Cenário Microeconômico

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Fundação Universidade Vale do Acaraú – UVA
Curso de Processos Gerenciais
Cenário Microeconômico
Roberto Aguiar
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1 – Economia
Consiste na produção, distribuição e consumo de
bens e serviços. O termo economia vem do grego
oikos (casa) e nomos (costume ou lei).
Economia é a ciência social que se ocupa da
administração dos recursos (escassos) para atender
as necessidades humanas (ilimitadas).
A
partir
destas
definições
surgem
dois
princípios básicos da Teoria Econômica:
• Principio da escassez: Os recursos são sempre escassos.
• Princípio das necessidades ilimitadas: As necessidades sociais e humanas são
ilimitadas.
Tradicionalmente, a economia se divide em microeconomia e macroeconomia. A
microeconômica se preocupa com o estudo das unidades econômicas (agentes
econômicos) tomadas isoladamente (um consumidor, uma firma, etc.), bem como o
resultado das ações individuais para configuração dos mercados (oferta individual e de
mercado, demanda individual e de mercado, tipos e estruturas de mercado, falhas de
mercado, etc).
A macroeconomia se preocupa com variáveis agregadas (por exemplo, qual o
produto interno bruto, a Renda nacional, a Demanda Efetiva, o nível de emprego, o
problema da inflação, etc.) Os economistas de empresas apóiam-se em ambos os ramos
da economia durante o processo de tomada de decisão. Embora os dirigentes de uma
empresa possam fazer pouco para modificar a economia agregada, suas decisões devem
ser coerentes com a perspectiva econômica do momento. Os tipos de decisões tomadas
por gerentes normalmente envolvem questões de alocação de recursos no âmbito da
organização a curto e em longo prazo. Um gerente pode estar interessado, a curto prazo,
na estimativa da demanda e nos relacionamentos de custo a fim de tomar decisões sobre
que preço cobrar por um produto e a quantidade a ser produzida.
As áreas da microeconomia que lidam com a teoria da demanda e a teoria do custo
e da produção obviamente são úteis para a tomada de decisão que envolve tais assuntos.
A teoria macroeconômica também participa da tomada de decisão quando um
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gerente tenta prever a demanda futura baseando-se em forças que influenciam toda a
economia.
Atividade Econômica é o conjunto de atos pelos quais as pessoas satisfazem às
suas necessidades, através da produção e troca de bens e de serviços.
A atividade
econômica é uma atividade que gera rotatividade econômica, não se valendo,
necessariamente, de lucros. São atividades que são geradas dentro de uma economia de
um determinado país.
O Sistema Econômico corresponde ao conjunto de instituições e mercados
onde se desenvolve a economia e onde os governos (setor público), os agentes
econômicos (firmas e consumidores) e o setor externo interagem entre si.
Fluxo Circular da Renda e do Produto
2 – A Microeconomia
A Microeconomia, ou teoria dos preços analisa a formação de preços no mercado,
ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a
quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos.
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Assim,
enquanto
a
Macroeconomia
enfoca
o
comportamento da Economia como um todo, considerando
variáveis globais como consumo agregado, renda nacional
e os investimentos globais, a análise microeconômica
preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços
(por exemplo, soja, automóveis) e de fatores de produção
(salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos.
A teoria microeconômica não deve ser confundida
com economia de empresas, pois tem enfoque distinto. A
Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no
mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o
conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.
Do ponto de vista da economia de empresas, que estuda uma empresa específica,
prevalece a visão contábil-financeira na formação do preço de renda de seu produto,
baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia predomina a
visão do mercado.
Os agentes da demanda - os consumidores - são aqueles que se dirigem ao
mercado com o intuito de adquirir um conjunto de bens ou serviços que lhes maximize sua
função utilidade. No Direito utilizou-se a conceituação econômica para se definir
consumidor: pessoa natural ou jurídica que no mercado adquire bens ou contrata serviços
como destinatário final, visando atender a uma necessidade própria.
