DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS Dezembro 2014 | 1 2 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 SUMÁRIO SUMÁRIO .................................................................................................................................................................................... 3 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................................................................ 5 SENHORES ACIONISTAS .............................................................................................................................................................. 5 CONTEXTO ECONÔMICO E FINANCEIRO .................................................................................................................................... 6 ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS ........................................................................................................................................................ 6 DESEMPENHO FINANCEIRO ....................................................................................................................................................... 7 LUCRO LÍQUIDO.......................................................................................................................................................................... 7 DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................................................................................. 8 DESEMPENHO PATRIMONIAL..................................................................................................................................................... 8 ATIVO ......................................................................................................................................................................................... 9 TÍTULO DE INVESTIMENTO ......................................................................................................................................................... 9 EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTO A CLIENTES ........................................................................................................................ 10 PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO .................................................................................................................. 11 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................................................................. 11 MODELO DE NEGÓCIOS............................................................................................................................................................ 12 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES....................................................................................................................... 13 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS............................................................................................................................................ 16 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO ................................................................................................................................. 17 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO................................................................................................................... 18 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTE ........................................................................................... 19 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA ........................................................................................................ 20 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................... 21 NOTAS EXPLICATIVAS ............................................................................................................................................................ 22 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ........................................................................... 23 1. INFORMAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................................................... 23 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ................................................................................................................. 23 3. NOVOS PRONUNCIAMENTOS E ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DE PRONUNCIAMENTOS EXISTENTES........................... 39 4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS ......................................................................................................... 41 5. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ........................................................................................................................................ 42 6. INFORMAÇÕES POR SEGMENTOS ........................................................................................................................................ 58 7. RECONCILIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DO LUCRO LÍQUIDO ENTRE BR GAAP E IFRS................................................ 60 8. DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL ....................................................................................... 61 9. ATIVOS FINANCEIROS ........................................................................................................................................................... 62 10. OUTROS ATIVOS ................................................................................................................................................................. 69 11. INVESTIMENTOS ................................................................................................................................................................. 69 12. IMOBILIZADO...................................................................................................................................................................... 70 13. INTANGÍVEL ........................................................................................................................................................................ 71 14. PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO......................................................................................................................... 71 15. PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO ............................................................................................................ 72 16. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO .............................................................................................. 73 17. PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES .............................................................................................................. 73 18. TRIBUTOS DIFERIDOS ......................................................................................................................................................... 75 19. OUTROS PASSIVOS ............................................................................................................................................................. 76 20. ATIVOS EM GARANTIA........................................................................................................................................................ 76 21. PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO .............................................................................................................................. 76 22. RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES ....................................................................................................................... 79 23. GANHOS (PERDAS) LÍQUIDOS COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS ............................................................................. 79 24. RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ............................................................................................................................. 80 25. DESPESAS DE PESSOAL ....................................................................................................................................................... 80 26. OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS .............................................................................................................................. 80 27. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS ..................................................................................................................................... 81 28. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS .................................................................................................................................... 81 29. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .................................................................................................................. 82 30. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO PÓS-EMPREGO A EMPREGADOS........................................................ 82 | 3 31. COMPROMISSOS E OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES ................................................................................................. 92 32. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ...................................................................................................................... 92 Índice de Tabelas Tabela 1: Demonstrativo de Resultados Pro Forma (R$ Milhões) .......................................................................... 8 Tabela 2: Distribuição do Resultado (R$ Milhões) .................................................................................................. 8 Tabela 3: Títulos de Investimento (R$ Milhões).................................................................................................... 10 Tabela 4: Composição dos Empréstimos e Adiantamentos a Clientes (R$ Milhões) ............................................ 10 Tabela 5: Composição dos Passivos Financeiros do Custo Amortizado (R$ Milhões) ........................................... 11 Tabela 6: Segmento de Negócios (R$ Mil) ............................................................................................................ 12 Índice de Gráficos Gráfico 1: Evolução do Ativo Total .......................................................................................................................... 9 Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido ........................................................................................................... 11 4 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 5 | 5 SENHORES ACIONISTAS Apresentamos o Relatório da Administração e as Demonstrações financeiras consolidadas do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. relativas ao exercício de 2014, em atendimento às exigências estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, por meio da Resolução n° 3.786/09 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e Circulares n° 3.472/09 e n° 3.516/10, que disciplinam a elaboração de demonstrações consolidadas de acordo com o padrão contábil internacional – IFRS (International Financial Reporting Standards), conforme aprovado pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB), traduzidos para a língua portuguesa por entidade brasileira credenciada pela International Accounting Standards Committee Foundation (IASC). Informações sobre o modelo de negócios do Banco, gestão de riscos e governança corporativa estão disponíveis no site http://www.banrisul.com.br, nas rotas: Relações com Investidores/Informações aos Investidores/Formulário de Referência; Relações com Investidores/Governança Corporativa/Gerenciamento de Riscos/Relatório de Gerenciamento de Riscos, atualizadas, conforme última publicação na rota: Relações com Investidores/Informações aos Investidores/Divulgação de Resultados/4T14. CONTEXTO ECONÔMICO E FINANCEIRO Ao longo do ano de 2014, o cenário econômico internacional foi marcado pelo aumento da volatilidade e da aversão ao risco, associado à perspectiva de início do processo de normalização da política monetária nos EUA e ao recrudescimento do ambiente econômico na Zona do Euro. Com efeito, a economia norte-americana manteve movimento de recuperação, com aumento cauteloso dos juros básicos. Na Zona do Euro, por outro lado, as tensões geopolíticas resultaram em deterioração adicional das condições econômicas, sobretudo da confiança pessoal e corporativa, a despeito da adoção de medidas complementares de flexibilização da política monetária. A economia chinesa, por sua vez, apresentou crescimento menos dinâmico, em linha com o processo de rebalanceamento econômico em curso, contribuindo para o aumento da volatilidade observado no período. No Brasil, a atividade doméstica manteve expansão abaixo da potencial, refletindo adversamente sobre os resultados do consumo e do investimento, os quais se apresentaram contidos e inferiores ao observado em anos recentes. A piora nos indicadores da dívida pública, conjugada à recuperação consistente da economia norte-americana, resultou na intensificação das pressões de desvalorização da moeda doméstica, contribuindo para a resistência inflacionária e, em última análise, para a retomada do ciclo de elevação dos juros básicos. Alinhado a esse comportamento, o mercado de crédito registrou crescimento moderado, retratando, de um lado, a menor exposição por parte de instituições financeiras, e, de outro, a desalavancagem de famílias e empresas. Na esteira da estagnação da atividade econômica nacional, a economia do Rio Grande do Sul, a despeito do desempenho favorável da safra de grãos, apresentou baixo dinamismo, em particular no setor industrial, que aprofundou dificuldades, sobretudo relacionadas ao ambiente de desaceleração da demanda agregada, de aumento dos custos de produção e de crise econômica em importantes parceiros comerciais. Da mesma forma, o comércio exterior mostrou-se enfraquecido, com as exportações somando US$18,6 bilhões no acumulado de janeiro a dezembro de 2014, o que representou queda de 25,8% frente a igual período do ano anterior. Por sua vez, as importações acumuladas no mesmo período somaram US$14,9 bilhões, representando recuo de 10,9% na mesma base de comparação. Com isso, o saldo comercial do período registrou superávit de US$3,7 bilhões, revelando queda de 55,9% ante o mesmo período de 2013. ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS O projeto estratégico em execução no Banrisul está referenciado em quatro pilares: (i) qualificação do atendimento, abrangendo a modernização e padronização da rede de agências e a capacitação contínua dos 6 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 empregados; (ii) excelência na gestão de custos administrativos; (iii) manutenção de investimentos em tecnologia e inovação e (iv) expansão da escala de negócios, através do incremento da carteira de crédito, da oferta de produtos financeiros e da ampliação dos pontos de atendimento. Em 2014, o Banrisul avançou na estratégia de diversificação de receitas, por meio do estabelecimento de parceria na área de seguros e do fortalecimento dos negócios de adquirência. Em março de 2014, o Banrisul lançou a marca da rede adquirência da Instituição - Vero. A rede multibandeira oferece soluções e serviços, priorizando o acesso via internet. Ao final de 2014, o negócio de adquirência transacionou R$14.950,8 milhões, 41,7% acima do ano de 2013. Ao final de 2014, o Banrisul firmou acordo de distribuição de produtos de seguro de vida e previdência da Icatu Seguros nos canais da Instituição. A parceria visa introduzir o Banco no mercado brasileiro de seguros e previdência, que está sofrendo um grande avanço nos últimos anos. A negociação já foi aprovada pelo Banco Central do Brasil, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica e pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. Em 2015, com a criação da joint venture, o Banrisul será detentor de 49% do capital. O resultado gerado em 2014 foi afetado pelos seguintes eventos extraordinários: (i) reestruturação dos planos de benefícios pós-emprego; (ii) implementação do Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI); (iii) convênio com a Icatu Seguros S.A. para distribuição, em caráter de exclusividade, de produtos de seguros de vida e previdência e (iv) efeitos fiscais incidentes sobre os eventos não recorrentes. DESEMPENHO FINANCEIRO LUCRO LÍQUIDO O lucro líquido acumulado, em 2014, atingiu R$621,0 milhões, R$128,0 milhões ou 17,1% abaixo do valor registrado no ano de 2013, impactado pelo crescimento das despesas administrativas (R$290,3 milhões ou 12,2%), face, principalmente, ao aumento das despesas com originação de crédito consignado via correspondentes, pelo acréscimo das despesas com provisão para impairment (R$165,2 milhões ou 23,2%), movimento minimizado, em parte, pela elevação das receitas de prestação de serviços (R$205,9 milhões ou 20,3%) e pela redução das despesas com IR e CSLL (R$159,8 milhões ou 51,7%). A reconciliação entre o resultado apurado pelas práticas contábeis brasileiras (BR GAAP) e o padrão contábil internacional (IFRS) abrange as seguintes contas: ... R$23,7 milhões no resultado de variação cambial em transações no exterior, motivado por exigências da IAS 21, que determina a criação de uma reserva específica no patrimônio líquido, “Resultado Abrangente Acumulado”, que registre os ganhos ou perdas acumulados gerados na conversão de dependências no exterior, diferentemente das práticas adotadas no Brasil, onde são registradas diretamente no resultado; ... R$93,7 milhões na provisão para impairment, resultante da diferença de conceito no modelo de mensuração de provisão para operações de crédito, onde passa de “perda esperada”, baseada na análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade na visão de BR GAAP, para “perda incorrida”, que requer a identificação objetiva de redução de valor como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial do ativo financeiro de acordo com IFRS; ... R$15,3 milhões das outras despesas administrativas, em função das despesas de depreciação e amortização, modificadas pela revisão de vida útil dos bens do imobilizado, e das despesas de operações de leasing, devido ao reconhecimento de leasing financeiro, conforme normas do IFRS; ... R$31,4 milhões nas despesas com imposto de renda e contribuição social, referentes ao reconhecimento dos tributos diferidos incidentes sobre os ajustes de reconciliação do IFRS. | 7 TABELA 1: DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS PRO FORMA (R$ MILHÕES) Receita Líquida com Juros Receita de Dividendos Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior Receita de Prestação de Serviços Perdas com Ativos Financeiros Provisão para Impairment Recuperação de Crédito Baixado para Prejuízo Outras Receitas / Despesas Operacionais Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Resultado de Participação em Coligadas e Controladas Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Lucro Líquido do Exercício Dez 2014 BR GAAP 3.136,1 3,1 137,4 112,4 1.218,1 (597,0) (784,2) 187,2 (3.137,5) (1.626,0) (1.061,4) (319,4) 3,2 482,5 (616,3) 872,7 (180,9) 691,4 Reconciliação (23,7) (93,7) (93,7) 15,3 15,3 31,4 (70,8) Dez 2014 IFRS 3.136,1 3,1 137,4 88,7 1.218,1 (690,7) (877,9) 187,2 (3.122,2) (1.626,0) (1.046,1) (319,4) 3,2 482,5 (616,3) 770,5 (149,5) 621,0 Dez 2013 IFRS 3.154,0 2,8 177,0 31,8 1.012,2 (551,2) (712,7) 161,6 (2.768,3) (1.451,4) (930,4) (279,2) 1,5 230,2 (339,0) 1.058,3 (309,3) 749,0 ∆% -0,6% 11,9% -22,4% 178,6% 20,3% 25,3% 23,2% 15,9% 12,8% 12,0% 12,4% 14,4% 111,2% 109,6% 81,8% -27,2% -51,7% -17,1% DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul, descrita no estatuto social da empresa e aprovada desde março de 2009, especifica um percentual mínimo de 25% a ser pago aos acionistas a título de dividendos mínimos obrigatórios e um percentual adicional de 15% como dividendos complementares, totalizando a distribuição de 40% do lucro líquido ajustado para os exercícios seguintes, que pode ser pago na forma de juros sobre o capital próprio, tratado como despesa dedutível para fins de impostos e contribuições. O valor pago a título de juros sobre o capital próprio é limitado à variação pro rata die da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e seu pagamento é realizado trimestralmente, segundo determinação do Conselho de Administração. A remuneração dos acionistas foi e continuará sendo calculada e paga com base nos lucros apurados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP). Em 2014, a distribuição dos resultados alcançou R$264,4 milhões, composta por R$252,4 milhões na forma de juros sobre o capital próprio, descontado do imposto de renda retido na fonte, e R$12,0 milhões como dividendos complementares. TABELA 2: DISTRIBUIÇÃO DO RESULTADO (R$ MILHÕES) Lucro Líquido do Exercício BR GAAP Reserva Legal Base de Cálculo dos Dividendos Dividendo Mínimo Obrigatório (25%) Dividendo Adicional (15%) Dividendos Totais Juro Sobre o Capital Próprio Pagos (1) Dividendos Pagos e Provisionados (1) Valor líquido do Imposto de Renda 8 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 2014 691,4 (30,4) 661,0 (165,3) (99,2) (264,4) 252,4 12,0 2013 791,6 (39,6) 752,0 (188,0) (112,8) (300,8) 231,4 69,4 ∆% -12,7% -23,2% -12,1% -12,1% -12,1% -12,1% 9,1% -82,7% DESEMPENHO PATRIMONIAL ATIVO O ativo total atingiu R$60.461,0 milhões em dezembro de 2014, com evolução de R$6.346,1 milhões ou 11,7% acima do montante de 2013. Na composição dos ativos, destaca-se, principalmente, a participação dos empréstimos e recebíveis, em 48,3%, dos títulos de investimentos, em 31,2%, e das disponibilidades e reservas do Banco Central do Brasil em 10,7%. Em relação às fontes de recursos que alavancaram o aumento do ativo, incluem-se os passivos financeiros a custo amortizado que alcançaram R$45.471,1 milhões, compostos, especialmente, pelas captações com clientes e bancos, em R$34.135,4 milhões, com expansão de R$3.490,8 milhões, pelas captações no mercado aberto, em R$4.318,2 milhões, com crescimento de R$97,5 milhões e pelas obrigações por repasses e empréstimos, em R$4.179,6 milhões, com crescimento de R$692,1 milhões. O montante proveniente da captação de recursos no exterior, R$2.222,5 milhões, classificada como passivo financeiro ao valor justo, também contribuiu para a geração de funding para ativos. Gráfico 1: Evolução do Ativo Total - R$ Milhões 60.461,0 54.115,0 47.565,7 2012 2013 2014 TÍTULO DE INVESTIMENTO Os títulos de investimento alcançaram o saldo de R$18.893,9 milhões em dezembro de 2014, com incremento de R$384,7 milhões ou 2,1% em doze meses. Em relação à composição dos títulos, salienta-se a participação de 80,8% dos títulos mantidos até o vencimento, no montante de R$15.266,3 milhões, de 12,8% dos títulos mantidos para negociação, que totalizaram R$2.426,5 milhões, de 3,3% de ativos financeiros disponíveis para venda, que atingiram R$615,2 milhões e de 3,1% em instrumentos financeiros derivativos, que somaram R$585,9 milhões. Quanto aos tipos de papeis gerenciados, os títulos estão concentrados, especialmente, em letras financeiras do tesouro (LFT), em R$16.858,8 milhões e em Instrumentos Financeiros Derivativos em R$585,9 milhões. O Banrisul possui capacidade financeira, comprovada através de estudos técnicos desenvolvidos internamente, e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento”, conforme disposto no artigo 8º da Circular n° 3.068, de 08.11.2001, do Banco Central do Brasil. | 9 TABELA 3: TÍTULOS DE INVESTIMENTO (R$ MILHÕES) Aplicações Financeiras Avaliadas ao Valor Justo Títulos Mantidos para Negociação Letras Financeiras do Tesouro (LFT) Ações de Companhias Abertas Cessão Fiduciária - LFT Cotas de Fundo de Renda Fixa Cotas de Fundo de Referenciado Outras Cotas de Fundos Ativos Financeiros Disponíveis para Venda Letras Financeiras do Tesouro (LFT) Ações de Companhias Abertas Certificados de Privatização Cotas de Fundo de Renda Fixa Cotas de Fundo Imobiliário Outras Cotas de Fundos Instrumentos Financeiros Derivativos Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado Títulos Mantidos até o Vencimento Letras Financeiras do Tesouro (LFT) Fundo de Compensações das Variações Salariais (CVS) Letras Hipotecárias (LH) Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI) Nota Promissória Comercial - NPC Debêntures Letras Financeiras Outros Títulos de Investimento 2014 2.426,5 2.426,5 2.175,0 15,3 233,3 0,2 2,7 615,2 592,4 10,8 0,0 10,2 1,7 0,1 585,9 15.266,3 15.266,3 14.076,0 130,0 1,3 2,3 178,8 169,9 702,6 5,3 18.893,9 2013 4.005,3 4.005,3 3.956,5 29,0 18,4 1,4 878,9 863,3 12,2 0,0 1,4 1,9 0,1 315,7 13.309,2 13.309,2 12.692,4 138,6 8,9 2,9 130,1 21,0 185,7 129,6 18.509,1 ∆% -39,4% -39,4% -45,0% -47,3% 1169,7% 95,6% -30,0% -31,4% -11,9% 16,7% 632,7% -9,2% 1,0% 85,6% 14,7% 14,7% 10,9% -6,2% -85,1% -21,5% 37,5% 709,3% 278,4% -95,9% 2,1% EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTO A CLIENTES Os empréstimos e adiantamentos a clientes alcançaram o montante de R$30.725,8 milhões, com crescimento de R$3.840,5 milhões ou 14,3% em relação a dezembro de 2013. Em dezembro de 2014, o crédito comercial apresentou participação de 65,2% no total dos empréstimos e adiantamentos, seguidos de 10,5% do crédito imobiliário, de 8,9% do crédito rural, de 8,0% da carteira de financiamento de longo prazo e de 3,9% das instituições de crédito – empréstimos e títulos descontados. Em relação aos vencimentos dos empréstimos e adiantamentos a clientes, em dezembro de 2014, pode-se observar que R$595,6 milhões ou 1,9% do total da carteira estavam concentrados em parcelas vencidas há mais de quinze dias, R$14.294,1 milhões ou 46,5% do montante, formavam as parcelas a vencer em até 12 meses, e R$15.836,1 milhões ou 51,6%, constituíam as parcelas com vencimentos acima de 12 meses, situação apresentada na avaliação da exposição dos riscos de descasamentos temporais entre ativos e passivos. TABELA 4: COMPOSIÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTOS A CLIENTES (R$ MILHÕES) Comercial Pessoa Física Empréstimos e Títulos Descontados Financiamentos Direto ao Consumidor Cartão de Crédito Pessoa Jurídica Empréstimos e Títulos Descontados - Outros Financiamentos Direto ao Consumidor Cartão de Crédito Dependências no Exterior Imobiliário Créditos Vinculados a Cessão Rural Financiamentos a Longo Prazo Câmbio Arrendamento Mercantil Empréstimos e Títulos Descontados – Instituições de Crédito Total da Carteira 10 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 2014 20.028,4 10.749,3 10.415,6 233,8 99,9 9.279,1 9.014,9 264,2 198,7 3.213,7 66,5 2.749,4 2.460,4 738,7 76,8 1.193,2 30.725,8 2013 18.039,8 9.594,1 9.303,6 209,3 81,2 8.445,8 8.239,0 206,8 170,3 2.627,0 83,9 2.196,2 1.969,1 726,6 77,0 995,5 26.885,3 ∆% 11,0% 12,0% 12,0% 11,7% 23,1% 9,9% 9,4% 27,8% 16,7% 22,3% -20,7% 25,2% 25,0% 1,7% -0,2% 19,9% 14,3% PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO Os passivos financeiros atingiram saldo de R$50.165,7 milhões, com expansão de R$5.866,6 milhões ou 13,2% em relação ao ano anterior. A captação de clientes alcançou R$33.531,9 milhões, representando 66,8% do total, seguido pela captação no mercado aberto, que totalizou R$4.318,2 milhões, compondo 8,6% e, ainda recursos de aceites e emissão de títulos, formado, principalmente, pelas letras financeiras, que atingiu R$2.837,8 milhões, participando em 5,7% dos passivos financeiros. A estrutura de captação de passivos financeiros do Banrisul é, principalmente, influenciada pela pulverização de depósitos, centrada em certificados de depósitos bancários (CDB) e depósitos de poupança. TABELA 5: COMPOSIÇÃO DOS PASSIVOS FINANCEIROS DO CUSTO AMORTIZADO (R$ MILHÕES) 2014 33.531,9 3.247,1 7.762,0 22.522,8 603,6 4.318,2 2.837,8 2.668,7 1.511,0 4.694,5 745,6 2.080,7 258,0 117,0 59,8 57,2 67,4 1.246,3 62,6 50.165,7 Captações com Clientes Depósito à Vista Depósito de Poupança Depósito a Prazo Captações com Bancos Captação no Mercado Aberto Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrigações por Repasses Obrigações por Empréstimos Outros Passivos Financeiros Câmbio Fundos Financeiros e de Desenvolvimento Transações com Cartões a Pagar Credores por Recursos a Liberar Obrigações por Operações Vinculadas à Cessão Operações de Leasing Financeiro Parcelamento do Déficit Atuarial do Banrisul Obrigações a Pagar Adquirência Diversos Passivos Financeiros ao Custo Amortizado 2013 30.269,0 3.374,0 6.991,0 19.904,0 375,6 4.220,7 2.505,9 2.211,3 1.276,2 3.440,3 694,6 1.367,0 205,1 117,6 75,7 32,9 67,3 812,4 67,6 44.299,0 ∆% 10,8% -3,8% 11,0% 13,2% 60,7% 2,3% 13,2% 20,7% 18,4% 36,5% 7,3% 52,2% 25,8% -0,5% -21,1% 73,7% 0,1% 53,4% -7,4% 13,2% PATRIMÔNIO LÍQUIDO O patrimônio atingiu R$5.808,5 milhões em dezembro de 2014, com evolução de R$474,6 milhões ou 8,9%, sobre o montante de dezembro de 2013. O aumento do patrimônio líquido reflete a incorporação dos resultados gerados, deduzidos os pagamentos e provisionamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, e do remensuramento do passivo atuarial dos Planos de Benefícios pós-emprego, ajustado pelo efeito tributário. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio, em 2014, atingiu 11,1%, 3,6 pp. abaixo do indicador alcançando em 2013. Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido - R$ Milhões 5.808,5 5.333,9 4.841,8 2012 2013 2014 | 11 MODELO DE NEGÓCIOS A administração do Banrisul efetua a gestão das atividades operacionais segregada sob a ótica de segmento de negócios. O desempenho da Instituição é avaliado através de quatro segmentos: Varejo, Consignado Correspondentes, Corporativo e Tesouraria. Os resultados dos segmentos operacionais estão em conformidade com as políticas contábeis aplicadas nas demonstrações consolidadas em IFRS. As receitas com prestação de serviços, as despesas gerais e administrativas, as perdas com ativos financeiros e o imposto de renda são monitorados centralmente e, portanto, não foram alocados por segmento. O segmento Varejo engloba um conjunto de serviços bancários, captações da rede de agências e operações de crédito direcionadas à base de clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas, entre elas microempresas e empresas de pequeno e médio porte. O Segmento Varejo é composto: (i) pelos clientes pessoas físicas; (ii) pelas empresas cadastradas, somente em agências do Estado do Rio Grande do Sul, com faturamento anual de até R$30 milhões; e (iii) pelas empresas, excluídas as cadastradas no Rio Grande do Sul, que apresentem faturamento anual abaixo de R$50 milhões. O segmento Consignado Correspondentes é representado pelas operações de crédito geradas através da Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A., que atua em escala nacional. O segmento Corporativo é responsável pela gestão de produtos e serviços vinculados à captação de recursos e às operações de crédito comerciais, de longo prazo, rural, habitacional e câmbio focado no atendimento a órgãos e instituições governamentais e empresas de médio e grande porte. A classificação dos clientes em Corporativo segue premissas, revisadas semestralmente, entre as quais: (i) órgãos e entidades públicas estaduais, municipais e federais; (ii) empresas com faturamento anual superior a R$30 milhões, quando cadastradas no Estado do Rio Grande do Sul; e (iii) demais corporações que apresentarem faturamento anual acima de R$50 milhões. O segmento de Tesouraria é responsável pelo gerenciamento e controle de fluxo de caixa e administração da carteira própria de ativos financeiros do Banrisul. Em relação ao resultado de 2014, segregado por segmento de negócios, as receitas com juros e similares deduzidas das despesas com juros e similares do segmento Varejo representaram 44,4% da receita líquida, contribuição seguida pela Tesouraria, com 28,6% e pelo Corporativo, responsável pela geração de 13,1%. Quanto à estrutura patrimonial, os ativos de Tesouraria compuseram 46,2% do total das aplicações, acompanhada pelo Varejo, em 27,3%, e pelo Corporativo, em 17,1%. A estrutura dos passivos atingiu a participação de 52,4% no Varejo, 27,4% na Tesouraria, complementada por 13,1% no Corporativo. TABELA 6: SEGMENTO DE NEGÓCIOS (R$ MIL) Varejo % Corporativo % Consignado Correspondentes % 365.781,3 4,9% Tesouraria % Outros % Total dez/14 Receitas com Juros e Similares Despesas com Juros e Similares RECEITA LÍQUIDA DE JUROS 3.443.128,1 46,3% 1.058.640,4 14,2% (2.051.354,1) 47,7% (647.208,8) 15,1% 1.391.774,0 44,4% 411.431,6 13,1% 365.781,3 11,7% 275.994,2 4,4% 2.462.720,3 33,1% 102.905,0 1,4% 7.433.175,1 (1.564.282,2) 36,4% (34.212,2) 0,8% (4.297.057,3) 898.438,1 28,6% 68.692,8 2,2% 3.136.117,8 dez/13 Receitas com Juros e Similares 3.153.796,1 50,6% 945.448,2 15,2% (1.469.086,3) 47,7% (436.254,6) 14,2% 1.684.709,8 53,4% 509.193,6 16,1% 275.994,2 Ativo 16.488.139,4 27,3% 10.358.062,5 17,1% 3.042.118,8 Passivo 28.678.561,6 52,4% 7.174.068,4 13,1% Ativo 14.233.762,3 26,3% 9.570.890,0 17,7% Passivo 25.417.833,0 52,1% 6.928.963,6 14,2% Despesas com Juros e Similares RECEITA LÍQUIDA DE JUROS 1.760.575,1 28,2% 96.970,7 1,6% 6.232.784,3 (1.151.754,1) 37,4% (21.738,1) 0,7% (3.078.833,0) 8,8% 608.821,0 19,3% 75.232,7 2,4% 3.153.951,3 5,0% 27.953.930,3 46,2% 2.618.792,2 4,3% 60.461.043,1 15.002.739,3 27,4% 3.797.134,6 6,9% 54.652.503,8 25.584.321,8 47,3% 2.276.650,3 4,2% 54.114.961,0 12.894.647,2 26,4% 3.539.585,8 7,3% 48.781.029,5 dez/14 dez/13 2.449.336,5 12 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 4,5% RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES 13 | 13 Aos Diretores, Conselheiros e Acionistas do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (“Instituição”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Financeiras Consolidadas A Administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos Auditores Independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras consolidadas estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. em 31 de dezembro de 2014, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo “International Accounting Standard Board - IASB”. 14 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Outros assuntos Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações financeiras individuais e consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, apresentadas separadamente, sobre as quais emitimos relatório de auditoria independente separado, não contendo qualquer modificação, datado de 05 de fevereiro de 2015. Porto Alegre, 03 de março de 2015. ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC 2SP-015.199/O-6/F-RS Dario Ramos da Cunha Contador CRC1SP214144/O-1 | 15 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 16 16 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores em Milhares de Reais) ATIVO DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL ATIVOS FINANCEIROS Títulos de Investimentos Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado Ativos Financeiros Disponíveis para Venda Instrumentos Financeiros Derivativos Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado Empréstimos e Recebíveis Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito Empréstimos e Adiantamentos a Clientes Provisão para Impairment Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado TRIBUTOS DIFERIDOS Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido OUTROS ATIVOS Ativos não Circulantes Disponíveis para Venda Outros INVESTIMENTOS IMOBILIZADO INTANGÍVEL TOTAL DO ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO Instrumentos Financeiros Derivativos Dívidas Subordinadas PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO Captações com Clientes e Bancos Captações no Mercado Aberto Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrigações por Repasses Obrigações por Empréstimos OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO PROVISÕES Provisões para Riscos Fiscais, Trabalhistas, Cíveis e Outros Provisões para Outros Passivos PASSIVOS FISCAIS Correntes Diferidos OUTROS PASSIVOS TOTAL DO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Resultado Abrangente Acumulado Participação dos Acionistas não Controladores TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota 8 9 18 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 21 31/12/2014 31/12/2013 6.479.910 51.830.128 18.893.866 2.426.484 615.201 585.853 15.266.328 29.173.793 30.725.845 1.193.203 29.532.642 (1.552.052) 3.762.469 1.061.482 1.061.482 678.949 50.212 628.737 59.086 326.501 24.987 60.461.043 5.081.171 47.030.913 18.509.155 4.005.295 878.891 315.720 13.309.249 25.534.687 26.885.301 995.511 25.889.790 (1.350.614) 2.987.071 1.001.766 1.001.766 628.181 18.460 609.721 58.161 278.568 36.201 54.114.961 2.264.089 41.566 2.222.523 45.471.119 34.135.444 4.318.236 2.837.792 2.668.688 1.510.959 4.694.544 1.045.525 902.480 143.045 211.773 161.669 50.104 965.454 54.652.504 5.808.539 4.000.000 4.511 1.769.529 32.402 2.097 60.461.043 1.973.541 112.047 1.861.494 40.858.696 30.644.598 4.220.707 2.505.882 2.211.285 1.276.224 3.440.323 1.306.312 863.184 443.128 239.372 199.596 39.776 962.786 48.781.030 5.333.931 3.750.000 4.511 1.763.336 (185.736) 1.820 54.114.961 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. | 17 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores em Milhares de Reais, exceto Lucro Líquido por Ação) Nota Receitas com Juros e Similares Despesas com Juros e Similares RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES 22 Receita de Dividendos Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros (4.297.057) (3.078.833) 3.136.118 3.153.951 2.772 23 137.383 176.975 88.719 31.841 24 1.218.148 1.012.214 (690.731) (551.159) (877.948) (712.722) Perdas com Ativos Financeiros Provisão para Impairment 2013 6.232.784 3.102 Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior Receitas de Prestação de Serviços 2014 7.433.175 9 Recuperação de Crédito Baixado para Prejuízo Outras Receitas (Despesas) Operacionais 187.217 161.563 (3.122.199) (2.768.295) Despesas de Pessoal 25 (1.626.046) (1.451.420) Outras Despesas Administrativas 26 (1.046.116) (930.422) (319.437) (279.186) Despesas Tributárias Resultado de Participação em Coligada 11 3.174 1.503 Outras Receitas Operacionais 27 482.520 230.197 Outras Despesas Operacionais 28 (616.294) (338.967) 770.540 1.058.299 RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro (149.525) (309.329) Corrente 29 (328.319) (377.161) Diferido 178.794 67.832 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 621.015 748.970 Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores 620.654 748.803 361 167 Ações Ordinárias 1,52 1,83 Ações Preferenciais A 1,61 1,96 Ações Preferenciais B 1,52 1,83 311.003 375.190 Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas não Controladores LUCRO POR AÇÃO Lucro Básico e Diluído por 1.000 ações (em Reais – R$) Lucro Líquido Atribuído (em Reais Mil) Ações Ordinárias Ações Preferenciais A 5.690 6.931 Ações Preferenciais B 303.961 366.682 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 18 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTE Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores em Milhares de Reais) Nota LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Componentes do Resultado Abrangente Itens a serem posteriormente reclassificados para a Demonstração do Resultado Variações Cambiais de Investimentos no Exterior Ativos Financeiros Disponíveis para Venda Variação de Valor Justo Efeito Fiscal Itens que não serão reclassificados para a Demonstração do Resultado Remensuração de Obrigações de Benefícios Pós-Emprego Ganhos/ (Perdas) Atuariais Efeito Fiscal Resultado Abrangente do Exercício, Líquido de Imposto de Renda e Contribuição Social Total do Resultado Abrangente do Exercício, Líquido de Imposto de Renda e Contribuição Social Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas Controladores Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas não Controladores 2.17 2014 621.015 2013 748.970 23.707 (1.477) (2.462) 985 21.623 (1.565) (2.608) 1.043 112.280 242.669 (130.389) 37.509 62.732 (25.223) 134.510 57.567 755.525 755.164 361 806.537 806.370 167 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. | 19 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores em Milhares de Reais) Nota 2014 2013 2.228.958 2.228.008 770.540 1.058.299 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro Ajustado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Ajustes ao Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Depreciação e Amortização 54.242 52.453 Resultado de Participação em Coligada (3.174) (1.503) Resultado de Atualização da Dívida Subordinada 404.184 240.123 Perdas por Impairment de Ativos Financeiros 877.948 712.722 Reversão para Perdas de Securitização (1.255) (413) 126.473 166.327 Variações nos Ativos e Passivos (2.097.589) (6.607.184) Ajustes de Avaliação Patrimonial 110.803 35.944 1.578.811 (1.712.202) Provisões para Riscos Fiscais, Trabalhistas e Cíveis Fluxo de Caixa antes das alterações nos Ativos e Passivos Operacionais (Aumento) Redução em Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado Redução em Ativos Financeiros Disponíveis para Venda (Aumento) Redução em Instrumentos Financeiros Derivativos Aumento em Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado 263.690 602.768 (340.614) 15.716 (1.957.079) (4.912.253) (4.517.054) (3.046.811) Aumento em Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado Aumento em Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado Aumento em Outros Ativos (775.398) (1.112.543) (1.645.511) (1.130.143) Aumento em Passivos Financeiros ao Custo Amortizado 4.612.423 8.913.921 Aumento (Redução) em Outros Passivos Financeiros ao Custo Amortizado 1.254.221 (3.614.190) Redução em Outros Passivos (353.562) (270.230) Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos (328.319) (377.161) 131.369 (4.379.176) Alienação de Investimentos 2.526 3.365 Alienação de Imobilizado de Uso 3.249 3.963 Caixa Líquido Proveniente das (Aplicado nas) Atividades Operacionais FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Alienação de Intangível Aquisição de Investimentos 346 - (2.086) (11.602) Aquisições de Imobilizado de Uso e Intangível (94.556) (85.699) Caixa Líquido Proveniente das (Aplicado nas) Atividades de Investimento (90.521) (89.973) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Dívidas Subordinadas Pagamentos de Juros das Dívidas Subordinadas Dividendos Pagos 90.198 607.754 (133.353) (144.718) (69.401) - Juros sobre o Capital Próprio Pagos (268.806) (244.943) Dividendos a Receber de Coligadas 1.809 - (84) (43) (379.637) 218.050 23.707 21.623 Variação na Participação dos Acionistas Minoritários Caixa Líquido Proveniente das (Aplicado nas) Atividades de Financiamento Efeitos da Variação das Taxas de Câmbio sobre o Caixa e Equivalente de Caixa Aumento (Redução) Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa (315.082) (4.229.476) Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 8 1.136.126 5.365.602 Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Exercício 8 821.044 1.136.126 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 20 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (valores em Milhares de Reais) Atribuível aos Acionistas da Controladora Capital Social Reservas de Capital (Nota 21) Disponível para Venda 3.500.000 4.511 (4.644) Lucro Líquido do Exercício - - - Outros Resultados Abrangentes do Exercício - - (1.565) 250.000 - - - - - Nota Em 01 de janeiro de 2013 Outros Resultados Abrangentes Outros Ajustes Ajuste de Conversão de Avaliação de Investimento Patrimonial no Exterior Lucros Acumulados Reservas de Lucros (Nota 21) Total Atribuível aos Acionistas Participação dos não Controladores Total do Patrimônio Líquido 20.904 - 1.578.877 4.840.085 1.696 4.841.781 - - 748.803 - 748.803 167 748.970 37.509 21.623 - - 57.567 - 57.567 - - - (250.000) - - - - - - - - - (43) (43) - - - - (434.459) 434.459 - - - - - - - (244.943) - (244.943) - (244.943) (259.563) Resultados Abrangentes Aumento de Capital Social Aquisição de Participação de Acionistas Não Controladores Constituição de Reservas Juros sobre o Capital Próprio 21 (d) Dividendos 21 (d) - - - - - (69.401) - (69.401) - (69.401) Em 31 de dezembro de 2013 3.750.000 4.511 (6.209) (222.054) 42.527 - 1.763.336 5.332.111 1.820 5.333.931 Em 01 de janeiro de 2014 3.750.000 4.511 (6.209) (222.054) 42.527 - 1.763.336 5.332.111 1.820 5.333.931 Lucro Líquido do Exercício - - - - - 620.654 - 620.654 361 621.015 Outros Resultados Abrangentes do Exercício - - (1.477) 112.280 23.707 - - 134.510 - 134.510 250.000 - - - - - (250.000) - - - - - - - - - - - (84) (84) Resultados Abrangentes Aumento de Capital Social Aquisição de Participação de Acionistas Não Controladores Constituição de Reservas - - - - - (256.193) 256.193 - - - Juros sobre o Capital Próprio 21 (d) - - - - - (268.806) - (268.806) - (268.806) Dividendos 21 (d) - - - - - (12.027) - (12.027) - (12.027) Realização dos Ajustes de Benefícios Pós-Emprego 21 (d) 4.000.000 4.511 (7.686) 83.628 (26.146) 66.234 (83.628) - 1.769.529 5.806.442 2.097 5.808.539 Em 31 de dezembro de 2014 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. | 21 NOTAS EXPLICATIVAS Apresentamos a seguir as notas explicativas que integram o conjunto das demonstrações financeiras do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul), com os valores expressos em milhares de reais (exceto quando indicado de outra forma) e distribuídas da seguinte forma: 22 22 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1. INFORMAÇÕES GERAIS O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (“Banrisul” é “Instituição” e/ou “Banco”) e suas controladas (conjuntamente, “o Grupo Banrisul”) operam, principalmente, nas seguintes principais atividades: banco múltiplo, prestação de serviços de corretagem, de consórcios, de gestão de cartões e de armazéns. O Banrisul, principal empresa do Grupo é uma sociedade anônima de capital aberto que atua sob a forma de banco múltiplo, com sede no Brasil, domiciliado na Rua Capitão Montanha, 177 – 4º andar, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e com suas controladas e coligada (“Grupo”) opera na carteira comercial, de crédito, de financiamento e de investimento, de crédito imobiliário, de desenvolvimento, de arrendamento mercantil e de investimentos, inclusive nas de operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários e administração de cartões de crédito e consórcios. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro. O Banrisul atua, também, como instrumento de execução da política econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul, em consonância com os planos e programas do Governo Estadual. O Banrisul é uma sociedade anônima com registro na Bolsa de Valores de São Paulo. Esses serviços são oferecidos aos clientes, no Brasil, por intermédio da rede de agências do Banrisul e, no exterior, por meio de agências em Miami e Grand Cayman. As demonstrações financeiras consolidadas elaboradas para o período apresentado foram aprovadas pelo Conselho de Administração do Banrisul em 03 de março de 2015. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS Declaração de Conformidade As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Banrisul foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), conforme emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Continuidade A Administração avaliou a habilidade do Banco em continuar operando normalmente e está convencida de que este dispõe de recursos para dar continuidade a seus negócios no futuro. Adicionalmente, a Administração não tem conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significantes sobre a sua capacidade de continuar operando. Portanto, as demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base nesse princípio. As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas a seguir: 2.1. Base de Preparação As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Banrisul referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foram preparadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), em atendimento à Resolução n° 3.786/09 emitida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A reconciliação e a descrição dos efeitos da transição das práticas contábeis adotadas no Brasil para o IFRS, | 23 relativas ao patrimônio líquido e ao resultado, estão demonstradas na Nota 7. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir a reavaliação dos ativos financeiros disponíveis para venda e dos ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado. As demonstrações financeiras consolidadas incluem o balanço patrimonial consolidado, a demonstração consolidada do resultado, a demonstração consolidada do resultado abrangente, a demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido, a demonstração consolidada dos fluxos de caixa e as notas explicativas. A demonstração consolidada dos fluxos de caixa apresenta as alterações no caixa e equivalentes de caixa ocorridas no exercício, oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos. Caixa e equivalentes de caixa incluem investimentos de alta liquidez e sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. A Nota 8 apresenta a classificação dos itens de caixa e equivalentes de caixa nas contas do balanço patrimonial consolidado. O fluxo de caixa das atividades operacionais foi determinado pelo método indireto, portanto, o saldo de lucro antes dos impostos e da parcela de participação dos acionistas não controladores foi ajustado por transações que não afetam o caixa, como provisões, depreciações, amortizações e perdas por impairment de empréstimos e adiantamentos. Os juros recebidos e pagos são classificados como fluxo de caixa de atividades operacionais. A preparação das demonstrações financeiras consolidadas requer a adoção de estimativas e premissas que afetam os valores divulgados para ativos e passivos, bem como as divulgações de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações financeiras e das receitas e despesas durante o exercício. As demonstrações financeiras consolidadas incluem várias estimativas e premissas, compreendendo, mas não limitado a adequação das estimativas de valor justo de instrumentos financeiros, plano de pensão de benefício definido, perdas por impairment dos ativos, provisões para contingências e provisões para potenciais perdas originadas de incertezas fiscais e tributárias. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e apresentam maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na Nota 4. As políticas contábeis descritas a seguir foram aplicadas em todos os exercícios apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas e por todas as empresas do Grupo. 2.2. Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as operações do Banrisul, das dependências no exterior e das empresas controladas e coligadas. (a) Controladas - controladas são todas as entidades cujas políticas financeiras e operacionais são administradas pelo Banrisul, acionista controlador do Grupo Banrisul, e nas quais há uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Instituição controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para o Banrisul e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa. Quando o Grupo deixa de ter controle, qualquer participação retida na entidade é remensurada ao seu valor justo, sendo a mudança no valor contábil reconhecida no resultado. O valor justo é o valor contábil, para subsequente contabilização da participação retida em uma coligada, uma joint venture ou um ativo financeiro. Além disso, quaisquer valores previamente reconhecidos em outros resultados abrangentes relativos àquela entidade são contabilizados como se o Grupo tivesse alienado diretamente os ativos ou passivos relacionados. Isso pode significar que os valores reconhecidos previamente em outros resultados abrangentes são reclassificados para o resultado. Principais informações sobre os investimentos em controladas: 24 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Controladas – Em 31/12/2014 Participação % Patrimônio Líquido Lucro Líquido Banrisul Armazéns Gerais S.A. 99,498 33.893 3.234 Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio 98,984 77.050 1.181 Banrisul S.A. Administradora de Consórcios 99,683 185.228 25.519 Banrisul Cartões S.A. 99,785 258.307 117.162 Banrisul Armazéns Gerais S.A.: atua como permissionária da Secretaria da Receita Federal para administrar o Porto Seco da região metropolitana, atuando nos regimes de importação e exportação e de armazém geral. Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio: explora serviços de corretagem na intermediação em operações envolvendo títulos e valores mobiliários negociados na BM&FBovespa. A Banrisul Corretora administra, ainda, clubes de investimentos e distribui certificados de investimento audiovisual. Banrisul S.A. Administradora de Consórcios: explora serviço de administração de grupos de consórcios para pessoas físicas e jurídicas, com a finalidade de aquisição de imóveis, automóveis e motocicletas, veículos automotores para uso agrícola e outros bens móveis, inclusive para pessoas que não sejam nossos correntistas. Banrisul Cartões S.A.: (“Banrisul Cartões”), anteriormente denominada de Banrisul Serviços Ltda., foi constituída em 02 de julho de 1969 e em 2013 passou por importante reorganização. Em 03 de outubro de 2013, ocorreu a transformação do tipo societário, de empresa limitada para uma sociedade anônima de capital fechado e a modificação da razão social. A Banrisul Cartões S.A. atua em soluções de pagamentos eletrônico, nos segmentos de Adquirência e Vouchers. (b) Coligadas - são classificadas como coligadas todas as empresas cujas políticas financeiras e operacionais o Banrisul exerce influência significativa, embora não detenha seu controle. Normalmente, é presumida influência significativa quando a Instituição detém entre 20% e 50% dos direitos de voto. Mesmo com menos de 20% do direito de voto, a Instituição poderá ter uma influência significativa, por meio de participação na administração da investida ou no Conselho de Administração, com poder de voto. Os investimentos em coligadas são registrados nas demonstrações financeiras consolidadas da Instituição pelo método da equivalência patrimonial e são reconhecidos inicialmente ao custo. As participações em coligadas incluem o ágio (líquido de qualquer perda por valor não recuperável) identificado na aquisição. A participação do Grupo nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração do resultado e a participação nas mutações das reservas é reconhecida nas reservas do Grupo. Quando a participação do Grupo nas perdas de uma coligada for igual ou superior ao valor contábil do investimento, incluindo quaisquer outros recebíveis, o Grupo não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da coligada ou controlada em conjunto. Os ganhos não realizados das operações entre o Grupo e suas coligadas são eliminados na proporção da participação do Grupo. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das coligadas são alteradas, quando necessário, para assegurar consistência com as políticas adotadas pelo Grupo. Em 31 de dezembro de 2014 o Banco tem investimento na seguinte empresa coligada: Coligada – Em 31/12/2014 Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. Participação % Patrimônio Líquido Lucro Líquido 49,900 29.551 6.361 Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A.: atua em escala nacional na geração de operações de crédito consignado. (c) Transações e Participações de não Controladores - o Banrisul contabiliza a parte relacionada aos acionistas não controladores no patrimônio líquido, no balanço patrimonial consolidado. Para as compras de participações de não controladores, a diferença entre qualquer contraprestação paga e a parcela adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada no patrimônio líquido. Os ganhos ou as perdas | 25 sobre alienações para participações de não controladores também são registrados diretamente no patrimônio líquido. Lucros ou prejuízos atribuídos aos acionistas não controladores são apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas de resultado na rubrica de mesmo nome. (d) Saldos e Transações Eliminadas na Consolidação - transações, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do Grupo são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são alteradas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas adotadas pelo Grupo. 2.3. Conversão em Moeda Estrangeira (a) Moeda Funcional e Moeda de Apresentação - os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas do Banrisul são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua ("a moeda funcional"). As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional e, também, a moeda de apresentação do Banrisul. Exceto quando indicado, as demonstrações foram arredondadas para o milhar mais próximo. As agências no exterior representam uma extensão dos negócios do Banco. Na data-base das demonstrações financeiras consolidadas, seus ativos e passivos são convertidos para a moeda de apresentação adotada pelo Banco pela taxa de câmbio em vigor na data do balanço e as demonstrações de resultado são convertidas pelo dólar de transação ajustado pelo câmbio de fechamento a cada mês, representando, dessa forma, a média ponderada das taxas de câmbio do período. Diferenças cambiais decorrentes da conversão são reconhecidas diretamente em um componente separado do patrimônio líquido, compondo o resultado abrangente. (b) Transações e Itens do Balanço Patrimonial - transações em moeda estrangeira são contabilizadas, no seu reconhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação. As variações cambiais que surgem da liquidação de tais transações e da conversão dos ativos e passivos monetários em moeda estrangeira por taxas cambiais de fechamento são reconhecidas como ganho ou perda na demonstração do resultado. As variações cambiais de investimentos no exterior são registradas na demonstração do resultado abrangente. As alterações no valor justo dos títulos e valores mobiliários em moeda estrangeira, classificados como disponíveis para venda, são separadas entre variações cambiais relacionadas ao custo amortizado do título e outras variações no valor contábil do título. As variações cambiais do custo amortizado são reconhecidas no resultado, e as demais variações no valor contábil dos títulos e valores mobiliários são reconhecidas no patrimônio líquido. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não há títulos e valores mobiliários no exterior classificados como disponível para venda. 2.4. Caixa e Equivalentes de Caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem: caixa, depósitos bancários, aplicações no mercado aberto, reserva bancária no Banco Central sem restrições e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez e que apresentem risco insignificante de mudança de valor justo. 26 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 2.5. Aplicação e Captação no Mercado Aberto Os títulos e valores mobiliários vendidos com o acordo de recompra (repos) são categorizados nas demonstrações financeiras como ativos (bens) em garantia. O valor do passivo dessa captação está na rubrica “passivos financeiros ao custo amortizado - captações no mercado aberto”. Os títulos e valores mobiliários comprados com acordo de revenda (reverse repos) são categorizados nas demonstrações financeiras como aplicações no mercado aberto como equivalentes de caixa. A diferença entre o preço de venda e de recompra (compra e revenda) é tratada como juros que são reconhecidos ao longo do período da vigência do acordo usando o método da taxa de juros efetiva. 2.6. Ativos e Passivos Financeiros O Banrisul classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo através do resultado, disponíveis para venda, mantidos até o vencimento e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. (a) Ativos Financeiros e Passivos Financeiros Mensurados ao Valor Justo Através do Resultado - nessa categoria são incluídos os ativos financeiros e passivos financeiros mantidos para negociação e aqueles que são designados, no reconhecimento inicial, como mensurado ao valor justo através do resultado. Os ativos financeiros e passivos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando são adquiridos ou incorridos principalmente com o objetivo de negociação no curto prazo. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação e, dessa forma, são classificados nessa categoria, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge (proteção). Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. As receitas e despesas de juros são reconhecidas em “Receitas com juros e similares”. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros e passivos financeiros mantidos para negociação são apresentados na demonstração do resultado em "Ganhos (perdas) líquidos com ativos e passivos financeiros" no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido contratado em conexão com outra operação. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação. (b) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - são classificados como disponíveis para venda, os ativos financeiros não derivativos que serão mantidos por um período indefinido, os quais podem ser vendidos em resposta à necessidade de liquidez ou à mudança de taxa de juros, de taxa de câmbio ou de preços de ações. Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado em “Receitas com juros e similares”. A parcela correspondente à variação no valor justo é lançada como componentes do resultado abrangente, na conta “Ativos Financeiros Disponíveis para Venda”, sendo realizada contra resultado sua liquidação ou por impairment. (c) Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento - são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos, os quais a Administração tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento e que não são designados no reconhecimento inicial como ao valor justo por meio do resultado ou como disponíveis para venda e que não atendem à definição de empréstimos e recebíveis. Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são inicialmente reconhecidos ao valor justo incluindo os custos diretos e incrementais, contabilizados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando-se do método da taxa efetiva de juros. Os juros sobre os ativos financeiros mantidos até o vencimento estão incluídos no resultado como “Receita com juros e similares”. No caso de deterioração, a perda por valor não recuperável é reconhecida na | 27 demonstração do resultado. (d) Empréstimos e Recebíveis - incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis do Banrisul compreendem operações de crédito, repasses interfinanceiros, aplicações interfinanceiras e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. As receitas e despesas de juros são reconhecidas em “Receitas com juros e similares”. (e) Instrumentos Financeiros Derivativos - os instrumentos financeiros derivativos são classificados, na data de sua aquisição, de acordo com a intenção da Administração em utilizá-los como instrumento de proteção. As operações que utilizam instrumentos financeiros, efetuadas por solicitação de clientes, por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho ou a perda resultante depende do fato de o derivativo ser designado ou não como um instrumento de hedge nos casos de adoção da contabilidade de hedge ou hedge accounting. Sendo esse o caso, o método depende da natureza do item que está sendo protegido por hedge. O Banrisul possui derivativo designado como hedge de valor justo e não possui instrumentos financeiros designados como hedge accounting de fluxo de caixa e hedge accounting de investimento líquido no exterior. Para qualificar os instrumentos financeiros derivativos como contabilidade hedge ou hedge accounting todas as seguintes condições devem ser atendidas: (i) No início do hedge, existem designação e documentação formais da relação de hedge e do objetivo e da estratégia da gestão de risco da entidade para levar a efeito o hedge. (ii) Espera-se que o hedge seja altamente efetivo ao conseguir alterações de compensação no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco originalmente documentada para essa relação de hedge em particular. (iii) A efetividade do hedge pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo do instrumento de hedge podem ser confiavelmente medidos. (iv) O hedge é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido altamente efetivo durante todos os exercícios das demonstrações financeiras consolidadas para os quais o hedge foi designado. Os valores justos dos vários instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados na Nota 9. O valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for superior a 12 meses, e como ativo ou passivo circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for inferior a 12 meses. Hedge de Valor Justo - são classificados nessa categoria certos instrumentos financeiros derivativos que se destinam a compensar riscos decorrentes da exposição à variação no valor justo do item objeto de hedge. O Banrisul considerou nessa categoria os derivativos contratados com o objetivo de proteção da variação de moeda estrangeira oriundo da emissão da dívida denominada em US$ com nocional de US$775 milhões e com vencimento em 02 de fevereiro de 2022, descrita na Nota 14. Para os derivativos que são designados e se qualificam como hedge de valor justo, as seguintes práticas são aplicadas: 28 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (i) O ganho ou a perda resultante da nova mensuração do instrumento de hedge pelo valor justo deve ser reconhecido no resultado como “Ganhos (perdas) líquidos com ativos e passivos financeiros”. (ii) O ganho ou a perda resultante do item coberto atribuível à parcela efetiva do risco coberto deve ajustar o valor contábil do item coberto a ser reconhecido no resultado. Quando o derivativo expirar ou for vendido, o hedge não atender mais aos critérios de hedge contábil ou a entidade revogar a designação, ela deve descontinuar prospectivamente o hedge contábil e o ajuste no valor contábil do item coberto deve ser amortizado no resultado. Instrumentos Financeiros Derivativos que não se qualificam como contabilização de hedge - as variações no valor justo desses instrumentos derivativos são reconhecidas imediatamente na demonstração do resultado em "Outros ganhos (perdas), líquidos". Reconhecimento, Mensuração e Desreconhecimento - as compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data da negociação (data em que é assumido o compromisso de compra ou venda dos ativos). O critério em uso pelo Banrisul define que todos os instrumentos financeiros (ativos e passivos) que recebem e pagam juros que não são classificados na categoria “Ativos e passivos financeiros ao valor justo no resultado” sejam reconhecidos de acordo com a taxa efetiva de juros. Esta taxa é a que desconta todos os fluxos de caixa esperados ao longo da vida estimada do instrumento ao valor contábil do instrumento no primeiro dia, conforme a Nota 2.19. Os ativos financeiros não mensurados pelo valor justo através do resultado são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos de transação. Os ativos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, sendo os respectivos custos de transação reconhecidos como despesa na demonstração do resultado. Ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos sobre o recebimento dos fluxos de caixa expiram, ou quando o Banrisul transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Passivos financeiros são desreconhecidos quando são extintos, ou seja, quando são pagos, cancelados ou expiram. Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo mutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado. Os ganhos ou as perdas acumulados na conta específica do patrimônio líquido de ativos financeiros disponíveis para venda são transferidos para o resultado do período como ajuste de reclassificação. Contudo, os juros calculados por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros e os ganhos e as perdas de variação cambial de ativos monetários categorizados como disponíveis para venda são reconhecidos no resultado do exercício. Os dividendos de título patrimonial registrado como disponível para venda são reconhecidos no resultado no momento em que é estabelecido o direito da entidade de recebê-los. O valor justo dos ativos financeiros cotados em mercado ativo tem base nos preços atuais de oferta de compra (bid price). Se o mercado para um ativo financeiro não for ativo, o Banrisul estabelece o valor justo por meio da utilização de técnicas de avaliação. As técnicas de avaliação incluem: o uso de transações de mercado recentes entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo sem favorecimento; fluxo de caixa descontado; modelos de precificação de opções; e outras técnicas de avaliação geralmente utilizadas pelos participantes de mercado. (f) Passivos Financeiros ao Custo Amortizado - um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual de que sua liquidação seja efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro, independentemente de sua forma legal. Os passivos financeiros incluem dívidas emitidas de curto e longo prazo que são inicialmente reconhecidas pelo seu valor justo, adicionados os custos de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Após o reconhecimento inicial, o saldo é | 29 mensurado pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros. A despesa de juros é apresentada na demonstração consolidada de resultado em “Despesas de juros e similares”. Os passivos financeiros a custo amortizado são compostos de: “Depósitos”, “Captações no mercado aberto”, “Repasses no país e no exterior”, “Recursos de aceites e emissão de títulos”, “Empréstimos no exterior”, conforme a Nota 15. 