordem
crescente de risco, contemplando aspectos em relação ao devedor e a seus garantidores e em relação à
operação e garantias. As mensurações operacionais podem ser comparadas às provisões para perda por
impairment exigidas pelo IAS 39, as quais são baseadas em perdas que tenham sido incorridas à data do
balanço patrimonial ("modelo de perdas incorridas") e não nas perdas esperadas (Nota 5.1.3).
Em relação ao devedor e a seus garantidores, são avaliados: situação econômico-financeira, grau de
endividamento, capacidade de geração de resultados, fluxo de caixa, administração e qualidade de controles,
pontualidade e atrasos nos pagamentos, contingências, setor de atividade econômica e limite de crédito.
Em relação à operação de crédito, são considerados: o valor, a natureza e a finalidade da transação, além das
características das garantias, particularmente quanto à suficiência e à liquidez. As operações de crédito são
acompanhadas pela Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco para identificação do rating mínimo em
razão do maior atraso. Todas as operações dos clientes possuem ratings calculados, que, adicionados ao
mínimo, resultam na maior classificação de risco para o cliente.
(b) Operações com Instituições de Crédito - o Banrisul, com o objetivo de manter o acompanhamento e a
devida gestão da Carteira Adquirida, considera que o limitador por instituição cedente seja o equivalente a 15%
do Patrimônio de Referência do Banrisul, não podendo exceder a 50% do patrimônio líquido do banco cedente.
Efetua-se para tal processo a correspondente análise da capacidade econômico-financeira da instituição
cedente. A maior parte da aquisição de carteiras de crédito é realizada com coobrigação do cedente, uma vez
que a referida liquidez desses créditos junto ao Banrisul é de sua competência.
(c) Títulos Públicos e Outros Títulos de Dívida - para os títulos públicos e outros títulos de dívida, são
elaborados relatórios contendo pareceres de análise para a concessão de limites operacionais de risco de
crédito, destinados às instituições financeiras e às aquisições de títulos e valores mobiliários (emissões públicas
ou em caráter privado) emitidos por empresas que operam no Mercado de Capitais.
O limite operacional constitui o valor máximo ao qual o Banco aceita estar exposto na ocasião da aquisição de
títulos privados, emitidos por instituições financeiras ou não financeiras, e da participação em operações
compromissadas. Esse limite é destinado tanto a operações envolvendo a Tesouraria do Banrisul quanto a
operações no âmbito da alocação de recursos de terceiros.
A extensão da análise técnica compreende o aspecto econômico-financeiro da contraparte, o ambiente
econômico, o perfil da empresa e de seus controladores, o estudo sobre o conglomerado, e o rating externo da
contraparte.
Para operações com instrumentos financeiros derivativos, é facultado às contrapartes não exigir garantia para
a operação até determinado valor (limite operacional), criando-se, assim, uma exposição ao risco de crédito.
5.1.2. Monitoramento, Controle e Mitigação
Para monitoramento do risco de crédito, são realizadas análises de aderência dos modelos de Application e
Behaviour Score por meio de técnicas estatísticas de validação. Para todos os segmentos de clientes, também
são realizadas análises dos indicadores de atraso, pendência e volume de concessão, em diversas
granularidades e agrupamentos, possibilitando o gerenciamento e o monitoramento dessas exposições por
produto, classificação de risco, concentração de crédito, agência, entre outros. Além disso, as exposições ao
risco de crédito de contraparte de instrumentos derivativos são acompanhadas periodicamente, com avaliação
| 43
das chamadas de margens das contrapartes e dos limites operacionais em vigor, com reporte trimestral aos
Comitês de Gestão.
Para controle e mitigação da exposição ao risco de crédito, são realizadas a estruturação de garantias e da
precificação, adequadas ao nível de risco a ser incorrido em razão das características do tomador e da
operação, no momento da concessão. Na precificação do segmento de varejo, é considerada a inadimplência
do produto para depurar a taxa e averiguar o resíduo. No segmento Corporate, a precificação da Mesa de
Negócios considera o rating do cliente.
Além disso, o Banco administra, limita e controla concentrações de risco de crédito sempre que estas são
identificadas, particularmente, em relação a contrapartes e grupos. Dentre os procedimentos adotados, podese destacar:
 A Administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão de risco
aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores e a segmentos da indústria. Esses riscos
são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais, ou mais frequentes, quando necessário. Os limites
sobre o nível de risco de crédito por produto e setor da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho
de Administração, se for o caso.
 A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive aos agentes financeiros, no caso de contraparte, é
adicionalmente restrita por sublimites que cobrem eventuais exposições registradas e não registradas no
balanço patrimonial. As exposições reais, de acordo com os limites estabelecidos, são controladas
mensalmente.
 A exposição ao risco de crédito é também administrada por meio de análise regular dos tomadores de
empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos juros e da alteração da situação
cadastral e de seus limites, quando apropriado.
Outras medidas específicas de controle e mitigação são descritas a seguir:
(a) Garantias - o Banco implementa orientações e políticas já consolidadas sobre a aceitação de classes
específicas de garantias ou mitigação de risco, firmadas nos contratos de empréstimos ou financiamentos,
como, por exemplo, o direito de vender ou reapresentar a garantia (avaliada e analisada no momento da
concessão do crédito) na ausência de cumprimento por parte do devedor de suas obrigações. Para as garantias
de recebíveis, observa-se a seletividade, a concentração e a validação dos sacados e demais parâmetros da
política de crédito para o produto e a respectiva garantia.
A exposição máxima de risco de crédito corresponde ao montante total do compromisso firmado entre as
partes. Ainda, cabe salientar que o Banrisul efetua o controle das garantias contratadas, com destaque para as
operações que apresentam o mitigador de garantias de títulos de crédito, efetuando a gestão durante todo o
andamento da operação, recompondo a garantia quando assim se fizer necessário durante a vigência da
operação/contrato, e baixando o excedente no seu encerramento.
O Banrisul emprega a tomada de garantias sobre a liberação de recursos como uma das medidas de mitigação
de risco de crédito. Usualmente, para tal controle, o Banco tem admitido o recebimento de garantias de
natureza real e fidejussória, obedecendo às peculiaridades inerentes ao tipo de contrato e linha de crédito.
Para os casos de execução das garantias atreladas a um contrato insolvente, o Banco realiza a devida retomada
dos bens garantidos pela contraparte, realizando, posteriormente, a venda deles por meio de leilões,
obedecendo aos prazos determinados pelo Banco Central. Excepcionalmente, a garantia pode ser considerada
de difícil conversão em valores monetários (dada a ocorrência de contingências), tornando inviável a sua
liquidez no mercado.
(b) Compromissos de Crédito - compromissos de crédito, não canceláveis incondicional e unilateralmente pela
Instituição, representam porções não utilizadas pela contraparte de limites contratados, tipicamente atribuídos
a modalidades de capital de giro, cheque especial, cartões de crédito, entre outros. Ainda, referem-se a
44 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
contratos cujos recursos serão liberados mediante o cumprimento de alguma exigência contratual, conforme
cronograma de etapas de construção, como ocorre em alguns contratos imobiliários.
O valor contratual representa o risco de crédito máximo nessas modalidades no caso de a contraparte
efetivamente utilizar o recurso disponível. Contudo, a exposição a perdas resultantes desses contratos é
inferior ao total de compromissos a liberar, visto que uma parte destes expira sem a sua completa utilização,
seja por decisão do cliente, seja por determinação do Banrisul, que adota critérios para a disponibilização
desses recursos, conforme exigência de cumprimento de determinadas cláusulas contratuais.
(c) Créditos a Liberar - créditos a liberar são os desembolsos futuros relativos a operações de crédito
contratadas, independentemente de serem ou não condicionadas ao cumprimento pelo devedor de condições
pré-especificadas. O valor da exposição relativa aos créditos a liberar corresponde ao somatório das parcelas
de operações de crédito a liberar em até 360 dias.
5.1.3. Políticas de Impairment e Provisionamento
Os sistemas de classificação internos descritos na Nota 5.1.1 dão mais ênfase ao mapeamento da qualidade de
crédito do que às atividades iniciais de empréstimos e investimento. Em contraste, as provisões para perda por
impairment são reconhecidas, para fins de elaboração de relatórios financeiros, apenas para perdas que
tenham sido incorridas na data do balanço patrimonial com base em evidência objetiva de impairment (Nota
2.7).
A política operacional exige a revisão dos ativos financeiros individuais no mínimo uma vez por ano, ou mais
frequentemente quando circunstâncias individuais assim o exigirem. Esse tratamento é aplicável às operações
de crédito individualmente relevantes para a entidade, diferentemente da avaliação coletiva, destinada a
grupos de ativos financeiros associados de acordo com características de risco de crédito semelhantes. Cabe
comentar que os pronunciamentos internacionais (IAS 39) não oferecem orientação específica para uma
definição de “individualmente relevante”.
No Banrisul, as provisões para perdas por impairment sobre contas individualmente avaliadas são
determinadas mediante uma avaliação caso a caso das perdas incorridas na data do balanço patrimonial,
aplicada a todas as contas individualmente significativas, sendo, o limite de alçada do Comitê de Crédito da
Direção-Geral o critério interno de significância estabelecido.
Provisões para perdas por impairment coletivamente avaliadas são estabelecidas para:
carteiras de ativos homogêneos que individualmente não são significativos; e perdas que foram incorridas, mas
não identificadas ainda, por meio do uso da experiência histórica, julgamento embasado e técnicas de
estatísticas.
5.1.4. Exposição Máxima ao Risco de Crédito Antes das Garantias ou de Outros Mitigadores
A exposição ao risco de crédito relativo a ativos registrados no balanço patrimonial é a seguinte:
Exposição Máxima
31/12/2014
31/12/2013
2.426.484
4.005.295
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
615.201
878.891
Instrumentos Financeiros Derivativos
585.853
315.720
15.266.328
13.309.249
Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado
Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado
30.725.845
26.885.301
Total
49.619.711
45.394.456
| 45
A exposição ao risco de crédito relativo a itens não registrados no balanço patrimonial é a seguinte:
Exposição Máxima
Garantias Financeiras Prestadas a Terceiros
31/12/2014
31/12/2013
1.328.699
1.110.922
Compromissos de Empréstimos e Outras Obrigações Relativas a Crédito
13.356.513
13.182.026
Total
14.685.212
14.292.948
A tabela anterior representa um cenário de pior caso de exposição ao risco de crédito para o Banrisul em 31 de
dezembro de 2014 e 2013, sem considerar qualquer garantia ou outras melhorias de crédito agregadas. Os
ativos expostos acima se referem às garantias financeiras prestadas a terceiros, aos créditos contratados a
liberar e a carta de crédito do Sistema Financeiros de Habitação, os quais estão demonstrados de acordo com o
balanço patrimonial.
5.1.5. Empréstimos e Recebíveis
A carteira de empréstimos e recebíveis está resumida a seguir:
31/12/2014
Não Vencidos nem Sujeitos a Impairment
Sujeitos a Impairment
31/12/2013
1.436.913
1.039.855
29.288.932
25.845.446
Total da Carteira de Empréstimos e Recebíveis
30.725.845
26.885.301
(-) Provisão para Impairment
(1.552.052)
(1.350.614)
Total da Carteira de Empréstimos e Recebíveis, Líquido da Provisão para Impairment
29.173.793
25.534.687
(a) Carteira de Empréstimos e Recebíveis não Vencidos e nem Sujeitos à Impairment - a qualidade da carteira
de empréstimos e recebíveis que não estavam vencidos nem sujeitos à impairment são avaliados por referência
ao sistema interno de classificação adotado pelo Banrisul em linha com a política definida pelo Banco para
cálculo de impairment de ativos financeiros.
(b) Carteira de Empréstimos e Recebíveis Vencidos, mas não Sujeitos Individualmente a Impairment - nossa
metodologia de determinação das provisões relativas a perdas incorridas ainda não especificamente
identificadas visa verificar a quantia das perdas incorridas na data do balanço de empréstimos ainda não
avaliados como não recuperáveis, mas que estimamos, com base em nossa experiência passada, levando em
consideração informações acerca da recuperação de créditos inadimplidos, das garantias associadas à
transação, das receitas e despesas associadas ao processo de recuperação, e também do tempo de
recuperação e dos custos indiretos resultantes do processo.
Entretanto, o índice de operações inadimplidas dessa categoria, historicamente, não é relevante, fruto da
contínua e crescente implementação de metodologias estatísticas para avaliação de risco dos clientes, com a
parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliada à otimização dos controles sobre as
informações cadastrais por meio de um modelo de certificação, que intensificam e fortalecem as avaliações.
Operações de crédito vencidas, até 60 dias para créditos classificados como significativos e até 120 dias para
créditos classificados como não significativos e que não apresentam evidências de impairment, ainda não são
consideradas, a menos que outras informações disponíveis indiquem o contrário. O valor bruto de operações
de crédito que estão vencidas, mas não sujeitas individualmente a impairment, está descrito a seguir, por
classe:
31/12/2014
31/12/2013
Vencidos em até 30 dias
910.973
1.157.242
Vencidos de 31 a 60 dias
325.702
184.417
Vencidos de 61 a 120 dias
212.233
203.530
1.448.908
1.545.189
Vencidos
Total
46 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(c) Empréstimos e Recebíveis Individualmente Impaired - o valor da carteira de empréstimos e recebíveis
individualmente impaired, antes de considerar os fluxos de caixa dos colaterais dados em garantia, é,
respectivamente, de:
31/12/2014
31/12/2013
Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito
199.312
359.049
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
490.107
477.260
Total
689.419
836.309
Empréstimos Individualmente Impaired
Os ativos financeiros que estão vencidos sem evento de perda ou individualmente vencidos com evento de
perda estão cobertos parcialmente ou em sua totalidade por garantias.
Nas operações de crédito com instituições de crédito e pessoas jurídicas, grande parte das operações são
dotadas de garantias, que são requeridas conforme a finalidade de crédito. Operações destinadas a financiar a
produção de bens têm como garantia mais comum máquinas e equipamentos.
Financiamentos de fluxo de caixa, normalmente, são garantidos por duplicatas ou cheques, recebíveis de
cartão, avais ou coobrigação dos sócios da empresa e/ou terceiros. Operações destinadas a investimentos, por
outro lado, normalmente, recebem garantia de alienação fiduciária ou hipoteca do próprio bem objeto do
financiamento. Além disso, também podem ser aceitas aplicações financeiras, cotas de fundos, títulos de dívida
e outros instrumentos.
Já em relação ao crédito para pessoas físicas, garantias são requeridas principalmente em operações de
financiamento imobiliário e de veículos, nas quais os próprios bens financiados são dados em garantia.
Em relação aos demais produtos de crédito, a requisição de garantias é menos frequente, mas também pode
ocorrer; nesses casos, entre os tipos mais comuns de garantias utilizadas, estão aplicações financeiras.
(d) Operações de Crédito Renegociadas - atividades de renegociação comumente utilizadas em operações de
crédito e praticadas pelo Banrisul são compostas por extensão nos prazos de pagamentos e repactuação de
taxas previamente acordadas.
Após a renegociação, uma operação de crédito, mesmo que ainda não esteja vencida, tem seu prazo alterado e
é retornada à condição de normalidade, e sua administração é efetuada com outras contas similares,
renegociadas ou não.
As políticas e práticas para aceitação de renegociações são baseadas em indicadores ou critérios previamente
definidos e que, no entendimento da Administração, indiquem que os pagamentos muito provavelmente
continuarão a ser feitos.
O total dos créditos renegociados durante o exercício de 2014 foi de R$767.055 (2013 – R$765.940).
5.1.6. Títulos e Valores Mobiliários
A política de aplicações do Banrisul é caracterizada por uma atuação conservadora, direcionada
majoritariamente para Títulos Públicos Federais, classificados como risco soberano.
5.1.7. Retomada de Garantias
Os ativos retomados são classificados e reconhecidos como ativo na efetiva posse.
Os ativos recebidos, na ocasião da execução dos contratos de empréstimos, inclusive imóveis, são registrados
inicialmente pelo menor valor entre: (i) o valor justo do bem menos os custos estimados para a sua venda e, (ii)
o valor contábil do empréstimo.
Reduções posteriores no valor justo do ativo são registradas como provisão para desvalorização, com um
débito correspondente no resultado. Os custos da manutenção desses ativos são lançados à despesa conforme
| 47
incorridos.
A política de venda desses bens contempla a realização de leilões periódicos que são divulgados previamente
ao mercado além de considerar a restrição para a manutenção em propriedade do Banrisul pelo prazo máximo
de um ano, expedidas pelo órgão regulador brasileiro (Banco Central do Brasil). Esse prazo pode ser
prorrogável a critério do referido órgão regulador.
Os valores apresentados a seguir representam os bens retomados nos exercícios de 2014 e 2013:
Natureza do Ativo
Imóveis
Veículos e Afins
Total
01/01 a 31/12/2014
01/01 a 31/12/2013
53.189
6.141
-
3
53.189
6.144
5.2. Risco de Mercado
O Banrisul está exposto aos riscos de mercado decorrentes da possibilidade de perda financeira por oscilação
dos preços e taxas de juros de mercados das suas operações, em razão do descasamento de prazos entre ativos
e passivos, moedas e indexadores.
O Banrisul gerencia o risco de mercado de acordo com as melhores práticas de mercado. Conforme a Política
de Gerenciamento de Risco de Mercado, a Instituição estabelece limites operacionais para acompanhar as
exposições ao risco e identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição aos riscos das carteiras de
negociação e não negociação.
A identificação das operações que estão sujeitas ao risco de mercado é realizada por meio de processos
operacionais, considerando as linhas de negócios do Banco, os fatores de riscos das operações, os valores
contratados e os respectivos prazos, bem como a classificação dos instrumentos financeiros em carteira de
negociação ou de não negociação. A classificação é realizada da seguinte forma:
(a) Carteira Trading (Trading Book): compreende as operações em instrumentos financeiros detidos com
intenção de negociação, destinados para revenda, obtenção de benefícios da flutuação dos preços ou
realização de arbitragem.
(b) Carteira Banking (Banking Book): compreende todas as operações da Instituição não classificadas na
carteira de negociação, sem intenção de venda, ou seja, carteira de crédito, carteira de títulos mantidos até o
vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de poupança e demais operações mantidas até o
vencimento.
5.2.1. Técnicas de Mensuração do Risco de Mercado
O Banrisul monitora o risco de mercado das suas operações por meio da utilização de metodologias como o
Valor em Risco (VaR) e pela realização de análise de sensibilidade das carteiras. As metodologias de
mensuração das exposições sujeitas a risco de mercado contemplam as seguintes métricas:
(a) Marcação a Mercado: para realizar o cálculo do valor de mercado dos ativos e passivos do consolidado, são
utilizados os preços capturados diariamente na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e
de Capitais – (Anbima) e na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros- BM&FBovespa S.A. A partir desses
preços, é aplicada a função de interpolação cubic spline natural (ano em 252 dias úteis) para obter a taxa de
juros nos prazos das operações, intermediários aos vértices apresentados.
(b) Value at Risk: o Banco utiliza a metodologia do VaR para a mensuração do risco das operações classificadas
na carteira Banking e nas operações da carteira Trading com fator de risco em taxa pré-fixada conforme
modelo padronizado definido pelo Bacen na Circular n° 3.634/13. O Value at Risk ou VaR é uma estimativa
baseada em estatística de perdas que podem ser ocasionadas à carteira atual por mudanças adversas nas
48 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
condições do mercado. O modelo expressa o valor "máximo" que o Banrisul pode perder, levando-se em conta
um nível de confiança de 99% e volatilidades e correlações calculadas pelos métodos estatísticos que atribuem
maior peso aos retornos recentes. Nas operações referenciadas em cupom de moedas, índice de preços e taxa
de juros, o modelo utilizado é o maturity ladder, conforme definido pelo Bacen em circulares específicas.
(c) Análise de Sensibilidade: a análise de sensibilidade é realizada trimestralmente ou em situações adversas,
por meio da aplicação de cenário específico para cada fator de risco, com o objetivo de quantificar os impactos
sobre as carteiras. Para a elaboração dos cenários que compõem o quadro de análises de sensibilidade, foram
levadas em consideração as situações propostas pela Instrução Normativa CVM n° 475. Foram aplicados
choques para mais e para menos nos seguintes cenários: 1% (Cenário 1), 25% (Cenário 2) e 50% (Cenário 3), nas
curvas de juros pré-fixados, em moedas estrangeiras e ações, tendo como base as informações de mercado da
BM&FBovespa e da Anbima e a cotação do dia do dólar Ptax/Bacen. A seguir, apresentamos tabela com o
resultado da análise de sensibilidade referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014.
Fator de Risco
Taxa de Juros
Moeda Estrangeira
Ações
Total
Cenário I
Cenário II
1
24
Cenário III
48
1.370
34.236
68.472
110
2.757
5.514
1.481
37.017
74.034
Análise de Sensibilidade de Instrumentos Financeiros Derivativos - o Banrisul também realizou a análise de
sensibilidade de suas posições em instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading) e das operações de
captação externa realizadas em 02/02/2012 no valor de USD 500 milhões e 03/12/2012 no valor de USD 275
milhões, com vencimento em 02/02/2022, contabilizadas na Carteira Banking (Nota 14). Foram aplicados
choques para mais ou para menos nos Cenários I, II e III.