2.1- Pressupostos básicos da análise microeconômica
Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de que
tudo o mais permanece constante (em latim, coeteris paribus). O foco de estudo é dirigido
apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem,
supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira
absoluta.
Adotando-se essa hipótese, torna-se possível o estudo de determinado mercado,
selecionando-se apenas as variáveis que influenciam os agentes econômicos consumidores e produtores - nesse particular mercado, independentemente de outros
fatores, que estão em outros mercados, poderem influenciá-los.
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Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente mais afetada por
seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito do preço sobre a procura,
supomos que a renda permanece constante (coeteris paribus); da mesma forma, para
avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preço da
mercadoria não varia. Temos, assim, o efeito "puro" ou "líquido" de cada uma dessas
variáveis sobre a procura.
2.2 - Aplicações da análise microeconômica
A análise microeconômica, ou teoria dos preços, como parte da ciência econômica,
preocupa-se em explicar como se determina o preço dos bens e serviços, bem como dos
fatores de produção. O instrumental microeconômico procura responder também, a
questões aparentemente triviais; como por que, quando o preço de um bem se eleva, a
quantidade demandada desse bem deve cair, coeteris paribus?
Entretanto, deve-se salientar que, se a teoria microeconômica não é um manual de
técnicas para a tomada de decisões do dia-a-dia, mesmo assim ela representa uma
ferramenta útil para estabelecer políticas e estratégias, dentro de um planejamento, tanto
para empresas como para políticas econômicas.
Para as empresas, a análise microeconômica pode subsidiar as seguintes decisões:
a) política de preços da empresa;
b) previsões de demanda e faturamento;
c) previsões de custos de produção;
d) decisões ótimas de produção (escolha da melhor alternativa de produção, isto é, da
melhor combinação de fatores de produção);
e) avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custo - benefício da
compra de equipamentos, ampliação da empresa);
f) política de propaganda e publicidade (como as preferências dos consumidores
podem afetar a procura do produto);
g) localização da empresa (se a empresa deve situar-se próxima aos centros
consumidores ou aos centros fornecedores de insumos);
h) diferenciação de mercados (possibilidades de preços diferenciados, em diferentes
mercados consumidores do mesmo produto).
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Em relação à política econômica, a teoria microeconômica pode contribuir na análise
e tomada de decisões das seguintes questões:
a) avaliação de projetos de investimentos públicos;
b) efeitos de impostos sobre mercados específicos;
c) política de subsídios (nos preços de produtos como trigo e leite, ou na compra de
insumos como máquinas,fertilizantes);
d) fixação de preços mínimos na agricultura;
e) controle de preços;
f) política salarial;
g) política de tarifas públicas (água, luz e outras);
h) política de preços públicos (como petróleo, aço);
i) leis antitruste (controle de lucros de monopólios e oligopólios).
Como se observa, são decisões necessárias ao planejamento estratégico das
empresas e à política e à programação econômica do setor público. E, evidentemente, a
contribuição da Microeconomia está associada à utilização de outras disciplinas, como a
Estatística, a Matemática Financeira, a Contabilidade e mesmo a Engenharia, de forma a
dar conteúdo empírico a suas formulações e conceitos teóricos.
2.3 - Divisão do estudo microeconômico
A teoria microeconômica consiste nos seguintes tópicos:
1- Análise da demanda - A teoria da demanda ou procura de uma mercadoria ou serviço
divide-se em teoria do consumidor (demanda individual) e teoria da demanda de mercado.
2- Análise da oferta - A teoria da oferta de um bem ou serviço também se subdivide em
oferta da firma individual e oferta de mercado. Dentro da análise da oferta da firma são
abordadas a teoria da produção, que analisa as relações entre quantidades físicas do
produto e os fatores de produção, e a teoria dos custos de produção, que incorpora, além
das quantidades físicas, os preços dos insumos.
