curso de medicina

CURSO DE MEDICINA
Trabalho de Conclusão de Curso
Resumos
Turma 4ª A – 2014.2
COORDENADORA DO CURSO:
Prof.ª Eliana de Paula Santos
SALVADOR
TEMA: DIAGNÓSTICO DE MORTE POR AFOGAMENTO NO INSTITUTO MÉDICOLEGAL NINA RODRIGUES.
ALUNA: ALLANA ANDRADE LOBO
ORIENTADOR: PROF. DR. BRUNO GIL DE CARVALHO LIMA
RESUMO
Afogamento é uma forma de morte por asfixia em meio líquido, mas nem todo
cadáver recuperado em água veio a óbito por esta causa. É importante observar se
os critérios utilizados pelos legistas para diagnosticar as mortes por afogamento
estão de acordo com a literatura atual e se os mesmos podem ser considerados
seguros, já que nenhum dos múltiplos vestígios que podem ser pesquisados nos
exames interno, externo e complementares do corpo são patognomônicos para
afogamento. Sendo assim, este estudo tem como objetivo listar os critérios utilizados
para o diagnóstico de morte por afogamento pelos legistas do Instituto Médico-Legal
Nina Rodrigues, em Salvador-Bahia, em três anos de trabalho, para que assim
possamos conhecer a realidade deste diagnóstico nessa cidade. Para isso, foi feita a
coleta de dados dos laudos necroscópicos emitidos pelo Instituto Médico-Legal Nina
Rodrigues no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2011, referentes à
presença, ausência ou não citação dos sinais de asfixia por afogamento, mediante
uma ficha para coleta de dados. A maioria dos sinais pesquisados não foi relatada
nem como presente, nem como ausente, obtendo-se uma grande porcentagem de
dados ignorados. O estudo pôde detectar ainda uma diminuição do número de
óbitos por afogamento em Salvador nestes três anos em relação aos anos 90, e
assim como na literatura, a população mais acometida são homens jovens, pardos,
falecendo geralmente no mar e nos meses mais quentes do ano, e muitas vezes sob
o efeito do álcool. Conclui-se que, baseando seus diagnósticos de afogamento em
poucos sinais objetivos, os legistas se baseiam em múltiplos fatores, levando em
conta a história da guia policial, os exames externo, interno e complementares.
Palavras-chave: afogamento; imersão post-mortem; autópsia.
TEMA: O IMPACTO DA ESTERILIZAÇÃO FEMININA NO ESTADO DA BAHIA
APÓS REGULAMENTAÇÃO DA LEI 9.263 E SUA RELAÇÃO COM ASPECTOS
ÉTICOS.
ALUNA: THAIS MAGALHÃES DE FARIA
ORIENTADORA: DRA. NEDY M. B. C. NEVES
RESUMO
O presente trabalho tem como foco a quantificação de procedimentos de esterilização
feminina ocorridos depois da Lei 9.263/1996. Objetivos: Analisar a frequência de
procedimentos de esterilização feminina registrados nos anos de 1997 e 2007, na Bahia,
correlacionando-a com aspectos éticos. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo
“quali/quanti”, observacional, de corte transversal. Os dados foram obtidos através do
banco de dados sobre Informações de Saúde (TABNET) do Departamento de Informática
do SUS (DATASUS). Foram selecionados todos os procedimentos com os termos
“Histerectomia” como descritor, entre os períodos de Janeiro a Dezembro de 1997 e 2007,
na Bahia, dispondo Macrorregiões e Municípios. Resultados: As macrorregiões Oeste e
Extremo Sul apresentaram os maiores crescimentos relativos, com frações de aumento
de 42,60% e 34,37%, respectivamente. O Norte e o Leste, por sua vez, tiveram as
menores frações de aumento, 1,87% e 7,50%, respectivamente. A diferença entre o
número de procedimentos entre os anos de 1997 e 2007 representa 14,70% do número
total de procedimentos. Conclusão: O presente estudo identificou aumento da frequência
da esterilização cirúrgica no estado da Bahia em todas as macrorregiões nos anos de
1997 e 2007. As maiores frações de aumento foram no oeste e extremo sul. As menores,
por sua vez, foram nas macrorregiões norte e leste. Tal tema não possui precedentes na
literatura, o que tornou inviável a realização de uma análise comparativa com dados
anteriores. Este trabalho pretende apresentar a casuística de esterilização feminina nas
macrorregiões do nosso estado, concluindo que, segundo a presente análise, não parece
ter havido um impacto da Lei 9.263/1996 na realização de esterilização, no período
estudado. Novos estudos de metodologia prospectiva poderão ser contributórios.
Palavras-chave: Esterilização feminina. Histerectomia. Aspectos éticos. Bioética.
TEMA: CONTRIBUIÇÃO À CARTOGRAFIA DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA
CRIANÇA EM FEIRA DE SANTANA – BAHIA.
ALUNA: NATÁLIA LOPES LEAL
ORIENTADORA: PROFA. DRA. HERMILA T. VILAR GUEDES
RESUMO
Objetivos: Conhecer as atuais condições de assistência à saúde da criança de zero
a cinco anos, pelo SUS, no município de Feira de Santana. Identificar o quantitativo
de unidades de saúde que atendem a população nessa faixa etária, classificando
por nível de atenção. Identificar as categorias de profissionais que prestam
assistência a menores de um ano nas unidades básicas de saúde em Feira de
Santana e ainda conhecer o quantitativo de pediatras que atendem nas unidades
SUS , nesse município. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com
características de inquérito informativo, que utilizou análise qualitativa e quantitativa.
Resultados: Feira de Santana conta com o único hospital regional específico para
crianças, no estado da Bahia – o Hospital Estadual da Criança (HEC), que há um
ano, foi ratificado como sendo terciário. Ainda conta com 15 Unidades Básicas de
Saúde (UBS), nas quais o atendimento, na maioria das vezes, é feito por
enfermeiros , e apenas alguns dias é feito por médico pediátra. Quanto ao
atendimento dos RNs na sala de parto, há pediatras, enfermeiros e obstetras
fazendo este papel. Conclusão: Apesar de Feira de Santana ser considerada polo
de microrregião,conta com uma infraestrutura subdimensionada para atender sua
população, incluindo aí os leitos específicos para a faixa etária pediátrica, a qual
apesar do potencial do HEC, ainda tem o quantitativo de leitos muito inferior ao
necessário.
Palavras-chave: Saúde da criança. Assistência pediátrica. Atenção à saúde.
Criança. Pediatria.
TEMA: PENAS ÉTICAS PÚBLICAS APLICADAS A MÉDICOS EM DOIS ESTADOS
BRASILEIROS, 2011 A 2013.
