2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES CIÊNCIAS HUMANAS I – Volume 2 RESOLUÇÕES DE EXERCÍCIOS TAREFA DE CASA – (BLOCO 01) 01. E Um homem se tornava escravo por nascimento, guerra, dívida, para não morrer de fome ou por conta própria, ou seja, por ambição se tornava escravo para se dar bem na vida. De qualquer modo, o escravo era um ser inferior. 02. E Os libertos de Roma poderiam transitar, frequentar lugares, fazerem comércio, mas ainda assim eram semicidadãos, pois os filhos só poderiam possuir direitos jurídicos se educados. 03. A A centralização do poder na época de Júlio César foi possível graças ao confronto com o Senado, que teve suas atribuições reduzidas. Essa situação deveu-se ao fortalecimento do exército centralizado, e à grande popularidade de César perante à plebe, em grande parte devido aos benefícios econômicos concedidos, como parte do saque das regiões conquistadas e a geração de emprego através de obras públicas. 04. D Segundo o texto, a origem das lutas esteve ligada à expressão religiosa, porém, com o passar do tempo, adquiriu nova conotação. Partindo da data apresentada no texto, 105 a.C., percebe-se que a mudança ocorreu numa época de crise do governo republicano, chegando à época do Império como forma de promover a alienação da plebe, em número cada vez maior de marginalizados pela expansão do escravismo. 05. B O texto descreve o processo de concentração fundiária em Roma, destacando primeiro a utilização de subterfúgios por parte da elite patrícia que, posteriormente, ampliou suas propriedades abertamente, utilizando a mão de obra escrava. O sistema escravista foi predominante em Roma a partir das conquistas, e um de seus efeitos foi promover a marginalização da plebe. 06. D A) (F) Das festas de cavalaria participavam apenas os membros da nobreza e reforçavam sua liderança militar e social. B) (F) A época de Péricles, também foi denominada de “Época de Ouro”, em grande parte porque o progresso material e político de Atenas foi acompanhado por intensa produção cultural e artística. C) D) E) (F) Além de representar uma homenagem aos deus, os jogos olímpicos reforçavam o individualismo, promoviam os vencedores que, normalmente, passavam a ocupar funções militares mais importantes. (F) A “política do pão e circo”, desenvolvida pelo Estado para a plebe romana, tinha como objetivo final promover a alienação e preservar o status quo. (F) As classificações apresentadas estão baseadas em critérios científicos, enquanto na Idade Média as divisões sociais eram entendidas como obra de Deus. 07. C A Lei das 12 Tábuas (escritas) eram as mesmas leis orais impostas pelos patrícios. No entanto, foi um avanço, pois, com as outras greves, os plebeus continuaram suas conquistas, como a Lei Canulela, que permitia o casamento misto, isto é, entre plebeus e patrícios. Em verdade, houve mais de uma Lei Licínia, como está exposto na alternativa C, mas também a que possibilitou o fim da escravidão por dívida. 08. A Depois da luta de classes entre patrícios e plebeus, sem conflitos internos, Roma consolidou sua expansão interior partindo para a sua expansão no Mediterrâneo, o que provocou as Guerras Púnicas contra Cartajo. 09. B Irritado com a concentração da riqueza só para a elite romana, Caio criou a Lei Frumentária, que buscava a diminuição do preço do trigo para a plebe romana. 10. B Durante o período republicano (509-27 a.C.), os romanos empreenderam diversas guerras, conquistaram vastas regiões e subjugaram muitos povos, sendo que parcela significativa desses povos foi submetido à escravidão. Milhares de escravos foram enviados a Roma e às regiões próximas e trabalharam nas mais diversas atividades, destacando-se a agricultura nas propriedades da elite patrícia. O desenvolvimento do escravismo determinou a retração do trabalho livre e a marginalização da maior parte dos plebeus. 11. C Para os romanos, a lei regulava a sociedade e todos eram iguais perante a lei, mas vale salientar que o Imperador estava acima de todas as leis. 12. A Não se pode falar em democracia em Roma. As disputas pelo poder no primeiro Triunvirato acabaram levando a um período de estabilidade no governo de Júlio César, inclusive pela sua liderança e boa relação com o exército. 1 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 13. E A República brasileira foi inspirada na República romana. Tristemente, a reeleição foi decidida pelos congressistas sem que o povo tomasse parte nas discussões; no entanto, o povo compareceu às urnas no plebiscito de 1963, no governo João Goulart, e sobre sistema e forma de governo em 1993. As greves e reivindicações dos plebeus revelaram que nada é conquistado ao longo da História sem conflito, revolução ou greves. 14. C Tito Lívio, historiador romano da época do Império, procura com seu texto justificar o expansionismo romano desde a fundação da cidade. 15. D De fato, o texto faz referência à expansão marítima de Roma na República subjugando Cartago e a Grécia, todavia, antes, na monarquia, o rei era escolhido pelo senado e acumulava essas funções. 16. D Os genos eram comandados por um geronte, que reunia o poder religioso, político, social etc. Assim, as famílias romanas, como os genos, cultuavam um antepassado comum. O patriarca em Roma tinha plenos poderes sobre a família e seus dependentes, dando origem à organização da propriedade e do Estado. 17. C A expansão do Império Romano ampliou o número de escravos levados a Roma. Esse grande número de escravos nos latifúndios trouxe sérias consequências, como: a decadência dos pequenos produtores, a proletarização de Roma e o surgimento de novas classes como artesãos. 18. D O texto se refere à passagem da Monarquia para a República na Roma Antiga. Organizou-se o poder político de tal forma que fosse partilhado entre os magistrados (especialmente os cônsules) e o Senado. TAREFA DE CASA – (BLOCO 02) 01. C O tribuno Caio Graco conseguiu por meio da Justiça uma lei conhecida como Leiu Frumentária, a qual o Estado ficaria obrigado a vender trigo e pão mais barato para o povo pobre de Roma. 02. B A expansão marítima romana conhecida como “Mare est nostrum” fez Roma acumular muitos escravos, contudo, com a crise do império e a dura condição de vida dos escravos, favoreceu ao surgimento da maior revolta de escravos no sul da península comandada por Espártaco. 03. A As práticas, vínculos entre comandantes e comandados e, especialmente, de generais e soldados para incursões militares com objetivos políticos, acabaram levando à crise da República Romana. 04. E Fica evidente na questão que as elites, ou classe dominante, não se sentem sensibilizadas pela reforma agrária e nem em realizá-la; além disso, de acordo com o texto citado, o MST é um movimento organizado que reivindica a reforma agrária sem, contudo, ter se tornado um grupo guerrilheiro no Brasil. 