2.7. Impairment de Ativos Financeiros (a) Ativos Financeiros Contabilizados pelo Custo Amortizado - o Banrisul avalia, em cada data de balanço, a existência de qualquer evidência objetiva de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired. Um ativo ou um grupo de ativos financeiros está impaired e são incorridas perdas por impairment se, e apenas se, existir evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo ("evento de perda") e se esse evento (ou eventos) de perda tiver um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados que possa ser confiavelmente estimado. O critério que o Banrisul utiliza para determinar que há evidência objetiva de perda por impairment de acordo com o IAS 39 inclui: - inadimplência nos pagamentos de principal ou juros; - dificuldades financeiras do devedor (por exemplo, índice patrimonial, porcentagem da receita líquida de vendas); - violação de cláusulas ou termos de empréstimos; - início de processo de falência; e - deterioração da posição competitiva do devedor. O período estimado entre o evento de perda e sua identificação é definido pela Administração para cada carteira identificada. Geralmente, os períodos utilizados são entre 1 e 12 meses. O Banrisul avalia se a evidência objetiva de impairment existe individualmente para ativos financeiros que sejam individualmente significativos e coletivamente para ativos financeiros que não sejam individualmente significativos. Se não houver evidência objetiva de impairment para um ativo financeiro individualmente avaliado, significativo ou não, ele é incluído em um grupo de ativos financeiros com características semelhantes de risco de crédito e é avaliado coletivamente. Os ativos financeiros que são avaliados individualmente e para os quais uma perda de impairment é ou continua a ser reconhecida não são incluídos na avaliação coletiva. O montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não tenham sido incorridas), descontados à taxa de juros efetiva original do ativo. O valor contábil do ativo financeiro é reduzido por meio do uso de uma conta de provisão (redutora) e o montante da perda é reconhecido no resultado. Se um empréstimo é recebível ou um ativo financeiro mantido até o vencimento dispõe de taxa de juros variável, a taxa de desconto a ser usada para fins de mensuração de qualquer perda por impairment é a taxa de juros corrente efetiva estabelecida pelo contrato. O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, de ativos financeiros para os quais exista garantia, reflete os fluxos de caixa que podem ser resultantes da execução da garantia menos os custos para obter e vendê-la, caso a sua execução seja provável ou não. Para fins de avaliação coletiva de impairment, os ativos financeiros são agregados com base em características semelhantes de risco de crédito. Essas características são relevantes para estimar os fluxos de caixa futuros para os grupos de tais ativos financeiros, pelo fato de poder ser um indicador de dificuldade do devedor em pagar os montantes devidos, de acordo com as condições contratuais do ativo que está sendo avaliado. Os fluxos de caixa futuros em um grupo de ativos financeiros que sejam coletivamente avaliados para fins de 30 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 impairment são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais de ativos do Banrisul e na experiência de perda histórica para os ativos com características de risco de crédito semelhantes. A experiência de perda histórica é ajustada para refletir os efeitos de condições correntes que não tenham afetado o período em que a experiência de perda histórica é baseada e para excluir os efeitos de condições no período histórico que não existem atualmente. A metodologia e as premissas utilizadas para estimar os fluxos de caixa futuros são revistas regularmente pelo Banrisul para reduzir qualquer diferença entre as estimativas de perda e a experiência de perda atual. Quando um empréstimo e recebível é incobrável ele é baixado contra provisão para impairment. Tais empréstimos e recebíveis são baixados, uma vez que todos os procedimentos necessários sejam completados e o montante de perda seja determinado. (b) Ativos Financeiros Categorizados como Disponíveis para Venda - o Banrisul avalia em cada data de balanço a existência de evidências objetivas de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired. Um declínio significativo ou prolongado no valor justo de um título e valor mobiliário categorizado como disponível para venda abaixo do seu custo é considerado para determinar se os ativos estão impaired. Quando tal evidência objetiva existe para os ativos financeiros disponíveis para venda, a perda cumulativa (que é mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo corrente, menos qualquer perda por impairment resultante desse ativo financeiro anteriormente reconhecido no resultado) é removida do patrimônio líquido e reconhecida no resultado. As perdas por impairment reconhecidas no resultado para um investimento em título patrimonial classificado como disponível para venda não são revertidas por meio do resultado. O aumento no valor justo dos instrumentos de capital, após o reconhecimento por perda por impairment, é reconhecido diretamente no patrimônio líquido em “Resultados abrangentes”. Se, num período subsequente, o valor justo de um título de dívida classificado como disponível para venda aumentar e esse aumento for relacionado com um evento que ocorra após o reconhecimento da perda de impairment no resultado, essa perda é revertida por meio do resultado. 2.8. Apresentação de Instrumentos Financeiros pela Posição Líquida entre Ativos e Passivos Um ativo financeiro é compensado com um passivo financeiro, e o valor líquido é divulgado no balanço patrimonial, se o Banrisul possui direito ou obrigatoriedade legal de compensar os montantes nele reconhecidos pretende liquidar em uma base líquida ou realizar um ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.9. Ativos não Circulantes Disponíveis para a Venda Os bens destinados à venda são registrados no balanço patrimonial consolidado no momento de sua efetiva apreensão ou intenção de venda. Esses ativos são contabilizados inicialmente pelo valor justo. Reduções subsequentes ao valor contábil do ativo são registradas como perda por reduções ao valor justo menos os custos de venda e são contabilizadas na demonstração consolidada do resultado na rubrica “Outras despesas operacionais”. Em caso de recuperação do valor justo menos os custos de venda, a perda reconhecida pode ser revertida. 2.10. Investimentos Avaliação dos investimentos em coligadas é feita pelo método da equivalência patrimonial, tomando por base as demonstrações financeiras levantadas e observando as mesmas práticas contábeis do controlador. Os outros investimentos são registrados pelos seus valores de custo e, quando aplicável, são ajustados por provisões para perdas. Ágio - o ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago e/ou a pagar pela aquisição de um negócio e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da controlada adquirida. No caso de apuração de deságio, o montante é registrado como ganho no resultado do período, na data da aquisição. O ágio é testado anualmente para verificar perdas (impairment), e é contabilizado pelo seu valor de custo menos | 31 as perdas acumuladas por impairment. Perdas por impairment reconhecidas sobre o ágio não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio relacionado com a entidade vendida. Impairment de Ativos não Financeiros - os ativos que têm uma vida útil indefinida, como ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para identificar eventual necessidade de redução ao valor recuperável (impairment). Os ativos que estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente. Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sido ajustados por impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment na data do balanço. 2.11. Ativo Imobilizado Imóveis de uso compreendem principalmente terrenos e edifícios. Os imóveis de uso estão demonstrados pelo custo histórico deduzidos da depreciação, assim como todos os demais itens do ativo imobilizado. O custo histórico inclui gastos diretamente atribuíveis à aquisição ou construção dos bens. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o seu custo possa ser mensurado com segurança. Todos os outros reparos e manutenções são reconhecidos no resultado do exercício como despesas operacionais, quando incorridos. Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros bens é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, conforme apresentada a seguir. Estimativa da Vida Útil em Anos 31/12/2014 31/12/2013 Imóveis de Uso 60 60 Instalações 33 26 Equipamentos em Uso 18 18 Softwares 6 8 Outros 6 6 Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. Os ativos que estão sujeitos à depreciação são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se for maior do que seu valor recuperável estimado. O valor recuperável é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o valor em uso. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras receitas (despesas) operacionais" na demonstração do resultado. 2.12. Arrendamento Mercantil O Banrisul dispõe de arrendamento mercantil financeiro e operacional, participando tanto como arrendador quanto como arrendatário. Os arrendamentos, dos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador, são classificados como arrendamentos operacionais. No caso dos arrendamentos em que a parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendatário, os arrendamentos são 32 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 classificados como arrendamentos financeiros. Os arrendamentos em que o Banrisul assume os riscos e benefícios inerentes à propriedade são classificados como arrendamentos financeiros. No reconhecimento inicial, o ativo arrendado é mensurado pelo menor valor entre o seu valor justo e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Após o reconhecimento inicial, o ativo é registrado de acordo com a política contábil aplicável ao ativo. Os pagamentos mínimos de arrendamento efetuados sob arrendamentos financeiros são alocados entre despesas financeiras e redução do passivo em aberto. As despesas financeiras são alocadas a cada período durante o prazo do arrendamento visando produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o saldo remanescente do passivo. Os pagamentos contingentes são contabilizados por meio de revisão dos pagamentos mínimos de arrendamento sobre o prazo remanescente da operação, quando o ajuste do arrendamento for confirmado. (a) Operações de Arrendamento Mercantil (como Arrendatário) - o Banrisul classifica seus arrendamentos, substancialmente, como arrendamentos operacionais, os pagamentos mensais são reconhecidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento. Os incentivos de arrendamentos recebidos são reconhecidos como uma parte integrante das despesas totais de arrendamento pelo prazo de vigência deste. Quando um arrendamento operacional é encerrado antes do término do período de contrato, qualquer pagamento a ser efetuado ao arrendador sob a forma de multa é reconhecido como despesa no período em que o encerramento ocorre. Os arrendamentos mercantis de imobilizado e os aluguéis de imóveis dos quais o Banrisul fica substancialmente com todos os riscos e benefícios de propriedades são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). Na data de início do contrato, o montante a ser registrado corresponde ao valor justo do ativo arrendado ou, se menor, ao valor presente das parcelas mínimas de pagamento. (b) Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro (como Arrendador) - quando os ativos são mantidos em um arrendamento mercantil financeiro, no qual o Banrisul atua como arrendador, o valor presente dos pagamentos é reconhecido como um recebível na rubrica “Empréstimos e recebíveis avaliados ao custo amortizado”, conforme a Nota 9 (b). Os custos diretos iniciais, quando incorridos pelo Banrisul, são incluídos na mensuração inicial do recebível do arrendamento, reduzindo o valor da renda reconhecida pelo prazo do arrendamento. Tais custos iniciais geralmente incluem comissões e honorários legais. O reconhecimento da receita de juros reflete uma taxa de retorno constante sobre o investimento líquido do Banrisul e é feito na rubrica “Receita com juros e similares”. 2.13. Ativo Intangível É composto basicamente por aplicações de recursos cujos benefícios decorrentes ocorrerão em exercícios futuros reconhecidos inicialmente pelo custo. Esse grupo está representado por contratos de prestação de serviços bancários e de aquisição de softwares com vida útil definida amortizada pelo método linear. O valor contábil de um ativo intangível é imediatamente baixado para seu valor recuperável se for maior do que o valor recuperável estimado, e é revisado anualmente. (a) Direitos por Aquisição de Folhas de Pagamento - os direitos por aquisição de folhas de pagamento referem-se aos contratos firmados com o setor público e com entidades do setor privado, para garantir | 33 exclusividade na manutenção dos serviços bancários de processamento de créditos de folha de pagamento e de empréstimos consignados para os respectivos funcionários, bem como na manutenção da carteira de cobrança, de serviços de pagamento aos seus fornecedores e outros serviços bancários. Esses contratos têm vigência por cinco anos, sendo amortizados pelo prazo contratual decorrido. Não foram identificadas perdas no valor recuperável desses ativos. (b) Softwares - as licenças de softwares são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquiri-los e fazer com que eles estejam prontos para serem utilizados. Esses custos são amortizados durante a vida útil estimada dos softwares, de três a sete anos. Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de produtos de software identificáveis e exclusivos, controlados pelo Banco, são reconhecidos como ativos intangíveis quando os seguintes critérios são atendidos: - É tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para uso. - A Administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo. - O software pode ser vendido ou usado. - Pode-se demonstrar que é provável que o software gere benefícios econômicos futuros. - Estão disponíveis adequados recursos técnicos, financeiros e outros recursos para concluir o desenvolvimento e para usar ou vender o software. - O gasto atribuível ao software durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança. Os custos diretamente atribuíveis, que são capitalizados como parte do produto de software, incluem os custos com empregados alocados no desenvolvimento de softwares e uma parcela adequada das despesas indiretas aplicáveis. Os custos também incluem os custos de financiamento incorridos durante o período de desenvolvimento do software. Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são reconhecidos como ativo em período subsequente. Os custos de desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados durante sua vida útil estimada, superior a três anos. A amortização dos itens do intangível é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, conforme apresentada a seguir: Estimativa da Vida Útil em Anos 31/12/2014 31/12/2013 Direitos por Aquisição de Folhas de Pagamento 5 5 Direitos de Uso de Softwares 7 7 2.14. Provisões, Ativos Contingentes e Passivos Contingentes As provisões para riscos sobre valores discutidos judicialmente são reconhecidas quando: o Banrisul tem uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados; é provável que a saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o valor é estimado confiavelmente. O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e das obrigações legais são efetuados de acordo com o IAS 37, sendo provisionados com base na opinião de assessores legais, por meio da utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração da forma mais adequada possível, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e valor de desfecho de causa. A seguir, o critério utilizado segundo a natureza da contingência: 34 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (i) Contingências Ativas - não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando existem evidências que propiciam a garantia de sua realização sobre as quais não cabem mais recursos. (ii) Contingências Passivas - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, com base na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações, e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Podem ser: Provisões para Riscos Trabalhistas - constituídas para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, no momento da notificação judicial e cujo risco de perda é considerado provável. O valor é apurado de acordo com a estimativa de desembolso feita pela Administração, revisada tempestivamente com base em subsídios recebidos dos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito de execução quando este é exigido. Provisões para Riscos Cíveis - constituídas, no momento da notificação judicial e ajustadas mensalmente pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores legais que considera jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação, quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. Provisões para Riscos Fiscais e Previdenciários - referem-se, basicamente, a exigíveis relativos a tributos cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial, cuja probabilidade de perda é considerada provável e que estão constituídas pelo valor integral em discussão. Para causas que têm os respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos não se encontram atualizados, exceto no momento da expedição do alvará de levantamento, em razão da ação julgada favorável. Os passivos contingentes avaliados como perdas possíveis são divulgados, e aqueles não mensuráveis com suficiente segurança, bem como os de perdas remotas, não são provisionados e/ou divulgados. (iii) Obrigações Legais, Fiscais e Previdenciárias - as obrigações legais são registradas como exigíveis independentemente da avaliação quanto à probabilidade de perda. 2.15. Garantias Financeiras De acordo com o IAS 39, o emissor de um contrato de garantia financeira, tem uma obrigação e deve reconhecê-la inicialmente pelo seu valor justo. Subsequentemente, essa obrigação deve ser mensurada pelo maior valor entre o valor inicialmente reconhecido menos a amortização acumulada e o valor determinado de acordo com o IAS 37 – “Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets”. O Banrisul reconhece no balanço patrimonial consolidado como uma obrigação, na rubrica “Outros passivos”, o valor justo das garantias emitidas, na data de sua emissão. O valor justo é geralmente representado pela tarifa cobrada do cliente pela emissão da garantia. Esse valor é amortizado pelo prazo da garantia emitida e reconhecido na demonstração consolidada do resultado na rubrica “Receitas de prestação de serviços”. Após a emissão se, com base na melhor estimativa, concluirmos que a ocorrência de uma perda em relação à garantia emitida é provável e o valor da perda for maior que o valor justo inicial menos a amortização acumulada, uma provisão é reconhecida por tal valor. 2.16. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes e Diferidos As despesas fiscais do período compreendem o imposto de renda e a contribuição social correntes e diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente em outros resultados abrangentes ou no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no mesmo grupo. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias, e são determinados usando alíquotas de imposto (e leis fiscais), promulgadas na data do balanço, que devem ser | 35 aplicadas quando o respectivo fato gerador do imposto for realizado ou liquidado. O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos quando for provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis, contra os quais possam ser usadas essas diferenças temporárias. O imposto de renda e a contribuição social diferidos relacionados com a mensuração de valor justo dos ativos financeiros disponíveis para venda são creditados ou debitados ao resultado abrangente e, subsequentemente, reconhecidos no resultado no momento da venda com os ganhos e as perdas diferidos. 2.17. Obrigações com Benefícios de Longo Prazo Pós-Emprego a Empregados (a) Obrigações de Aposentadoria - o Banrisul é patrocinador da FBSS - Fundação Banrisul de Seguridade Social e da Cabergs – Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul que, respectivamente, asseguram a complementação dos benefícios de aposentadoria e assistência médica a seus funcionários. (i) Planos de Previdência - o Banrisul é patrocinador de planos dos tipos “benefício definido” e de “contribuição variável”. Um plano de benefício definido é diferente de um plano de contribuição definida. Em geral, os planos de benefício definido estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração. O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes, usando o método da unidade de crédito projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão. A avaliação atuarial é elaborada com base em premissas e projeções de taxas de juros, inflação, aumentos dos benefícios, expectativa de vida, efeito de qualquer limite sobre a parcela do empregador no custo dos benefícios futuros, contribuições de empregados ou de terceiros que reduzam o custo final desses benefícios para a entidade, etc. A avaliação atuarial e suas premissas e projeções são atualizadas em bases anuais, ao final de cada exercício. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajuste pela experiência e nas mudanças das premissas atuariais são registrados diretamente no patrimônio líquido, como outros resultados abrangentes, quando ocorrerem. O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios definidos é estabelecido separadamente para cada plano, utilizando o Método do Crédito Unitário Projetado. Os custos de serviços passados, quando ocorrem, são reconhecidos imediatamente no resultado. Os planos de contribuição variável abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal, a aposentadoria antecipada e o auxílio funeral. Neste caso, o Banrisul não tem qualquer obrigação adicional de pagamento depois que a contribuição é efetuada. As contribuições são reconhecidas como despesa de benefícios a empregados, quando devidas. As contribuições feitas antecipadamente são reconhecidas como um ativo na proporção em que um reembolso em dinheiro ou uma redução dos pagamentos futuros estiver disponível. Além destes, há benefícios com características de benefício definido, que são aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio doença, abono anual, benefício mínimo e pensão por morte. 36 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (ii) Planos de Saúde - são benefícios assegurados pela Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul – (Cabergs), que oferecem benefícios de assistência médica em geral e cujo custeio é estabelecido por meio de convênio de adesão. O Banco oferece ainda benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados. Os custos esperados desses benefícios são acumulados durante o período de emprego, usando a mesma metodologia contábil usada para os planos de pensão de benefício definido. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajustes com base na experiência e mudanças das premissas atuariais são debitados ou creditados ao patrimônio líquido, em outros componentes do resultado abrangente. Essas obrigações são avaliadas, anualmente, por atuários independentes qualificados. Os ativos do plano não estão disponíveis aos credores do Banrisul e não podem ser pagos diretamente a ele. O valor justo baseia-se em informações sobre preço de mercado e, no caso de títulos cotados, nas cotações existentes no mercado. O valor de qualquer ativo de benefício definido reconhecido é limitado à soma de qualquer custo de serviço passado ainda não reconhecido e ao valor presente de qualquer benefício econômico disponível na forma de reduções nas contribuições patronais futuras ao plano. (iii) Prêmio Aposentadoria - para os empregados que se aposentam, é concedido um prêmio aposentadoria, proporcional à remuneração mensal fixa do funcionário, vigente na época da aposentadoria. Adicionalmente, o resultado da avaliação atuarial pode gerar um ativo a ser reconhecido. Esse ativo é registrado pela Instituição somente quando: ela controla um recurso, que é a capacidade de utilizar o excedente para gerar benefícios futuros; esse controle é o resultado de acontecimentos passados (contribuições pagas pela Instituição e serviço prestado pelo funcionário); e estão disponíveis benefícios econômicos futuros para a Instituição na forma de redução em contribuições futuras ou de restituição de dinheiro, seja diretamente para a Instituição, seja indiretamente para compensar a insuficiência de outro plano de benefício pós-emprego (obedecida a legislação pertinente). Os compromissos com esses três tipos de benefícios pós-emprego são avaliados e revisados anualmente por atuários independentes e qualificados. (b) Participação nos Lucros - o Banrisul reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados (apresentado na rubrica "Despesas de pessoal" na demonstração do resultado) com base em acordo coletivo. O Banco reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática nos acordos coletivos passados que criem uma obrigação não formalizada (constructive obligation). 2.18. Capital Social As ações ordinárias e as preferenciais, que para fins contábeis são consideradas como ações ordinárias sem direito a voto, são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquido de impostos. 2.19. Receitas e Despesas de Juros Receitas e despesas de juros para todos os instrumentos financeiros com incidência de juros, exceto daqueles mantidos para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado, são reconhecidas dentro de "Receitas com juros e similares" e "Despesas com juros e similares" na demonstração do resultado usando o método da taxa de juros efetiva. O método da taxa de juros efetiva é aquele utilizado para calcular o custo amortizado de ativo ou de passivo financeiro e alocar a receita ou a despesa de juros no período. A taxa de juros efetiva é a taxa de desconto que, aplicada sobre os pagamentos ou recebimentos futuros estimados ao longo da expectativa de vigência do | 37 instrumento financeiro ou, quando apropriado, por um período mais curto, resulta no valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. Ao calcular a taxa de juros efetiva, o Banrisul estima os fluxos de caixa considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (opções de pagamentos antecipados, por exemplo), mas não considera perdas de crédito futuras. O cálculo inclui todas as comissões pagas ou recebidas entre as partes do contrato, os custos de transação e todos os outros prêmios ou descontos. 2.20. Receita de Prestação de Serviços A receita de honorários e comissões é reconhecida conforme o regime contábil de competência no período em que os serviços são prestados. 2.21. Receita de Dividendos A receita de dividendos é reconhecida na demonstração do resultado quando o direito de receber o pagamento é estabelecido. 2.22. Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio Estatutariamente, estão assegurados aos acionistas dividendos mínimos obrigatórios de 25% do lucro líquido de cada ano, ajustado de acordo com a legislação vigente. A cada Assembleia Geral Ordinária/Extraordinária são definidos os valores de dividendo mínimo estabelecido no estatuto social e dos dividendos adicionais e são contabilizados como passivo no final de cada exercício. Desde 1º de janeiro de 1996, as companhias brasileiras podem atribuir uma despesa nominal de juros, dedutível para fins fiscais, sobre o seu capital próprio. O valor dos juros sobre o capital próprio é considerado como um dividendo e apresentado nestas demonstrações financeiras consolidadas como uma redução direta no patrimônio líquido. O correspondente benefício fiscal é registrado na demonstração do resultado consolidado. Os dividendos foram e continuam a ser calculados e pagos de acordo com as demonstrações financeiras preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (“BR GAAP”), e não com base nestas demonstrações financeiras consolidadas em IFRS. 2.23. Lucro por Ação O Lucro por Ação (LPA) pode ser calculado em sua forma básica e em sua forma diluída. Na forma básica, não são considerados os efeitos dos instrumentos potencialmente dilutivos, ao passo que, no cálculo do lucro por ação diluído são considerados os efeitos dos instrumentos potencialmente dilutivos. Como instrumentos financeiros potencialmente dilutivos temos as ações preferenciais conversíveis, as debêntures conversíveis e os bônus de subscrição, que podem ser convertidos em ações ordinárias, caracterizando, assim, o próprio potencial dilutivo desses instrumentos. No Brasil, o LPA é calculado mediante a divisão do lucro ou prejuízo líquido do exercício pelo número de ações que compõem o capital social da entidade ao final do período. No caso do Banrisul, as ações preferenciais classe A recebem um dividendo igual ao pago às demais ações com o acréscimo de 10% (dez por cento), além de terem a característica de conversibilidade em ações ordinárias ou preferenciais classe B, a critério do titular da ação, a qualquer tempo, mediante notificação à sociedade. No entanto, as ações conversíveis, quando ocorrem, são convertidas na razão de 1/1, não havendo alteração no capital acionário do Banco. Sendo assim, o cálculo da distribuição de resultados considera apenas a ponderação do percentual de acréscimo pago às ações preferenciais classe A, e o lucro por ação é dado pela divisão do lucro líquido pela quantidade de ações, por lote de mil. O lucro líquido por lote de mil ações ordinárias do capital social em 31 de dezembro de 2014 foi de R$1,52 (2013 - R$1,83), conforme Nota 21(b). 38 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 O Banrisul não dispõe de instrumentos que devessem ser incluídos no cálculo do lucro por ação diluído, e, dessa forma, o lucro por ação básico e o diluído é semelhante. 2.24. Segmentos Operacionais O relatório por segmentos operacionais é apresentado de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, representado pela Diretoria Executiva (Nota 6). 3. NOVOS PRONUNCIAMENTOS E ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DE PRONUNCIAMENTOS EXISTENTES 3.1. Mudanças nas Políticas Contábeis e Divulgações Os seguintes pronunciamentos contábeis são aplicáveis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. IAS 32 - Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros – Revisões do IAS 32 - estas revisões explicam o significado “atualmente tem o direito legal de compensação”, e também esclarecem a adoção dos critérios de compensação do IAS 32 para os sistemas de liquidação (como os sistemas de câmaras de liquidação) que aplicam mecanismos brutos de liquidação que não são simultâneos. Estas revisões não geraram impactos relevantes nas demonstrações financeiras consolidadas. Entidades para Investimentos – Alteração ao IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 – Divulgação de Participações em Outras Entidades e IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas - Introduz uma exceção ao princípio que todas as subsidiárias devem ser consolidadas. A alteração requer que a controladora que seja uma entidade de investimento mensure a valor justo pelo resultado seus investimentos em certas entidades, ao invés de consolidá-los. Posteriormente a emissão dessa norma, foram emitidas alterações à IFRS 10, 12 e IAS 27 – Entidades para Investimentos Aplicando a Exceção à Consolidação, e essas alterações são vigentes imediatamente a emissão desta alteração da norma. Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as demonstrações contábeis consolidadas do Banrisul. IAS 36 – Redução ao Valor Recuperável dos Ativos – esta alteração introduz requerimentos de divulgações da mensuração dos valores recuperáveis dos ativos, em decorrência da emissão do IFRS 13. Os impactos identificados estão relacionados à divulgação do valor recuperável e da metodologia de mensuração e não geraram impactos relevantes nas demonstrações contábeis consolidadas. Alteração do IAS 39 – “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração” – esta alteração permite a continuação de hedge accounting mesmo que um derivativo seja novado (transferido) para uma clearing, dentro de certas condições. Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as demonstrações contábeis consolidadas do Banrisul. 3.2. Pronunciamentos Contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros As seguintes novas normas, alterações e interpretações de normas foram emitidas pelo IASB, mas não estão em vigor para o exercício de 2014. A adoção antecipada dessas normas, embora encorajada pelo IASB, ainda não foi adotada no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). IFRS 9 – Instrumentos Financeiros – Pronunciamento que visa substituir o IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. A IFRS 9 inclui: (a) um modelo lógico para classificação e mensuração; (b) um modelo único de impairment para instrumentos financeiros, que oferece uma resposta às perdas esperadas; (c) a remoção da volatilidade em resultado oriunda de risco de crédito próprio; e (d) uma nova abordagem para a contabilidade de hedge. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2018. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. | 39 IFRS 15 – Receitas de Contratos com Clientes – requer que o reconhecimento de receita seja feito de modo a retratar a transferência de bens ou serviços para o cliente por um montante que reflita a expectativa da empresa de ter em troca os direitos desses bens ou serviços. A IFRS 15 substitui a IAS 18, a IAS 11, bem como interpretações relacionadas (IFRICS 13, 15 e 18). Efetiva para exercícios iniciados após 1º de Janeiro de 2017 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração serão avaliados até a data de entrada em vigor da norma. IAS 19 (R1) – Benefícios a Empregados – a entidade deve considerar a contribuição dos empregados e de terceiros na contabilização de planos de benefícios definidos. Efetiva para exercícios iniciados após 1º de julho de 2014 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração serão avaliados até a data de entrada em vigor da norma. Alteração da IFRS 11 – Negócios em Conjunto – A alteração estabelece critérios contabilização para aquisição de empreendimentos controlados em conjunto e operações em conjunto, que constituem um negócio, conforme metodologia estabelecida na IFRS 3 – Combinações de Negócios. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os impactos dessa alteração serão devidos somente se houver aquisição de controle compartilhado. Alteração da IAS 16 - Imobilizado e IAS 38 Ativos Intangíveis – A alteração esclarece o princípio base para depreciação e amortização como sendo o padrão esperado de consumo dos benefícios econômicos futuros do ativo. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. Alteração da IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e IAS 28 – Investimentos em coligada e empreendimentos controlado em conjunto (joint venture) - As alterações referem a uma inconsistência entre as exigências do IFRS 10 e IAS 28 (2011), ao lidar com a venda ou contribuição de ativos entre um investidor e sua coligada ou empreendimentos controlado em conjunto (joint venture). Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. Ciclo Anual de Melhorias (2012-2014) – Anualmente o IASB faz pequenas alterações em uma série de pronunciamentos, com objetivo de esclarecer as normas atuais e evitar dupla interpretação. Nesse ciclo foi revisado o IFRS 5 – Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas, IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações: IAS 19 - Benefícios aos Empregados e IAS 34 – Relatório Financeiro Intermediário. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. Alteração da IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras: As alterações tem o objetivo de incentivar as empresas a identificar quais informações são suficientemente relevantes para serem divulgadas nas demonstrações financeiras. Também é esclarecido que a materialidade se aplica ao conjunto completo de demonstrações financeiras, incluindo suas notas explicativas e que é aplicável a todo e qualquer requerimento de divulgação das normas IFRS. Efetiva para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. Os possíveis impactos decorrentes da adoção dessa alteração estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor da norma. Alterações na IAS 28, IFRS 10 e na IFRS 12 Aplicando a Exceção à Consolidação: o documento contém orientações de aplicação do conceito de Entidades para Investimento. Alterações na IAS 28, IFRS 10 e na IFRS 12 são efetivas para exercícios iniciados em 1º de Janeiro de 2016 e sua adoção antecipada é permitida pelo IASB. 40 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS A Administração estabelece estimativa e premissas que afetam os valores de ativos e passivos divulgados. As estimativas e os julgamentos são continuamente avaliados e têm base na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros considerados razoáveis para as circunstâncias. (a) Valor Justo dos Instrumentos Financeiros não Cotados em Mercado Ativo - o valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em mercados ativos é determinado por meio de técnicas de avaliação (por exemplo, modelos) que são validadas e periodicamente revisadas por pessoal qualificado independente da área que as criou. Antes de serem utilizados, todos os modelos são certificados e validados para assegurar que os resultados reflitam dados reais e preços de mercado comparativos. Em termos práticos, os modelos usam apenas dados observáveis; no entanto, áreas com volatilidade e correlações de risco de crédito (próprias e da contraparte) requerem estimativas por parte da Administração. Alterações nas premissas construídas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo divulgado de instrumentos financeiros. (b) Planos de Pensão de Benefício Definido - o valor atual de obrigações de planos de pensão de benefício definido é obtido por cálculos atuariais, que utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão. O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, e esta é usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão. Ao determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul considera as taxas de juros de títulos do Tesouro Nacional, denominados em reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de vencimento próximos dos prazos das respectivas obrigações. Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão baseiam-se, em parte, em condições atuais do mercado. Informações adicionais estão divulgadas na Nota 30. (c) Perdas por Impairment em Ativos Financeiros Mensurados ao Custo Amortizado - o Banrisul examina periodicamente os ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis, com o objetivo de avaliar a existência de qualquer evidência objetiva de redução ao valor recuperável. O Banrisul usa estimativas baseadas na experiência histórica de perda em ativos com características de risco de crédito semelhantes e com evidência objetiva de redução ao valor recuperável. A metodologia e as premissas utilizadas para estimar a perda são revisadas regularmente para reduzir as diferenças entre as perdas estimadas e as efetivas. A prática contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.7. (d) Perda por Impairment dos Ativos - anualmente, o Banrisul testa eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a política contábil apresentada na Nota 2.10. Em 31 de dezembro de 2014, o Banco não identificou impairment de ágio. (e) Provisões para Riscos Fiscais, Cíveis e Trabalhistas - o Banrisul revisa periodicamente suas provisões para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas. Essas provisões são avaliadas com base nas melhores estimativas da Administração, levando em consideração a opinião de assessores legais, por meio da utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração da forma mais adequada possível, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e valor de desfecho de causa. A prática contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.14. | 41 5. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS A gestão dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, intrínsecos à área financeira, é ferramenta estratégica e fundamental para o Banrisul. O constante aperfeiçoamento nos processos de identificação, mensuração, monitoramento, controle e mitigação de riscos possibilita tornar mais apuradas as boas práticas de governança alinhadas aos objetivos, às políticas e às estratégias da Instituição. O Banrisul procura alinhar suas atividades de gestão aos padrões recomendados pelo Comitê de Basileia, adotando as melhores práticas de mercado para maximizar a rentabilidade e garantir a melhor combinação possível de aplicações em ativos e uso de capital requerido. É processo contínuo nesse escopo, o aprimoramento sistemático de políticas de risco, de sistemas de controles internos e de normas de segurança, integrado aos objetivos estratégicos e mercadológicos da Instituição. 5.1. Risco de Crédito O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. A estrutura de avaliação do risco está alicerçada em metodologias estatísticas e/ou no princípio de decisão técnica colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de crédito correspondentes aos níveis decisórios que abrangem desde a extensa rede de agências, em suas diversas categorias de porte, até as esferas diretivas e seus Comitês de Crédito e de Risco da Direção-Geral, Diretoria e Conselho de Administração. Esse processo visa agilizar a concessão de crédito, com base em limites tecnicamente pré-definidos, de acordo com a exposição que a Instituição esteja disposta a operar com cada cliente, seja Pessoa Física (PF) ou Pessoa Jurídica (PJ), atendendo ao binômio risco x retorno. A política interna adotada pelo Banrisul ao mensurar risco de crédito considera como componente básico em relação ao cliente a probabilidade de inadimplência, por parte do tomador ou da contraparte, com respeito às suas obrigações contratuais. Essa mensuração de risco de crédito, que reflete as expectativas de perdas, é incorporada à gestão operacional do Banco, conforme determina o Órgão Regulador. A gestão eficaz da exposição ao risco de crédito do Banrisul permite a continuidade da expansão da carteira de crédito de modo sustentável, com agilidade e segurança, dada a potencialidade dos instrumentos utilizados para mensuração dos riscos inerentes a cada cliente. 5.1.1. Identificação e Mensuração (a) Operações de Crédito – no processo de identificação e avaliação do risco de crédito, o Banrisul adota metodologias estatísticas e/ou o princípio de decisão técnica colegiada. A concessão de crédito alicerçada em modelos de escoragem (Application Score e Behaviour Score) oportuniza o estabelecimento de créditos pré-aprovados de acordo com as classificações de risco previstas nos modelos estatísticos. A concessão de crédito fundamentada na decisão colegiada ocorre por políticas de alçada. Os Comitês de Crédito das Agências podem deferir/indeferir operações de crédito até os limites de suas alçadas, estabelecidos de acordo com a categoria de cada agência e/ou produto. Para clientes de alçadas superiores às dos Comitês de Crédito das Agências as operações e Limites de Risco são deferidos pelos Comitês de Crédito e de Risco da Direção-Geral. A Diretoria aprova operações específicas e Limites de Risco de operações em montantes que não ultrapassem 3% do patrimônio líquido, e operações superiores a esse limite são submetidas à apreciação do Conselho de Administração. 42 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Para o segmento Corporate, o Banrisul adota estudos técnicos efetuados por área interna de análise de riscos, que avaliam as empresas sob o prisma financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões periódicas, observando ainda os cenários econômicos, com a inserção das empresas nesses ambientes. A gestão da exposição ao risco de crédito tem como diretriz a postura seletiva e conservadora da Instituição, seguindo estratégias definidas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração. As operações de crédito, contempladas ou não nos modelos de escoragem, são classificadas em ordem crescente de risco, contemplando aspectos em relação ao devedor e a seus garantidores e em relação à operação e garantias. As mensurações operacionais podem ser comparadas às provisões para perda por impairment exigidas pelo IAS 39, as quais são baseadas em perdas que tenham sido incorridas à data do balanço patrimonial ("modelo de perdas incorridas") e não nas perdas esperadas (Nota 5.1.3). Em relação ao devedor e a seus garantidores, são avaliados: situação econômico-financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados, fluxo de caixa, administração e qualidade de controles, pontualidade e atrasos nos pagamentos, contingências, setor de atividade econômica e limite de crédito. Em relação à operação de crédito, são considerados: o valor, a natureza e a finalidade da transação, além das características das garantias, particularmente quanto à suficiência e à liquidez. As operações de crédito são acompanhadas pela Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco para identificação do rating mínimo em razão do maior atraso. Todas as operações dos clientes possuem ratings calculados, que, adicionados ao mínimo, resultam na maior classificação de risco para o cliente. (b) Operações com Instituições de Crédito - o Banrisul, com o objetivo de manter o acompanhamento e a devida gestão da Carteira Adquirida, considera que o limitador por instituição cedente seja o equivalente a 15% do Patrimônio de Referência do Banrisul, não podendo exceder a 50% do patrimônio líquido do banco cedente. Efetua-se para tal processo a correspondente análise da capacidade econômico-financeira da instituição cedente. A maior parte da aquisição de carteiras de crédito é realizada com coobrigação do cedente, uma vez que a referida liquidez desses créditos junto ao Banrisul é de sua competência. (c) Títulos Públicos e Outros Títulos de Dívida - para os títulos públicos e outros títulos de dívida, são elaborados relatórios contendo pareceres de análise para a concessão de limites operacionais de risco de crédito, destinados às instituições financeiras e às aquisições de títulos e valores mobiliários (emissões públicas ou em caráter privado) emitidos por empresas que operam no Mercado de Capitais. O limite operacional constitui o valor máximo ao qual o Banco aceita estar exposto na ocasião da aquisição de títulos privados, emitidos por instituições financeiras ou não financeiras, e da participação em operações compromissadas. Esse limite é destinado tanto a operações envolvendo a Tesouraria do Banrisul quanto a operações no âmbito da alocação de recursos de terceiros. A extensão da análise técnica compreende o aspecto econômico-financeiro da contraparte, o ambiente econômico, o perfil da empresa e de seus controladores, o estudo sobre o conglomerado, e o rating externo da contraparte. Para operações com instrumentos financeiros derivativos, é facultado às contrapartes não exigir garantia para a operação até determinado valor (limite operacional), criando-se, assim, uma exposição ao risco de crédito. 5.1.2. Monitoramento, Controle e Mitigação Para monitoramento do risco de crédito, são realizadas análises de aderência dos modelos de Application e Behaviour Score por meio de técnicas estatísticas de validação. Para todos os segmentos de clientes, também são realizadas análises dos indicadores de atraso, pendência e volume de concessão, em diversas granularidades e agrupamentos, possibilitando o gerenciamento e o monitoramento dessas exposições por produto, classificação de risco, concentração de crédito, agência, entre outros. Além disso, as exposições ao risco de crédito de contraparte de instrumentos derivativos são acompanhadas periodicamente, com avaliação | 43 das chamadas de margens das contrapartes e dos limites operacionais em vigor, com reporte trimestral aos Comitês de Gestão. Para controle e mitigação da exposição ao risco de crédito, são realizadas a estruturação de garantias e da precificação, adequadas ao nível de risco a ser incorrido em razão das características do tomador e da operação, no momento da concessão. Na precificação do segmento de varejo, é considerada a inadimplência do produto para depurar a taxa e averiguar o resíduo. No segmento Corporate, a precificação da Mesa de Negócios considera o rating do cliente. Além disso, o Banco administra, limita e controla concentrações de risco de crédito sempre que estas são identificadas, particularmente, em relação a contrapartes e grupos. Dentre os procedimentos adotados, podese destacar: A Administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão de risco aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores e a segmentos da indústria. Esses riscos são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais, ou mais frequentes, quando necessário. Os limites sobre o nível de risco de crédito por produto e setor da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho de Administração, se for o caso. A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive aos agentes financeiros, no caso de contraparte, é adicionalmente restrita por sublimites que cobrem eventuais exposições registradas e não registradas no balanço patrimonial. As exposições reais, de acordo com os limites estabelecidos, são controladas mensalmente. A exposição ao risco de crédito é também administrada por meio de análise regular dos tomadores de empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos juros e da alteração da situação cadastral e de seus limites, quando apropriado. Outras medidas específicas de controle e mitigação são descritas a seguir: (a) Garantias - o Banco implementa orientações e políticas já consolidadas sobre a aceitação de classes específicas de garantias ou mitigação de risco, firmadas nos contratos de empréstimos ou financiamentos, como, por exemplo, o direito de vender ou reapresentar a garantia (avaliada e analisada no momento da concessão do crédito) na ausência de cumprimento por parte do devedor de suas obrigações. Para as garantias de recebíveis, observa-se a seletividade, a concentração e a validação dos sacados e demais parâmetros da política de crédito para o produto e a respectiva garantia. A exposição máxima de risco de crédito corresponde ao montante total do compromisso firmado entre as partes. Ainda, cabe salientar que o Banrisul efetua o controle das garantias contratadas, com destaque para as operações que apresentam o mitigador de garantias de títulos de crédito, efetuando a gestão durante todo o andamento da operação, recompondo a garantia quando assim se fizer necessário durante a vigência da operação/contrato, e baixando o excedente no seu encerramento. O Banrisul emprega a tomada de garantias sobre a liberação de recursos como uma das medidas de mitigação de risco de crédito. Usualmente, para tal controle, o Banco tem admitido o recebimento de garantias de natureza real e fidejussória, obedecendo às peculiaridades inerentes ao tipo de contrato e linha de crédito. Para os casos de execução das garantias atreladas a um contrato insolvente, o Banco realiza a devida retomada dos bens garantidos pela contraparte, realizando, posteriormente, a venda deles por meio de leilões, obedecendo aos prazos determinados pelo Banco Central. Excepcionalmente, a garantia pode ser considerada de difícil conversão em valores monetários (dada a ocorrência de contingências), tornando inviável a sua liquidez no mercado. (b) Compromissos de Crédito - compromissos de crédito, não canceláveis incondicional e unilateralmente pela Instituição, representam porções não utilizadas pela contraparte de limites contratados, tipicamente atribuídos a modalidades de capital de giro, cheque especial, cartões de crédito, entre outros. Ainda, referem-se a 44 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 contratos cujos recursos serão liberados mediante o cumprimento de alguma exigência contratual, conforme cronograma de etapas de construção, como ocorre em alguns contratos imobiliários. O valor contratual representa o risco de crédito máximo nessas modalidades no caso de a contraparte efetivamente utilizar o recurso disponível. Contudo, a exposição a perdas resultantes desses contratos é inferior ao total de compromissos a liberar, visto que uma parte destes expira sem a sua completa utilização, seja por decisão do cliente, seja por determinação do Banrisul, que adota critérios para a disponibilização desses recursos, conforme exigência de cumprimento de determinadas cláusulas contratuais. (c) Créditos a Liberar - créditos a liberar são os desembolsos futuros relativos a operações de crédito contratadas, independentemente de serem ou não condicionadas ao cumprimento pelo devedor de condições pré-especificadas. O valor da exposição relativa aos créditos a liberar corresponde ao somatório das parcelas de operações de crédito a liberar em até 360 dias. 5.1.3. Políticas de Impairment e Provisionamento Os sistemas de classificação internos descritos na Nota 5.1.1 dão mais ênfase ao mapeamento da qualidade de crédito do que às atividades iniciais de empréstimos e investimento. Em contraste, as provisões para perda por impairment são reconhecidas, para fins de elaboração de relatórios financeiros, apenas para perdas que tenham sido incorridas na data do balanço patrimonial com base em evidência objetiva de impairment (Nota 2.7). A política operacional exige a revisão dos ativos financeiros individuais no mínimo uma vez por ano, ou mais frequentemente quando circunstâncias individuais assim o exigirem. Esse tratamento é aplicável às operações de crédito individualmente relevantes para a entidade, diferentemente da avaliação coletiva, destinada a grupos de ativos financeiros associados de acordo com características de risco de crédito semelhantes. Cabe comentar que os pronunciamentos internacionais (IAS 39) não oferecem orientação específica para uma definição de “individualmente relevante”. No Banrisul, as provisões para perdas por impairment sobre contas individualmente avaliadas são determinadas mediante uma avaliação caso a caso das perdas incorridas na data do balanço patrimonial, aplicada a todas as contas individualmente significativas, sendo, o limite de alçada do Comitê de Crédito da Direção-Geral o critério interno de significância estabelecido. Provisões para perdas por impairment coletivamente avaliadas são estabelecidas para: carteiras de ativos homogêneos que individualmente não são significativos; e perdas que foram incorridas, mas não identificadas ainda, por meio do uso da experiência histórica, julgamento embasado e técnicas de estatísticas. 5.1.4. Exposição Máxima ao Risco de Crédito Antes das Garantias ou de Outros Mitigadores A exposição ao risco de crédito relativo a ativos registrados no balanço patrimonial é a seguinte: Exposição Máxima 31/12/2014 31/12/2013 2.426.484 4.005.295 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 615.201 878.891 Instrumentos Financeiros Derivativos 585.853 315.720 15.266.328 13.309.249 Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado 30.725.845 26.885.301 Total 49.619.711 45.394.456 | 45 A exposição ao risco de crédito relativo a itens não registrados no balanço patrimonial é a seguinte: Exposição Máxima Garantias Financeiras Prestadas a Terceiros 31/12/2014 31/12/2013 1.328.699 1.110.922 Compromissos de Empréstimos e Outras Obrigações Relativas a Crédito 13.356.513 13.182.026 Total 14.685.212 14.292.948 A tabela anterior representa um cenário de pior caso de exposição ao risco de crédito para o Banrisul em 31 de dezembro de 2014 e 2013, sem considerar qualquer garantia ou outras melhorias de crédito agregadas. Os ativos expostos acima se referem às garantias financeiras prestadas a terceiros, aos créditos contratados a liberar e a carta de crédito do Sistema Financeiros de Habitação, os quais estão demonstrados de acordo com o balanço patrimonial. 5.1.5. Empréstimos e Recebíveis A carteira de empréstimos e recebíveis está resumida a seguir: 31/12/2014 Não Vencidos nem Sujeitos a Impairment Sujeitos a Impairment 31/12/2013 1.436.913 1.039.855 29.288.932 25.845.446 Total da Carteira de Empréstimos e Recebíveis 30.725.845 26.885.301 (-) Provisão para Impairment (1.552.052) (1.350.614) Total da Carteira de Empréstimos e Recebíveis, Líquido da Provisão para Impairment 29.173.793 25.534.687 (a) Carteira de Empréstimos e Recebíveis não Vencidos e nem Sujeitos à Impairment - a qualidade da carteira de empréstimos e recebíveis que não estavam vencidos nem sujeitos à impairment são avaliados por referência ao sistema interno de classificação adotado pelo Banrisul em linha com a política definida pelo Banco para cálculo de impairment de ativos financeiros. (b) Carteira de Empréstimos e Recebíveis Vencidos, mas não Sujeitos Individualmente a Impairment - nossa metodologia de determinação das provisões relativas a perdas incorridas ainda não especificamente identificadas visa verificar a quantia das perdas incorridas na data do balanço de empréstimos ainda não avaliados como não recuperáveis, mas que estimamos, com base em nossa experiência passada, levando em consideração informações acerca da recuperação de créditos inadimplidos, das garantias associadas à transação, das receitas e despesas associadas ao processo de recuperação, e também do tempo de recuperação e dos custos indiretos resultantes do processo. Entretanto, o índice de operações inadimplidas dessa categoria, historicamente, não é relevante, fruto da contínua e crescente implementação de metodologias estatísticas para avaliação de risco dos clientes, com a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliada à otimização dos controles sobre as informações cadastrais por meio de um modelo de certificação, que intensificam e fortalecem as avaliações. Operações de crédito vencidas, até 60 dias para créditos classificados como significativos e até 120 dias para créditos classificados como não significativos e que não apresentam evidências de impairment, ainda não são consideradas, a menos que outras informações disponíveis indiquem o contrário. O valor bruto de operações de crédito que estão vencidas, mas não sujeitas individualmente a impairment, está descrito a seguir, por classe: 31/12/2014 31/12/2013 Vencidos em até 30 dias 910.973 1.157.242 Vencidos de 31 a 60 dias 325.702 184.417 Vencidos de 61 a 120 dias 212.233 203.530 1.448.908 1.545.189 Vencidos Total 46 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (c) Empréstimos e Recebíveis Individualmente Impaired - o valor da carteira de empréstimos e recebíveis individualmente impaired, antes de considerar os fluxos de caixa dos colaterais dados em garantia, é, respectivamente, de: 31/12/2014 31/12/2013 Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito 199.312 359.049 Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 490.107 477.260 Total 689.419 836.309 Empréstimos Individualmente Impaired Os ativos financeiros que estão vencidos sem evento de perda ou individualmente vencidos com evento de perda estão cobertos parcialmente ou em sua totalidade por garantias. Nas operações de crédito com instituições de crédito e pessoas jurídicas, grande parte das operações são dotadas de garantias, que são requeridas conforme a finalidade de crédito. Operações destinadas a financiar a produção de bens têm como garantia mais comum máquinas e equipamentos. Financiamentos de fluxo de caixa, normalmente, são garantidos por duplicatas ou cheques, recebíveis de cartão, avais ou coobrigação dos sócios da empresa e/ou terceiros. Operações destinadas a investimentos, por outro lado, normalmente, recebem garantia de alienação fiduciária ou hipoteca do próprio bem objeto do financiamento. Além disso, também podem ser aceitas aplicações financeiras, cotas de fundos, títulos de dívida e outros instrumentos. Já em relação ao crédito para pessoas físicas, garantias são requeridas principalmente em operações de financiamento imobiliário e de veículos, nas quais os próprios bens financiados são dados em garantia. Em relação aos demais produtos de crédito, a requisição de garantias é menos frequente, mas também pode ocorrer; nesses casos, entre os tipos mais comuns de garantias utilizadas, estão aplicações financeiras. (d) Operações de Crédito Renegociadas - atividades de renegociação comumente utilizadas em operações de crédito e praticadas pelo Banrisul são compostas por extensão nos prazos de pagamentos e repactuação de taxas previamente acordadas. Após a renegociação, uma operação de crédito, mesmo que ainda não esteja vencida, tem seu prazo alterado e é retornada à condição de normalidade, e sua administração é efetuada com outras contas similares, renegociadas ou não. As políticas e práticas para aceitação de renegociações são baseadas em indicadores ou critérios previamente definidos e que, no entendimento da Administração, indiquem que os pagamentos muito provavelmente continuarão a ser feitos. O total dos créditos renegociados durante o exercício de 2014 foi de R$767.055 (2013 – R$765.940). 5.1.6. Títulos e Valores Mobiliários A política de aplicações do Banrisul é caracterizada por uma atuação conservadora, direcionada majoritariamente para Títulos Públicos Federais, classificados como risco soberano. 5.1.7. Retomada de Garantias Os ativos retomados são classificados e reconhecidos como ativo na efetiva posse. Os ativos recebidos, na ocasião da execução dos contratos de empréstimos, inclusive imóveis, são registrados inicialmente pelo menor valor entre: (i) o valor justo do bem menos os custos estimados para a sua venda e, (ii) o valor contábil do empréstimo. Reduções posteriores no valor justo do ativo são registradas como provisão para desvalorização, com um débito correspondente no resultado. Os custos da manutenção desses ativos são lançados à despesa conforme | 47 incorridos. A política de venda desses bens contempla a realização de leilões periódicos que são divulgados previamente ao mercado além de considerar a restrição para a manutenção em propriedade do Banrisul pelo prazo máximo de um ano, expedidas pelo órgão regulador brasileiro (Banco Central do Brasil). Esse prazo pode ser prorrogável a critério do referido órgão regulador. Os valores apresentados a seguir representam os bens retomados nos exercícios de 2014 e 2013: Natureza do Ativo Imóveis Veículos e Afins Total 01/01 a 31/12/2014 01/01 a 31/12/2013 53.189 6.141 - 3 53.189 6.144 5.2. Risco de Mercado O Banrisul está exposto aos riscos de mercado decorrentes da possibilidade de perda financeira por oscilação dos preços e taxas de juros de mercados das suas operações, em razão do descasamento de prazos entre ativos e passivos, moedas e indexadores. O Banrisul gerencia o risco de mercado de acordo com as melhores práticas de mercado. Conforme a Política de Gerenciamento de Risco de Mercado, a Instituição estabelece limites operacionais para acompanhar as exposições ao risco e identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição aos riscos das carteiras de negociação e não negociação. A identificação das operações que estão sujeitas ao risco de mercado é realizada por meio de processos operacionais, considerando as linhas de negócios do Banco, os fatores de riscos das operações, os valores contratados e os respectivos prazos, bem como a classificação dos instrumentos financeiros em carteira de negociação ou de não negociação. A classificação é realizada da seguinte forma: (a) Carteira Trading (Trading Book): compreende as operações em instrumentos financeiros detidos com intenção de negociação, destinados para revenda, obtenção de benefícios da flutuação dos preços ou realização de arbitragem. (b) Carteira Banking (Banking Book): compreende todas as operações da Instituição não classificadas na carteira de negociação, sem intenção de venda, ou seja, carteira de crédito, carteira de títulos mantidos até o vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de poupança e demais operações mantidas até o vencimento. 5.2.1. Técnicas de Mensuração do Risco de Mercado O Banrisul monitora o risco de mercado das suas operações por meio da utilização de metodologias como o Valor em Risco (VaR) e pela realização de análise de sensibilidade das carteiras. As metodologias de mensuração das exposições sujeitas a risco de mercado contemplam as seguintes métricas: (a) Marcação a Mercado: para realizar o cálculo do valor de mercado dos ativos e passivos do consolidado, são utilizados os preços capturados diariamente na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais – (Anbima) e na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros- BM&FBovespa S.A. A partir desses preços, é aplicada a função de interpolação cubic spline natural (ano em 252 dias úteis) para obter a taxa de juros nos prazos das operações, intermediários aos vértices apresentados. (b) Value at Risk: o Banco utiliza a metodologia do VaR para a mensuração do risco das operações classificadas na carteira Banking e nas operações da carteira Trading com fator de risco em taxa pré-fixada conforme modelo padronizado definido pelo Bacen na Circular n° 3.634/13. O Value at Risk ou VaR é uma estimativa baseada em estatística de perdas que podem ser ocasionadas à carteira atual por mudanças adversas nas 48 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 condições do mercado. O modelo expressa o valor "máximo" que o Banrisul pode perder, levando-se em conta um nível de confiança de 99% e volatilidades e correlações calculadas pelos métodos estatísticos que atribuem maior peso aos retornos recentes. Nas operações referenciadas em cupom de moedas, índice de preços e taxa de juros, o modelo utilizado é o maturity ladder, conforme definido pelo Bacen em circulares específicas. (c) Análise de Sensibilidade: a análise de sensibilidade é realizada trimestralmente ou em situações adversas, por meio da aplicação de cenário específico para cada fator de risco, com o objetivo de quantificar os impactos sobre as carteiras. Para a elaboração dos cenários que compõem o quadro de análises de sensibilidade, foram levadas em consideração as situações propostas pela Instrução Normativa CVM n° 475. Foram aplicados choques para mais e para menos nos seguintes cenários: 1% (Cenário 1), 25% (Cenário 2) e 50% (Cenário 3), nas curvas de juros pré-fixados, em moedas estrangeiras e ações, tendo como base as informações de mercado da BM&FBovespa e da Anbima e a cotação do dia do dólar Ptax/Bacen. A seguir, apresentamos tabela com o resultado da análise de sensibilidade referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Fator de Risco Taxa de Juros Moeda Estrangeira Ações Total Cenário I Cenário II 1 24 Cenário III 48 1.370 34.236 68.472 110 2.757 5.514 1.481 37.017 74.034 Análise de Sensibilidade de Instrumentos Financeiros Derivativos - o Banrisul também realizou a análise de sensibilidade de suas posições em instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading) e das operações de captação externa realizadas em 02/02/2012 no valor de USD 500 milhões e 03/12/2012 no valor de USD 275 milhões, com vencimento em 02/02/2022, contabilizadas na Carteira Banking (Nota 14). Foram aplicados choques para mais ou para menos nos Cenários I, II e III. A aplicação dos choques sobre o valor da moeda estrangeira “Dólar – US$” considera a cotação de R$2,6562 de 31/12/2014 (PTAX - Bacen). O Cenário I é o mais provável e considera as variações esperadas pelo Banrisul em relação às curvas de referência de mercado (BM&FBovespa), utilizadas para efetuar a marcação desses instrumentos financeiros. Os Cenários II e III são definidos de acordo com a Instrução n° 475/08 da CVM, que determina que os cenários de alta devam contemplar variações de +25% e +50% e os cenários de queda variações de -25% e -50%. Portanto, o Cenário I é definido pela alta de 1% do cupom de dólar, o Cenário II pela alta de 25% do cupom de dólar e o Cenário III pela alta de 50% do cupom de dólar de acordo com a posição do Banrisul, levando-se em consideração as condições existentes em 31/12/2014. As análises de sensibilidade demonstradas a seguir foram estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos em relação a eventos futuros. Os cenários estimados revelam os impactos no resultado para cada cenário em uma posição estática da carteira para o dia 31/12/2014. O quadro a seguir demonstra a probabilidade do impacto no fluxo de caixa nos três cenários das exposições em instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading ou para negociação) e no instrumento objeto de proteção (Carteira Banking ou mantidos até o vencimento) em 31/12/2014. Operação Carteira Risco Swap Trading Alta do Cupom de US$ Cenário I Cenário II Cenário III (8.652) (153.599) (282.067) 6.537 150.598 278.584 (2.115) (3.001) (3.483) Item Objeto de Proteção Dívida I Banking Efeito Líquido Alta do Cupom de US$ Cupom de Dólar Americano (USD): Todos os produtos que possuem variações de preço atreladas a variações do dólar americano e da taxa de juros em dólar americano. | 49 Adicionalmente, ressalta-se que os resultados apresentados não se traduzem necessariamente em resultados contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos de divulgação da exposição a riscos e as respectivas ações de proteção considerando o valor justo dos instrumentos financeiros, dissociado de quaisquer práticas contábeis adotadas pela Instituição. O Banrisul considera que o risco de estar passivo em CDI por ocasião dos swaps seria a elevação da taxa CDI e este seria compensado pelo aumento das receitas oriundas de suas operações de aplicação atreladas ao CDI. (d) Testes de Estresse: os testes de estresse para as exposições da carteira de não negociação, de acordo com as definições do Bacen, são realizados por meio da estimação do percentual de variação do valor de mercado da carteira Banking, com a utilização de choque compatível com o 1° e o 99° percentis de uma distribuição histórica de variações nas taxas de juros, considerando holding period de um ano e o período de observação de cinco anos, conforme requerido na Circular n° 3.365/07. Também é estimada a quantidade de pontos percentuais de choques paralelos de taxa de juros necessários para acarretar reduções do valor de mercado da carteira de não negociação correspondente a 5%, 10% e 20% do Patrimônio de Referência. 