ALUNA: KAMILLA FONSECA DE SOUZA
ORIENTADOR: PROF. DR. BRUNO GIL DE C. LIMA
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os Conselhos de Medicina fiscalizam e julgam eticamente os atos
realizados por médicos no exercício da profissão. Elucidar a distribuição das
penalidades públicas aplicadas pode retratar o perfil de autocontrole corporativo da
categoria médica. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi comparar a
gravidade das penas éticas públicas aplicadas por dois Conselhos Regionais de
Medicina de 2011 a 2013. MÉTODOS: Foi analisado o perfil de todos os médicos
apenados publicamente pelos Conselhos Regionais de Medicina da Bahia e de São
Paulo de acordo com a especialidade, sexo, gravidade da penalidade (censura
pública em publicação oficial e em jornal de grande circulação; suspensão do
exercício profissional por até 30 dias; cassação do exercício profissional 5) e artigos
infringidos. As informações foram coletadas de acórdãos em publicações nos
websites dos Conselhos Regionais de Medicina. Foram observadas 29 penas
públicas no CREMEB e 263 no CREMESP. RESULTADOS: A maioria dos médicos
punidos, em ambos os conselhos, não tinham especialidade, eram do sexo
masculino e sofreram penalidades em sua inscrição primária. Dentre as punições da
Bahia, 10% correspondem a anestesiologistas; 10% a pediatras; 3,3% a
oftalmologistas; 3,3% a ginecologistas e obstetras e 10% a cirurgiões gerais. Em
relação às punições do estado de São Paulo, têm-se: 1,9% correspondem a
anestesiologistas; 7,98% a cirurgiões plásticos; 1,9% a dermatologistas; 2,28% a
ginecologistas e obstetras e 3,42% a médicos do trabalho. Em relação aos tipos de
punição, observou-se que a penalidade da alínea c foi a mais frequente nos dois
estados. Quanto aos artigos do Código de Ética Médica transgredidos, para o estado
de São Paulo, predominaram os artigos 1º e 18º, respectivamente, e os artigos 1º e
32º no estado da Bahia. CONCLUSÃO: O chamado erro médico, caracterizado por
imperícia, imprudência ou negligência, é a principal causa de punição publica de
médicos em ambos os estados.
Palavras-chave: penalidade. Ética. Medicina.
TEMA: METFORMINA E CÂNCER DE MAMA.
ALUNA: ISABELA MATOS DA SILVA
ORIENTADORA: PROFA. ANA MAYRA ANDRADE DE OLIVEIRA
RESUMO
Introdução: A associação entre Diabetes Mellitus (DM) e diversos tipos de câncer é
bem estabelecida. Os mecanismos que ligam estas duas condições, de alta
morbimortalidade, são incertos, embora se reconheça a hiperglicemia,
hiperinsulinemia, aumento de fatores de crescimento como o InsulinlikeGrowthFactor (IGF1) e de citocinas proinflamatórias como possíveis fatores ligam
carcinogênese e DM. Neste contexto, a metformina, que é medicamento de primeira
linha para o tratamento do diabetes, tem sido associada à redução da incidência de
câncer entre os portadores da condição por efeitos indiretos através do controle
metabólico do DM, assim como por efeitos diretos, agindo no processo de replicação
celular. Em geral, os medicamentos para o tratamento do câncer agem sobre os
mecanismos de divisão celular e apresentam muitos efeitos adversos assim, a busca
por fármacos que tenham ação em oncogenes ou vias de sinalização envolvidas no
processo do câncer é uma tendência. Objetivos: Avaliar o desfecho clínico do uso
da metformina no tratamento de mulheres com diagnóstico de câncer de mama
através dos níveis de insulina sérico e marcador Ki67 nas peças operatórias.
Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática onde foi procurado artigos nas
bases de dados PubMed, Scielo, MedLine, Lilac, BibliotecaCochrane e Web of
Science com as palavras-chave: metformina, câncer de mama, metformin,
BreastCancer. Foram utilizados filtros para ensaios clínicos e os trabalhos
pontuados na Lista Delphi para garantir a sua qualidade metodológica. Resultados:
Foram analisados 10 artigos sendo excluídos 6. Quatro estudos foram incluídos, e
estes, apresentaram benefícios do uso da droga sobre carcinogênese sobretudo em
amostras com população portadora de DM e obesidade. A redução do Ki67 ocorreu
de forma significativa naqueles grupos que apresentavam descontrole metabólico e
a redução da insulinemia também mostrou-se maior naquelas pacientes com algum
grau de intolerância à glicose. Conclusão: Alguns estudos então, apontam para
ação da metformina como medicação anti-neoplásica sobretudo pelos seus efeitos
indiretos. Embora o uso seja promissor, ainda não há na literatura dados que
realmente indiquem uso da metformina como terapia adjuvante no câncer de mama.
Palavras-chave: Metformina, Câncer de mama, prognóstico.
TEMA: CONTRIBUIÇÃO PARA A CARTOGRAFIA DA ASSISTÊNCIA Á SAÚDE DA
CRIANÇA EM SANTO ANTÔNIO DE JESUS – BAHIA.
ALUNA: VIVIANE MENDONÇA VITTI
ORIENTADORA: PROFA. DRA. HERMILA TAVARES VILAR GUEDES
RESUMO
Objetivos: Conhecer as atuais condições de assistência à saúde da criança de zero
a cinco anos, pelo SUS, no município de Santo Antônio de Jesus. Identificar o
quantitativo de unidades de saúde que atendem a população nessa faixa etária,
classificando por nível de atenção. Identificar as categorias de profissionais que
prestam assistência a menores de um ano nas unidades básicas de saúde em Santo
Antônio de Jesus e ainda conhecer o quantitativo de pediatras que atendem nas
unidades SUS, nesse município. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com
características de inquérito informativo, que utilizou análise qualitativa e quantitativa.
Resultados: Santo Antônio de Jesus não conta com um único hospital regional
específico para crianças, mas possui o hospital regional de média e alta
complexidade que atende emergência pediátrica e faz internamento nesta faixa
etária. Já a assistência ao RN na sala de parto, em algumas instituições é feita por
obstetras, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, por não haver número de
pediatras suficientes para tal função. Santo Antônio de Jesus conta com 25
Unidades de Saúde da Família, 02 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 5 Estratégia
de Saúde da família, nas quais o atendimento, na maioria das vezes, é feito por
enfermeiros, e apenas alguns dias é feito por médico pediatra. Além disso, dispõe de
10 pediatras registro de especialista, segundo dados do CREMEB. Conclusão: A
saúde da criança no município possui potencialidades que podem ser aperfeiçoadas
e fragilidades que devem ser sanadas para uma melhor satisfação dos usuários,
pacientes e moradores do município e das regiões circunvizinhas. Dispondo de
instrumentos estatísticos e subjetivos de análise, a cartografia da saúde da criança
de Santo Antônio de Jesus ofereceu uma visão mais nítida da situação da saúde,
que poderá firmar reais expectativas para a implementação de programas voltados
para a prevenção de mortes infantis.
Palavras-chave: Saúde da criança. Assistência pediátrica. Atenção à saúde.