05. B Como a aristocracia romana sentia seus interesses ameaçados pela ideia de reforma agrária proposta por Tibério, tratou de assassiná-lo. 06. C A expansão de Roma teve início já no final da República, no entanto, o apogeu dessa expansão aconteceu no Império e alcançou as dimensões às quais a alternativa faz referência. 07. C A expansão romana em direção ao Norte aconteceu no período republicano, como relata a tirinha. 08. C O texto faz referência ao processo de aculturação dos romanos pela cultura grega, mesmo sendo os dominadores dos gregos no seu processo de expansão marítima. 09. A A expansão romana em direção à Europa Oriental teve também como objetivo a distribuição de terras aos soldados, o que não é comum e nem mesmo estudado ou abordado nos livros didáticos. 10. A A conquista da península Itálica aconteceu ainda no período da República, que foi estabelecida através de um golpe dado pelos patrícios sem a participação popular. Com a expansão, Roma conquistou colônias, escravos e riquezas que não eram acessíveis para toda a população, provocando desemprego e revolta em Roma. Assim, nesse sentido, o governo de Otávio ainda representou os interesses de uma elite, a nobreza, para conter as revoltas e rebeliões de escravos. 11. B A expansão romana levou um paradoxo para aquela sociedade: de um lado uma aristocracia rica que acumulava poder e prestigio em detrimento de outras classes que surgiam – artesãos, escravos e miseráveis excluídos dos benefícios dessas riquezas. 2 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 12. E Os cidadãos, quer fossem os patrícios em Roma, os eupátridas de Atenas ou os esparciatas em Esparta, tinham seus poderes estreitamente ligados à posse da terra. 13. D Durante a República, Roma conheceu uma série de lutas políticas e sociais entre patrícios e plebeus. Com as reivindicações atendidas, Roma fez o seu processo de expansão imperialista. No entanto, com a vinda de escravos para Roma, os pequenos agricultores não conseguiram aguentar a concorrência dos latifúndios escravistas, o que levou muitos à falência, à ruína. 14. D A condição da mulher romana era de respeito na sociedade, mas, no entanto, tinha seus limites determinados pelo “pater”, o chefe da família. TAREFA DE CASA – (BLOCO 03) 01. C Ao conquistar a “Itália” e ampliar seu domínio sobre o mar mediterrâneo, os romanos conquistaram mais territórios, e escravos, os quais foram levados para trabalharem nos latifúndios romanos. Roma passou, por outro lado, a acumular mais riquezas. 06. B Deve-se ressaltar que na Grécia e na Roma Antiga não havia a concepção de preconceito racial, mas, antes, o desejo de domínio territorial que levou essas civilizações a conquistarem mão de obra necessária para os seus diversos interesses. 07. C Tibério Graco instituiu a Lei Agrária limitando a quantidade de terras que cada cidadão romano poderia possuir, no entanto, seu irmão Caio a pôs em prática em dois lugares, em Cápua e Tarento. 08. A A carta faz referência às invasões dos “Bárbaros”, que acabariam influenciando os hábitos e as instituições romanas. 09. E A análise histórica de Montesquieu a respeito da mão de obra escrava ao longo da História leva-nos a concluir que as razões econômicas acabam sendo justificadas pelo direito e pela moral de cada época. 10. D A Lei Áurea, em meio a um processo histórico inevitável no contexto do Segundo Reinado, libertou a mão de obra escrava, que não representava mais os interesses econômicos da aristocracia brasileira, especialmente a de São Paulo. 02. E Após a expansão marítima Romana elevou-se o número de escravos que passaram a ser utilizados na economia Romana, o que causou uma nova organização na sociedade romana. 11. A O poder do Senado, dos magistrados e do respeito às leis como fator de liberdade irá se manter até a transição para o Principado. 03. C É preciso deixar claro que haviam muitas formas de escravidão em Roma. No entanto, os maltratos e a exploração imposta pelos senhores levaram a muitas revoltas. 12. C Otávio, primeiro imperador romano, governou com poder divino como “Augustus” acima da legislação romana, contudo, apoiado em instituições fundadas durante o período republicano. 04. D Em suas Notas sobre as eleições, Cícero relata a aproximação do candidato ao eleitor, elogiando-os e bajulando-os, o que nos faz perceber que em Roma já havia a existência de práticas políticas clientelistas, entre candidatos e eleitores. 13. D Os historiadores de modo geral estão de acordo com a estratégia de dominação romana de dividir os inimigos e, assim, dominar. 05. E Políbios ao descrever a estrutura política da República Romana tenta buscar um equilíbrio entre os poderes, mas, ao estudarmos a República percebe-se claramente o domínio político desta pelos patrícios aristocratas que controlavam as instituições políticas mais importantes, como o senado, as magistraturas e a assembleia centuriata em detrimento da participação do povo da plebe. TAREFA DE CASA – (BLOCO 04) 01. B O historiador trabalha com as fontes baseadas em fatos reais, no entanto, o historiador não pode escrever o passado tal como aconteceu, daí a história poder ser reescrita e constituída a partir do que revelam as fontes, as críticas e interpretações dos historiadores. 02. B As civilizações da Mesopotâmia, especialmente, foram grandes estudiosas desses conhecimentos e lançaram toda a base cultural e da Mesopotâmia. 3 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 03. C Em momentos locais diferentes surgiram civilizações na margem de grandes rios que tinham em comum o trabalho de camponeses explorados por estados burocráticos comandados por guerreiros e sacerdotes sob a chefia de um monarca, o qual tinha quase sempre um poder teocrático. 04. D Em 2005, diante das pressões internacionais, o governo de Israel promoveu a retirada de seus colonos da Faixa de Gaza, no entanto, ainda hoje, incentiva o processo de assentamento de colonos da região da Cisjordânia. 05. B Envolvida pelo projeto de uma moeda única no Continente Europeu, o Euro, a Grécia logo deixou de utilizar a sua moeda, o dracma. Os gastos com as olimpíadas e maquiagem da sua realidade econômica faz da Grécia, berço da cultura ocidental, um país frágil e endividado. 06. C A) (F) A religião egípcia era politeísta. B) (F) Os hebreus têm como religião o judaísmo e se dizem o povo escolhido por Deus. C) (V) Os fenícios, grandes navegadores e comerciantes marítimos e criadores do alfabeto, possuíam uma religião muito violenta, inclusive realizando sacrifícios humanos. D) (F) O povo persa criou um grande império organizado, mas não tinham grandes preocupações com a construção de templos. E) (F) Os povos mesopotâmicos eram politeístas e, ao contrário dos egípcios, não gostavam da morte. 