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3- Análise das estruturas de mercado - A partir da demanda e da oferta de mercado são
determinados o preço e a quantidade de equilíbrio de um dado bem ou serviço. O preço e
a quantidade, entretanto, dependerão da particular forma ou estrutura desse mercado, ou
seja, se ele é competitivo, com muitas empresas produzindo um dado produto, ou
concentrado em poucas ou em uma única empresa.
4- Teoria do equilíbrio geral - A análise do equilíbrio geral leva em conta as inter-relações
entre todos os mercados, diferentemente da análise de equilíbrio parcial, que analisa um
mercado isoladamente, sem considerar suas inter-relações com os demais. Ou seja,
procura-se analisar se o comportamento independente de cada agente econômico conduz
todos a uma posição de equilíbrio global, embora todos sejam, na realidade,
interdependentes.
A teoria do bem-estar, ou welfare economics, estuda como alcançar soluções
socialmente eficientes para o problema da alocação e distribuição dos recursos, ou seja,
achar a "alocação ótima dos recursos".
Ressalte-se que no estudo microeconômico um dos tópicos é a análise das
imperfeições de mercado, em que se analisam situações nas quais os preços não são
determinados isoladamente em cada mercado.
Na realidade, tanto a teoria do equilíbrio geral e do bem-estar como a teoria do
consumidor são fundamentalmente abstratas, utilizando-se, com freqüência, modelos
matemáticos de razoável grau de dificuldade. Como o objetivo desta disciplina é procurar
fornecer aos estudantes de Direito conceitos básicos de Economia, que dêem subsídios
para sua atuação no dia-a-dia e um melhor entendimento das principais questões
econômicas de nosso tempo, essas teorias não serão discutidas aqui, pois não costumam
ser abordadas nos cursos introdutórios de Economia, sendo normalmente ministradas ao
final da disciplina de teoria microeconômica.
3 - Teoria da Utilidade do Consumidor
A utilidade refere-se à forma como os consumidores fazem a hierarquia dos
diferentes bens e serviços (em função da satisfação que proporcionam). A utilidade é uma
construção econômica que permite compreender como os consumidores racionais
repartem os seus recursos limitados entre os bens que lhes proporcionam satisfação.
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A teoria da procura considera que os consumidores maximizam a sua utilidade, o
que significa que escolhem o conjunto de bens que mais lhes agrada.
Utilidade – Unidade de Medida do prazer ou satisfação percebida por um consumidor pelo
consumo de uma mercadoria.
Utilidade Total – Deriva do consumo da mercadoria consumida, ou seja, somatório do
consumo da mercadoria.
Utilidade marginal - corresponde à utilidade adicional que se consegue com o consumo
de uma quantidade adicional de um bem. Ou seja, é a utilidade que a última unidade
consumida acrescenta à utilidade total, ou até mesmo o acréscimo à utilidade total
decorrente do consumo de uma unidade adicional dessa mercadoria.
Consumo
Utilidade Marginal
Lei da utilidade decrescente - Segundo a lei da utilidade decrescente, à medida que a
quantidade consumida de um bem aumenta a utilidade marginal desse bem tende a
diminuir.
Utilidade e utilidade marginal decrescente
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Utilidade e utilidade marginal decrescente
4 - Excedente do Consumidor
O excedente do consumidor é a diferença entre o que o consumidor está disposto a
pagar e o que o consumidor efetivamente paga por um mercadoria.
Quanto maior a utilidade de uma mercadoria, maior será a disposição a pagar um
preço maior por essa mercadoria. A satisfação do consumidor é superior à quantia paga.
Gráfico – Excedente do Consumidor
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Preço Marginal de Reserva – preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por
uma unidade adicional de uma mercadoria.
Utilidade Marginal
Preço Marginal de Reserva
Utilidade Marginal
Preço Marginal de Reserva
5 - A teoria da Escolha
Tenta explicar decisões de consumo envolvendo a compra de diversas mercadorias.