Criança. Pediatria. Atenção Básica. Santo Antônio de Jesus.
TEMA: CORRELAÇÃO ENTRE SOBREVIDA, FATORES PROGNÓSTICOS E
TRATAMENTO DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE MELANOMA EM UMA
CLÍNICA
ONCOLÓGICA
PRIVADA
EM
SALVADOR-BA.
ANÁLISE
RETROSPECTIVA DE 5 ANOS DE SEGUIMENTO.
ALUNO: MATHEUS MEIRA ARAÚJO
ORIENTADORA: VANESSA DYBAL
RESUMO
Introdução: O melanoma representa apenas 4% do total das neoplasias malignas
da pele registrados no Brasil. Entretanto, apesar de ter uma incidência relativamente
baixa, assume grande importância devido ao seu alto potencial metastático e sua
letalidade elevada. Os estadios mais precoces da doença levam a um maior índice
de cura, porém a doença avançada localmente ou metastática tem maiores taxas de
recidiva e de letalidade. Recentemente, novos tratamentos para a doença
metastática vem ampliando as taxas de resposta e de controle a longo prazo.
Objetivos gerais: Descrever as características epidemiológicas e clínicas dos
pacientes com diagnóstico de melanoma em uma clínica oncológica num período de
5 anos. Específicos: Descrever os seguintes aspectos: fatores prognósticos; o tipo
de tratamento empregado; desfechos clínicos e sobrevida. Metodologia: Foi
realizada uma revisão de prontuário médico eletrônico de todos os pacientes com
diagnóstico anatomopatológico de melanoma atendidos na Clínica AMO no período
de 01 de janeiro de 2008 até 29 de agosto de 2013. A AMO é uma instituição
privada focada em pacientes oncológicos e hematológicos em Salvador/Bahia/Brasil.
Resultados: Foram identificados 659 pacientes com melanoma, sendo 150 com
melanoma in situ. A mediana da idade ao diagnóstico dos 242 pacientes da
amostragem final foi de 50,97 anos (1-90). A raça branca foi predominante (74%).
Os sítios primários dos melanomas invasores foram pele (82,6%), acral (7,85%),
uveal (3,3%) e de mucosa (1,65%). A mediana do Breslow foi 1,61mm (0,06; 12);
com 57,8% dos pacientes com estadio clínico I. A pesquisa do linfonodo sentinela foi
realizada em 83,9% dos pacientes com Breslow maior que 1mm; e adjuvância com
interferon realizada em 15,3% dos pacientes. O tempo livre de recidiva em meses foi
39,61 (5;140). Os 49 pacientes com doença metastática receberam quimioterapia,
imunoterapia, bioquimioterapia e terapia alvo; incluindo de 1 a 5 linhas de
tratamento. A sobrevida mediana para pacientes estadio III foi de 153 meses e
estadio IV foi de 17 meses. Conclusão: A maioria dos pacientes atendidos eram do
sexo masculino, cor branca, com acometimento preferencial da pele. Apresentavam
ainda doença localizada e em estadios iniciais, o que contribuiu para que a mediana
de sobrevida não fosse atingida no nosso estudo. A taxa de pesquisa do linfonodo
sentinela foi satisfatória, condizente com as diretrizes internacionais.
Palavras-chave: Melanoma. Epidemiologia. Tratamento. Análise de sobrevida.
TEMA: PREVALÊNCIA E PERFIL DAS INTERNAÇÕES POR OBESIDADE EM
ADULTOS NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2000 E 2013.
ALUNO: SAMUEL MARQUES BARRETO MATHIAS
ORIENTADORA: DRA. ISABEL CARMEN FONSECA FREITAS
RESUMO
A obesidade constitui uma desorden endocrinometabólica de origem multifatorial
cada vez mais prevalentenapopulação mundial.Suscitada pela transição nutricional e
adesão aoshábitos de vida ocidentais, a América Latina vivencia crescente
incidência de indivíduos obesos nas diversas faixas etárias de ambos os sexos.
Atualmentetal disturbio representauma epidemia global, que se encontra entre os
principais problemas de saúde publica do Brasil. Portanto, percebe-se aumento
expressivodo número de hospitalizações de pacientes obesos, gerandogrande
impacto econômico ao sistema público de saúde brasileiro.Objetivos: Estudar o
perfíl das internações por obesidade em adultos de 20 a 59 anos, no Sistema Único
de Saúde (SUS), residentes do Estado da Bahia de 2000 a 2013, estimando as
tendências temporais da taxa de internações, do número de internações segundo
sexo e faixas etárias, e dos custos médios dessas internações expresso em Reais
(R$). Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, série temporal,
conduzido por um banco de dados secundários oriundos do Departamento de
Informática do SUS (DATASUS). A população estudada incluiu adultos entre 20 a 59
anos (20 a 29 anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; e 50 a 59 anos) de ambos os
sexos, com índice de massa corpórea≥30Kg/m 2, sem discriminação de raça/cor,
nível socioeconômico ou de escolaridade.Gráficos e tabelas de prevalência e
tendência temporalforam formatados com posterior análise de regressão linear
através dos softwares Microsoft Excel 2010 e Statistical Package for the Social
Sciences (20ª versão). Resultados:Foram registradas 1.171 internações por
obesidade (0,02% do total de hospitalizações) com tendência ascendente,
apresentando pico no ano de 2009 com 36 internações por obesidade para cada 10 5
(R2=0,739; β=2,359; p=0,00). Percebeu-se maior prevalência da população feminina
(84%) e na faixa etária de 30 a 39 anos (39%) com tendência temporal crescente
para ambos os sexos e todas as faixas etárias (p˂0,05). O custo médio das
internações aumentou de forma contínua, somando o equivalente a R$4.182.234,94
e evidenciando um incremento de 2.866,97% de 2000 para 2013 (R²=0,913;
β=445,621; p=0,00).Conclusão:Desde o início do novo milênio, os números ligados
às internações por obesidade na rede pública apresentaram-se em ritmo de
crescimento contínuo, porém não foi constatada grande taxa de internação por esta
causa, já que uma parcela pode não ter sido notificada como motivo principal da
admissão. Entretanto, o impacto econômico referente ao tratamento da obesidade
observado apresenta grande relevância na definição das prioridades de políticas
públicas de saúde. Nesse sentido, outros estudos devem contribuir para a criação de
programas e políticas voltados ao controle da obesidade.
Palavras-chave: obesidade, epidemiologia, economia, prevenção, controle, terapia.
TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE CÂNCER DE MAMA E IDADE AO NASCIMENTO
DO PRIMEIRO FILHO VIVO.