07. B A estruturação jurídica e a formulação de leis pelos romanos foram algumas de suas maiores contribuições à cultura ocidental, especialmente o Corpus Juris Civilis que é a base do direito ocidental. 08. A O item A caracteriza a prática social, econômica, cultural e religiosa da construção ou do primeiro momento do mundo feudal na Europa Ocidental. 09. C O texto faz referência às péssimas condições de trabalho dos imigrantes nas fazendas de café no Brasil. 10. A De acordo com Joaquim Nabuco, a libertação só teria acontecido pela conjugação de uma série de fatores, como a organização e resistência dos escravos, a ação de estadistas e da própria família imperial. 11. B A questão relata a dinâmica do movimento social dos operários do século XIX organizados ainda pelos impactos da Revolução Francesa e da Revolução Industrial. No entanto, os operários, a partir da Revolução Industrial e pela exploração, sentiram a necessidade de mobilização de forma coletiva para que assim conseguissem melhores condições de vida e direitos trabalhistas. Essa mobilização possibilitaria uma grande transformação na economia capitalista, provocando, assim, a emancipação dos operários. 12. E O poeta popular Antônio Nóbrega apresenta, através da letra da canção, elementos culturais das identidades de colonizador e colonizados de forma crítica, relatando que, logo de início, as relações entre as culturas foram tensas e violentas, e não idílica, como a historiografia tradicional mitificou. 13. E Os documentos revelam ascensão e a mudança da condição social dos ex-escravos na sociedade romana. 14. E O documento deixa claro que as conquistas só beneficiavam os ricos, daí a proposta de reforma agrária dos irmãos Graco na tentativa de resolver a pobreza e a fome em Roma. 15. A Diante da crise do escravismo e da economia, o Estado romano tentou fixar os colonos estabelecendo a Lei do Colonato. 16. C As causas afirmativas na alternativa relatam os motivos da queda do Império Romano. 17. D Com a expansão romana, os escravos passaram a ser uma classe numerosa e eram utilizados como gladiadores em Roma. 18. B As ditas democracias modernas inspiram-se no modelo grego e romano, que tinham como características e debate e desejo de alcançar o bem público. 19. C Nessas sociedades, havia várias formas de escravidão, como muito bem explicita a alternativa da questão. 20. E Os libertos eram semicidadãos que possuíam muitos dos atributos sociais dos aristocratas, no entanto, só passavam a ser cidadãos os seus filhos. 4 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES TAREFA DE CASA – (BLOCO 05) 01. C Em geral, pode-se dizer que todo o direito tem sua origem baseada nos costumes e tradições. Os bárbaros são o melhor exemplo. 02. E As reformas de Clistenes ampliando a participação dos cidadãos na Bouié e a criação do ostracismo foram medidas determinantes para a origem da democracia ateniense. 03. C A pintura de Debret representa uma cena cotidiana dos escravos urbanos do século XIX, identificando um registro de uma forma de escravidão, a prática do trabalho de escravos temporários, não comumente referida nos livros didáticos e na historiografia tradicional. 04. B O samba-enredo de 1968 relata, em sua letra, uma memória historiográfica acerca do fim da escravidão sem conflitos e sem resistência dos negros, ou seja, uma interpretação histórica construída como verdadeira e sem crítica, típica da produção do conhecimento do período do Regime Militar. 05. E A Conjuração Baiana, ou dos Alfaiates, foi bastante influenciada pelos ideários da Revolução Francesa, especialmente no período jacobino, marcado pelas ideias de Rousseau ao proclamar uma República. O intelectual e médico baiano Cipriano Barata traduziu os textos de Rousseau, lidos para os revolucionários baianos que reivindicavam um governo republicano e democrático e o preconceito racial. 06. C O discurso do livro Coronelismo, Enxada e Voto caracteriza bem as práticas do coronelismo da República Velha, como o mandonismo das elites (oligarquias), o clientelismo, o favoritismo, o assistencialismo e o controle do poder político. 07. D A revolta relaciona-se com as péssimas condições de vida e trabalho dos marinheiros (a maioria formada por negros e mestiços pobres), cujo cotidiano era marcado por rígida disciplina, discriminações raciais pelo oficialato (composto por brancos de classes sociais elevadas) e ainda por castigos físicos (a “chibata”). O motim dos marinheiros conseguiu a extinção das punições físicas aos marujos. 08. D Após o golpe civil militar de 1964, os militares passaram a governar de forma autoritária através dos Als. Em dezembro de 1968, o Al-5 institucionalizou o poder de repressão, fortalecendo cada vez mais o executivo contra os opositores do regime. 09. E O movimento “Fora Collor” mobilizou milhares de brasileiros, que passaram a pressionar o legislativo para o afastamento do Presidente eleito Fernando Collor de Melo, acusado de práticas corruptas envolvendo tráfico de influência e cobrança de propina de empresários. Um dos grupos que mais se destacou no movimento foi o dos estudantes (universitários e secundários), cuja mobilização massiva ganhou as ruas e praças por todo o país e contribuiu para a aprovação, em 1992, do Impeachment de Collor. 10. E O texto refere-se ao Coronelismo, típico de zonas rurais brasileiras, caracteriza-se pela influência política de grandes fazendeiros sobre parcela da população, traduzida no controle eleitoral dos votos dessas pessoas, o chamado “voto de cabresto”, controladas pelos “currais eleitorais”. Tal influência dos fazendeiros relaciona-se com as condições sociais desiguais presentes no meio rural brasileiro, marcado pelo latifúndio, deixando as massas camponesas à mercê da dependência econômica desses fazendeiros. 11. D A carta constitucional outorgada de 1824, em seu artigo 92, evidencia os excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais. Estabeleceu, entre outras coisas, o voto censitário, excluindo da participação política os que não comprovassem renda mínima anual de cem mil réis. O objetivo do dispositivo constitucional era claro: garantir o controle das instituições políticas nas mãos das elites da época. 12. B A prática da tortura tornou-se um crime inafiançável a partir da constituição de 1988 e nas últimas décadas aumentou a atuação de grupos ligados aos direitos humanos no intuito de identificar, coibir e punir práticas de tortura que violam os direitos civis e a dignidade humana. No entanto, a existência de leis e de processos jurídicos contra a tortura não tem garantido o exercício eficaz da justiça, que nesse aspecto demonstra lentidão em julgar e punir acusados de tais crimes, sobretudo quando os réus pertencem aos quadros policiais e as vítimas são de origem social pobre. 