A aplicação dos choques sobre o valor da moeda estrangeira “Dólar – US$” considera a cotação de R$2,6562 de
31/12/2014 (PTAX - Bacen).
O Cenário I é o mais provável e considera as variações esperadas pelo Banrisul em relação às curvas de
referência de mercado (BM&FBovespa), utilizadas para efetuar a marcação desses instrumentos financeiros. Os
Cenários II e III são definidos de acordo com a Instrução n° 475/08 da CVM, que determina que os cenários de
alta devam contemplar variações de +25% e +50% e os cenários de queda variações de -25% e -50%.
Portanto, o Cenário I é definido pela alta de 1% do cupom de dólar, o Cenário II pela alta de 25% do cupom de
dólar e o Cenário III pela alta de 50% do cupom de dólar de acordo com a posição do Banrisul, levando-se em
consideração as condições existentes em 31/12/2014.
As análises de sensibilidade demonstradas a seguir foram estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos
em relação a eventos futuros. Os cenários estimados revelam os impactos no resultado para cada cenário em
uma posição estática da carteira para o dia 31/12/2014.
O quadro a seguir demonstra a probabilidade do impacto no fluxo de caixa nos três cenários das exposições em
instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading ou para negociação) e no instrumento objeto de
proteção (Carteira Banking ou mantidos até o vencimento) em 31/12/2014.
Operação
Carteira
Risco
Swap
Trading
Alta do Cupom de US$
Cenário I
Cenário II
Cenário III
(8.652)
(153.599)
(282.067)
6.537
150.598
278.584
(2.115)
(3.001)
(3.483)
Item Objeto de Proteção
Dívida I
Banking
Efeito Líquido
Alta do Cupom de US$
Cupom de Dólar Americano (USD): Todos os produtos que possuem variações de preço atreladas a variações do
dólar americano e da taxa de juros em dólar americano.
| 49
Adicionalmente, ressalta-se que os resultados apresentados não se traduzem necessariamente em resultados
contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos de divulgação da exposição a riscos e as respectivas ações de
proteção considerando o valor justo dos instrumentos financeiros, dissociado de quaisquer práticas contábeis
adotadas pela Instituição.
O Banrisul considera que o risco de estar passivo em CDI por ocasião dos swaps seria a elevação da taxa CDI e
este seria compensado pelo aumento das receitas oriundas de suas operações de aplicação atreladas ao CDI.
(d) Testes de Estresse: os testes de estresse para as exposições da carteira de não negociação, de acordo com
as definições do Bacen, são realizados por meio da estimação do percentual de variação do valor de mercado
da carteira Banking, com a utilização de choque compatível com o 1° e o 99° percentis de uma distribuição
histórica de variações nas taxas de juros, considerando holding period de um ano e o período de observação de
cinco anos, conforme requerido na Circular n° 3.365/07. Também é estimada a quantidade de pontos
percentuais de choques paralelos de taxa de juros necessários para acarretar reduções do valor de mercado da
carteira de não negociação correspondente a 5%, 10% e 20% do Patrimônio de Referência.
5.2.2. Resumo de VaR Global em 31 de dezembro de 2014
As tabelas a seguir demonstram o resultado do VaR Global consolidado, abrangendo as carteiras Trading e
carteira Banking, e do VaR individual das carteiras Trading e Banking, na posição em 31 de dezembro de 2014.
(a) Metodologia - Value at Risk (VaR)
Exposições ao Risco de Mercado – Carteira Trading e Banking
Taxa de Juros Pré-fixada
Cupom Cambial
Cupom de Índice de Preços
536.870
94.111
3.187
Cupom de Taxa de Juros
105.914
Total
740.082
Exposições ao Risco de Mercado – Carteira Banking
Taxa de Juros Pré-fixada
Cupom Cambial
Cupom de Índice de Preços
536.858
94.111
3.187
Cupom de Taxa de Juros
105.914
Total
740.070
Exposições ao Risco de Mercado – Carteira Trading
Taxa de Juros Pré-fixada
12
Total
12
5.2.3. Exposições sujeitas ao Risco de Câmbio
O Banrisul está exposto aos efeitos de flutuação nas taxas de câmbio vigentes sobre sua situação financeira e
seus fluxos de caixa. O risco de câmbio é monitorado diariamente por meio da apuração da exposição cambial
em moeda estrangeira. A política do Banrisul é administrar a exposição em limites inferiores a 2,5% do seu
Patrimônio de Referência. A exposição apresentada no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 é de
R$180.457 (31/12/2013 – R$184.915).
O Banrisul já está aderente as novas determinações do Bacen e apura o montante dos ativos ponderados pelo
risco – RWAcam, o valor verificado no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi de R$656.211
(31/12/2013 – R$672.418).
50 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
5.2.4. Exposições sujeitas ao Risco de Taxa de Juros
O risco de taxa de juros em fluxos de caixa é o risco de que os fluxos de caixa futuros de um instrumento
financeiro variem como resultado de mudanças nas taxas de juros do mercado. O risco da taxa de juros sobre o
valor justo é o risco de que o valor de um instrumento financeiro varie como resultado de mudanças nas taxas
de juros do mercado. O Banrisul se expõe aos efeitos de flutuações das taxas de juros vigentes no mercado
tanto sobre o valor justo dos seus instrumentos financeiros como sobre seus fluxos de caixa. As margens de
juros podem aumentar em decorrência dessas mudanças, mas podem diminuir as perdas se ocorrerem
movimentações inesperadas. A Diretoria e o Conselho de Administração do Banrisul aprovam anualmente
limites propostos sobre o nível de descasamento de taxa de juros que pode ser assumido pelo Banrisul.
A tabela a seguir resume a exposição do Banrisul ao risco das taxas de juros. Ela inclui os instrumentos
financeiros ao seu valor contábil, categorizados pela alteração contratual mais antiga ou pelas datas de
vencimento.
Em 31 de dezembro de 2014
Não
Remunerados
Até 3
Meses
Circulante
De 3 a
12 Meses
De 1 a 5
Anos
Não Circulante
Mais de
5 Anos
Total
Ativo
Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil
1.409.630
5.070.280
-
-
-
6.479.910
Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
-
236.215
-
2.190.269
-
2.426.484
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
-
22.756
-
592.445
-
615.201
Instrumentos Financeiros Derivativos
-
56.278
20.980
107.964
400.631
585.853
Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado
-
1.626.954
736.309
12.772.087
130.978
15.266.328
Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado
-
5.163.477
9.130.638
12.718.954
3.712.776
30.725.845
1.409.630
12.175.960
9.887.927
28.381.719
4.244.385
56.099.621
Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo no Resultado
-
127.768
75.474
520.648
1.540.199
2.264.089
Instrumentos Financeiros Derivativos
-
41.566
-
-
-
41.566
Dívidas Subordinadas
-
86.202
75.474
520.648
1.540.199
2.222.523
3.280.758
14.327.171
5.864.498
14.662.682
7.336.010
45.471.119
33.705
50.059
196.293
323.517
-
603.574
3.247.053
9.334.250
2.823.410
11.386.371
6.740.786
33.531.870
Captações com Mercado Aberto
-
4.318.236
-
-
-
4.318.236
Recursos e Aceites e Emissão de Títulos
-
71.548
1.173.221
1.593.023
-
2.837.792
Obrigações por Repasses
-
205.624
516.038
1.351.802
595.224
2.668.688
Obrigações por Empréstimos
-
347.454
1.155.536
7.969
-
1.510.959
3.280.758
14.454.939
5.939.972
15.183.330
8.876.209
47.735.208
(1.871.128)
(2.278.979)
3.947.955
13.198.389
(4.631.824)
8.364.413
Total do Ativos Financeiros
Passivo
Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
Captações com Bancos
Captações com Clientes
Total de Passivos Financeiros
Total de Defasagem na Repactuação dos Juros
| 51
Em 31 de dezembro de 2013
Não
Remunerados
Até 3
Meses
Circulante
De 3 a 12
Meses
De 1 a 5
Anos
Não Circulante
Mais de 5
Anos
Total
Ativo
Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil
1.464.284
3.616.887
-
-
-
5.081.171
Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
-
19.749
270.607
3.006.688
708.251
4.005.295
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
-
15.595
-
627.212
236.084
878.891
Instrumentos Financeiros Derivativos
-
39.844
10.531
73.445
191.900
315.720
Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado
-
259.671
109.245
10.619.458
2.320.875
13.309.249
Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado
-
4.635.024
8.152.249
8.351.998
5.746.030
26.885.301
1.464.284
8.586.770
8.542.632
22.678.801
9.203.140
50.475.627
Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo no Resultado
-
110.945
72.641
524.841
1.265.114
1.973.541
Instrumentos Financeiros Derivativos
-
34.567
5.452
53.982
18.046
112.047
Dívidas Subordinadas
-
76.378
67.189
470.859
1.247.068
1.861.494
3.397.760
13.475.522
5.192.674
12.523.105
6.269.635
40.858.696
23.732
24.679
32.333
206.224
88.584
375.552
3.374.028
8.672.421
3.497.239
9.073.514
5.651.844
30.269.046
Captações com Mercado Aberto
-
4.220.707
-
-
-
4.220.707
Recursos e Aceites e Emissão de Títulos
-
73.172
303.386
2.129.324
-
2.505.882
Obrigações por Repasses
-
166.590
402.838
1.112.650
529.207
2.211.285
Obrigações por Empréstimos
-
317.953
956.878
1.393
-
1.276.224
3.397.760
13.586.467
5.265.315
13.047.946
7.534.749
42.832.237
(1.933.476)
(4.999.697)
3.277.317
9.630.855
1.668.391
7.643.390
Total do Ativos Financeiros
Passivo
Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
Captações com Bancos
Captações com Clientes
Total de Passivos Financeiros
Total de Defasagem na Repactuação dos Juros
5.3. Risco de Liquidez
A definição de Risco de Liquidez consiste na possibilidade da ocorrência de perdas resultantes da falta de
recursos líquidos suficientes para fazer frente às obrigações de pagamentos – esperados e inesperados,
correntes e futuros – num horizonte de tempo definido, e também, na impossibilidade de negociar a preços de
mercado uma determinada posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente
transacionado ou em razão de alguma descontinuidade do próprio mercado.
O risco de liquidez dos negócios bancários pode ter a sua origem no momento em que estes são gerados,
ocasionado pela dificuldade na captação de recursos necessários para financiar ativos, o que conduz,
normalmente, a acréscimos nos custos de captação; ou pelas dificuldades de liquidação das obrigações para
com terceiros, induzidas por descasamentos nos prazos de vencimento de ativos e passivos.
O Banrisul estabelece limites operacionais para o Risco de Liquidez, consistentes com as estratégias de
negócios do banco, para os instrumentos financeiros e demais exposições cujos cumprimentos dos parâmetros
de grandeza são analisados regularmente pelos Comitês de Riscos Corporativos e de Gestão Bancária e
submetidos a instâncias diretivas, visando a garantir sua operacionalidade de forma eficaz pelos gestores.
O gerenciamento do risco de liquidez no Banrisul é realizado pela Unidade de Gestão de Riscos Corporativos, a
qual é responsável por executar e atualizar anualmente a política e as estratégias de gerenciamento do risco de
liquidez do Banco.
A gestão da liquidez encontra-se centralizada na Tesouraria e tem como objetivo manter um nível satisfatório
de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras de curto, médio e longo prazo, tanto em
cenários normais como em cenários adversos, com a adoção de ações corretivas, caso necessário.
No processo de controle são monitorados os descasamentos oriundos do uso de passivos de curto-prazo para
lastrear ativos de longo-prazo, a fim de evitar deficiências de liquidez e garantir que as reservas da instituição
sejam suficientes para fazer frente às necessidades diárias de caixa, tanto cíclicas como não cíclicas, assim
como também as necessidades de longo-prazo. O Banrisul mantém níveis mínimos de ativos com alta liquidez
de mercado, juntamente com o acesso a outras fontes de liquidez, assim como busca assegurar uma base de
52 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
operações de captação (funding) adequadamente diversificada, cumprindo os níveis mínimos exigidos pelos
requerimentos regulatórios.
No âmbito de Contingência de Liquidez, a instituição tem como objetivo identificar antecipadamente e
minimizar eventuais crises e seus potenciais efeitos na continuidade dos negócios. Os parâmetros utilizados
para a identificação das situações de crises consistem numa gama de responsabilidades e de procedimentos a
serem seguidos de modo a garantir a estabilidade do nível de liquidez requerido.
De acordo com os requerimentos normativos constantes na Resolução nº 4.090/12, do CMN e na Circular nº
3.393/08, do BACEN, é elaborado e enviado mensalmente ao BACEN o Demonstrativo de Risco de Liquidez
(DRL), contemplando os ativos negociáveis, os passivos exigíveis, a programação para alocação de ativos e
captação de passivos, as estimativas dos cenários de estresse para liquidez, os planos de contingência e a
concentração da captação.
Periodicamente, relatórios são enviados aos Comitês, Comissões, Diretoria e Conselho de Administração,
contendo as análises acerca do DRL e demais informações referentes ao gerenciamento do risco de liquidez.
Anualmente, ou em periodicidade menor, caso necessário, é proposta ao Conselho de Administração, a Política
de Gerenciamento de Risco de Liquidez, contendo as diretrizes para a gestão do risco, considerando o
orçamento, o planejamento financeiro, os limites de riscos e a otimização dos recursos disponíveis.
5.3.1. Fluxos de Caixa para Não Derivativos
A tabela a seguir apresenta os fluxos de caixa a pagar de acordo com passivos financeiros não derivativos,
descritos pelo prazo de vencimento contratual remanescente à data do balanço patrimonial. Os valores
divulgados nesta tabela representam os fluxos de caixa contratuais não descontados, cujo risco de liquidez é
administrado com base nas entradas de caixa não descontadas esperadas.
Até
3 Meses
Circulante
De 3 a 12
Meses
De 1 a
5 Anos
Não Circulante
Mais de
5 Anos
Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo
75.909
75.909
607.274
2.438.101
Dívidas Subordinadas
75.909
75.909
607.274
2.438.101
3.197.193
17.626.160
5.902.018
14.772.847
7.389.424
45.690.449
Em 31 de dezembro de 2014
Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
Captações com Bancos
Captações com Clientes
Captações com Mercado Aberto
Total
3.197.193
84.107
197.640
325.737
-
607.484
12.586.404
2.832.606
11.423.457
6.762.742
33.605.209
4.320.155
-
-
-
4.320.155
71.548
1.173.221
1.593.023
-
2.837.792
Obrigações por Repasses
216.492
543.015
1.422.661
626.682
2.808.850
Obrigações por Empréstimos
347.454
1.155.536
7.969
-
1.510.959
Total de Passivo (Datas de Vencimentos Contratuais)
17.702.069
5.977.927
15.380.121
9.827.525
48.887.642
Total de Ativos (Vencimentos Esperados)
64.267.294
Recursos e Aceites e Emissão de Títulos
13.428.854
10.952.473
34.134.482
5.751.485
Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil
6.479.910
-
-
-
6.479.910
Títulos de Investimentos
1.885.925
736.309
15.554.801
130.978
18.308.013
Operações de Crédito
5.063.019
10.216.164
18.579.681
5.620.507
39.479.371
| 53
Circulante
De 3 a 12
Meses
De 1 a
5 Anos
Não Circulante
Mais de
5 Anos
Total
Até
3 Meses
Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo
75.109
66.947
535.577
2.284.145
2.961.778
Dívidas Subordinadas
75.109
66.947
535.577
2.284.145
2.961.778
16.888.683
5.224.216
12.608.498
6.314.488
41.035.885
Em 31 de dezembro de 2013
Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
Captações com Bancos
Captações com Clientes
Captações com Mercado Aberto
48.439
32.370
206.459
88.685
375.953
12.051.786
3.508.363
9.102.374
5.669.821
30.332.344
4.222.314
-
-
-
4.222.314
73.172
303.386
2.129.324
-
2.505.882
Obrigações por Repasses
175.019
423.219
1.168.944
555.982
2.323.164
Obrigações por Empréstimos
317.953
956.878
1.397
-
1.276.228
16.963.792
5.291.163
13.144.075
8.598.633
43.997.663
Total de Ativos (Vencimentos Esperados)
9.955.667
9.642.242
30.289.280
7.676.545
57.563.734
Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil
5.081.171
-
-
-
5.081.171
334.859
390.383
14.326.803
3.457.110
18.509.155
4.539.637
9.251.859
15.962.477
4.219.435
33.973.408
Recursos e Aceites e Emissão de Títulos
Total de Passivo (Datas de Vencimentos Contratuais)
Títulos de Investimentos
Operações de Crédito
Os ativos disponíveis para cumprir todas as obrigações e cobrir os compromissos de empréstimos em aberto
incluem: caixa, títulos de investimentos e operações de crédito.
5.3.2. Itens não Registrados no Balanço Patrimonial
(a) Os depósitos judiciais efetuados por terceiros ao Banrisul devem ser disponibilizados ao Estado do Rio
Grande do Sul até o limite de 85%. Em 31 de dezembro de 2014, foi transferido para o Estado o montante de
R$7.708.000 (31/12/2013 – R$7.058.000). No caso de resgates pelos depositantes em volumes superiores aos
mantidos em um fundo específico para garantir liquidez, o Estado deve cobrir imediatamente as necessidades
de caixa.
(b) Avais e fianças prestados a clientes montam R$1.248.867 (31/12/2013 – R$1.042.798), estão sujeitos a
encargos financeiros e contam com garantias dos beneficiários.
(c) O Banrisul possui créditos abertos para importação e créditos de exportação confirmados no valor de
R$69.916 (31/12/2013 - R$55.942) e coobrigações em cessões de crédito no valor de R$9.916 (31/12/2013 –
R$12.182).
5.4. Valor Justo de Ativos e Passivos Financeiros
(a) Instrumentos Financeiros Mensurados ao Valor Justo - ao determinar e divulgar o valor justo dos
instrumentos financeiros, o Banrisul utiliza a hierarquia a seguir:
(i) Nível 1 - preços cotados em mercados ativos para o mesmo instrumento sem modificação.
(ii) Nível 2 - preços cotados em mercados ativos para instrumentos semelhantes ou técnicas de avaliação, para
as quais todos os inputs significativos têm base nos dados de mercados observáveis.
(iii) Nível 3 - técnicas de avaliação, para as quais qualquer input significativo não se baseia em dados de
mercado observáveis.
54 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Mensuração ao valor justo no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013:
31/12/2014
Nível 1
Nível 2
Total
31/12/2013
Nível 1
Nível 2
Total
Ativos ao Valor Justo
Títulos Mantidos para Negociação
2.426.484
-
2.426.484
3.985.546
19.749
4.005.295
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
2.174.978
-
2.174.978
3.956.508
-
3.956.508
15.291
-
15.291
29.038
-
29.038
Cotas de Fundo de Renda Fixa
233.334
-
233.334
-
18.377
18.377
Cotas de Fundo Referenciado
198
-
198
-
-
-
2.683
-
2.683
-
1.372
1.372
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
604.921
10.280
615.201
877.400
1.491
878.891
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
592.445
-
592.445
863.297
-
863.297
10.759
-
10.759
12.213
-
12.213
Certificados de Privatização
7
-
7
6
-
6
Cotas de Fundo de Renda Fixa
-
10.177
10.177
-
1.389
1.389
1.884
Cessão Fiduciária - LFT
Outras Cotas de Fundos
Ações de Companhias Abertas
Cotas de Fundo Imobiliário
1.710
-
1.710
1.884
-
Outras Cotas de Fundos
-
103
103
-
102
102
Instrumentos Financeiros Derivativos
-
585.853
585.853
-
315.720
315.720
Swap
Total de Ativos Mensurados Valor Justo
-
585.853
585.853
-
315.720
315.720
3.031.405
596.133
3.627.538
4.862.946
336.960
5.199.906
Passivos Mensurados ao Valor Justo
Instrumentos Financeiros Derivativos
-
41.566
41.566
-
112.047
112.047
Dívidas Subordinadas
-
2.222.523
2.222.523
-
1.861.494
1.861.494
Total de Passivo Mensurado ao Valor Justo
-
2.264.089
2.264.089
-
1.973.541
1.973.541
O Banrisul não dispõe de instrumentos financeiros classificados no Nível 3 da hierarquia do valor justo.
(b) Instrumentos Financeiros não Mensurados ao Valor Justo - a tabela a seguir resume os valores contábeis e
os valores justos dos ativos e passivos financeiros que foram apresentados pelo custo amortizado.