ALUNA: REBECCA MEIRELES DE OLIVEIRA PINTO
ORIENTADOR: DR. CESAR AUGUSTO COSTA MACHADO
RESUMO
Objetivo: Avaliar associação do câncer de mama e a idade da mulher ao nascimento
do primeiro filho vivo. Métodos: Estudo de caso-controle com 48 casos e 48 controles
em duas clínicas privadas de Salvador, de novembro/2012 a dezembro/2013. O “n” foi
calculado com o programa Winpepi, esperando-se uma diferença presumida de 46%
entre os grupos com uma diferença aceitável de 10%. A comparação das médias de
idade ao nascimento do primeiro filho vivo dos casos e dos controles foi realizada
através do teste t-Student. A associação entre idade > 30 anos ao nascimento do
primeiro filho vivo e câncer de mama foi verificado através do cálculo do OR. A idade
das mulheres foi categorizada conforme o modelo de Gail: <20, 20-24, 25-29 e > 30
anos. Resultados: A média da idade ao nascimento do primeiro filho vivo do grupo
caso foi de 25,75 anos e do grupo controle foi de 23,96 anos sem significância
estatística (p=0,10). O risco estimado para câncer de mama foi maior nas mulheres
com menos de 20 anos (OR 1,171; IC 95% 0,388 – 3,533) quando comparado com o
risco estimado nas mulheres com 30 anos ou mais (OR 0,345; IC95% 0,1 – 1,191),
porém ambos sem significância estatística. Conclusões: Idade ao primeiro filho é um
dos fatores mais importantes da epidemiologia do câncer de mama. Gravidez precoce
foi observada em grandes estudos antigos como fator protetor e gestar após os 30
anos é revelado como fator de risco. Estudos mais novos têm questionado esta
verdade e o presente trabalho não evidenciou esta associação, ou seja, idade ao
nascimento do primeiro filho não é um indicador de risco válido para câncer de mama
nessa população.
Palavras-chave: mama, câncer, fatores de risco, primeira gestação, primeiro filho
vivo.
TEMA: EFETIVIDADE DA OXIMETRIA DE PULSO NO RASTREAMENTO DAS
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS NO PERÍODO NEONATAL: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA DA LITERATURA.
ALUNA: BEATRIZ DE CARVALHO LINS ANDRADE NETA
ORIENTADORA: ISABEL CRISTINA BRITTO GUIMARÃES
RESUMO
Cardiopatia congênita consiste numa malformação estrutural do coração que ocorre
durante a embriogênese e que apresenta real ou potencial importância funcional,
estando presente em cerca de oito a dez a cada mil nascidos vivos. Atualmente o
diagnóstico destas patologias pode ser realizado ainda in útero, através da
ecocardiografia fetal, entretanto, este exame é realizado apenas em fetos que
apresentam fatores de risco, sendo que 90% das cardiopatias congênitas ocorrem
em fetos que não apresentam fatores de risco. No período neonatal, o diagnóstico
baseia-se em achados no exame físico, seguido de confirmação pela
ecocardiografia. Entretanto, esses sintomas podem não se fazer presentes nas
primeiras 48 horas de vida, período em que comumente se dá a alta médica,
fazendo com que indivíduos portadores das formas graves estejam susceptíveis a
colapsos cardiovasculares nos primeiros dias e semanas de vida. A utilização da
oximetria de pulso na triagem das cardiopatias congênitas, consiste no fato de que a
grande maioria destas apresenta algum grau de redução da saturação de oxigênio
no período neonatal. No Brasil, atualmente o teste é recomendado pelos
departamentos de cardiologia e neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria,
embora não existam publicações no país abordando sua validade. Objetivo:
Analisar através de revisão sistemática os estudos existentes quanto a efetividade
da oximetria de pulso na triagem das cardiopatias congênitas no período neonatal.
Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura referente aos anos
de 2000 a 2014 nos bancos de dados PUBMED e LILACS, aplicando-se critérios de
inclusão e exclusão aos artigos encontrados. Resultados: Ao final das buscas
obteve-se 9 artigos, com uma população total de 135.194 indivíduos. A sensibilidade
nestes estudos variou de 11,4% a 100% e a especificidade variou de 90,7%a 99,9%.
Conclusão: A oximetria de pulso apresenta-se como uma alternativa para a triagem
de cardiopatias congênitas, principalmente àquelas consideradas como críticas, e
por ser este um método de baixo custo, torna-se uma opção relevante como método
diagnóstico.
Palavras-chave: Oximetria de pulso. Triagem neonatal. Cardiopatia congênita.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MENINGITE MENINGOCÓCICA EM
PACIENTES PEDIÁTRICOS NO ESTADO DA BAHIA, NO PERÍODO DE 2001 A
2011.
ALUNO: HEITOR LIMA MEDEIROS
ORIENTADORA: DRA. ISABEL CARMEN FONSECA FREITAS
RESUMO
Introdução: A meningite é um processo inflamatório do espaço subaracnóideo e
das leptomeninges. Pode causado por vírus, bactérias, fungos, protozoários,
micobactérias e neoplasias. As meningites bacterianas são causadas mais
comumente por Hemophillus influenzae, Neisseria meniingitidis e Streptococcus
pneumoniae. A N. meningitidis é o agente etiológico da doença meningocócica,
subdividida em sorogrupos A, B, C, X, Z, L e W135, causando quadro clínico de
síndrome infecciosa (febre, mal estar, cefaleia, anorexia, dores musculares) e
hipertensão intracraniana (vômitos em jato, comprometimento do sensório, rigidez
nucal e sinais de irritação meníngea). O diagnóstico é feito através de bacterioscopia
do líquor e do sangue, que permite também a identificação do sorogrupo. A forma de
prevenção se dá principalmente através de vacinas, disponíveis para os sorogrupos
A, C, Y e W135. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da doença
meningocócica na Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo na Bahia
com dados oriundos do Datasus e do SIM (Sistema de informações sobre
mortalidade). Analisou-se, no período de 2001 a 2011 o número de internações e
óbitos por local de residência, por ano de notificação, sexo, raça e faixa etária.
Calculou-se as taxas de incidência, mortalidade e letalidade da doença. Os dados
foram apresentados na forma de gráficos e tabelas. Resultados: Foram notificados
253 casos de doença meningocócica, tendo 65 destes evoluído para óbito. 55% dos
casos foram homens e 45% foram mulheres. A faixa etária predominante foi dos 5
aos 9 anos de idade. A raça parda foi a mais notificada, porém 108 casos não
completaram este registro. Em salvador foram registrados 135 casos, sendo 108 no
período de surto (2008 a 2011). Durante o surto 17 casos evoluíram para o óbito.
56% dos casos foram masculinos, quanto que 44% dos casos foram femininos. A
faixa etária mais acometida foi dos 5 os 9 anos de idade, com 39 casos registrados.
A raça parda foi registrada em 45 casos, porém 45 casos não completaram este
registro. Conclusão: O perfil epidemiológico mais prevalente foi o grupo de crianças
do sexo masculino, entre 5 e 9 anos de idade, pardas. A maioria dos casos
evoluíram para alta, tendo apenas 65 óbitos. O perfil epidemiológico na cidade de
Salvador, antes e após o surto da doença, segue o mesmo padrão do estado da
Bahia, tendo uma sutil diferença na faixa etária, sendo antes do surto predominante
1 a 4 anos de idade, e após o surto 5 a 9 anos. Observa-se também a mortalidade
da doença que diminui durante e após o surto, contrapondo-se ao início do surto,
onde há mais óbitos.