5.2.2. Resumo de VaR Global em 31 de dezembro de 2014 As tabelas a seguir demonstram o resultado do VaR Global consolidado, abrangendo as carteiras Trading e carteira Banking, e do VaR individual das carteiras Trading e Banking, na posição em 31 de dezembro de 2014. (a) Metodologia - Value at Risk (VaR) Exposições ao Risco de Mercado – Carteira Trading e Banking Taxa de Juros Pré-fixada Cupom Cambial Cupom de Índice de Preços 536.870 94.111 3.187 Cupom de Taxa de Juros 105.914 Total 740.082 Exposições ao Risco de Mercado – Carteira Banking Taxa de Juros Pré-fixada Cupom Cambial Cupom de Índice de Preços 536.858 94.111 3.187 Cupom de Taxa de Juros 105.914 Total 740.070 Exposições ao Risco de Mercado – Carteira Trading Taxa de Juros Pré-fixada 12 Total 12 5.2.3. Exposições sujeitas ao Risco de Câmbio O Banrisul está exposto aos efeitos de flutuação nas taxas de câmbio vigentes sobre sua situação financeira e seus fluxos de caixa. O risco de câmbio é monitorado diariamente por meio da apuração da exposição cambial em moeda estrangeira. A política do Banrisul é administrar a exposição em limites inferiores a 2,5% do seu Patrimônio de Referência. A exposição apresentada no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 é de R$180.457 (31/12/2013 – R$184.915). O Banrisul já está aderente as novas determinações do Bacen e apura o montante dos ativos ponderados pelo risco – RWAcam, o valor verificado no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi de R$656.211 (31/12/2013 – R$672.418). 50 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 5.2.4. Exposições sujeitas ao Risco de Taxa de Juros O risco de taxa de juros em fluxos de caixa é o risco de que os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro variem como resultado de mudanças nas taxas de juros do mercado. O risco da taxa de juros sobre o valor justo é o risco de que o valor de um instrumento financeiro varie como resultado de mudanças nas taxas de juros do mercado. O Banrisul se expõe aos efeitos de flutuações das taxas de juros vigentes no mercado tanto sobre o valor justo dos seus instrumentos financeiros como sobre seus fluxos de caixa. As margens de juros podem aumentar em decorrência dessas mudanças, mas podem diminuir as perdas se ocorrerem movimentações inesperadas. A Diretoria e o Conselho de Administração do Banrisul aprovam anualmente limites propostos sobre o nível de descasamento de taxa de juros que pode ser assumido pelo Banrisul. A tabela a seguir resume a exposição do Banrisul ao risco das taxas de juros. Ela inclui os instrumentos financeiros ao seu valor contábil, categorizados pela alteração contratual mais antiga ou pelas datas de vencimento. Em 31 de dezembro de 2014 Não Remunerados Até 3 Meses Circulante De 3 a 12 Meses De 1 a 5 Anos Não Circulante Mais de 5 Anos Total Ativo Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 1.409.630 5.070.280 - - - 6.479.910 Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado - 236.215 - 2.190.269 - 2.426.484 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - 22.756 - 592.445 - 615.201 Instrumentos Financeiros Derivativos - 56.278 20.980 107.964 400.631 585.853 Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado - 1.626.954 736.309 12.772.087 130.978 15.266.328 Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado - 5.163.477 9.130.638 12.718.954 3.712.776 30.725.845 1.409.630 12.175.960 9.887.927 28.381.719 4.244.385 56.099.621 Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo no Resultado - 127.768 75.474 520.648 1.540.199 2.264.089 Instrumentos Financeiros Derivativos - 41.566 - - - 41.566 Dívidas Subordinadas - 86.202 75.474 520.648 1.540.199 2.222.523 3.280.758 14.327.171 5.864.498 14.662.682 7.336.010 45.471.119 33.705 50.059 196.293 323.517 - 603.574 3.247.053 9.334.250 2.823.410 11.386.371 6.740.786 33.531.870 Captações com Mercado Aberto - 4.318.236 - - - 4.318.236 Recursos e Aceites e Emissão de Títulos - 71.548 1.173.221 1.593.023 - 2.837.792 Obrigações por Repasses - 205.624 516.038 1.351.802 595.224 2.668.688 Obrigações por Empréstimos - 347.454 1.155.536 7.969 - 1.510.959 3.280.758 14.454.939 5.939.972 15.183.330 8.876.209 47.735.208 (1.871.128) (2.278.979) 3.947.955 13.198.389 (4.631.824) 8.364.413 Total do Ativos Financeiros Passivo Passivos Financeiros ao Custo Amortizado Captações com Bancos Captações com Clientes Total de Passivos Financeiros Total de Defasagem na Repactuação dos Juros | 51 Em 31 de dezembro de 2013 Não Remunerados Até 3 Meses Circulante De 3 a 12 Meses De 1 a 5 Anos Não Circulante Mais de 5 Anos Total Ativo Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 1.464.284 3.616.887 - - - 5.081.171 Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado - 19.749 270.607 3.006.688 708.251 4.005.295 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - 15.595 - 627.212 236.084 878.891 Instrumentos Financeiros Derivativos - 39.844 10.531 73.445 191.900 315.720 Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado - 259.671 109.245 10.619.458 2.320.875 13.309.249 Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado - 4.635.024 8.152.249 8.351.998 5.746.030 26.885.301 1.464.284 8.586.770 8.542.632 22.678.801 9.203.140 50.475.627 Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo no Resultado - 110.945 72.641 524.841 1.265.114 1.973.541 Instrumentos Financeiros Derivativos - 34.567 5.452 53.982 18.046 112.047 Dívidas Subordinadas - 76.378 67.189 470.859 1.247.068 1.861.494 3.397.760 13.475.522 5.192.674 12.523.105 6.269.635 40.858.696 23.732 24.679 32.333 206.224 88.584 375.552 3.374.028 8.672.421 3.497.239 9.073.514 5.651.844 30.269.046 Captações com Mercado Aberto - 4.220.707 - - - 4.220.707 Recursos e Aceites e Emissão de Títulos - 73.172 303.386 2.129.324 - 2.505.882 Obrigações por Repasses - 166.590 402.838 1.112.650 529.207 2.211.285 Obrigações por Empréstimos - 317.953 956.878 1.393 - 1.276.224 3.397.760 13.586.467 5.265.315 13.047.946 7.534.749 42.832.237 (1.933.476) (4.999.697) 3.277.317 9.630.855 1.668.391 7.643.390 Total do Ativos Financeiros Passivo Passivos Financeiros ao Custo Amortizado Captações com Bancos Captações com Clientes Total de Passivos Financeiros Total de Defasagem na Repactuação dos Juros 5.3. Risco de Liquidez A definição de Risco de Liquidez consiste na possibilidade da ocorrência de perdas resultantes da falta de recursos líquidos suficientes para fazer frente às obrigações de pagamentos – esperados e inesperados, correntes e futuros – num horizonte de tempo definido, e também, na impossibilidade de negociar a preços de mercado uma determinada posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade do próprio mercado. O risco de liquidez dos negócios bancários pode ter a sua origem no momento em que estes são gerados, ocasionado pela dificuldade na captação de recursos necessários para financiar ativos, o que conduz, normalmente, a acréscimos nos custos de captação; ou pelas dificuldades de liquidação das obrigações para com terceiros, induzidas por descasamentos nos prazos de vencimento de ativos e passivos. O Banrisul estabelece limites operacionais para o Risco de Liquidez, consistentes com as estratégias de negócios do banco, para os instrumentos financeiros e demais exposições cujos cumprimentos dos parâmetros de grandeza são analisados regularmente pelos Comitês de Riscos Corporativos e de Gestão Bancária e submetidos a instâncias diretivas, visando a garantir sua operacionalidade de forma eficaz pelos gestores. O gerenciamento do risco de liquidez no Banrisul é realizado pela Unidade de Gestão de Riscos Corporativos, a qual é responsável por executar e atualizar anualmente a política e as estratégias de gerenciamento do risco de liquidez do Banco. A gestão da liquidez encontra-se centralizada na Tesouraria e tem como objetivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras de curto, médio e longo prazo, tanto em cenários normais como em cenários adversos, com a adoção de ações corretivas, caso necessário. No processo de controle são monitorados os descasamentos oriundos do uso de passivos de curto-prazo para lastrear ativos de longo-prazo, a fim de evitar deficiências de liquidez e garantir que as reservas da instituição sejam suficientes para fazer frente às necessidades diárias de caixa, tanto cíclicas como não cíclicas, assim como também as necessidades de longo-prazo. O Banrisul mantém níveis mínimos de ativos com alta liquidez de mercado, juntamente com o acesso a outras fontes de liquidez, assim como busca assegurar uma base de 52 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 operações de captação (funding) adequadamente diversificada, cumprindo os níveis mínimos exigidos pelos requerimentos regulatórios. No âmbito de Contingência de Liquidez, a instituição tem como objetivo identificar antecipadamente e minimizar eventuais crises e seus potenciais efeitos na continuidade dos negócios. Os parâmetros utilizados para a identificação das situações de crises consistem numa gama de responsabilidades e de procedimentos a serem seguidos de modo a garantir a estabilidade do nível de liquidez requerido. De acordo com os requerimentos normativos constantes na Resolução nº 4.090/12, do CMN e na Circular nº 3.393/08, do BACEN, é elaborado e enviado mensalmente ao BACEN o Demonstrativo de Risco de Liquidez (DRL), contemplando os ativos negociáveis, os passivos exigíveis, a programação para alocação de ativos e captação de passivos, as estimativas dos cenários de estresse para liquidez, os planos de contingência e a concentração da captação. Periodicamente, relatórios são enviados aos Comitês, Comissões, Diretoria e Conselho de Administração, contendo as análises acerca do DRL e demais informações referentes ao gerenciamento do risco de liquidez. Anualmente, ou em periodicidade menor, caso necessário, é proposta ao Conselho de Administração, a Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez, contendo as diretrizes para a gestão do risco, considerando o orçamento, o planejamento financeiro, os limites de riscos e a otimização dos recursos disponíveis. 5.3.1. Fluxos de Caixa para Não Derivativos A tabela a seguir apresenta os fluxos de caixa a pagar de acordo com passivos financeiros não derivativos, descritos pelo prazo de vencimento contratual remanescente à data do balanço patrimonial. Os valores divulgados nesta tabela representam os fluxos de caixa contratuais não descontados, cujo risco de liquidez é administrado com base nas entradas de caixa não descontadas esperadas. Até 3 Meses Circulante De 3 a 12 Meses De 1 a 5 Anos Não Circulante Mais de 5 Anos Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo 75.909 75.909 607.274 2.438.101 Dívidas Subordinadas 75.909 75.909 607.274 2.438.101 3.197.193 17.626.160 5.902.018 14.772.847 7.389.424 45.690.449 Em 31 de dezembro de 2014 Passivos Financeiros ao Custo Amortizado Captações com Bancos Captações com Clientes Captações com Mercado Aberto Total 3.197.193 84.107 197.640 325.737 - 607.484 12.586.404 2.832.606 11.423.457 6.762.742 33.605.209 4.320.155 - - - 4.320.155 71.548 1.173.221 1.593.023 - 2.837.792 Obrigações por Repasses 216.492 543.015 1.422.661 626.682 2.808.850 Obrigações por Empréstimos 347.454 1.155.536 7.969 - 1.510.959 Total de Passivo (Datas de Vencimentos Contratuais) 17.702.069 5.977.927 15.380.121 9.827.525 48.887.642 Total de Ativos (Vencimentos Esperados) 64.267.294 Recursos e Aceites e Emissão de Títulos 13.428.854 10.952.473 34.134.482 5.751.485 Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 6.479.910 - - - 6.479.910 Títulos de Investimentos 1.885.925 736.309 15.554.801 130.978 18.308.013 Operações de Crédito 5.063.019 10.216.164 18.579.681 5.620.507 39.479.371 | 53 Circulante De 3 a 12 Meses De 1 a 5 Anos Não Circulante Mais de 5 Anos Total Até 3 Meses Passivos Financeiros Designados ao Valor Justo 75.109 66.947 535.577 2.284.145 2.961.778 Dívidas Subordinadas 75.109 66.947 535.577 2.284.145 2.961.778 16.888.683 5.224.216 12.608.498 6.314.488 41.035.885 Em 31 de dezembro de 2013 Passivos Financeiros ao Custo Amortizado Captações com Bancos Captações com Clientes Captações com Mercado Aberto 48.439 32.370 206.459 88.685 375.953 12.051.786 3.508.363 9.102.374 5.669.821 30.332.344 4.222.314 - - - 4.222.314 73.172 303.386 2.129.324 - 2.505.882 Obrigações por Repasses 175.019 423.219 1.168.944 555.982 2.323.164 Obrigações por Empréstimos 317.953 956.878 1.397 - 1.276.228 16.963.792 5.291.163 13.144.075 8.598.633 43.997.663 Total de Ativos (Vencimentos Esperados) 9.955.667 9.642.242 30.289.280 7.676.545 57.563.734 Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 5.081.171 - - - 5.081.171 334.859 390.383 14.326.803 3.457.110 18.509.155 4.539.637 9.251.859 15.962.477 4.219.435 33.973.408 Recursos e Aceites e Emissão de Títulos Total de Passivo (Datas de Vencimentos Contratuais) Títulos de Investimentos Operações de Crédito Os ativos disponíveis para cumprir todas as obrigações e cobrir os compromissos de empréstimos em aberto incluem: caixa, títulos de investimentos e operações de crédito. 5.3.2. Itens não Registrados no Balanço Patrimonial (a) Os depósitos judiciais efetuados por terceiros ao Banrisul devem ser disponibilizados ao Estado do Rio Grande do Sul até o limite de 85%. Em 31 de dezembro de 2014, foi transferido para o Estado o montante de R$7.708.000 (31/12/2013 – R$7.058.000). No caso de resgates pelos depositantes em volumes superiores aos mantidos em um fundo específico para garantir liquidez, o Estado deve cobrir imediatamente as necessidades de caixa. (b) Avais e fianças prestados a clientes montam R$1.248.867 (31/12/2013 – R$1.042.798), estão sujeitos a encargos financeiros e contam com garantias dos beneficiários. (c) O Banrisul possui créditos abertos para importação e créditos de exportação confirmados no valor de R$69.916 (31/12/2013 - R$55.942) e coobrigações em cessões de crédito no valor de R$9.916 (31/12/2013 – R$12.182). 5.4. Valor Justo de Ativos e Passivos Financeiros (a) Instrumentos Financeiros Mensurados ao Valor Justo - ao determinar e divulgar o valor justo dos instrumentos financeiros, o Banrisul utiliza a hierarquia a seguir: (i) Nível 1 - preços cotados em mercados ativos para o mesmo instrumento sem modificação. (ii) Nível 2 - preços cotados em mercados ativos para instrumentos semelhantes ou técnicas de avaliação, para as quais todos os inputs significativos têm base nos dados de mercados observáveis. (iii) Nível 3 - técnicas de avaliação, para as quais qualquer input significativo não se baseia em dados de mercado observáveis. 54 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Mensuração ao valor justo no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013: 31/12/2014 Nível 1 Nível 2 Total 31/12/2013 Nível 1 Nível 2 Total Ativos ao Valor Justo Títulos Mantidos para Negociação 2.426.484 - 2.426.484 3.985.546 19.749 4.005.295 Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 2.174.978 - 2.174.978 3.956.508 - 3.956.508 15.291 - 15.291 29.038 - 29.038 Cotas de Fundo de Renda Fixa 233.334 - 233.334 - 18.377 18.377 Cotas de Fundo Referenciado 198 - 198 - - - 2.683 - 2.683 - 1.372 1.372 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 604.921 10.280 615.201 877.400 1.491 878.891 Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 592.445 - 592.445 863.297 - 863.297 10.759 - 10.759 12.213 - 12.213 Certificados de Privatização 7 - 7 6 - 6 Cotas de Fundo de Renda Fixa - 10.177 10.177 - 1.389 1.389 1.884 Cessão Fiduciária - LFT Outras Cotas de Fundos Ações de Companhias Abertas Cotas de Fundo Imobiliário 1.710 - 1.710 1.884 - Outras Cotas de Fundos - 103 103 - 102 102 Instrumentos Financeiros Derivativos - 585.853 585.853 - 315.720 315.720 Swap Total de Ativos Mensurados Valor Justo - 585.853 585.853 - 315.720 315.720 3.031.405 596.133 3.627.538 4.862.946 336.960 5.199.906 Passivos Mensurados ao Valor Justo Instrumentos Financeiros Derivativos - 41.566 41.566 - 112.047 112.047 Dívidas Subordinadas - 2.222.523 2.222.523 - 1.861.494 1.861.494 Total de Passivo Mensurado ao Valor Justo - 2.264.089 2.264.089 - 1.973.541 1.973.541 O Banrisul não dispõe de instrumentos financeiros classificados no Nível 3 da hierarquia do valor justo. (b) Instrumentos Financeiros não Mensurados ao Valor Justo - a tabela a seguir resume os valores contábeis e os valores justos dos ativos e passivos financeiros que foram apresentados pelo custo amortizado. Valor Contábil Valor Justo 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2014 31/12/2013 Empréstimos e Recebíveis (a) 30.725.845 26.885.301 31.140.040 27.441.093 Títulos de Investimentos (Mantidos até o Vencimento) (b) 15.266.328 13.309.249 15.205.845 13.276.894 Total 45.992.173 40.194.550 46.345.885 40.717.987 Ativos Financeiros Passivos Financeiros ( c ) Captações com Bancos 603.574 375.552 530.041 392.546 33.531.870 30.269.046 33.432.577 30.341.776 Captações no Mercado Aberto 4.318.236 4.220.707 4.318.236 4.220.707 Recursos e Aceites e Emissão de Títulos 2.837.792 2.505.882 2.842.265 2.506.075 Obrigações por Repasses 2.668.688 2.211.285 2.668.688 2.211.285 Obrigações por Empréstimos 1.510.959 1.276.224 1.510.959 1.276.224 45.471.119 40.858.696 45.302.766 40.948.613 Captações com Clientes Total (a) Empréstimos e Recebíveis - empréstimos e recebíveis são mensurados líquidos das provisões para impairment. O valor justo estimado dos empréstimos e recebíveis representa o valor descontado de fluxos de caixa futuros que se espera receber. Os fluxos de caixa esperados são descontados a taxas correntes do mercado acrescida da taxa de risco da contraparte para determinar seu valor justo. (b) Títulos de Investimentos - títulos de investimento incluem apenas ativos remunerados mantidos até o vencimento. O valor justo calculado para ativos mantidos até o vencimento tem base em preços de mercado ou em cotações de corretoras ou operadoras. Quando essas informações não estão disponíveis, o valor justo é estimado utilizando-se preços cotados no mercado para títulos com características de crédito, vencimento e rentabilidade similares. (c) Passivos Financeiros - o valor justo estimado dos depósitos sem vencimento determinado, o que inclui depósitos não remunerados, é o valor repagável à vista. O valor justo estimado dos depósitos com taxas pré e pós-fixadas e outros empréstimos sem cotação no mercado ativo baseia-se em fluxos de caixa não descontados | 55 utilizando-se taxas de juros para novas dívidas com prazos até o vencimento similares somada a taxa de risco do Banco. Depósitos Interfinanceiros e a Prazo: o valor justo foi calculado mediante o desconto da diferença entre os fluxos futuros de caixa adotando taxas de desconto equivalentes às taxas praticadas em contratações de operações similares no último dia de mercado. Obrigações por Operações Compromissadas: para as operações com taxas pré-fixadas, o valor justo foi apurado calculando o desconto dos fluxos de caixa estimados, adotando taxas de desconto equivalentes às taxas praticadas em contratações de operações similares no último dia de mercado. Obrigações por Empréstimos e Repasses: tais operações são exclusivas do Banco, sem similares no mercado. Face às suas características específicas, taxas exclusivas para cada recurso ingressado e inexistência de mercado ativo e instrumento similar, o valor justo dessas operações foi considerado equivalente ao valor contábil. Recursos de Aceites e Emissão de Títulos: do montante de R$2.837.792 (31/12/2013 – R$2.505.882), R$1.678.933 (31/12/2013 – R$1.664.478) referem-se à emissão de Letras Financeiras ocorrida em 01, 02 e 05 de agosto de 2013, realizada em 3 séries, com vencimentos finais em 2, 3 e 4 anos respectivamente, contados da data da emissão. O percentual da taxa foi indexado ao DI, limitado à taxa de até 108%, 109% e 110% da variação acumulada da Taxa DI. Os Juros Remuneratórios das Letras Financeiras serão pagos semestralmente. 5.5. Gestão de Capital O Banrisul está sujeito aos normativos emitidos pelo Banco Central do Brasil que implementaram as diretrizes definidas pelo Acordo de Capitais de Basileia para o cálculo e a adequação de capital mínimo. A gestão de capital visa à manutenção do capital mínimo exigido, bem como da melhor relação entre a alocação de capital e a capacidade operacional, permitindo retorno aos acionistas. O Banco Central do Brasil determina que a relação mínima entre o capital regulatório, chamado de Patrimônio de Referência – (PR), e os ativos ponderados pelo risco (RWA) sejam de 11%, enquanto que no Acordo de Basileia, internacionalmente aplicável, o índice é de 8%. O Patrimônio de Referência é definido em dois níveis, conforme dispõe a Resolução do Conselho Monetário Nacional n° 4.192/13, detalhado a seguir: Nível I: consiste no somatório do Capital Principal e do Capital Complementar. Os ajustes prudenciais (instrumentos de pouca liquidez, definidos em normativo específico) devem ser deduzidos do Capital Principal (composto basicamente pelo capital social e pelo lucro do período) conforme dispõem as diretrizes de Basileia III. Nível II: consiste no somatório dos instrumentos autorizados a compor esse nível, como por exemplo, os Instrumentos de Dívida Subordinada (IDS). Deduções: Dedução dos Investimentos em outras Entidades: Devem ser deduzidos do Capital Principal, do Capital Complementar ou do Nível II os saldos dos ativos representados por instrumentos de captação emitidos por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição situada no exterior que exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil, conforme definição do Bacen. A dedução mencionada acima deve ser efetuada da respectiva parcela do PR ao qual o instrumento de captação é elegível. Dedução da participação de não Controladores no Patrimônio de Referência do Conglomerado: Os valores da participação de não controladores no capital de subsidiária que seja instituição autorizada a funcionar pelo 56 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Banco Central do Brasil, que excederem os requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR dessa subsidiária devem ser deduzidos, respectivamente, do Capital Principal, do Nível I e do PR do conglomerado. A Resolução n° 4.193/13 dispõe sobre os requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal, conforme definidos na Resolução n° 4.192/13, e institui o Adicional de Capital Principal, que devem ser apurados pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. As instituições devem manter permanentemente, montantes de PR, de Nível I e de Capital Principal em valores superiores aos requerimentos mínimos estabelecidos pela Resolução n° 4.193/13. Os requerimentos mínimos para os índices de capital e o seu cronograma de implementação estão demonstrados no quadro a seguir: 2014 2015 2016 2017 2018 2019 11,00% 11,00% 9,88% 9,25% 8,63% 8,00% Capital Principal 4,50% 4,50% 4,50% 4,50% 4,50% 4,50% Nível I 5,50% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 11,00% 11,00% 9,88% 9,25% 8,63% 8,00% Adicional de Capital Principal 0,00% 0,00% 0,63% a 1,25% 1,25% a 2,50% 1,87% a 3,75% 2,50% a 5,00% Capital Principal + Adicional 4,50% 4,50% 5,13% a 5,75% 5,75% a 7,00% 6,38% a 8,25% 7,00% a 9,50% Nível I + Adicional 5,50% 5,50% 6,63% a 7,25% 7,25% a 8,50% 7,88% a 9,75% 8,50% a 11,00% 11,00% 11,00% 10,50% a 11,13% 10,50% a 11,75% 10,50% a 12,38% 10,50% a 13,00% Fator F PR PR + Adicional Ainda em relação ao Adicional de Capital Principal, o Bacen divulgou em 29 de dezembro de 2014 a Circular nº 3.741, determinando que, a partir de janeiro de 2016, o ACP deve corresponder à aplicação dos percentuais relativos aos limites inferiores de que trata a Resolução CMN nº 4.193/13, ou seja, inicia 2016 com o adicional de capital principal em 0,625 pp., que somados aos requerimentos mínimos normais determinam que o IB seja de 10,50%, o Capital de Nível I de 6,625% e o Capital Principal de 5,125%. Em caso de elevação do Adicional, o percentual deverá ser divulgado pelo Bacen com antecedência mínima de 12 meses. Para fins do cálculo dos requerimentos mínimos e do Adicional de Capital Principal mencionados, deve ser apurado o montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA), que corresponde à soma das seguintes parcelas: RWACPAD: relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada; RWAMPAD: relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada, consistindo no somatório das seguintes parcelas sujeitas a variação da taxa de juros, dos preços de ações, do câmbio e dos preços de mercadorias (commodities). RWAOPAD: relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada. A gestão do capital tem por objetivo manter o capital mínimo e a relação com o capital regulatório dentro dos limites definidos pelo Banco Central do Brasil. A tabela a seguir resume a composição do Patrimônio de Referência, dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) e do Índice de Basileia do Conglomerado Financeiro de dezembro de 2014 em BRGAAP. | 57 Conglomerado Financeiro 31/12/2014 Patrimônio de Referência - PR 7.062.312 Nível I 5.641.052 Capital Principal 5.641.052 Capital Social 4.005.316 Reservas de Capital, Reavaliação e de Lucros 1.703.040 Deduções de Capital Principal exceto Ajustes Prudenciais 38.325 Avaliação Patrimonial e TVM 33.835 Ações em Tesouraria e Outros Instrumentos de Emissão Própria Ajustes Prudenciais Exceto Participações não Consolidadas e Crédito Tributário Nível II Instrumentos Elegíveis ao Nível II 4.490 28.979 28.979 1.421.260 1.421.260 Ativos Ponderados pelo Risco - RWA 39.732.619 Risco de Crédito (RWAcpad) 34.146.039 Risco de Mercado (RWAmpad) 672.362 Risco de Juros (RWAjur1) 110 Risco de Ações (RWAacs) 16.040 Risco Taxa de Câmbio (RWAcam) Risco Operacional (RWAopad) Carteira Banking (Rban) Excesso/Insuficiência de PR 656.212 4.914.218 740.071 1.951.653 Índice de Basileia % 17,77% Índice de Nível I % 14,20% Índice de Capital Principal % 14,20% Índice de Basileia Amplo % 15,20% Índice de Imobilização % 10,17% O Índice de Basileia (IB) representa a relação entre o Patrimônio Base - Patrimônio de Referência – (PR) - e os ativos ponderados pelo risco (RWA). Conforme regulamentação em vigor, o Índice de Basileia demonstra a solvência da empresa. Em dezembro de 2014, os limites mínimos de capital exigidos foram de 11% para o Índice de Basileia (Patrimônio de Referência), 5,5% para o índice de Nível I e de 4,5% para o índice de Capital Principal. A partir de janeiro de 2015 os índices de capital passam a ser apurados com base no Conglomerado Prudencial, e o Adicional de Capital Principal será exigido a partir de 1º de janeiro de 2016, conforme mencionado acima. Em dezembro de 2014, o Índice de Basileia do conglomerado financeiro foi de 17,77%, superior ao mínimo exigido pelo órgão regulador brasileiro. O Índice de Nível I foi de 14,20% e o Índice de Capital Principal foi de 14,20%. A queda do Índice de Basileia foi causada principalmente em função do aumento dos ajustes prudenciais relacionados à implantação de Basileia III no Brasil, que passou de ponderação de 0% para 20% a partir de 2014, conforme Artigo 11 da Resolução n°4.192/13, e da dedução do saldo das Dívidas Subordinadas elegíveis a capital, cujo limitador passou de 90% para 80% do saldo a partir de janeiro de 2014, conforme Artigo 28 da Resolução n°4.192/13. Neste sentido cabe destacar o aumento do RWAcpad de 8,55%, e o aumento do Patrimônio de Referência em 1,02%. 6. INFORMAÇÕES POR SEGMENTOS A Administração do Banrisul trata os segmentos Varejo, Corporativo, Consignado Correspondentes e Tesouraria como segmentos operacionais distintos. A avaliação dos negócios é gerida de forma segmentada, a partir de relatórios específicos utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisadas periodicamente pela Diretoria. O segmento Varejo engloba um conjunto de serviços bancários, captações da rede de agências e operações de crédito direcionadas à base de clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas, entre elas microempresas e 58 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 empresas de pequeno e médio porte. O Banrisul dispõe de métricas detalhadas por agência que subsidiam a tomada de decisões nesse segmento. A atribuição de pontuação nas metas é direcionada a alocação e captação de recursos. O segmento Consignado Correspondentes responde pela originação de crédito consignado em canal especifico fora da rede Banrisul. A aquisição de parte do capital social da Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A., em março de 2012, agregou ao Banco a possibilidade de expandir sua área geográfica de atuação, alcançando outras regiões do País. A originação de crédito consignado fora da rede Banrisul já representa 15,6% do total de operações de varejo registradas com clientes e não correntistas, requisitando, portanto, de políticas de concessão e controle específicas, constituindo-se em objeto de avaliação segmentada do ponto de vista da gestão. O segmento Corporativo é responsável pela gestão de produtos e serviços vinculados à captação de recursos e às operações de crédito comerciais, de longo prazo, rurais, habitacionais e de câmbio, focado no atendimento a órgãos e instituições públicas de governos e empresas de grande porte. A atuação do Banrisul no segmento Corporativo está focada no aproveitamento de oportunidades de mercado por meio de operações com as próprias entidades, como folha de pagamento, cobrança e outros serviços, bem como no aprofundamento do relacionamento comercial com os empregados dessas corporações, ampliando as operações do segmento Varejo. O segmento de Tesouraria é responsável pelo gerenciamento e controle de fluxo de caixa do Banrisul e pela administração da carteira própria de ativos financeiros do Banrisul. As políticas contábeis dos segmentos operacionais são as mesmas que aquelas descritas no sumário de políticas contábeis significativas. As receitas com prestação de serviços, as despesas gerais e administrativas, as perdas com ativos financeiros e o imposto de renda são monitorados centralmente e, portanto, não foram alocados em segmentos. O balanço patrimonial por segmentos de negócios está demonstrado abaixo. O formato de apresentação das informações por segmentos já inclui, na coluna outros, a reconciliação dos valores de itens dos segmentos divulgáveis com os respectivos valores totais das demonstrações financeiras. As receitas e despesas com juros e similares por segmento de negócios estão apresentados na sequência. As receitas do segmento Consignado Correspondentes estão demonstradas líquidas das despesas com comissões de originação, não são efetivadas captações por meio desse segmento, sendo utilizados como funding recursos captados no segmento Varejo. O Banrisul não possui operações com clientes cuja receita represente 10% ou mais da receita do exercício com juros e similares. Varejo BALANÇO PATRIMONIAL Consignado Corporativo Correspondentes Tesouraria Outros Total 31/12/2014 Ativo 16.488.139 10.358.062 3.042.119 27.953.930 2.618.792 60.461.043 Passivo 28.678.562 7.174.068 - 15.002.739 3.797.135 54.652.504 Ativo 14.233.762 9.570.890 2.449.337 25.584.322 2.276.650 54.114.961 Passivo 25.417.833 6.928.964 - 12.894.647 3.539.586 48.781.030 Tesouraria Outros 31/12/2013 Varejo DEMONSTRATIVO DE RESULTADO Consignado Corporativo Correspondentes Total 01/01 a 31/12/2014 Receitas com Juros e Similares Despesas com Juros e Similares Receita Líquida de Juros 3.443.128 1.058.640 365.781 2.462.720 102.905 7.433.175 (2.051.354) (647.209) - (1.564.282) (34.212) (4.297.057) 1.391.774 411.432 365.781 898.438 68.693 3.136.118 01/01 a 31/12/2013 Receitas com Juros e Similares Despesas com Juros e Similares Receita Líquida de Juros 3.153.796 945.448 275.994 1.760.575 96.971 6.232.784 (1.469.086) (436.255) - (1.151.754) (21.738) (3.078.833) 1.684.710 509.193 275.994 608.821 75.233 3.153.951 | 59 7. RECONCILIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DO LUCRO LÍQUIDO ENTRE BR GAAP E IFRS A reconciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido atribuído à Controladora com os ajustes realizados na conversão das demonstrações financeiras entre BR GAAP e IFRS, com a descrição conceitual dos principais ajustes está descritas a seguir: Reconciliação do Patrimônio Líquido Nota Patrimônio Líquido Atribuído à Controladora em BR GAAP 31/12/2014 31/12/2013 5.669.248 5.147.862 Ajustes de IFRS: Reversão de Impairment de Ativos Financeiros (b) 141.942 235.649 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido (c) (91.463) (122.832) (d) (e) 140.506 101.604 (d) 3.414 2.757 (d) (e) (57.205) (32.929) 5.806.442 5.332.111 Ativo Imobilizado Ativo Intangível Reconhecimento de Leasing Financeiro Patrimônio Líquido Atribuível à Controladora em IFRS Participações não Controladoras em IFRS Patrimônio Líquido (incluindo participações não Controladoras) em IFRS Reconciliação do Lucro Líquido Nota Lucro Líquido Atribuído à Controladora em BR GAAP 2.097 1.820 5.808.539 5.333.931 2014 2013 691.416 791.614 Ajustes de IFRS: Complemento de Impairment de Ativos Financeiros (b) (93.706) (51.775) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido (c) 31.369 14.126 Estorno de Depreciação e Amortização (d) 10.109 12.681 Operações de Leasing Financeiro Reclassificação de Variações Cambiais de Investimento no Exterior Lucro Líquido Atribuído à Controladora em IFRS Participações não Controladoras em IFRS Lucro Líquido (incluindo participações não Controladoras) em IFRS (f) 5.173 3.780 (23.707) (21.623) 620.654 748.803 361 167 621.015 748.970 (a) Taxa Efetiva de Empréstimos e Recebíveis - de acordo com os IFRS, as receitas geradas ou despesas incorridas na origem dos empréstimos e recebíveis que são incrementais e diretamente atribuíveis à sua originação são incluídas no cálculo do custo amortizado da operação, usando o método da taxa de juros efetiva, e amortizada contra o resultado durante o período de duração da operação, desconsiderando as renegociações efetuadas no decorrer do período. A aplicação dessa prática não gerou ajustes, pois as tarifas e comissões cobradas pelo Banrisul não são representativas. O Banrisul não tem diferenças significativas entre o prazo contratual de suas operações e sua duração e não foram identificados custos incrementais ou renegociações expressivas em sua carteira. (b) Impairment de Ativos Financeiros - de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras, a constituição de provisões para risco de crédito segue as regras da Resolução n° 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, que se baseia no conceito de "perda esperada". As provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, e baseadas na classificação de risco de crédito em razão da análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade, e não apenas no momento da ocorrência de inadimplência, não podendo ser inferior ao mínimo requerido pelas normas do regulador; uma provisão adicional, porém pode ser reconhecida. O Banrisul tem registrado, de forma consistente, a provisão complementar desde a edição da referida norma, para fazer face a possíveis eventos não capturados pelo modelo de rating de clientes. De acordo com os IFRS, o modelo de mensuração de provisão para empréstimos e recebíveis baseia-se nos conceitos de "perda incorrida", que requer a identificação de evidência objetiva de redução de valor (impairment) como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o momento do reconhecimento inicial do ativo financeiro. As diferenças entre as normas do Banco Central e os IFRS resultaram em valores diferentes de provisão para créditos de liquidação duvidosa e, em consequência, as provisões para risco de crédito foram reduzidas pelo valor de R$141.942 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$235.649) e gerou ajuste de R$93.706 (31/12/2013 – R$51.775) no resultado do período. 