Protocolo de Fitoterapia

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PROTOCOLO
DE
Fitoterapia
SECRETARIA MUNICIPAL
DE SAÚDE
LONDRINA - 2006
1ª EDIÇÃO
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PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA
Prefeito
Nedson Luiz Micheleti
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE
Secretário
Sílvio Fernandes da Silva
2001–Junho/2006
Josemari S. de Arruda Campos
Julho/2006
DIRETORIA DE AÇÕES EM SAÚDE
Diretor
Brígida Gimenez de Carvalho
2001 – 2005
Marcelo Viana de Castro
Jan/2005 – Junho/2006
Sonia Regina Nery
Julho/2006
PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
Coordenador
Marilda Kohatsu
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Produção, distribuição e informações:
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE LONDRINA
Superintendência Municipal: Josemari S. de Arruda
Diretoria de Ações em Saúde: Sonia Regina Nery
Endereço:
Rua Jorge Casoni, 2350.
CEP: 86010-250
Telefone (43)3376-1800
FAX (43)3376-1804
E-mail: [email protected]
Site: www.londrina.pr.gov.br/saude
1ª Edição. 2006
Marcelo Ribeiro Máximo - Artes Gráficas/Informática/AMS/PML
Visualitá Programação Visual
CAPA/CONTRACAPA:
PROJETO GRÁFICO:
CATALOGAÇÃO: Sueli Alves da Silva CRB 9/1040
L838s
LONDRINA. Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde.
Fitoterapia: protocolo/. Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de
Saúde-- 1. ed.-- Londrina, PR: [s.n], 2006.
89 p. : il. color.-Vários colaboradores.
Bibliografia.
1-Fitoterapia – protocolo. 2. Saúde coletiva – Londrina. I. Autor.
CDU 616.89(816.22)
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EQUIPE RESPONSÁVEL
AUTORES
Rui Cepil Diniz
Médico
Fitoterapia
US Warta
Sônia Hutul Silva
Enfermeira
Enfermagem do Trabalho
DSA
CONSULTORA
Maria Emi Shimazaki
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APRESENTAÇÃO
O estabelecimento da missão da Autarquia Municipal de Saúde pressupõe a promoção da saúde
e qualidade de vida da população, por meio de ações integrais e intersetoriais, confere centralidade à política de qualidade como um dos maiores desafios a serem alcançados. Acredita-se que
o alcance desse objetivo envolva a ampliação da satisfação dos usuários com os serviços.
Entretanto, na área pública, o conceito de qualidade deve ser ampliado à aplicação dos recursos
públicos de forma eficiente, eficaz e efetiva. É neste contexto que se insere a utilização adequada
da tecnologia disponível, visando ao aprimoramento da qualidade técnico-científica, sendo a
proposição de protocolos uma das ferramentas fundamentais neste processo. Os protocolos, sob
a forma de uma documentação sistematizada, normatizam o padrão de atendimento à saúde. Na
rede municipal de saúde de Londrina, sentiu-se a necessidade de um instrumento que orientasse
a atuação, estabelecendo fluxos integrados na rede de assistência e medidas de suporte, definindo competência e responsabilidade dos serviços, das equipes e dos diversos profissionais que
compõem as Equipes de saúde da família. Para a elaboração desses protocolos, foram identificadas as principais demandas para atenção primária à saúde e instituídos grupos-tarefa para a
elaboração dos mesmos. As áreas priorizadas foram:
Livro 1 – Saúde da Criança
Livro 2 – Saúde da Mulher - Protocolo de atenção integral à gestante de baixo risco e puérpera;
- Protocolo de detecção e controle do câncer de colo de
útero e de mama;
- Protocolo de Planejamento familiar.
Livro 3 – Saúde do Adulto - Protocolo de Hipertensão Arterial;
- Protocolo de Diabetes Mellitus;
- Protocolo de Dislipidemias
Livro 4 – Fitoterapia
Livro 5 – Cuidados de Enfermagem
Livro 6 – Asma
Livro 7 - Imunização
Sendo assim, espera-se que na continuidade do empenho do grupo tarefa na produção deste
material, ocorra a incorporação pelos atores no cotidiano da gestão clínica do cuidado, a se
traduzir na melhoria das condições de saúde e de vida das populações sob nossa responsabilidade.
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AGRADECIMENTOS
Este protocolo é resultado de um trabalho desenvolvido ao longo dos últimos dois anos no município de Londrina. Vários profissionais participaram em diferentes momentos deste processo, colaborando com sua experiência e conhecimento. Agradecemos a todos os profissionais que colaboraram, em especial à Enfermeira Brígida Gimenez Carvalho pelo seu empenho e determinação
enquanto Diretora da DAS, na realização deste material técnico-científico
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
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1. A FITOMEDICINA
1.1
O Histórico
15
1.2
As Justificativas
15
1.3
A Fitoterapia x a Homeopatia
17
1.4
As Transformações das Plantas Medicinais
17
1.5
Os Princípios Ativos Vegetais
20
2. AS PLANTAS MEDICINAIS
2.1
Algumas Plantas: Indicações e Formas de uso
2.2
As Plantas Contra-indicadas Durante
2.3
a Gravidez e Lactação
26
Os Cuidados com os Fitoterápicos
28
3. O PROGRAMA MUNICIPAL
3.1
21
DE
FITOTERAPIA
A Operacionalização
29
4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
10
4.1
Própolis Gel
30
4.2
Espinheira Santa (Maytenus ilicifolia)
32
4.3
Ginkgo biloba (Ginkgo biloba)
34
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4.4
Isoflavona de soja (Glycine max)
37
4.5
Guaco (Mikania glomerata)
40
4.6
Malva (Malva sylvestris)
42
4.7
Pfaffia (Pfaffia sp)
44
4.8
Sene (Cassia angustifolia)
46
4.9
Valeriana (Valeriana officinalis)
48
4.10
Calêndula (Calêndula officinalis)
50
4.11
Funcho (Foeniculum vulgare)
52
4.12
Arnica (Solidago microglossa)
54
4.13
Papaína (Carica papaya)
55
4.14
Confrei (Symphitum officinale)
57
4.15
Cavalinha (Equisetum arvense)
58
4.16
Camomila (Matricária recutita)
60
4.17
Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum)
61
4.18
Fucus (fucus vesiculosus)
63
4.19
Fucus – Valeriana – Cavalinha
64
4.20
Quebra pedra (Phyllantus niruri)
65
4.21
Hipérico (Hypericum perforatum)
66
4.22
Capim Limão (Cymbopogon citratus)
69
4.23
Tansagem (Plantago major)
71
4.24
Alho (Allium sativum)
73
4.25
Passiflora (Passiflora alata)
75
5. CHÁS
78
ANEXO
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Bibliografia
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INTRODUÇÃO
O alto custo financeiro e o elevado número de efeitos colaterais dos medicamentos de síntese
têm nos levado a adotar uma medicina mais racional, onde as orientações gerais (dietéticas, exercícios físicos, técnicas de relaxamento, qualidade de vida, etc.) e as terapêuticas menos agressivas, vem ocupando cada vez mais espaço nas prescrições médicas.
O grande avanço da medicina não levou a uma redução tão grande assim da morbi-mortalidade
em geral. Percebe-se que o que mudou foi o perfil do doente e da doença, e não a quantidade ou
a gravidade destes ou daqueles. O número de consultas e o número de doentes aumentam a cada
dia, motivado por uma medicina pouco eficaz, onde o ser humano é subdividido em partes, o processo saúde doença não é muitas vezes sequer lembrado pelo médico assistente, e os interesses
econômicos se sobressaem, fazendo com que todos nós, profissionais e usuários, busquemos
soluções mágicas, onde um medicamento ou procedimento, por si só, seja o suficiente para resolver todos os nossos males.
O ser humano e sua saúde são a somatória de fatores genéticos e ambientais. Por enquanto,
ainda não podemos solucionar nossos problemas genéticos. Quanto aos ambientais, apesar de
nossa resistência em aceitar determinadas mudanças, é o que nos resta corrigir, para que atinjamos a tão sonhada saúde, que não se trata apenas da ausência de doenças aparentes, mas de
um estado pleno de bem estar físico, mental, psico-social e espiritual.
Temos na fitomedicina, uma ponte entre a alopatia e os métodos naturais de tratamento, onde
os fitocomplexos entram em substituição ou complementação dos medicamentos de síntese e dos
procedimentos técnico-cirúrgicos, usando produtos menos agressivos, mais fisiológicos e de
menor custo, com eficácia comparável aos medicamentos de síntese, e com menor incidência de
efeitos colaterais.
Não pretendemos que a fitomedicina venha como solução mágica, e muito menos desejamos
desprezar a alopatia e todos os demais progressos da medicina em todos estes anos, e sim,
acrescentar para os profissionais de saúde, mais esta forma de tratamento, antiga, porém atual,
acessível, eficaz e naturalmente adequada.
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1. A FITOMEDICINA
1.1 O HISTÓRICO
A Fitoterapia está entre as formas mais antigas de medicina, tendo o primeiro registro conhecido o “Pent Sao”, texto botânico-medicinal chinês, datado do ano de 2.800 a.C. O registro ocidental mais antigo é o papiro de Ebers, encontrado no Egito, do ano de 1.700 a.C.
Hipócrates, que viveu nos séculos IV e III a.C., já falava sobre o uso correto das plantas.
Dioscórides-em seu tratado “Matéria Médica” - cita 600 plantas medicinais de uso corrente na época.
Na idade média, a fitoterapia, assim como toda a ciência, sofreu um processo de estagnação,
tendo-se perdido muito da cultura popular e científica.
No Renascimento, com o aparecimento dos alquimistas e a descoberta das Américas com seus
Xamãs indígenas, houve também o “renascimento” da fitoterapia e outras práticas médicas.
No período pós-revolução industrial, com o início da indústria de síntese, a fitoterapia passa a
ser relegada a um plano secundário. Ressurge no final do século passado, com o nome de
Fitomedicina, que traz para a clínica, o uso tradicional de plantas medicinais.
1.2 AS JUSTIFICATIVAS
A Lei 8.080/90, em seu artigo 6º, estabelece como campo de atuação do Sistema Único de
Saúde (SUS), a “formulação da política de medicamentos (...) de interesse para a saúde (...)”. O
seu propósito é o de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a
promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais.
Segundo dados da OMS, 80% da população dos países em desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na Atenção Primária e, desse total, 85% usa plantas medicinais ou preparações à
base de plantas.
O uso de medicamentos fitoterápicos com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins
de diagnóstico, passou a ser oficialmente reconhecido pela OMS em 1978, que recomendou a difusão, em nível mundial, dos conhecimentos necessários para o seu uso.
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O interesse popular e institucional vem crescendo no sentido de fortalecer a fitoterapia no SUS,
uma vez que, depois da década de 80, diversas resoluções, portarias e relatórios foram elaborados com ênfase na questão das plantas medicinais. Dentre os quais podemos citar:
- A Portaria nº 212 de 11 de setembro de 1981, do Ministério da Saúde, que no item 2.4.3 define o estudo das plantas medicinais como uma das prioridades de investigação clínica; 1986, o
relatório final da 8a. Conferência Nacional de Saúde, Brasília – DF (Tema 02, item 03, letra a) refere: “introdução de práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito dos serviços de saúde,
possibilitando ao usuário o acesso democrático de escolher a terapêutica preferida”;
- 1987, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial – ONUDI, (Item 1-d)
propõe: “incluir a utilização de medicamentos fitoterápicos no Sistema Nacional de Assistência à
Saúde, assim como educação e capacitação em saúde em nível nacional”; 1988, a resolução nº
08/88 - CIPLAN (Comissão interministerial de planejamento), regulamenta a implantação da fitoterapia nos serviços de saúde, nas unidades federadas;
- 1991, o Parecer nº 06/91 do Conselho Federal de Medicina reconhece: “a atividade de fitoterapia desenvolvida sob a supervisão de profissional médico, é prática reconhecida pelo Ministério
da Saúde”;
- 1992, o parecer nº 04/92 do Conselho Federal de Medicina (aprovado em 15/01/92), reconhece a fitoterapia como método terapêutico;
- 1998, a Portaria nº 665, do Ministério da Saúde, cria a “Sub-Comissão Nacional de
Assessoramento em Fitoterápicos (CONAFIT)”;
Destaca-se também a Décima Conferência Nacional de Saúde, com as seguintes deliberações:
- Item 286.12: incorporar no SUS, em todo o País, as práticas de saúde como a fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as terapias alternativas e práticas populares;
- Item 351.10: O Ministério da Saúde deve incentivar a fitoterapia na Assistência Farmacêutica Pública
e elaborar normas para sua utilização, amplamente discutidas com os trabalhadores em saúde e especialistas, nas cidades onde existir maior participação popular, com gestores mais empenhados com a
questão da cidadania e dos movimentos populares.
DESTACA-SE FINALMENTE a Portaria Nº - 971, de 3 de maio de 2006 Ministério da Saúde que
Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de
Saúde, que recomenda, em caráter nacional, a adoção pela Secretaria de Saúde dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, a implantação das ações e serviços relativos às Práticas
Integrativas
e
Complementares
Social/Crenoterapia)
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(Fitoterapia,
Acupuntura,
Homeopatia,
Termalismo
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1.3 FITOTERAPIA X HOMEOPATIA
- Entende-se por fitoterapia o tratamento com plantas medicinais (fitocomplexos), de forma simples
ou elaborada, tendo várias linhas filosóficas, como a fitomedicina (que estamos implantando), a
medicina tradicional Chinesa, a Ayurvédica, e outras.
- A Homeopatia é uma outra linha filosófica (“tratamento pelos semelhantes”), que utiliza substâncias
de origem vegetal, animal ou mineral, em diluição infinitesimal, para os cuidados com a saúde.
1.4 A TRANSFORMAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS
Para alcançar sua ação terapêutica, uma planta deve ser tratada de tal forma que se obtenham
produtos de ação específica.
Podemos utilizar os fitoterápicos das seguintes formas:
TABELA 01 – AS FORMAS DE OBTENÇÃO DOS PRODUTOS FITOTERÁPICOS
FORMAS DE OBTENÇÃO
Produtos obtidos por tratamentos mecânicos
Produtos obtidos pela ação do calor
Produtos obtidos pela ação de solventes
PRODUTOS
-
Plantas in natura;
-
Pó vegetal;
-
Polpas;
-
Sucos frescos.