Palavras-chave: meningite meningocócica, Bahia, epidemiologia.
TEMA: PERFIL DE INTERNAÇÕES E LETALIDADE HOSPITALAR
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO ESTADO DA BAHIA, 2008 A 2012.
POR
ALUNA: RAQUEL DE MELLO PARANAGUÁ
ORIENTADORA: DRA. ANA CRISTINA OLIVEIRA ANDRADE
RESUMO
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma patologia de elevada
prevalência e morbimortalidade, Possui elevado impacto econômico e políticas
públicas têm dedicado investimentos na melhoria da qualidade da assistência aos
acometidos Objetivo: Descrever o perfil de internações e letalidade hospitalar por
AVC no estado da Bahia, no período de 2008 a 2012. Metodologia: Trata-se de
estudo descritivo na Bahia com medidas calculadas para o agregado a partir de
dados secundários do SIH do Datasus e IBGE. Analisou-se, no período 2008-2012,
o número de internações por AVC por Macrorregião de Saúde, por ano, sexo, faixa
etária, por local de residência e população residente. Calculou-se as proporções e a
letalidade hospitalar. Resultados: O número de internações por AVC aumentou
54,43% no período. As macrorregiões Leste/Centro-leste e Sul/Sudoeste
apresentaram a maior proporção de internamentos (23,85%/13,14% e
17,45%/13,17%). Em relação ao sexo houve distribuição próxima da igualdade com
50,89% para o sexo feminino. Maior número de internações ocorreu a partir faixa
etária de 50 a 59 anos, sendo a faixa etária de 70 a 79 anos aquela que apresentou
a maior proporção (25,44%) A letalidade hospitalar da Bahia diminuiu no período e
as macrorregiões Centro-leste (22,57%) e Nordeste (22,68%) apresentaram as
maiores taxas. Segundo a faixa etária, a letalidade hospitalar aumentou com o
avançar da idade. Conclusão: As macrorregiões Leste/Centro-leste e Sul/Sudoeste
concentraram o maior percentual de internações por AVC do estado; Não houve
diferença em relação ao sexo; A faixa etária superior a 50 anos apresentou maior
número de internamentos e a letalidade Hospitalar aumentou com a idade sendo
maior nas macrorregiões Centro-leste e Nordeste.
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Internações. Letalidade.
TEMA: RESPOSTA TERAPÊUTICA DA QUIMIOEMBOLIZAÇÃO TRANSARTERIAL
COMO TRATAMENTO PONTE PARA O TRANSPLANTE HEPÁTICO E COMO
DOWNSTAGING EM PACIENTES COM CARCINOMA HEPATOCELULAR.
ALUNA: PRISCILLA TEIXEIRA COSTA
ORIENTADOR: DR. ANDRÉ GUSMÃO CUNHA
RESUMO
O carcinoma hepatocelular é uma indicação frequente para o transplante hepático.
Entretanto, a baixa disponibilidade de órgãos demanda a utilização de terapias
locorregionais, sendo a quimioembolização transarterial hepática uma das
terapêuticas mais utilizadas, apesar de carecer de indicações bem definidas.
Objetivos: Analisar a resposta terapêutica da quimioembolização nas situações em
que é empregada como tratamento ponte para o transplante hepático e para
downstaging de lesões que ultrapassam os critérios de Milão. Metodologia: Trata-se
de um estudo observacional retrospectivo. Os dados foram coletados de prontuários
em um instituto de radiologia intervencionista localizado na cidade de Salvador e na
Central de Transplantes da Bahia através da verificação dos registros. Foram
incluídos todos os pacientes com carcinoma hepatocelular que realizaram a
quimioembolização como ponte para o transplante e para downstaging, entre janeiro
de 2008 e dezembro de 2009. Foi utilizado o critério mRECIST para avaliar a
resposta tumoral ao tratamento. Resultados: Foram identificados 30 pacientes,
sendo 25 (83,3%) do sexo masculino e 5 (16,7%) do sexo feminino. A média de
idade dos pacientes foi de 65,6 anos, variando de 49 a 86 anos. Hepatite C foi
identificada em 10 (33,3%) pacientes, hepatite B em 2 (6,7%) e doença hepática não
alcoólica do fígado em 1 (3,3%). Dos prontuários analisados, constava em 3 (10%) o
uso da quimioembolização como downstaging e em 1 (3,3%) o uso como tratamento
ponte. Constava em 12 (40%) prontuários o número de nódulos antes da
quimioembolização, sendo 7 (23,3%) pacientes portadores de apenas 1 nódulo
neoplásico, 2 (6,7%) portadores de 2 nódulos, e 3 (10%) apresentavam 3 nódulos. A
quantidade final de nódulos após o término do procedimento só foi identificada em 4
(13,3%) prontuários. Dois (6,7%) pacientes mantiveram os mesmos nódulos, porém
em um dos pacientes houve regressão das dimensões tumorais sendo classificado
como doença estável, enquanto que no outro houve aumento na soma dos
diâmetros das lesões-alvo, sendo classificado como doença progressiva. Os outros
dois pacientes não foram classificados por ausência das dimensões finais do tumor
nos prontuários. Não foram identificados na Central de Transplantes da Bahia os
pacientes que efetivamente foram transplantados, devido à perda de todos os
registros de pacientes anteriores ao ano de 2010. Conclusão: Não foi possível
concluir em nosso estudo quais os resultados do uso da quimioembolização em
virtude da escassez de dados nos prontuários analisados. É notória e inadmissível a
quantidade de dados negligenciados ou perdidos nos registros dos pacientes, o que
constitui um entrave ao desenvolvimento de trabalhos científicos. Outros trabalhos
devem ser desenvolvidos, principalmente de caráter prospectivo, a fim de se analisar
melhor a eficácia do procedimento de quimioembolização transarterial.
Palavras-chave: Quimioembolização transarterial. Tratamento ponte. Downstaging.
Carcinoma hepatocelular. Transplante hepático.
TEMA: A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL BRASILEIRA E OS GASTOS COM
HOSPITALIZAÇÃO POR OBESIDADE E SUAS COMORBIDADES NO PAÍS.
ALUNA: JULIANA DE ABREU MESQUITA
ORIENTADOR: DR. CLOUD KENNEDY DE SÁ
RESUMO
Introdução: Buscou-se analisar nesse Trabalho de Conclusão de Curso a
Transição Nutricional Brasileira e os gastos com hospitalização por obesidade e
suas comorbidades no pais. Metodologia: Utilizou-se a seguinte pergunta como
base: “Quais as tendências da obesidade no Brasil após a transição nutricional?”.