13. B Diferentemente da democracia ateniense (direta e participativa), a democracia brasileira é indireta e representativa, ou seja, elegemos os parlamentares que irão representar nossos interesses, pelo menos em tese. É imprescindível, portanto, a ação imparcial dos meios de comunicação noticiando e 5 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES divulgando informações à população para que esta possa fiscalizar as ações de órgãos governamentais ou privados e, assim, fomentar o debate político na sociedade civil. 22. C As Guerras Púnicas foram provocadas pelo choque do imperialismo romano e dos cartagineses pelas colônias ricas do Mediterrâneo. 14. D A chegada de Getúlio Vargas ao poder ocorreu mediante um golpe que derrubou o presidente Washington Luis, considerando pelos golpistas um representante das tradicionais oligarquias que corrompiam o país. Doravante o grupo recémchegado ao poder vai procurar desqualificar todas as práticas políticas anteriores como um modo de legitimar o golpe, perpetuado como um acontecimento revolucionário, daí o nascimento do termo “Republica Velha” para designar pejorativamente o período anterior à chegada de Vargas ao poder. 23. A A paz romana possibilitou a expansão de Roma no mesoterrâneo mantendo as velhas instituições políticas e a nova realidade social e econômica. 15. A Considera-se que a adoção do Cristianismo como religião oficial do Império Romano constituiu-se como um fator de estabilidade face às crises pelas quais o império passava. 16. D Cícero, orador e intelectual, em seu discurso exagerou e distorceu os fatos, incriminando Catilina em benefício próprio e dos seus pares. 17. C Júlio César depois de assumir o poder como ditador perpétuo com o final do primeiro triunvirato acabou encontrando resistência política, o que levou-o a ser assassinado. 18. D A expansão do Mare est nostrum por Roma no Mar Mediterrâneo motivou o conflito conhecido por Guerras Púnicas entre romanos e cartagineses pelo domínio das ricas colônias daquele mar. 19. A A crise do escravismo e a invasão dos bárbaros levou o Império Romano a fazer um processo de ruralização da economia com a prática do colonato. 20. A A sociedade feudal nasceu de elementos formadores, como por exemplo: dos romanos, as vilas e a prática do colonato e dos germânicos, a economia natural e o comitatus. 21. E Houve um retrocesso do sistema de produção com a ruralização da economia e com a substituição da mão de obra escrava pela mão de obra livre dos colonos. Com isso, os senhores romanos passaram a concentrar maior poder em detrimento do poder central. 24. C As relações de fidelidade pessoal, característica do feudalismo, têm origem nas relações do comitatus dos germânicos, ou seja, a relação de fidelidade pessoal entre o senhor (o chefe) e seus guerreiros. 25. B O documento deixa evidente que a legislação romana permitia a mobilidade social, como fica claro no caso dos libertos. TAREFA DE CASA – (BLOCO 06) 01. D A consagração de um cavaleiro mantinha a hierarquia das relações de dependência pessoal entre os nobres, corroborando para a manutenção da ordem feudal. 02. C Os principais tributos devidos pelo servo ao senhor feudal eram a corveia, paga com trabalho no domínio senhorial, e a talha, paga com metade da produção que o servo obtinha em seu lote. As banalidades eram a terceira obrigação em termos de importância e representavam menos de 10% daquilo que os servos deviam ao senhor. 03. A O feudalismo era caracterizado por ser uma sociedade de dependências mútuas entre senhores e vassalos. 04. A O fragmento do texto evidencia a divisão da sociedade medieval e a predominância da religião naquela sociedade. 05. E Os servos estavam sujeitos aos vários regulamentos e impostos que haviam no feudalismo. Eram explorados tanto pela nobreza laica como pela igreja, que era grande detentora de terras. As rebeliões dos servos se acentuaram no século XIV, com as pestes, a fome e a excessiva exploração que passaram a afligir senhores em decadência. 6 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 06. D Os renascentistas inspiraram-se na cultura clássica valorizando o racionalismo, o individualismo e o perfeccionismo, assim exageraram ao rotularem o período conhecido como idade Média de Trevas, mesmo por que houve as mais variadas formas de cultura naquele período. 07. E Além da hierarquia dos laços de suserania e vassalagem entre os nobres, havia as relações de obrigações e proteção entre servos e nobres. 08. D Os servos pagavam uma excessiva carga tributária, além disso, a corveia, ou seja, ao trabalharem três dias na semana na terra do senhor, produziam uma riqueza a mais para o senhor e eles, servos não se aproximavam de nada. 09. E A igreja era uma senhora feudal que não tinha a poder espiritual, mas político, econômico e cultural no período conhecido como feudalismo. 10. D O ofício do cavaleiro expressa bem esse ideal guerreiro da sociedade medieval. Realmente o item D exemplifica bem essa belicosidade. 11. C O ofício da cavalaria era apenas para os nobres que não trabalhavam e nem pagavam impostos, pois aos servos cabia apenas o trabalho. 12. D Os versos citados pelo historiador George Duby expressam bem as relações políticas e religiosas na sociedade feudal. 13. B Segundo concepções estabelecidas pela Igreja, o trabalho era uma atribuição dos servos definida por Deus, cabendo aos nobres a defesa e o governo e ao clero, os cuidados com a espiritualidade. Dada a inferioridade social dos servos, o trabalho era indigno aos demais grupos sociais. A forma de trabalho predominante no sistema feudal foi servidão, sendo insignificante a existência de escravos. Ao final da Idade Média, o desenvolvimento das atividades comerciais promoveu o surgimento e ascensão da burguesia, classe social que valorizava o trabalho por percebê-lo fundamental para a geração de capital. As jacqueries foram rebeliões de camponeses contra a nobreza feudal por concordarem com a superexploração servil motivada falta de mão de obra, decorrente do declínio demográfico na Europa nos séculos XIV. 14. A As afirmativas corretas da questão reúnem características básicas do trabalho servil no feudalismo, apontando inclusive algumas peculiaridades como a simultaneidade da servidão com outras modalidades de trabalho. Quanto a afirmativa 04, diferentemente de afirmação, a economia feudal era estática justamente pela lentidão do desenvolvimento técnico, o que tornava penoso o trabalhos dos camponeses. 15. B As relações de suserania e vassalagem mantinham a estrutura da sociedade feudal e a relação entre senhores e servos revelava o sentido da dominação daquela sociedade. 