Cestas de Mercadorias -
conjunto de uma ou mais mercadorias associado as
quantidades consumidas de cada uma dessas mercadorias.
Curva de Indiferença – lugar geométrico dos pontos que representam cestas de consumo
indiferentes entre si. Mostram combinações de bens, na quantidade que torna o
consumidor indiferente. Assim, ele não tem preferência entre uma combinação contra a
outra, já que cada uma provê um mesmo nível de satisfação (a utilidade não muda). As
curvas de indiferença são muito utilizadas para representar as preferências do consumidor.
Curva de indiferença
Curvas de Indiferença
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As curvas de indiferença mais distantes da origem representam cestas mais
desejadas e curvas de indiferença mais próxima da origem representam cestas menos
desejadas. As curvas de indiferença não se cruzam jamais.
Cruzamento das Curvas de Indiferença
6 – Restrição Orçamentaria
A Restrição Orçamentaria é o limite de consumo de um consumidor, ou seja, as
restrições que a renda ( R ) impõe ao seu consumo.
Para tanto temos:
qa = quantidade de alimento
qv = quantidade de vestuário
pa = preço do alimento
pv = preço do vestuário
O gasto total em consumo será:
pa.qa + pv.qv
Partindo do pressuposto que um consumidor não pode gastar mais que ganha
então:
pa.qa + pv.qv < R
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Gráfico Restrição Orçamentaria
R/pv
Restrição Orçamentária
Vestuário
Alimento
R/pa
O Deslocamento da linha de restrição orçamentaria depende de dois fatores:
1. Os preços das mercadorias
2. A renda do consumidor
Relação com os preços das mercadorias (Redução no preço de alimentos)
R/pv
Restrição
Orçamentária
Vestuário
Alimento
R/pa
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Relação com os preços das mercadorias (Aumento no preço de alimentos)
R/pv
Restrição
Orçamentária
Vestuário
Alimento
R/pa
Relação com renda do consumidor (Aumento da Renda)
R/pv
Restrição
Orçamentária
Vestuário
Alimento
R/pa
7 - Equilíbrio do Consumidor
Agora, para resolvermos o nosso problema, de ter a maior utilidade possível, dentro
de nossa restrição orçamentaria, é só juntarmos os dois gráficos anteriores. Então
procuraremos a curva de indiferença com maior nível de utilidade a tocar na restrição, ou
seja, com a nossa renda limitada, em qual nível de consumo estaremos mais felizes, e
consumindo os dois produtos. Esse ponto de encontro da restrição com a curva de maior
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utilidade, é o “Ponto Ótimo de Consumo”, ou seja, o tanto que mais nos agrada
consumindo os dois produtos ao mesmo tempo, dentro de nossa renda.
O equilíbrio do consumidor é obtido na cesta de mercadorias correspondentes ao ponto de
tangencia entre a linha de restrição e a curva de indiferença mais elevada que toca essa
linha.
Gráfico - Equilíbrio do Consumidor
R/pv
Curva de Indiferença
Vestuário
Equilíbrio do Consumidor
Restrição Orçamentária
Alimento
R/pa
8 - A teoria da Demanda
A teoria da oferta e da demanda demonstra como as preferências dos consumidores
determinam a demanda dos bens, enquanto que os custos das empresas são a base da
oferta. Do equilíbrio entre a oferta e a procura resulta o preço e a quantidade
transaccionada de cada bem.
A Demanda é o desejo de adquirir, um plano e não sua realização. Ou seja,
demanda é o desejo de comprar.
A relação existente entre o preço de um bem e a quantidade comprada desse bem é
designada função da demanda ou curva da demanda
•
Lei da inclinação negativa da demanda - Quando o preço de um bem aumenta,
mantendo-se tudo o resto constante, os compradores tendem a consumir menos
desse bem. De forma similar, quando o preço de um bem diminui, mantendo-se
tudo o resto constante, a quantidade demandada desse bem aumenta.