Valor Contábil
Valor Justo
31/12/2014
31/12/2013
31/12/2014
31/12/2013
Empréstimos e Recebíveis (a)
30.725.845
26.885.301
31.140.040
27.441.093
Títulos de Investimentos (Mantidos até o Vencimento) (b)
15.266.328
13.309.249
15.205.845
13.276.894
Total
45.992.173
40.194.550
46.345.885
40.717.987
Ativos Financeiros
Passivos Financeiros ( c )
Captações com Bancos
603.574
375.552
530.041
392.546
33.531.870
30.269.046
33.432.577
30.341.776
Captações no Mercado Aberto
4.318.236
4.220.707
4.318.236
4.220.707
Recursos e Aceites e Emissão de Títulos
2.837.792
2.505.882
2.842.265
2.506.075
Obrigações por Repasses
2.668.688
2.211.285
2.668.688
2.211.285
Obrigações por Empréstimos
1.510.959
1.276.224
1.510.959
1.276.224
45.471.119
40.858.696
45.302.766
40.948.613
Captações com Clientes
Total
(a) Empréstimos e Recebíveis - empréstimos e recebíveis são mensurados líquidos das provisões para
impairment. O valor justo estimado dos empréstimos e recebíveis representa o valor descontado de fluxos de
caixa futuros que se espera receber. Os fluxos de caixa esperados são descontados a taxas correntes do
mercado acrescida da taxa de risco da contraparte para determinar seu valor justo.
(b) Títulos de Investimentos - títulos de investimento incluem apenas ativos remunerados mantidos até o
vencimento. O valor justo calculado para ativos mantidos até o vencimento tem base em preços de mercado
ou em cotações de corretoras ou operadoras. Quando essas informações não estão disponíveis, o valor justo é
estimado utilizando-se preços cotados no mercado para títulos com características de crédito, vencimento e
rentabilidade similares.
(c) Passivos Financeiros - o valor justo estimado dos depósitos sem vencimento determinado, o que inclui
depósitos não remunerados, é o valor repagável à vista. O valor justo estimado dos depósitos com taxas pré e
pós-fixadas e outros empréstimos sem cotação no mercado ativo baseia-se em fluxos de caixa não descontados
| 55
utilizando-se taxas de juros para novas dívidas com prazos até o vencimento similares somada a taxa de risco
do Banco.
Depósitos Interfinanceiros e a Prazo: o valor justo foi calculado mediante o desconto da diferença entre os
fluxos futuros de caixa adotando taxas de desconto equivalentes às taxas praticadas em contratações de
operações similares no último dia de mercado.
Obrigações por Operações Compromissadas: para as operações com taxas pré-fixadas, o valor justo foi
apurado calculando o desconto dos fluxos de caixa estimados, adotando taxas de desconto equivalentes às
taxas praticadas em contratações de operações similares no último dia de mercado.
Obrigações por Empréstimos e Repasses: tais operações são exclusivas do Banco, sem similares no mercado.
Face às suas características específicas, taxas exclusivas para cada recurso ingressado e inexistência de
mercado ativo e instrumento similar, o valor justo dessas operações foi considerado equivalente ao valor
contábil.
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos: do montante de R$2.837.792 (31/12/2013 – R$2.505.882),
R$1.678.933 (31/12/2013 – R$1.664.478) referem-se à emissão de Letras Financeiras ocorrida em 01, 02 e 05
de agosto de 2013, realizada em 3 séries, com vencimentos finais em 2, 3 e 4 anos respectivamente, contados
da data da emissão. O percentual da taxa foi indexado ao DI, limitado à taxa de até 108%, 109% e 110% da
variação acumulada da Taxa DI. Os Juros Remuneratórios das Letras Financeiras serão pagos semestralmente.
5.5. Gestão de Capital
O Banrisul está sujeito aos normativos emitidos pelo Banco Central do Brasil que implementaram as diretrizes
definidas pelo Acordo de Capitais de Basileia para o cálculo e a adequação de capital mínimo.
A gestão de capital visa à manutenção do capital mínimo exigido, bem como da melhor relação entre a
alocação de capital e a capacidade operacional, permitindo retorno aos acionistas.
O Banco Central do Brasil determina que a relação mínima entre o capital regulatório, chamado de Patrimônio
de Referência – (PR), e os ativos ponderados pelo risco (RWA) sejam de 11%, enquanto que no Acordo de
Basileia, internacionalmente aplicável, o índice é de 8%. O Patrimônio de Referência é definido em dois níveis,
conforme dispõe a Resolução do Conselho Monetário Nacional n° 4.192/13, detalhado a seguir:
Nível I: consiste no somatório do Capital Principal e do Capital Complementar. Os ajustes prudenciais
(instrumentos de pouca liquidez, definidos em normativo específico) devem ser deduzidos do Capital Principal
(composto basicamente pelo capital social e pelo lucro do período) conforme dispõem as diretrizes de Basileia
III.
Nível II: consiste no somatório dos instrumentos autorizados a compor esse nível, como por exemplo, os
Instrumentos de Dívida Subordinada (IDS).
Deduções:
Dedução dos Investimentos em outras Entidades: Devem ser deduzidos do Capital Principal, do Capital
Complementar ou do Nível II os saldos dos ativos representados por instrumentos de captação emitidos por
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição situada no exterior que
exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil, conforme definição do Bacen. A dedução
mencionada acima deve ser efetuada da respectiva parcela do PR ao qual o instrumento de captação é elegível.
Dedução da participação de não Controladores no Patrimônio de Referência do Conglomerado: Os valores da
participação de não controladores no capital de subsidiária que seja instituição autorizada a funcionar pelo
56 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Banco Central do Brasil, que excederem os requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR dessa
subsidiária devem ser deduzidos, respectivamente, do Capital Principal, do Nível I e do PR do conglomerado.
A Resolução n° 4.193/13 dispõe sobre os requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e
de Capital Principal, conforme definidos na Resolução n° 4.192/13, e institui o Adicional de Capital Principal,
que devem ser apurados pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil. As instituições devem manter permanentemente, montantes de PR, de Nível I e de Capital
Principal em valores superiores aos requerimentos mínimos estabelecidos pela Resolução n° 4.193/13.
Os requerimentos mínimos para os índices de capital e o seu cronograma de implementação estão
demonstrados no quadro a seguir:
2014
2015
2016
2017
2018
2019
11,00%
11,00%
9,88%
9,25%
8,63%
8,00%
Capital Principal
4,50%
4,50%
4,50%
4,50%
4,50%
4,50%
Nível I
5,50%
6,00%
6,00%
6,00%
6,00%
6,00%
11,00%
11,00%
9,88%
9,25%
8,63%
8,00%
Adicional de Capital Principal
0,00%
0,00%
0,63% a 1,25%
1,25% a 2,50%
1,87% a 3,75%
2,50% a 5,00%
Capital Principal + Adicional
4,50%
4,50%
5,13% a 5,75%
5,75% a 7,00%
6,38% a 8,25%
7,00% a 9,50%
Nível I + Adicional
5,50%
5,50%
6,63% a 7,25%
7,25% a 8,50%
7,88% a 9,75%
8,50% a 11,00%
11,00%
11,00%
10,50% a 11,13%
10,50% a 11,75%
10,50% a 12,38%
10,50% a 13,00%
Fator F
PR
PR + Adicional
Ainda em relação ao Adicional de Capital Principal, o Bacen divulgou em 29 de dezembro de 2014 a Circular nº
3.741, determinando que, a partir de janeiro de 2016, o ACP deve corresponder à aplicação dos percentuais
relativos aos limites inferiores de que trata a Resolução CMN nº 4.193/13, ou seja, inicia 2016 com o adicional
de capital principal em 0,625 pp., que somados aos requerimentos mínimos normais determinam que o IB seja
de 10,50%, o Capital de Nível I de 6,625% e o Capital Principal de 5,125%. Em caso de elevação do Adicional, o
percentual deverá ser divulgado pelo Bacen com antecedência mínima de 12 meses.
Para fins do cálculo dos requerimentos mínimos e do Adicional de Capital Principal mencionados, deve ser
apurado o montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA), que corresponde à soma das seguintes parcelas:
RWACPAD: relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante
abordagem padronizada;
RWAMPAD: relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante
abordagem padronizada, consistindo no somatório das seguintes parcelas sujeitas a variação da taxa de juros,
dos preços de ações, do câmbio e dos preços de mercadorias (commodities).
RWAOPAD: relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada.
A gestão do capital tem por objetivo manter o capital mínimo e a relação com o capital regulatório dentro dos
limites definidos pelo Banco Central do Brasil.
A tabela a seguir resume a composição do Patrimônio de Referência, dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) e
do Índice de Basileia do Conglomerado Financeiro de dezembro de 2014 em BRGAAP.
| 57
Conglomerado Financeiro
31/12/2014
Patrimônio de Referência - PR
7.062.312
Nível I
5.641.052
Capital Principal
5.641.052
Capital Social
4.005.316
Reservas de Capital, Reavaliação e de Lucros
1.703.040
Deduções de Capital Principal exceto Ajustes Prudenciais
38.325
Avaliação Patrimonial e TVM
33.835
Ações em Tesouraria e Outros Instrumentos de Emissão Própria
Ajustes Prudenciais
Exceto Participações não Consolidadas e Crédito Tributário
Nível II
Instrumentos Elegíveis ao Nível II
4.490
28.979
28.979
1.421.260
1.421.260
Ativos Ponderados pelo Risco - RWA
39.732.619
Risco de Crédito (RWAcpad)
34.146.039
Risco de Mercado (RWAmpad)
672.362
Risco de Juros (RWAjur1)
110
Risco de Ações (RWAacs)
16.040
Risco Taxa de Câmbio (RWAcam)
Risco Operacional (RWAopad)
Carteira Banking (Rban)
Excesso/Insuficiência de PR
656.212
4.914.218
740.071
1.951.653
Índice de Basileia %
17,77%
Índice de Nível I %
14,20%
Índice de Capital Principal %
14,20%
Índice de Basileia Amplo %
15,20%
Índice de Imobilização %
10,17%
O Índice de Basileia (IB) representa a relação entre o Patrimônio Base - Patrimônio de Referência – (PR) - e os
ativos ponderados pelo risco (RWA). Conforme regulamentação em vigor, o Índice de Basileia demonstra a
solvência da empresa. Em dezembro de 2014, os limites mínimos de capital exigidos foram de 11% para o
Índice de Basileia (Patrimônio de Referência), 5,5% para o índice de Nível I e de 4,5% para o índice de Capital
Principal. A partir de janeiro de 2015 os índices de capital passam a ser apurados com base no Conglomerado
Prudencial, e o Adicional de Capital Principal será exigido a partir de 1º de janeiro de 2016, conforme
mencionado acima.
Em dezembro de 2014, o Índice de Basileia do conglomerado financeiro foi de 17,77%, superior ao mínimo
exigido pelo órgão regulador brasileiro. O Índice de Nível I foi de 14,20% e o Índice de Capital Principal foi de
14,20%.
A queda do Índice de Basileia foi causada principalmente em função do aumento dos ajustes prudenciais
relacionados à implantação de Basileia III no Brasil, que passou de ponderação de 0% para 20% a partir de
2014, conforme Artigo 11 da Resolução n°4.192/13, e da dedução do saldo das Dívidas Subordinadas elegíveis a
capital, cujo limitador passou de 90% para 80% do saldo a partir de janeiro de 2014, conforme Artigo 28 da
Resolução n°4.192/13. Neste sentido cabe destacar o aumento do RWAcpad de 8,55%, e o aumento do
Patrimônio de Referência em 1,02%.
6. INFORMAÇÕES POR SEGMENTOS
A Administração do Banrisul trata os segmentos Varejo, Corporativo, Consignado Correspondentes e Tesouraria
como segmentos operacionais distintos. A avaliação dos negócios é gerida de forma segmentada, a partir de
relatórios específicos utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisadas periodicamente pela
Diretoria.
O segmento Varejo engloba um conjunto de serviços bancários, captações da rede de agências e operações de
crédito direcionadas à base de clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas, entre elas microempresas e
58 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
empresas de pequeno e médio porte. O Banrisul dispõe de métricas detalhadas por agência que subsidiam a
tomada de decisões nesse segmento. A atribuição de pontuação nas metas é direcionada a alocação e captação
de recursos.
O segmento Consignado Correspondentes responde pela originação de crédito consignado em canal especifico
fora da rede Banrisul. A aquisição de parte do capital social da Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A., em
março de 2012, agregou ao Banco a possibilidade de expandir sua área geográfica de atuação, alcançando
outras regiões do País. A originação de crédito consignado fora da rede Banrisul já representa 15,6% do total de
operações de varejo registradas com clientes e não correntistas, requisitando, portanto, de políticas de
concessão e controle específicas, constituindo-se em objeto de avaliação segmentada do ponto de vista da
gestão.
O segmento Corporativo é responsável pela gestão de produtos e serviços vinculados à captação de recursos e
às operações de crédito comerciais, de longo prazo, rurais, habitacionais e de câmbio, focado no atendimento a
órgãos e instituições públicas de governos e empresas de grande porte. A atuação do Banrisul no segmento
Corporativo está focada no aproveitamento de oportunidades de mercado por meio de operações com as
próprias entidades, como folha de pagamento, cobrança e outros serviços, bem como no aprofundamento do
relacionamento comercial com os empregados dessas corporações, ampliando as operações do segmento
Varejo.
O segmento de Tesouraria é responsável pelo gerenciamento e controle de fluxo de caixa do Banrisul e pela
administração da carteira própria de ativos financeiros do Banrisul.
As políticas contábeis dos segmentos operacionais são as mesmas que aquelas descritas no sumário de
políticas contábeis significativas. As receitas com prestação de serviços, as despesas gerais e administrativas, as
perdas com ativos financeiros e o imposto de renda são monitorados centralmente e, portanto, não foram
alocados em segmentos.
O balanço patrimonial por segmentos de negócios está demonstrado abaixo. O formato de apresentação das
informações por segmentos já inclui, na coluna outros, a reconciliação dos valores de itens dos segmentos
divulgáveis com os respectivos valores totais das demonstrações financeiras. As receitas e despesas com juros
e similares por segmento de negócios estão apresentados na sequência. As receitas do segmento Consignado
Correspondentes estão demonstradas líquidas das despesas com comissões de originação, não são efetivadas
captações por meio desse segmento, sendo utilizados como funding recursos captados no segmento Varejo. O
Banrisul não possui operações com clientes cuja receita represente 10% ou mais da receita do exercício com
juros e similares.
Varejo
BALANÇO PATRIMONIAL
Consignado
Corporativo
Correspondentes
Tesouraria
Outros
Total
31/12/2014
Ativo
16.488.139
10.358.062
3.042.119
27.953.930
2.618.792
60.461.043
Passivo
28.678.562
7.174.068
-
15.002.739
3.797.135
54.652.504
Ativo
14.233.762
9.570.890
2.449.337
25.584.322
2.276.650
54.114.961
Passivo
25.417.833
6.928.964
-
12.894.647
3.539.586
48.781.030
Tesouraria
Outros
31/12/2013
Varejo
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
Consignado
Corporativo
Correspondentes
Total
01/01 a 31/12/2014
Receitas com Juros e Similares
Despesas com Juros e Similares
Receita Líquida de Juros
3.443.128
1.058.640
365.781
2.462.720
102.905
7.433.175
(2.051.354)
(647.209)
-
(1.564.282)
(34.212)
(4.297.057)
1.391.774
411.432
365.781
898.438
68.693
3.136.118
01/01 a 31/12/2013
Receitas com Juros e Similares
Despesas com Juros e Similares
Receita Líquida de Juros
3.153.796
945.448
275.994
1.760.575
96.971
6.232.784
(1.469.086)
(436.255)
-
(1.151.754)
(21.738)
(3.078.833)
1.684.710
509.193
275.994
608.821
75.233
3.153.951
| 59
7. RECONCILIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DO LUCRO LÍQUIDO ENTRE BR GAAP E IFRS
A reconciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido atribuído à Controladora com os ajustes realizados na
conversão das demonstrações financeiras entre BR GAAP e IFRS, com a descrição conceitual dos principais
ajustes está descritas a seguir:
Reconciliação do Patrimônio Líquido
Nota
Patrimônio Líquido Atribuído à Controladora em BR GAAP
31/12/2014
31/12/2013
5.669.248
5.147.862
Ajustes de IFRS:
Reversão de Impairment de Ativos Financeiros
(b)
141.942
235.649
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido
(c)
(91.463)
(122.832)
(d) (e)
140.506
101.604
(d)
3.414
2.757
(d) (e)
(57.205)
(32.929)
5.806.442
5.332.111
Ativo Imobilizado
Ativo Intangível
Reconhecimento de Leasing Financeiro
Patrimônio Líquido Atribuível à Controladora em IFRS
Participações não Controladoras em IFRS
Patrimônio Líquido (incluindo participações não Controladoras) em IFRS
Reconciliação do Lucro Líquido
Nota
Lucro Líquido Atribuído à Controladora em BR GAAP
2.097
1.820
5.808.539
5.333.931
2014
2013
691.416
791.614
Ajustes de IFRS:
Complemento de Impairment de Ativos Financeiros
(b)
(93.706)
(51.775)
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido
(c)
31.369
14.126
Estorno de Depreciação e Amortização
(d)
10.109
12.681
Operações de Leasing Financeiro
Reclassificação de Variações Cambiais de Investimento no Exterior
Lucro Líquido Atribuído à Controladora em IFRS
Participações não Controladoras em IFRS
Lucro Líquido (incluindo participações não Controladoras) em IFRS
(f)
5.173
3.780
(23.707)
(21.623)
620.654
748.803
361
167
621.015
748.970
(a) Taxa Efetiva de Empréstimos e Recebíveis - de acordo com os IFRS, as receitas geradas ou despesas
incorridas na origem dos empréstimos e recebíveis que são incrementais e diretamente atribuíveis à sua
originação são incluídas no cálculo do custo amortizado da operação, usando o método da taxa de juros
efetiva, e amortizada contra o resultado durante o período de duração da operação, desconsiderando as
renegociações efetuadas no decorrer do período. A aplicação dessa prática não gerou ajustes, pois as tarifas e
comissões cobradas pelo Banrisul não são representativas. O Banrisul não tem diferenças significativas entre o
prazo contratual de suas operações e sua duração e não foram identificados custos incrementais ou
renegociações expressivas em sua carteira.
(b) Impairment de Ativos Financeiros - de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às
instituições financeiras, a constituição de provisões para risco de crédito segue as regras da Resolução n°
2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, que se baseia no conceito de "perda esperada". As provisões são
constituídas a partir da concessão do crédito, e baseadas na classificação de risco de crédito em razão da
análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade, e não apenas no momento da ocorrência
de inadimplência, não podendo ser inferior ao mínimo requerido pelas normas do regulador; uma provisão
adicional, porém pode ser reconhecida. O Banrisul tem registrado, de forma consistente, a provisão
complementar desde a edição da referida norma, para fazer face a possíveis eventos não capturados pelo
modelo de rating de clientes.
De acordo com os IFRS, o modelo de mensuração de provisão para empréstimos e recebíveis baseia-se nos
conceitos de "perda incorrida", que requer a identificação de evidência objetiva de redução de valor
(impairment) como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o momento do reconhecimento inicial do
ativo financeiro. As diferenças entre as normas do Banco Central e os IFRS resultaram em valores diferentes de
provisão para créditos de liquidação duvidosa e, em consequência, as provisões para risco de crédito foram
reduzidas pelo valor de R$141.942 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$235.649) e gerou ajuste de
R$93.706 (31/12/2013 – R$51.775) no resultado do período.
60 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(c) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos - os impostos diferidos ativos somente são reconhecidos
pelas práticas contábeis adotadas no Brasil se houver um estudo que comprove sua expectativa de realização
em até dez anos. Para fins de IFRS, devem ser reconhecidos os impostos diferidos ativos cuja realização seja
provável.
Adicionalmente, o saldo de imposto de renda e contribuição social diferidos foi complementado em
decorrência dos ajustes para a transição para o IFRS e totalizavam R$91.463 em 31 de dezembro de 2014
(31/12/2013 – R$122.832) e R$31.369 (31/12/2013 – R$14.126) no resultado do período.
(d) Ativo Imobilizado e Intangível - o efeito de ajuste de conversão no montante de R$143.920 (31/12/2013 –
R$104.361) é composto da seguinte forma: R$57.205 (31/12/2013 – R$32.929) referem-se ao acréscimo do
ativo imobilizado em virtude dos contratos de aluguéis classificados como leasing financeiros descritos no item
“e” a seguir; e o restante refere-se aos impactos de revisão de vida útil do ativo imobilizado e intangível.
O Banrisul procedeu à revisão das vidas úteis dos bens do imobilizado e ativos intangíveis de vida útil definida,
de acordo com o IFRS. As revisões das vidas úteis são mudanças de estimativas e, dessa forma, são registradas
de forma prospectiva. Em 31 de dezembro de 2014, o Banrisul apurou o ajuste de R$86.715 (31/12/2013 –
R$71.432) nos saldos patrimoniais do ativo imobilizado e intangível e a redução das despesas de depreciação e
amortização no montante de R$10.109 (31/12/2013 – R$12.681) no mesmo período.