Resultados e Discussão: Obteve-se um pool de 350 documentos que foram
triados e, no fim, sobrou uma amostra de 11 documentos. Notou-se em 10 deles
que a transição nutricional brasileira, modificou o perfil corporal dos brasileiros,
gerando uma transformação do panorama epidemiológico da desnutrição para a
obesidade.
Percebeu-se que os gastos hospitalares com comorbidades
relacionadas ao excesso de peso são significativos em comparação aos gastos
totais. Conclusão: Concluiu-se que assim como ocorreu em grande parte dos
países desenvolvidos do mundo ocidental, no Brasil, a transição nutricional
acarretou também a mudança de um padrão alimentar baseado em alimentos in
natura para uma participação crescente de produtos industrializados, sem uma
maior preocupação com a qualidade nutricional do que está sendo consumido.
Palavras-chave: Transição Nutricional. Consumo de Alimentos. Obesidade.
TEMA: COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE HDL EM INDIVÍDUOS FISICAMENTE
ATIVOS PRATICANTES E NÃO-PRATICANTES DE EXERCÍCIO.
ALUNO: ÁLVARO DA SILVA OLIVEIRA JUNIOR
ORIENTADOR: PROF. CLOUD KENNEDY COUTO DE SÁ
CO-ORIENTADOR: PROF. MÁRIO CÉSAR CARVALHO TENÓRIO
RESUMO
A aterosclerose participa como elemento-chave da doença cardiovascular, pois
todos os fatores de risco maiores estão a ela associados. Trata-se de uma doença
inflamatória crônica que atinge a camada média e íntima de artérias de médio e de
grande calibre. Tem sido demonstrado que o estilo de vida ativo promove efeitos
benéficos no perfil lipídico, como elevação dos níveis de HDL-colesterol, com
consequente redução no risco de doenças cardiovasculares. Porém, não há
esclarecimento se basta ser ativo ou se é necessário o envolvimento em programas
regulares de exercício para a obtenção destes benefícios. Objetivo: Comparar os
níveis plasmáticos de HDL-colesterol entre os indivíduos ativos praticantes de
exercício físico e os não praticantes de exercício físico específico. Métodos: Trinta e
seis indivíduos com idades entre 30 e 60 anos foram identificados como ativos pelo
IPAQ e foram divididos em dois grupos: praticantes de exercício (n=19) e não
praticantes de exercício (n=17). Foram analisadas as frequências dos valores de
HDL-colesterol médio de todos os participantes e comparados os níveis deste
colesterol entre os grupos pelo teste t de Student com o nível de significância de 5%.
Resultados: O grupo praticante de exercício apresentou nível de HDL-colesterol
40,5±8,1 similar ao grupo não praticante de exercício 43,0±6,8 (p = 0,33).
Conclusões: O estilo de vida ativo traz benefícios sobre o metabolismo lipídico, em
especial a lipoproteína de alta densidade. Além de reforçar os efeitos positivos que a
prática de exercício traz para o individuo, auxiliando na prevenção, principalmente,
dos fatores de risco de doenças cardiovasculares.
Palavras-chave: HDL. Exercício. Lipoproteína de alta densidade. Atividade física.
TEMA: A EFICÁCIA DO USO DE BETABLOQUEADORES NO TRATAMENTO DA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO NORMAL: REVISÃO
SISTEMÁTICA.
ALUNO: LEONARDO GOMES VILAS BÔAS
ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO LACERDA BARROS DA CRUZ
RESUMO
Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome cardiovascular de elevada prevalência,
sendo descrita como um problema de saúde pública que gera enormes gastos para
o sistema único de saúde (SUS). Possui alta taxa de mortalidade e é responsável
pela maior causa de morte dentre as doenças circulatórias. A insuficiência cardíaca
com fração de ejeção normal (ICFEN) é mais prevalente em mulheres e idosos
estando presente em 30 a 50% dos pacientes com IC no Brasil e carece de
tratamento eficaz, ao contrário da insuficiência cardíaca com fração de ejeção
reduzida (ICFER). Dessa maneira, fez-se necessária uma revisão sistemática com o
objetivo de avaliar o impacto de betabloqueadores – classe medicamentosa utilizada
em larga escala em ICFER – no tratamento dessa condição. Objetivos: avaliar a
eficácia do uso de betabloqueadores no tratamento de ICFEN. Metodologia: Foi
feita busca eletrônica por descritores no MEDLINE/PubMed e busca de informações
na diretriz brasileira de IC crônica (ICC) na avaliação do uso dos betabloqueadores
no tratamento. Foi feita seleção inicial por títulos, seguida de leitura dos resumos. Os
artigos para leitura na íntegra obedeceram aos critérios de inclusão: amostra
constituída de indivíduos com diagnóstico de ICFEN, seguimento médio maior do
que seis meses e avaliação de desfechos clínicos (mortalidade, piora da classe
funcional, hospitalização e reinternamento). A qualidade dos artigos foi avaliada pelo
escore de Jadad, de modo que foram incluídos os que eram maiores ou iguais a 3.
Resultados: Dois artigos foram incluídos para análise, sendo um comparativo entre
duas drogas e outro entre droga e placebo. Nenhum dos estudos demonstrou
benefício clínico significante na redução de mortalidade total e cardiovascular,
internação por IC, tolerância ao esforço e melhora da qualidade de vida. Discussão:
A redução dos desfechos observadas no uso de betabloqueadores em ICFER não é
comum à ICFEN, independente das comorbidades associadas. Pacientes com
ICFEN possuem inúmeras comorbidades como diabetes mellitus (DM), hipertensão
arterial sistêmica (HAS), fibrilação atrial (FA) e doença isquêmica do coração e
devem ser tratados para essas condições para que se melhore o prognóstico. Os
estudos analisados apresentam limitações principalmente no tamanho das amostras
utilizadas e na heterogeneidade da população definida pelo valor mínimo da fração
de ejeção do ventrículo esquerdo. Os estudos posteriores devem dar prioridade a
avaliar morbidade e qualidade de vida, já que a população epidemiologicamente
prevalente é a idosa. Conclusão: Diante da ausência de evidências que
demonstrem a eficácia do uso da classe medicamentosa analisada, o tratamento
das comorbidades é a alternativa de escolha na busca por melhora dos padrões de
vida da população.
Palavras-chave: Insuficiência cardíaca. Tratamento. Mortalidade. Fração de ejeção
normal. Diagnóstico. Disfunção diastólica.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA
DE NEFRECTOMIA PARCIAL OU TOTAL PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2013.