Por destilação:
-
Óleos essenciais;
-
Águas destiladas;
-
Alcoolatos.
Álcool = alcoóleos:
-
Tinturas;
-
Tinturas mães;
-
Alcoolaturas.
Água = Hidróleos: Infusos e decoctos
-
Solução açucarada = Xaropes e melitos.
-
Solventes diversos = Vinhos, vinagres, cervejas,
óleos, glicerina.
Produtos obtidos por concentração das
-
Extratos fluídos;
soluções extrativas
-
Extratos moles;
-
Extratos secos.
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De modo geral, para a população, podemos orientar o uso dos diversos produtos da seguinte forma:
CHÁS
• INFUSÃO:
- Usada para as folhas, flores e frutos tenros;
- Devendo a planta ser colhida manualmente, lavada em água corrente, rasurada e colocada em um recipiente de louça, vidro ou plástico, sendo adicionada água quente (aprox. 80ºC) e o recipiente tampado
durante 05 a 15 minutos podendo ser coado a seguir;
- Usar preferencialmente no mesmo dia e guardar em geladeira ou em local fresco e protegido;
- Dose:
Adultos, aproximadamente uma colher das de sopa cheia da planta fresca ou rasa da planta seca, diluído em 250 ml de água, a metade da dose para crianças de 20 a 40 Kg, e 1/4 da dose para crianças
menores.
Número de doses diárias, variável conforme a planta e a patologia em questão.
• DECOCÇÃO:
- É usada para galhos, raízes, frutos e cascas;
- Seguindo as mesmas orientações anteriores, devendo a planta, porém, ser cozida durante um tempo
variável, dependendo da sua consistência e do efeito desejado, coado e armazenado da mesma forma
acima.
- Dose:
Adultos, aproximadamente uma colher das de sopa cheia da planta fresca ou rasa da planta seca, diluído
em 250 ml de água. A metade da dose para crianças de 20 a 40 Kg, e 1/4 da dose para crianças menores.
Número de doses diárias, variável conforme a planta e a patologia em questão.
• MACERAÇÃO:
- É usado com vegetais de princípio ativo termo-lábil - como o “boldo peludo” (Coleus barbatus) por
exemplo - devendo o mesmo ser colocado em água fria, macerado (esmagado mecanicamente) e deixado em repouso.
- Dose:
Adultos, aproximadamente uma colher das de sopa cheia da planta fresca ou rasa da planta seca, diluído em 100 ml de água. A metade da dose para crianças de 20 a 40 Kg, e 1/4 da dose para crianças
menores.
Número de doses diárias, variável conforme a planta e a patologia em questão.
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• SUCOS:
- São usados principalmente quando se quer extrair vitaminas, sais minerais, substâncias que podem ser
inativadas pela alta temperatura, ou que seu uso deva ser integral {como a pectina da polpa da berinjela (Solanum melanogea) e da laranja (citrus sp), por exemplo}.
- Dose:
Variável conforme a planta e a patologia em questão.
• BANHOS, COMPRESSAS, BOCHECHOS:
- Devem ser usadas as mesmas formas de preparo descritas anteriormente, permitindo porém, utilizar
preparos mais concentrados, pelo menor risco de toxicidade.
• CATAPLASMAS:
- Papa de vegetais, usada entre dois panos ou misturada a substâncias carreadoras (fubá, argila, ou
outras substâncias) e aplicada sobre a área desejada.
• TINTURAS:
- Planta inteira ou rasurada, conservada em álcool comum ou álcool de cereais.
- Utilizada principalmente para uso externo.
- Doses:
Variável, utilizando-se de 100 a 400 grs da planta para cada litro de álcool.
• XAROPES E MELITOS:
- Preparado da planta com calda de açúcar cristal (xarope) ou mel (melito);
- Lembrando que este último não deve ser fervido, o que levaria a uma diminuição de sua atividade terapêutica.
- Dose:
Variável, devendo-se ter em mente que a dose utilizada deve ser a mesma dos chás, ou seja, aproximadamente uma colher das de sopa da planta por dose de xarope (uma colher das de sopa para adultos,
1/
2
colher para crianças de 20 a 40 kg e
1/
4
da dose para crianças menores).
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1.5 OS PRINCÍPIOS ATIVOS VEGETAIS
Geralmente, numa mesma planta, encontramos vários componentes ativos, dos quais um ou
mais determinam sua ação principal.
Quando isolado este princípio ativo, normalmente, apresenta ação diferente daquela apresentada pelo vegetal inteiro, ou seja, pelo seu fitocomplexo (princípio chamado de “tótum”).
Em resumo, os principais grupos de princípios ativos e suas principais ações são:
- Alcalóides: elevada atividade farmacológica e também toxicidade;
- Princípios amargos: estimulam as secreções digestivas; tônico em geral;
- Óleos essenciais: voláteis, anti-sépticos, expectorantes, diuréticos e antiinflamatórios;
- Taninos: ações adstringentes, anti-sépticos e anti-diarreicos;
- Heterosídeos: ações e efeitos diversos – por ex: digitalis, tilia;
- Flavonóides: ações diversas, principalmente sobre os capilares, e em distúrbios cárdio-circulatórios;
- Saponinas: mucolíticos, diuréticos e depurativos – ação irritante sobre mucosas em altas doses;
- Mucilagens: protetor de mucosas, diminuindo as inflamações – por ex: malva e linho;
- Ácidos orgânicos: ação refrescante e laxativa – utilizados principalmente na fitocosmética.
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2. AS PLANTAS MEDICINAIS
2.1 ALGUMAS PLANTAS DE USO POPULAR - INDICAÇÕES
PRINCIPAIS E FORMAS DE USO
PLANTA
INDICAÇÕES PRINCIPAIS
Abacateiro
Persea sp
Abacaxi
Ananas comosus
Diurético
Abóbora
Cucurbita pepo
Acerola - Malpighia glabra
Agrião - Nasturtium officinalis
Água de côco - Cocos nucifera
Alcachofra
Cynara scolymus
Alecrim
Rosmarinus officinalis
Alfavaca
Ocimum basilicum
Alho
Allium sativum
Vermífugo; usado também em
FORMAS DE USO
Infusão das folhas; Poupa
“in natura” é laxante
Digestivo; expectorante
Consumido “in natura” para a digestão ou como xarope da casca e da
poupa
Semente torrada
hipertrofia prostática benigna
Rica em vit. C (combate os radicais livres)
Suco da fruta ou “in natura”
Digestivo, expectorante
Infusão das folhas ou Xarope
Reidratante oral
“in natura” por via oral
Colerético e colagogo, laxativo,
Infusão das folhas
hipoglicemiante, redutor do colesterol
Estimulante geral, hipertensor, diges-
Infusão das folhas ou “in natura”
tivo, anti-séptico pulmonar, diurético
como tempero para a digestão
Antiespasmódico, digestivo,
Infusão das folhas
galactógeno, emenagogo
Antiinflamatório, anti-viral, anti-séptico,
Maceração dos bulbos em água,
hipotensor, hipoglicemiante,
infusão ou “in natura”
hipocolesterolemiante, febrífugo,
anti-agregante plaquetário
*Arnica “brasileira”
Solidago microglossa
*Arnica montana
Arnica montana
*Arruda
Ruta graveolens
Antiinflamatório tópico (contusões)
Tintura para uso externo
Antiinflamatório, analgésico, (uso interno
Tintura para uso externo
contra-indicado, exceto em homeopatia)
Emenagoga em uso interno;
Infusão para banhos e compressas
Usado externamente para tratamento
ou na preparação de xampus
de pediculose e escabiose
Assapeixe - Vernonia Polianthes
Antitussígeno
Infusão das folhas
Aveia
Laxativa; uso tópico em fitocosmética
“in natura” como laxante ou para o
preparo de cosméticos
Avena sativa
*Babosa
Umectante e emoliente, antiinflamatório, anti- Aplicação no local afetado
Aloe Vera
caspa e antiqueda de cabelo, cicatrizante,
“in natura” ou sob a forma de cata-
queimaduras; Apenas para uso tópico
plasmas
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Protocolo de Fitoterapia - 2. AS PLANTAS MEDICINAIS
PLANTA
Bálsamo
Kalanchoe brasiliensis
INDICAÇÕES PRINCIPAIS
FORMAS DE USO
Umectante e emoliente, antiinflamató-
Aplicação no local afetado
rio, anticaspa e antiqueda de cabelo,
“in natura” ou sob a forma de
cicatrizante, queimaduras
cataplasmas
Adstringente, anti-séptico (inflam. de
Barbatimão
Stryphinodendron barbatimam Mart. boca, garganta e ginecológicas), anti-
Decocção das cascas
diarreico, hemostático e cicatrizante
para uso tópico
Bardana
Arctium lappa
Diurético, digestivo, hepatoprotetor,
Raízes “in natura”, infusão das
hipoglicemiante. Anti-séptico e
sementes e decocção das raízes
cicatrizante para uso tópico
Berinjela
Solanun melanogea
“Boldos”.
Coleus barbatus - B.peludo
Vernonia condensata - B. Baiano
Plectranthus barbatus - B. De jardim
Peumus boldus – B. do Chile
Calêndula
Calendula officinalis
Camomila
Matricaria recutita
Redutor do colesterol (parte branca
Deve ser consumida “in natura”,
entre a casca e a polpa – rica
cozida ou batida no liquidificador
em pectina)
como suco
Colagogo, colerético, digestivo;
As folhas do boldo peludo e
Analgésico (principalmente o boldo
de jardim, devem ser utilizadas,
baiano)
maceradas em água fria. Os
demais boldos, como infusão
das folhas
Antiinflamatório, antialérgico,
Infusão das flores e folhas
cicatrizante, anti-séptico
Digestivo, antiinflamatório, antiespas-
Infusão das flores
módico, calmante, cicatrizante, antialérgico
Canela
Cinnamomum cassia
Estimulante, anti-hemorrágico, digesti- Decocção das cascas
vo, expectorante, hipertensor,
antiemético
*Cânfora
Arthemisia comphorata
Capim limão
Cymbopogun citratus
Carqueja - Baccharis trimera
Castanha-da-índia
Aesculus hippocastanum
Uso tópico em contusões
Tintura ou Infusão das folhas para
uso externo
Nervosismo, cefaléias tensionais, insô- Infusão das folhas
nia, flatulência, miorelaxante
Dispepsias, hipoglicemiante
Infusão das folhas
Tônico circulatório, adstringente, anti-
Decocção das sementes
hemorrágico, antiinflamatório,
vasoconstritor
*Catinga de mulata
Tanacetum vulgare
Cavalinha
Equisetum arvense
Cebola
Allium cepa
Uso tópico em contusões
Infusão das folhas
Diurético, adstringente, antiinflamatório Infusão das folhas
de vias urinárias, remineralizante
Mesmas indicações do alho, apresen-
Maceração dos bulbos em água,
tando apenas uma menor potência
infusão ou “in natura”
terapêutica
Centella asiática
Hydricotylle asiatica
Chapéu de couro
Echinodorus grandiflorus
Cidró - Lippia citriodora
*Confrei
Symphytum officinale
Tônico circulatório, eutrófico do siste-
ma conjuntivo (anti-celulite), refrescante planta
Diurético, antiinflamatório, colagogo
Infusão das folhas
Ansiolítico, sedativo, miorelaxante
Infusão das folhas
Uso tópico, como cicatrizante em
Infusão das folhas e decocção
úlceras, ferimentos, queimaduras,
das raízes para uso externo
picadas de insetos e psoríase
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Infusão das partes aéreas da
Protocolo Fitoterapia
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Protocolo de Fitoterapia - 2. AS PLANTAS MEDICINAIS
PLANTA
Cordão-de-frade
Leonotis nepetaefolia
Cravo
Eugenia caryophyllata
Dente-de-leão
Taraxacum officinale
Erva-de-bicho
Polygonum acre
Erva mate - Ilex paraguaiensis
*Erva de Santa Maria
Chenopodium ambrosioides
Eucalipto
Eucalyptus globulus.
Funcho (“erva-doce”)
Foeniculum vulgare.