(e) Operações de Leasing Financeiro - o Banrisul considerou contratos de aluguéis como leasing financeiro com
base em fatos e circunstâncias na data da transição para o IFRS. O leasing financeiro é uma transação de
arrendamento em que existe a transferência substancial de todos os riscos e benefícios da propriedade de um
ativo. Consequentemente, o ativo imobilizado e o outro passivo financeiro registraram um incremento de
R$57.205 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$32.929) referentes a esses contratos. A titularidade
eventualmente pode não ser transferida.
(f) Variações Cambiais de Investimento no Exterior - o processo adotado pelo Banrisul em BRGAAP para a
conversão de dependências no exterior é similar aos requerimentos do IAS 21, exceto pelo fato de que as
diferenças geradas no processo de conversão são registradas na demonstração do resultado.
Consequentemente, em BRGAAP, não existe uma reserva específica no patrimônio líquido em que ganhos ou
perdas acumulados gerados na conversão de dependências no exterior sejam reconhecidos.
Em IFRS, as diferenças apuradas na conversão de dependências no exterior são divulgadas no resultado
abrangente acumulado.
8. DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL
Caixa e Equivalentes de Caixa (a)
Disponibilidades
Aplicação no Mercado Aberto
31/12/2014
31/12/2013
821.044
1.136.126
797.643
737.962
23.401
398.164
Depósitos Compulsórios no Banco Central do Brasil (b)
5.658.866
3.945.045
Total (1)
(1) A segregação por prazos de vencimento está descrita na Nota 5.2.4.
6.479.910
5.081.171
(a) Caixa e equivalentes de caixa compreendem os saldos com vencimento inferior a três meses a partir da data
de aquisição, incluindo dinheiro em caixa, depósitos bancários, aplicações no mercado aberto e outros
investimentos altamente líquidos de curtíssimo prazo e que apresentam risco insignificante de mudança de
valor justo.
(b) Depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil são referentes a um saldo mínimo que as instituições
financeiras são obrigadas a manter no Bacen com base em um percentual de depósitos recebidos de terceiros.
| 61
9. ATIVOS FINANCEIROS
Títulos de Investimentos (a)
Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Títulos Mantidos para Negociação
31/12/2014
31/12/2013
18.893.866
18.509.155
2.426.484
4.005.295
2.426.484
4.005.295
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
615.201
878.891
Instrumentos Financeiros Derivativos
585.853
315.720
15.266.328
13.309.249
Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado
Títulos Mantidos até o Vencimento
Empréstimos e Recebíveis (b)
Empréstimo e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado
Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado (c)
Total
15.266.328
13.309.249
29.173.793
25.534.687
29.173.793
25.534.687
1.110.683
917.297
28.063.110
24.617.390
3.762.469
2.987.071
51.830.128
47.030.913
(a) TÍTULOS DE INVESTIMENTOS
(i) Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Composição da carteira de títulos mantidos para negociação por tipo de papel e pelo valor de mercado:
Mantidos para Negociação
31/12/2014
31/12/2013
2.174.978
3.956.508
15.291
29.038
Cotas de Fundo de Renda Fixa
233.334
18.377
Cotas de Fundo Referenciado
198
-
2.683
1.372
2.426.484
4.005.295
Custo de Aquisição Atualizado
Valor de Mercado
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
Cessão Fiduciária - LFT
Outras Cotas de Fundos
Total
Composição por prazo de vencimento:
Vencimentos
Sem Vencimento
236.215
236.215
De 1 a 3 anos
15.291
15.291
De 3 a 5 anos
2.176.592
2.174.978
Total em 31/12/2014
2.428.098
2.426.484
Total em 31/12/2013
4.003.394
4.005.295
(ii) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
Composição da carteira de ativos financeiros disponíveis para venda por tipo de papel e pelo valor de mercado:
Disponíveis para Venda
31/12/2014
31/12/2013
592.445
863.297
10.759
12.213
Público
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
Privado
Ações de Companhias Abertas
Certificados de Privatização
Cotas de Fundo de Renda Fixa
Cotas de Fundo Imobiliário
Outras Cotas de Fundos
Total
62 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
7
6
10.177
1.389
1.710
1.884
103
102
615.201
878.891
Composição por prazo de vencimento:
Vencimentos
Custo de Aquisição Atualizado
Sem Vencimento
Valor de Mercado
35.453
22.756
De 3 a 5 anos
592.558
592.445
Total em 31/12/2014
628.011
615.201
Total em 31/12/2013
889.239
878.891
Os efeitos decorrentes do ajuste a valor de mercado em 31 de dezembro de 2014, no montante de R$12.810
(31/12/2013 – R$10.348), foi levada a conta específica do resultado abrangente, desconsiderando os efeitos
tributários de R$5.124 (31/12/2013 – R$4.139).
(iii) Instrumentos Financeiros Derivativos
O Banrisul participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos na modalidade swap,
registrados em contas patrimoniais e de compensação que se destinam a atender necessidades próprias para
administrar sua exposição global.
A utilização dos instrumentos financeiros derivativos tem por objetivo, predominantemente, de mitigar os
riscos decorrentes das oscilações cambiais da operação de captação externa efetuada pelo Banrisul, citada na
Nota 14, que resultam na conversão dessas taxas para a variação da taxa CDI.
Com esse objetivo, as operações com instrumentos derivativos na modalidade swap são de longo prazo,
acompanhando o fluxo e vencimento da captação externa, vencendo à medida em que frações da captação
externa são protegidas por hedge natural.
As operações baseiam-se em contratos de balcão registrados na CETIP S/A – Mercados Organizados, e têm
como contrapartes instituições financeiras classificadas como de primeira linha.
O quadro a seguir demonstra a estrutura do hedge de valor justo (hedge accounting) desenvolvida pelo Banco,
demonstrando o valor de curva, de mercado e ajuste a mercado do objeto (dívida subordinada) e do
instrumento de hedge (swaps):
31/12/2014
Derivativos Usados como “Hedge” de Valor Justo
Valor Referencial dos Contratos
Valor de Curva
Valor Justo
Ajuste a Valor Justo
Contratos de “Swap” (a)
1.503.160
513.829
544.287
30.458
Moeda Estrangeira – Dólar
1.503.160
513.829
544.287
30.458
Dívida Subordinada (b) (Nota 14)
1.446.225
2.120.798
2.165.941
45.143
Moeda Estrangeira – Dólar
1.446.225
2.120.798
2.165.941
45.143
Instrumento de “Hedge”
Objeto de “Hedge”
31/12/2013
Derivativos Usados como “Hedge” de Valor Justo
Valor Referencial dos Contratos
Valor de Curva
Valor Justo
Ajuste a Valor Justo
Contratos de “Swap” (a)
1.503.160
283.272
203.673
(79.599)
Moeda Estrangeira – Dólar
1.503.160
283.272
203.673
(79.599)
Dívida Subordinada (b) (Nota 14)
(1.446.225)
(1.870.382)
(1.805.769)
64.613
Moeda Estrangeira – Dólar
(1.446.225)
(1.870.382)
(1.805.769)
64.613
Instrumento de “Hedge”
Objeto de “Hedge”
(a) O valor justo dos derivativos encontra-se contabilizado nas rubricas de instrumentos financeiros derivativos
em 31 de dezembro de 2014 no montante de R$585.853 (31/12/2013 – R$315.720), relativo ao saldo principal
atualizado até essa data e na rubrica de passivos financeiros ao valor justo no montante de R$41.566
(31/12/2013 – R$112.047), relativo aos juros incidentes sobre as operações que serão liquidadas nos próximos
seis meses.
| 63
(b) O valor justo da dívida subordinada encontra-se contabilizado nas rubricas de passivos financeiros ao valor
justo em 31 de dezembro de 2014 no montante de R$2.165.942 (31/12/2013 – R$1.805.769) relativo ao saldo
principal atualizado até essa data, e sobre esse montante são apurados o ágio da operação no valor de
R$47.775 (31/12/2013 – ágio de R$48.015), e os impostos incidentes sobre a captação, no valor de R$8.806
(31/12/2013 – R$7.710).
O quadro a seguir apresenta a composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos),
demonstrado pelo seu valor de curva e valor justo:
Swaps - Posição em 31/12/2014
Valor de Referência
Valor de Curva a
Receber/(a Pagar) (1)
Ajustes ao Valor Justo
no Resultado (1)
Valor Justo (1)
1.503.160
617.387
29.470
646.857
1.503.160
(103.558)
988
(102.570)
513.829
30.458
544.287
Valor de Referência
Valor de Curva a
Receber/(a Pagar) (1)
Ajustes ao Valor Justo
no Resultado (1)
Valor Justo (1)
1.503.160
367.773
(80.354)
287.419
(1.503.160)
(84.501)
755
(83.746)
283.272
(79.599)
203.673
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a.
Passivo
% do CDI
Ajuste Líquido Swaps
Swaps - Posição em 31/12/2013
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a.
Passivo
% do CDI
Ajuste Líquido Swaps
(1) Valores demonstrados líquido do valor de referência.
O quadro a seguir apresenta as informações dos instrumentos financeiros derivativos segregados por prazo de
vencimento dos ajustes:
Swaps - Posição em 31/12/2014
Valor de
Referência
Valor
Justo (1)
Até 3
Meses
De 3 a 12
Meses
De 1 a 3
Anos
De 3 a 5
Anos
De 5 a 15
Anos
1.503.160
646.857
22.728
22.204
81.739
70.951
449.235
1.503.160
(102.570)
(8.016)
(1.224)
(26.631)
(18.095)
(48.604)
544.287
14.712
20.980
55.108
52.856
400.631
Valor de
Referência
Valor
Justo (1)
Até 3
Meses
De 3 a 12
Meses
De 1 a 3
Anos
De 3 a 5
Anos
De 5 a 15
Anos
1.503.160
287.419
10.782
10.553
39.494
34.120
192.470
(1.503.160)
(83.746)
(5.505)
(5.474)
(20.031)
(15.732)
(37.004)
203.673
5.277
5.079
19.463
18.388
155.466
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a.
Passivo
% do CDI
Ajustes Líquido de Swaps
Swaps - Posição em 31/12/2013
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a.
Passivo
% do CDI
Ajustes Líquido de Swaps
(1) Valores demonstrados líquidos do valor de referência.
O Banrisul ou as Contrapartes estão sujeitas à prestação e eventuais suplementações de garantias reais
reciprocamente, caso os instrumentos financeiros derivativos superem os limites de valor justo estipulados
contratualmente.
Em 31 de dezembro de 2014, a margem recebida em garantia das operações com instrumentos financeiros
derivativos pelo Banrisul é composta por títulos públicos federais, no montante de R$549.266 (31/12/2013 –
R$283.011) e a margem depositada em garantia das operações com instrumentos financeiros derivativos pelo
Banrisul é composta por Depósitos Interfinanceiros, no valor de R$14.038.
O Banrisul utiliza-se da estrutura de hedge de valor justo (hedge accounting) previstas nas normas do Banco
Central do Brasil, e a efetividade esperada desde a designação dos instrumentos de proteção e no decorrer da
operação está em conformidade com o estabelecido pelo Banco Central do Brasil e pelas normas contábeis
internacionais, conforme política contábil adotada pelo Banco descrita na Nota 2.6 (e).
64 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(iv) Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado
A composição da carteira de títulos mantidos até o vencimento por tipo de papel, demonstrada pelo seu valor
de custo acrescido dos rendimentos, é a seguinte:
Custo de Aquisição Atualizado
Valor de Mercado
14.076.044
14.073.158
129.980
93.959
Letras Hipotecárias (LH)
1.324
1.049
Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI)
2.295
1.781
Nota Promissória Comercial (NPC)
178.844
178.948
Debêntures
169.895
175.911
Letras Financeiras
702.627
675.720
Títulos Mantidos até o Vencimento
Público
Letras Financeiras do Tesouro (LFT)
Fundo de Compensações das Variações Salariais (CVS)
Privado
Outros
5.319
5.319
Total em 31/12/2014
15.266.328
15.205.845
Total em 31/12/2013
13.309.249
13.276.894
31/12/2014
31/12/2013
1.626.954
259.671
Composição por prazo de vencimento:
Vencimentos
Até 3 meses
De 3 a 12 meses
736.309
109.245
De 1 a 3 anos
1.942.199
1.858.565
De 3 a 5 anos
10.829.888
8.760.893
129.981
2.319.748
De 5 a 15 anos
Acima de 15 anos
Total
997
1.127
15.266.328
13.309.249
A Administração declara que dispõe de capacidade financeira para manter esses títulos até o vencimento e não
reclassificou nenhum ativo financeiro contabilizado pelo custo amortizado nos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2014 e 2013.
(b) EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS
(i) Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado
SETOR PRIVADO
Câmbio
Comercial
Pessoa Física
Cartão de Crédito
Empréstimos e Títulos Descontados
Financiamentos Diretos ao Consumidor
Pessoa Jurídica
Empréstimos e Títulos Descontados
Financiamentos Diretos ao Consumidor
31/12/2014
31/12/2013
29.440.334
25.788.006
738.691
726.596
20.028.421
18.039.832
10.749.287
9.594.057
99.909
81.175
10.415.605
9.303.606
233.773
209.276
9.279.134
8.445.775
9.014.941
8.238.976
264.193
206.799
Financiamento a Longo Prazo
2.371.898
1.871.573
Imobiliário
3.213.653
2.626.960
Créditos Vinculados a Cessão (a)
66.530
83.899
Arrendamento Mercantil Financeiro
73.030
72.724
2.749.415
2.196.170
Rural
Dependências no Exterior
SETOR PÚBLICO
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO (b)
Empréstimos e Títulos Descontados
198.696
170.252
92.308
101.784
1.193.203
995.511
1.193.203
995.511
Total de Operações de Crédito, Bruto de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
30.725.845
26.885.301
(-) Provisão para Impairment
(1.552.052)
(1.350.614)
Total de Operações de Crédito, Líquido de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
29.173.793
25.534.687
| 65
(a) Créditos Vinculados a Cessão - referem-se ao contrato de cessão de créditos com coobrigação no qual o
Banco cedeu à CIBRASEC operações de créditos imobiliários (Nota 16).
(b) Instituições de Crédito:
(i) Do montante total de créditos consignados adquiridos, o Banco é detentor de créditos no valor de
R$121.084 (31/12/2013 - R$214.634) a receber em 31 de dezembro de 2014 junto aos devedores por
intermédio do Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial desde 14 de setembro de 2012. O Banco
Cruzeiro do Sul – Em Liquidação Extrajudicial vem repassando ao Banco as parcelas recebidas, identificadas e
conciliadas das operações de crédito consignado onde o Banco é detentor das operações junto ao devedor.
Desde 14 de setembro de 2012 o Banrisul recebeu R$299.934 do Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação
Extrajudicial por conta destes contratos.
As operações que se encontram nessa condição no Banco estão sendo analisadas individualmente quanto ao
atraso no repasse dos recursos. Em 31 de dezembro de 2014, a Administração do Banrisul em sua análise
apurou a provisão de 52% (31/12/2013 - 32%) para a carteira adquirida do Banco Cruzeiro do Sul - Em
Liquidação Extrajudicial, contabilizando o impairment de R$62.964 (31/12/2013 – R$68.683).
A Administração do Banco acompanha atentamente a evolução da solvência dessa carteira desde quando o
Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial, operava em atividade normal, depois em Regime de
Administração Especial Temporária – (RAET), e, agora, em Liquidação Extrajudicial, portanto não espera perdas
na realização desses créditos.
(ii) O Banrisul também é detentor de créditos consignados no valor de R$78.228 (31/12/2013 – R$144.415) a
receber em 31 de dezembro de 2014 junto aos devedores, na sua maioria aposentados pelo INSS, por
intermédio do Banco Rural S.A. – Em Liquidação Extrajudicial, cujo processo de liquidação extrajudicial foi
decretado em 02 de agosto de 2013 pelo Banco Central do Brasil. O Banco Rural S.A. – Em Liquidação
Extrajudicial vem repassando ao Banco as parcelas recebidas, identificadas e conciliadas dessas operações. O
montante repassado desde o processo de liquidação extrajudicial foi de R$119.089 por conta destes contratos.
As operações que se encontram nessa condição no Banco estão sendo analisadas individualmente quanto ao
atraso no repasse dos recursos. Em 31 de dezembro de 2014 a Administração do Banrisul em sua análise
apurou a provisão de 25% (31/12/2013 – 6,6%) para a carteira adquirida do Banco Rural - Em Liquidação
Extrajudicial, reconhecendo o impairment de R$19.557 (31/12/2013 – R$9.531).
(ii) Provisão para Impairment
Segue a composição da provisão para Impairment por tipo de avaliação da evidência de perda:
Impaired
Carteira
Impairment
Não Impaired
Carteira
Impairment
Total
Carteira
Impairment
223.840
85.002
266.267
101.114
490.107
186.116
Pessoa Física
394.040
293.184
14.547.239
522.090
14.941.279
815.274
Crédito Pessoal
377.312
282.400
11.839.005
494.270
12.216.317
776.670
11.030
6.991
88.879
13.964
99.909
20.955
5.698
3.793
2.619.355
13.856
2.625.053
17.649
228.110
167.357
9.431.586
241.359
9.659.696
408.716
31/12/2014
Análise Individual
Clientes Significativos
Análise Coletiva
Cartão de Crédito
Imobiliário
Pessoa Jurídica
Conta Garantida
16.672
13.471
714.161
25.285
730.833
38.756
211.438
153.886
8.062.295
213.987
8.273.733
367.873
Crédito Especializado
18.492
11.913
655.130
4.224.372
2.087
47.513
655.130
4.242.864
2.087
59.426
Instituições Financeiras
89.898
40.350
1.103.305
42.170
1.193.203
82.520
954.380
597.806
198.696
29.771.465
954.246
198.696
30.725.845
1.552.052
Empréstimos e Financiamentos
Imobiliário
Dependências no Exterior
Total
66 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Impaired
Carteira
Impairment
Não Impaired
Carteira
Impairment
Total
Carteira
Impairment
159.987
57.293
317.273
113.619
477.260
170.912
Pessoa Física
345.487
253.521
12.674.476
452.834
13.019.963
706.355
Crédito Pessoal
328.765
242.715
10.455.746
431.359
10.784.511
674.074
10.244
6.493
70.932
10.184
81.176
16.677
6.478
4.313
2.147.798
11.291
2.154.276
15.604
200.148
146.199
8.522.592
202.777
8.722.740
348.976
31/12/2013
Análise Individual
Clientes Significativos
Análise Coletiva
Cartão de Crédito
Imobiliário
Pessoa Jurídica
Conta Garantida
Empréstimos e Financiamentos
Imobiliário
19.033
15.378
550.010
22.838
569.043
38.216
181.115
130.821
7.415.999
178.248
7.597.114
309.069
-
-
556.583
1.691
556.583
1.691
Crédito Especializado
17.068
10.995
3.482.507
35.163
3.499.575
46.158
Instituições Financeiras
82.216
21.785
913.295
56.428
995.511
78.213
-
-
170.252
-
170.252
-
804.906
489.793
26.080.395
860.821
26.885.301
1.350.614
Dependências no Exterior
Total
(iii) Composição de Empréstimos e Adiantamentos a Clientes por Vencimento e Concentração:
Prazo por Vencimento
31/12/2014
Vencidas a partir de 15 dias
A vencer até 3 meses
31/12/2013
595.634
479.368
5.163.477
4.635.024
A vencer de 3 a 12 meses
9.130.638
8.152.249
A vencer acima de 1 ano
15.836.096
13.618.660
Total da Carteira
30.725.845
26.885.301
31/12/2014
31/12/2013
Por Concentração
Valor
%
Valor
%
Principal devedor
693.701
2,26
489.696
1,82
10 maiores devedores seguintes
1.648.750
5,37
1.202.183
4,47
20 maiores devedores seguintes
1.247.316
4,06
1.299.014
4,83
50 maiores devedores seguintes
1.843.128
6,00
1.887.699
7,02
100 maiores devedores seguintes
2.044.960
6,66
1.956.840
7,28
(iv) Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro (Arrendador)
Apresentamos a seguir a análise do valor presente dos pagamentos mínimos futuros a receber de
arrendamentos financeiros por vencimento.
Vencimento
Pagamentos Mínimos Futuros
Rendas a Apropriar
Valor Presente
Circulante
40.720
(3.692)
37.028
Até 1 ano
40.720
(3.692)
37.028
Não Circulante
56.633
(16.834)
39.799
Entre 1 a 5 anos
56.255
(16.599)
39.656
Acima de 5 anos
379
(235)
144
Total em 31/12/2014
97.354
(20.526)
76.828
Total em 31/12/2013
97.370
(20.375)
76.995
O valor contabilizado de impairment sobre essas operações em 31 de dezembro de 2014 é de R$4.602
(31/12/2013 – R$4.232).
| 67
(v) Movimentação da Provisão de Impairment de Ativos Financeiros Classificados como Empréstimos e
Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado
Reconciliação da conta de provisão para perdas em empréstimos e recebíveis avaliados ao custo amortizado:
Movimentação
31/12/2014
31/12/2013
Saldo Inicial da Provisão para Impairment
1.350.614
1.303.566
Provisão para Perda no Valor Recuperável
867.117
711.526
Empréstimos Baixados
(665.679)
(664.478)
Saldo Final da Provisão para Impairment
1.552.052
1.350.614
A despesa com a provisão para outros créditos – títulos e créditos a receber sem característica de crédito, no
exercício findo em 31 de dezembro de 2014 é de R$10.831 (31/12/2013 – R$1.196).