ALUNO: LUIZ HENRIQUE MOREIRA WANDERLEY
ORIENTADOR: DR. LUIZ EDUARDO CAFÉ
RESUMO
INTRODUÇÃO: A descoberta incidental por exames diagnósticos de imagem é a
principal forma de descoberta dos tumores renais em seus estágios iniciais. O
Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta uma grande diferença na qualidade do
serviço entre a regiões do país e essa diferença pode estar se refletindo no tipo de
cirurgia necessária para resolução do quadro em cada região. OBJETIVO: O
presente objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico dos pacientes
tratados com Nefrectomia Total em Oncologia (NTO) e Nefrectomia Parcial em
Oncologia (NPO) pelo SUS, estendendo a análise a procedimentos relacionados
como Nefrectomia Total não oncológica (NT) e Nefrectomia Parcial não oncológica
(NP). METODOS: Estudo descritivo a partir de dados secundários retirados do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do
Ministério da Saúde (MS), do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e
do Índice de Desenvolvimento do SUS (IDSUS). Foi analisado do DATASUS os
resultados de internações hospitalares, por região, por ano, por local de residência,
nos períodos disponíveis para cada cirurgia e contabilizando somente as
Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) pagas. RESULTADOS: Os
procedimentos indicativos de maior gravidade do quadro foram mais frequentes nas
regiões em que a qualidade do serviço é pior, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e os
indicativos de diagnóstico precoce foram mais frequentes nas regiões com
melhores índices de acesso, Sul e Sudeste. CONCLUSÃO: A dificuldade de acesso
a exames diagnósticos e de imagem acaba por dificultar a descoberta, mesmo que
incidental, de tumores renais em seus estágios mais iniciais, fazendo com que as
opções terapêuticas sejam mais limitadas nesses casos e haja um aumento da
morbidade, e consequentemente dos custos, nas regiões onde o acesso é mais
limitado.
Palavras-chave: Nefrectomia. Sistema Único de Saúde. Acesso aos Serviços de
Saúde.
TEMA: PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR TUBERCULOSE EM ESTAGIÁRIOS
DA ÁREA DE SAÚDE NO HOSPITAL ESPECIALIZADO OCTAVIO MANGABEIRA.
ALUNA: IANA MANUELLA FERNANDES NEVES ABREU
ORIENTADORA: PROFA. DRA. ANA CLÁUDIA COSTA CARNEIRO
RESUMO
A tuberculose (TB) é historicamente um importante problema de saúde pública no
mundo, ligada à pobreza e má distribuição de renda 8. Devido à maior exposição ao
bacilo, os estudantes ou profissionais da área de saúde tendem a estar mais
predispostos à infecção14, 15,16. Assim, um trabalho como esse ratifica a importância
das medidas de biossegurança e quimioprofilaxia, quando indicada, para estudantes
que iniciam a exposição ao ambiente ambulatorial e hospitalar. O objetivo foi
descrever a prevalência de infecção por tuberculose segundo sexo, idade,
comorbidades, alterações radiológicas e área de estágio no Hospital Especializado
Octavio Mangabeira (HEOM). Estudo observacional, de corte transversal, com uso
de dados coletados a partir do Atestado de Saúde Ocupacional admissional de
estagiários do HEOM, entre os anos de 2008 a 2012, coletados pela própria autora,
com amostra final de 4.164 estagiários. O trabalho foi submetido ao Comitê de Ética
em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e aprovado com
parecer de número 464.338. Identificou-se que, dentre os estagiários, 81% eram do
sexo feminino, com mediana (p25 – p75) de idade de 24 (22 – 29) anos. Para
indivíduos com PPD não reator ou reator fraco a mediana de idade foi de 24 (22-28)
anos e de 26 (23 – 32) anos para indivíduos com PPD reator forte (p=0,001). O
percentual médio de estagiários com PPD reator forte foi de 18,2%, sendo as áreas
de nível técnico (Técnico em Nutrição; Técnico em Laboratório; Radiologia) e
Serviço Social detentoras das maiores taxas, proporcionalmente (p<0,001). Não foi
identificada relevância estatística entre sexo, comorbidades e alterações
radiológicas quanto à reatividade a prova tuberculínica. Conclui-se que a prevalência
de infecção por tuberculose em estagiários da área de saúde no HEOM foi relevante
(quase 20%), ratificando a necessidade de implementação ou reforço de programas
de biossegurança para essa população-alvo.
Palavras-chave: Tuberculose. Prevalência. Estagiários da área de saúde.
TEMA: INCIDÊNCIA DE NÁUSEAS E VÔMITOS EM PACIENTES SUBMETIDAS À
HISTERECTOMIA ABDOMINAL SOB RAQUIANESTESIA.
ALUNA: FABIANA VIANA DEL GUERRA
ORIENTADOR: DR. RODRIGO LEAL ALVES
CO-ORIENTADORES: LUIZ ALBERTO VICENTE TEIXEIRA; GUILHERME
OLIVEIRA CAMPOS E MARIANA LIMA PORTOCARRERO.
RESUMO
Objetivo: Calcular a incidência de náuseas e vômitos pós-operatório (NVPO) em
pacientes submetidas à histerectomia abdominal sob raquianestesia e comparar a
sua ocorrência de acordo com a profilaxia antiemética utilizada no intraoperatório.
Também, comparar a ocorrência de NVPO de acordo com presença de
comorbidades e tabagismo, condições do intraoperatório (duração do procedimento,
uso de sedativos e uso de vasopressor) e relato de dor no pós-operatório.
Casuísticas e Métodos: Foi realizado um estudo descritivo retrospectivo, com
coleta de dados primários em prontuários de pacientes em um hospital de SalvadorBA no período de 17 de Janeiro de 2013 a 3 de Outubro de 2013. Em ficha
específica, foram registrados dados do pré, intra e pós-operatório como
comorbidades das pacientes, medicações utilizadas, condições da cirurgia, dor,
náuseas e vômitos. Resultados: Foram analisados prontuários de 212 pacientes,
sendo 8 excluídos, com idade média de 44,63 anos (DP: ±5,57). A incidência global
de NVPO foi de 18,6%. Não houve correlação entre a presença de comorbidades
(hipertensão, diabetes, dislipidemia, obesidade) e a incidência de NVPO. A
prevalência de tabagismo também não teve relação com o desfecho estudado. Em
relação as medicações utilizadas, o uso de fentanil endovenoso, para sedação,
demonstrou uma tendência a maior incidência de NVPO (21,6% com fentanil versus
8,5% sem fentanil, p= 0,053). Quanto ao uso de profilaxia antiemética, os
medicamentos analisados não tiveram associação positiva com o desfecho
estudado, exceto pelo dimenidrinato, que desmonstrou redução na incidência de
NVPO quando usado (10,4% com uso versus 22,6% sem uso, p=0,037). A presença
de dor e o tempo de cirurgia não foram fatores relacionados a uma maior ocorrência
de NVPO e quanto ao uso de vasopressor, foi visto que a incidência de NVPO foi
menos da metade quando o mesmo foi utilizado (8,3% com uso versus 21,7% sem
uso, p=0,036). Conclusão: Apesar do uso rotineiro de profilaxia multimodal para
NVPO, a sua incidência permanece alta. Parece haver tendência a aumento na
incidência de NVPO com o uso de fentanil endovenoso e houve redução de NVPO
quando usado dimenidrinato como antiemético e vasopressores no intraoperatório.