Gajitsu - Curcuma zedoaria
Gengibre
Zingiber officinale
Goiabeira - Psidium guajava
Guaçatonga
Casearia sylvestris
Guanxuma
Malvastrum coramandelianum
Guaraná
Paullinia cupana
Hibisco - Hibiscus sinensis
Hortelã-pimenta
Mentha piperita
INDICAÇÕES PRINCIPAIS
FORMAS DE USO
Cicatrizante em úlceras de pele e demais Infusão das folhas e talos
ferimentos e uso interno para ivas
Anestésico tópico, anti-séptico, anti-
Óleo extraído das sementes
espasmódico
Colerético, colagogo, digestivo,
Infusão das folhas
diurético
Afecções vasculares (hemorragias,
Suco das folhas frescas ou infusões
hemorróidas, varizes)
para banhos ou para uso interno
Estimulante, diurética, anti-diarreica
Decocção das folhas
Vermífugo; Utilizado principalmente
Macerada sobre as lesões ou sob
para ectoparasitoses. Evitar o
a forma de infusão para uso
uso interno
externo
IVAS; Evitar o uso interno em crianças Decocção das folhas para inalação
menores, idosos e pessoas alérgicas
ou infusão para uso interno
Anti-espasmódico, digestivo, emena-
Infusão das folhas
gogo, galactagogo
Decocção das sementes
Digestivo, diurético, expectorante
Decocção das raízes
Digestivo, anti-inflamatório, IVAS, bron- Decocção das raízes
quites, anorexia, hipotensão arterial
Anti-diarreico
Infusão das folhas
Diurético, antiinflamatório e cicatrizan- Infusão ou decocção das folhas
te de pele e mucosas, úlcera péptica
Dispepsias, IVAS, bronquites
Infusão das folhas e flores
Astenia física e mental, hipotensão
Decocção das sementes
arterial, depressão
Laxativo, diurético e digestivo
Infusão das flores
Digestiva, antiespasmódica, antiinfla-
Infusão das folhas
matória, vermífugo (giardíase),
expectorante
Insulina - Cissus sicyoides
Ipê roxo
Tabebuia avellaneade
Hipoglicemiante
Infusão das folhas
Usado em bronquites, gastrites e
Decocção das cascas e lenho
pacientes em tratamento com radioterapia (lapaxol: antineoplásico)
Cuidado com o uso prolongado e com
altas doses
Jurubeba
Solanum paniculatum
Digestivo, hipoglicemiante;
Cuidado com o uso prolongado e com infusão das folhas ou decocção
altas doses
Linho - Linum usitatissimum
Lípia (“erva-cidreira”)
Lippia alba
*Losna
Artemisia absinthium
Maçã
Malus sp
Mamão
Carica papaya
Frutos “in natura” como conserva,
das raízes
Laxativo
Sementes “in natura”
Digestivo, diurético, antiflatulento,
Infusão das folhas
calmante
Ectoparasitoses; Evitar o uso interno
Infusão das folhas e flores para
uso externo
Auxiliar na redução do colesterol;
Frutos “in natura” e infusão
combate os radicais livres
Digestivo; usado como cicatrizante
Frutos e sementes “in natura”
em formas farmacêuticas (papaína)
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Protocolo de Fitoterapia - 2. AS PLANTAS MEDICINAIS
PLANTA
Manjerona
Origanum majorana
Maracujá
Passiflora sp
INDICAÇÕES PRINCIPAIS
FORMAS DE USO
Anti-espasmódico, digestivo, diurético, Infusão das folhas
anti-séptico
Sedativo, antiespasmódico, diurético;
Infusão das folhas, suco da fruta
redutor do colesterol -casca rica em
“in natura”
pectina (diminui a absorção de gorduras pelo intestino)
Marcela
Achyrocline satureoides
Melão de São Caetano
Momordica charantia
Melissa
Melissa officinalis
*Mentrasto
Ageratum conyzoides
Mil-folhas
Achillea millefolium
Milho - Zhea mays
Mulungu – Erythrina mulungu
Nogueira
Juglans regia
Calmante, eupéptico, antiinflamatório,
Infusão das flores
miorelaxante
Diabetes
Infusão das folhas e flores
Calmante, analgésico, digestivo,
Infusão das folhas
anti-flatulento
Uso tópico como analgésico e antiin-
Infusão das folhas e flores
flamatório, inclusive em reumatismos
Analgésico, adstringente, hemostáti-
Infusão das flores e folhas
ca, antitérmico, hipotensor
Diurético
Infusão dos “cabelos”
Calmante
Decocção das cascas
Adstringente, hipoglicemiante, anti-
Infusão das folhas;
escorbútica, depurativa; Não usar o
Decocção das cascas
pericarpo fresco da noz (mutagênico?)
Oliveira
Olea europaea
Orégano
Origanum vulgare
Pata-de-vaca (com espinhos)
Bauhinia forficata
Pau-ferro
Caesalpinia ferrea
Pimenta vermelha
Capsicum sp
Pitanga - Eugenia uniflora
Poejo
Mentha pulegium
Prímula
Primula officinalis
Quebra-pedra
Phyllanthus niruri
Romã
Punica granatum
*Rosa branca
Rosa centifolia
Anti-hipertensivo, anti-diabético e redu- Infusão das folhas e azeite
tor do colesterol; O azeite é laxante
Anti-espasmódico, digestivo, diurético, Infusão das folhas
anti-séptico
Diurética e hipoglicemiante
Infusão das folhas
Cicatrizante, hemostático, hipoglice-
Decocção das raízes e cascas e
miante; Cuidado com altas doses
infusão das folhas
Gastrites; Altas doses podem
Frutos “in natura” como conserva
provocar irritação gástrica
Diabetes e diarréias
Infusão das folhas
Expectorante, anti-séptico e bronco-
Infusão das folhas
dilatador. Evitar o uso em lactentes
Regulação hormonal feminina – TPM,
Infusão de toda a planta (raízes,
analgésico, antiinflamatório tópico
caule, folhas e flores)
Diurético, litolítico, antiespasmódico,
Infusão da parte aérea da planta
colagogo
Adstringente e anti-inflamatório tópico, Decocção da casca
principalmente de mucosa oral
Anti-inflamatório e anti-séptico tópico,
Infusão das pétalas - sem o pólen
principalmente em conjuntivites e
outras inflamações oculares
*Rubin (erva macaé)
Leonorus sibiricus
Sabugueiro
Sambucus nigra
Uso tópico em contusões e
hematomas
Diurético (raiz); uso externo para der-
Decocção das raízes e infusão
matites e queimaduras (flores)
das flores
Cuidado com altas doses
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Infusão da parte aérea da planta
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Protocolo de Fitoterapia - 2. AS PLANTAS MEDICINAIS
PLANTA
Salsa - Petroselium crispum
Sálvia
Salvia officinalis
Sene - Cassia angustifolia
Sete sangrias
Cuphea balsamona
INDICAÇÕES PRINCIPAIS
FORMAS DE USO
Hipertensão arterial, diurético e digestivo Infusão de toda a planta
Digestivo, antiespasmódico, anti-sépti- Infusão de folhas e flores
co tópico (pele e mucosas)
Laxativo
Infuso das folhas
Hipotensor; depurativo; diurético;
Infusão das folhas e flores e
Uso tópico como cicatrizante e
decocção das raízes e ramos
anti-inflamatório
Tansagem
Plantago sp.
As folhas são antiinflamatórias, cicatri- Infusão das folhas e sementes
zantes, anti-sépticas, adstringentes e
secas “in natura”
anti-diarreicas;
As sementes são laxativas
Urucum
Bixa orellana
Uva – Vitis vinifera
Vitis vinifera
Diurético e depurativo; cuidado com
Infusão das folhas e decocção
altas doses
das sementes
Hepatoprotetora, anti-oxidante, depu-
Vinhos, frutos “in natura”, decoc-
rativa e tônico circulatório
ção ou prensamento das sementes e infusão das folhas
*plantas com uso interno contra-indicado ou desaconselhado (“Primun Non Nocere”);
As plantas citadas acima, têm estudos de validação de uso COM GRAUS DE EVIDÊNCIA VARIÁVEIS,
devendo sua utilização ser criteriosamente acompanhada pelos profissionais e qualquer informação
relevante, ser registrada e encaminhada para a coordenação do programa.
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Protocolo de Fitoterapia - 2. AS PLANTAS MEDICINAIS
2.2 AS PLANTAS CONTRA-INDICADAS
DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
NOME BOTÂNICO
NOME COMUM
RESTRIÇÃO
MOTIVO
Achillea millefolium
Allium sativum
Aloe vera
Anemopaegma sp
Angelica archangelica
Arctium lappa
Aristolochia sp
Artemisia vulgaris
Mil folhas
Gestação
Contrações e aborto
Alho
Lactação
Cólicas do lactente
Babosa
Gestação
Hemorragia e aborto
Catuaba
Gestação
Contrações e aborto
Angélica européia
Gestação
Hemorragia e aborto
Bardana
Gestação
Contrações e aborto
Jarrinha
Gestação
Contrações e aborto
Artemísia
Gestação
Contrações e aborto
Lactação
Neurotóxica
Arnica montana
Arnica
Gestação
Hemorragia e aborto
Amamentação
Vômitos e cólicas
Gestação
Contrações e aborto
Amamentação
Cólicas e convulsões
Carqueja
Gestação
Relaxamento uterino e aborto
Urucum
Gestação
Contrações e aborto
Calêndula
Gestação
Emenagoga
Sene
Gestação
Contrações e aborto
Amamentação
Diarréia no lactente
Artemisia absinthium
Baccharis sp
Bixa orellana
Calendula officinalis
Cassia sennae
Losna
Cassia tora
Chenopodium ambrosioides
Mata pasto
Gestação
Contrações e aborto
Erva de Santa Maria
Gestação
Contrações e aborto
Amamentação
Vômitos e torpor
Cinnamomum cassia
Coix lacrima-jobi
Canela
Gestação
PIG
Lágrimas de Nossa
Gestação
Contrações e aborto
Senhora
Colleus barbatus
Commiphora myrrha
Copaifera sp
Boldo “peludo”
Gestação
Contrações e aborto
Mirra
Gestação
Hemorragia e aborto
Copaíba
Gestação
Teratogenicidade (?)
Amamentação
Cólicas e diarréia
Curcuma longa
Cymbopogum citratus
Cynara escolimus
Datura estramonium
Dianthus superbus
Elephantopus scaber
Equisetum arvense
Euphorbia pilulífera
Foenículum vulgare
Fucus vesiculosus
Falso açafrão
Gestação
Contrações e aborto
Capim limão
Gestação
Relaxamento uterino e aborto
Alcachofra
Amamentação
Redução do leite
Trombeta
Gestação
Aborto
Cravo dos jardins
Gestação
Aborto
Erva grossa
Gestação
Contrações e aborto
Cavalinha
Gestação
Def. de tiamina
Erva andorinha
Gestação
Contrações e aborto
Funcho
Gestação
Contrações e aborto
Fucus
Gestação
Contrações e aborto
Ginkgo biloba
Glycine max
Glycyrhiza glabra
Harpagophytum sp
Hedera helix
Ginkgo
Gestação
Hemorragia e aborto
Soja
Amamentação
Redução do leite
Alcaçuz
Gestação
Contrações e aborto
Garra do diabo
Gestação
Retardo do parto
Hera
Gestação
Contrações e aborto
Amamentação
Febre e convulsões
Gestação
Contrações e aborto
Ação hormonal
Hibiscus sinensis
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Hibisco
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Protocolo de Fitoterapia - 2. AS PLANTAS MEDICINAIS
NOME COMUM
NOME BOTÂNICO
RESTRIÇÃO
MOTIVO
Hypericum perforatum
Juglans regia
Leonurus sibiricus
Linum usitatissimum
Matricaria recutita
Maytenus ilicifolia
Melia azedarach
Hipérico
Gestação
Contrações e aborto
Nogueira
Gestação
Teratogenicidade?
Erva macaé
Gestação
Contrações e aborto
Linho
Gestação
Contrações e aborto
Camomila
Gestação
Relaxamento uterino e aborto
Espinheira santa
Amamentação
Redução do leite
Azedaraque
Gestação
PIG e aborto
Amamentação
Vômitos e diarréia
Mentha piperita
Mentha pulegium
Mikania glomerata
Momordica charantia
Hortelã
Gestação
Teratogenicidade ?
Poejo
Gestação
Contrações e aborto
Guaco
Gestação
Hemorragia
Melão de São
Gestação
Contrações a aborto
Noz moscada
Gestação
Contrações e aborto
Alfavaca
Gestação
Contrações e aborto
Peônia
Gestação
Teratogenicidade ?
Ginseng
Gestação
Teratogenicidade ?
Abacateiro
Gestação
Contrações e aborto
Quebra pedra
Gestação
Contrações e aborto
Amamentação
Cólicas e diarréia
Caetano
Myristica fragans
Ocimum basilicum
Paeonia sp
Panax ginseng
Persea sp
Phyllantus niruri
Pilocarpus jaborandi
Pimpinella anisum
Plantago major
Polygonum acre
Portulaca oleracea
Prunus persica
Punica granatum
Ramnus purshiana
Jaborandi
Gestação
Contrações e aborto
Aniz
Gestação
Contrações e aborto
Tansagem
Gestação
Contrações e aborto
Erva de bicho
Gestação
Hemorragia e aborto
Beldroega
Gestação
Contrações e aborto
Pessegueiro
Gestação
PIG e aborto
Romã
Gestação
Contrações e aborto
Cáscara sagrada
Gestação
Contrações e aborto
Amamentação
Cólicas e diarréia
Rheum palmatum
Ruibarbo
Gestação
Contrações e aborto
Amamentação
Diarréia no lactente
Rosmarinus officinalis
Ruta sp
Salvia fruticosa
Alecrim
Gestação
Contrações e aborto
Arruda
Gestação
Teratogênico; Neurotóxico
Sálvia
Gestação
Contrações e aborto;
Teratogênica.
Smilax sp
Solanum paniculatum
Tabebuia sp
Thymus sp
Vytex agnus castus
Valeriana officinalis
Zanthoxilum sp
Salsaparrilha
Gestação
Aborto
Jurubeba
Gestação
Aborto
Ipê
Gestação
Teratogenicidade ?
Tomilho
Gestação
Contrações e aborto
Vitex
Gestação
Contrações e aborto
Valeriana
Gestação
Relaxamento uterino e
amamentação
alterações neurológicas
Gestação
Hemorragia e aborto
Tinguaciba
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Protocolo de Fitoterapia - 2. AS PLANTAS MEDICINAIS
2.3 OS CUIDADOS COM OS FITOTERÁPICOS
- Devido ao número elevado de substâncias ativas nos fitocomplexos, o uso dos fitoterápicos em gestantes deve sempre ser criterioso, mesmo para aqueles que não tenham contra-indicações formais;
- O Uso de fitoterápicos associados a anticoagulantes também deve ser criterioso, tendo em vista
a potencialização de efeitos;
- Atentar-se ao uso associado de medicamentos de síntese com fitoterápicos, tendo em vista a
potencialização ou inibição de efeitos;
- Evitar o uso de fitoterápicos com elevado teor de óleos essenciais (poejo, mentas, eucalipto,
guaco, etc) em lactentes, devido a possíveis efeitos paradoxais, como broncoespasmo, por
exemplo;
- Evitar o uso de fitoterápicos em pacientes portadores de insuficiência hepática ou insuficiência renal;
- Xaropes e melitos devem ser evitados em diabéticos, pelo seu elevado teor de açúcar;
- Medicamentos estimulantes em geral devem ser evitados em hipertensos, cardiopatas, hipertireoideos, epiléticos e pacientes portadores de distúrbios de origem nervosa.
- A maioria dos tratamentos fitoterápicos de longa duração, deve ser descontinuado por períodos de tempo variáveis, visando a eliminação de possíveis depósitos de substâncias nocivas
ao organismo.
