William Paixão – Professor (Língua Portuguesa / Redação / Hermenêutica / Teologia Patrística / Teologia de Missões) http://williampaixao.webnode.com.br Teologia Patrística Aula 2 - PATROLOGIA E PATRÍSTICA - Introdução A filosofia medieval está ligada a igreja católica, por isso deu origem a filosofia Escolástica. A principal preocupação da época era mostrar argumentos racionais ligados a fé. A filosofia medieval foi dividida em três períodos: Patrístico: Os padres da igreja tentaram conciliar a herança clássica Greco-romana, com o objetivo de converter os pagãos à nova religião cristã. Medieval: Período influenciado pelo neoplatonismo e de formação da filosofia cristã. Renascença: Marcado por três linhas de pensamento: Neoplatonismo, Hermitismo e Antropocentrismo. -Patrística (Séc. I ao Séc. VII) Inicia-se com as Epístolas de Paulo e o Evangelho e João e termina no Séc. VIII quando teve início a Filosofia Medieval. É o nome dado a filosofia cristã dos primeiros séculos, elaborada pelos pais ou padres da igreja. Fase da elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos “pagãos” e heresias. Para se defender o Cristianismo de ataques polêmicos, teve de esclarecer os próprios pressupostos por meio da filosofia. Representa o esforço dos apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros Padres da Igreja para conciliar a nova religião – Cristianismo - com o pensamento filosófico dos gregos e romanos. A Filosofia Patrística liga-se , portanto, à tarefa religiosa da EVANGELIZAÇÃO e à DEFESA DA RELIGIÃO CRISTÃ contra os ataques morais que recebia dos antigos. A Patrística divide-se geralmente em três períodos: * Até o ano 200 dedicou-se à defesa do cristianismo contra seus adversários – Padres apologistas; * Até o ano 450 é o período em que surgem os primeiros grandes sistemas de filosofia cristã; * Até o Século VII reelaboram-se as doutrinas já formuladas e de cunho original. A Patrística divide-se também em: Patrística Grega (Ligada a Igreja de Bizâncio) Patrística Latina (Ligada à Igreja de Roma) Alguns tiveram relação mais ou menos direta com os apóstolos e escreveram para a edificação da igreja – Séculos I e II: * São Clemente de Roma; * Santo Inácio de Antioquia; * Policarpo de Esmirna (70-160); Os padres apologistas – Escreveram em defesa do cristianismo perante a perseguição do Estado Séculos III-VI, são eles: Tertuliano – 155/160-230; São Justino Martir; Teófilo. Os padres polemistas – Os pais desse grupo não mediram esforços para defender a fé cristã das falsas doutrinas surgidas fora e dentro da igreja – Séculos III e VI. São eles: Site: http://williampaixao.webnode.com.br - E-mail: [email protected] 1 William Paixão – Professor (Língua Portuguesa / Redação / Hermenêutica / Teologia Patrística / Teologia de Missões) http://williampaixao.webnode.com.br Santo Irineu; São Cipriano; Orígenes (184-254). Fides Et Ratio – Filosofia Serva da Teologia? As principais heresias: Montanismo Marcionismo Adocionismo Sabelianismo Maniqeuismo Donatismo Arianismo Apolianarianismo Monotelismo Nestorianismo Pelagianismo Monofisismo Jansenismo Quietismo Pietismo Puritanismo A principal preocupação da patrística fora utilizar bem a filosofia para explicar bem o cristianismo e transformá-lo em teologia. O cristianismo primitivo sofreu influências de vários setores da Filosofia Grega de: Platão, Aristóteles, Epicuristas e Estóicos. Os filósofos convertidos ao cristianismo buscaram dar à doutrina cristã um status filosófico: Justino, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio de Cesareia. A filosofia da patrística está antes contida nos tratados dos chamados “pastores de alma”: PREGADORES, EXEGETAS, TEÓLOGOS e APOLOGETAS. A formação da patrística se deu pela preocupação de se explicar a fé com a razão. Os problemas da Patrística: Problemas textuais (A seleção dos textos inspirados, ou seja, a fixação do cânon); Problemas de coerência com o Antigo Testamento (Como conciliar o Deus de justiça do Antigo Testamento com Deus de amor do Novo Testamento); Problemas teológicos (O problema trinitário e a fixação do dogma da trindade no Concílio de Nicéia em 325). A partir do ano 95 d.C., os líderes cristãos começaram a ser chamados de “Pais da Igreja”. Aqueles que ao longo dos sete primeiros séculos, foram escrevendo os dogmas cristãos da igreja. O principal expoente desse período chamado de Patrística foi um africano de Tagaste. Foi uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Seu nome? – Santo Agostinho. -A Patrística, então, é obrigada a introduzir ideias desconhecidas para os filósofos Greco-romanos: A ideia de criação do mundo; De pecado original; De Deus como trindade uma; De encarnação e morte de Deus; De juízo final ou de fim dos tempos e ressurreição dos mortos... Ainda teve que explicar: Site: http://williampaixao.webnode.com.br - E-mail: [email protected] 2 William Paixão – Professor (Língua Portuguesa / Redação / Hermenêutica / Teologia Patrística / Teologia de Missões) http://williampaixao.webnode.com.br Como o mal pode existir no mundo, já que tudo foi criado por Deus, que é pura perfeição e bondade. O que fizeram então? * Os padres para imporem suas ideias cristãs, as transformaram em verdades reveladas por Deus (Através da Bíblia e dos santos) que, por serem decretos divinos, seriam DOGMAS, isto é, IRREFUTÁVEIS e INQUESTIONÁVEIS. * Dessa forma, o grande tema de toda a filosofia Patrística é o da POSSIBILIDADE ou IMPOSSIBILIDADE de conciliar RAZÃO e FÉ. Prof. William Paixão – 8566.8968 http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] "NÃO SOMOS DIPLOMATAS, MAS PROFETAS E NOSSA MENSAGEM NÃO É UM ACORDO, MAS UM ULTIMATO" Site: http://williampaixao.webnode.com.br - E-mail: [email protected] 3