60 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (c) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos - os impostos diferidos ativos somente são reconhecidos pelas práticas contábeis adotadas no Brasil se houver um estudo que comprove sua expectativa de realização em até dez anos. Para fins de IFRS, devem ser reconhecidos os impostos diferidos ativos cuja realização seja provável. Adicionalmente, o saldo de imposto de renda e contribuição social diferidos foi complementado em decorrência dos ajustes para a transição para o IFRS e totalizavam R$91.463 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$122.832) e R$31.369 (31/12/2013 – R$14.126) no resultado do período. (d) Ativo Imobilizado e Intangível - o efeito de ajuste de conversão no montante de R$143.920 (31/12/2013 – R$104.361) é composto da seguinte forma: R$57.205 (31/12/2013 – R$32.929) referem-se ao acréscimo do ativo imobilizado em virtude dos contratos de aluguéis classificados como leasing financeiros descritos no item “e” a seguir; e o restante refere-se aos impactos de revisão de vida útil do ativo imobilizado e intangível. O Banrisul procedeu à revisão das vidas úteis dos bens do imobilizado e ativos intangíveis de vida útil definida, de acordo com o IFRS. As revisões das vidas úteis são mudanças de estimativas e, dessa forma, são registradas de forma prospectiva. Em 31 de dezembro de 2014, o Banrisul apurou o ajuste de R$86.715 (31/12/2013 – R$71.432) nos saldos patrimoniais do ativo imobilizado e intangível e a redução das despesas de depreciação e amortização no montante de R$10.109 (31/12/2013 – R$12.681) no mesmo período. (e) Operações de Leasing Financeiro - o Banrisul considerou contratos de aluguéis como leasing financeiro com base em fatos e circunstâncias na data da transição para o IFRS. O leasing financeiro é uma transação de arrendamento em que existe a transferência substancial de todos os riscos e benefícios da propriedade de um ativo. Consequentemente, o ativo imobilizado e o outro passivo financeiro registraram um incremento de R$57.205 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$32.929) referentes a esses contratos. A titularidade eventualmente pode não ser transferida. (f) Variações Cambiais de Investimento no Exterior - o processo adotado pelo Banrisul em BRGAAP para a conversão de dependências no exterior é similar aos requerimentos do IAS 21, exceto pelo fato de que as diferenças geradas no processo de conversão são registradas na demonstração do resultado. Consequentemente, em BRGAAP, não existe uma reserva específica no patrimônio líquido em que ganhos ou perdas acumulados gerados na conversão de dependências no exterior sejam reconhecidos. Em IFRS, as diferenças apuradas na conversão de dependências no exterior são divulgadas no resultado abrangente acumulado. 8. DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO BRASIL Caixa e Equivalentes de Caixa (a) Disponibilidades Aplicação no Mercado Aberto 31/12/2014 31/12/2013 821.044 1.136.126 797.643 737.962 23.401 398.164 Depósitos Compulsórios no Banco Central do Brasil (b) 5.658.866 3.945.045 Total (1) (1) A segregação por prazos de vencimento está descrita na Nota 5.2.4. 6.479.910 5.081.171 (a) Caixa e equivalentes de caixa compreendem os saldos com vencimento inferior a três meses a partir da data de aquisição, incluindo dinheiro em caixa, depósitos bancários, aplicações no mercado aberto e outros investimentos altamente líquidos de curtíssimo prazo e que apresentam risco insignificante de mudança de valor justo. (b) Depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil são referentes a um saldo mínimo que as instituições financeiras são obrigadas a manter no Bacen com base em um percentual de depósitos recebidos de terceiros. | 61 9. ATIVOS FINANCEIROS Títulos de Investimentos (a) Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado Títulos Mantidos para Negociação 31/12/2014 31/12/2013 18.893.866 18.509.155 2.426.484 4.005.295 2.426.484 4.005.295 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 615.201 878.891 Instrumentos Financeiros Derivativos 585.853 315.720 15.266.328 13.309.249 Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado Títulos Mantidos até o Vencimento Empréstimos e Recebíveis (b) Empréstimo e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito Empréstimos e Adiantamentos a Clientes Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado (c) Total 15.266.328 13.309.249 29.173.793 25.534.687 29.173.793 25.534.687 1.110.683 917.297 28.063.110 24.617.390 3.762.469 2.987.071 51.830.128 47.030.913 (a) TÍTULOS DE INVESTIMENTOS (i) Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado Composição da carteira de títulos mantidos para negociação por tipo de papel e pelo valor de mercado: Mantidos para Negociação 31/12/2014 31/12/2013 2.174.978 3.956.508 15.291 29.038 Cotas de Fundo de Renda Fixa 233.334 18.377 Cotas de Fundo Referenciado 198 - 2.683 1.372 2.426.484 4.005.295 Custo de Aquisição Atualizado Valor de Mercado Letras Financeiras do Tesouro - LFT Cessão Fiduciária - LFT Outras Cotas de Fundos Total Composição por prazo de vencimento: Vencimentos Sem Vencimento 236.215 236.215 De 1 a 3 anos 15.291 15.291 De 3 a 5 anos 2.176.592 2.174.978 Total em 31/12/2014 2.428.098 2.426.484 Total em 31/12/2013 4.003.394 4.005.295 (ii) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda Composição da carteira de ativos financeiros disponíveis para venda por tipo de papel e pelo valor de mercado: Disponíveis para Venda 31/12/2014 31/12/2013 592.445 863.297 10.759 12.213 Público Letras Financeiras do Tesouro - LFT Privado Ações de Companhias Abertas Certificados de Privatização Cotas de Fundo de Renda Fixa Cotas de Fundo Imobiliário Outras Cotas de Fundos Total 62 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 7 6 10.177 1.389 1.710 1.884 103 102 615.201 878.891 Composição por prazo de vencimento: Vencimentos Custo de Aquisição Atualizado Sem Vencimento Valor de Mercado 35.453 22.756 De 3 a 5 anos 592.558 592.445 Total em 31/12/2014 628.011 615.201 Total em 31/12/2013 889.239 878.891 Os efeitos decorrentes do ajuste a valor de mercado em 31 de dezembro de 2014, no montante de R$12.810 (31/12/2013 – R$10.348), foi levada a conta específica do resultado abrangente, desconsiderando os efeitos tributários de R$5.124 (31/12/2013 – R$4.139). (iii) Instrumentos Financeiros Derivativos O Banrisul participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos na modalidade swap, registrados em contas patrimoniais e de compensação que se destinam a atender necessidades próprias para administrar sua exposição global. A utilização dos instrumentos financeiros derivativos tem por objetivo, predominantemente, de mitigar os riscos decorrentes das oscilações cambiais da operação de captação externa efetuada pelo Banrisul, citada na Nota 14, que resultam na conversão dessas taxas para a variação da taxa CDI. Com esse objetivo, as operações com instrumentos derivativos na modalidade swap são de longo prazo, acompanhando o fluxo e vencimento da captação externa, vencendo à medida em que frações da captação externa são protegidas por hedge natural. As operações baseiam-se em contratos de balcão registrados na CETIP S/A – Mercados Organizados, e têm como contrapartes instituições financeiras classificadas como de primeira linha. O quadro a seguir demonstra a estrutura do hedge de valor justo (hedge accounting) desenvolvida pelo Banco, demonstrando o valor de curva, de mercado e ajuste a mercado do objeto (dívida subordinada) e do instrumento de hedge (swaps): 31/12/2014 Derivativos Usados como “Hedge” de Valor Justo Valor Referencial dos Contratos Valor de Curva Valor Justo Ajuste a Valor Justo Contratos de “Swap” (a) 1.503.160 513.829 544.287 30.458 Moeda Estrangeira – Dólar 1.503.160 513.829 544.287 30.458 Dívida Subordinada (b) (Nota 14) 1.446.225 2.120.798 2.165.941 45.143 Moeda Estrangeira – Dólar 1.446.225 2.120.798 2.165.941 45.143 Instrumento de “Hedge” Objeto de “Hedge” 31/12/2013 Derivativos Usados como “Hedge” de Valor Justo Valor Referencial dos Contratos Valor de Curva Valor Justo Ajuste a Valor Justo Contratos de “Swap” (a) 1.503.160 283.272 203.673 (79.599) Moeda Estrangeira – Dólar 1.503.160 283.272 203.673 (79.599) Dívida Subordinada (b) (Nota 14) (1.446.225) (1.870.382) (1.805.769) 64.613 Moeda Estrangeira – Dólar (1.446.225) (1.870.382) (1.805.769) 64.613 Instrumento de “Hedge” Objeto de “Hedge” (a) O valor justo dos derivativos encontra-se contabilizado nas rubricas de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2014 no montante de R$585.853 (31/12/2013 – R$315.720), relativo ao saldo principal atualizado até essa data e na rubrica de passivos financeiros ao valor justo no montante de R$41.566 (31/12/2013 – R$112.047), relativo aos juros incidentes sobre as operações que serão liquidadas nos próximos seis meses. | 63 (b) O valor justo da dívida subordinada encontra-se contabilizado nas rubricas de passivos financeiros ao valor justo em 31 de dezembro de 2014 no montante de R$2.165.942 (31/12/2013 – R$1.805.769) relativo ao saldo principal atualizado até essa data, e sobre esse montante são apurados o ágio da operação no valor de R$47.775 (31/12/2013 – ágio de R$48.015), e os impostos incidentes sobre a captação, no valor de R$8.806 (31/12/2013 – R$7.710). O quadro a seguir apresenta a composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrado pelo seu valor de curva e valor justo: Swaps - Posição em 31/12/2014 Valor de Referência Valor de Curva a Receber/(a Pagar) (1) Ajustes ao Valor Justo no Resultado (1) Valor Justo (1) 1.503.160 617.387 29.470 646.857 1.503.160 (103.558) 988 (102.570) 513.829 30.458 544.287 Valor de Referência Valor de Curva a Receber/(a Pagar) (1) Ajustes ao Valor Justo no Resultado (1) Valor Justo (1) 1.503.160 367.773 (80.354) 287.419 (1.503.160) (84.501) 755 (83.746) 283.272 (79.599) 203.673 Ativo Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a. Passivo % do CDI Ajuste Líquido Swaps Swaps - Posição em 31/12/2013 Ativo Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a. Passivo % do CDI Ajuste Líquido Swaps (1) Valores demonstrados líquido do valor de referência. O quadro a seguir apresenta as informações dos instrumentos financeiros derivativos segregados por prazo de vencimento dos ajustes: Swaps - Posição em 31/12/2014 Valor de Referência Valor Justo (1) Até 3 Meses De 3 a 12 Meses De 1 a 3 Anos De 3 a 5 Anos De 5 a 15 Anos 1.503.160 646.857 22.728 22.204 81.739 70.951 449.235 1.503.160 (102.570) (8.016) (1.224) (26.631) (18.095) (48.604) 544.287 14.712 20.980 55.108 52.856 400.631 Valor de Referência Valor Justo (1) Até 3 Meses De 3 a 12 Meses De 1 a 3 Anos De 3 a 5 Anos De 5 a 15 Anos 1.503.160 287.419 10.782 10.553 39.494 34.120 192.470 (1.503.160) (83.746) (5.505) (5.474) (20.031) (15.732) (37.004) 203.673 5.277 5.079 19.463 18.388 155.466 Ativo Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a. Passivo % do CDI Ajustes Líquido de Swaps Swaps - Posição em 31/12/2013 Ativo Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a. Passivo % do CDI Ajustes Líquido de Swaps (1) Valores demonstrados líquidos do valor de referência. O Banrisul ou as Contrapartes estão sujeitas à prestação e eventuais suplementações de garantias reais reciprocamente, caso os instrumentos financeiros derivativos superem os limites de valor justo estipulados contratualmente. Em 31 de dezembro de 2014, a margem recebida em garantia das operações com instrumentos financeiros derivativos pelo Banrisul é composta por títulos públicos federais, no montante de R$549.266 (31/12/2013 – R$283.011) e a margem depositada em garantia das operações com instrumentos financeiros derivativos pelo Banrisul é composta por Depósitos Interfinanceiros, no valor de R$14.038. O Banrisul utiliza-se da estrutura de hedge de valor justo (hedge accounting) previstas nas normas do Banco Central do Brasil, e a efetividade esperada desde a designação dos instrumentos de proteção e no decorrer da operação está em conformidade com o estabelecido pelo Banco Central do Brasil e pelas normas contábeis internacionais, conforme política contábil adotada pelo Banco descrita na Nota 2.6 (e). 64 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (iv) Ativos Financeiros Avaliados ao Custo Amortizado A composição da carteira de títulos mantidos até o vencimento por tipo de papel, demonstrada pelo seu valor de custo acrescido dos rendimentos, é a seguinte: Custo de Aquisição Atualizado Valor de Mercado 14.076.044 14.073.158 129.980 93.959 Letras Hipotecárias (LH) 1.324 1.049 Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI) 2.295 1.781 Nota Promissória Comercial (NPC) 178.844 178.948 Debêntures 169.895 175.911 Letras Financeiras 702.627 675.720 Títulos Mantidos até o Vencimento Público Letras Financeiras do Tesouro (LFT) Fundo de Compensações das Variações Salariais (CVS) Privado Outros 5.319 5.319 Total em 31/12/2014 15.266.328 15.205.845 Total em 31/12/2013 13.309.249 13.276.894 31/12/2014 31/12/2013 1.626.954 259.671 Composição por prazo de vencimento: Vencimentos Até 3 meses De 3 a 12 meses 736.309 109.245 De 1 a 3 anos 1.942.199 1.858.565 De 3 a 5 anos 10.829.888 8.760.893 129.981 2.319.748 De 5 a 15 anos Acima de 15 anos Total 997 1.127 15.266.328 13.309.249 A Administração declara que dispõe de capacidade financeira para manter esses títulos até o vencimento e não reclassificou nenhum ativo financeiro contabilizado pelo custo amortizado nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013. (b) EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS (i) Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado SETOR PRIVADO Câmbio Comercial Pessoa Física Cartão de Crédito Empréstimos e Títulos Descontados Financiamentos Diretos ao Consumidor Pessoa Jurídica Empréstimos e Títulos Descontados Financiamentos Diretos ao Consumidor 31/12/2014 31/12/2013 29.440.334 25.788.006 738.691 726.596 20.028.421 18.039.832 10.749.287 9.594.057 99.909 81.175 10.415.605 9.303.606 233.773 209.276 9.279.134 8.445.775 9.014.941 8.238.976 264.193 206.799 Financiamento a Longo Prazo 2.371.898 1.871.573 Imobiliário 3.213.653 2.626.960 Créditos Vinculados a Cessão (a) 66.530 83.899 Arrendamento Mercantil Financeiro 73.030 72.724 2.749.415 2.196.170 Rural Dependências no Exterior SETOR PÚBLICO INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO (b) Empréstimos e Títulos Descontados 198.696 170.252 92.308 101.784 1.193.203 995.511 1.193.203 995.511 Total de Operações de Crédito, Bruto de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 30.725.845 26.885.301 (-) Provisão para Impairment (1.552.052) (1.350.614) Total de Operações de Crédito, Líquido de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 29.173.793 25.534.687 | 65 (a) Créditos Vinculados a Cessão - referem-se ao contrato de cessão de créditos com coobrigação no qual o Banco cedeu à CIBRASEC operações de créditos imobiliários (Nota 16). (b) Instituições de Crédito: (i) Do montante total de créditos consignados adquiridos, o Banco é detentor de créditos no valor de R$121.084 (31/12/2013 - R$214.634) a receber em 31 de dezembro de 2014 junto aos devedores por intermédio do Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial desde 14 de setembro de 2012. O Banco Cruzeiro do Sul – Em Liquidação Extrajudicial vem repassando ao Banco as parcelas recebidas, identificadas e conciliadas das operações de crédito consignado onde o Banco é detentor das operações junto ao devedor. Desde 14 de setembro de 2012 o Banrisul recebeu R$299.934 do Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial por conta destes contratos. As operações que se encontram nessa condição no Banco estão sendo analisadas individualmente quanto ao atraso no repasse dos recursos. Em 31 de dezembro de 2014, a Administração do Banrisul em sua análise apurou a provisão de 52% (31/12/2013 - 32%) para a carteira adquirida do Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial, contabilizando o impairment de R$62.964 (31/12/2013 – R$68.683). A Administração do Banco acompanha atentamente a evolução da solvência dessa carteira desde quando o Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial, operava em atividade normal, depois em Regime de Administração Especial Temporária – (RAET), e, agora, em Liquidação Extrajudicial, portanto não espera perdas na realização desses créditos. (ii) O Banrisul também é detentor de créditos consignados no valor de R$78.228 (31/12/2013 – R$144.415) a receber em 31 de dezembro de 2014 junto aos devedores, na sua maioria aposentados pelo INSS, por intermédio do Banco Rural S.A. – Em Liquidação Extrajudicial, cujo processo de liquidação extrajudicial foi decretado em 02 de agosto de 2013 pelo Banco Central do Brasil. O Banco Rural S.A. – Em Liquidação Extrajudicial vem repassando ao Banco as parcelas recebidas, identificadas e conciliadas dessas operações. O montante repassado desde o processo de liquidação extrajudicial foi de R$119.089 por conta destes contratos. As operações que se encontram nessa condição no Banco estão sendo analisadas individualmente quanto ao atraso no repasse dos recursos. Em 31 de dezembro de 2014 a Administração do Banrisul em sua análise apurou a provisão de 25% (31/12/2013 – 6,6%) para a carteira adquirida do Banco Rural - Em Liquidação Extrajudicial, reconhecendo o impairment de R$19.557 (31/12/2013 – R$9.531). (ii) Provisão para Impairment Segue a composição da provisão para Impairment por tipo de avaliação da evidência de perda: Impaired Carteira Impairment Não Impaired Carteira Impairment Total Carteira Impairment 223.840 85.002 266.267 101.114 490.107 186.116 Pessoa Física 394.040 293.184 14.547.239 522.090 14.941.279 815.274 Crédito Pessoal 377.312 282.400 11.839.005 494.270 12.216.317 776.670 11.030 6.991 88.879 13.964 99.909 20.955 5.698 3.793 2.619.355 13.856 2.625.053 17.649 228.110 167.357 9.431.586 241.359 9.659.696 408.716 31/12/2014 Análise Individual Clientes Significativos Análise Coletiva Cartão de Crédito Imobiliário Pessoa Jurídica Conta Garantida 16.672 13.471 714.161 25.285 730.833 38.756 211.438 153.886 8.062.295 213.987 8.273.733 367.873 Crédito Especializado 18.492 11.913 655.130 4.224.372 2.087 47.513 655.130 4.242.864 2.087 59.426 Instituições Financeiras 89.898 40.350 1.103.305 42.170 1.193.203 82.520 954.380 597.806 198.696 29.771.465 954.246 198.696 30.725.845 1.552.052 Empréstimos e Financiamentos Imobiliário Dependências no Exterior Total 66 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Impaired Carteira Impairment Não Impaired Carteira Impairment Total Carteira Impairment 159.987 57.293 317.273 113.619 477.260 170.912 Pessoa Física 345.487 253.521 12.674.476 452.834 13.019.963 706.355 Crédito Pessoal 328.765 242.715 10.455.746 431.359 10.784.511 674.074 10.244 6.493 70.932 10.184 81.176 16.677 6.478 4.313 2.147.798 11.291 2.154.276 15.604 200.148 146.199 8.522.592 202.777 8.722.740 348.976 31/12/2013 Análise Individual Clientes Significativos Análise Coletiva Cartão de Crédito Imobiliário Pessoa Jurídica Conta Garantida Empréstimos e Financiamentos Imobiliário 19.033 15.378 550.010 22.838 569.043 38.216 181.115 130.821 7.415.999 178.248 7.597.114 309.069 - - 556.583 1.691 556.583 1.691 Crédito Especializado 17.068 10.995 3.482.507 35.163 3.499.575 46.158 Instituições Financeiras 82.216 21.785 913.295 56.428 995.511 78.213 - - 170.252 - 170.252 - 804.906 489.793 26.080.395 860.821 26.885.301 1.350.614 Dependências no Exterior Total (iii) Composição de Empréstimos e Adiantamentos a Clientes por Vencimento e Concentração: Prazo por Vencimento 31/12/2014 Vencidas a partir de 15 dias A vencer até 3 meses 31/12/2013 595.634 479.368 5.163.477 4.635.024 A vencer de 3 a 12 meses 9.130.638 8.152.249 A vencer acima de 1 ano 15.836.096 13.618.660 Total da Carteira 30.725.845 26.885.301 31/12/2014 31/12/2013 Por Concentração Valor % Valor % Principal devedor 693.701 2,26 489.696 1,82 10 maiores devedores seguintes 1.648.750 5,37 1.202.183 4,47 20 maiores devedores seguintes 1.247.316 4,06 1.299.014 4,83 50 maiores devedores seguintes 1.843.128 6,00 1.887.699 7,02 100 maiores devedores seguintes 2.044.960 6,66 1.956.840 7,28 (iv) Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro (Arrendador) Apresentamos a seguir a análise do valor presente dos pagamentos mínimos futuros a receber de arrendamentos financeiros por vencimento. Vencimento Pagamentos Mínimos Futuros Rendas a Apropriar Valor Presente Circulante 40.720 (3.692) 37.028 Até 1 ano 40.720 (3.692) 37.028 Não Circulante 56.633 (16.834) 39.799 Entre 1 a 5 anos 56.255 (16.599) 39.656 Acima de 5 anos 379 (235) 144 Total em 31/12/2014 97.354 (20.526) 76.828 Total em 31/12/2013 97.370 (20.375) 76.995 O valor contabilizado de impairment sobre essas operações em 31 de dezembro de 2014 é de R$4.602 (31/12/2013 – R$4.232). | 67 (v) Movimentação da Provisão de Impairment de Ativos Financeiros Classificados como Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado Reconciliação da conta de provisão para perdas em empréstimos e recebíveis avaliados ao custo amortizado: Movimentação 31/12/2014 31/12/2013 Saldo Inicial da Provisão para Impairment 1.350.614 1.303.566 Provisão para Perda no Valor Recuperável 867.117 711.526 Empréstimos Baixados (665.679) (664.478) Saldo Final da Provisão para Impairment 1.552.052 1.350.614 A despesa com a provisão para outros créditos – títulos e créditos a receber sem característica de crédito, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 é de R$10.831 (31/12/2013 – R$1.196). O Banrisul efetua a baixa de operações de crédito inadimplentes contra a provisão no prazo de 12 meses após o vencimento da parcela inadimplente, se o prazo remanescente da operação for de até 36 meses, e em 18 meses, se o prazo remanescente for superior a 36 meses. (c) OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO 31/12/2014 Carteira de Câmbio Câmbio Comprado a Liquidar Direitos sobre Vendas de Câmbio Adiantamentos em moeda Nacional Recebidos Créditos Vinculados 31/12/2013 839.567 745.854 823.364 745.722 28.065 5.308 (11.862) (5.176) 755.351 734.769 Carteira Adquirida Pré-fixada – SFH (a) 490.427 485.099 Carteira Adquirida – SFH (b) 262.709 247.562 2.163 2.061 Carteira Própria – SFH (b) Convênios Transações com Cartões de Crédito Rendas a Receber MDR (Merchant Discount Rate) Títulos e Créditos a Receber (c) (-) Provisão para Impairment de Outros Ativos Outros Total 52 47 307.562 238.580 38.659 22.654 1.786.145 1.259.227 (51.950) (48.344) 87.135 34.331 3.762.469 2.987.071 (a) Refere-se a crédito com o FCVS atualizados de acordo com a taxa pré-fixada de 14,07% a.a. (b) Refere-se a créditos com o FCVS atualizados de acordo com a remuneração dos recursos originários sendo TR + 6,17% para créditos oriundos de recursos próprios e TR + 3,12% para créditos oriundos de recursos do FGTS. (c) Títulos e créditos a receber estão compostos principalmente por: (i) Créditos de precatórios com o Tesouro Nacional. No primeiro trimestre de 2005, mantendo a política de recuperação de créditos, o Banrisul recebeu como dação em pagamento, para quitação de empréstimos em atraso de empresas que pertenciam a um mesmo grupo econômico. O efetivo recebimento desses títulos depende do desfecho de ação judicial entre o grupo econômico e a União, e da liberação de depósitos judiciais que vêm sendo efetuados pela União conforme fluxo de liquidação original dos precatórios. A Administração entende que não há necessidade de constituição de provisão para perda. Esses títulos, em 31 de dezembro de 2014, totalizavam R$113.653 (31/12/2013 - R$107.411) e são remunerados pela variação de índice de preços IPCA-E e juros. (ii) Outros créditos sem característica de crédito, com o Setor Público Municipal, no valor de R$72.417 (31/12/2013 - R$73.295) relativos a direitos recebíveis adquiridos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul ou de entidades por ele controladas, com remuneração de 0,5% a 12,4% a.a. e indexados à TR e ao IGP-M com vencimento até 2030. (iii) Cartões de débitos e adquirência - referem-se a direitos a receber dos usuários do Banricompras e emissões das bandeiras Visa, MasterCard e VerdeCard utilizados na rede de adquirência. Em 31 de dezembro de 2014 totalizava R$1.428.543 (31/12/2013 - R$977.089). 68 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Adquirida - De outubro de 2002 a março de 2005, o Banrisul adquiriu do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com cláusula de garantia de realização financeira para eventuais contratos não performados, quando da conversão em CVS, créditos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Em 31 de dezembro de 2014, os créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos dos rendimentos incorridos até a data das demonstrações financeiras, no valor de R$753.136 (31/12/2013 R$732.661). O seu valor de face é de R$872.632 (31/12/2013 - R$877.033). Esses créditos serão convertidos em títulos CVS conforme processos de homologação e novação, cujo processo encontra-se fora do prazo inicialmente previsto pela Administração, sendo os montantes já vencidos apresentados separadamente e atualizados por variação de TR mais juros. Apesar de não existir definição de prazo, os valores de mercado, quando da emissão dos títulos, poderão ser significativamente diferentes dos valores contábeis. Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Própria - referem-se a créditos com o FCVS originários de créditos imobiliários, com recursos da carteira própria, já homologados pelo órgão gestor do FCVS. 10. OUTROS ATIVOS 31/12/2014 Ativos não Circulantes Disponível para Venda Outros 31/12/2013 50.212 18.460 628.737 609.721 Relações Interfinanceiras 42.105 50.238 Relações Interdependências 99.202 109.298 Outros Créditos 464.053 429.225 Rendas a Receber 11.211 13.806 Adiantamentos a Empregados 16.222 12.921 208.825 207.372 Devedores por Depósito em Garantia (Nota 17 e 20) Adiantamentos para Pagamentos por Nossa Conta Pagamentos a Ressarcir Impostos e Contribuições a Compensar Superávit Planos de Benefícios (Nota 30) Devedores Diversos - País Outros Valores Total 1.639 5.701 31.123 18.909 121 1.031 86.065 60.105 108.847 109.380 23.377 20.960 678.949 628.181 11. INVESTIMENTOS 31/12/2014 31/12/2013 Participações em Coligadas no País 51.924 50.949 Participações em Coligadas 14.490 13.515 Ágio na Aquisição de Investimentos (1) 37.434 37.434 Outros Investimentos 12.054 12.104 Provisão para Perdas (4.892) (4.892) Total 59.086 58.161 (1) O ágio de R$37.434 (31/12/2013 – R$37.434) representa o benefício econômico futuro decorrente da aquisição da Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. O valor da equivalência patrimonial desse investimento em 31 de dezembro de 2014 totalizava R$3.174 (31/12/2013 – R$1.503). | 69 12. IMOBILIZADO Imóveis de Equipamentos Equipamentos Uso (1) em Estoque Instalações em Uso Softwares Outros Total Em 1° de Janeiro de 2014 Custo 174.858 23.578 129.933 91.448 281.349 21.091 722.257 (113.881) - (76.711) (56.626) (181.679) (14.792) (443.689) Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2014 60.977 23.578 53.222 34.822 99.670 6.299 278.568 Aquisições 31.665 13.666 25.620 3.617 5.140 6.957 86.665 Alienações – Baixas Custo (1.019) (196) (1.111) (953) (19.368) (723) (23.370) Depreciação Acumulada Alienações – Baixas da Depreciação Depreciação Transferências Líquido Custo Transferências Líquido Depreciação Movimentação Líquida 545 - 962 1.067 16.979 569 20.122 (7.531) - (2.400) (4.382) (18.368) (2.182) (34.863) 44 (24.592) (51) 4.049 19.765 (410) (1.195) 23.704 - 55 (772) 530 761 574 (11.122) 23.075 2.626 4.678 4.972 47.933 Em 31 de Dezembro de 2014 Custo Depreciação Acumulada Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2014 205.548 12.456 154.391 98.162 286.885 26.915 784.357 (120.867) - (78.094) (60.714) (182.537) (15.644) (457.856) 84.681 12.456 76.297 37.448 104.348 11.271 326.501 Imóveis de Equipamentos Equipamentos Uso (1) em Estoque Instalações em Uso Softwares Outros Total Em 1° de Janeiro de 2013 Custo 155.892 27.503 108.993 81.390 289.422 20.858 684.058 (111.695) - (75.067) (53.979) (191.101) (15.614) (447.456) Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2013 44.197 27.503 33.926 27.411 98.321 5.244 236.602 Aquisições 24.407 20.571 20.215 5.215 3.926 1.331 75.665 Alienações – Baixas Custo (4.481) (1) (501) (1.081) (29.465) (1.937) (37.466) Depreciação Acumulada Alienações – Baixas da Depreciação Depreciação Transferências Líquido Custo Transferências Líquido Depreciação Movimentação Líquida 2.931 - 489 (372) 27.804 2.651 33.503 (5.493) - (1.712) (3.250) (18.418) (863) (29.736) (960) (24.495) 1.226 5.924 17.466 839 - 376 - (421) 975 36 (966) - 16.780 (3.925) 19.296 7.411 1.349 1.055 41.966 174.858 23.578 129.933 91.448 281.349 21.091 722.257 (113.881) - (76.711) (56.626) (181.679) (14.792) (443.689) Em 31 de Dezembro de 2013 Custo Depreciação Acumulada Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2013 60.977 23.578 53.222 34.822 99.670 6.299 278.568 (1) Imóveis de uso incluem o valor contábil líquido de R$57.205 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$32.929) nos casos em que o Banco é arrendatário em operação de arrendamento financeiro. Apresentamos a seguir a composição das operações de arrendamento mercantil financeiro nas quais o Banrisul é “arrendatário”. Os contratos são reajustados anualmente conforme índices de preços. 31/12/2014 31/12/2013 Circulante 9.733 6.211 Até 12 meses 9.733 6.211 Não Circulante 47.472 26.718 Entre 1 a 5 anos 30.369 16.945 Acima de 5 anos 17.103 9.773 Total de Pagamentos Mínimos Futuros 57.205 32.929 (-) Despesas a Apropriar Valor Presente 70 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 - - 57.205 32.929 13. INTANGÍVEL Direitos de Uso de Softwares Direitos por Aquisição de Folhas de Pagamento (1) Outros Total Em 1° de Janeiro de 2014 Custo 50.856 88.916 2.321 142.093 (36.546) (68.692) (654) (105.892) 14.310 7.833 20.224 - 1.667 58 36.201 7.891 (202) - (216) (418) 72 - - 72 (3.917) (15.447) (15) (19.379) Transferências Líquido Custo 1.194 - - 1.194 Transferências Líquido Amortização (574) - - (574) Movimentação Líquida 4.406 (15.447) (173) (11.214) Amortização Acumulada Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2014 Aquisições Alienações – Baixas Custo Alienações – Baixas da Depreciação Amortização do Período Em 31 de Dezembro de 2014 59.681 88.916 2.163 150.760 (40.965) (84.139) (669) (125.773) 18.716 4.777 1.494 24.987 Direitos de Uso de Softwares Direitos por Aquisição de Folhas de Pagamento (1) Outros Total Custo Amortização Acumulada Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2014 Em 1° de Janeiro de 2013 Custo 40.921 326.125 2.316 369.362 (33.271) (286.568) (639) (320.478) Valor Contábil Líquido em 1° de Janeiro de 2013 7.650 39.557 1.677 48.884 Aquisições 9.937 92 5 10.034 (2) (237.301) - (237.303) Amortização Acumulada Alienações – Baixas Custo Alienações – Baixas da Amortização 2 237.301 - 237.303 Amortização do Período (3.277) (19.425) (15) (22.717) Movimentação Líquida 6.660 (19.333) (10) (12.683) 50.856 88.916 2.321 142.093 (36.546) (68.692) (654) (105.892) Em 31 de Dezembro de 2013 Custo Amortização Acumulada Valor Contábil Líquido em 31 de Dezembro de 2013 14.310 20.224 1.667 36.201 (1) Referem-se aos contratos firmados com o setor público e com entidades do setor privado, para garantir exclusividade na manutenção dos serviços bancários de processamento de créditos de folha de pagamento e prioridade no canal de consignação de empréstimos para os respectivos funcionários, bem como a manutenção da carteira de cobrança, de serviços de pagamento aos seus fornecedores e outros serviços bancários. Esses contratos têm vigência de cinco anos, sendo amortizados pelo prazo contratual decorrido. Não foram identificadas perdas no valor recuperável desses ativos. 14. PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO 31/12/2014 Instrumentos Financeiros Derivativos (Nota 9 (c)) 31/12/2013 41.566 112.047 Dívidas Subordinadas (a) 2.222.523 1.861.494 Total (1) (1) A segregação por prazos de vencimento está descrita na Nota 5.2.4. 2.264.089 1.973.541 (a) Dívidas Subordinadas – O Banrisul concluiu o processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no exterior em: (i) Em 26 de janeiro de 2012 o Banrisul concluiu um processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no exterior, com volume total captado de US$500 milhões (500 milhões de dólares americanos). A liquidação financeira da operação foi efetivada em 2 de fevereiro de 2012 e possui prazo de 10 anos com vencimento em 2 de fevereiro de 2022. O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço de emissão correspondeu a 99,131% do valor de face dos títulos vendidos, o que resulta em uma taxa de juros efetiva de 7,50% a.a. (ii) Em 26 de novembro de 2012, com volume total captado de US$275 milhões (275 milhões de dólares | 71 americanos). A liquidação financeira da operação foi efetivada em 3 de dezembro de 2012 com vencimento em 2 de fevereiro de 2022. O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço de emissão correspondeu a 109,943% do valor de face dos títulos vendidos, o que resulta em uma taxa de juros efetiva de 5,95% a.a. Essa captação, até junho de 2013, foi avaliada ao custo amortizado. Conforme descrito na Nota 2.6 (e), os derivativos contratados para proteção do risco de variação de moeda estrangeira e taxas de juros, oriundo da primeira emissão de dívida, foram designados como hedge de valor justo. Desta forma a Dívida Subordinada bem como os Instrumentos Derivativos estão avaliados pelo Valor Justo por meio do Resultado. 15. PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO 31/12/2014 31/12/2013 33.531.870 30.269.046 Depósitos à Vista 3.247.053 3.374.028 Depósitos de Poupança 7.762.045 6.990.978 22.522.772 19.904.040 603.574 375.552 Captações com Clientes Depósitos a Prazo (a) Captações com Bancos Depósitos à Vista de Instituições do Sistema Financeiro 33.705 23.732 569.869 351.820 Captações no Mercado Aberto (b) 4.318.236 4.220.707 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos (c) 2.837.792 2.505.882 Obrigações por Repasses (d) 2.668.688 2.211.285 Obrigações por Empréstimos (e) 1.510.959 1.276.224 45.471.119 40.858.696 Depósitos Interfinanceiros Total (1) (1) A segregação por prazos de vencimento está descrita na Nota 5.2.4. (a) As captações em depósitos a prazo são realizadas com pessoas físicas ou jurídicas, nas modalidades de encargos pós ou pré-fixadas, os quais correspondem a 94,08% e 5,92% do total da carteira, respectivamente. A taxa média de captação para os depósitos pós-fixados corresponde a 79,46% (31/12/2013 – 70,56%) da variação do CDI, e para os pré-fixados 8,64% (31/12/2013 – 7,21%) ao ano. (b) As captações por meio de operações compromissadas - carteira própria - no mercado aberto, realizadas com instituições financeiras, têm taxa média de captação de 100% da variação do CDI. (c) Do montante de R$2.837.792 (31/12/2013 – R$2.505.882), R$1.678.933 (31/12/2013 – R$1.664.478) referem-se à emissão de Letras Financeiras ocorridas em 01, 02 e 05 de agosto de 2013, realizada em 3 séries, com vencimentos finais em 2, 3 e 4 anos respectivamente, contados da data da emissão. O percentual da taxa foi indexado ao DI, limitado à taxa de até 108%, 109% e 110% da variação acumulada da Taxa DI. Os Juros Remuneratórios das Letras Financeiras serão pagos semestralmente. (d) Os recursos internos para repasses representam, basicamente, captações de instituições oficiais (BNDES, FINAME, Caixa Econômica Federal e FINEP). Essas obrigações têm vencimentos mensais até novembro de 2029, com incidência de encargos financeiros nas operações pós-fixadas de 0,40% a 8,00% (31/12/2013 – 0,50% a 8,61%) ao ano, além das variações dos indexadores (TJLP, URTJ-01, dólar, Cesta de Moedas, UPRD e SELIC), e nas obrigações pré-fixadas de até 11,00% (31/12/2013 – 11,00%) ao ano. Os recursos são repassados aos clientes nos mesmos prazos e taxas de captação, acrescidas de comissão de intermediação. Como garantia desses recursos, foram repassadas as garantias recebidas nas operações de crédito correspondentes. (e) São representadas por recursos captados de bancos no exterior para aplicação em operações comerciais de câmbio incorrendo à variação cambial das respectivas moedas, acrescida de juros a taxas entre 0,62% a 3,82% (31/12/2013 – 1,00% a 3,37%) ao ano, com vencimento máximo em até 1.591 dias (31/12/2013 – 356 dias). 