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Protocolo de Fitoterapia
3. O PROGRAMA
MUNICIPAL DE FITOTERAPIA
3.1 A OPERACIONALIZAÇÃO
O Programa tem como objetivo a implantação de fitoterápicos na rede de postos de saúde do município, levando os tratamentos complementares, com a menor incidência de efeitos colaterais, menor
custo e eficácia comprovada, além de contribuir com o desenvolvimento da fitoterapia como ciência.
Em um programa multidisciplinar, devemos sempre ter em vista, a importância do papel de cada
componente da equipe em suas respectivas competências.
“Conhecer para poder ensinar”: um dos objetivos do Programa é a educação permanente em
saúde, visando a ampliação e a sistematização do conhecimento existente em fitoterapia para
toda a equipe, capacitando a todos, para orientar corretamente o usuário doméstico de fitoterápicos (tendo em vista que, 85% da população faz uso espontâneo de fitoterápicos nos cuidados
com a saúde), reconhecendo as principais espécies nativas de nossa região, suas indicações,
contra-indicações, formas de preparo e efeitos colaterais, assim como informações sobre o andamento do programa.
As “farmácias vivas” têm um papel de destaque neste item, servindo como referência para a equipe e para a população. Estas “farmácias” se constituem de hortas de plantas medicinais, na própria
unidade de saúde, onde os profissionais poderão orientar a população sobre os fitoterápicos, identificando-os e orientando desde o plantio até a colheita e forma de uso.
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Protocolo de Fitoterapia
4. OS MEDICAMENTOS
FITOTERÁPICOS
Algumas plantas medicinais, por suas características e por já estarem sendo utilizadas como
medicamentos no programa municipal de fitoterapia, serão tratadas neste capítulo, sendo incluídas as dosagens padronizadas no programa:
4.1 PRÓPOLIS GEL
- Elaborado a base de própolis, substância resinosa produzida pelas abelhas, e utilizada há séculos
por diversas civilizações.
CONSTITUINTES:
- Polímero de ácido acrílico, álcool de cereais, glicerina, propilenoglicol, oleato de sorbitano, etc, tintura de própolis 2,5% (vitaminas, oligoelementos, aminoácidos e flavonóides).
AÇÕES:
- Diversos estudos demonstraram possuir ação antiinflamatória, cicatrizante e principalmente antimicrobiana.
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Protocolo de Fitoterapia - 4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Própolis gel é livre de óleo, o que o torna um excelente hidratante para peles oleosas e com acne;
- Auxilia na cicatrização e regeneração da pele por contribuir na síntese de colágeno e elastina.
INDICAÇÕES:
- Acne, antiinflamatório tópico (dermatites em geral), auxiliar na cicatrização de pequenas feridas.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Hipersensibilidade ao própolis e demais componentes da fórmula.
EFEITOS COLATERAIS:
- As pesquisas realizadas até agora, não demonstraram efeitos colaterais significativos.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Sem contra-indicações referidas na literatura consultada, relacionadas a estes períodos.
INTERAÇÕES:
- Não apresenta interações medicamentosas ou alimentares descritas na literatura consultada.
POSOLOGIA:
- Aplicar sobre as áreas afetadas duas vezes ao dia ou sempre que se fizer necessário, sempre precedida por uma higienização local adequada;
- Evitar seu uso em lesões recentes (ferimentos cortantes, rachaduras de pele, etc), pela presença
do propilenoglicol em sua formulação.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Pelo tempo que se fizer necessário, sem restrições ao seu uso prolongado.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente secos e arejados, ao abrigo da
luz solar.
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Protocolo de Fitoterapia - 4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
4.2. ESPINHEIRA-SANTA
NOME BOTÂNICO: Maytenus ilicifolia.
PARTE UTILIZADA:
- Folhas.
HISTÓRICO:
- Utilizada pelos índios brasileiros e paraguaios como remédio antitumor, e na Argentina como antiasmático e anti-séptico;
- Conhecida no mundo médico desde 1922, pelos trabalhos do Dr. Aluízio Franca (Faculdade de
Medicina do Paraná).
CONSTITUINTES:
- Terpenos (maytesina); taninos; flavonóides; mucilagens; antocianos; açúcares livres.
AÇÕES:
- Tonificante, antiúlcera, carminativo, cicatrizante, anti-séptico, eupéptico, diurético leve e laxativo.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Seu efeito resulta da ação dos taninos presentes em sua formulação, que levam a um aumento do
volume e do pH gástrico, tendo ainda poder cicatrizante sobre a lesão ulcerosa ou inflamatória;
- Sua ação anti-séptica melhora as fermentações intestinais;
- Acalma rapidamente as gastralgias, não diminuindo a sensibilidade do órgão, mas corrigindo a
função desviada.
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Protocolo de Fitoterapia - 4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
INDICAÇÕES:
- Normalizador das funções gastrointestinais, especialmente como protetor de mucosa (efeito antiúlcera), gastralgias inespecíficas, dispepsias, hipotonias intestinais.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Não deve ser administrado a crianças e nutrizes (redução da secreção láctea).
EFEITOS COLATERAIS:
- As pesquisas realizadas até agora, não demonstraram efeitos colaterais significativos, sendo sua
principal vantagem sobre os bloqueadores da secreção ácida, a ausência de gastrite atrófica pelo
uso prolongado.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado nestes períodos.
INTERAÇÕES:
- Não apresenta interações medicamentosas ou alimentares.
POSOLOGIA:
- Uma cápsula (380 mg) 02 ou 03x ao dia.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Pelo tempo que se fizer necessário, sem restrições ao seu uso prolongado.
SUPERDOSAGEM:
- Não se demonstraram efeitos tóxicos pelo aumento da dose e nem pelo uso prolongado.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente secos e arejados, ao abrigo da
luz solar.
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Protocolo de Fitoterapia - 4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
4.3. GINKGO BILOBA
NOME BOTÂNICO: Ginkgo biloba.
PARTE UTILIZADA:
- Folhas.
HISTÓRICO:
- É considerada pelos botânicos como um fóssil vivo, sendo o único exemplar de sua família, ancestral do carvalho;
- Faz parte do arsenal terapêutico chinês desde 2.800 a.C;
- Tem capacidade de se adaptar às mais adversas condições ambientais, inclusive resistentes a pragas e doenças, sendo a primeira manifestação de vida após a explosão das bombas atômicas em
Hiroshima e Nagasaki.
CONSTITUINTES:
- Diterpenos (ginkgolídeos); Flavonóides; Hidrocarbonetos; Aminoácidos; Esteróis; Açúcares;
Álcoois; Proantocianidina; Terpenos; Catequinas.
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Protocolo de Fitoterapia - 4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
AÇÕES:
- Têm ação preventiva e curativa contra as agressões endógenas e exógenas, protegendo o organismo contra os radicais livres, ação antiinflamatória e prevenção do envelhecimento;
- Estimula a circulação sanguínea (arterial, venosa e capilar);
- Protege a barreira hemato-encefálica;
- Inibe a agregação plaquetária e das hemácias;
- Regulariza a permeabilidade capilar;
- Age no sistema nervoso central, melhorando a memória, atenção, audição e equilíbrio.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Age basicamente no nível de membrana celular, preservando sua integridade, pela ação sobre os
radicais livres (inibe o fenômeno de peroxidação das membranas);
- Inibe a destruição do colágeno e a despolimerização do ácido hialurônico;
- Inibe a hiperpermeabilidade capilar, ativa a circulação sanguínea, aumenta a resistência capilar,
com vasodilatação nos membros;
- Reforça o tônus venoso;
- Ativa o metabolismo energético das células, aumentando o consumo de glicose e oxigênio à nível
cerebral.
INDICAÇÕES:
- Tratamento das micro-varizes, úlceras varicosas, cansaço nas pernas, artrites dos membros inferiores, insuficiências arteriais periféricas, isquemias cerebrais, utilizada em casos de vertigens,
deficiências auditivas, distúrbios de memória e concentração;
- Tratamento profilático do envelhecimento celular (processos degenerativos).
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Não possui contra-indicações formais descritas na literatura consultada.
EFEITOS COLATERAIS:
- Distúrbios gastrointestinais, diminuição da pressão arterial, cefaléia e reação cutânea em pessoas
alérgicas.
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Protocolo de Fitoterapia - 4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Evitar o uso durante a gestação;
- Não são referidas alterações durante o uso na amamentação.
INTERAÇÕES:
- Não há interações medicamentosas descritas na literatura, tendo sido usada com diversos medicamentos, sem interações observáveis.
POSOLOGIA:
- Uma cápsula (80 mg) à noite, ou a cada 12 horas em casos mais severos.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Sem contra-indicações ao seu uso continuado.
SUPERDOSAGEM:
- Nenhuma reação ou lesão histológica foi demonstrada, inclusive em doses de até 500 mg/kg/dia.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em ambiente hermeticamente fechado, ao abrigo do calor, da luz solar e da umidade.
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Protocolo de Fitoterapia - 4. OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
4.4 ISOFLAVONA DE SOJA
NOME BOTÂNICO: Glycine max.
PARTE UTILIZADA:
- Grãos.
HISTÓRICO:
- A soja é uma leguminosa domesticada pelos chineses há cerca de cinco mil anos.
- No Brasil, o grão chegou com os primeiros imigrantes japoneses, em 1908, porém, sua expansão
se deu apenas nos anos 70, com o interesse crescente das indústrias de óleo, e a demanda do
mercado internacional.
- O grão vem sendo utilizado em larga escala no Brasil, apenas pela indústria de alimentos, e como
o principal componente proteico de rações animais.
CONSTITUINTES:
- Esteróides insaponificáveis de soja (isoflavonas de soja).
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Os receptores estrogênicos (alfa e beta) encontram-se, sobretudo, nas células dos seus principais
tecidos-alvo: sistema reprodutor, hipófise anterior e hipotálamo.
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- Com a menopausa, ocorre uma significativa redução do estradiol, chegando a quase zero em
alguns casos. Isso provoca alterações de elasticidade dos vasos sanguíneos e degeneração progressiva dos tecidos, acarretando ondas de calor, suor excessivo, insônia e irritabilidade.
- A terapia de reposição usada por mulheres na fase de menopausa, ainda é alvo de controvérsias
e discussões.
- Enquanto um grupo de médicos acredita que os hormônios aumentam o risco de câncer, outro
grupo garante que o tratamento é fundamental no combate aos efeitos de queda na produção de
estrogênio.
- As isoflavonas (principalmente a genisteína e daidzeína) são fitoestrógenos que desempenham uma
ação tanto estrogênica quanto antiestrogênica. É esta dupla ação, complexa e paradoxal, que permite ao organismo, uma regulação hormonal adequada, fazendo da soja, um alimento com diferentes ações terapêuticas:
- Peri e pós-menopausa: a soja aumenta a qualidade e a quantidade de fluídos mamários,
estradiol, progesterona e prolactina;
- Prevenção de osteoporose: ajuda a reduzir a descalcificação, associado a exposição à
luz solar;
- Aterosclerose: os hormônios sexuais, como os estrógenos, modulam as respostas
vasomotoras das artérias, incluindo as coronarianas;
- Dislipemias: estudos realizados em mulheres menopausadas com dislipemias
demonstraram uma redução em seus níveis de colesterol total, com redução das taxas de
LDL e elevaç de HDL;
- Atividade antioxidante: a genisteína em particular, pode aumentar a produção de superoxido
desmutase (SOD), um potente antioxidante, que atua contra as espécies reativas de oxigênio;
- Doenças cardiovasculares: as isoflavonas atuam reduzindo o risco de doenças cardiovascu
lares por uma regulação dos níveis de colesterol total, LDL e HDL, inibição da proliferação
celular, melhora da elasticidade arterial e inibição da agregação plaquetária;
- Atividade prostática: o estrogênio e substâncias afins (incluindo as isoflavonas) diminuem a
produção de testosterona e, assim, retardam o crescimento de tumores.
INDICAÇÕES:
- Alívio dos sintomas relacionados à menopausa e climatério;
- Forma alternativa e natural à terapia de reposição hormonal;
- Reduz a propensão à osteoporose;
- Reduz os níveis de colesterol total e LDL, e eleva os níveis de HDL;
- Reduz a incidência e o risco de determinados tipos de câncer, principalmente os hormônio38
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dependentes.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Contra-indicado para pessoas alérgicas a soja e derivados.
EFEITOS COLATERAIS:
- Não há referências na literatura consultada.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Não deve ser usado por gestantes e nutrizes devido a seus efeitos estrogênicos.
INTERAÇÕES:
- Lembrar sempre da necessidade de precaução ao associar o produto com contraceptivos e hormônios femininos.
POSOLOGIA:
- 01 cápsula (40 mg) 02 vezes ao dia.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Pelo tempo que se fizer necessário para o tratamento da patologia visada.
SUPERDOSAGEM:
- Não há referências na literatura consultada.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, ao abrigo da luz solar direta, calor e umidade.
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4.5 GUACO
NOME BOTÂNICO: Mikania glomerata.
PARTE UTILIZADA:
- Folhas.
HISTÓRICO:
- Originário da América do Sul, se desenvolve como trepadeira arbustiva, lenhosa, sem gavinhas,
adaptando-se muito bem ao cultivo doméstico;
- Recebe também o nome de erva-das-serpentes, pois é utilizado como "contra veneno" em certas
regiões.
CONSTITUINTES:
- Óleos essenciais (di e sesquiterpenos); Taninos; Saponinas; Resinas; Guasina (substância amarga);
Cumarinas; Guacosídeo.
AÇÕES:
- Broncodilatador, antiasmático, expectorante, béquico, emoliente, depurativo e cicatrizante.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Facilita a fluidificação dos exsudatos traqueobrônquicos, relaxa a musculatura lisa das vias aéreas;
- Estimula a secreção e eliminação de urina;
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- Sudorífico;
- Um glicosídeo, isolado por processos químicos, dá origem a cumarina, substância anticoagulante,
possível responsável pelo efeito antiofídico.
INDICAÇÕES:
- Tosse rebelde, bronquite, asma, ivas, rouquidão, estado febril, prurido, eczema.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Diabetes Mellitus: pelo alto teor de açúcar –pode-se usar o xarope dietético;
- Evitar o uso em crianças menores de um ano;
- Não há outras referências na literatura consultada.