O Banrisul efetua a baixa de operações de crédito inadimplentes contra a provisão no prazo de 12 meses após
o vencimento da parcela inadimplente, se o prazo remanescente da operação for de até 36 meses, e em 18
meses, se o prazo remanescente for superior a 36 meses.
(c) OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO
31/12/2014
Carteira de Câmbio
Câmbio Comprado a Liquidar
Direitos sobre Vendas de Câmbio
Adiantamentos em moeda Nacional Recebidos
Créditos Vinculados
31/12/2013
839.567
745.854
823.364
745.722
28.065
5.308
(11.862)
(5.176)
755.351
734.769
Carteira Adquirida Pré-fixada – SFH (a)
490.427
485.099
Carteira Adquirida – SFH (b)
262.709
247.562
2.163
2.061
Carteira Própria – SFH (b)
Convênios
Transações com Cartões de Crédito
Rendas a Receber MDR (Merchant Discount Rate)
Títulos e Créditos a Receber (c)
(-) Provisão para Impairment de Outros Ativos
Outros
Total
52
47
307.562
238.580
38.659
22.654
1.786.145
1.259.227
(51.950)
(48.344)
87.135
34.331
3.762.469
2.987.071
(a) Refere-se a crédito com o FCVS atualizados de acordo com a taxa pré-fixada de 14,07% a.a.
(b) Refere-se a créditos com o FCVS atualizados de acordo com a remuneração dos recursos originários sendo
TR + 6,17% para créditos oriundos de recursos próprios e TR + 3,12% para créditos oriundos de recursos do
FGTS.
(c) Títulos e créditos a receber estão compostos principalmente por:
(i) Créditos de precatórios com o Tesouro Nacional. No primeiro trimestre de 2005, mantendo a política de
recuperação de créditos, o Banrisul recebeu como dação em pagamento, para quitação de empréstimos em
atraso de empresas que pertenciam a um mesmo grupo econômico. O efetivo recebimento desses títulos
depende do desfecho de ação judicial entre o grupo econômico e a União, e da liberação de depósitos judiciais
que vêm sendo efetuados pela União conforme fluxo de liquidação original dos precatórios. A Administração
entende que não há necessidade de constituição de provisão para perda. Esses títulos, em 31 de dezembro de
2014, totalizavam R$113.653 (31/12/2013 - R$107.411) e são remunerados pela variação de índice de preços
IPCA-E e juros.
(ii) Outros créditos sem característica de crédito, com o Setor Público Municipal, no valor de R$72.417
(31/12/2013 - R$73.295) relativos a direitos recebíveis adquiridos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul
ou de entidades por ele controladas, com remuneração de 0,5% a 12,4% a.a. e indexados à TR e ao IGP-M com
vencimento até 2030.
(iii) Cartões de débitos e adquirência - referem-se a direitos a receber dos usuários do Banricompras e
emissões das bandeiras Visa, MasterCard e VerdeCard utilizados na rede de adquirência. Em 31 de dezembro
de 2014 totalizava R$1.428.543 (31/12/2013 - R$977.089).
68 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Adquirida - De outubro de 2002 a março de 2005, o Banrisul adquiriu do
Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com cláusula de garantia de realização financeira para eventuais
contratos não performados, quando da conversão em CVS, créditos do Fundo de Compensação de Variações
Salariais (FCVS). Em 31 de dezembro de 2014, os créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos dos
rendimentos incorridos até a data das demonstrações financeiras, no valor de R$753.136 (31/12/2013 R$732.661). O seu valor de face é de R$872.632 (31/12/2013 - R$877.033). Esses créditos serão convertidos em
títulos CVS conforme processos de homologação e novação, cujo processo encontra-se fora do prazo
inicialmente previsto pela Administração, sendo os montantes já vencidos apresentados separadamente e
atualizados por variação de TR mais juros. Apesar de não existir definição de prazo, os valores de mercado,
quando da emissão dos títulos, poderão ser significativamente diferentes dos valores contábeis.
Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Própria - referem-se a créditos com o FCVS originários de créditos
imobiliários, com recursos da carteira própria, já homologados pelo órgão gestor do FCVS.
10. OUTROS ATIVOS
31/12/2014
Ativos não Circulantes Disponível para Venda
Outros
31/12/2013
50.212
18.460
628.737
609.721
Relações Interfinanceiras
42.105
50.238
Relações Interdependências
99.202
109.298
Outros Créditos
464.053
429.225
Rendas a Receber
11.211
13.806
Adiantamentos a Empregados
16.222
12.921
208.825
207.372
Devedores por Depósito em Garantia (Nota 17 e 20)
Adiantamentos para Pagamentos por Nossa Conta
Pagamentos a Ressarcir
Impostos e Contribuições a Compensar
Superávit Planos de Benefícios (Nota 30)
Devedores Diversos - País
Outros Valores
Total
1.639
5.701
31.123
18.909
121
1.031
86.065
60.105
108.847
109.380
23.377
20.960
678.949
628.181
11. INVESTIMENTOS
31/12/2014
31/12/2013
Participações em Coligadas no País
51.924
50.949
Participações em Coligadas
14.490
13.515
Ágio na Aquisição de Investimentos (1)
37.434
37.434
Outros Investimentos
12.054
12.104
Provisão para Perdas
(4.892)
(4.892)
Total
59.086
58.161
(1) O ágio de R$37.434 (31/12/2013 – R$37.434) representa o benefício econômico futuro decorrente da aquisição da Bem Promotora de Vendas e Serviços
S.A. O valor da equivalência patrimonial desse investimento em 31 de dezembro de 2014 totalizava R$3.174 (31/12/2013 – R$1.503).
| 69
12. IMOBILIZADO
Imóveis de Equipamentos
Equipamentos
Uso (1)
em Estoque Instalações
em Uso
Softwares
Outros
Total
Em 1° de Janeiro de 2014
Custo
174.858
23.578
129.933
91.448
281.349
21.091
722.257
(113.881)
-
(76.711)
(56.626)
(181.679)
(14.792)
(443.689)
Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2014
60.977
23.578
53.222
34.822
99.670
6.299
278.568
Aquisições
31.665
13.666
25.620
3.617
5.140
6.957
86.665
Alienações – Baixas Custo
(1.019)
(196)
(1.111)
(953)
(19.368)
(723)
(23.370)
Depreciação Acumulada
Alienações – Baixas da Depreciação
Depreciação
Transferências Líquido Custo
Transferências Líquido Depreciação
Movimentação Líquida
545
-
962
1.067
16.979
569
20.122
(7.531)
-
(2.400)
(4.382)
(18.368)
(2.182)
(34.863)
44
(24.592)
(51)
4.049
19.765
(410)
(1.195)
23.704
-
55
(772)
530
761
574
(11.122)
23.075
2.626
4.678
4.972
47.933
Em 31 de Dezembro de 2014
Custo
Depreciação Acumulada
Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2014
205.548
12.456
154.391
98.162
286.885
26.915
784.357
(120.867)
-
(78.094)
(60.714)
(182.537)
(15.644)
(457.856)
84.681
12.456
76.297
37.448
104.348
11.271
326.501
Imóveis de Equipamentos
Equipamentos
Uso (1)
em Estoque Instalações
em Uso
Softwares
Outros
Total
Em 1° de Janeiro de 2013
Custo
155.892
27.503
108.993
81.390
289.422
20.858
684.058
(111.695)
-
(75.067)
(53.979)
(191.101)
(15.614)
(447.456)
Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2013
44.197
27.503
33.926
27.411
98.321
5.244
236.602
Aquisições
24.407
20.571
20.215
5.215
3.926
1.331
75.665
Alienações – Baixas Custo
(4.481)
(1)
(501)
(1.081)
(29.465)
(1.937)
(37.466)
Depreciação Acumulada
Alienações – Baixas da Depreciação
Depreciação
Transferências Líquido Custo
Transferências Líquido Depreciação
Movimentação Líquida
2.931
-
489
(372)
27.804
2.651
33.503
(5.493)
-
(1.712)
(3.250)
(18.418)
(863)
(29.736)
(960)
(24.495)
1.226
5.924
17.466
839
-
376
-
(421)
975
36
(966)
-
16.780
(3.925)
19.296
7.411
1.349
1.055
41.966
174.858
23.578
129.933
91.448
281.349
21.091
722.257
(113.881)
-
(76.711)
(56.626)
(181.679)
(14.792)
(443.689)
Em 31 de Dezembro de 2013
Custo
Depreciação Acumulada
Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2013
60.977
23.578
53.222
34.822
99.670
6.299
278.568
(1) Imóveis de uso incluem o valor contábil líquido de R$57.205 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$32.929) nos casos em que o Banco é
arrendatário em operação de arrendamento financeiro.
Apresentamos a seguir a composição das operações de arrendamento mercantil financeiro nas quais o Banrisul
é “arrendatário”. Os contratos são reajustados anualmente conforme índices de preços.
31/12/2014
31/12/2013
Circulante
9.733
6.211
Até 12 meses
9.733
6.211
Não Circulante
47.472
26.718
Entre 1 a 5 anos
30.369
16.945
Acima de 5 anos
17.103
9.773
Total de Pagamentos Mínimos Futuros
57.205
32.929
(-) Despesas a Apropriar
Valor Presente
70 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
-
-
57.205
32.929
13. INTANGÍVEL
Direitos de Uso de
Softwares
Direitos por Aquisição de
Folhas de Pagamento (1)
Outros
Total
Em 1° de Janeiro de 2014
Custo
50.856
88.916
2.321
142.093
(36.546)
(68.692)
(654)
(105.892)
14.310
7.833
20.224
-
1.667
58
36.201
7.891
(202)
-
(216)
(418)
72
-
-
72
(3.917)
(15.447)
(15)
(19.379)
Transferências Líquido Custo
1.194
-
-
1.194
Transferências Líquido Amortização
(574)
-
-
(574)
Movimentação Líquida
4.406
(15.447)
(173)
(11.214)
Amortização Acumulada
Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2014
Aquisições
Alienações – Baixas Custo
Alienações – Baixas da Depreciação
Amortização do Período
Em 31 de Dezembro de 2014
59.681
88.916
2.163
150.760
(40.965)
(84.139)
(669)
(125.773)
18.716
4.777
1.494
24.987
Direitos de Uso de
Softwares
Direitos por Aquisição de
Folhas de Pagamento (1)
Outros
Total
Custo
Amortização Acumulada
Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2014
Em 1° de Janeiro de 2013
Custo
40.921
326.125
2.316
369.362
(33.271)
(286.568)
(639)
(320.478)
Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2013
7.650
39.557
1.677
48.884
Aquisições
9.937
92
5
10.034
(2)
(237.301)
-
(237.303)
Amortização Acumulada
Alienações – Baixas Custo
Alienações – Baixas da Amortização
2
237.301
-
237.303
Amortização do Período
(3.277)
(19.425)
(15)
(22.717)
Movimentação Líquida
6.660
(19.333)
(10)
(12.683)
50.856
88.916
2.321
142.093
(36.546)
(68.692)
(654)
(105.892)
Em 31 de Dezembro de 2013
Custo
Amortização Acumulada
Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2013
14.310
20.224
1.667
36.201
(1) Referem-se aos contratos firmados com o setor público e com entidades do setor privado, para garantir exclusividade na manutenção dos serviços
bancários de processamento de créditos de folha de pagamento e prioridade no canal de consignação de empréstimos para os respectivos funcionários, bem
como a manutenção da carteira de cobrança, de serviços de pagamento aos seus fornecedores e outros serviços bancários. Esses contratos têm vigência de
cinco anos, sendo amortizados pelo prazo contratual decorrido. Não foram identificadas perdas no valor recuperável desses ativos.
14. PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO
31/12/2014
Instrumentos Financeiros Derivativos (Nota 9 (c))
31/12/2013
41.566
112.047
Dívidas Subordinadas (a)
2.222.523
1.861.494
Total (1)
(1) A segregação por prazos de vencimento está descrita na Nota 5.2.4.
2.264.089
1.973.541
(a) Dívidas Subordinadas – O Banrisul concluiu o processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no
exterior em:
(i) Em 26 de janeiro de 2012 o Banrisul concluiu um processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no
exterior, com volume total captado de US$500 milhões (500 milhões de dólares americanos). A liquidação
financeira da operação foi efetivada em 2 de fevereiro de 2012 e possui prazo de 10 anos com vencimento em
2 de fevereiro de 2022.
O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço
de emissão correspondeu a 99,131% do valor de face dos títulos vendidos, o que resulta em uma taxa de juros
efetiva de 7,50% a.a.
(ii) Em 26 de novembro de 2012, com volume total captado de US$275 milhões (275 milhões de dólares
| 71
americanos). A liquidação financeira da operação foi efetivada em 3 de dezembro de 2012 com vencimento em
2 de fevereiro de 2022.
O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço
de emissão correspondeu a 109,943% do valor de face dos títulos vendidos, o que resulta em uma taxa de juros
efetiva de 5,95% a.a. Essa captação, até junho de 2013, foi avaliada ao custo amortizado.
Conforme descrito na Nota 2.6 (e), os derivativos contratados para proteção do risco de variação de moeda
estrangeira e taxas de juros, oriundo da primeira emissão de dívida, foram designados como hedge de valor
justo. Desta forma a Dívida Subordinada bem como os Instrumentos Derivativos estão avaliados pelo Valor
Justo por meio do Resultado.
15. PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO
31/12/2014
31/12/2013
33.531.870
30.269.046
Depósitos à Vista
3.247.053
3.374.028
Depósitos de Poupança
7.762.045
6.990.978
22.522.772
19.904.040
603.574
375.552
Captações com Clientes
Depósitos a Prazo (a)
Captações com Bancos
Depósitos à Vista de Instituições do Sistema Financeiro
33.705
23.732
569.869
351.820
Captações no Mercado Aberto (b)
4.318.236
4.220.707
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos (c)
2.837.792
2.505.882
Obrigações por Repasses (d)
2.668.688
2.211.285
Obrigações por Empréstimos (e)
1.510.959
1.276.224
45.471.119
40.858.696
Depósitos Interfinanceiros
Total (1)
(1) A segregação por prazos de vencimento está descrita na Nota 5.2.4.
(a) As captações em depósitos a prazo são realizadas com pessoas físicas ou jurídicas, nas modalidades de
encargos pós ou pré-fixadas, os quais correspondem a 94,08% e 5,92% do total da carteira, respectivamente. A
taxa média de captação para os depósitos pós-fixados corresponde a 79,46% (31/12/2013 – 70,56%) da
variação do CDI, e para os pré-fixados 8,64% (31/12/2013 – 7,21%) ao ano.
(b) As captações por meio de operações compromissadas - carteira própria - no mercado aberto, realizadas
com instituições financeiras, têm taxa média de captação de 100% da variação do CDI.
(c) Do montante de R$2.837.792 (31/12/2013 – R$2.505.882), R$1.678.933 (31/12/2013 – R$1.664.478)
referem-se à emissão de Letras Financeiras ocorridas em 01, 02 e 05 de agosto de 2013, realizada em 3 séries,
com vencimentos finais em 2, 3 e 4 anos respectivamente, contados da data da emissão. O percentual da taxa
foi indexado ao DI, limitado à taxa de até 108%, 109% e 110% da variação acumulada da Taxa DI. Os Juros
Remuneratórios das Letras Financeiras serão pagos semestralmente.
(d) Os recursos internos para repasses representam, basicamente, captações de instituições oficiais (BNDES,
FINAME, Caixa Econômica Federal e FINEP). Essas obrigações têm vencimentos mensais até novembro de 2029,
com incidência de encargos financeiros nas operações pós-fixadas de 0,40% a 8,00% (31/12/2013 – 0,50% a
8,61%) ao ano, além das variações dos indexadores (TJLP, URTJ-01, dólar, Cesta de Moedas, UPRD e SELIC), e
nas obrigações pré-fixadas de até 11,00% (31/12/2013 – 11,00%) ao ano. Os recursos são repassados aos
clientes nos mesmos prazos e taxas de captação, acrescidas de comissão de intermediação. Como garantia
desses recursos, foram repassadas as garantias recebidas nas operações de crédito correspondentes.
(e) São representadas por recursos captados de bancos no exterior para aplicação em operações comerciais de
câmbio incorrendo à variação cambial das respectivas moedas, acrescida de juros a taxas entre 0,62% a 3,82%
(31/12/2013 – 1,00% a 3,37%) ao ano, com vencimento máximo em até 1.591 dias (31/12/2013 – 356 dias).
72 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
16. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO
31/12/2014
31/12/2013
745.635
694.612
Câmbio Vendido a Liquidar
28.014
5.300
Importação Financiada Câmbio Contratado
(7.145)
(674)
724.764
689.986
Câmbio
Obrigações por Compra de Câmbio
Outros
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
Obrigações para Fundos Financeiros e de Desenvolvimento (1)
Outros
2
-
2.080.698
1.367.034
1.968.494
1.256.142
112.204
110.892
Transações com Cartões a Pagar
257.996
205.114
Credores por Recursos a Liberar
117.011
117.604
Obrigações por Operações Vinculadas a Cessão (2)
59.750
75.700
Operações de Leasing Financeiro
57.205
32.929
Parcelamento do Déficit Atuarial da Fundação Banrisul
67.366
67.312
1.246.252
812.401
62.631
67.617
Obrigações a Pagar Adquirência
Diversos
Total
4.694.544
3.440.323
(1) Em 22 de abril de 2004, foi sancionada a Lei Estadual n° 12.069, alterada pela Lei n° 12.585 de 29 de agosto de 2006, mediante a qual o Banrisul, quando
solicitado, deverá disponibilizar ao Estado do Rio Grande do Sul até 85% dos depósitos judiciais efetuados por terceiros junto ao Banrisul (excetuando-se
aqueles cuja parte litigante seja o Município). A parcela não disponibilizada deverá constituir fundo de reserva destinado a garantir a restituição dos referidos
depósitos judiciais. Em 31 de dezembro de 2014, o montante de depósitos judiciais efetuados por terceiros no Banrisul, atualizado pela variação da TR
acrescida de juros de 6,17% a.a. até a data do balanço totalizava R$9.687.065 (31/12/2013 - R$8.323.788), dos quais R$7.708.000 (31/12/2013 - R$7.058.000)
foram transferidos para o Estado, mediante sua solicitação, e baixados das respectivas contas patrimoniais.
(2) O montante de R$59.750 (31/12/2013 – R$75.700) refere-se a obrigações por operações vinculadas a cessão conforme descrito na Nota 9(b).
17. PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
(a) Ativos Contingentes
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes e não existem
processos em curso com ganhos prováveis.
(b) Provisões
31/12/2014
31/12/2013
Provisão para Riscos Fiscais, Trabalhistas, Cíveis e Outros (i)
902.480
863.184
Provisão Benefício Pós-Emprego
129.641
429.826
Provisão para Outros Passivos
Total
13.404
13.302
1.045.525
1.306.312
(i) Provisão para Riscos Fiscais, Trabalhistas, Cíveis e Outros - o Banrisul e suas controladas, na execução de
suas atividades normais, são parte em processos judiciais e administrativos de natureza tributária, trabalhista,
cível e outras.
As provisões foram constituídas tendo como base a opinião de assessores legais, por meio da utilização de
modelos e critérios que permitam a sua mensuração, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e ao desfecho
de causa. O Banrisul provisiona integralmente o valor das ações para as quais é provável que será necessária
uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação.
A Administração entende que as provisões constituídas são suficientes para atender eventuais perdas
decorrentes de processos judiciais.
| 73
(c) Movimentação das Provisões
Saldo Inicial em 31/12/2013
Constituição e Atualização Monetária
Reversão da Provisão
Baixas por Pagamento
Saldo Final em 31/12/2014
Depósitos em Garantia (Nota 10)
Saldo Inicial em 31/12/2012
Constituição e Atualização Monetária
Fiscais
Trabalhistas
Cíveis
Outros
Total
460.450
190.778
83.860
128.096
863.184
19.538
87.483
26.790
4.770
138.581
(10.912)
(1.196)
-
-
(12.108)
(2)
(74.545)
(12.630)
-
(87.177)
469.074
202.520
98.020
132.866
902.480
12.409
103.993
92.423
-
208.825
Fiscais
Trabalhistas
Cíveis
Outros
Total
430.583
173.557
56.012
140.191
800.343
166.543
14.191
107.731
41.040
3.581
Reversão da Provisão
-
(179)
(37)
-
(216)
Baixas por Pagamento
-
(90.331)
(13.155)
-
(103.486)
Reclassificação
Saldo Final em 31/12/2013
Depósitos em Garantia (Nota 10)
15.676
-
-
(15.676)
-
460.450
190.778
83.860
128.096
863.184
5.416
130.067
71.889
-
207.372
Provisões Fiscais
(i) Provisões de contingências fiscais referem-se basicamente a exigíveis relativos a tributos cuja legalidade ou
constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial e a probabilidade de perda é
considerada provável, e são constituídas pelo valor integral em discussão. Para causas que dispõem dos
respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos não se encontram atualizados. No momento da
expedição do alvará de levantamento, em razão da ação julgada favorável, os valores são atualizados e
resgatados.