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Curva de Demanda
•
Efeito de substituição - Quando o preço de um bem aumenta, este é substituído
por outros produtos similares. Por exemplo, quando aumenta o preço da carne de
vaca os consumidores tendem a comprar mais carne de frango. Este efeito é
denominado de efeito de substituição.
•
Efeito rendimento - Quando o preço de um bem sobe, os consumidores ficam com
menos rendimento disponível pelo que consomem menos quantidade desse bem e
dos outros bens. Por exemplo, se o preço da gasolina duplica os consumidores
ficam com menos rendimento e diminuem o consumo de gasolina e de outros bens.
Este efeito é denominado de efeito rendimento.
Quando existem alterações de factores, que não o preço do próprio bem, que
afectam a quantidade procurada, designam-se por deslocações da curva da procura.
A procura aumenta (ou diminui) quando a quantidade procurada para cada preço de
mercado aumenta (ou diminui).
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Deslocamento da curva de demanda
Os Tipos de Bens:
1. Quanto à destinação: bens de consumo e bens de produção (estes se
dividindo em bens intermediários e bens de capital);
2. Quanto à durabilidade: bens de consumo imediato, bens semiduráveis e
duráveis;
Quanto à elasticidade: renda da demanda: Bens normais, superiores ou
3.
inferiores;
4.
Quanto à necessidade: Bens necessários e bens de luxo ou supérfluos.
Bens:
1. Bens Normais: São aqueles cuja demanda (procura) aumenta se a renda
aumentar. Ex: filé, quando as pessoas passam a ganhar mais é comum que
desejem comer mais filé. Os bens normais podem ser do tipo bem de
primeira necessidade ou bens supérfluos. A definição formal destes tipos de
bens requer o conceito de elasticidade, mas podemos adiantar que:
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2. Bens supérfluos ou de luxo: São, em geral, bens com elasticidade renda da
demanda bastante alta. Isto quer dizer que quando a renda do individuo
aumenta, a demanda por estes bens aumenta de forma ainda maior.
3. Bens de primeira necessidade: tem elasticidade –renda da demanda muito
baixa, mas não negativa. Isto quer dizer que quando a renda do individuo
aumenta, a demanda por estes bens aumenta, mas de forma mais atenuada.
4. Bens Inferiores: São aqueles cuja demanda diminui quando a renda
aumenta. Ex: carne de pescoço.
5. Bens Substitutos: Dois bens são ditos substitutos, quando o consumo de um
pode ser substituído, até certo ponto, pelo consumo do outro.
6. Bens Complementares: São consumidos em proporções mais ou menos
fixas. Por exemplo café e açúcar. Computador e impressora. Neste caso se o
preço de um subir é provável quer a demanda pelo outro caia.
7. Bens de Guiffen: Constituem a única exceção a lei da demanda (que afirma
que quando o preço de uma mercadoria sobe a demanda por ela cai). Tratase de um bem hipotético.
Bens Econômicos e Bens Livres: Objetos materiais e serviços têm a propriedade de
satisfazer desejos humanos (utilidade) são chamados de bens. (ou bens e serviços). Se
houver em abundância tal que seu preço seja zero, estes bens são chamados de bens
livres. “Se houver escassez, são chamados de bens econômicos”. Alguns bens possuem
desutilidade para o homem e são chamados de males (Ex: lixo, poluição).
9 - Teoria da Oferta
A oferta é a quantidade de um bem que ou serviço que os produtores desejam
vender.
A relação existente entre o preço de um bem e a quantidade que os produtores
estão dispostos a produzir a vender é designada função da oferta ou curva da oferta.
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Curva de Oferta
Os Fatores que influenciam a curva da oferta
1. Tecnologia - O progresso tecnológico consiste nas alterações que diminuem a
quantidade dos factores necessários para a mesma quantidade de produto.