EFEITOS COLATERAIS:
- Sem efeitos colaterais relatados, nas doses recomendadas.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Uso não recomendado durante a gestação, pelo risco de hemorragia.
INTERAÇÕES:
- Evitar seu uso associado a anticoagulantes.
POSOLOGIA:
- Xarope a 10%: 10 a 40 ml/dia.
- Infusão a 2% (04 gr por 200 ml de água a aproximadamente 80 graus Celsius, durante
10 minutos) – 50 a 200 ml por dia, de preferência morno;
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Evitar o uso prolongado pelo risco de hemorragia (até 100 dias).
SUPERDOSAGEM:
- Pode causar náuseas e vômitos em altas doses, além de acidentes hemorrágicos.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em ambientes fechados, ao abrigo do calor, umidade e luz solar.
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4.6 MALVA
NOME BOTÂNICO: Malva sylvestris.
PARTES UTILIZADAS:
- Folhas, flores e raízes.
HISTÓRICO:
- Planta herbácea anual, nativa do hemisfério norte;
- Em latim, malva significa suave, emoliente;
- É apreciada como hortaliça e remédio desde o século VIII a.C.
CONSTITUINTES:
- Mucilagens; Ácidos fenólicos; Antocianinas; Flavonóides; Taninos; Vitaminas A, B1, B2, C; Oxalato
de cálcio; Resinas; Aminoácidos.
AÇÕES:
- Antiinflamatória, emoliente, demulcente, adstringente, béquica, laxativa e vulnerária.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Devido à presença de mucilagens, protege os tecidos inflamados e irritados, favorecendo a cicatrização e recuperação de lesões de pele e principalmente mucosas;
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- Age sobre os brônquios, auxiliando na eliminação de secreções;
- Os taninos exercem atividades adstringentes, reduzindo secreções e erupções.
INDICAÇÕES:
- Inflamações da pele, boca, garganta e mucosas em geral;
- Tratamento de problemas respiratórios e irritações do trato gastrointestinal;
- Úlceras e erupções de pele e mucosas.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Não há referências na literatura consultada.
EFEITOS COLATERAIS:
- Não há referências na literatura consultada.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Não há referências formais a seu uso interno, ficando, portanto, desaconselhado seu uso, principalmente durante o primeiro trimestre da gestação.
INTERAÇÕES:
- Não há referências a problemas em associações com outros medicamentos e fitoterápicos.
POSOLOGIA:
- Utilizar na diluição de 05% em água morna, para gargarejos, bochechos, banhos de assento e compressas ou banhos na pele.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Até o desaparecimento dos sintomas, sem contra-indicações ao tratamento prolongado.
SUPERDOSAGEM:
- Não há referências na literatura consultada.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambientes secos e arejados, ao abrigo
da luz solar.
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4.7 PFAFFIA
NOME BOTÂNICO: Pfaffia sp.
PARTE UTILIZADA:
- Raiz.
HISTÓRICO:
- Nasce em todo o Brasil, junto aos rios, principalmente nos estados de São Paulo, Paraná, Mato
Grosso e Goiás.
- É conhecida como "ginseng brasileiro", pelo aspecto "humanóide" de sua raiz, semelhante ao ginseng asiático.
CONSTITUINTES:
- Vitaminas A, B, C, D, E, F; Ácido pfáfico; Fasfosídeos; Estigmasterol; Sitosterol; Alantoína; Sais
minerais (Ca, K e P); Aminoácidos; Mucilagens; Saponinas.
AÇÕES:
- Tônico para o organismo em geral, imunoestimulante, cicatrizante e antiinflamatório.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Pela ação das saponinas, diminuindo a tensão superficial, as demais substâncias ficam com suas
ações facilitadas;
- É um tônico cardíaco e cerebral, melhorando principalmente a memória; melhora a fadiga física e
mental, servindo com coadjuvante nos casos de depressão e estresse.
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- É hipoglicemiante, podendo, portanto, ser usado em diabéticos.
- A alantoína possui ação regeneradora celular e cicatrizante.
- O ácido pfáffico tem efeito inibitório sobre células tumorais in vitro, além de algum efeito analgésico.
INDICAÇÕES:
- Auxiliar no tratamento de doenças circulatórias, estresse, anemia, astenia física e mental, diabetes.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Sem contra-indicações na literatura pesquisada.
EFEITOS COLATERAIS:
- Sem relatos na literatura pesquisada.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Sem contra-indicações específicas relatadas na literatura, porém seu uso deve ser criterioso e sob
acompanhamento médico.
INTERAÇÕES:
- Não é recomendada sua associação com medicamentos à base de sais de ferro.
POSOLOGIA:
- 01 cápsula – 300 mg - 02 vezes ao dia (às refeições).
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Sem restrições ao uso continuado.
SUPERDOSAGEM:
- Acima de 10 gramas pode ocorrer nervosismo, insônia, hipertensão, diarréia.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, ao abrigo da luz solar, em local seco e arejado.
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4.8 SENE
NOME BOTÂNICO: Cassia angustifolia.
PARTE UTILIZADA:
- Folíolos.
HISTÓRICO:
- Originária da Índia e Somália e introduzida na fitoterapia pelos árabes no século IX.
- Planta típica de regiões tropicais montanhosas.
- É um purgativo que não provoca inflamações secundárias.
CONSTITUINTES:
- Substâncias Antraquinônicas: Crisofanol, Aloe-emodina, Antranol, Resinas; Senosídeo A e B;
Mucilagens; Flavonóides; (campferol) Resinas; Açúcares Redutores.
AÇÕES:
- Purgativa e laxativa.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Seu efeito é obtido em algumas horas depois da administração oral, pois deverá ocorrer a absorção e liberação dos heterosídeos no intestino grosso.
- Nesse local, pela ação enzimática da flora bacteriana, ocorrerá hidrólise, com conseqüente liberação das agliconas, que irão atuar sobre a mucosa aumentando o peristaltismo.
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- A histamina estimula a mobilidade intestinal e em estudos recentes tem mostrado que o Sene estimula sua biosíntese.
INDICAÇÕES:
- Constipação por inércia intestinal;
- Condições que exijam facilidade de defecação como fissuras anais e hemorróidas.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Gravidez, aleitamento, tromboses hemorroidárias, inflamações no intestino, obstrução intestinal e
dores abdominais de causa desconhecida.
- Não recomendado para crianças.
EFEITOS COLATERAIS:
- Vômitos, cólicas, distensão abdominal e aumento do fluxo menstrual.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado durante a gravidez e lactação.
INTERAÇÕES:
- Não se deve associar a Sene com drogas espasmolíticas como a camomila e nem com drogas
emetizantes.
POSOLOGIA:
- Uma ou duas cápsulas de 300 mg via oral - à noite.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Evitar o uso contínuo e prolongado.
SUPERDOSAGEM:
- Pode provocar cólicas importantes, vômitos, hemorragia uterina, diarréia e distúrbios eletrolíticos.
- Em caso de uso prolongado, pode levar à uma carência de potássio e inflamações da parede intestinal.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.9 VALERIANA
NOME BOTÂNICO: Valeriana officinalis.
PARTES UTILIZADAS:
- Raiz e rizoma.
HISTÓRICO:
- Planta herbácea, originária da Europa e oeste da Ásia, recomendada pelos médicos árabes e utilizada durante a segunda guerra mundial para tratar neuroses de guerra.
CONSTITUINTES:
- Óleo essencial; mono e sesquiterpenos; ácidos valeriânico, tânico, málico, etc; alcalóides; álcoois,
cetonas e aldeídos terpênicos; valepotriatos; taninos e matérias resinosas.
AÇÕES:
- Sedativa, relaxante, hipotensora, espasmolítica, anticonvulsiva.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- A atividade sedativa da Valeriana se deve ao valepotriato do óleo essencial, que atua como depressor do sistema nervoso, atenuando a irritabilidade e a ansiedade.
- Ao contrário dos benzodiazepínicos, os valepotriatos restauram o equilíbrio, sem exercer efeito
direto no córtex cerebral e no sistema límbico.
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- Os monoterpenos (decompostos pela oxidase em ácido valeriânico) promovem ação antiespasmódica.
- A eliminação de sua essência por via renal produz um odor característico na urina.
INDICAÇÕES:
- Hiperexcitabilidade, histeria, insônia, taquicardia, cefaléia tensional, estresse, dermatoses relacionadas ao sistema nervoso e cólicas em geral.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Gravidez, aleitamento e hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
EFEITOS COLATERAIS:
- Dispepsias, reações alérgicas cutâneas, cefaléia e agitação, principalmente no uso prolongado e
em altas doses.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado durante a gravidez e lactação.
INTERAÇÕES:
- Pode ser associada à passiflora e ao lúpulo para a insônia.
POSOLOGIA:
- Uma ou duas cápsulas de 80 mg à noite para insônia.
- Uma cápsula (80 mg) a cada 12 horas para ansiedade, nervosismo.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Evitar o uso contínuo e prolongado.
SUPERDOSAGEM:
- Cefaléia e agitação, em altas doses e no uso prolongado.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.10 CALÊNDULA
NOME BOTÂNICO: Calendula officinalis
PARTES UTILIZADAS:
- Folha e Flor.
HISTÓRICO:
- Planta herbácea, originária da Europa meridional e bem adaptada ao Brasil, cultivada como planta
ornamental (pelo seu florescimento prolongado) e medicinal (pelo seu alto índice de princípios ativos).
CONSTITUINTES:
- Óleo essencial, contendo carotenóides; flavonóides; ácido oleanóico; saponinas; mucilagens; princípios amargos; ácidos orgânicos; minerais (Ca, Si); pró-vitamina B; etc.
AÇÕES:
- Antialérgica, refrescante, antiinflamatória, cicatrizante, antiespasmódica, anti-séptica, emenagoga,
colagoga, bactericida, fungicida.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- O ácido oleanóico possui ação calmante e refrescante para peles sensíveis, além de apresentar atividade anti-séptica.
- As mucilagens agem como restauradoras de pele e mucosas, favorecendo a cicatrização, auxiliadas pelos flavonóides.
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- Em forma de loção, estimula a granulocitose e fagocitose, diminui a oleosidade da pele e aumenta sua tonicidade, auxiliando no tratamento da acne.
INDICAÇÕES:
- Topicamente para tratamento de acne, eczemas, impetigos, queimaduras leves, escaras, feridas
de difícil cicatrização, fissuras de mamilo, assaduras e outras.
- Internamente para estimular a secreção biliar e menstrual, antiespasmódico e antiinflamatório de
mucosas (gastrites, estomatites).
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Gravidez – emenagogo e hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
EFEITOS COLATERAIS:
- Não há referências na literatura consultada.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado durante a gravidez e lactação.
- O óleo é indicado em casos de fissuras de mamilo, não sendo prejudicial ao lactente.
INTERAÇÕES:
- Pode ser associada a outras drogas, como a espinheira santa em casos de gastrites, ou a produtos dermatológicos, sem prejuízo de sua ação.
POSOLOGIA:
- Pode ser usado na forma de óleo para fissuras de mamilo, banho, creme ou loção (10%) para o
tratamento de pele, e como infusão para uso interno.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Sem restrições ao uso prolongado.
SUPERDOSAGEM:
- Depressão, náuseas e vômitos, em altas doses.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.11 FUNCHO
NOME BOTÂNICO: Foeniculum vulgare.
PARTES UTILIZADAS:
- Folha, Fruto e raiz;
HISTÓRICO:
- Erva perene, originária da Europa e bem adaptada ao Brasil desde a época da colonização
portuguesa.
- Possui flores amarelas e sementes oblongas, enquanto a erva-doce possui flores brancas e sementes
arredondadas.
- Fazia parte das “cinco ervas operientes”, conjunto medicinal que tinha lugar de destaque na farmácia
antiga.
CONSTITUINTES:
- Ácidos oleico, linoleico, palmítico; Óleos essenciais: funchona, anetol, limoneno; Açúcares;
Mucilagens; Pectina; Tanino; Flavonóides; Cumarinas e outros.
AÇÕES:
- Antiespasmódico, galactagogo, emenagogo, expectorante, antiinflamatório, carminativo.
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PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Exerce ação relaxante sobre a musculatura lisa do estômago e aumenta o peristaltismo intestinal,
reduzindo a produção de gases, devido aos ácidos oleico, linoleico e palmítico.
- Estimula as secreções brônquicas, lácteas e biliares.
- Age ainda como antiespasmódico, estimulando, porém, o fluxo menstrual em altas doses.
INDICAÇÕES:
- Distúrbios digestivos, como cólicas, dispepsias, flatulência, azia, vômitos, refluxo gastro-esofágico.
- Estimulante da secreção láctea.
POSOLOGIA:
- Infusão a 01% - 10 gr/litro para sementes e a 03% - 30 gr/litro para folhas.