A principal causa de natureza fiscal refere-se ao imposto de renda e contribuição social sobre a dedução da
despesa oriunda da quitação do déficit atuarial na Fundação Banrisul de Seguridade Social, questionada pela
Secretaria da Receita Federal para o período de 1998 a 2005, no montante de R$461.612 (31/12/2013 R$443.019). O Banrisul, por meio de seus assessores jurídicos, vem discutindo judicialmente o assunto e
registrou provisão para contingências no valor estimado da perda.
(ii) Notificação fiscal de débito do INSS referente à cobrança previdenciária sobre verbas que não apresentam
natureza salarial e salário-educação classificada como provável pelos nossos assessores e com provisão no
montante de R$7.462 (31/12/2013 - R$15.864).
(iii) Existem ainda contingências fiscais que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como de perda
possível, no montante de R$96.600 (31/12/2013 - R$81.427). De acordo com as práticas contábeis não foi
registrada provisão para contingências.
Provisões Trabalhistas
São ações movidas principalmente pelos sindicatos e ex-empregados pleiteando direitos trabalhistas que
entendem devidos, em especial ao pagamento de “horas extras” e outros direitos trabalhistas.
Registra-se a provisão constituída para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, na ocasião da
notificação judicial, cujo risco de perda é considerado provável. O valor da provisão é apurado de acordo com a
estimativa de desembolso feita por nossa Administração, revisada periodicamente com base em subsídios
recebidos de nossos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito de execução quando estes são
exigidos. Da provisão mencionada, está depositado judicialmente o montante de R$75.115 (31/12/2013 R$102.837). Adicionalmente, o valor de R$28.879 (31/12/2013 - R$27.229) foi exigido para os recursos
processuais.
74 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Existem ainda contingências trabalhistas que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como de perda
possível, no montante de R$752.687 (31/12/2013 - R$496.889), que de acordo com a natureza destes
processos refere-se principalmente a pedidos de horas extras, reintegração e equiparação salarial. De acordo
com as práticas contábeis não foi registrada provisão para contingências.
Provisões Cíveis
Ações de caráter indenizatório referem-se à indenização por dano material e/ou moral, referentes à relação de
consumo, versando, principalmente, sobre questões atinentes a cartões de crédito, crédito direto ao
consumidor, contas correntes, cobrança e empréstimos.
Registram a provisão constituída, no momento do recebimento da citação inicial, e são ajustadas
mensalmente, pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores
jurídicos, a qual leva em conta a jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e as
decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação, quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. Da
provisão mencionada, está depositado judicialmente o montante de R$92.423 (31/12/2013 - R$71.889).
Existem ainda R$1.383.948 (31/12/2013 – R$1.634.025) relativos a processos movidos por terceiros contra a
Instituição, cuja natureza destes processos refere-se principalmente, a cadernetas de poupança, danos morais,
repetição do indébito e financiamento imobiliário, que a assessoria jurídica classifica como de perdas possíveis
e, portanto, não foram provisionados.
Outros
Em 29 de setembro de 2000, o Banrisul recebeu autuação imposta pelo Banco Central do Brasil em conexão
com processos administrativos abertos por aquela Autoridade Monetária, relativamente a supostas
irregularidades cometidas em operações de câmbio entre 1987 e 1989. Em deliberação administrativa de
segunda instância, foi determinado ao Banrisul o pagamento de multa equivalente a 100% do valor das
operações supostamente irregulares, decisão essa que está sendo contestada judicialmente por sua
Administração, que de forma preventiva e atendendo aos requisitos do Bacen, decidiu pela constituição de
provisão para possíveis perdas no montante de R$132.866 (31/12/2013 - R$128.096).
18. TRIBUTOS DIFERIDOS
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o Banrisul possuía créditos tributários e obrigações fiscais diferidas de
imposto de renda e contribuições sociais diferidos sobre diferenças temporárias, demonstrados a seguir:
(a) Créditos Tributários - os saldos de créditos tributários, segregados em função das origens e desembolsos
efetuados, estão representados por:
01/01/2014
Constituição
Realização
31/12/2014
595.688
342.333
205.416
732.605
Provisão para Riscos Trabalhistas
76.798
33.756
29.771
80.783
Provisão para Riscos Fiscais
97.256
7.938
4.269
100.925
Provisão para Impairment de Ativos Financeiros
Outras Diferenças Temporárias
232.024
35.070
119.925
147.169
1.001.766
419.097
359.381
1.061.482
Obrigações Fiscais Diferidas
(39.776)
(10.328)
-
(50.104)
Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas
961.990
408.769
359.381
1.011.378
Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias
| 75
01/01/2013
Constituição
Realização
31/12/2013
523.817
283.733
211.862
595.688
Provisão para Riscos Trabalhistas
69.119
43.791
36.112
76.798
Provisão para Riscos Fiscais
91.646
5.610
-
97.256
223.489
11.148
2.613
232.024
Provisão para Impairment de Ativos Financeiros
Outras Diferenças Temporárias
Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias
908.071
344.282
250.587
1.001.766
Obrigações Fiscais Diferidas
(13.913)
(25.863)
-
(39.776)
Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas
894.158
318.419
250.587
961.990
(b) Obrigações Fiscais Diferidas - os saldos da provisão para imposto de renda e contribuições sociais diferidos
estão representados por:
Superveniência de Depreciação
31/12/2014
31/12/2013
(15.731)
(14.840)
45
(860)
Titulos Próprios Disponíveis para Venda
Ajuste a Valor de Mercado dos Títulos Disponíveis para Venda
(14)
(49)
Superávit Atuarial
(34.404)
(24.027)
Total
(50.104)
(39.776)
Ativos e passivos de imposto diferidos são compensados quando tiver um direito legalmente executável de
compensar ativos de imposto corrente contra passivos de imposto, ocasião em que impostos diferidos se
relacionarem com impostos lançados pela mesma autoridade fiscal.
19. OUTROS PASSIVOS
31/12/2014
Relações Interfinanceiras
31/12/2013
14.944
14.860
Relações Interdependências
213.580
225.093
Provisão para Pagamentos a Efetuar (1)
359.896
354.869
Outras Obrigações
377.034
367.964
Total
965.454
962.786
(1) Provisão para pagamentos a efetuar refere-se principalmente a valores provenientes de aquisição de bens e serviços e outras despesas administrativas cujo
pagamento, em virtude de prazo legal ou contratualmente previsto, ocorrerá em períodos futuros.
20. ATIVOS EM GARANTIA
Ativos em garantia são bens vinculados à garantia de operações com compromisso de recompra acordados
com outros Bancos e para os depósitos de garantia relacionados com a sociedade de bolsas de futuros, opções
e outras.
Ativo
Passivo Relacionado
31/12/2014
31/12/2013
31/12/2014
Títulos Mantidos para Negociação (Nota 9)
1.295.652
378.596
1.275.919
349.302
Títulos Mantidos até o Vencimento (Nota 9)
3.973.495
4.448.452
3.042.317
3.871.405
Devedores por Depósito em Garantia (Notas 10 e 17)
Total
31/12/2013
208.825
207.372
308.002
274.638
5.477.972
5.034.420
4.626.238
4.495.345
21. PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO
(a) Capital Social - O capital social do Banrisul em 31 de dezembro de 2014 é de R$4.000.000 (31/12/2013 –
R$3.750.000), subscrito e integralizado, representado por 408.974 mil ações, sem valor nominal, conforme
tabela a seguir:
76 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
ON
Em 31 de dezembro de 2014
PNA
PNB
TOTAL
%
Quantidade
%
Quantidade
%
Quantidade
%
204.199.859
99,59
2.721.484
77,10
26.086.957
13,02
233.008.300
56,97
Fundação Banrisul de Seguridade Social
Instituto de Previdência do Estado do Rio
Grande do Sul
449.054
0,22
158.983
4,50
-
-
608.037
0,15
44.934
0,02
168.612
4,78
-
-
213.546
0,05
Outros
349.548
0,17
480.772
13,62
174.314.274
86,98
175.144.594
42,83
205.043.395
100,00
3.529.851
100,00
200.401.231
100,00
408.974.477
100,00
Estado do Rio Grande do Sul
Total
Quantidade
ON
Em 31 de dezembro de 2013
PNA
PNB
TOTAL
%
Quantidade
%
Quantidade
%
Quantidade
%
204.199.859
99,59
2.721.484
77,06
26.086.957
13,02
233.008.300
56,97
Fundação Banrisul de Seguridade Social
Instituto de Previdência do Estado do Rio
Grande do Sul
449.054
0,22
158.983
4,50
-
-
608.037
0,15
44.934
0,02
168.612
4,77
-
-
213.546
0,05
Outros
349.527
0,17
482.672
13,67
174.312.395
86,98
175.144.594
42,83
205.043.374
100,00
3.531.751
100,00
200.399.352
100,00
408.974.477
100,00
Estado do Rio Grande do Sul
Total
Quantidade
No período de janeiro a dezembro de 2014 houve a conversão de ações, principalmente entre PNA e PNB, no
montante de 1.879 (31/12/2013 – 11.026) ações, em virtude das solicitações dos acionistas.
A Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, realizada em 30 de abril de 2014, aprovou o aumento de
capital mediante aproveitamento de Reservas de Lucro, no montante de R$250.000, sem emissão de novas
ações, homologado pelo Bacen em 26 de maio de 2014.
As ações preferenciais não têm direito a voto e têm a seguinte remuneração:
Ações Preferenciais Classe A:
(i) Prioridade no recebimento de um dividendo fixo preferencial, não cumulativo, de 6% (seis por cento) ao
ano, calculado sobre o quociente resultante da divisão do valor do capital social pelo número de ações que o
compõem;
(ii) Direito de participar, depois de pagar às ações Ordinárias e Preferenciais Classe B um dividendo igual ao
pago a tais ações, na distribuição de quaisquer outros dividendos ou bonificações em dinheiro distribuídos pela
sociedade, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B, com o acréscimo de
10% (dez por cento) sobre o valor pago a tais ações;
(iii) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de condições
com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B; e
(iv) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio.
Ações Preferenciais Classe B:
(i) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de condições
com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe A; e
(ii) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio.
(b) Lucro por Ação - o lucro por ação básico é calculado dividindo-se o lucro líquido atribuível ao acionista do
Banrisul pelo número de ações durante o ano. O lucro por ação básico foi calculado, conforme tabela a seguir,
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013.
| 77
Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores – Lucro por Ação Básico
01/01 a 31/12/2014
01/01 a 31/12/2013
620.654
748.803
311.003
375.190
Lucro Líquido
Lucro Acumulado a ser Distribuído aos Detentores de Ações
Ordinárias e Preferenciais em Bases Proporcionais:
Aos Detentores de Ações Ordinárias
Aos Detentores de Ações Preferenciais A
5.690
6.931
Aos Detentores de Ações Preferenciais B
303.961
366.682
Ações Ordinárias
1,52
1,83
Ações Preferenciais A
1,61
1,96
Ações Preferenciais B
1,52
1,83
Lucro por Ação
Lucro Básico por 1.000 ações (em Reais – R$)
(c) Reservas
Reservas de Lucros
Movimentação
Reserva de Capital
Legal
Estatutária
Para Expansão
Total
Em 1° de Janeiro de 2014
4.511
318.159
1.063.670
381.507
1.763.336
Aumento de Capital Social
-
-
(10.215)
(239.785)
(250.000)
Transferência para Reservas
-
30.390
151.947
73.856
256.193
4.511
348.549
1.205.402
215.578
1.769.529
Reserva de Capital
Legal
Estatutária
Para Expansão
Total
Em 1° de Janeiro de 2013
4.511
278.578
869.218
431.081
1.578.877
Aumento de Capital Social
-
-
(3.452)
(246.548)
(250.000)
Transferência para Reservas
-
39.581
197.904
196.974
434.459
4.511
318.159
1.063.670
381.507
1.763.336
Em 31 de Dezembro de 2014
Reservas de Lucros
Movimentação
Em 31 de Dezembro de 2013
A reserva de capital refere-se aos valores recebidos pela sociedade que não transitaram pelo resultado, por
não se referir a contraprestação à entrega de bens ou serviços prestados à sociedade.
A reserva legal objetiva aumentar o capital da sociedade ou absorver prejuízos, mas não pode ser distribuída
sob a forma de dividendos.
A reserva estatutária terá por finalidade garantir recursos para investimentos e aplicação na área de
informática, e está limitada a 70% do capital social integralizado.
A reserva de expansão tem como finalidade a retenção de lucros para financiar projeto de investimento em
capital fixo ou circulante, justificado em orçamento de capital proposto pela Administração e aprovado pela
Assembleia Geral.
(d) Distribuição de Resultado - o lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da Lei n° 6.404/76, terá as
seguintes destinações: (i) 5% para constituição da reserva legal, que não excederá 20% do capital social; (ii)
25% para constituição de reserva estatutária; e (iii) dividendos mínimos obrigatórios de 25% do lucro líquido
ajustado. O lucro restante terá a destinação determinada pela Assembleia Geral.
Em 30 de abril de 2014, em Assembleia Geral Ordinária, foi aprovada a proposta de distribuição de dividendos
adicionais para o exercício de 2014 no percentual equivalente a 15% do Lucro Líquido Ajustado, perfazendo o
total de 40%.
A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul visa distribuir juros sobre o capital próprio no valor
máximo dedutível calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são computados, líquidos de
imposto de renda na fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social.
Conforme facultado pela Lei n° 9.249/95 e pela Deliberação CVM n° 207/96 e Política de Pagamento trimestral
de juros sobre o capital próprio, a Administração do Banrisul pagou juros sobre o capital próprio no montante
78 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
de R$268.806, referente ao exercício de 2014 (31/12/2013 – R$244.943), imputado aos dividendos, líquido do
imposto de renda retido na fonte.
O pagamento desses juros sobre o capital próprio resultou em um benefício tributário para o Banrisul na
ordem de R$107.523 (31/12/2013 – R$97.977) (Nota 29).
A distribuição dos dividendos e juros sobre o capital próprio está assim representada:
01/01 a 31/12/2014
01/01 a 31/12/2013
691.416
791.614
Reserva Legal
(30.390)
(39.581)
Base de Cálculo dos Dividendos
661.026
752.033
Dividendo Mínimo Obrigatório 25%
165.256
188.008
Lucro Líquido do Exercício Apresentado em BR GAAP
Ajuste
Dividendo Adicional 15%
99.154
112.805
Total dos Dividendos
264.410
300.813
A) Juros sobre Capital Próprio Pagos
252.383
231.412
Ações Ordinárias (R$657,20830 por lote de mil ações)
134.756
122.804
Ações Preferenciais A (R$664,09715 por lote de mil ações)
2.345
2.120
Ações Preferenciais B (R$657,21091 por lote de mil ações)
131.705
120.019
Imposto de Renda na Fonte relativo a Juros sobre Capital Próprio
(16.423)
(13.531)
12.027
69.401
6.024
34.795
B) Dividendos Provisionados
Ações Ordinárias (R$29,38066 por lote de mil ações)
Ações Preferenciais A (R$32,35574 por lote de mil ações)
114
599
Ações Preferenciais B (R$29,38329 por lote de mil ações)
5.889
34.007
Total de Juros sobre Capital Próprio e Dividendos (A+B)
264.410
300.813
22. RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES
2014
2013
7.433.175
6.232.784
Disponibilidades e Reservas no Bacen
419.794
423.843
Aplicações Financeiras Avaliadas ao Valor Justo
400.076
351.592
1.662.688
1.012.848
Receitas com Juros e Similares
Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado
Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
Outros Ativos Financeiros
Despesas com Juros e Similares
Recursos de Bancos
Recursos de Clientes
Captação no Mercado Aberto
Total
107.696
246.728
4.783.722
4.140.439
59.199
57.334
4.297.057
3.078.833
969.065
857.954
2.416.966
1.766.796
911.026
454.083
3.136.118
3.153.951
23. GANHOS (PERDAS) LÍQUIDOS COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
Passivos Financeiros ao Valor justo
Ativos Financeiros Mantidos para Negociação
2014
2013
(109.756)
172.820
(3.514)
1.470
Derivativos
250.653
2.685
Total
137.383
176.975
| 79
24. RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
2014
2013
Administração de Fundos
82.751
71.535
Cobrança de Títulos
56.822
50.831
Rendas de Garantias Prestadas
2.873
2.241
Receita de Serviços em Operações de Câmbio
40.162
43.086
Rendas de Taxas de Administração de Consórcios
35.224
28.686
Rendas de Corretagens e Operações
1.946
2.400
Serviços de Administração Convênio Banricard (1)
6.681
38.311
Serviços de Administração Rede de Adquirência Vero (1)
Rede de Adquirência Vero (1)
20.086
-
290.829
135.876
Tarifas Vouchers (1)
37.649
-
Devolução de Cheques
14.803
15.617
Débito em Conta
Serviços de Arrecadação
Transações com Cheques
37.975
72.711
149.816
115.072
13.647
13.504
348.575
321.194
Cartão de Crédito
23.586
17.501
Tarifas de Saques
7.245
7.018
Tarifas de Uso de Agência Virtual
5.393
5.992
Tarifas de Finança Bancária
7.874
7.056
34.211
63.583
Tarifas Bancárias de Contas Correntes
Outras Receitas
Total
1.218.148
1.012.214
(1) Conforme Acordo Operacional celebrado entre o Banrisul e a Banrisul Cartões S.A., as receitas das respectivas tarifas bancárias passaram a ser reconhecidas
pela Banrisul Cartões S.A. a partir de novembro de 2013.
25. DESPESAS DE PESSOAL
2014
2013
Remuneração Direta (1)
879.058
788.330
Benefícios
257.476
232.629
Encargos Sociais (1) (2)
389.655
329.630
90.980
91.331
8.877
9.500
Participação Estatutária no Lucro
Outras Despesas de Pessoal
Total
1.626.046
1.451.420
(1) Nas despesas de Remuneração Direta e Encargos Sociais está incluído, em 2014, o montante de R$64.104, referente aos incentivos concedidos e
provisionados no âmbito do PAI – Programa de Aposentadoria Incentivada com os respectivos encargos.
(2) Deste montante, R$55.363 (2013 – R$35.431) refere-se à contribuição para a Fundação Banrisul de Seguridade Social.
26. OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS
2014
2013
Processamento de Dados e Telecomunicações
212.096
189.999
Vigilância, Segurança e Transportes de Valores
132.486
120.459
Amortização e Depreciação
54.243
52.453
Aluguéis e Condomínios
80.201
68.764
Materiais
22.716
16.522
338.901
240.212
Propaganda, Promoções e Publicidade (1)
69.849
93.148
Manutenção e Conservação de Bens
37.262
29.984
Água, Energia e Gás
17.530
15.789
Serviço do Sistema Financeiro
30.726
51.681
Outras
50.106
51.411
Serviços de Terceiros
Total
1.046.116
930.422
(1) É composto principalmente por R$30.976 (2013 - R$51.251) de despesa com propaganda institucional e R$28.984 (2013 - R$31.450) de programa de
divulgação por meio de eventos e clubes esportivos.
80 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
27. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Recuperação de Encargos e Despesas
2014
2013
48.527
55.724
Reversão de Provisões Operacionais para:
Fiscais
Trabalhistas
Cíveis
Perdas de Securitização
Outros
Tarifas Interbancárias
Títulos de Créditos a Receber
Fundo de Reserva – Depósito Judicial – Lei n° 12.069
Comissão e Taxa de Administração sobre Colocação de Seguros
10.912
-
1.196
179
-
37
1.255
1.536
12.288
2.211
24.810
22.974
6.243
6.020
30.862
14.859
8.700
8.286
Receitas Diversas com Cartões
55.812
41.791
Lucros na Venda de Bens
13.787
5.986
Reversão de Provisões para Pagamentos a Efetuar
6.140
47.115
Fundação Banrisul – Resultado Atuarial Migração(1)
83.628
-
Receitas de Adquirência – Antecipação de Operações Performadas
34.243
7.397
Receita de Convênio de Distribuição de Seguros(2)
Outras Receitas Operacionais
115.000
-
29.117
16.082
Total
482.520
230.197
(1) Refere-se ao reconhecimento do efeito no déficit existente no Plano de Benefício PBI na parcela de responsabilidade do Patrocinador em relação aos
migrantes para o Plano de Benefícios Saldado e Plano de Benefícios FBPREV II conforme IAS 19 (revisado 2011).
(2) Refere-se ao compromisso do Banrisul de celebrar convênio de distribuição com a Icatu Seguros, em caráter de exclusividade, pelo pra zo de 20 anos, de
produtos de Seguros de Pessoas e Previdência nos canais Banrisul, sendo o pagamento e a celebração do acordo realizados em 11 de dezembro de 2014, após
ter sido aprovado pelo CADE e o Bacen, conforme fato relevante divulgado na mesma data. Em 06 de fevereiro de 2015, o Banrisul recebeu a Carta de
Aprovação Prévia da Susep, ficamdo previamente autorizado a ingressar como parte integrante da holding, denominada Banrisul Icatu Participações S.A.
28. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
2014
2013
Descontos Concedidos de Renegociação
56.699
49.512
Despesas com Provisões para Riscos Fiscais (CS/IR)
19.538
14.191
Despesas com Provisões Trabalhistas
87.483
107.731
Despesas com Provisões para Ações Cíveis
26.790
41.040
Despesas com Provisões de Imóveis – Bens não de Uso
11.613
1.386
-
1.123
Despesas com Arrecadação de Tributos Federais
5.333
3.369
Atualização Monetária Multas Câmbio - Bacen
4.770
3.581
Despesas com Provisão para Dívidas Assumidas junto ao GESB
2.489
2.377
Atualização da Dívida Contratada da Fundação Banrisul
7.189
32.177
18.657
15.440
6.885
5.222
Despesas com Provisões para Perdas de Securitização
Despesas com Cartões
Bônus BanriClube de Vantagens
Incentivo a Migração – Plano FBSS(1)
Outras Despesas Operacionais
288.309
-
80.539
61.818
Total
616.294
338.967
(1) Refere-se aos incentivos oferecidos pelo Banco aos participantes do Plano de Benefícios PBI que migraram suas reservas para o Plano de Benefícios Saldado
ou Plano de Benefícios FBPREV II.
| 81
29. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Reconciliação da Despesa/Receita de Imposto de Renda e Contribuição Social
2014
2013
770.540
1.058.299
Imposto de Renda sobre o Lucro – Alíquota 25%
(192.635)
(264.575)
Contribuição Social sobre o Lucro – Alíquota 9%
(19.782)
(8.372)
Contribuição Social sobre o Lucro – Alíquota 15%
(111.577)
(144.792)
Total do Imposto de Renda e Contribuição Social pelas Alíquotas Efetivas
(323.994)
(417.739)
107.523
97.977
Lucro do Exercício antes da Tributação
Juros sobre o Capital Próprio
Outras Adições Líquidas das Exclusões
66.946
10.433
Total do Imposto de Renda e Contribuição Social
(149.525)
(309.329)
Corrente
(328.319)
(377.161)
178.794
67.832
Diferido
Alterações na Legislação Tributária
Em novembro de 2013 foi publicada a Medida Provisória n° 627 estabelecendo a não incidência de tributação
sobre os lucros e dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1° de janeiro de 2008 e 31 de
dezembro de 2013, pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado,
efetivamente pagos até a data de publicação da referida Medida Provisória, em valores superiores aos
apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, desde que
a empresa que tenha pagado os lucros ou dividendos optasse pela adoção antecipada do novo regime
tributário já a partir de 2014.
Em maio de 2014, esta Medida Provisória foi convertida na Lei n° 12.973, com alterações em alguns
dispositivos, inclusive no que se refere ao tratamento dos dividendos, dos juros sobre o capital próprio e da
avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido. Diferentemente do que previa a Medida
Provisória, a Lei n° 12.973 estabeleceu a não incidência tributária de forma incondicional para os lucros e
dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1° de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de
2013.
A Instituição elaborou estudos sobre os efeitos que poderiam advir da aplicação das disposições da Lei n°
12.973 e concluiu que não há efeitos significativos nas suas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de
2014 e de 31 de dezembro de 2013 e está avaliando se optará ou não pela antecipação de seus efeitos, que
deverá ser manifestada na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) referentes aos fatos
geradores ocorridos no mês a ser determinado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB).
30. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO PÓS-EMPREGO A EMPREGADOS
O resumo da composição do (ativo) /passivo atuarial líquido para o período de 31 de dezembro de 2014 e
2013, preparados com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2014 e de acordo com IAS 19 (revisado
2011), é demonstrado a seguir:
Obrigações (Ativo) Registradas no Balanço Patrimonial com Benefícos de:
31/12/2014
31/12/2013
Planos de Previdência
Plano de Benefícios I (PBI)
110.729
449.707
Plano de Benefícios Saldado (PBS)
7.149
-
Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II)
(144)
-
265
492
Planos de Saúde, Odontológico e Medicamento
(85.921)
(60.105)
Prêmio Aposentadoria (1)
123.532
109.930
Plano de Benefícios FBPREV (FBPREV)
Total
155.610
500.024
(1) A esse montante deverá ser considerado o valor de R$49.284 (31/12/2013 – R$43.818) referente à complementação de encargos incidentes sobre a
provisão de prêmio de aposentadoria, totalizando R$172.655 (31/12/2013 – R$153.748).
82 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(a) Descrição dos Benefícios de Longo Prazo
O Banrisul é o principal patrocinador da Fundação Banrisul de Seguridade Social, que tem como principais
objetivos a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários do
Banrisul, da Banrisul Cartões S.A., da própria Fundação e da Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do
Estado do Rio Grande do Sul (Cabergs), assim como a execução de programas assistenciais promovidos por
seus mantenedores.
A Política Previdencial do Banrisul executada pela Fundação Banrisul de Seguridade Social (FBSS), instituída em
29 de janeiro de 1963 em conformidade com a legislação então vigente, tem como fundamentação legal o
artigo 202 da Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, as Leis Complementares de n° s 108 e 109 de 29 de
maio de 2001, demais normas legais em vigor emanadas por órgãos reguladores ligados ao Ministério de
Previdência e Assistência Social (MPAS), como a Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), o Estatuto Social da Entidade Gestora e
respectivos regulamentos dos Planos de Benefícios, também em concordância com a Resolução de nº 3.792 do
Conselho Monetário Nacional de 24 de setembro de 2009, em que são nomeados pelo Conselho Deliberativo
do Fundo de Pensão os Administradores Tecnicamente Qualificados para a Gestão dos Investimentos.
A Fundação Banrisul de Seguridade Social é dotada de autonomia administrativa, tendo como finalidade
instituir planos de benefícios de natureza previdenciária aos seus participantes, empregados das
patrocinadoras e respectivos beneficiários, mediante contribuições específicas, estabelecidas em seus planos e
respectivos regulamentos.
A partir de 06 de julho de 2009, foi aprovado um novo plano de benefícios de aposentadoria, denominado
Banrisulprev (atualmente denominado FBPREV), que passou a ser oferecido aos empregados não associados ao
Plano de Benefícios I. Esse novo plano, do tipo “contribuição variável”, entrou em funcionamento em
novembro de 2009. De sua implantação em diante, o Plano de Benefícios I foi fechado para novas adesões.
Com a aprovação pela Previc dos novos planos de benefícios ao final de 2013, a Fundação Banrisul iniciou, em
03 de fevereiro de 2014, o processo de migração voluntária e incentivada dos Participantes e Assistidos do
Plano de Benefícios I para: (i) Plano Saldado, que é constituído no modelo de Benefício Definido, no qual o
montante acumulado por todos os participantes fica em uma conta coletiva, e (ii) Plano FBPREV II, que é
constituído no modelo contribuição variável, sendo contribuição definida na fase de acúmulo de reserva e
benefício definido durante o pagamento do benefício vitalício. O referido processo de migração foi encerrado
em 03 de abril de 2014.
Em junho de 2014, por força dos dispositivos regulamentares, os patrocinadores efetuaram o aporte dos
recursos relativos aos incentivos dos patrocinadores ao processo de migração. No caso do Patrocinador
Banrisul, o valor aportado, calculado em fevereiro de 2013, corrigido pelo INPC e acrescido de juros de 5,5%
a.a., é de R$255.064, que foram transferidos para os novos planos.
Após a reestruturação do plano, a parcela remanescente da dívida contratada no montante de R$67.366 em 31
de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$67.312), foi distribuida da seguinte forma: Plano de Benefícios I (PBI) o
valor de R$38.183, Plano de Benefícios Saldado (PBS) o valor de R$17.185 e Plano de Benefícios FBPREV II
(FBPREV II) o valor de R$11.998 e registrado na rubrica Outros Passivos Financeiros ao Custo Amortizado (Nota
16). Essa dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e atualizada pela variação do Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna – (IGP-DI), por meio de atualizações e pagamentos mensais, com prazo final em 2028.
Após o processo de migração encerrado em 03 de abril de 2014, apresenta-se a seguir a quantidade de
participantes em seus respectivos planos:
| 83
Participantes
PBI antes da Migração
PBI após a Migração
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Ativos
8.145
1.021
1.715
5.409
Aposentados
4.779
3.577
1.110
92
41
-
-
41
1.135
819
291
25
14.100
5.417
3.116
5.567
Inválidos
Pensionistas
Total
Os Planos de Benefícios que dão suporte à Política de Previdência Complementar do Banco se fundamentam
nos respectivos Regulamentos dos Planos, nos quais constam todos os direitos e obrigações dos Participantes
e, das Patrocinadoras, o Plano de Custeio Atuarial, os prazos legais, a forma de pagamento das contribuições
mensais e dos benefícios, o tempo de contribuição mínima e outros parâmetros necessários para o
dimensionamento atuarial. Todos os Regulamentos são aprovados pelos órgãos legais internos de gestão,
pela(s) Patrocinadora(s) e pelos órgãos federais de supervisão e regulação conforme legislação em vigor.
O conjunto de hipóteses e métodos atuariais adotados nos cálculos atuariais resultou de um processo de
interação entre a consultoria atuarial externa responsável pelos cálculos atuariais dos Planos de Benefícios
administrados pela Fundação Banrisul, a Diretoria Executiva e os representantes do Conselho Deliberativo da
Fundação, e conta com o aval das patrocinadoras dos Planos de Benefícios I e Saldado (modalidade de
“benefício definido”) e dos Planos FBPREV e FBPREV II (modalidade de “contribuição variável”), conforme
determina a Resolução CGPC n° 18/2006, alterada pela Resolução CNPC n° 9/2012.
(b) Principais Premissas
As principais premissas a seguir foram calculadas com base nas informações vigentes em 31 de dezembro de
2014 e 2013, sendo revisadas anualmente.
Hipóteses Econômicas
31/12/2014
31/12/2013
Taxa de Desconto Nominal
11,17% a.a.
10,56% a.a.
Taxa de Inflação de Longo Prazo
4,50% a.a.
4,50% a.a.
Taxa de Crescimento Salarial Futuro
8,22% a.a.
8,22% a.a.
Taxa de Crescimento dos Benefícios da Previdência Social e dos Limites
4,50% a.a.
4,50% a.a.
Taxa de Crescimento do Custo Farmácia
5,50% a.a.
5,50% a.a.
Hipóteses Demográficas
Tábua de Mortalidade de Válido
Tábua de Mortalidade de Inválidos
31/12/2014
AT-2000, específica por sexo, constituída com
base na AT-2000 Basic suavizada em 10%.
RRB 1983 desagravada em 50%
31/12/2013
AT-2000 Basic suavizada em 10%, segregada por
sexo
RRB 1983 desagravada em 50%
Tábua de Entrada em Invalidez
Light Forte, específica por sexo
Light Forte, específica por sexo
Tábua de Rotatividade
Experiência da consultoria atuarial ajustada à
experiência das patrocinadoras agravada em
125%
Experiência da consultoria atuarial ajustada à
experiência das patrocinadoras agravada em 125%
As premissas referentes à experiência de mortalidade são estabelecidas com base em opinião de atuários,
ajustadas de acordo com o perfil demográfico dos empregados do Banrisul.
Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em condições
atuais do mercado.
(c) Principais Riscos Atuariais
O Banrisul e a Fundação Banrisul de Seguridade Social juntos poderão realizar estudos de confrontação
ativo/passivo com o objetivo de buscar operações no mercado financeiro de capitais e de seguros, visando à
redução ou eliminação dos riscos atuariais dos Planos.
Através de seus planos de benefícios definidos, o Banrisul está exposto a uma série de riscos, sendo os mais
significativos:
84 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Volatilidade dos Ativos - as obrigações do plano são calculadas usando uma taxa de desconto que é
estabelecida com base na rentabilidade de títulos privados ou do governo, na ausência de mercado ativo; caso
os ativos do plano não atinjam essa rentabilidade, isso criará um déficit. Os planos do Brasil e dos Estados
Unidos mantêm uma proporção significativa de ações, cujo rendimento se espera que supere o dos títulos
privados no longo prazo, enquanto resultará em volatilidade e risco no curto prazo.
Variação na Rentabilidade dos Títulos - uma diminuição na rentabilidade de títulos privados ou
governamentais resultará no aumento das obrigações do plano, embora essa variação seja compensada
parcialmente por um aumento no valor justo dos títulos detidos pelos planos.
Risco de Inflação - algumas obrigações dos planos de pensão do Grupo são vinculadas à inflação, sendo que
uma inflação maior levará a um maior nível de obrigações (embora, em muitos casos, existam limites ao nível
de reajustes inflacionários permitidos para proteger o plano contra taxas extremas de inflação). A maior parte
dos ativos do plano ou não são afetados (títulos com juros pré-fixados) ou têm uma pequena correlação
(ações) com a inflação, o que significa que uma alta na inflação resultará também em alta no déficit.
Expectativa de Vida - a maior parte das obrigações dos planos consiste na concessão de benefícios vitalícios
aos participantes. Por essa razão, aumentos na expectativa de vida resultarão em aumento nas obrigações dos
planos.
(d) Descrições dos Planos e Outros Benefícios de Longo Prazo
Plano de Benefícios I (PBI) - os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “benefício definido”,
abrangem aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-reclusão, auxílio-funeral e abono anual.
A contribuição normal do participante ativo corresponde a uma importância mensal equivalente ao produto da
aplicação das seguintes taxas:
(i) Um percentual geral fixado em 3% (três por cento) aplicável ao salário de participação;
(ii) Um primeiro percentual adicional igual a 2% (dois por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de
participação sobre a metade do maior salário de benefício da Previdência Social; e
(iii) Um segundo percentual adicional igual a 7% (sete por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de
participação sobre o maior salário de benefício da Previdência Social.
O valor atual de obrigações de planos de pensão de beneficio definido é obtido por cálculos atuariais, que
utilizam um conjunto de premissas econômicas, financeiras e biométricas. Entre as premissas usadas na
determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças
nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão.
O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, observando os princípios
estabelecidos pela Deliberação CVM n° 695/12, a qual é usada para determinar o valor presente de futuras
saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão. Ao
determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul considera as taxas de juros de títulos do Tesouro
Nacional, denominados em reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de
vencimentos próximos dos prazos das respectivas obrigações.
Em conformidade com a Instrução Previc n° 09, de 14 de dezembro de 2010, combinadas com a Instrução
Previc n° 01, de 12 de abril de 2013, a Fundação Banrisul de Seguridade Social elabora estudos visando ao
estabelecimento do perfil dos vencimentos das obrigações do Plano de Benefícios I com a apuração do
duration e outras análises de distribuição do pagamento dos benefícios.
Plano de Benefícios Saldado (PBS) - os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “benefício
definido”, abrangem benefício saldado de aposentadoria, benefício saldado de invalidez, pensão por morte,
auxílio-funeral e abono anual.
| 85
Não haverá contribuição normal ao plano de benefício saldado e, quando estiver apto a se aposentar, receberá
um benefício proporcional ao tempo que contribuiu ao PBI.
Plano de Benefícios FBPREV II - os benefícios assegurados por esse plano, na modalidade de “contribuição
variável”, abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal,
aposentadoria antecipada e auxílio-funeral, e benefícios com características de benefício definido, que são a
aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio-doença, abono anual, benefício mínimo e pensão
por morte.
A contribuição normal do participante é composta de três parcelas:
(i) Parcela básica: 3% a 5% aplicado sobre o salário de participação.
(ii) Parcela adicional: pode variar entre 5% e 10% aplicado sobre a parcela do salário de participação que
exceder a 9 (nove) unidades de referência.
(iii) Parcela variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente pelo
atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas do plano.
Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não inferiores a 1 (uma)
unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador.
O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes.
Plano de Benefícios FBPREV (anteriormente denominado Banrisulprev) - os benefícios assegurados por esse
plano, na modalidade de “contribuição variável”, abrangem benefícios com características de contribuição
definida, que são a aposentadoria normal, aposentadoria antecipada e auxílio-funeral, e benefícios com
características de benefício definido, que são a aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxíliodoença, abono anual, benefício mínimo e pensão por morte.
A contribuição normal do participante é composta de três parcelas:
(i) Parcela básica: 1% a 3% aplicado sobre o salário de participação.
(ii) Parcela adicional: pode variar entre 1% e 7,5% aplicado sobre a parcela do salário de participação que
exceder a 9 (nove) unidades de referência.
(iii) Parcela variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente pelo
atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas do plano.
Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não inferiores a 1 (uma)
unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador.
O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes.
Plano de Saúde, Odontológico e Auxílio Medicamento - o Banrisul oferece planos de saúde e odontológico e
auxílio-medicamento, por meio da Cabergs, a seus funcionários ativos e aos aposentados pela Fundação
Banrisul.
Prêmio Aposentadoria (Benefício Pós-Emprego) - o Banrisul concede aos seus funcionários um prêmio por
aposentadoria que é pago integralmente na data em que o funcionário se desliga da empresa por
aposentadoria.
