Achillea millefollium L.

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FITOTERAPIA
MIL FOLHAS - Achillea millefollium L.
Aspectos agronômicos:
Planta da família Asteraceae (compostas), nativa da Europa e Ásia. Aclimatada em diversas regiões
temperadas do velho mundo, incluindo Estados Unidos, Bermudas, México e Costa Rica. Cresce
espontaneamente como erva na Europa, Ásia e na América, incluindo Venezuela, Colômbia, Chile, Argentina
e Brasil (Morton, 1981; Loewenfeld & Back, 1980);
Erva perene de clima temperado a subtropical. Tolera geadas moderadas. Para produzir mais óleo
essencial, exige pleno sol, temperatura elevada e boa disponibilidade hídrica no solo, mas não se adapta a
regiões de umidade relativa do ar elevada.
Requer solos bem drenados, com boa fertilidade e bom teor de matéria orgânica, com pH entre 6 –
6,5.
Propagação: Divisão de touceiras e sementes. Plantio dos rebentos de setembro a janeiro.
Espaçamento: 20-30 cm entre plantas e 30 cm entre linhas.
Porte da planta: Pode atingir até 50 cm.
Colheita: Para folhas, o início pode ser de 4 a 6 meses após o plantio. Para flores, 6 a 8 meses.
Rendimento médio: 600 a 1000 Kg/ha/ano de folhas secas.
Secagem: A temperatura máxima deve ficar em torno de 40 a 45º C.
Obs.: Pode ser hospedeira de Meloidogyne (Prosdócimo & Lozano, 1998);
Nomes comuns: Pronto alívio, mil em rama, mil folhas, milefólia, cibalena, macelão, sabugueirinho,
alevante, anador, aquiléa, erva de cortadeira, erva dos carpinteiros, yarrow ou milfoil (Ingl.), millefoglie
(França);
Histórico: Na mitologia grega, é mencionada sua utilização por Aquiles, na cura de seus guerreiros feridos,
advindo daí seu nome Achillea. Na obra de Dioscórides (materia medica), é associada à cura de feridas
sangrantes e todo tipo de hemorragias (hemostática);
Usos terapêuticos: Adstringente (reduz as secreções da pele e mucosas), anti-séptico, hemostático (reduz
sangramentos), cicatrizante, analgésico, antiinflamatório, antiespasmódico, hepatoprotetor, carminativo (reduz
gases), hipotensor (reduz a pressão arterial), antipirético (reduz a temperatura corpórea), expectorante,
diurético;
Outros usos: Utilizada na fabricação de cervejas nos países nórdicos. Utilizada também como salada,
saborizante de alimentos, cosmético para peles oleosas, em substituição ao tabaco (rapé) e ainda na Alemanha
do século XVI, suas sementes eram empregadas como conservantes em tonéis de vinho;
Princípios ativos: Óleos essenciais (cineol, proazuleno, tuionas, etc.), flavonóides (apigenina, luteolina,
rutina, etc.), taninos, mucilagens, resinas, sesquiterpenos (alfa-bisabolol, spatulenol, cis-nerolidol, cis-carveol,
trans-farnesol), fitosteróis, alcalóides, cumarinas, vitamina C, minerais, ácido salicílico, clorogênico e cafeico;
Partes utilizadas: Toda a parte aérea (folhas, talos e principalmente as flores);
Formas de uso e dosagem: Chá por infusão: 10 a 30 g/litro de água – 03 xícaras/dia;
Suco da planta fresca: 50 ml 1 a 3X/dia para uso interno ou para aplicação sobre
áreas afetadas;
Formas farmacêuticas: Tinturas: 30 a 35 gotas 3X/dia;
Extrato fluído: 2 a 3 g/dia;
Extrato seco (5:1): 600 mg 3X/dia;
Xaropes, supositórios, pomadas, cremes e loções;
Tempo de uso: Pelo tempo que se fizer necessário;
Efeitos colaterais: O uso tópico pode causar dermatites de contato e fotosensibilidade (irritação da pele
quando exposta a luz solar) em pessoas sensíveis.
Cefaléia, tonturas e contrações uterinas em altas doses.
No uso interno, pode potencializar os efeitos dos anti-coagulantes;
Contra-indicações: Gravidez, lactação (em altas doses), crianças menores de 02 anos e pacientes em uso de
anti-coagulantes.
Lembramos que as informações aqui contidas terão apenas finalidade
informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer
doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.
Fontes principais de consulta:
“Plantas aromáticas e medicinais – cultivo e utilização” – Paulo Guilherme Ferreira Ribeiro e Rui
Cépil Diniz . Londrina: IAPAR, 2008
“Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis .
1998 – Buenos Aires – Argentina.
Imagem:
“Fitoterapia – conceitos clínicos” 2008 (livro com cd-rom) – Degmar ferro – Editora Atheneu, São
Paulo.
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