- Gotas a 30% - até 70 gotas/dia, diluído em água.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Gravidez – emenagogo, e hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
EFEITOS COLATERAIS:
- Não há referências na literatura consultada.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado durante a gravidez;
- Lactação: É particularmente indicado nesta fase, devido a seu efeito galactagogo, não sendo prejudicial ao lactente.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.12 ARNICA
NOME BOTÂNICO: Arnica montana;
PARTE UTILIZADA:
- Flor e rizoma;
CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Óleos essenciais, terpenos, princípios amargos, flavonóides, taninos, resinas, cumarinas, arnicina
(tóxico para uso interno), ácidos orgânicos, alcalóides;
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- O fitocomplexo bloqueia a inflamação causada por traumas, diminuindo a formação de exsudato e
incrementando a reabsorção e a ação das células responsáveis pela destruição dos fragmentos
biológicos necróticos; Os terpenos são espasmolíticos, além de estabilizarem a membrana celular,
associado aos flavonóides;
INDICAÇÕES:
- A arnica é utilizada topicamente em contusões, entorces, hematomas, distensões musculares, flebites, artrites;
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Alergia aos componentes da planta; Uso interno contra-indicado, exceto em homeopatia; Não aplicar sobre áreas cruentas (com soluções de continuidade na pele);
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EFEITOS COLATERAIS:
- Pode provocar dermatites de contato em indivíduos sensíveis;
- Uso durante a gravidez e lactação: Seu uso não é recomendado, nem externamente, pela maior
probabilidade de sensibilização da pele nestas situações;
- Interações: Pode ser associado a hamamélis, calêndula, ou outras plantas de uso tópico;
POSOLOGIA:
- Gel a 10% ou tintura a 30%: Aplicar sobre a área afetada até 4x/dia, associado a gelo ou calor
local, dependendo da indicação.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.13 PAPAÍNA
NOME BOTÂNICO: Carica papaya;
PARTE UTILIZADA:
- Látex da planta;
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CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Protease vegetal (grupo sulfidrila);
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Possui atividade proteolítica intensa para o uso tópico, associada a atividades digestivas, quando
utilizada por via oral, em complementação as enzimas digestivas;
INDICAÇÕES:
- O gel-creme de Papaína a 4% é indicado para tratamento de feridas de difícil cicatrização, onde um
debridamento químico se faz necessário, principalmente em feridas com áreas de necrose (úlceras de mmii, escaras, ulcerações crônicas diversas);
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Não aplicar sobre pele íntegra, e principalmente sobre mucosas e olhos;
EFEITOS COLATERAIS:
- Ardor local; Irritação da pele subjacente a aplicação;
- Uso durante a gravidez e lactação: Contra-indicado;
INTERAÇÕES:
- Evitar associação com produtos contendo iodo; Pode ser associada a outros produtos de uso tópico com a mesma finalidade, lembrando-se de sua capacidade de degradar proteínas;
POSOLOGIA:
- Aplicar diariamente sobre a área ulcerada, uma ou duas vezes ao dia, após higienização adequada,
evitando seu contato com a pele ao redor da lesão.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.14 CONFREI
NOME BOTÂNICO: Symphytum officinalis;
PARTE UTILIZADA:
- Folha e raiz;
CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Alcalóides pirrolizidínicos (hepatotóxicos por via oral), alantoína, taninos, açúcares, saponinas, terpenos, ácidos orgânicos, esteróides, mucilagens.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- A alantoína, apresenta ação tópica proliferante celular e removedora de tecido necrosado; A mucilagem tem ação emoliente, agindo como hidratante e anti-inflamatório tópico;
INDICAÇÕES:
- Gel creme a 5% em úlceras de difícil cicatrização, psoríase, cicatrização de queimaduras, fissuras;
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Nunca utilizar o confrei internamente, pelo seu elevado grau de hepatotoxicidade (necrose centrolobular pelos alcalóides pirrolizidínicos); Evitar seu uso tópico em crianças menores (pela maior
absorção da pele). Evitar o uso por mais de 30 dias ininterruptos (alternar com papaína ou outro
produto se necessário);
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EFEITOS COLATERAIS:
- Não referidos no uso externo e na dosagem recomendada;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado;
INTERAÇÕES:
- Pode ser associado a outros produtos de uso tópico (calêndula, arnica, papaína, babosa, própolis);
POSOLOGIA:
- Aplicar sobre a área afetada uma ou duas vezes ao dia, após higienização adequada.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.15 CAVALINHA
NOME BOTÂNICO: Equisetum arvense;
PARTE UTILIZADA:
- Partes aéreas;
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CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Flavonóides, alcalóides, saponinas, ácidos orgânicos, ácido sílico, substâncias amargas, taninos,
compostos inorgânicos;
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Possui atividade diurética e remineralizante, adstringente do trato urinário e antiinflamatória
prostática;
INDICAÇÕES:
- Diurética, remineralizante, hemostática, antiinflamatória das vias urinárias e próstata, auxiliar nos
regimes de emagrecimento, auxiliar no tratamento de incontinência urinária noturna em crianças;
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Disfunção renal e cardíaca;
EFEITOS COLATERAIS:
- Não referidos na dosagem recomendada;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicada;
INTERAÇÕES:
- Pode ser associada à Sementes de Abóbora ou ao Saw palmeto para HPB;
POSOLOGIA:
- Uma a três cápsulas de 250 mg ao dia.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.16 CAMOMILA
NOME BOTÂNICO: Matricaria recutita;
PARTE UTILIZADA:
- Flores;
CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Óleos essenciais, camazuleno, matricina, flavonóides, terpenos, cumarinas, mucilagens, ácidos
orgânicos, sais minerais, aminoácidos;
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Possui marcada atividade antiinflamatória, antibacteriana, antimicótica e protetora de mucosas, devida principalmente ao camazuleno, ao alfa-bisabolol (óleo essencial), a matricina e as mucilagens;
INDICAÇÕES:
- A pomada em orabase é indicada em inflamações de mucosa oral de diversas etiologias: gengivites, estomatites, glossites;
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Não há restrições ao seu uso tópico na literatura; Uso interno contra-indicado em gestantes;
EFEITOS COLATERAIS:
- Podem ocorrer reações locais em pessoas alérgicas;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Uso interno contra-indicado em gestantes; Em gestantes, evitar o uso tópico em excesso, pela possibilidade de absorção pela mucosa oral; Sem contra-indicações na lactação;
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INTERAÇÕES:
- Pode ser associado a outras plantas de efeito sinérgico;
POSOLOGIA:
- Aplicar sobre a área afetada sempre que necessário (até 8x/dia).
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.17 CASTANHA DA ÍNDIA
NOME BOTÂNICO: Aesculus hippocastanum
PARTE UTILIZADA:
- Sementes;
CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Saponinas, flavonóides, heterosídeos cumarínicos, taninos, vitaminas B, K, C e pró-vitamina D, fitosterol, proteínas e açúcares;
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PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Aumenta a resistência e o tônus das veias, além de diminuir a permeabilidade capilar;
INDICAÇÕES:
- Perturbações da circulação venosa, principalmente varizes, hemorróidas e flebites;
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Crianças menores de 12 anos;
EFEITOS COLATERAIS:
- Não referidos na dosagem recomendada;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicada;
INTERAÇÕES:
- Potencialização de anticoagulantes e hamamelis;
POSOLOGIA:
- Uma cápsula –250 mg- duas a três vezes ao dia.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.18 FUCUS
NOME BOTÂNICO: Fucus vesiculosus;
PARTE UTILIZADA:
- Toda a planta;
CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Iodo, mucilagem (pectina), óleo essencial, sais minerais, fucoidina;
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Pelo seu alto teor de iodo, age como estimulante da tireóide, aumentando a produção de seus hormônios, acelerando assim, o metabolismo da glicose e ácidos graxos; A ação das mucilagens,
aumenta o trânsito intestinal, além de se ligar às moléculas de ácidos graxos;
INDICAÇÕES:
- Auxiliar no tratamento da obesidade;
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Hipersensibilidade ao Iodo, hipertireoidismo, hipertensão arterial, cardiopatias;
EFEITOS COLATERAIS:
- Raros na dosagem recomendada, podendo apresentar elevação de PA, palpitações, diarréia;
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USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado;
INTERAÇÕES:
- Pode ser associada à valeriana ou outros ansiolíticos, além de diuréticos, como a cavalinha, para
o tratamento da obesidade; Pode potencializar os efeitos dos hormônios tireoidianos;
POSOLOGIA:
- Uma cápsula 2x/dia, antes das refeições, associada a líquidos em abundância (02 litros por dia).
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.19 FUCUS – VALERIANA – CAVALINHA
Caps. com 400-50-250 mg respectivamente.
Este produto associa as atividades ansiolíticas da valeriana e diuréticas da cavalinha (tratadas isoladamente em ítens específicos, já que podem ser prescritas isoladamente), às atividades do fucus
(tratadas neste item, já que só poderá ser prescrito nesta associação). Esta associação é indicada
nos casos de obesidade, como auxiliar ao tratamento clínico (dieta e exercícios), desde que patologias de base, e contra-indicações a todos os constituintes da fórmula tenham sido descartados.
4.20 QUEBRA-PEDRA
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NOME BOTÂNICO: Phyllantus niruri;
PARTE UTILIZADA:
- Toda a planta;
CONSTITUINTES PRINCIPAIS:
- Ácidos orgânicos, compostos fenólicos, terpenos, flavonóides;
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Possui, entre outras atividades, a virtude de dissolver cálculos renais, impedir a contração do ureter, elevar a taxa de filtração glomerular e aumentar a excreção urinária de ácido úrico;
INDICAÇÕES:
- Litíases do trato urinário, auxiliar nas cistites;
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Gravidez e lactação;
EFEITOS COLATERAIS:
- Não referidos na dosagem recomendada – Pode ser prejudicial quando utilizado em altas doses
(4 ou mais gramas ao dia) por períodos superiores a 03 meses;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
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- Contra-indicado;
INTERAÇÕES:
- Potencializa os efeitos de diuréticos;
POSOLOGIA:
- Uma cápsula –500 mg- 2x/dia, associada a líquidos em abundância.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.21 HIPÉRICO
NOME BOTÂNICO: Hypericum perforatum.
PARTE UTILIZADA:
- Partes aéreas (folhas e flores).
HISTÓRICO:
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- Seu nome vem do Grego: hiper=sobre e eikon=imagem ou seja, aquele que está acima do imaginado. Arbusto perene, originário da Europa e oeste da Ásia, onde cresce espontaneamente em
locais sombreados, foi citada no tratado “Matéria Médica” de Dioscórides (séc. III aC), e reconhecida na antigüidade como planta mágica, capaz de espantar maus fluidos, sendo usada para encantamentos e para curar enfermidades desde a idade média. Atualmente, é a planta medicinal com
atividade antidepressiva mais pesquisada e conhecida no mundo. Somente na Alemanha, mais de
20 milhões de pessoas fazem ou fizeram uso regular do hipérico para o tratamento da depressão
e sintomas associados. Faz parte de várias farmacopéias, incluindo a da Alemanha, além da
Comissão E, Suiça, Inglaterra, Rússia, Polônia, Austrália, etc. No Brasil, faz parte da lista de registro simplificado de Fitoterápicos da ANVISA, como antidepressivo (vide resol. RE número 89, de 16
de março de 2004).
CONSTITUINTES:
- Óleo essencial; taninos; resinas; pectina; glicosídeos antraquinônicos(entre eles a hipericina); flavonóides (hiperosídeo, quercitina, rutina); catequinas; beta-sitosterol; saponinas; princípios amargos;
carotenos; vitamina C.
AÇÕES:
- Anti-depressivo, calmante, sedativo, adstringente, digestivo, anti-inflamatório, cicatrizante para uso
externo.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- O conjunto de seus componentes, principalmente os princípios amargos e a pectina, asseguram
sua ação digestiva;
- Os taninos têm ação adstringente;
- As saponinas estimulam a circulação sangüínea;
- A hipericina tem ação inibidora da MAO e COMT (catecol-o-metil transferase), exercendo ação calmante e anti-depressiva, aliviando inclusive os sintomas neurovegetativos associados. Outra ação
relatada em trabalhos foi uma modulação na produção de citoquinas, com uma supressão da liberação de interleucina 6 e uma modulação aparente dos receptores de serotonina, inibindo sua
recaptação e também da dopamina e da norepinefrina, efeitos estes, não encontrados em nenhum
outro antidepressivo (ação nas 03 vias de recaptação), creditados ao extrato com todos os seus
componentes, e não apenas a hipericina (“totum”).
INDICAÇÕES:
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- Depressão leve a moderada; Depressão exógena; Depressão em remissão; Sintomas neurovegetativos e déficit da concentração, associados à depressão; Insônia; Nervosismo; Má digestão;
Tratamento tópico de úlceras e queimaduras.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Diabetes, gravidez, aleitamento, crianças menores de 12 anos e hipersensibilidade aos componentes
da fórmula;
EFEITOS COLATERAIS:
- Raros, mesmo em idosos; usualmente, não causa sedação;
- Reações alérgicas cutâneas, fotossensibilidade em pessoas de pele clara e sensível (evitar a exposição solar excessiva e sem proteção), irritação gastro-intestinal em pessoas sensíveis, elevação
dos níveis pressóricos.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra-indicado durante a gravidez e lactação.
INTERAÇÕES:
- Não há interação do hipérico com álcool;
- Pode ser associada à valeriana, passiflora e ao lúpulo para a insônia;
- Pode diminuir os efeitos da ciclosporina, digoxina, anticoncepcionais e anticoagulantes;
- Pode potencializar os efeitos de outros inibidores de MAO e inibidores da recaptação da serotonina, podendo levar a síndrome serotoninérgica
POSOLOGIA:
- Início da ação após 03 a 04 semanas de tratamento.
- Uma ou duas cápsulas – 300 mg - à noite para insônia.
- Uma a três cápsulas ao dia para depressão (às refeições).
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Evitar o uso interno ininterrupto e prolongado.
SUPERDOSAGEM:
- Irritação cutânea e fotossensibilidade, em altas doses e no uso prolongado.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.22 CAPIM LIMÃO
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NOME BOTÂNICO: Cymbopogon citratus.
PARTE UTILIZADA:
- Folhas.
HISTÓRICO:
- Planta perene, originária da Índia. Na Ásia, o chá de suas folhas é utilizado como febrífugo e as raízes mastigadas para clarear os dentes. Desenvolve-se bem em quase todo o Brasil. Suas folhas
são aromáticas e possuem odor característico. Ocorre a beira de estradas e prefere climas quentes. É também conhecida como capim cidró, capim cheiroso, capim santo e erva cidreira entre
outros nomes. Cuidado para não confundir com a citronela (Cymbopogon winterianus), que é uma
planta utilizada apenas com fins aromáticos e repelente de insetos.
CONSTITUINTES:
- Óleos essenciais, contendo 75 a 85% de citral e seus isômeros geranial e neral, vários aldeídos,
como citronelal, isovaleraldeído, decilaldeído, cetonas, álcoois como geraniol, nerol, metil heptenol, farnesol, terpenos como depenteno e mirceno, além de flavonóides, substâncias alcaloídicas,
uma saponina esterólica, beta-sitosterol, n-hexacosanol e n-triacontano e triterpenóides isolados da
cera que recobre as folhas, o cimbopogonol e cimbopagona.