16. A Apesar de a Baixa Idade Média ser descrita com destaque às transformações urbanas e comerciais, estas devem ser entendidas como exceções, pois ainda predominava a estrutura feudal, com uma economia agrária voltada para a subsistência. TAREFA DE CASA – (BLOCO 07) 01. C Construída pelo Imperador Constantino em 360, foi destruída por um incêndio durante as insurreições de 532. Reconstruída com incrível rapidez, até 537, Justiniano dedicou-a à Sagrada Sabedoria. O objetivo dos arquitetos, Anthemius de Tralles e Isidorus de Mileto, era construir um interior não só impressionante, mas também funcional. Os mosaicos foram uma característica marcante nos vitrais das Igrejas Bizantinas e as colunas demonstram a influência da arquitetura grega. 02. A A sociedade feudal nasceu de elementos formadores, como por exemplo: dos romanos, as vilas e a prática do colonato, e dos germânicos, a economia natural e o comitatus. 03. A A crise do escravismo e a invasão dos bárbaros levou o Império Romano a fazer um processo de ruralização da economia com a prática do colonato. 04. A O feudo, unidade de produção agrária, pertencia a camada dos senhores feudais. O feudo era dividido em 3 partes: manso senhorial, manso servil e manso comunal. Havia rotação de culturas. 05. D Com o cesaropapismo, o imperador tinha um poder centralizado, de caráter teocêntrico e despótico e, diferentemente da sociedade feudal (rural), o Império Bizantino tinha como base econômica o comércio, e era uma sociedade urbana. 7 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 06. A A capital do Oriente, Bizâncio, foi escolhida no governo de Constantino, tornando-se o famoso Império Romano do Oriente. 07. E A sociedade bizantina foi importante pela posição estratégica. Daí, ter tido um grande fluxo de comércio com vários povos, por ser uma sociedade urbana e de ter mantido a cultura grega e romana. 08. A O Império Bizantino foi contemporâneo do período medieval, mas com características bem definidas. A Idade Média (poder político descentralizado, mão de obra servil e agrícola) ao passo que o Império Bizantino era urbano, comercial, mão de obra escrava e assalariada e com o poder político centralizado. 09. A Além de ter um poder centralizado, despótico e teocrático, Justiniano mandou elaborar as leis fundamentais do direito romano que deu origem ao Corpus Juris Civilis. 10. B A iconoclastia e o monofisismo não eram considerados como heresia no Império Bizantino, mas na Europa medieval eram perseguidos por questionarem os ensinamentos da tradição cristã romana. 11. C O Cisma do Oriente foi a cisão (divisão) da Igreja em Católica Apostólica Romana em Roma e a Igreja Ortodoxa no Império Bizantino. Esta separação perdura ainda hoje. 12. D As discussões a respeito da autoridade do papa e dos ritos praticados pela Igreja Católica não seguidos pelo imperador do Império Bizantino, acabou levando ao Cisma do Oriente, ou seja, a separação entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Ortodoxa com sede em Constantenopla. 13. A O governo de Justiniano foi caracterizado pelo cesaropapismo, ou seja, pelo poder político e espiritual do imperador. Além da elaboração das leis do seu governo houve a expansão do império em direção a Europa. 14. C O Edito de Rotário (Edictus Rothari) foi promulgado pelo Rei Lombardo Rotário em 643. Com 388 artigos, redigidos em latim, abrangia não somente a tradição nacional lombarda, mas também outras legislações bárbaras e também o direito romano (Justiniano e pré-justiniano). A maior novidade introduzida pela legislação de Rotário foi a abolição da faida, isto é, da vingança privada, e sua substituição pelo guidrigildo, uma compensação em dinheiro do ofensor a quem havia sofrido o dano (ou a seus parentes em caso de homicídio). O guidrigildo representava o valor de uma pessoa e não era um valor fixo segundo a gravidade objetiva da ofensa sofrida, mas variava segundo a condição jurídica e a função exercida pela pessoa que havia sofrido o dano. 15. C O poder teocrático e despótico que o imperador possuía, o cesaropapismo, ou seja, o imperador tinha o poder temporal e espiritual. Desse modo, a Igreja dependia do Estado. TAREFA DE CASA – (BLOCO 08) 01. C A maior importância de Maomé e sua religião, o Islamismo, foi de ter conseguido fazer um processo de unificação das várias tribos nômades de árabes. Mas, no entanto, não se deve esquecer que a expansão dos árabes não difere muito do processo de expansão imperialista de outros povos, ou seja, estava subentendido o interesse econômico. Na Arábia, ricos grupos mercantis estavam interessados na “guerra santa” para satisfazerem seus desejos expansionistas. 02. E Em virtude do processo de globalização, o mundo muçulmano está se inserindo na economia de mercado, embora adaptando-a aos princípios da doutrina islâmica. 03. A Há um consenso entre os pesquisadores de que os fatores elencados no item A justificam o surgimento e a expansão imperialista muçulmana. 04. C O islamismo foi fundado a partir de um sincretismo religioso do cristianismo, do Judaismo e do masdeísmo, assim o povo árabe segue as orientações consideradas sagradas no livro do Corão. 05. A De acordo com o Corão, todo árabe em vida tem por obrigação visitar pelo menos uma vez na vida a cidade sagrada de Meca, onde se encontra a Caaba. Esse ritual acabou levando muitas pessoas a se converterem ao islamismo. 8 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 06. D Os árabes tinham como prática de sua dominação respeitar a cultura dos outros povos, primeiros sua expansão partiu para o Oriente e depois para o Ocidente chegando até a França quando barrados pelos reino dos Francos. 07. E Os três itens de forma clara e correta como já foi comentado em outras questões. 08. C O início do calendário muçulmano é referente à Lua nova, o calendário lunar. A questão mostra que, no mês de novembro de 2001, a Lua nova se dá na noite do dia 15; consequentemente, o dia 16 de novembro é o primeiro dia do romadã. 09. B O que a História observa, é que cada povo acabou adotando seus calendários próprios de acordo com seus momentos históricos importantes, quebrando o caráter de unidade que possuía o calendário cristão. 10. B A ruralização da economia com a decadência do Império Romano foi um processo de longa duração, originando o feudalismo. Nesse processo, cada senhor passou a ter autonomia e poder na sua terra, o que gerou também a descentralização do poder político. 11. C No período medieval, desenvolveu-se uma civilização com elementos dos germânicos e romanos, mas talvez especialmente da cultura religiosa romana que adotou o Cristianismo como religião oficial. Por outro lado, ao invadirem a Europa no século VIII, os árabes traziam uma miscigenação de culturas que foi assimilada e permanece forte em muitas expressões, especialmente, no Sul da Itália, na Espanha e em Portugal. 