mucoproteínas rev 03

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MUCOPROTEÍNAS
1. FINALIDADE
Teste colorimétrico para o doseamento de mucoproteínas no soro .
caso, basta colocar o frasco em banho-maria a 37 oC até que a cristalização
desapareça.
2. INTRODUÇÃO
As mucoproteínas, também conhecidas por “seromucóides” , quimicamente
são proteínas ligadas a carboidratos, diferenciando-se das glicoproteínas por
conterem teores superiores a 4% em hexosamina. A presente técnica segue a
reação de determinação colorimétrica de Winzler.
6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS (porém não fornecidos):
- Espectrofotômetro ou fotocolorímetro;
- Papel filtro quantitativo Whatman no 1 ou similar;
- Funil de vidro;
- Cronômetro;
- Banho-maria;
- Solução fisiológica (NaCl 0,85%);
- Água deionizada com condutividade inferior a 0,5 µS/cm;
- Micropipetador e pipetas sorológicas graduadas.
3. IMPORTÂNCIA CLÍNICA
O doseamento das mucoproteínas auxilia no diagnóstico e controle de doenças
inflamatórias agudas , tuberculose, alguns tipos de câncer , icterícia obstrutiva e
em casos de diabetes. A determinação das mucoproteínas normalmente é
realizada em conjunto com outras provas constituindo o painel reumático.
4. AMOSTRA
a- Preparo do paciente
Apesar de não necessário, recomenda-se jejum prévio de 8-12h , para evitar
fenômenos como a lipemia.
b- Tipos de amostra
Utiliza-se como amostra apenas o soro, recém-coletado e separado o mais
rapidamente possível do coágulo, uma vez que o plasma fornece resultados até
30% mais baixos.
c- Armazenamento e estabilidade
O armazenamento da amostra em geladeira mantém as mucoproteínas
estáveis até por uma semana, para prazos maiores, recomenda-se congelar a
amostra abaixo de 0 oC.
d- Critérios de rejeição
As amostras que apresentarem hemólise ou sinais de contaminação microbiana
devem ser rejeitadas.
e- Precauções e cuidados especiais
Todas as amostras devem ser manipuladas com extrema cautela, pois podem
veicular diversas doenças infecto-contagiosas (hepatite, SIDA etc.). Seu
descarte deve ser feito preferencialmente após sua autoclavação evitando sua
eliminação diretamente no meio ambi ente. Igual cuidado se recomenda no
descarte de outros materiais como ponteiras plásticas, agulhas e seringas.
5. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO
a- Princípio de técnica
A presente técnica é executada em 3 fases distintas. Na primeira fase, as
proteínas séricas (exceto as mucoproteínas) são precipitadas pelo ácido
perclórico e eliminadas através de filtração. Na segunda fase, as mucoproteínas
são precipitadas pelo ácido fosfotúngstico e retidas pelo processo de
centrifugação. A terceira fase constitui na determinação colorimétrica das
mucoproteínas pela ação do carbonato de sódio e reagente de Folin-Ciocalteau.
b- Reagentes
- Solução desproteinizante: Solução de ácido perclórico 1,2M pronta para uso;
- Solução precipitante: Solução de ácido fosfotúngstico a 8,7 mmol/L pronta
para uso;
- Solvente alcalino concentrado: Reagente à base de carbonato de sódio,
concentrado, cujo conteúdo (100 mL) deve ser diluído até 250 mL com água
deionizada com condutividade inferior a 0,5 µS/cm, obtendo assim uma
concentração final de 0,85 mol/L.
- Reagente de Folin-Ciocalteau 2N: Pronto para uso. Caso desenvolva
coloração esverdeada deverá ser desprezado;
- Solução Padrão: solução padrão equivalente a 5 mg/dL de mucoproteínas,
expresso em tirosina..
7. PROCEDIMENTO TÉCNICO (para equipamentos manuais e semiautomáticos)
7.1 Desproteinização
Em um tubo de ensaio pipetar:
1 mL de soro; 4 mL de desproteinizante e 2,5 mL de solução fisiológica.
Agitar a seguir de maneira enérgica (em vórtex) e deixar em repouso por 10
minutos. Filtrar através de papel filtro altamente retentor (Whatman 50, Inlab 50
ou similar) de forma a obter um filtrado límpido.
7.2 Precipitação das mucoproteínas
Em um tubo de centrífuga identificado como Teste, pipetar 3 mL do filtrado da
fase anterior e 0,5 mL da solução precipitante, agitar e deixar em repouso 15
minutos. Centrifugar a 2500 r.p.m. por 10 minutos. Rejeitar o sobrenadante e
deixar o tubo invertido na posição vertical sobre um papel absorvente para retirar
o excesso de líquido. Este tubo será usado como teste na colorimetria.
7.3 Colorimetria
- Ajustar o equipamento para um comprimento de onda 680 nm (ou filtro
vermelho);
- Acertar o zero de absorbância com o branco;
- Identificar 2 tubos de ensaio como Branco e Padrão;
BRANCO PADRÃO TESTE
Padrão
0,02 mL Solvente alcalino diluído
5,0 mL
5,0 mL
5,0 mL
Agitar bem o tubo teste para dissolver o precipitado
Reagente de Folin-Ciocalteau
0,2 mL
0,2 mL
0,2 mL
Homogeneizar os tubos e incubar em banho-maria 37 oC por 15 minutos
Determinar as absorbâncias do padrão e teste
A cor final mantém-se estável por 2 horas
8. CÁLCULOS
Mucoproteínas em
Absorbância do teste
X5
=
Tirosina [mg/dL]
Absorbância do padrão
Pode-se alternativamente recorrer ao uso do fator de calibração para se
determinar a concentração de mucoproteínas em tirosina na amostra analisada,
porém, é recomendável a aferição ao menos diária deste fator por meio do
padrão .