AÇÕES:
- Excitante gástrico, sedativo, carminativo, emenagogo, analgésico, antitérmico, antibacteriano de
uso tópico.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Determina uma diminuição da atividade motora, aumentando o tempo de sono, é um regulador
vago-simpático. O citral tem efeito antiespasmódico, tanto no tecido uterino como no intestinal. É
analgésico e combate o histerismo e outras afecções nervosas, propriedade devida ao mirceno. A
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atividade antibacteriana está associada também ao citral.
- O extrato da planta, no duodeno do coelho, demonstrou a diminuição do tônus abdominal e no reto
abdominal, havendo bloqueio da acetilcolina.
INDICAÇÕES:
- Cefaléia de origem tensional, ansiedade, nervosismo, insônia, flatulência, e como relaxante muscular (mialgias, tensões musculares de etiologias diversas, hipertensão arterial).
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Hipotensão arterial.
EFEITOS COLATERAIS:
- Não relatados na literatura, desde que utilizados nas doses recomendadas.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- É contra indicado durante a gestação, devido ao relaxamento da musculatura uterina.
- É recomendado durante a lactação, pois atua como estimulante lácteo.
INTERAÇÕES:
- Não há referências na literatura consultada.
POSOLOGIA:
- Infusão a 02% (05 grs/250 ml de água). 250 ml à noite para insônia. Até 1.000 ml ao dia para
ansiedade, nervosismo ou outras indicações.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Pode ser usado pelo tempo que se fizer necessário.
SUPERDOSAGEM:
- Doses excessivas podem provocar hipocinesia, ataxia, bradipnéia, perda de postura, sedação e
diarréia.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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4.23 TANSAGEM
NOME BOTÂNICO: Plantago major.
PARTE UTILIZADA:
- Folhas e sementes.
HISTÓRICO:
- Também conhecida como tanchagem, tanchagem maior, tranchagem, língua de vaca e plantagem.
Originária da Europa, vegeta espontaneamente em nosso país, especialmente em terrenos úmidos
e em clima temperado. É uma planta vivaz, que cresce pouco, atingindo 40 a 60 cm de altura.
Existem várias espécies, sendo o Plantago major, a de maior valor medicinal.
CONSTITUINTES:
- Taninos, mucilagens, ácidos orgânicos (clorogênico e ursólico), ácido silícico, glicosídeos (aucubina), óleos essenciais, alcalóides (plantagonina e indicaína), resinas, alantoína, heterosídeos (aucubigenina), enzimas (emulsina e invertina), colina, sais de potássio e vitamina C. As sementes contém antraquinonas.
AÇÕES:
- Expectorante, adstringente, emoliente, diurética, antiinflamatória, antiséptica, bactericida, cicatrizante, antidiarreica, depurativa. As sementes são laxativas.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Devido as mucilagens, exerce uma ação protetora sobre as mucosas inflamadas e das vias respiratórias, impedindo a atividade de substâncias irritantes e promovendo a diminuição do processo
inflamatório. Age sobre as vias respiratórias superiores, protegendo-a e auxiliando a expectoração.
Tem a propriedade de destruir um grande número de microorganismos e estimular a epitelização.
- Os taninos conferem a propriedade adstringente, formando revestimentos protetores, atenuando a
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sensibilidade e dificultando infecções, além de proporcionar uma ação hemostática.
- Por diminuir a irritação da mucosa intestinal, as folhas possuem ação antidiarréica.
- As sementes atuam diretamente como laxativas por absorver grande quantidade de água, estimulando o peristaltismo.
INDICAÇÕES:
- Afecções respiratórias (bronquites, gripes, asma, tosses, catarros), diarréias (folhas), hemorragia
pós-parto, feridas, úlceras varicosas, inflamações da boca e garganta (aftas, amígdalites, gengivoestomatites).
- Obstipação intestinal (sementes secas).
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Não há referências na literatura consultada.
EFEITOS COLATERAIS:
- Não relatados na literatura, desde que utilizados nas doses recomendadas.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra indicado durante a gestação (estimulante uterino).
- Não há referências quanto a contra indicações durante a lactação, na literatura consultada.
INTERAÇÕES:
- Pode ser associada com o sabugueiro com potencialização do efeito expectorante.
POSOLOGIA:
- Gel creme a 05% - Aplicar sobre a área afetada duas vezes ao dia após higienização adequada.
- Pode ser utilizada in natura sob a forma de cataplasmas ou infusão a 05% para gargarejos, bochechos, banhos e para uso oral (até 03 xícaras ao dia).
- Podem ser utilizadas as semente secas como laxante.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Pode ser usado pelo tempo que se fizer necessário.
SUPERDOSAGEM:
- Não há referências na literatura consultada.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.24 ALHO
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NOME BOTÂNICO: Allium sativum.
PARTE UTILIZADA:
- Bulbos.
HISTÓRICO:
- Desde os primórdios da civilização, vem sendo utilizado pelo homem como recurso culinário e terapêutico. Gravações antiqüíssimas demonstram que o alho era utilizado como remédio pelos babilônicos, chineses, gregos e romanos.
- O alho cresce espontaneamente na Sicília e em outros pontos da Europa, sendo amplamente
conhecido e utilizado no Brasil.
- Os russos e búlgaros atribuem sua vitalidade e saúde ao hábito de ingerir alho.
- Durante a primeira grande guerra, as forças armadas britânicas valiam-se do alho para impedir
infecções.
CONSTITUINTES:
- Heterosídeos sulfurados, alicina, ácido fosfórico, aliína, óxido dialildisulfeto, ajoeno, dissulfeto de
dialila, dissulfeto de dietila, trissulfeto de alila, polissulfeto de dialila, cálcio, enxofre, iodo, silício,
sódio, ferro, vit. A, B1, B2 e C.
AÇÕES:
- Expectorante, anti-séptico pulmonar, analgésico, antiinflamatório, antibacteriano, tônico, hipotensor, vermífugo, hipoglicemiante, febrífugo, antiplaquetário, antioxidante e hipocolesterolemiante.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- O princípio de ação do alho se deve à alicina e aliina. A alicina originada à partir da alinase, possui
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notáveis propriedades bacteriostáticas e bactericidas sobre inúmeras bactérias, destruindo os grupos tiólicos, essenciais à proliferação bacteriana. Reduz os níveis de colesterol através do óxido
dialildissulfeto.
- Possui ação fraca para áscaris e oxiúros.
- Ajuda a eliminar as espécies patogênicas do intestino, sem afetar a flora normal.
- É estimulante orgânico geral e de algumas glândulas, sendo útil no diabetes. É considerado um
bom hipotensor devido a sua capacidade vasodilatadora.
- Ajuda a desobstruir as vias aéreas, por fluidificar suas secreções.
- Possui efeito antiplaquetário, inibindo a tromboxano-sintetase, enzima que tem um importante papel
na formação do tromboxano A2, responsável pela agregação plaquetária.
- Age ainda estimulando o mecanismo endógeno de defesa, inibindo a formação de radicais livres e
a peroxidação dos lipídeos.
- Seu extrato foi testado em animais, observando-se uma redução da pressão arterial e uma diminuição do rítmo cardíaco, devido provavelmente a um efeito bloqueador beta-adrenérgico.
INDICAÇÕES:
- Afecções respiratórias (bronquites, gripes, asma, tosses, catarros), infecções superficiais de pele
e mucosas, diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, prevenção de vasculopatias ateroscleróticas e como anti-radicais livres.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Hipersensibilidade ao óleo de alho.
EFEITOS COLATERAIS:
- Em altas doses podem ocorrer irritação gástrica e náuseas. Odor perceptível de alho na respiração e na pele. Reações alérgicas em pessoas sensíveis.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Contra indicado durante a lactação (pode provocar cólicas no lactente).
- Não há referências quanto a contra indicações durante a gravidez, na literatura consultada.
INTERAÇÕES:
- Pode ser associado a outras plantas expectorantes, sem problemas referidos na literatura consultada.
POSOLOGIA:
- Cápsulas de óleo de alho: 250 mg. Uma a três cápsulas ao dia.
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- Maceração: 02 ou 03 dentes de alho em uma xícara de água por dia.
- Alho fresco: 04 grs/dia.
- Altas temperaturas no preparo, diminuem significativamente suas atividades terapêuticas.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Pode ser usado pelo tempo que se fizer necessário.
SUPERDOSAGEM:
- Irritação gástrica, náuseas e reações de hipersensibilidade.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
4.25 PASSIFLORA
NOME BOTÂNICO: Passiflora alata.
PARTE UTILIZADA:
- Folhas.
HISTÓRICO:
- O maracujá é originário da América tropical. É uma trepadeira perene que floresce na primavera e
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dá frutos no início verão. Suas flores lembram os instrumentos utilizados na crucificação de Cristo,
daí seu nome de flor da paixão (passion flower) em outros idiomas, e é de grande efeito ornamental. Seus frutos são ovóides, amarelados e com polpa comestível e rico em vitamina C. Em 1.867,
os estudos de um investigador americano chamaram a atenção para a passiflora, e demonstraram
seu grande potencial para a medicina como sedativo e antiespasmódico.
CONSTITUINTES:
- Alcalóides indólicos (harmana, harmina, harmol e harmalina); flavonóides (vitexina, isvitexina, orientina, 0,55 g% de apigenina); glicosídeos; álcoois; ácidos; gomas; resinas e taninos.
AÇÕES:
- Sedativo, tranquilizante, antiespasmódico, diurético.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
- Age como depressor inespecífico do sistema nervoso central, resultando em uma ação sedativa,
tranqüilizante e antiespasmódica da musculatura lisa, devido aos alcalóides e flavonóides.
- A passiflorina é similar a morfina, tendo grande valor como sedativo e que apesar de narcótico,
não deprime o sistema nervoso central.
- Seu uso diminui por instantes a pressão arterial e ativa a respiração.
- Possui ainda efeitos analgésicos o que justifica seu emprego nas nevralgias.
INDICAÇÕES:
- Cefaléia de origem tensional, ansiedade, perturbações da menopausa, insônia, taquicardia nervosa,
cólicas, nevralgias e asma.
CONTRA-INDICAÇÕES:
- Hipotensão arterial.
EFEITOS COLATERAIS:
- Raros nas doses terapêuticas. O uso de doses excessivas de folhas pode levar a intoxicação
cianídrica.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
- Não há referências na literatura consultada, porém, desaconselha-se seu uso durante a gravidez,
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até que maiores estudos sejam realizados.
INTERAÇÕES:
- Pode potencializar os efeitos do álcool, anti-histamínicos e do sono induzido por barbitúricos, além
dos efeitos analgésicos da morfina. Pode provocar um bloqueio parcial dos efeitos das anfetaminas.
- Pode ser associado com valeriana e com lúpulo para insônia.
POSOLOGIA:
- Cápsulas de 200 mg.
- Uma ou duas cápsulas à noite para insônia.
- Uma a três cápsulas ao dia para ansiedade, cefaléias e outros distúrbios de fundo nervoso.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:
- Pode ser usado por até 03 meses. Não há referências quanto a possível dependência física na
literatura.
SUPERDOSAGEM:
- Alucinações, hipotensão arterial, sinais de intoxicação cianídrica.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO:
- Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em ambiente seco e arejado e ao abrigo da
luz solar.
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5. CHÁS
Mesmo que já tenham sido tratados nos capítulos anteriores, transcreveremos a seguir, as principais informações relativas a algumas plantas medicinais, fornecidas pelo programa municipal sob a
forma desidratada (“in natura”).
GUACO
NOME BOTÂNICO: Mikania glomerata.
PARTE UTILIZADA: Folhas.
HISTÓRICO: Originário da América do Sul, se desenvolve como trepadeira arbustiva, lenhosa, sem
gavinhas, adaptando-se muito bem ao cultivo doméstico; recebe também o nome de erva-das-serpentes, pois é utilizado como "contra- veneno" em certas regiões.
CONSTITUINTES: Óleos essenciais (di e sesquiterpenos); Taninos; Saponinas; Resinas; Guasina
(substância amarga); Cumarinas; Guacosídeo.
AÇÕES: Broncodilatadora, anti-asmática, expectorante, béquico, emoliente, depurativo e cicatrizante.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS: Facilita a fluidificação dos exsudatos traqueobrônquicos,
relaxa a musculatura lisa dos vias aéreas; Estimula a secreção e eliminação de urina; Sudorífico; Um
glicosídeo, isolado por processos químicos, da origem à cumarina, possível responsável pelo efeito
anti-ofídico.
INDICAÇÕES: Tosses rebeldes, bronquites, asma, ivas, rouquidão, estados febris, pruridos, eczemas.
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CONTRA-INDICAÇÕES: Diabetes Mellitus, evitar o xarope pelo alto teor de açúcar; evitar o uso em
crianças menores de um ano. Não há outras referências na literatura consultada.
EFEITOS COLATERAIS: Sem efeitos colaterais relatados, nas doses recomendadas.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Uso não recomendado durante a gestação, pelo risco
de hemorragia
INTERAÇÕES: Evitar seu uso associado à anti-coagulantes.
POSOLOGIA: Xarope: 10 a 40 ml/dia.
Infusão à 2% (04 gr por 200 ml de água a aproximadamente 80 graus celsius, durante 10 min.) – 50
a 200 ml por dia, de preferência morno;
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Evitar o uso prolongado pelo risco de hemorragia (até 100 dias).
SUPERDOSAGEM: Pode causar náuseas e vômitos em altas doses, além de acidentes hemorrágicos.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO: Armazenar em ambientes fechados, ao abrigo do calor, umidade e luz solar.
FUNCHO
NOME BOTÂNICO: Foeniculum vulgare.