72 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 16. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO 31/12/2014 31/12/2013 745.635 694.612 Câmbio Vendido a Liquidar 28.014 5.300 Importação Financiada Câmbio Contratado (7.145) (674) 724.764 689.986 Câmbio Obrigações por Compra de Câmbio Outros Fundos Financeiros e de Desenvolvimento Obrigações para Fundos Financeiros e de Desenvolvimento (1) Outros 2 - 2.080.698 1.367.034 1.968.494 1.256.142 112.204 110.892 Transações com Cartões a Pagar 257.996 205.114 Credores por Recursos a Liberar 117.011 117.604 Obrigações por Operações Vinculadas a Cessão (2) 59.750 75.700 Operações de Leasing Financeiro 57.205 32.929 Parcelamento do Déficit Atuarial da Fundação Banrisul 67.366 67.312 1.246.252 812.401 62.631 67.617 Obrigações a Pagar Adquirência Diversos Total 4.694.544 3.440.323 (1) Em 22 de abril de 2004, foi sancionada a Lei Estadual n° 12.069, alterada pela Lei n° 12.585 de 29 de agosto de 2006, mediante a qual o Banrisul, quando solicitado, deverá disponibilizar ao Estado do Rio Grande do Sul até 85% dos depósitos judiciais efetuados por terceiros junto ao Banrisul (excetuando-se aqueles cuja parte litigante seja o Município). A parcela não disponibilizada deverá constituir fundo de reserva destinado a garantir a restituição dos referidos depósitos judiciais. Em 31 de dezembro de 2014, o montante de depósitos judiciais efetuados por terceiros no Banrisul, atualizado pela variação da TR acrescida de juros de 6,17% a.a. até a data do balanço totalizava R$9.687.065 (31/12/2013 - R$8.323.788), dos quais R$7.708.000 (31/12/2013 - R$7.058.000) foram transferidos para o Estado, mediante sua solicitação, e baixados das respectivas contas patrimoniais. (2) O montante de R$59.750 (31/12/2013 – R$75.700) refere-se a obrigações por operações vinculadas a cessão conforme descrito na Nota 9(b). 17. PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES (a) Ativos Contingentes Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes e não existem processos em curso com ganhos prováveis. (b) Provisões 31/12/2014 31/12/2013 Provisão para Riscos Fiscais, Trabalhistas, Cíveis e Outros (i) 902.480 863.184 Provisão Benefício Pós-Emprego 129.641 429.826 Provisão para Outros Passivos Total 13.404 13.302 1.045.525 1.306.312 (i) Provisão para Riscos Fiscais, Trabalhistas, Cíveis e Outros - o Banrisul e suas controladas, na execução de suas atividades normais, são parte em processos judiciais e administrativos de natureza tributária, trabalhista, cível e outras. As provisões foram constituídas tendo como base a opinião de assessores legais, por meio da utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e ao desfecho de causa. O Banrisul provisiona integralmente o valor das ações para as quais é provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação. A Administração entende que as provisões constituídas são suficientes para atender eventuais perdas decorrentes de processos judiciais. | 73 (c) Movimentação das Provisões Saldo Inicial em 31/12/2013 Constituição e Atualização Monetária Reversão da Provisão Baixas por Pagamento Saldo Final em 31/12/2014 Depósitos em Garantia (Nota 10) Saldo Inicial em 31/12/2012 Constituição e Atualização Monetária Fiscais Trabalhistas Cíveis Outros Total 460.450 190.778 83.860 128.096 863.184 19.538 87.483 26.790 4.770 138.581 (10.912) (1.196) - - (12.108) (2) (74.545) (12.630) - (87.177) 469.074 202.520 98.020 132.866 902.480 12.409 103.993 92.423 - 208.825 Fiscais Trabalhistas Cíveis Outros Total 430.583 173.557 56.012 140.191 800.343 166.543 14.191 107.731 41.040 3.581 Reversão da Provisão - (179) (37) - (216) Baixas por Pagamento - (90.331) (13.155) - (103.486) Reclassificação Saldo Final em 31/12/2013 Depósitos em Garantia (Nota 10) 15.676 - - (15.676) - 460.450 190.778 83.860 128.096 863.184 5.416 130.067 71.889 - 207.372 Provisões Fiscais (i) Provisões de contingências fiscais referem-se basicamente a exigíveis relativos a tributos cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial e a probabilidade de perda é considerada provável, e são constituídas pelo valor integral em discussão. Para causas que dispõem dos respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos não se encontram atualizados. No momento da expedição do alvará de levantamento, em razão da ação julgada favorável, os valores são atualizados e resgatados. A principal causa de natureza fiscal refere-se ao imposto de renda e contribuição social sobre a dedução da despesa oriunda da quitação do déficit atuarial na Fundação Banrisul de Seguridade Social, questionada pela Secretaria da Receita Federal para o período de 1998 a 2005, no montante de R$461.612 (31/12/2013 R$443.019). O Banrisul, por meio de seus assessores jurídicos, vem discutindo judicialmente o assunto e registrou provisão para contingências no valor estimado da perda. (ii) Notificação fiscal de débito do INSS referente à cobrança previdenciária sobre verbas que não apresentam natureza salarial e salário-educação classificada como provável pelos nossos assessores e com provisão no montante de R$7.462 (31/12/2013 - R$15.864). (iii) Existem ainda contingências fiscais que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como de perda possível, no montante de R$96.600 (31/12/2013 - R$81.427). De acordo com as práticas contábeis não foi registrada provisão para contingências. Provisões Trabalhistas São ações movidas principalmente pelos sindicatos e ex-empregados pleiteando direitos trabalhistas que entendem devidos, em especial ao pagamento de “horas extras” e outros direitos trabalhistas. Registra-se a provisão constituída para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, na ocasião da notificação judicial, cujo risco de perda é considerado provável. O valor da provisão é apurado de acordo com a estimativa de desembolso feita por nossa Administração, revisada periodicamente com base em subsídios recebidos de nossos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito de execução quando estes são exigidos. Da provisão mencionada, está depositado judicialmente o montante de R$75.115 (31/12/2013 R$102.837). Adicionalmente, o valor de R$28.879 (31/12/2013 - R$27.229) foi exigido para os recursos processuais. 74 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Existem ainda contingências trabalhistas que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como de perda possível, no montante de R$752.687 (31/12/2013 - R$496.889), que de acordo com a natureza destes processos refere-se principalmente a pedidos de horas extras, reintegração e equiparação salarial. De acordo com as práticas contábeis não foi registrada provisão para contingências. Provisões Cíveis Ações de caráter indenizatório referem-se à indenização por dano material e/ou moral, referentes à relação de consumo, versando, principalmente, sobre questões atinentes a cartões de crédito, crédito direto ao consumidor, contas correntes, cobrança e empréstimos. Registram a provisão constituída, no momento do recebimento da citação inicial, e são ajustadas mensalmente, pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de assessores jurídicos, a qual leva em conta a jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas nos autos e as decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação, quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. Da provisão mencionada, está depositado judicialmente o montante de R$92.423 (31/12/2013 - R$71.889). Existem ainda R$1.383.948 (31/12/2013 – R$1.634.025) relativos a processos movidos por terceiros contra a Instituição, cuja natureza destes processos refere-se principalmente, a cadernetas de poupança, danos morais, repetição do indébito e financiamento imobiliário, que a assessoria jurídica classifica como de perdas possíveis e, portanto, não foram provisionados. Outros Em 29 de setembro de 2000, o Banrisul recebeu autuação imposta pelo Banco Central do Brasil em conexão com processos administrativos abertos por aquela Autoridade Monetária, relativamente a supostas irregularidades cometidas em operações de câmbio entre 1987 e 1989. Em deliberação administrativa de segunda instância, foi determinado ao Banrisul o pagamento de multa equivalente a 100% do valor das operações supostamente irregulares, decisão essa que está sendo contestada judicialmente por sua Administração, que de forma preventiva e atendendo aos requisitos do Bacen, decidiu pela constituição de provisão para possíveis perdas no montante de R$132.866 (31/12/2013 - R$128.096). 18. TRIBUTOS DIFERIDOS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o Banrisul possuía créditos tributários e obrigações fiscais diferidas de imposto de renda e contribuições sociais diferidos sobre diferenças temporárias, demonstrados a seguir: (a) Créditos Tributários - os saldos de créditos tributários, segregados em função das origens e desembolsos efetuados, estão representados por: 01/01/2014 Constituição Realização 31/12/2014 595.688 342.333 205.416 732.605 Provisão para Riscos Trabalhistas 76.798 33.756 29.771 80.783 Provisão para Riscos Fiscais 97.256 7.938 4.269 100.925 Provisão para Impairment de Ativos Financeiros Outras Diferenças Temporárias 232.024 35.070 119.925 147.169 1.001.766 419.097 359.381 1.061.482 Obrigações Fiscais Diferidas (39.776) (10.328) - (50.104) Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas 961.990 408.769 359.381 1.011.378 Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias | 75 01/01/2013 Constituição Realização 31/12/2013 523.817 283.733 211.862 595.688 Provisão para Riscos Trabalhistas 69.119 43.791 36.112 76.798 Provisão para Riscos Fiscais 91.646 5.610 - 97.256 223.489 11.148 2.613 232.024 Provisão para Impairment de Ativos Financeiros Outras Diferenças Temporárias Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias 908.071 344.282 250.587 1.001.766 Obrigações Fiscais Diferidas (13.913) (25.863) - (39.776) Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas 894.158 318.419 250.587 961.990 (b) Obrigações Fiscais Diferidas - os saldos da provisão para imposto de renda e contribuições sociais diferidos estão representados por: Superveniência de Depreciação 31/12/2014 31/12/2013 (15.731) (14.840) 45 (860) Titulos Próprios Disponíveis para Venda Ajuste a Valor de Mercado dos Títulos Disponíveis para Venda (14) (49) Superávit Atuarial (34.404) (24.027) Total (50.104) (39.776) Ativos e passivos de imposto diferidos são compensados quando tiver um direito legalmente executável de compensar ativos de imposto corrente contra passivos de imposto, ocasião em que impostos diferidos se relacionarem com impostos lançados pela mesma autoridade fiscal. 19. OUTROS PASSIVOS 31/12/2014 Relações Interfinanceiras 31/12/2013 14.944 14.860 Relações Interdependências 213.580 225.093 Provisão para Pagamentos a Efetuar (1) 359.896 354.869 Outras Obrigações 377.034 367.964 Total 965.454 962.786 (1) Provisão para pagamentos a efetuar refere-se principalmente a valores provenientes de aquisição de bens e serviços e outras despesas administrativas cujo pagamento, em virtude de prazo legal ou contratualmente previsto, ocorrerá em períodos futuros. 20. ATIVOS EM GARANTIA Ativos em garantia são bens vinculados à garantia de operações com compromisso de recompra acordados com outros Bancos e para os depósitos de garantia relacionados com a sociedade de bolsas de futuros, opções e outras. Ativo Passivo Relacionado 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2014 Títulos Mantidos para Negociação (Nota 9) 1.295.652 378.596 1.275.919 349.302 Títulos Mantidos até o Vencimento (Nota 9) 3.973.495 4.448.452 3.042.317 3.871.405 Devedores por Depósito em Garantia (Notas 10 e 17) Total 31/12/2013 208.825 207.372 308.002 274.638 5.477.972 5.034.420 4.626.238 4.495.345 21. PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO (a) Capital Social - O capital social do Banrisul em 31 de dezembro de 2014 é de R$4.000.000 (31/12/2013 – R$3.750.000), subscrito e integralizado, representado por 408.974 mil ações, sem valor nominal, conforme tabela a seguir: 76 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 ON Em 31 de dezembro de 2014 PNA PNB TOTAL % Quantidade % Quantidade % Quantidade % 204.199.859 99,59 2.721.484 77,10 26.086.957 13,02 233.008.300 56,97 Fundação Banrisul de Seguridade Social Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul 449.054 0,22 158.983 4,50 - - 608.037 0,15 44.934 0,02 168.612 4,78 - - 213.546 0,05 Outros 349.548 0,17 480.772 13,62 174.314.274 86,98 175.144.594 42,83 205.043.395 100,00 3.529.851 100,00 200.401.231 100,00 408.974.477 100,00 Estado do Rio Grande do Sul Total Quantidade ON Em 31 de dezembro de 2013 PNA PNB TOTAL % Quantidade % Quantidade % Quantidade % 204.199.859 99,59 2.721.484 77,06 26.086.957 13,02 233.008.300 56,97 Fundação Banrisul de Seguridade Social Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul 449.054 0,22 158.983 4,50 - - 608.037 0,15 44.934 0,02 168.612 4,77 - - 213.546 0,05 Outros 349.527 0,17 482.672 13,67 174.312.395 86,98 175.144.594 42,83 205.043.374 100,00 3.531.751 100,00 200.399.352 100,00 408.974.477 100,00 Estado do Rio Grande do Sul Total Quantidade No período de janeiro a dezembro de 2014 houve a conversão de ações, principalmente entre PNA e PNB, no montante de 1.879 (31/12/2013 – 11.026) ações, em virtude das solicitações dos acionistas. A Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, realizada em 30 de abril de 2014, aprovou o aumento de capital mediante aproveitamento de Reservas de Lucro, no montante de R$250.000, sem emissão de novas ações, homologado pelo Bacen em 26 de maio de 2014. As ações preferenciais não têm direito a voto e têm a seguinte remuneração: Ações Preferenciais Classe A: (i) Prioridade no recebimento de um dividendo fixo preferencial, não cumulativo, de 6% (seis por cento) ao ano, calculado sobre o quociente resultante da divisão do valor do capital social pelo número de ações que o compõem; (ii) Direito de participar, depois de pagar às ações Ordinárias e Preferenciais Classe B um dividendo igual ao pago a tais ações, na distribuição de quaisquer outros dividendos ou bonificações em dinheiro distribuídos pela sociedade, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B, com o acréscimo de 10% (dez por cento) sobre o valor pago a tais ações; (iii) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B; e (iv) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio. Ações Preferenciais Classe B: (i) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe A; e (ii) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio. (b) Lucro por Ação - o lucro por ação básico é calculado dividindo-se o lucro líquido atribuível ao acionista do Banrisul pelo número de ações durante o ano. O lucro por ação básico foi calculado, conforme tabela a seguir, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013. | 77 Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores – Lucro por Ação Básico 01/01 a 31/12/2014 01/01 a 31/12/2013 620.654 748.803 311.003 375.190 Lucro Líquido Lucro Acumulado a ser Distribuído aos Detentores de Ações Ordinárias e Preferenciais em Bases Proporcionais: Aos Detentores de Ações Ordinárias Aos Detentores de Ações Preferenciais A 5.690 6.931 Aos Detentores de Ações Preferenciais B 303.961 366.682 Ações Ordinárias 1,52 1,83 Ações Preferenciais A 1,61 1,96 Ações Preferenciais B 1,52 1,83 Lucro por Ação Lucro Básico por 1.000 ações (em Reais – R$) (c) Reservas Reservas de Lucros Movimentação Reserva de Capital Legal Estatutária Para Expansão Total Em 1° de Janeiro de 2014 4.511 318.159 1.063.670 381.507 1.763.336 Aumento de Capital Social - - (10.215) (239.785) (250.000) Transferência para Reservas - 30.390 151.947 73.856 256.193 4.511 348.549 1.205.402 215.578 1.769.529 Reserva de Capital Legal Estatutária Para Expansão Total Em 1° de Janeiro de 2013 4.511 278.578 869.218 431.081 1.578.877 Aumento de Capital Social - - (3.452) (246.548) (250.000) Transferência para Reservas - 39.581 197.904 196.974 434.459 4.511 318.159 1.063.670 381.507 1.763.336 Em 31 de Dezembro de 2014 Reservas de Lucros Movimentação Em 31 de Dezembro de 2013 A reserva de capital refere-se aos valores recebidos pela sociedade que não transitaram pelo resultado, por não se referir a contraprestação à entrega de bens ou serviços prestados à sociedade. A reserva legal objetiva aumentar o capital da sociedade ou absorver prejuízos, mas não pode ser distribuída sob a forma de dividendos. A reserva estatutária terá por finalidade garantir recursos para investimentos e aplicação na área de informática, e está limitada a 70% do capital social integralizado. A reserva de expansão tem como finalidade a retenção de lucros para financiar projeto de investimento em capital fixo ou circulante, justificado em orçamento de capital proposto pela Administração e aprovado pela Assembleia Geral. (d) Distribuição de Resultado - o lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da Lei n° 6.404/76, terá as seguintes destinações: (i) 5% para constituição da reserva legal, que não excederá 20% do capital social; (ii) 25% para constituição de reserva estatutária; e (iii) dividendos mínimos obrigatórios de 25% do lucro líquido ajustado. O lucro restante terá a destinação determinada pela Assembleia Geral. Em 30 de abril de 2014, em Assembleia Geral Ordinária, foi aprovada a proposta de distribuição de dividendos adicionais para o exercício de 2014 no percentual equivalente a 15% do Lucro Líquido Ajustado, perfazendo o total de 40%. A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul visa distribuir juros sobre o capital próprio no valor máximo dedutível calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são computados, líquidos de imposto de renda na fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social. Conforme facultado pela Lei n° 9.249/95 e pela Deliberação CVM n° 207/96 e Política de Pagamento trimestral de juros sobre o capital próprio, a Administração do Banrisul pagou juros sobre o capital próprio no montante 78 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 de R$268.806, referente ao exercício de 2014 (31/12/2013 – R$244.943), imputado aos dividendos, líquido do imposto de renda retido na fonte. O pagamento desses juros sobre o capital próprio resultou em um benefício tributário para o Banrisul na ordem de R$107.523 (31/12/2013 – R$97.977) (Nota 29). A distribuição dos dividendos e juros sobre o capital próprio está assim representada: 01/01 a 31/12/2014 01/01 a 31/12/2013 691.416 791.614 Reserva Legal (30.390) (39.581) Base de Cálculo dos Dividendos 661.026 752.033 Dividendo Mínimo Obrigatório 25% 165.256 188.008 Lucro Líquido do Exercício Apresentado em BR GAAP Ajuste Dividendo Adicional 15% 99.154 112.805 Total dos Dividendos 264.410 300.813 A) Juros sobre Capital Próprio Pagos 252.383 231.412 Ações Ordinárias (R$657,20830 por lote de mil ações) 134.756 122.804 Ações Preferenciais A (R$664,09715 por lote de mil ações) 2.345 2.120 Ações Preferenciais B (R$657,21091 por lote de mil ações) 131.705 120.019 Imposto de Renda na Fonte relativo a Juros sobre Capital Próprio (16.423) (13.531) 12.027 69.401 6.024 34.795 B) Dividendos Provisionados Ações Ordinárias (R$29,38066 por lote de mil ações) Ações Preferenciais A (R$32,35574 por lote de mil ações) 114 599 Ações Preferenciais B (R$29,38329 por lote de mil ações) 5.889 34.007 Total de Juros sobre Capital Próprio e Dividendos (A+B) 264.410 300.813 22. RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES 2014 2013 7.433.175 6.232.784 Disponibilidades e Reservas no Bacen 419.794 423.843 Aplicações Financeiras Avaliadas ao Valor Justo 400.076 351.592 1.662.688 1.012.848 Receitas com Juros e Similares Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito Empréstimos e Adiantamentos a Clientes Outros Ativos Financeiros Despesas com Juros e Similares Recursos de Bancos Recursos de Clientes Captação no Mercado Aberto Total 107.696 246.728 4.783.722 4.140.439 59.199 57.334 4.297.057 3.078.833 969.065 857.954 2.416.966 1.766.796 911.026 454.083 3.136.118 3.153.951 23. GANHOS (PERDAS) LÍQUIDOS COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS Passivos Financeiros ao Valor justo Ativos Financeiros Mantidos para Negociação 2014 2013 (109.756) 172.820 (3.514) 1.470 Derivativos 250.653 2.685 Total 137.383 176.975 | 79 24. RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 2014 2013 Administração de Fundos 82.751 71.535 Cobrança de Títulos 56.822 50.831 Rendas de Garantias Prestadas 2.873 2.241 Receita de Serviços em Operações de Câmbio 40.162 43.086 Rendas de Taxas de Administração de Consórcios 35.224 28.686 Rendas de Corretagens e Operações 1.946 2.400 Serviços de Administração Convênio Banricard (1) 6.681 38.311 Serviços de Administração Rede de Adquirência Vero (1) Rede de Adquirência Vero (1) 20.086 - 290.829 135.876 Tarifas Vouchers (1) 37.649 - Devolução de Cheques 14.803 15.617 Débito em Conta Serviços de Arrecadação Transações com Cheques 37.975 72.711 149.816 115.072 13.647 13.504 348.575 321.194 Cartão de Crédito 23.586 17.501 Tarifas de Saques 7.245 7.018 Tarifas de Uso de Agência Virtual 5.393 5.992 Tarifas de Finança Bancária 7.874 7.056 34.211 63.583 Tarifas Bancárias de Contas Correntes Outras Receitas Total 1.218.148 1.012.214 (1) Conforme Acordo Operacional celebrado entre o Banrisul e a Banrisul Cartões S.A., as receitas das respectivas tarifas bancárias passaram a ser reconhecidas pela Banrisul Cartões S.A. a partir de novembro de 2013. 25. DESPESAS DE PESSOAL 2014 2013 Remuneração Direta (1) 879.058 788.330 Benefícios 257.476 232.629 Encargos Sociais (1) (2) 389.655 329.630 90.980 91.331 8.877 9.500 Participação Estatutária no Lucro Outras Despesas de Pessoal Total 1.626.046 1.451.420 (1) Nas despesas de Remuneração Direta e Encargos Sociais está incluído, em 2014, o montante de R$64.104, referente aos incentivos concedidos e provisionados no âmbito do PAI – Programa de Aposentadoria Incentivada com os respectivos encargos. (2) Deste montante, R$55.363 (2013 – R$35.431) refere-se à contribuição para a Fundação Banrisul de Seguridade Social. 26. OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2014 2013 Processamento de Dados e Telecomunicações 212.096 189.999 Vigilância, Segurança e Transportes de Valores 132.486 120.459 Amortização e Depreciação 54.243 52.453 Aluguéis e Condomínios 80.201 68.764 Materiais 22.716 16.522 338.901 240.212 Propaganda, Promoções e Publicidade (1) 69.849 93.148 Manutenção e Conservação de Bens 37.262 29.984 Água, Energia e Gás 17.530 15.789 Serviço do Sistema Financeiro 30.726 51.681 Outras 50.106 51.411 Serviços de Terceiros Total 1.046.116 930.422 (1) É composto principalmente por R$30.976 (2013 - R$51.251) de despesa com propaganda institucional e R$28.984 (2013 - R$31.450) de programa de divulgação por meio de eventos e clubes esportivos. 80 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 27. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Recuperação de Encargos e Despesas 2014 2013 48.527 55.724 Reversão de Provisões Operacionais para: Fiscais Trabalhistas Cíveis Perdas de Securitização Outros Tarifas Interbancárias Títulos de Créditos a Receber Fundo de Reserva – Depósito Judicial – Lei n° 12.069 Comissão e Taxa de Administração sobre Colocação de Seguros 10.912 - 1.196 179 - 37 1.255 1.536 12.288 2.211 24.810 22.974 6.243 6.020 30.862 14.859 8.700 8.286 Receitas Diversas com Cartões 55.812 41.791 Lucros na Venda de Bens 13.787 5.986 Reversão de Provisões para Pagamentos a Efetuar 6.140 47.115 Fundação Banrisul – Resultado Atuarial Migração(1) 83.628 - Receitas de Adquirência – Antecipação de Operações Performadas 34.243 7.397 Receita de Convênio de Distribuição de Seguros(2) Outras Receitas Operacionais 115.000 - 29.117 16.082 Total 482.520 230.197 (1) Refere-se ao reconhecimento do efeito no déficit existente no Plano de Benefício PBI na parcela de responsabilidade do Patrocinador em relação aos migrantes para o Plano de Benefícios Saldado e Plano de Benefícios FBPREV II conforme IAS 19 (revisado 2011). (2) Refere-se ao compromisso do Banrisul de celebrar convênio de distribuição com a Icatu Seguros, em caráter de exclusividade, pelo pra zo de 20 anos, de produtos de Seguros de Pessoas e Previdência nos canais Banrisul, sendo o pagamento e a celebração do acordo realizados em 11 de dezembro de 2014, após ter sido aprovado pelo CADE e o Bacen, conforme fato relevante divulgado na mesma data. Em 06 de fevereiro de 2015, o Banrisul recebeu a Carta de Aprovação Prévia da Susep, ficamdo previamente autorizado a ingressar como parte integrante da holding, denominada Banrisul Icatu Participações S.A. 28. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 2014 2013 Descontos Concedidos de Renegociação 56.699 49.512 Despesas com Provisões para Riscos Fiscais (CS/IR) 19.538 14.191 Despesas com Provisões Trabalhistas 87.483 107.731 Despesas com Provisões para Ações Cíveis 26.790 41.040 Despesas com Provisões de Imóveis – Bens não de Uso 11.613 1.386 - 1.123 Despesas com Arrecadação de Tributos Federais 5.333 3.369 Atualização Monetária Multas Câmbio - Bacen 4.770 3.581 Despesas com Provisão para Dívidas Assumidas junto ao GESB 2.489 2.377 Atualização da Dívida Contratada da Fundação Banrisul 7.189 32.177 18.657 15.440 6.885 5.222 Despesas com Provisões para Perdas de Securitização Despesas com Cartões Bônus BanriClube de Vantagens Incentivo a Migração – Plano FBSS(1) Outras Despesas Operacionais 288.309 - 80.539 61.818 Total 616.294 338.967 (1) Refere-se aos incentivos oferecidos pelo Banco aos participantes do Plano de Benefícios PBI que migraram suas reservas para o Plano de Benefícios Saldado ou Plano de Benefícios FBPREV II. | 81 29. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Reconciliação da Despesa/Receita de Imposto de Renda e Contribuição Social 2014 2013 770.540 1.058.299 Imposto de Renda sobre o Lucro – Alíquota 25% (192.635) (264.575) Contribuição Social sobre o Lucro – Alíquota 9% (19.782) (8.372) Contribuição Social sobre o Lucro – Alíquota 15% (111.577) (144.792) Total do Imposto de Renda e Contribuição Social pelas Alíquotas Efetivas (323.994) (417.739) 107.523 97.977 Lucro do Exercício antes da Tributação Juros sobre o Capital Próprio Outras Adições Líquidas das Exclusões 66.946 10.433 Total do Imposto de Renda e Contribuição Social (149.525) (309.329) Corrente (328.319) (377.161) 178.794 67.832 Diferido Alterações na Legislação Tributária Em novembro de 2013 foi publicada a Medida Provisória n° 627 estabelecendo a não incidência de tributação sobre os lucros e dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1° de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013, pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, efetivamente pagos até a data de publicação da referida Medida Provisória, em valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, desde que a empresa que tenha pagado os lucros ou dividendos optasse pela adoção antecipada do novo regime tributário já a partir de 2014. Em maio de 2014, esta Medida Provisória foi convertida na Lei n° 12.973, com alterações em alguns dispositivos, inclusive no que se refere ao tratamento dos dividendos, dos juros sobre o capital próprio e da avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido. Diferentemente do que previa a Medida Provisória, a Lei n° 12.973 estabeleceu a não incidência tributária de forma incondicional para os lucros e dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1° de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2013. A Instituição elaborou estudos sobre os efeitos que poderiam advir da aplicação das disposições da Lei n° 12.973 e concluiu que não há efeitos significativos nas suas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2014 e de 31 de dezembro de 2013 e está avaliando se optará ou não pela antecipação de seus efeitos, que deverá ser manifestada na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) referentes aos fatos geradores ocorridos no mês a ser determinado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB). 30. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO PÓS-EMPREGO A EMPREGADOS O resumo da composição do (ativo) /passivo atuarial líquido para o período de 31 de dezembro de 2014 e 2013, preparados com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2014 e de acordo com IAS 19 (revisado 2011), é demonstrado a seguir: Obrigações (Ativo) Registradas no Balanço Patrimonial com Benefícos de: 31/12/2014 31/12/2013 Planos de Previdência Plano de Benefícios I (PBI) 110.729 449.707 Plano de Benefícios Saldado (PBS) 7.149 - Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II) (144) - 265 492 Planos de Saúde, Odontológico e Medicamento (85.921) (60.105) Prêmio Aposentadoria (1) 123.532 109.930 Plano de Benefícios FBPREV (FBPREV) Total 155.610 500.024 (1) A esse montante deverá ser considerado o valor de R$49.284 (31/12/2013 – R$43.818) referente à complementação de encargos incidentes sobre a provisão de prêmio de aposentadoria, totalizando R$172.655 (31/12/2013 – R$153.748). 82 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (a) Descrição dos Benefícios de Longo Prazo O Banrisul é o principal patrocinador da Fundação Banrisul de Seguridade Social, que tem como principais objetivos a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários do Banrisul, da Banrisul Cartões S.A., da própria Fundação e da Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Cabergs), assim como a execução de programas assistenciais promovidos por seus mantenedores. A Política Previdencial do Banrisul executada pela Fundação Banrisul de Seguridade Social (FBSS), instituída em 29 de janeiro de 1963 em conformidade com a legislação então vigente, tem como fundamentação legal o artigo 202 da Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, as Leis Complementares de n° s 108 e 109 de 29 de maio de 2001, demais normas legais em vigor emanadas por órgãos reguladores ligados ao Ministério de Previdência e Assistência Social (MPAS), como a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), o Estatuto Social da Entidade Gestora e respectivos regulamentos dos Planos de Benefícios, também em concordância com a Resolução de nº 3.792 do Conselho Monetário Nacional de 24 de setembro de 2009, em que são nomeados pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Pensão os Administradores Tecnicamente Qualificados para a Gestão dos Investimentos. A Fundação Banrisul de Seguridade Social é dotada de autonomia administrativa, tendo como finalidade instituir planos de benefícios de natureza previdenciária aos seus participantes, empregados das patrocinadoras e respectivos beneficiários, mediante contribuições específicas, estabelecidas em seus planos e respectivos regulamentos. A partir de 06 de julho de 2009, foi aprovado um novo plano de benefícios de aposentadoria, denominado Banrisulprev (atualmente denominado FBPREV), que passou a ser oferecido aos empregados não associados ao Plano de Benefícios I. Esse novo plano, do tipo “contribuição variável”, entrou em funcionamento em novembro de 2009. De sua implantação em diante, o Plano de Benefícios I foi fechado para novas adesões. Com a aprovação pela Previc dos novos planos de benefícios ao final de 2013, a Fundação Banrisul iniciou, em 03 de fevereiro de 2014, o processo de migração voluntária e incentivada dos Participantes e Assistidos do Plano de Benefícios I para: (i) Plano Saldado, que é constituído no modelo de Benefício Definido, no qual o montante acumulado por todos os participantes fica em uma conta coletiva, e (ii) Plano FBPREV II, que é constituído no modelo contribuição variável, sendo contribuição definida na fase de acúmulo de reserva e benefício definido durante o pagamento do benefício vitalício. O referido processo de migração foi encerrado em 03 de abril de 2014. Em junho de 2014, por força dos dispositivos regulamentares, os patrocinadores efetuaram o aporte dos recursos relativos aos incentivos dos patrocinadores ao processo de migração. No caso do Patrocinador Banrisul, o valor aportado, calculado em fevereiro de 2013, corrigido pelo INPC e acrescido de juros de 5,5% a.a., é de R$255.064, que foram transferidos para os novos planos. Após a reestruturação do plano, a parcela remanescente da dívida contratada no montante de R$67.366 em 31 de dezembro de 2014 (31/12/2013 – R$67.312), foi distribuida da seguinte forma: Plano de Benefícios I (PBI) o valor de R$38.183, Plano de Benefícios Saldado (PBS) o valor de R$17.185 e Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II) o valor de R$11.998 e registrado na rubrica Outros Passivos Financeiros ao Custo Amortizado (Nota 16). Essa dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e atualizada pela variação do Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna – (IGP-DI), por meio de atualizações e pagamentos mensais, com prazo final em 2028. Após o processo de migração encerrado em 03 de abril de 2014, apresenta-se a seguir a quantidade de participantes em seus respectivos planos: | 83 Participantes PBI antes da Migração PBI após a Migração Plano Saldado Plano FBPREV II Ativos 8.145 1.021 1.715 5.409 Aposentados 4.779 3.577 1.110 92 41 - - 41 1.135 819 291 25 14.100 5.417 3.116 5.567 Inválidos Pensionistas Total Os Planos de Benefícios que dão suporte à Política de Previdência Complementar do Banco se fundamentam nos respectivos Regulamentos dos Planos, nos quais constam todos os direitos e obrigações dos Participantes e, das Patrocinadoras, o Plano de Custeio Atuarial, os prazos legais, a forma de pagamento das contribuições mensais e dos benefícios, o tempo de contribuição mínima e outros parâmetros necessários para o dimensionamento atuarial. Todos os Regulamentos são aprovados pelos órgãos legais internos de gestão, pela(s) Patrocinadora(s) e pelos órgãos federais de supervisão e regulação conforme legislação em vigor. O conjunto de hipóteses e métodos atuariais adotados nos cálculos atuariais resultou de um processo de interação entre a consultoria atuarial externa responsável pelos cálculos atuariais dos Planos de Benefícios administrados pela Fundação Banrisul, a Diretoria Executiva e os representantes do Conselho Deliberativo da Fundação, e conta com o aval das patrocinadoras dos Planos de Benefícios I e Saldado (modalidade de “benefício definido”) e dos Planos FBPREV e FBPREV II (modalidade de “contribuição variável”), conforme determina a Resolução CGPC n° 18/2006, alterada pela Resolução CNPC n° 9/2012. (b) Principais Premissas As principais premissas a seguir foram calculadas com base nas informações vigentes em 31 de dezembro de 2014 e 2013, sendo revisadas anualmente. Hipóteses Econômicas 31/12/2014 31/12/2013 Taxa de Desconto Nominal 11,17% a.a. 10,56% a.a. Taxa de Inflação de Longo Prazo 4,50% a.a. 4,50% a.a. Taxa de Crescimento Salarial Futuro 8,22% a.a. 8,22% a.a. Taxa de Crescimento dos Benefícios da Previdência Social e dos Limites 4,50% a.a. 4,50% a.a. Taxa de Crescimento do Custo Farmácia 5,50% a.a. 5,50% a.a. Hipóteses Demográficas Tábua de Mortalidade de Válido Tábua de Mortalidade de Inválidos 31/12/2014 AT-2000, específica por sexo, constituída com base na AT-2000 Basic suavizada em 10%. RRB 1983 desagravada em 50% 31/12/2013 AT-2000 Basic suavizada em 10%, segregada por sexo RRB 1983 desagravada em 50% Tábua de Entrada em Invalidez Light Forte, específica por sexo Light Forte, específica por sexo Tábua de Rotatividade Experiência da consultoria atuarial ajustada à experiência das patrocinadoras agravada em 125% Experiência da consultoria atuarial ajustada à experiência das patrocinadoras agravada em 125% As premissas referentes à experiência de mortalidade são estabelecidas com base em opinião de atuários, ajustadas de acordo com o perfil demográfico dos empregados do Banrisul. Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em condições atuais do mercado. (c) Principais Riscos Atuariais O Banrisul e a Fundação Banrisul de Seguridade Social juntos poderão realizar estudos de confrontação ativo/passivo com o objetivo de buscar operações no mercado financeiro de capitais e de seguros, visando à redução ou eliminação dos riscos atuariais dos Planos. Através de seus planos de benefícios definidos, o Banrisul está exposto a uma série de riscos, sendo os mais significativos: 84 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Volatilidade dos Ativos - as obrigações do plano são calculadas usando uma taxa de desconto que é estabelecida com base na rentabilidade de títulos privados ou do governo, na ausência de mercado ativo; caso os ativos do plano não atinjam essa rentabilidade, isso criará um déficit. Os planos do Brasil e dos Estados Unidos mantêm uma proporção significativa de ações, cujo rendimento se espera que supere o dos títulos privados no longo prazo, enquanto resultará em volatilidade e risco no curto prazo. Variação na Rentabilidade dos Títulos - uma diminuição na rentabilidade de títulos privados ou governamentais resultará no aumento das obrigações do plano, embora essa variação seja compensada parcialmente por um aumento no valor justo dos títulos detidos pelos planos. Risco de Inflação - algumas obrigações dos planos de pensão do Grupo são vinculadas à inflação, sendo que uma inflação maior levará a um maior nível de obrigações (embora, em muitos casos, existam limites ao nível de reajustes inflacionários permitidos para proteger o plano contra taxas extremas de inflação). A maior parte dos ativos do plano ou não são afetados (títulos com juros pré-fixados) ou têm uma pequena correlação (ações) com a inflação, o que significa que uma alta na inflação resultará também em alta no déficit. Expectativa de Vida - a maior parte das obrigações dos planos consiste na concessão de benefícios vitalícios aos participantes. Por essa razão, aumentos na expectativa de vida resultarão em aumento nas obrigações dos planos. (d) Descrições dos Planos e Outros Benefícios de Longo Prazo Plano de Benefícios I (PBI) - os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “benefício definido”, abrangem aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-reclusão, auxílio-funeral e abono anual. A contribuição normal do participante ativo corresponde a uma importância mensal equivalente ao produto da aplicação das seguintes taxas: (i) Um percentual geral fixado em 3% (três por cento) aplicável ao salário de participação; (ii) Um primeiro percentual adicional igual a 2% (dois por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de participação sobre a metade do maior salário de benefício da Previdência Social; e (iii) Um segundo percentual adicional igual a 7% (sete por cento), aplicável ao excesso (se existir) do salário de participação sobre o maior salário de benefício da Previdência Social. O valor atual de obrigações de planos de pensão de beneficio definido é obtido por cálculos atuariais, que utilizam um conjunto de premissas econômicas, financeiras e biométricas. Entre as premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão. O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, observando os princípios estabelecidos pela Deliberação CVM n° 695/12, a qual é usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão. Ao determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul considera as taxas de juros de títulos do Tesouro Nacional, denominados em reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de vencimentos próximos dos prazos das respectivas obrigações. Em conformidade com a Instrução Previc n° 09, de 14 de dezembro de 2010, combinadas com a Instrução Previc n° 01, de 12 de abril de 2013, a Fundação Banrisul de Seguridade Social elabora estudos visando ao estabelecimento do perfil dos vencimentos das obrigações do Plano de Benefícios I com a apuração do duration e outras análises de distribuição do pagamento dos benefícios. Plano de Benefícios Saldado (PBS) - os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “benefício definido”, abrangem benefício saldado de aposentadoria, benefício saldado de invalidez, pensão por morte, auxílio-funeral e abono anual. | 85 Não haverá contribuição normal ao plano de benefício saldado e, quando estiver apto a se aposentar, receberá um benefício proporcional ao tempo que contribuiu ao PBI. Plano de Benefícios FBPREV II - os benefícios assegurados por esse plano, na modalidade de “contribuição variável”, abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal, aposentadoria antecipada e auxílio-funeral, e benefícios com características de benefício definido, que são a aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio-doença, abono anual, benefício mínimo e pensão por morte. A contribuição normal do participante é composta de três parcelas: (i) Parcela básica: 3% a 5% aplicado sobre o salário de participação. (ii) Parcela adicional: pode variar entre 5% e 10% aplicado sobre a parcela do salário de participação que exceder a 9 (nove) unidades de referência. (iii) Parcela variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente pelo atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas do plano. Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não inferiores a 1 (uma) unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador. O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes. Plano de Benefícios FBPREV (anteriormente denominado Banrisulprev) - os benefícios assegurados por esse plano, na modalidade de “contribuição variável”, abrangem benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal, aposentadoria antecipada e auxílio-funeral, e benefícios com características de benefício definido, que são a aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxíliodoença, abono anual, benefício mínimo e pensão por morte. A contribuição normal do participante é composta de três parcelas: (i) Parcela básica: 1% a 3% aplicado sobre o salário de participação. (ii) Parcela adicional: pode variar entre 1% e 7,5% aplicado sobre a parcela do salário de participação que exceder a 9 (nove) unidades de referência. (iii) Parcela variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente pelo atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas do plano. Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não inferiores a 1 (uma) unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador. O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes. Plano de Saúde, Odontológico e Auxílio Medicamento - o Banrisul oferece planos de saúde e odontológico e auxílio-medicamento, por meio da Cabergs, a seus funcionários ativos e aos aposentados pela Fundação Banrisul. Prêmio Aposentadoria (Benefício Pós-Emprego) - o Banrisul concede aos seus funcionários um prêmio por aposentadoria que é pago integralmente na data em que o funcionário se desliga da empresa por aposentadoria. 86 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 A composição do ativo/ (passivo) atuarial líquido preparado com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2014 e 2013 de acordo com IAS 19 (rev. 2011) é demonstrada a seguir: Movimentação da Posição Líquida do Balanço em 31/12/2014 Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria (1.834.273) (913.080) (46.146) (4.120) (133.635) (123.532) Valor Justo dos Ativos 1.723.544 906.217 53.933 3.862 219.556 - Superávit/ (Déficit) (110.729) (6.863) 7.787 (258) 85.921 (123.532) Valor Presente das Obrigações Atuariais Teto do Ativo - (286) (7.643) (7) - - (110.729) (7.149) 144 (265) 85.921 (123.532) Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria (3.205.596) - - (2.078) (132.981) (109.930) Valor Justo dos Ativos 2.755.889 - - 1.586 193.086 - Superávit/ (Déficit) (449.707) - - (492) 60.105 (109.930) Ativo (Passivo) Atuarial Líquido (449.707) - - (492) 60.105 (109.930) Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria 3.205.596 - - 2.078 132.981 109.930 5.367 - 250 (41) 1.448 3.348 246.431 55.993 2.329 202 13.860 9.605 Contribuições dos Participantes do Plano 32.795 2.434 - 759 - - (Ganhos) /Perdas Atuariais - Experiência 70.677 8.331 8.558 1.350 390 20.003 (Ganhos) /Perdas Atuariais – Premissas Financeiras (125.733) (44.460) (1.658) (220) (9.121) (3.768) Benefícios Pagos sobre Ativos do Plano (203.936) (38.961) (1.682) (8) (3.493) - - - - - (2.430) (15.586) Mudança de Plano - 952.789 38.349 - - - Redução do Plano (308.817) - - - - - (1.088.107) (23.046) - - - - 1.834.273 913.080 46.146 4.120 133.635 123.532 Ativo (Passivo) Atuarial Líquido Movimentação da Posição Líquida do Balanço em 31/12/2013 Valor Presente das Obrigações Atuariais Movimentação do Valor Presente das Obrigações Atuariais em 31/12/2014 Valor Presente das Obrigações Atuariais em 1º de Janeiro Custo de Serviço Corrente Custo Financeiro Benefícios Pagos Diretamente pela Companhia (Ganhos) /Perdas na Liquidação Valor Presente das Obrigações Atuariais no Final do Período | 87 Movimentação do Valor Presente das Obrigações Atuariais em 31/12/2013 Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria 3.681.721 - - 1.482 149.144 110.307 26.603 - - 91 1.508 3.735 309.835 - - 117 12.827 8.224 Contribuições dos Participantes do Plano 26.086 - - 699 - - (Ganhos) /Perdas Atuariais - Experiência 342.621 - - 508 14.044 2.178 (Ganhos) /Perdas Atuariais – Premissas Financeiras (967.100) - - (381) (39.348) (11.311) Benefícios Pagos sobre Ativos do Plano (214.170) - - (438) (2.911) - - - - - (2.283) (3.203) 3.205.596 - - 2.078 132.981 109.930 Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria 2.755.889 - - 1.586 193.086 - Receitas de Juros sobre os Ativos do Plano 222.500 56.006 2.609 221 20.029 - Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano 156.165 (6.876) 9.881 610 6.441 - Contribuições do Empregador 33.259 5.061 724 694 - - Contribuições dos Empregados 32.795 2.434 - 759 - - (203.936) (38.961) (1.682) (8) - - Transferências de Pagamentos - 907.110 42.401 - - - (Ganhos) /Perdas na Liquidação - (18.557) - - - - (1.273.128) - - - - - 1.723.544 906.217 53.933 3.862 219.556 - Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria 3.236.083 - - 851 167.355 - 275.167 - - 102 14.099 - (598.498) - - (308) 11.632 - Contribuições do Empregador 31.221 - - 680 - - Contribuições dos Empregados 26.086 - - 699 - - Benefícios Pagos (214.170) - - (438) - - Valor Justo dos Ativos do Plano no Final do Período 2.755.889 - - 1.586 193.086 - Valor Presente das Obrigações Atuariais em 1º de Janeiro Custo de Serviço Corrente Custo Financeiro Benefícios Pagos Diretamente pela Companhia Valor Presente das Obrigações Atuariais no Final do Período Movimentação do Valor Justo dos Ativos do Plano em 31/12/2014 Valor Justo dos Ativos do Plano em 1° de Janeiro Benefícios Pagos Transferência de Ativos devido à Migração de Participantes Valor Justo dos Ativos do Plano no Final do Período Movimentação do Valor Justo dos Ativos do Plano em 31/12/2013 Valor Justo dos Ativos do Plano em 1° de Janeiro Receitas de Juros sobre os Ativos do Plano Retorno Esperado sobre os Ativos do Plano 88 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido do Plano em 31/12/2014 Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Anterior (449.707) - - (492) 60.105 (109.930) Custo dos Serviços Correntes 1.391.557 (948.300) (38.599) 40 (1.448) (3.348) Juros sobre o Ativo/(Passivo) do Benefício Líquido (23.931) 13 26 20 6.169 (9.605) Efeitos da Correção Reconhecidos no Resultado Abrangente 211.221 28.967 (4.408) (527) 15.172 (16.235) 33.259 5.061 724 694 5.923 - - - - - - 15.586 - Contribuições do Empregador Benefícios Pagos Transferências de Pagamentos - 907.110 42.401 - - (1.273.128) - - - - - (110.729) (7.149) 144 (265) 85.921 (123.532) Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria (445.638) - - (631) 18.211 (110.307) Custo dos Serviços Correntes (26.603) - - (91) (1.508) (3.735) Juros sobre o Ativo/(Passivo) do Benefício Líquido (34.668) - - (15) 1.272 (8.224) Efeitos da Correção Reconhecidos no Resultado Abrangente 25.981 - - (435) 36.936 9.133 Contribuições do Empregador 31.221 - - 680 5.194 - - - - - - 3.203 (449.707) - - (492) 60.105 (109.930) Prêmio Aposentadoria Transferência de Ativos devido à Migração de Participantes Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Atual Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido do Plano em 31/12/2013 Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Anterior Benefícios Pagos Ativo (Passivo) Atuarial Líquido no Final do Período Atual Custo Estimado do Benefício Definido para o Exercício de 2015 Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Custo dos Serviços Correntes 1.043 - 2.515 1.232 1.385 3.805 Juros Líquido sobre o Passivo/(Ativo) Atuarial 7.669 (755) (489) (106) 1.614 11.595 Despesa/(Receita) Atuarial Estimada 8.712 (755) 2.026 1.126 2.999 15.400 As estimativas de pagamentos de benefícios para os próximos 10 anos são demonstradas a seguir: Período do Pagamento Estimado Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria 2015 200.088 73.371 2.463 26 7.414 39.461 2016 207.621 78.659 2.542 24 7.667 10.057 2017 214.575 83.891 2.620 27 8.545 8.601 2018 221.739 88.637 2.697 30 9.282 8.942 2019 228.673 92.685 2.770 34 10.089 8.935 1.239.872 522.088 14.831 240 66.798 78.419 2020 a 2024 | 89 Outros dados acerca dos planos são demonstrados a seguir: Quantidade de Participantes em 31/12/2014 Ativos Aposentados Aposentados por Invalidez Pensionistas Total Quantidade de Participantes em 31/12/2013 Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria 827 1.505 5.335 4.696 5.638 11.630 3.673 1.301 102 - 4.557 - - - 40 2 - - 829 295 29 1 947 - 5.329 3.101 5.506 4.699 11.142 11.630 Plano de Benefícios I Plano Saldado Plano FBPREV II Plano FBPREV Plano de Saúde Prêmio Aposentadoria Ativos 7.241 - - 4.274 5.376 11.783 Aposentados 4.740 - - - 4.320 - Pensionistas 1.118 - - 1 967 - 13.099 - - 4.275 10.663 11.783 Total 90 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (e) Análise de Sensibilidade As premissas adotadas para o cálculo atuarial do plano de benefício definido têm um efeito significativo sobre os montantes divulgados. Apresenta-se a seguir o impacto no cálculo dos benefícios considerando a alteração das premissas assumidas. Plano de Benefícios I (PBI) – 31/12/2014 Impacto em R$ Mil Efeito na Obrigação (99.136) Descrição da Premissa Dados Considerados no Laudo Atuarial Avaliação do Impacto Taxa de Desconto 11,68% Aumento de 0,5% Taxa de Desconto 10,64% Redução de 0,5% 107.650 Tábua de Mortalidade AT -2000 (1) Aumento de 10% (40.156) Tábua de Mortalidade AT -2000 (1) Redução de 10% 43.516 Descrição da Premissa Dados Considerados no Laudo Atuarial Avaliação do Impacto Taxa de Desconto 11,68% Aumento de 0,5% Taxa de Desconto 10,64% Redução de 0,5% 52.030 Tábua de Mortalidade AT -2000 (1) Aumento de 10% (14.595) Tábua de Mortalidade AT -2000 (1) Redução de 10% 15.738 Plano de Benefícios Saldado (PBS) – 31/12/2014 Impacto em R$ Mil Efeito na Obrigação (47.611) Plano de Benefícios FBPREV II (FBPREV II) – 31/12/2014 Descrição da Premissa Dados Considerados no Laudo Atuarial Avaliação do Impacto Taxa de Desconto 11,68% Aumento de 0,5% Impacto em R$ Mil Efeito na Obrigação (1.808) Taxa de Desconto 10,64% Redução de 0,5% 1.938 Tábua de Mortalidade AT -2000 (2) agravada em 10% Aumento de 10% 671 Tábua de Mortalidade AT -2000 (2) desagravada em 10% Redução de 10% (635) Plano de Benefícios FBPREV (FBPREV) – 31/12/2014 Descrição da Premissa Dados Considerados no Laudo Atuarial Avaliação do Impacto Taxa de Desconto 11,68% Aumento de 0,5% Impacto em R$ Mil Efeito na Obrigação (175) Taxa de Desconto 10,64% Redução de 0,5% 188 Tábua de Mortalidade AT -2000(2) agravada em 10% Aumento de 10% 170 Tábua de Mortalidade AT -2000(2) desagravada em 10% Redução de 10% (177) Descrição da Premissa Dados Considerados no Laudo Atuarial Avaliação do Impacto Taxa de Desconto 11,17% Aumento de 0,5% Impacto em R$ Mil Efeito na Obrigação (2.209) Taxa de Desconto 11,17% Redução de 0,5% 2.394 Tábua de Mortalidade AT -2000(3) Aumento de 10% (798) Tábua de Mortalidade AT -2000(3) Redução de 10% 864 Descrição da Premissa Dados Considerados no Laudo Atuarial Avaliação do Impacto Taxa de Desconto 11,17% Aumento de 0,5% Taxa de Desconto 11,17% Plano de Saúde – 31/12/2014 Auxílio Medicamento – 31/12/2014 Impacto em R$ Mil Efeito na Obrigação (4.600) Redução de 0,5% 5.125 Tábua de Mortalidade Aumento de 10% (2.124) Tábua de Mortalidade Redução de 10% 2.376 Prêmio Aposentadoria – 31/12/2014 Descrição da Premissa Dados Considerados no Laudo Atuarial Avaliação do Impacto Taxa de Desconto 11,68% Aumento de 0,5% Impacto em R$ Mil Efeito na Obrigação (3.039) Taxa de Desconto 10,64% Redução de 0,5% 3.232 Tábua de Mortalidade AT -2000(2) agravada em 10% Aumento de 10% (229) Tábua de Mortalidade AT -2000(2) desagravada em 10% Redução de 10% 230 (1) AT – 2000 Basic segregada por sexo suavizada em 10% (2) AT – 2000 Basic suavizada em 10% (3) AT – 2000 suavizada em 10% | 91 31. COMPROMISSOS E OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES (a) Compromissos para aquisição de ativos - o Banrisul não dispõe de compromissos para aquisição de ativos contratados na data do balanço, ainda não incorridos. (b) Compromissos com arrendamento mercantil operacional - o Banrisul aluga propriedades, principalmente utilizadas como agências, com base em contrato padrão, o qual pode ser cancelado por sua vontade e inclui o direito de opção de renovação e cláusulas de reajuste, enquadrados no conceito de arrendamento mercantil operacional. O total dos pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis em 31 de dezembro de 2014 é de R$207.918 sendo R$55.971 com vencimento até um ano, R$138.080 de um a cinco anos e R$13.867 acima de cinco anos. Os pagamentos de arrendamento mercantil operacional, reconhecidos como despesas no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, totalizavam R$69.689. Os contratos de aluguel mensais serão reajustados anualmente, conforme legislação em vigor, de acordo com a variação do IGP-M. (c) O Banrisul é responsável pela custódia de 662.961 mil títulos de clientes (31/12/2013 – 479.411 mil). (d) O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras, que apresentaram os seguintes patrimônios líquidos: 31/12/2014 31/12/2013 7.987.313 5.624.181 173.411 129.275 Fundos de Ações 57.097 77.934 Fundos de Aposentadoria Programada Individual 18.512 18.379 Fundos de Investimentos(1) Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos de Investimento Fundo para Garantia de Liquidez dos Títulos da Dívida Pública do 359.554 2.127.770 Carteiras Administradas Estado do Rio Grande do Sul 631.620 1.556.956 Clubes de Investimentos 1.226 1.485 Total 9.228.733 9.535.980 (1) As carteiras dos fundos de investimentos são compostas principalmente por títulos de renda fixa e de renda variável, e seus valores de patrimônio líquido encontram-se ajustados pelas respectivas marcações a mercado na data-base. Os fundos de investimento administrados pelo Banrisul não são apresentados na demonstração consolidada da posição financeira, já que os respectivos ativos são de propriedades de terceiros. As tarifas e as comissões auferidas durante o exercício pelos serviços prestados a esses fundos são reconhecidas sob a rubrica “Receitas de Prestação de Serviços” na demonstração consolidada do resultado. (e) A controlada Banrisul S.A. Administradora de Consórcios é responsável pela administração de 173 grupos (178 em 31/12/2013) de consórcios distribuídos entre imóveis, motos, veículos e tratores que reúnem 39.929 consorciados ativos (39.432 em 31/12/2013). 32. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS (a) O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. mantém relacionamentos comerciais com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e as empresas por ele controladas, Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE, Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN, Companhia de Gás do Rio Grande do Sul - SULGÁS, Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A. - CEASA, Companhia Estadual de Silos e Armazéns - CESA, Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas - CORAG, Companhia Riograndense de Mineração - CRM, Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul – PROCERGS e Badesul Desenvolvimento S.A. – Agência de Fomento/RS e Banco Regional de Desenvolvimento do extremo Sul – BRDE, e as empresas controladas indiretamente, Fundação Banrisul de seguridade Social – FBSS e Caixa de Assistência dos Empregados do banco do Estado do Rio Grande do Sul - Cabergs a seguir demonstradas: 92 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Governo do Estado do Rio Grande do Sul Em 28 de junho de 2012 foi estabelecido Termo de Convênio de n° 1.201/12, entre o Banrisul e o Estado do Rio Grande do Sul, no qual o Estado assegura ao Banrisul a exclusividade na prestação dos serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal dos servidores ativos e inativos, pensionistas vitalícios e especiais do Poder Executivo (Administração Direta), e dos pensionistas previdenciários (Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul – IPERGS) pelo prazo de cinco anos e mantendo a concessão do canal, pelo Estado, para realização de empréstimos consignados em folha de pagamento. No mesmo Termo de Convênio, em razão da reciprocidade na prestação de serviços, o Banrisul libera o Estado do Rio Grande do Sul de qualquer custo associado à prestação dos serviços bancários de arrecadação de receitas e tributos estaduais, débitos em contas correntes, extratos de FGTS e serviços de cobrança de créditos imobiliários. O Banrisul também é prestador de serviços nos repasses financeiros realizados pelas secretarias quanto à destinação de valores vinculados aos programas sociais e efetua serviços de atualização de dados cadastrais de servidores inativos e de detentores de pensões especiais ou vitalícias oriundas da Administração Direta. Esses serviços não são remunerados. Além disso, o Banrisul efetua o pagamento de fornecedores relacionados ao sistema de Finanças Públicas e processa as movimentações relacionadas ao Sistema Integrado de Administração de Caixa – SIAC, responsável por centralizar em conta bancária única as disponibilidades dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Estado e de suas controladas. Esses serviços não são remunerados. O Banrisul também efetua para diversas fundações e autarquias outros serviços de cobrança por meio de arrecadação e fornecimento de cartão-refeição e combustível. Esses serviços geraram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, receita no valor de R$10.448. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line, e esse serviço não é remunerado. O Banrisul adquiriu direitos de créditos do FCVS, conforme descrito na Nota 06. Em 31 de dezembro de 2014, os créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos de rendimentos incorridos até a data das demonstrações financeiras, no valor de R$755.299. O Banrisul tem contratos de arrendamento de imóveis pertencentes ao Estado, que geraram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, despesas no montante de R$1.240. O Banrisul dispõe de acordo com o Estado de cessão de funcionários, segundo o qual o Estado cedeu 8 (oito) funcionários e recebeu 12 (doze) funcionários alocados em secretarias e fundações. Os custos com esses funcionários são ressarcidos pelas partes. Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados ao pagamento de pessoal e tem contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O Banco é também agente arrecadador pelo serviço de arrecadação das contas de consumo emitidas pela CEEE e pelo fornecimento de cartão-combustível e, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, foi remunerado em R$3.563 por esses serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line. Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal. O Banco é também agente arrecadador das contas de consumo emitidas pela CORSAN e pelo fornecimento de cartão-combustível e, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, foi remunerado em R$4.875 por esses serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line. | 93 O Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos dessa companhia com o BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a essas operações. SULGÁS, CEASA, CESA, CORAG, CRM e PROCERGS O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal com as empresas acima mencionadas e, com a SULGÁS, a CEASA e a CESA, tem contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural emitida por essas companhias e o fornecimento de cartão-refeição e combustível também são de responsabilidade do Banrisul e, para tanto, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 o Banco foi remunerado em R$282 por esses serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line. A SULGÁS dispõe ainda de aplicações financeiras com remuneração atrelada à variação do CDI, bem como o Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos dessa companhia com o BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a essas operações. Badesul Desenvolvimento S.A. - Agência de Fomento/RS O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e tem contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural e o fornecimento de cartão-refeição também são de responsabilidade do Banrisul e, para tanto, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, o Banco foi remunerado em R$87 sobre esses serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line. O Banrisul tem acordo de cessão de empregados, segundo o qual cedeu 3 (três) de seus funcionários e recebeu 1 (um). Os custos desse acordo são ressarcidos pelas partes. Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e tem contrato de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento relativos aos funcionários alocados no Rio Grande do Sul, sendo também responsável pelo serviço de cobrança escritural. Fundação Banrisul de Seguridade Social - FBSS Conforme descrito na Nota 30, o Banrisul tem dívida contratada em 31 de março de 1998 relativa à parcela remanescente do déficit atuarial, no montante de R$67.366. Essa dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e atualizada pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna – IGP-DI, por meio de atualizações mensais, com prazo final em 2028. Para a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos funcionários, o Banrisul contribuiu para a Fundação, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, com o montante de R$55.363, conforme descrito na Nota 25. O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal bem como de aposentadorias e pensões dos beneficiários da Fundação Banrisul. A Fundação dispõe também de fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul. As aplicações financeiras efetuadas pela Fundação com o Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI. O Banrisul tem contratos de arrendamento de imóveis pertencentes à Fundação Banrisul, que geraram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, despesas no montante de R$7.754. 94 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Cabergs O Banrisul oferece benefícios de assistência médica e odontológica a seus funcionários e aposentados pela Fundação Banrisul, que geraram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, despesas no montante de R$34.520. O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e de fornecedores. A Cabergs dispõe de fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul. As aplicações financeiras efetuadas pela Cabergs com o Banrisul são remuneradas com taxas atreladas à variação do CDI. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas por meio do Portal de Compras Pregão On Line e esse serviço não é remunerado. Todas as transações remuneradas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações. Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. Com o objetivo de ampliar canais de relacionamento com clientes em escala nacional, o Banrisul mantém uma parceria com a promotora de vendas Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A. para atuar na geração de crédito consignado. Sobre os serviços prestados de originação de crédito consignado por meio dos convênios, o Banrisul pagou para a Bem Promotora de Vendas e Serviços S.A., no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, o montante de R$115.091 a título de comissões e taxas de performance. Fundos de Investimentos e Carteiras Administradas O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras administradas, que são compostas principalmente por títulos de renda fixa e de renda variável. O Administrador foi responsável pela realização, como contraparte, das operações compromissadas dos Fundos que tiveram como lastro títulos públicos federais. Essas operações apresentaram no período um volume médio diário de R$59.793, que representou 32,28% sobre o patrimônio líquido médio dos fundos. Essas operações foram realizadas em condições de mercado no que se refere a prazos e taxas praticadas. A Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio foi responsável pela realização, como contraparte, das operações de compra e venda de ações dos Fundos de Ações administrados pelo Banrisul realizadas no exercício. Essas operações apresentaram um volume de R$61.055, que representou 86,3% sobre o patrimônio líquido médio dos fundos de ações no mesmo período, e foram realizadas a preço de mercado por meio de pregão eletrônico da BM&FBovespa. Essas operações incorreram em uma corretagem de R$55. As transações com controladores e controladas estão demonstradas a seguir: Ativos (Passivos) Receitas (Despesas) 2014 2013 01/01 a 31/12/2014 01/01 a 31/12/2013 (693.911) (2.486.493) (195.262) (240.668) 19.299 18.165 1.945 1.428 2.011 8.227 267 528 16.399 15.169 - - Captações com Clientes (362.885) (351.587) - - Captações no Mercado Aberto (1) (359.554) (2.127.770) (196.234) (241.533) Governo do Estado do Rio Grande do Sul Caixa e Equivalentes de Caixa Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado Outros Ativos Outros Passivos (9.181) (48.697) (1.240) (1.091) Fundação Banrisul de Seguridade Social (72.715) (69.690) (14.807) (16.605) Outros Passivos Financeiros ao Custo Amortizado (72.029) (69.076) (7.052) (9.940) (686) (766.626) (614) (2.556.183) (7.755) (210.069) (6.665) (257.273) Outros Passivos Total Essas captações são remuneradas a 100% da taxa Selic. | 95 (b) Remuneração do Pessoal-Chave da Administração Anualmente na Assembleia Geral Ordinária são fixados: (i) O montante global anual da remuneração dos Administradores, dos membros do Conselho de Administração, dos membros do Conselho Fiscal e dos membros do Comitê de Auditoria, conforme determina o Estatuto Social; e (ii) A verba destinada a custear planos de previdência complementar aberta dos administradores, dentro do plano de previdência destinado aos funcionários e administradores do Banrisul e das suas controladas. Em 2014, foi deliberado o valor máximo individual anual de R$448 para remuneração dos Diretores (proventos e gratificações), do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014, as remunerações estão demonstradas a seguir: Benefícios de Curto Prazo Proventos Gratificações Encargos Sociais Total 01/01 a 31/12/2014 3.317 01/01 a 31/12/2013 68 108 3.208 697 635 4.082 3.951 O Banrisul custeia planos de previdência complementar de contribuição definida aos administradores que pertencem ao quadro de funcionários. No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 as contribuições à Fundação Banrisul de Seguridade Social montavam R$56 (2013 – R$46). O Banrisul dispõe de seguro de responsabilidade civil para os diretores e membros dos conselhos, e pagou prêmio de seguro no montante de R$80. O Banrisul não tem benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações para seu pessoal-chave da Administração. (c) Outras Informações (i) Conforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos para: Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau; Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; e Pessoas jurídicas que participem com capital de mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer diretores ou administradores da própria instituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º grau. Dessa forma, não são efetuados pelo Banrisul empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva e seus familiares. (ii) Em dezembro de 2014, em continuidade a fato relevante divulgado em data 14/07/2014, foi assinado contrato de parceria entre Banrisul e a Icatu Seguros S.A. para constituição de empresa seguradora no ramo de vida e previdência. A efetivação da operação esta sujeita à aprovação dos Órgãos Reguladores. 96 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 (d) Participação Acionária Os membros da Diretoria, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria têm, em conjunto, a seguinte participação acionária no Banrisul em 31 de dezembro de 2014: Ações Quantidade Ações Ordinárias 105 Ações Preferenciais 294 Total de Ações 399 | 97 GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Secretaria da Fazenda Banco do Estado do Rio Grande do Sul Diretoria TÚLIO LUIZ ZAMIN Presidente GUILHERME CASSEL Vice-Presidente JOÃO EMILIO GAZZANA JOEL DOS SANTOS RAYMUNDO JONE LUIZ HERMES PFEIFF JULIMAR ROBERTO ROTA LUIZ CARLOS MORLIN VICENTE JOSÉ RAUBER Diretores Conselho de Administração ODIR ALBERTO PINHEIRO TONOLLIER Presidente TÚLIO LUIZ ZAMIN Vice-Presidente ALDO PINTO DA SILVA DILIO SERGIO PENEDO GUILHERME CASSEL JOÃO ACIR VERLE JUÇARA MARIA DUTRA VIEIRA MARCELO TUERLINCKX DANÉRIS Conselheiros WERNER KÖHLER Contador CRCRS 38.534 98 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM IFRS | Dezembro 2014 Rua Caldas Júnior, 108 Porto Alegre - RS - Brasil SAC 0800 646 1515 Ouvidoria 0800 644 2200 | 99