2. Preço dos factores de produção - Quando o preço dos factores de produção diminui
a o custo de produção é menor e a oferta aumenta.
3. Preços de bens relacionados -
A oferta de um dado bem tende a aumentar
(diminuir) quando diminui (aumenta) o preço de bens substitutos.
4. Política do governo - Os impostos e as políticas salariais podem fazer aumentar o
custo dos factores de produção levando à contracção da oferta.
5. Influências específicas - A oferta de determinados bens é influenciada por factores
específicos como seja o clima na agricultura.
Quando existem alterações de factores, que não o preço do próprio bem, que
afectam a quantidade oferecida, designam-se por deslocações da curva da oferta. A oferta
aumenta (ou diminui) quando a quantidade oferecida para cada preço de mercado
aumenta (ou diminui).
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Deslocamento da curva de oferta
Equilíbrio da oferta e da demanda
O equilíbrio de mercado ocorre no preço a que a quantidade demandada é igual à
quantidade oferecida. Num mercado concorrencial, este equilíbrio resulta da intersecção
das curvas da oferta e de demanda e nele não há tendência para o preço descer ou subir.
Equilíbrio de Mercado
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O preço de equilíbrio é também designado por preço de fecho do mercado. Isto
significa que todas as ordens de compra foram satisfeitas e a produção toda vendida, ou
seja fecharam-se as posições de compra e de venda.
10 - Estrutura de Mercados
A oferta e a demanda interagem de modo a apresentar resultados muito distintos em
cada mercado, pois cada um tem características específicas de produto , condições
tecnológicas, acesso, tributação, entre outros, que o torna único.
As estruturas de mercados são modelos que captam aspectos inerentes de como os
mercados estão organizados. Cada estrutura de mercado destaca alguns aspectos
essenciais da interação da oferta e da demanda, bem como algumas características:
1. Tamanho das empresas;
2. Diferenciação dos produtos;
3. Transparência do mercado;
4. Acesso de novos empresas, entre outros.
As estruturas básicas são três:
1. Estruturas Clássicas Básicas;
2. Outras Estruturas Clássicas; e
3. Modelos Marginalistas de Oligopólio.
As estruturas clássicas básicas contêm duas estruturas
Competição Perfeita: Ocorre quando existem inúmeras firmas e consumidores
ofertando e demandando o produto. Nenhum deles tem poder de alterar preços ou
quantidades e não existem barreiras à entrada. As firmas são “prince takers”, isto é,
conhecem o preço de mercado e decidem o quanto irão produzir.
Os consumidores, por sua vez, conhecem os preços de mercado e decidem o
quanto irão adquirir. Não há barreiras à entrada porque a tecnologia é relativamente
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simples, disponível e barata. A lucratividade no mercado de concorrência perfeita é
relativamente baixa quando comparada a outros tipos de mercado.
Monopólio: Quanto há uma única firma (ou individuo) ofertando o produto e
inúmeros demandantes. Neste caso, as firmas são “prince makers”, isto é, podem decidir o
preço que será cobrado, visando a maximização de seus lucros. Lembre-se que se a firma
aumenta o preço, diminui a quantidade vendida e vice-versa, se diminui o preço, aumenta
a quantidade vendida.
OBS1 : Quando há um único demandante e vários ofertantes o mercado é chamado
de monopsônio.
OBS2: Monopolista discriminador de preços ocorre quando é possível diferenciar os
diversos compradores, conhecendo-lhes os preços de reserva (o quanto estariam
dispostos a pagar). Em empresas aéreas é freqüente diferenciar os preços das passagens
para idosos, turistas, viajantes de negócio, crianças, jovens etc.
As Outras Estruturas Clássicas mais comuns:
Oligopólio: Quando há umas poucas empresas ofertando o produto. No caso de
apenas duas chama-se duopólio. As firmas, neste caso, podem ter um poder de mercado
relativamente alto, modificando os preços e quantidades de equilíbrio e fazendo acordos
com outras firmas ou formando cartéis. É uma estrutura de mercado comum em nossos
dias.