86 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
A composição do ativo/ (passivo) atuarial líquido preparado com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2014 e 2013 de acordo com IAS 19 (rev. 2011) é demonstrada a
seguir:
Movimentação da Posição Líquida do Balanço em 31/12/2014
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
(1.834.273)
(913.080)
(46.146)
(4.120)
(133.635)
(123.532)
Valor Justo dos Ativos
1.723.544
906.217
53.933
3.862
219.556
-
Superávit/ (Déficit)
(110.729)
(6.863)
7.787
(258)
85.921
(123.532)
Valor Presente das Obrigações Atuariais
Teto do Ativo
-
(286)
(7.643)
(7)
-
-
(110.729)
(7.149)
144
(265)
85.921
(123.532)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
(3.205.596)
-
-
(2.078)
(132.981)
(109.930)
Valor Justo dos Ativos
2.755.889
-
-
1.586
193.086
-
Superávit/ (Déficit)
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
3.205.596
-
-
2.078
132.981
109.930
5.367
-
250
(41)
1.448
3.348
246.431
55.993
2.329
202
13.860
9.605
Contribuições dos Participantes do Plano
32.795
2.434
-
759
-
-
(Ganhos) /Perdas Atuariais - Experiência
70.677
8.331
8.558
1.350
390
20.003
(Ganhos) /Perdas Atuariais – Premissas Financeiras
(125.733)
(44.460)
(1.658)
(220)
(9.121)
(3.768)
Benefícios Pagos sobre Ativos do Plano
(203.936)
(38.961)
(1.682)
(8)
(3.493)
-
-
-
-
-
(2.430)
(15.586)
Mudança de Plano
-
952.789
38.349
-
-
-
Redução do Plano
(308.817)
-
-
-
-
-
(1.088.107)
(23.046)
-
-
-
-
1.834.273
913.080
46.146
4.120
133.635
123.532
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido
Movimentação da Posição Líquida do Balanço em 31/12/2013
Valor Presente das Obrigações Atuariais
Movimentação do Valor Presente das Obrigações Atuariais em 31/12/2014
Valor Presente das Obrigações Atuariais em 1º de Janeiro
Custo de Serviço Corrente
Custo Financeiro
Benefícios Pagos Diretamente pela Companhia
(Ganhos) /Perdas na Liquidação
Valor Presente das Obrigações Atuariais no Final do Período
| 87
Movimentação do Valor Presente das Obrigações Atuariais em 31/12/2013
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
3.681.721
-
-
1.482
149.144
110.307
26.603
-
-
91
1.508
3.735
309.835
-
-
117
12.827
8.224
Contribuições dos Participantes do Plano
26.086
-
-
699
-
-
(Ganhos) /Perdas Atuariais - Experiência
342.621
-
-
508
14.044
2.178
(Ganhos) /Perdas Atuariais – Premissas Financeiras
(967.100)
-
-
(381)
(39.348)
(11.311)
Benefícios Pagos sobre Ativos do Plano
(214.170)
-
-
(438)
(2.911)
-
-
-
-
-
(2.283)
(3.203)
3.205.596
-
-
2.078
132.981
109.930
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
2.755.889
-
-
1.586
193.086
-
Receitas de Juros sobre os Ativos do Plano
222.500
56.006
2.609
221
20.029
-
Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano
156.165
(6.876)
9.881
610
6.441
-
Contribuições do Empregador
33.259
5.061
724
694
-
-
Contribuições dos Empregados
32.795
2.434
-
759
-
-
(203.936)
(38.961)
(1.682)
(8)
-
-
Transferências de Pagamentos
-
907.110
42.401
-
-
-
(Ganhos) /Perdas na Liquidação
-
(18.557)
-
-
-
-
(1.273.128)
-
-
-
-
-
1.723.544
906.217
53.933
3.862
219.556
-
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
3.236.083
-
-
851
167.355
-
275.167
-
-
102
14.099
-
(598.498)
-
-
(308)
11.632
-
Contribuições do Empregador
31.221
-
-
680
-
-
Contribuições dos Empregados
26.086
-
-
699
-
-
Benefícios Pagos
(214.170)
-
-
(438)
-
-
Valor Justo dos Ativos do Plano no Final do Período
2.755.889
-
-
1.586
193.086
-
Valor Presente das Obrigações Atuariais em 1º de Janeiro
Custo de Serviço Corrente
Custo Financeiro
Benefícios Pagos Diretamente pela Companhia
Valor Presente das Obrigações Atuariais no Final do Período
Movimentação do Valor Justo dos Ativos do Plano em 31/12/2014
Valor Justo dos Ativos do Plano em 1° de Janeiro
Benefícios Pagos
Transferência de Ativos devido à Migração de Participantes
Valor Justo dos Ativos do Plano no Final do Período
Movimentação do Valor Justo dos Ativos do Plano em 31/12/2013
Valor Justo dos Ativos do Plano em 1° de Janeiro
Receitas de Juros sobre os Ativos do Plano
Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano
88 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido do Plano em 31/12/2014
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Anterior
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Custo dos Serviços Correntes
1.391.557
(948.300)
(38.599)
40
(1.448)
(3.348)
Juros sobre o Ativo/(Passivo) do Benefício Líquido
(23.931)
13
26
20
6.169
(9.605)
Efeitos da Correção Reconhecidos no Resultado Abrangente
211.221
28.967
(4.408)
(527)
15.172
(16.235)
33.259
5.061
724
694
5.923
-
-
-
-
-
-
15.586
-
Contribuições do Empregador
Benefícios Pagos
Transferências de Pagamentos
-
907.110
42.401
-
-
(1.273.128)
-
-
-
-
-
(110.729)
(7.149)
144
(265)
85.921
(123.532)
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
(445.638)
-
-
(631)
18.211
(110.307)
Custo dos Serviços Correntes
(26.603)
-
-
(91)
(1.508)
(3.735)
Juros sobre o Ativo/(Passivo) do Benefício Líquido
(34.668)
-
-
(15)
1.272
(8.224)
Efeitos da Correção Reconhecidos no Resultado Abrangente
25.981
-
-
(435)
36.936
9.133
Contribuições do Empregador
31.221
-
-
680
5.194
-
-
-
-
-
-
3.203
(449.707)
-
-
(492)
60.105
(109.930)
Prêmio Aposentadoria
Transferência de Ativos devido à Migração de Participantes
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Atual
Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido do Plano em 31/12/2013
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Anterior
Benefícios Pagos
Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Atual
Custo Estimado do Benefício Definido para o Exercício de 2015
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Custo dos Serviços Correntes
1.043
-
2.515
1.232
1.385
3.805
Juros Líquido sobre o Passivo/(Ativo) Atuarial
7.669
(755)
(489)
(106)
1.614
11.595
Despesa/(Receita) Atuarial Estimada
8.712
(755)
2.026
1.126
2.999
15.400
As estimativas de pagamentos de benefícios para os próximos 10 anos são demonstradas a seguir:
Período do Pagamento Estimado
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
2015
200.088
73.371
2.463
26
7.414
39.461
2016
207.621
78.659
2.542
24
7.667
10.057
2017
214.575
83.891
2.620
27
8.545
8.601
2018
221.739
88.637
2.697
30
9.282
8.942
2019
228.673
92.685
2.770
34
10.089
8.935
1.239.872
522.088
14.831
240
66.798
78.419
2020 a 2024
| 89
Outros dados acerca dos planos são demonstrados a seguir:
Quantidade de Participantes em 31/12/2014
Ativos
Aposentados
Aposentados por Invalidez
Pensionistas
Total
Quantidade de Participantes em 31/12/2013
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
827
1.505
5.335
4.696
5.638
11.630
3.673
1.301
102
-
4.557
-
-
-
40
2
-
-
829
295
29
1
947
-
5.329
3.101
5.506
4.699
11.142
11.630
Plano de Benefícios I
Plano Saldado
Plano FBPREV II
Plano FBPREV
Plano de Saúde
Prêmio Aposentadoria
Ativos
7.241
-
-
4.274
5.376
11.783
Aposentados
4.740
-
-
-
4.320
-
Pensionistas
1.118
-
-
1
967
-
13.099
-
-
4.275
10.663
11.783
Total
90 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(e) Análise de Sensibilidade
As premissas adotadas para o cálculo atuarial do plano de benefício definido têm um efeito significativo sobre
os montantes divulgados. Apresenta-se a seguir o impacto no cálculo dos benefícios considerando a alteração
das premissas assumidas.
Plano de Benefícios I (PBI) – 31/12/2014
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(99.136)
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
107.650
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Aumento de 10%
(40.156)
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Redução de 10%
43.516
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
52.030
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Aumento de 10%
(14.595)
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (1)
Redução de 10%
15.738
Plano de Benefícios Saldado (PBS) – 31/12/2014
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(47.611)
Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II) – 31/12/2014
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(1.808)
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
1.938
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (2) agravada em 10%
Aumento de 10%
671
Tábua de Mortalidade
AT -2000 (2) desagravada em 10%
Redução de 10%
(635)
Plano de Benefícios FBPREV (FBPREV) – 31/12/2014
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(175)
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
188
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) agravada em 10%
Aumento de 10%
170
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) desagravada em 10%
Redução de 10%
(177)
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,17%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(2.209)
Taxa de Desconto
11,17%
Redução de 0,5%
2.394
Tábua de Mortalidade
AT -2000(3)
Aumento de 10%
(798)
Tábua de Mortalidade
AT -2000(3)
Redução de 10%
864
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,17%
Aumento de 0,5%
Taxa de Desconto
11,17%
Plano de Saúde – 31/12/2014
Auxílio Medicamento – 31/12/2014
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(4.600)
Redução de 0,5%
5.125
Tábua de Mortalidade
Aumento de 10%
(2.124)
Tábua de Mortalidade
Redução de 10%
2.376
Prêmio Aposentadoria – 31/12/2014
Descrição da Premissa
Dados Considerados no Laudo Atuarial
Avaliação do Impacto
Taxa de Desconto
11,68%
Aumento de 0,5%
Impacto em R$ Mil
Efeito na Obrigação
(3.039)
Taxa de Desconto
10,64%
Redução de 0,5%
3.232
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) agravada em 10%
Aumento de 10%
(229)
Tábua de Mortalidade
AT -2000(2) desagravada em 10%
Redução de 10%
230
(1) AT – 2000 Basic segregada por sexo suavizada em 10%
(2) AT – 2000 Basic suavizada em 10%
(3) AT – 2000 suavizada em 10%
| 91
31. COMPROMISSOS E OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES
(a) Compromissos para aquisição de ativos - o Banrisul não dispõe de compromissos para aquisição de ativos
contratados na data do balanço, ainda não incorridos.
(b) Compromissos com arrendamento mercantil operacional - o Banrisul aluga propriedades, principalmente
utilizadas como agências, com base em contrato padrão, o qual pode ser cancelado por sua vontade e inclui o
direito de opção de renovação e cláusulas de reajuste, enquadrados no conceito de arrendamento mercantil
operacional. O total dos pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos mercantis operacionais não
canceláveis em 31 de dezembro de 2014 é de R$207.918 sendo R$55.971 com vencimento até um ano,
R$138.080 de um a cinco anos e R$13.867 acima de cinco anos. Os pagamentos de arrendamento mercantil
operacional, reconhecidos como despesas no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, totalizavam
R$69.689.
Os contratos de aluguel mensais serão reajustados anualmente, conforme legislação em vigor, de acordo com a
variação do IGP-M.
(c) O Banrisul é responsável pela custódia de 662.961 mil títulos de clientes (31/12/2013 – 479.411 mil).
(d) O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras, que apresentaram os seguintes patrimônios
líquidos:
31/12/2014
31/12/2013
7.987.313
5.624.181
173.411
129.275
Fundos de Ações
57.097
77.934
Fundos de Aposentadoria Programada Individual
18.512
18.379
Fundos de Investimentos(1)
Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos de Investimento
Fundo para Garantia de Liquidez dos Títulos da Dívida Pública do
359.554
2.127.770
Carteiras Administradas
Estado do Rio Grande do Sul
631.620
1.556.956
Clubes de Investimentos
1.226
1.485
Total
9.228.733
9.535.980
(1) As carteiras dos fundos de investimentos são compostas principalmente por títulos de renda fixa e de renda variável, e seus valores de patrimônio líquido
encontram-se ajustados pelas respectivas marcações a mercado na data-base.
Os fundos de investimento administrados pelo Banrisul não são apresentados na demonstração consolidada da
posição financeira, já que os respectivos ativos são de propriedades de terceiros. As tarifas e as comissões
auferidas durante o exercício pelos serviços prestados a esses fundos são reconhecidas sob a rubrica “Receitas
de Prestação de Serviços” na demonstração consolidada do resultado.
(e) A controlada Banrisul S.A. Administradora de Consórcios é responsável pela administração de 173 grupos
(178 em 31/12/2013) de consórcios distribuídos entre imóveis, motos, veículos e tratores que reúnem 39.929
consorciados ativos (39.432 em 31/12/2013).
32. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
(a) O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. mantém relacionamentos comerciais com o Governo do
Estado do Rio Grande do Sul e as empresas por ele controladas, Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE,
Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN, Companhia de Gás do Rio Grande do Sul - SULGÁS,
Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A. - CEASA, Companhia Estadual de Silos e Armazéns - CESA,
Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas - CORAG, Companhia Riograndense de Mineração - CRM,
Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul – PROCERGS e Badesul
Desenvolvimento S.A. – Agência de Fomento/RS e Banco Regional de Desenvolvimento do extremo Sul – BRDE,
e as empresas controladas indiretamente, Fundação Banrisul de seguridade Social – FBSS e Caixa de Assistência
dos Empregados do banco do Estado do Rio Grande do Sul - Cabergs a seguir demonstradas:
92 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Em 28 de junho de 2012 foi estabelecido Termo de Convênio de n° 1.201/12, entre o Banrisul e o Estado do Rio
Grande do Sul, no qual o Estado assegura ao Banrisul a exclusividade na prestação dos serviços bancários
relacionados com o pagamento de pessoal dos servidores ativos e inativos, pensionistas vitalícios e especiais do
Poder Executivo (Administração Direta), e dos pensionistas previdenciários (Instituto de Previdência do Estado
do Rio Grande do Sul – IPERGS) pelo prazo de cinco anos e mantendo a concessão do canal, pelo Estado, para
realização de empréstimos consignados em folha de pagamento. No mesmo Termo de Convênio, em razão da
reciprocidade na prestação de serviços, o Banrisul libera o Estado do Rio Grande do Sul de qualquer custo
associado à prestação dos serviços bancários de arrecadação de receitas e tributos estaduais, débitos em
contas correntes, extratos de FGTS e serviços de cobrança de créditos imobiliários.
O Banrisul também é prestador de serviços nos repasses financeiros realizados pelas secretarias quanto à
destinação de valores vinculados aos programas sociais e efetua serviços de atualização de dados cadastrais de
servidores inativos e de detentores de pensões especiais ou vitalícias oriundas da Administração Direta. Esses
serviços não são remunerados.
Além disso, o Banrisul efetua o pagamento de fornecedores relacionados ao sistema de Finanças Públicas e
processa as movimentações relacionadas ao Sistema Integrado de Administração de Caixa – SIAC, responsável
por centralizar em conta bancária única as disponibilidades dos órgãos da Administração Direta e Indireta do
Estado e de suas controladas. Esses serviços não são remunerados.
O Banrisul também efetua para diversas fundações e autarquias outros serviços de cobrança por meio de
arrecadação e fornecimento de cartão-refeição e combustível. Esses serviços geraram, no exercício findo em 31
de dezembro de 2014, receita no valor de R$10.448. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras
eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line, e esse serviço não é remunerado.
O Banrisul adquiriu direitos de créditos do FCVS, conforme descrito na Nota 06. Em 31 de dezembro de 2014,
os créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos de rendimentos incorridos até a data das
demonstrações financeiras, no valor de R$755.299.
O Banrisul tem contratos de arrendamento de imóveis pertencentes ao Estado, que geraram, no exercício findo
em 31 de dezembro de 2014, despesas no montante de R$1.240.
O Banrisul dispõe de acordo com o Estado de cessão de funcionários, segundo o qual o Estado cedeu 8 (oito)
funcionários e recebeu 12 (doze) funcionários alocados em secretarias e fundações. Os custos com esses
funcionários são ressarcidos pelas partes.
Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados ao pagamento de pessoal e tem
contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O Banco é também agente
arrecadador pelo serviço de arrecadação das contas de consumo emitidas pela CEEE e pelo fornecimento de
cartão-combustível e, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, foi remunerado em R$3.563 por esses
serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras
Pregão On Line.
Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal. O
Banco é também agente arrecadador das contas de consumo emitidas pela CORSAN e pelo fornecimento de
cartão-combustível e, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, foi remunerado em R$4.875 por esses
serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras
Pregão On Line.
| 93
O Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos dessa companhia com
o BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a essas operações.
SULGÁS, CEASA, CESA, CORAG, CRM e PROCERGS
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal com
as empresas acima mencionadas e, com a SULGÁS, a CEASA e a CESA, tem contrato de concessão de
empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural emitida por essas
companhias e o fornecimento de cartão-refeição e combustível também são de responsabilidade do Banrisul e,
para tanto, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 o Banco foi remunerado em R$282 por esses
serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras
Pregão On Line.
A SULGÁS dispõe ainda de aplicações financeiras com remuneração atrelada à variação do CDI, bem como o
Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos dessa companhia com o
BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a essas operações.
Badesul Desenvolvimento S.A. - Agência de Fomento/RS
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e tem
contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural e
o fornecimento de cartão-refeição também são de responsabilidade do Banrisul e, para tanto, no exercício
findo em 31 de dezembro de 2014, o Banco foi remunerado em R$87 sobre esses serviços. O Banrisul
disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line.
O Banrisul tem acordo de cessão de empregados, segundo o qual cedeu 3 (três) de seus funcionários e recebeu
1 (um). Os custos desse acordo são ressarcidos pelas partes.
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e tem
contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento relativos aos funcionários
alocados no Rio Grande do Sul, sendo também responsável pelo serviço de cobrança escritural.
Fundação Banrisul de Seguridade Social - FBSS
Conforme descrito na Nota 30, o Banrisul tem dívida contratada em 31 de março de 1998 relativa à parcela
remanescente do déficit atuarial, no montante de R$67.366. Essa dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e
atualizada pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna – IGP-DI, por meio de atualizações
mensais, com prazo final em 2028.
Para a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários, o
Banrisul contribuiu para a Fundação, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, com o montante de
R$55.363, conforme descrito na Nota 25.
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal bem
como de aposentadorias e pensões dos beneficiários da Fundação Banrisul.
A Fundação dispõe também de fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul. As aplicações
financeiras efetuadas pela Fundação com o Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI.
O Banrisul tem contratos de arrendamento de imóveis pertencentes à Fundação Banrisul, que geraram, no
exercício findo em 31 de dezembro de 2014, despesas no montante de R$7.754.
94 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Cabergs
O Banrisul oferece benefícios de assistência médica e odontológica a seus funcionários e aposentados pela
Fundação Banrisul, que geraram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, despesas no montante de
R$34.520.
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e de
fornecedores. A Cabergs dispõe de fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul. As aplicações
financeiras efetuadas pela Cabergs com o Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI.
O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão
On Line e esse serviço não é remunerado.
Todas as transações remuneradas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com terceiros,
vigentes nas datas das operações.
Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A.
Com o objetivo de ampliar canais de relacionamento com clientes em escala nacional, o Banrisul mantém uma
parceria com a promotora de vendas Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. para atuar na geração de
crédito consignado.
Sobre os serviços prestados de originação de crédito consignado por meio dos convênios, o Banrisul pagou
para a Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A., no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, o montante
de R$115.091 a título de comissões e taxas de performance.
Fundos de Investimentos e Carteiras Administradas
O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras administradas, que são compostas principalmente
por títulos de renda fixa e de renda variável.
O Administrador foi responsável pela realização, como contraparte, das operações compromissadas dos
Fundos que tiveram como lastro títulos públicos federais. Essas operações apresentaram no período um
volume médio diário de R$59.793, que representou 32,28% sobre o patrimônio líquido médio dos fundos.
Essas operações foram realizadas em condições de mercado no que se refere a prazos e taxas praticadas.
A Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio foi responsável pela realização, como contraparte,
das operações de compra e venda de ações dos Fundos de Ações administrados pelo Banrisul realizadas no
exercício. Essas operações apresentaram um volume de R$61.055, que representou 86,3% sobre o patrimônio
líquido médio dos fundos de ações no mesmo período, e foram realizadas a preço de mercado por meio de
pregão eletrônico da BM&FBovespa. Essas operações incorreram em uma corretagem de R$55.
As transações com controladores e controladas estão demonstradas a seguir:
Ativos (Passivos)
Receitas (Despesas)
2014
2013
01/01 a 31/12/2014
01/01 a 31/12/2013
(693.911)
(2.486.493)
(195.262)
(240.668)
19.299
18.165
1.945
1.428
2.011
8.227
267
528
16.399
15.169
-
-
Captações com Clientes
(362.885)
(351.587)
-
-
Captações no Mercado Aberto (1)
(359.554)
(2.127.770)
(196.234)
(241.533)
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Caixa e Equivalentes de Caixa
Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado
Outros Ativos
Outros Passivos
(9.181)
(48.697)
(1.240)
(1.091)
Fundação Banrisul de Seguridade Social
(72.715)
(69.690)
(14.807)
(16.605)
Outros Passivos Financeiros ao Custo Amortizado
(72.029)
(69.076)
(7.052)
(9.940)
(686)
(766.626)
(614)
(2.556.183)
(7.755)
(210.069)
(6.665)
(257.273)
Outros Passivos
Total
Essas captações são remuneradas a 100% da taxa Selic.
| 95
(b) Remuneração do Pessoal-Chave da Administração
Anualmente na Assembleia Geral Ordinária são fixados:
(i) O montante global anual da remuneração dos Administradores, dos membros do Conselho de
Administração, dos membros do Conselho Fiscal e dos membros do Comitê de Auditoria, conforme determina
o Estatuto Social; e
(ii) A verba destinada a custear planos de previdência complementar aberta dos administradores, dentro do
plano de previdência destinado aos funcionários e administradores do Banrisul e das suas controladas.
Em 2014, foi deliberado o valor máximo individual anual de R$448 para remuneração dos Diretores (proventos
e gratificações), do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, as remunerações estão demonstradas a seguir:
Benefícios de Curto Prazo
Proventos
Gratificações
Encargos Sociais
Total
01/01 a 31/12/2014
3.317
01/01 a 31/12/2013
68
108
3.208
697
635
4.082
3.951
O Banrisul custeia planos de previdência complementar de contribuição definida aos administradores que
pertencem ao quadro de funcionários. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 as contribuições à
Fundação Banrisul de Seguridade Social montavam R$56 (2013 – R$46).
O Banrisul dispõe de seguro de responsabilidade civil para os diretores e membros dos conselhos, e pagou
prêmio de seguro no montante de R$80.
O Banrisul não tem benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada
em ações para seu pessoal-chave da Administração.
(c) Outras Informações
(i) Conforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou
adiantamentos para:
 Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos
respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau;
 Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; e
 Pessoas jurídicas que participem com capital de mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer
diretores ou administradores da própria instituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º
grau.
Dessa forma, não são efetuados pelo Banrisul empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros
do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva e seus familiares.
(ii) Em dezembro de 2014, em continuidade a fato relevante divulgado em data 14/07/2014, foi assinado
contrato de parceria entre Banrisul e a Icatu Seguros S.A. para constituição de empresa seguradora no ramo de
vida e previdência. A efetivação da operação esta sujeita à aprovação dos Órgãos Reguladores.
96 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
(d) Participação Acionária
Os membros da Diretoria, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria têm, em
conjunto, a seguinte participação acionária no Banrisul em 31 de dezembro de 2014:
Ações
Quantidade
Ações Ordinárias
105
Ações Preferenciais
294
Total de Ações
399
| 97
GOVERNO DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL
Secretaria da Fazenda
Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Diretoria
TÚLIO LUIZ ZAMIN
Presidente
GUILHERME CASSEL
Vice-Presidente
JOÃO EMILIO GAZZANA
JOEL DOS SANTOS RAYMUNDO
JONE LUIZ HERMES PFEIFF
JULIMAR ROBERTO ROTA
LUIZ CARLOS MORLIN
VICENTE JOSÉ RAUBER
Diretores
Conselho de Administração
ODIR ALBERTO PINHEIRO TONOLLIER
Presidente
TÚLIO LUIZ ZAMIN
Vice-Presidente
ALDO PINTO DA SILVA
DILIO SERGIO PENEDO
GUILHERME CASSEL
JOÃO ACIR VERLE
JUÇARA MARIA DUTRA VIEIRA
MARCELO TUERLINCKX DANÉRIS
Conselheiros
WERNER KÖHLER
Contador CRCRS 38.534
98 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014
Rua Caldas Júnior, 108
Porto Alegre - RS - Brasil
SAC 0800 646 1515
Ouvidoria 0800 644 2200
| 99
Download