12. D A questão exige que o aluno observe atentamente a tirinha e seja capaz de identificar, entre os cinco itens, aquele que a resume de modo mais completo e coerente. Os itens A, B, C e E apresentam sínteses incompletas e interpretações incoerentes, sendo, portanto, o item D o único que é coerente e sintetiza a tirinha. 13. D A Hégira foi a fuga de Maomé de Meca para latreb, depois chamada de Medina. 14. B A heterogeneidade das tribos fez surgir divergências quanto à prática política e religiosa, fazendo surgir dissidências no Islamismo, como: os sunitas e xiitas ou alitas. 15. C A djihad, “Guerra Santa”, justificava de forma ideológica a expansão territorial dos árabes. TAREFA DE CASA – (BLOCO 09) 01. D Povos de origem persa, norte-africanos e ibéricos foram islamizados a partir do século VII. O povo árabe palestino é formado a partir de diferenças políticas e nem todos defendem a luta armada contra Israel. Apesar do conceito de Gihad estar equivocado, a religião adquiriu um caráter expansionista. Existem diversos grupos considerados fundamentalistas, e podem ser xiitas ou sunitas. A melhor resposta é D, apesar de imprecisa, pois, no Libano temos muçulmanos xiitas (41%), muçulmanos sunitas (27%), cristão maronitas (16%), drusos (7%), ortodoxos gregos (5%) e católicos (3%). O país tem um sistema de governo que reflete a composição religiosa do pais e busca sempre o equilíbrio. O presidente do Líbano é sempre um maronita, o primeiro-ministro é um muçulmano sunita, o presidente do Parlamento é xiita, e o comandante do Exército é um maronita. 02. B Destaca-se a tolerância dos árabes muçulmanos nesse período, responsáveis pela convivência com diversos povos. Na Península Ibérica, intelectuais árabes traduziram diversas obras de autores gregos e romanos e, dessa forma, contribuíram para a difusão da cultura clássica na Europa Medieval. 03. A Como já foi comentado anteriormente, as Cruzadas trouxeram muitos produtos e técnicas do Oriente para a Europa. O consumo do açúcar com certeza foi bastante impulsionado pelos cruzados entre os séculos XI e XIII modificando também os hábitos alimentares dos europeus. 04. B A Península Ibérica conheceu forte presença muçulmana durante séculos, marcada por tolerância, foi responsável pela introdução de conhecimentos filosóficos, científicos e técnicos em diversas áreas, destacando-se a arquitetura e a tradução de obras de origem grego-romana, assim como novas técnicas de irrigação, que possibilitaram forte desenvolvimento da agricultura, em paralelo com o comércio. 05. E O discurso de ex-primeiro ministro Tony Blair enfatiza que os ataques de 11 de setembro não só afetou a vida das pessoas, mas especialmente, afetou a economia ao se referir às empresas, ao turismo e às indústrias. 9 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 06. E O item E expressa bem o sucesso da expansão do Islamismo. 07. E A expansão muçulmana chegou à Península Ibérica onde deixaram importantes contribuições para a cultura daqueles povos. 08. A A maior contribuição de Maomé foi ter conseguido através da religião unificar as tribos árabes permitindo a unidade política e religiosa e consequentemente a expansão do Império Árabe. 09. B Em verdade, os árabes dominaram quase toda Península Ibérica, por outro lado, nem a Igreja aceitava e fazia resistência a esse domínio, assim como o forte Império Carolíngio derrotou os árabes na batalha de Poitiers. 10. B Ao iniciar a sua expansão imperialista pelo Oriente os árabes foram favorecidos pelo enfraquecimento do Império Persa e do Império Bizantino chegando a Índia e à China, depois é que mudaram a sua expansão para o Ocidente. 11. B A questão pode ser respondida a partir da leitura do texto e de conhecimentos gerais sobre a expansão islâmica, e não é necessário o conhecimento específico sobre os povos africanos e seu processo de islamização. Por conta de interesses comerciais, grupos árabes estabeleceram contato e se misturavam a povos africanos, num processo de interação cultural que, mais tarde, contribuiu para a difusão da religião. Esses grupos mercantis eram minoritários e existiram em diversas regiões da África, mesmo sob domínio de outros povos. O texto destaca que alguns grupos africanos – e não árabes – foram, posteriormente, responsáveis pela expansão do islamismo para diversas partes do interior do continente. 12. B De fato, os árabes trouxeram os conhecimentos da Índia e da China provocando transformações no cotidiano, na alimentação, no trabalho e, especialmente, as tecnologias que permitiram ao Estado Português partir na frente como primeiro império mercantil. 13. C A ideia de Guerra Santa em busca de mais prosélitos era interessante para os grupos mercantis porque ampliariam seus mercados para o comércio de produtos. 14. B Nenhuma forma de expansão e de dominação de territórios e/ou culturas encontrará uma explicação máxima ou única para sua ocorrência. Assim, a incontestável dominação árabe na Europa, apesar de pouco estudada pelos eurocentristas, deve ser entendida a partir de uma multiplicidade de fatores. A questão muçulmana é um fator aglutinador da diversidade étnica, cultural e histórica do mundo árabe. Na sua expansão para a Europa, os muçulmanos contaram com poucos obstáculos de caráter político-militar, na medida em que os outros impérios que poderiam lhe apresentar resistência estavam enfraquecidos por longas guerras, como é o caso da Pérsia e de Bizâncio. A adaptabilidade da cultura árabe, diversificada já em sua origem, permitia (como ainda ocorre hoje) uma facilitada presença árabe em outros espaços culturais. Diferente da situação histórica contemporânea. 15. D A civilização árabe-muçulmana teve um papel importante na preservação da cultura clássica, especialmente nos escritos de Aristóteles. TAREFA DE CASA – (BLOCO 10) 01. D Dois textos de autores diferentes, um de origem europeia e outro de origem árabe, mostram posições diferentes acerca das Cruzadas, guerras de libertação da “Terra Santa”, ocorridas nos séculos XII e XIII. São feitas três afirmativas comparando os dois textos, e o candidato deve escolher quais afirmativas interpretam os textos adequadamente. A afirmativa incorreta é aquela que diz terem sido os conflitos gerados pelas Cruzadas resolvidos com base no respeito cultural e na tolerância religiosa. 02. A Fica claro que o discurso do papa Urbano II incentiva uma Guerra Santa utilizando da ideologia religiosa. 03. B A Guerra de Reconquista envolvendo cristãos e muçulmanos na Península Ibérica entre os séculos VIII e XV, constituiu-se num movimento cristão da nobreza ibérica com o apoio de nobres franceses que visava a recuperação das terras perdidas para os mouros (muçulmanos do norte da África) que ocuparam a Península Ibérica. 