TESTES DE CONVERGÊNCIA PARA INTEGRAIS IMPRÓPRIAS Nágela Faustino (UEL), Albo Carlos Cavalheiro (Orientador), e-mail: [email protected]. Universidade Estadual de Londrina/Departamento de Matemática/Londrina, PR. Área: Matemática/ Subárea: Análise/ Especialidade: Teoria da integração. Palavras-chave: Integral imprópria, Teste limite da comparação, Teste de Dirichlet. Resumo Neste trabalho estudamos integrais impróprias de funções contínuas em intervalos infinitos do tipo , e apresentamos dois resultados de convergência. Introdução No estudo de funções integráveis segundo Riemann uma condição necessária é que a função seja limitada em um intervalo compacto (ou seja, intervalo fechado e limitado). Se uma dessas duas condições são omitidas, a teoria não se aplica mais, é necessário fazer uma extensão do conceito de integral. Participantes e Métodos Definição 1. Seja . Definimos uma função integrável em , para todo desde que o limite exista e seja finito. Tal limite denomina-se integral imprópria de estendida ao intervalo . Exemplo 1. Considere a função casos: Caso 1: Se , . Temos 2 então 1 Caso 2: Se então Vamos apresentar dois resultados que é sobre convergência de integral imprópria. Teorema 1. (Teste Limite da Comparação) Suponha que f e g são integráveis em , e em algum intervalo de ,e (a) Se , então e ambas divergem. (b) Se e , então (c) Se e é convergente, então ou ambas convergem ou . é convergente . Demonstração. Veja o Theorem 3.4.7 em [3]. Exemplo 2. Considere a função no intervalo imprópria . Vamos determinar para que valores de p e q a integral é convergente. A função intervalo para ,e é integrável em qualquer e usando o Exemplo 1, temos que Do Teorema 1 implica que converge se Teorema 2. (Teste de Dirichlet) Seja escrita da forma . Suponha que . , uma função que pode ser 2 i) é contínua para e que as integrais parciais sejam limitadas (ou seja, , para todo ). ii) é uma função monotônica decrescente para zero quando Então a integral infinita . é convergente. Demonstração. Veja o Teorema 32.9 em [1]. Exemplo 3. Seja Fresnel para e consideremos a Integral de É claro que a integral sobre [0,1] existe; examinaremos, assim, apenas a integral sobre . Fazendo a substituição e aplicando o Teorema da Mudança de Variável (veja o Teorema 30.12 [1]), obtemos Pelo Teorema 2 (com quando e a integral a direita converge ; segue-se, portanto, que é convergente. Resultados e Discussão As integrais impróprias do tipo diferem das integrais definidas porque um dos limites de integração não é um número real. Diz-se que tais integrais convergem se o limite existe e é finito. Neste trabalho apresentados dois testes que garantem a convergência da integral imprópria. Conclusões As integrais impróprias em que o intervalo é infinito possuem muitas aplicações. Por exemplo, na teoria das equações diferencias, se é uma função, então a transformada de Laplace de é definida por , ou seja, é uma integral imprópria. Outra aplicação importante da integral imprópria é a função gama é convergente para todo que . 3 Referências [1] BARTLE, Robert G. Elementos de Análise Real. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1983. [2] GUIDORRIZI, Hamilton Luiz. Um Curso de Cálculo, volume 2, 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. [3] TRENCH, William F. Introduction to Real Analysis. Pearson Education, 2009. 4