5
Fator =
Absorbância do padrão
Mucoproteínas em Tirosina [mg/dL] = Absorbância do teste x fator
9. RESULTADOS
- Unidade de medida: mg/dL em Tirosina
- Valores de referência
Mucoproteínas em tirosina: 1,9 - 4,9 mg/dL
c- Armazenamento e estabilidade
Todos os componentes do conjunto devem ser mantidos em temperatura
ambiente, condição em que permanecem estáveis até a data de validade
expressa em rótulo desde que isentos de contaminação química ou microbiana.
Não refrigerar nem congelar os componentes.
10. LIMITES DO MÉTODO
- Limite de diluição
A presente metodologia apresenta linearidade até 15 mg/dL de mucoproteínas
em tirosina na amostra analisada. Acima deste limite, a amostra deve ser diluída
em solução fisiológica (NaCl 0,85%) e novamente analisada , devendo o
resultado obtido ser multiplicado pelo fator de diluição.
d- Precauções e cuidados especiais
- Os reagentes destinam-se ao uso diagnóstico in vitro, devendo-se evitar seu
contato com a pele, olhos e mucosas.
- O solvente alcalino deve ser mantido em frasco plástico após diluído para uso;
em baixas temperaturas, o solvente alcalino concentrado pode cristalizar, neste
Interferentes
Esta metodologia apresenta como pontos críticos, aonde ocorrem as principais
interferências, as etapas de desproteinização (uso de filtro diferente do
recomendado) e precipitação (centrifugação insuficiente). Recomenda-se a
leitura dos textos de Tietz e Young para maiores informações.
11. CONTROLE DA QUALIDADE
- Materiais necessários
Amostras de controle originárias de pool de soros preparado pelo próprio
laboratório e/ou controles de origem comercial , mapas e gráficos de controle.
- Periodicidade
Ao iniciar o trabalho com um novo lote de reagentes recomenda-se analisar os
mesmos quanto a precisão e exatidão. Durante a execução da rotina,
recomenda-se avaliar uma amostra de controle em conjunto com cada bateria
de testes.
- Interpretação e avaliação
Como o objetivo do controle de qualidade é garantir que os resultados
liberados sejam compatíveis com a realidade do paciente, o laboratório deve
definir quais são os parâmetros de controle adotados bem como as medidas
para possíveis ações corretivas.
12. ESTATÍSTICAS DO MÉTODO
A recuperação das mucoproteínas da amostra não excede a cifra de 75% na
prática ou seja, os resultados não apresentam exatidão. A bibliografia
consultada refere-se a uma precisão de 15% a mais ou a menos sobre um
valor real. Na prática, consegue-se uma boa reprodutibilidade, desde que os
passos sejam executados conforme estabelecidos em técnica.
13. GARANTIA DA QUALIDADE
A Laborclin obedece o disposto na Lei 8.078/90 - Código de Defesa do
Consumidor. Para que o produto apresente seu melhor desempenho, é
necessário :
- que o usuário conheça e siga rigorosamente o presente procedimento
técnico;
- que os materiais estejam sendo armazenados em condições adequadas;
- que os equipamentos e demais acessórios necessários estejam em boas
condições de uso , manutenção e limpeza.
Antes de ser liberado para venda, cada lote do produto é submetido a testes
específicos, que são repetidos periodicamente até a data de vencimento
expressa em rótulo. Os certificados de análise de cada lote podem ser
solicitados junto ao SAC - Serviço de Assessoria ao Cliente, bem como em
caso de dúvidas ou quaisquer problemas de origem técnica, através do
telefone 0800-41-0027. Quaisquer problemas que inviabilizem uma boa
resposta do produto, que tenham ocorrido comprovadamente por falha da
Laborclin serão resolvidos sem ônus ao cliente, conforme o disposto em lei.
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Winzler, R.J.; Devor, A.; Mehl, J.W. & Smith, I.M. Studies on the mucoproteins
of human plasma. I. Determination and isolation. J. Clin. Invest., 27:609-618,
1948.
2. Winzler, R.J. Methods of biochemical analysis. Ed. Glick N.Y., 2:279, 1965.
3.nd Young, D. S. Effects of Preanalytical Variables on Clinical Laboratory Tests.
2 edition AACC Press, 1997.
4. Young, D. S. Effects of Drugs on Clinical Laboratory Tests. 4th edition AACC
Press, 1995.
5. Tietz, N. W. Clinical Guide to Laboratory Tests. 3rd edition. Ed. Saunders,
1995.
6. Moura, Roberto A. et al. Técnicas de laboratório.3a. ed. Ed. Atheneu, p. 89,
1992.
15 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
a- Sobra de reagentes: como os tubos destinados ao Branco e Padrão não
passam pelas etapas de precipitação, é normal que ao término do kit verifiquese sobras de desproteinizante e precipitante, não caracterizando assim falta do
reagente de Folin;
b- Observar bem a diluição do tampão alcalino, cujo volume final é de 250 mL;
c- Devido às suas características técnicas, a presente metodologia não é
indicada para o uso em equipamentos automáticos.
16. APRESENTAÇÃO
Kit contendo 150 mL de reagente alcalino concentrado, 200 mL de
desproteinizante, 25 mL de precipitante, 10 mL de reagente de Folin e solução
padrão.
Dúvidas, sugestões
e/ou reclamações
ligue para o nosso:
LB 170134 - Rev. 03 - 07/04
Laborclin produtos para laboratórios ltda.
R. Cassemiro de Abreu, 521 Pinhais/PR - CEP. 83.321-210
CNPJ: 76.619.113/0001-31 - Insc.Est.: 13700129-26
Responsável Técnico: Elisa H. Uemura CRF-PR 4311
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