04. E Em verdade, as Cruzadas foram um fiasco, pois milhares de pessoas inocentes morreram. Além disso, ficou claro o caráter político e econômico do movimento; logo a Igreja foi criticada por sua riqueza e poder por homens cultos, os quais passaram ser chamados pela Igreja de hereges, sendo perseguidos por esta. 10 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 05. C Uma das consequências das Cruzadas foi o monopólio comercial no mar Mediterrâneo realizado pelas cidades de Gênova e Veneza. 06. C As Cruzadas foram motivadas por diversos fatores: o conflito entre os nobres, a questão da progenitura, a busca de libertar Jerusalém do poder dos turcos além do que está exposto do item C. 07. E A Corveia pode ser considerada a maior forma de exploração do feudalismo, pois os servos trabalhavam vários dias na terra do senhor e não se apropriavam de nada. 08. C A relação de suserania e vassalagem só acontecia entre os senhores. Os servos só possuíam a sua força de trabalho e pagavam uma série de obrigações, como impostos, que os deixavam numa vida miserável. 09. E Como já foi comentado, as Cruzadas irão provocar a reabertura do comércio do Mediterrâneo para a Europa e também provocar uma verdadeira transformação, não só nas relações econômicas, mas também culturais. 10. B O texto dá a entender que houve um resultado inverso, ou seja, um processo de expansão muçulmana. No século XV, a grande potência muçulmana em expansão era o Império Turco Otomano que, dentre outras conquistas, dominou e pôs fim ao Império Bizantino (Império Romano do Oriente) com a conquista de Constantinopla em 1453. 11. C As relações de suserania e vassalagem e as relações de dependência pessoa aconteciam no momento da sagração da investidura e da homenagem entre os nobres. 14. B No século XVII ainda predominava uma concepção teológica que encarava parte dos eventos naturais como divinos e ligados e prognósticos de catástrofes, mas por outro lado, em determinados círculos intelectuais, era mais nítida a crítica a esta visão em detrimento da racionalização científica na interpretação desses fenômenos. 15. B A expulsão dos árabes permitiu o fluxo normal do comércio do Ocidente com o Oriente no Mediterrâneo, realizado pelas cidades de Gênova e Veneza. 16. A A Igreja Católica, ao proibir qualquer meio de contraceptivo, o sacerdócio das mulheres e o casamento dos padres, encontra em alguns setores da sociedade muita resistência; muitos não aceitam, mesmo no casamento, o sexo como forma apenas de procriação e outros acreditam que o casamento dos padres evitaria o homossexualismo, a pedofilia e a paternidade. 17. C Os textos da questão, do então presidente dos Estados Unidos George Bush, e do líder da Al Qaeda, Bin Laden, usam de um discurso religioso para justificar a guerra, o sacrifício e reivindicar a justiça. 18. A As grandes construções no Egito Antigo eram realizadas mediante a utilização de trabalho compulsório. Observe-se que o camponês egípcio, mobilizado nessas construções, não era escravo (ao contrário do que se afirma na questão). 19. C A relação de suserania e vassalagem acontecia entre os nobres que tinham posses a serem doadas. Os servos não participavam dessa relação, pois tinham apenas a mão de obra. 12. D Além da ordem dos beneditinos, outras ordens buscavam também a reclusão, como os franciscanos que acabaram se aproximando dos pobres e doentes. TAREFA DE CASA – (BLOCO 11) 01. A O bispo Adalberão propunha com a sua frase a manutenção da ordem e da hierarquia social sob o ponto de vista religioso. 13. B A mentalidade medieval foi profundamente marcada pela ideologia do que a Igreja dizia. Determinava os comportamentos morais, sexuais e religiosos de homens, mulheres e crianças, onde tudo era determinado por Deus. 02. B A Alta Idade Média foi marcada pelo domínio da Igreja Católica Apostólica Romana, que combateu as heresias, monopolizou a cultura e educação através dos estudos clássicos (gregos e romanos). 11 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES 03. A A questão evidencia que a Inquisição não tinha apenas um caráter religioso, mas político quando apoiada pelos Estados Nacionais. 04. D O conhecimento que se desenvolveu na Idade Média esteve intimamente marcado pela religiosidade e pelo poder de influência da Igreja Católica, que reforçou a cultura teocrática e dogmática, em oposição à forma de pensar dos antigos gregos, marcada pelo racionalismo. Isso, porém, não significa que os conhecimentos sobre doenças tenham sido abandonados. 05. E A alternativa A está errada, porque a ligação entre o servo e o senhor feudal era de cunho econômico, e não religioso. A expressão “patronagem” da alternativa B refere-se ao clientelismo romano, sendo que nas relações servis eram de trabalho e tributação, diferentemente dos clientes plebeus em Roma. O exército do feudo era formado por cavaleiros profissionais e não servos, como afirma a alternativa C. Os senhores eram os donos das terras, único meio de subsistência, razão por que os servos dependiam deles, e não o contrário, estando a letra D errada. Somente a alternativa E responde corretamente ao questionamento levantado já que, apesar de toda a exploração, o servo não era um escravo e detinha alguns direitos. 06. E As estruturas que se desenvolvem e formaram o feudalismo agregaram elementos de origem bárbara – como valor militar e do guerreiro – com elementos de origem romana – como o cristianismo. Dessa forma, a cultura da camada elitizada, a nobreza, prezava a formação de cavaleiro como elemento fundamental. Desde a infância, os homens da elite aprendiam a lutar a cavalgar, ao mesmo tempo em que eram formados pelos valores morais da Igreja Católica, que propunha o uso da força para a defesa da Igreja, das donzelas e dos oprimidos, justificando ideologicamente a cultura bélica da nobreza. 07. D “Da mesma maneira, para o firmamento da Igreja universal, como se se tratasse do Céu, nomeou duas grandes dignidades; a maior para tomar a direção das almas, como se estas fossem dias, a menor para tomar a direção dos corpos, como se estes fossem as noites. Estas dignidades são a autoridade pontifícia e o poder real”. 08. D Além da ordem dos beneditinos, outras ordens buscavam também a reclusão, como os franciscanos que acabaram se aproximando dos pobres e doentes. 09. B A mentalidade medieval foi profundamente marcada pela ideologia da Igreja. Determinava os comportamentos morais, sexuais e religiosos de homens, mulheres e crianças, onde tudo era determinado por Deus. 10. C A cultura renascentista de valorização do homem e suas obras valorizava a perfeição do corpo de homens e mulheres jovens e não de mulheres velhas e feias, como de uma bruxa, conforme o texto expõe. 