Concorrência Monopolista: È um mercado onde a concorrência se dá por meio de
marcas ou griffes. O produto é semelhante, porém diferenciado por meio de uma marca
(por exemplo: Gillete, refrigerantes - Cola, roupas de grife). É como se cada empresa
detivesse o monopólio de sua própria marca e a partir daí, competissem entre si.
Atualmente é um tipo de mercado muito encontrado na rotina de compras dos indivíduos
da classe média.
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11 – Teoria da Firma: A produção e a Firma
A Produção
Seus princípios gerais proporcionam as bases para analise dos custos e da oferta dos
bens e serviços produzidos.
Firma ou Empresa: do ponto de vista da teoria dos preços, é uma unidade técnicas que
produz bens. O idéia essencial é de que a firma seja uma unidade de produção, que atue
racionalmente, procurando maximizar seus resultados em termos de produção e lucro.
Fatores de Produção: São necessários para que se possa produzir alguma coisa. Os
fatores de produção clássicos são T, K, L: Terra, Capital e Trabalho. De forma mais
abrangente podem haver outros fatores de produção: recursos naturais, minérios, meio
ambiente, mão-de-obra especializada e não-especializada, capital físico e humano,
tecnologia, técnica administrativa, ambiente institucional, estabilidade civil e monetária etc.
Produção: é a transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a
venda no mercado.
Função de produção: é a relação que mostra qual a quantidade obtida do produto, a
partir da quantidade utilizada dos fatores de produção.
Processo de Produção: técnica por meio da qual um ou mais produtos vão ser obtidos a
partir da utilização de determinadas quantidades de fatores de produção.
A função de produção indica o máximo de produto que se pode obter com as
quantidades dos fatores, uma vez escolhido determinado processo de produção mais
conveniente. Em quanto o processo de produção, na realidade, indica quanto de cada fator
se faz necessário para obter certa quantidade de produto.
Consideram-se dois tipos de relações entre a quantidade produzida do produto e a
quantidade utilizada dos fatores.
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1. Ocorre quando, na função de produção, alguns fatores são fixos e outros variáveis.
(Curto Prazo)
2. Ocorre quando todos fatores são variáveis. (Longo Prazo)
Fatores variáveis são aqueles cujas as quantidades utilizadas variam com a
realização do processo produtivo e os fatores fixos não variam.
A Firma
O objetivo básico da firma é a otimização dos resultados quando da realização da
sua atividade produtiva.
Os custos de produção é o somatório das despesas realizadas pela firma com a
utilização da combinação mais econômica dos fatores, por meio do qual é obtida uma
determinada quantidade do produto.
Os rendimento da Firma ocorre ao realizar o processo de produção de bens, as
firmas almejam uma compensação para a sua atividade criado de riqueza. Os custos de
produção tem uma contrapartida que se constitui na sua própria compensação:
rendimento ou receita recebida pela venda da produção no mercado.
o
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Referencias Bibliográficas
MCGUIGAN, James R., MOYER, R. Chalés, HARRIS, Frederick H. de B.. Economia das
Empresas: Aplicações, Estratégia e Táticas. Tradução da 9º edição norte americana.
Thomson, 2002.
ANTUNES, Maria Thereza Pompa. Capital Intelectual. São Paulo: Atlas, 2000.
RIBENBOIM, Jaques. Apostila aplicada a disciplina Desenvolvimento Sustentável do
Curso de Mestrado em Administração e Desenvolvimento Rural – UFRPE. 2005.
COSTA, Marcos Roberto Nunes. Manual para Elaboração e Apresentação de Trabalhos
Acadêmicos: Monografias, Dissertações e Teses. 4 ed. Rev. Recife: INSAF, 2004.
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