PARTE UTILIZADA: Folha, Fruto e raiz;
HISTÓRICO: Erva perene, originária da Europa e bem adaptada ao Brasil desde a época da colonização portuguesa. Possui flores amarelas e sementes oblongas, enquanto a erva-doce possui flores
brancas e sementes arredondadas. Fazia parte das “cinco ervas operientes” , conjunto medicinal que
tinha lugar de destaque na farmácia antiga;
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CONSTITUINTES: Ácidos oleico, linoleico, palmítico; Óleos essenciais: funchona, anetol, limoneno;
Açúcares; Mucilagens; pectina; Tanino; Flavonóides; Cumarinas e outras;
AÇÕES: Antiespasmódicos, galactagogo, emenagogo, expectorante, antiinflamatório, carminativo;
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS: Exerce ação relaxante sobre a musculatura lisa do estômago e aumenta o peristaltismo intestinal, reduzindo a produção de gases, devido aos ácidos oleico,
linoleico e palmítico;
Estimula as secreções brônquicas, lácteas e biliares;
Age ainda como antiespasmódico, estimulando porém o fluxo menstrual em altas doses;
INDICAÇÕES: Distúrbios digestivos, como cólicas, dispepsias, flatulência, azia, vômitos, refluxo
gastro-esofágico; Estimulante da secreção láctea;
CONTRA-INDICAÇÕES: Gravidez – emenagogo, e hipersensibilidade aos componentes da fórmula;
EFEITOS COLATERAIS: Não há referências na literatura consultada;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Contra-indicado durante a gravidez; É particularmente indicado durante a lactação, devido a seu efeito galactagogo, não sendo prejudicial ao lactente;
INTERAÇÕES: Pode potencializar o sono induzido por barbitúricos;
Pode ser associado a outros fitoterápicos, sem interações medicamentosas significativas;
POSOLOGIA: Sementes: infusão com 10 gr em 01 litro de água fervente ao dia;
Folhas: 30 gr em 01 litro de água
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Sem restrições ao uso prolongado.
SUPERDOSAGEM: Alucinações, excitação e até convulsões, em altas doses;
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO: Armazenar em recipientes herméticos, em ambiente seco e
arejado e ao abrigo da luz solar.
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CAVALINHA
NOME BOTÂNICO: Equisetum arvense.
PARTE UTILIZADA: Partes aéreas: Folha, Fruto e raiz;
HISTÓRICO: Originária da Europa, reproduz-se por esporos, agrupados numa espécie de espiga
terminal. Seu nome derivado do latim, deriva de “equi”=cavalo e setum=cauda. Tem sabor levemente salgado e amargo e cresce em locais úmidos.
CONSTITUINTES: Flavonóides, alcalóides, saponinas, ácidos orgânicos, ácido sílico, substâncias
amargas, taninos, compostos inorgânicos;
AÇÕES: Diurética, remineralizante, hemostática, sebostática, aniinflamatória, antiacne, cicatrizante,
adstringente gênito-urinário, abrasiva, tonificante e revitalizante.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS: Possui atividade diurética e remineralizante, adstringente do
trato urinário e antiinflamatória prostática;
INDICAÇÕES: Diurética, remineralizante, hemostática, antiinflamatória das vias urinárias e próstata, auxiliar nos regimes de emagrecimento, auxiliar no tratamento de incontinência urinária noturna
em crianças;
CONTRA-INDICAÇÕES: Disfunção renal e cardíaca;
EFEITOS COLATERAIS: Não referidos na dosagem recomendada;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Contra-indicada;
INTERAÇÕES: Pode ser associada à Sementes de Abóbora ou ao Saw palmeto para HPB;
POSOLOGIA:
Infusão a 05% - 200ml/dia como diurético
- 500ml/dia como hemostático
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DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Pelo tempo que se fizer necessário.
SUPERDOSAGEM: Evitar doses superiores a 05 gr/dia de pó da planta.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO: Armazenar em recipientes herméticos, em ambiente seco e
arejado e ao abrigo da luz solar.
CAMOMILA
NOME BOTÂNICO: Matricaria recutita.
PARTE UTILIZADA: Flores;
HISTÓRICO: Erva anual que cresce espontaneamente na Europa e Ásia. Os Egípcios dedicavam-na
ao Sol e adoravam-na mais do que qualquer outra planta pelas suas propriedades curativas. O nome
Matricária, deriva do latim “mater” ou “matrix”=útero, por ser utilizada em doenças femininas. O clima
ideal para o cultivo é o temperado e de elevada umidade.
CONSTITUINTES: Óleos essenciais, camazuleno, matricina, flavonóides, terpenos, cumarinas,
mucilagens, ácidos orgânicos, sais minerais, aminoácidos;
AÇÕES: Antiespasmódica, antiinflamatória, carminativa, calmante, cicatrizante, tônica, emoliente,
refrescante, antisséptica, antialérgica.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS: Possui marcada atividade antiinflamatória, antibacteriana,
antimicótica e protetora de mucosas, devida principalmente ao camazuleno, ao alfa-bisabolol (óleo
essencial), a matricina e as mucilagens;
INDICAÇÕES: Inflamações de mucosa oral de diversas etiologias: gengivites, estomatites, glossites;
Inflamações de mucosas gastrointestinais (colites, diarréias, cólicas biliares e intestinais, flatulência);
Nervosismo, eczemas, úlceras de pele, dermatites irritativas superficiais.
CONTRA-INDICAÇÕES: Não há restrições ao seu uso tópico na literatura; Uso interno contra-indicado em gestantes;
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EFEITOS COLATERAIS: Podem ocorrer reações locais em pessoas alérgicas;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Uso interno contra-indicado em gestantes; Em gestantes, evitar o uso tópico em excesso, pela possibilidade de absorção pela mucosa oral; Sem contraindicações na lactação;
INTERAÇÕES: Pode ser associado a outras plantas de efeito sinérgico;
POSOLOGIA: Infusão a 05% - 200 a 600 ml/dia.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Pelo tempo que se fizer necessário.
SUPERDOSAGEM: Náuseas, nervosismo e insônia.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO: Armazenar em recipientes herméticos, em ambiente seco e
arejado e ao abrigo da luz solar.
QUEBRA PEDRA
NOME BOTÂNICO: Phyllantus niruri.
PARTE UTILIZADA: Toda a planta;
HISTÓRICO: Planta herbácea anual, de consistência delicada. Nativa das Américas, é uma planta
daninha bastante comum no Brasil. Várias plantas da mesma família são utilizadas pela medicina popular, mas esta é a mais ativa.
CONSTITUINTES: Ácidos orgânicos, compostos fenólicos, terpenos, flavonóides;
AÇÕES: Diurética, hipoglicemiante, antiespasmódica, litolítica, colagoga.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS: Possui, entre outras atividades, a virtude de dissolver cálculos renais, impedir a contração do ureter, elevar a taxa de filtração glomerular e aumentar a excreção urinária de ácido úrico;
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INDICAÇÕES: Litíases do trato urinário, auxiliar nas cistites;
CONTRA-INDICAÇÕES: Gravidez e lactação;
EFEITOS COLATERAIS: Não referidos na dosagem recomendada – Pode ser prejudicial quando utilizado em altas doses (4 ou mais gramas ao dia) por períodos superiores a 03 meses;
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Contra-indicado;
INTERAÇÕES: Potencializa os efeitos de diuréticos;
POSOLOGIA: Infusão 02 a 03% - 400 ml/dia.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: No máximo 100 dias ininterruptos de tratamento, interrompendo-o por períodos de pelo menos 02 semanas.
SUPERDOSAGEM: Diarréias, diurese excessiva.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO: Armazenar em recipientes herméticos, em ambiente seco e
arejado e ao abrigo da luz solar.
CAPIM LIMÃO
NOME BOTÂNICO: Cymbopogon citratus
PARTE UTILIZADA: Folhas frescas ou secas e rizomas.
HISTÓRICO: Planta perene, originária da índia. Na Ásia, seu chá é muito utilizado como febrífugo,
e suas raízes mastigadas para clarear os dentes. Desenvolve-se em quase todo o Brasil, preferindo
os climas quentes.
CONSTITUINTES: Óleos essenciais (citral e seus isômeros geranial e neral), aldeídos (citronelal,
isovaleraldeído e decilaldeído), cetonas, álcoois (geraniol, nerol, metil-heptenol, farnesol), terpenos
(depenteno e mirceno), flavonóides, alcalóides, saponinas, , beta-sitosterol, e outros.
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AÇÕES: Excitante gástrico, sedativo, relaxante muscular, carminativo, emenagogo, analgésico,
antitérmico, antibacteriano de uso tópico.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS: Aumenta o tempo de sono, efeito antiespasmódico tanto de
útero como intestino e antibacteriano tópico devido ao citral. Analgésico e combate o histerismo e
outras alterações nervosas devido ao mirceno
INDICAÇÕES: Insônia, nervosismo, dores de cabeça, flatulência, dores musculares, hipertensão
arterial.
CONTRA-INDICAÇÕES: Não há referências na literatura consultada.
EFEITOS COLATERAIS: Não referidos na literatura, desde que respeitadas as doses recomendadas.
USO DURANTE A GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: Contra-indicado durante a gestação. Pode ser utilizado
na amamentação como estimulante da secreção láctea.
INTERAÇÕES: Não há referências na literatura consultada.
POSOLOGIA: Infusão a 02% - até 1.000 ml (05 xícaras) por dia.
DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: Pelo tempo que se fizer necessário.
SUPERDOSAGEM: Hipocinesia, ataxia, sedação, bradipnéia, hipotensão arterial e diarréia.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO: Armazenar em recipientes herméticos, em ambiente seco e
arejado e ao abrigo da luz solar.
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ANEXOS
ANEXO 01: GLOSSÁRIO EM FITOTERAPIA
ADSORÇÃO: fixação de uma substância na superfície de outra;
ADSTRINGENTE: produto que contrai os tecidos, promovendo o fechamento dos poros;
ALCOOLATURA: o mesmo que tintura;
BÉQUICO: antitussígeno, aquele que combate a tosse;
CARMINATIVO: aquele que diminui a formação de gases no estômago e no intestino;
CATAPLASMA: papa medicamentosa aplicada entre dois panos, a uma determinada parte do corpo;
CATÁRTICO: produto que acelera e aumenta a evacuação intestinal;
COLAGOGO: produto que aumenta a secreção da bílis;
COLERÉTICO: produto que ativa a produção e a secreção da bílis;
COLÓIDE: substância amarelada, gelatinosa, semelhante a cola;
COMPRESSA: material usado para ser colocado sobre uma determinada região afetada, podendo
conter medicamentos ou não;
DECOCÇÃO: cozimento de determinada planta por até 20 minutos, tampada e em fogo brando.
Utilizada para ervas não aromáticas (que contém princípios ativos estáveis ao calor) e partes do
vegetal mais resistentes ao calor, como cascas, raízes e algumas sementes;
DEMULCENTE: emoliente;
DEPURAR: tornar puro, limpar;
DIAFORESE: transpiração profusa;
EMENAGOGO: produto que faz vir o mênstruo podendo ser abortivo;
EMOLIENTE: produto que exerce efeito calmante sobre a pele e sobre a mucosa inflamada, combatendo
o ressecamento dos tecidos e devolvendo-lhes a flexibilidade e maciez;
EXPECTORANTE: produto que facilita a saída das secreções das vias respiratórias;
EXSUDAÇÃO: eliminação de substância depositada em tecidos, ou através da pele;
FEBRÍFUGO: produto que combate a febre;
FITOTERAPIA: tratamento à base de produtos de origem exclusivamente vegetal, seja através de
drogas vegetais frescas ou secas e de seus extratos naturais;
FLATULÊNCIA: distensão por gases do estômago e/ou do intestino;
FLAVONÓIDE: pigmento vegetal de diversas plantas, que contribui para sua coloração, além de ser
quimicamente ativo para algumas patologias;
FOTOSSENSIBILIDADE: sensibilidade às radiações luminosas;
GALACTÓGENO: que produz leite;
GEMA: parte do vegetal que pode dar origem a um novo indivíduo;
HIDRAGOGO: que provoca a eliminação de água;
HIDRÓLISE: decomposição de substância por meio da água;
HIDROPSIA: acúmulo anormal de líquido em determinado tecido ou cavidade do corpo;
INFUSÃO: preparação utilizada para plantas ricas em componentes voláteis, aromas delicados ou
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que se degradem pela ação do calor. São obtidas colocando-se a água na temperatura adequada
sobre a planta, previamente limpa e rasurada, e tampadas pelo prazo adequado para cada produto.
Deve ser preparada, preferencialmente, em recipientes de vidro ou louça;
INTERAÇÃO: ação mútua entre duas ou mais substâncias;
INTUMESCER: aumentar de volume;
LENITIVO: que adoça ou acalma; Calmante;
MACERAÇÃO: preparação a frio de determinada planta com álcool, óleo, vinho ou outro líquido
extrator. Deve permanecer tampado e agitado periodicamente, até que se obtenha a concentração
desejada do produto;
METEORISMO: presença de gases em excesso no tubo gastrointestinal;
MUCILAGEM: parte viscosa de gomas, usadas como emolientes ou protetores de determinado tecido;
PECTINA: carboidrato presente na parte interna da casca de determinadas frutas (cítricos, maçã,
berinjela, maracujá), que apresenta afinidade por gorduras e outras substâncias, funcionando como
um adsorvente;
PURGATIVO: laxante, purgante, catártico ou que promove a exoneração do intestino;
RUBEFACIENTE: que produz vermelhidão ou hiperemia passiva;
SAPONINA: produto dotado de ação dissolvente sobre determinadas células e substâncias;
SUDORÍFICO: que faz suar;
SUPURATIVO: que produz ou que facilita a eliminação de pus;
TANINO: substâncias adstringentes, dotadas de ação terapêutica e que normalmente dão coloração
azul com sais de ferro;
TRANSUDAÇÃO: passagem de líquido através de membrana;
TUMEFAÇÃO: edema, intumescimento ou aumento de volume de determinado órgão ou tecido;
UMECTANTE: que umedece ou dilui;
VULNERÁRIO: próprio para curar feridas.
ANEXO 02: SITES ÚTEIS EM FITOTERAPIA
- Herbarium – www.herbarium.com.br;
- Assoc. Argentina de Fitoterapia – www.plantasmedicinales.org;
- Proplan – www.saude.rj.gov.br/proplam/;
- Unicamp – www.cpqba.unicamp.br;
- Klabin – www.klabin.com.br/;
- Esalq- www.ciagri.usp.br/planmedi/;
- IBPM – www.ibpm.org.br/;
- Lab. Flora medicinal – www.floramedicinal.com.br;
- Biofito – www.biofito.com.br;
- Anvisa – www.anvisa.gov.br/;
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BIBLIOGRAFIA
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Paulo: Hemus, 1993. 341 p.
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CRUZ, G.L. Dicionário das plantas úteis no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985.
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