11. E A mulher não era valorizada pela sua inteligência e também não tinha participação efetiva na Igreja. A castração de meninos não era para aprimorar a estética musical, mas uma questão política. A ideologia usada era tamanha que atrocidades feitas pela Igreja eram aceitas com subserviência. Não, eram provenientes do Terceiro Estado, o mais pobre. A Igreja vai repassar sua incompetência para demônios que representavam formas humanas. 12. C Na Baixa Idade Média, a Igreja não conseguia mais satisfazer as necessidades materiais e espirituais da população, especialmente a mais pobre. De fato, os movimentos heréticos surgiam de homens cultos que passaram a questionar a prática da Igreja. A Inquisição foi criada no século XIII. Assim como os Cátaros, de modo geral, os movimentos heréticos se inspiravam no Cristianismo Primitivo, ou seja, no desapego aos bens materiais e na busca da igualdade. 13. A No Brasil, a Inquisição perseguiu a religiosidade popular, especialmente as práticas medicinais e comportamentais das mulheres. 14. A A) (V) A feitiçaria era uma forma que as populações pobres, diante da miséria, tinham para resolver os seus problemas cotidianos. B) (F) Tinha relação estreita com os problemas econômicos enfrentados. C) (F) A feitiçaria não estava ligada apenas a situações individuais, mas também se relacionava com questões sociais. D) (F) Era uma resposta encontrada, principalmente pelas populações pobres, para resolverem suas crises sociais. E) (F) Com certeza, a Igreja via na feitiçaria uma ameaça a seu poder. 12 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES TAREFA DE CASA – (BLOCO 12) 01. C Nos festejos de carnaval medievais, todos inventavam e cantavam suas próprias canções, dançavam, usavam máscaras e sorriam porque o povo era o ator e não o espectador da festa. O canto solo e o palco foram invenções burguesas, o povo deixou de ser o ator para ser o espectador. Com raras exceções, o nosso carnaval moderno perdeu muito das suas raízes medievais, até porque, em geral, é movido a palco e trios elétricos, passando o povo a ser um mero espectador, e, ainda pior, passou a ser manipulado pelos artistas que impõem o modo como o povo deve cantar e dançar. De qualquer jeito, embora reduzido e debilitado de suas origens, o carnaval parece ser imortal. Ainda bem! 02. D O século XIII muda o panorama da Europa. O Renascimento comercial e urbano, o crescimento das cidades, as feiras e obviamente a burguesia que passa a deter o poder econômico, agora centrado no comércio. A burguesia irá em busca do conhecimento científico para justificar os seus anseios capitalistas. Assim, ocorrerão várias transformações culturais e científicas. 03. A A “Querela das Investiduras” foi um conflito envolvendo papas e imperadores do Sacro Império Romano-germânico, sobre quem deveria investir (nomear) bispos e abades da Igreja Católica. 04. A No final da Idade Média, o dinheiro passa a determinar a riqueza de um homem e não mais a terra. Com a ascensão da burguesia ao poder na Idade Moderna, a prática da usura (empréstimo a juros) passa a ser acentuada para gerar mais dinheiro. 05. C Na cultura medieval, o corpo era valorizado como resignação à moral e à ética religiosa, enquanto no ideal cavalheiresco, o corpo era valorizado pela exaltação física e da guerra, inclusive como cavaleiros da Igreja nas Cruzadas. 06. C O carnaval é uma festa que se liga diretamente ao calendário religioso da Igreja e termina na quartafeira de cinzas, quando se inicia o período de recolhimento da quaresma (40 dias), que antecede a semana santa e a Páscoa. A chamada terça-feira gorda, último dia da festa, é assim denominada porque era o último dia em que os cristãos comiam carne antes do jejum ritualístico da quaresma. 07. E Roger Bacon e suas ideias precursoras inspiraram as ideias revolucionárias científicas do Renascimento que mudaram o mundo. 08. B Para Hobbes, o homem, por essência, era violento com o próprio homem. Só a criação da sociedade civil, o Estado e suas leis seria capaz de regular tal estado de violência. De outro lado, o segundo texto ressalta que a guerra e a paz são justas ou injustas dependendo das circunstâncias históricas. 09. D O autor desmitificou a tradição construída pelos renascentistas de que o homem medieval seria incapaz de pensar, ao construírem aquele período como de “trevas”, no sentido de que não produziu cultura, o que não é verdade. 10. A O Renascimento buscava inspiração nas culturas grega e romana. Mas esse conhecimento também estava a serviço da vida prática e das necessidades dos homens do seu tempo, como a utilização de mapas e de rotas comerciais. 11. C Hoje, não só as pessoas inteligentes gostam de tecnologias. A tirinha faz uma crítica ao uso excessivo da tecnologia em detrimento do raciocínio e da criticidade das pessoas diante da realidade. 12. A Apesar de receber críticas de certos setores da sociedade, a Igreja, hoje representada pelo papa Francisco, não admite nenhuma forma de contraceptivos como meio de controle de natalidade, o sacerdócio de mulheres e o casamento de padres. 13. E Tanto o papa João Paulo II, quanto santo Tomás de Aquino admitem que a razão foi dada por Deus ao homem. Então, o homem tem que utilizar a sua inteligência em benefício do próprio homem, sabendo que a razão se torna mais perspicaz com o apoio da fé. 14. E Santo Tomás se inspirou em Aristóteles na concepção política do Estado tendo como finalidade promover o “bem público” para fundamentar sua filosofia escolástica, a qual conciliava a fé e a razão. 15. D A) (F) A simonia, venda de relíquias da Igreja aconteceu tanto na Alta Idade Média como na Baixa Idade Média. B) (F) Com a prática do celibato, a Igreja poderia ampliar sue patrimônio. Desse modo, ela não perderia terra, mas, ao contrário, ganharia terra. 13 2014/JUAREZ/APOSTILA/RESOLUÇÕES CH I (V. 2) – 04.06 - DIÓGENES C) D) E) (F) Pelo contrário, a imposição de seus dogmas, da sua doutrina, foi de fundamental importância para o poder político da Igreja durante a Idade Média. (V) É claro que estamos falando da Igreja como instituição. Muitos setores da Igreja viam nela a possibilidade de ascenderem socialmente, como mostra o texto acima. Porém, outras ordens não aceitavam tais procedimentos e buscavam um cristianismo mais próximo aos ensinamentos de Cristo, do desapego aos bens materiais, como os franciscanos, inspirados na pregação de São Francisco de Assis. (F) Os questionamentos e as divergências entre os representantes do clero sobre principais e dogmas, acentuou o surgimento de práticas consideradas heréticas dentro da Igreja. 16. A A teoria fortalecia mais ainda a Igreja, na medida em que afirmava a supremacia do poder espiritual sobre o poder temporal (político), ou seja, a superioridade do papa sobre os reis e imperadores. 14