Nenhum dos outros fatores avaliados apresentou correlação estatisticamente
significante com aumento ou redução de NVPO.
Palavras-chave: náuseas e vômitos pós-operatórios, fatores de risco, antieméticos.
TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE DOENÇA DO REFLUXO GASTRESOFÁGICO E
EXACERBAÇÕES NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA.
ALUNA: LUANA GRAZIELLE DOS SANTOS FERREIRA
ORIENTADORA: PROF. DRA. ANA CLÁUDIA COSTA CARNEIRO
RESUMO
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma patologia
respiratória muito comum e que pode ser evitada e tratada. A historia evolutiva da
DPOC é marcada por episódios de exacerbações e por agravamento dos sintomas
respiratórios, e o risco de morbi/mortalidade aumenta com o agravamento da
limitação do fluxo aéreo. Vários estudos mostraram a presença de refluxo
gastroesofágico (DRGE) em pacientes com exacerbações na DPOC, demonstrando
a importância do refluxo gastresofágico como uma comorbidade importante para
evolução da doença. Objetivos: Identificar a prevalência de refluxo gastroesofágico
(RGE) em pacientes com DPOC acompanhados em um ambulatório de referencia
para a doença e analisar a DRGE como exacerbador da DPOC. Método: Foram
avaliados 103 pacientes com diagnóstico de DPOC, estadiamentos II, III e IV de
acordo com o atual consenso brasileiro de DPOC, selecionados por conveniência,
os pacientes foram escolhidos de forma aleatória no ambulatório de DPOC do
hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM). Através de um questionário foi
diagnosticado a DRGE e avaliado a doença pulmonar. Estatística descritiva e o teste
do qui-quadrado foram utilizados. Resultados: No presente estudo foi encontrado
uma prevalência de 62,1% (64/103) de DRGE dentre os pacientes com DPOC. Ao
comparar os pacientes com e sem diagnostico de DRGE, foi observado que disfagia
(21,9% VS 2,6%; p=0,007) e rouquidão (64,1% VS 43,6%; p=0,042) foram sintomas
significamente mais freqüentes entre os pneumopatas com DRGE. Avaliando-se os
pacientes com associação DPOC/DRGE, observou-se que o uso das medicações de
controle do DRGE se associou a redução no numero de visitas à emergência.
Conclusão: Em conclusão, os resultados deste estudo mostraram uma alta
prevalência de DRGE em pacientes com DPOC e que a DRGE parece ser um dos
principais comorbidade que está associada com hospitalização por exacerbação da
DPOC, independente de terapias respiratórias adequadas.
Palavra-chave: Exacerbação, Doença do refluxo gastroesofagico, doença pulmonar
obstrutiva crônica.
TEMA: ASSOCIAÇÃO DE HIV/AIDS EM PACIENTES NOTIFICADOS COM
TUBERCULOSE NO ESTADO DA BAHIA, NO PERÍODO DE 2003 A 2012.
ALUNO: YURI RIOS SANTOS
ORIENTADOR: PROF. DR. JUAREZ PEREIRA DIAS
RESUMO
Objetivo: Verificar e descrever o perfil epidemiológico do HIV/Aids em pacientes
notificados com Tuberculose no Estado da Bahia, no período de 2003 a 2012.
Método: Estudo descritivo de caráter temporal utilizando dados secundários dos
bancos de Tuberculose do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS),
obtidos da Gerência Técnica da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da (DIVEP)
da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (SUVISA) da Secretaria da
Saúde do Estado da Bahia (SESAB), entre 2003 e 2012, no Estado da Bahia. Foram
investigados todos os indivíduos de todas as idades (por faixa etária) e sexo
notificados no SINAN com Tuberculose e HIV/Aids como infecção/doença
associada. Resultados: No estudo, foram identificados 2.719 pacientes com a
coinfecção TB/HIV positivo e/ou Aids. Destes, três casos foram excluídos, pois
apesar de notificados com HIV/AIDS, apresentavam resultado de HIV negativo,
resultando em 2716 pacientes. A faixa etária mais acometida foi a de adultos jovens,
de 15 a 49 anos, com 2251 pacientes destacando-se principalmente a faixa de 30 a
39 anos, com 978 casos. O sexo masculino foi o mais afetado com 1807 pacientes.
A forma clínica Pulmonar foi a mais frequente tanto nos casos de TB/HIV positivo
quanto nos de TB/Aids. A Macrorregião Leste foi o local de maior frequência de
casos com 1709 (62,9%). Foi observado um aumento no número de paciente com
tuberculose e HIV positivo e/ou HIV/Aids no período, de acordo com a da linha de
tendência. Ainda no mesmo período foi demonstrado uma pequena queda do
número de pacientes com tuberculose e HIV positivo, demonstrando pela linha de
tendência. Conclusão: A TB e o HIV/Aids são um grave problema social e de saúde
pública, na Bahia e no mundo. O risco de adoecer por ambas a doenças é
aumentado pelas más condições socioeconômicas e culturais. Neste contexto é
visto que a manutenção da infecção tuberculosa é prolongada pelos novos casos de
HIV/Aids. Assim a implementação de políticas públicas com planejamento para
reestruturar o sistema de saúde integrando os serviços e atendimentos são opções
para manter o usuário vulnerável aderido ao serviço. Essas medidas serão
possivelmente efetivas se houver uma abordagem integrada do indivíduo, que
ultrapasse as barreiras de pobreza e desigualdade, dando acesso igualitário para
todos aqueles que são susceptíveis à coinfecção.
Palavras-chave: Tuberculose. HIV/Aids. coinfecção.
TEMA: INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO NO SÍTIO CIRÚRGICO EM AMBULATÓRIO
DE EGRESSOS DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO NA
CIDADE DE SALVADOR-BA.
ALUNO: MATEUS DE OLIVEIRA TORRES
ORIENTADOR: PROF. DR. JUAREZ DIAS
CO-ORIENTADOR: DR. GUSTAVO MUSTAFÁ
RESUMO
A infecção do sítio cirúrgico (ISC) ocupa a terceira posição entre todas as infecções
relacionadas à assistência à saúde (IRAS) (atrás das infecções do trato urinário e
respiratório) respondendo por cerca de 15% daquelas encontradas em pacientes
hospitalizados. São classificadas em três grupos quanto a profundidade: Incisional
superficial (pele e subcutâneo), incisional profunda (fáscia e músculo) e infecção de
órgãos e cavidades. O acometimento de IRAS gera para o paciente maior tempo de
permanência no hospital, retarda o retorno a suas atividades e gera altos custos
financeiros para o sistema de saúde. OBJETIVO: Determinar a incidência de
infecção do sítio cirúrgico em pacientes ambulatoriais de um hospital geral
filantrópico em Salvador-Bahia no período de 01 a 30/04/2014. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo descritivo de caráter temporal que utilizou dados primários e
secundários de pacientes atendidos no ambulatório de egressos de cirurgia geral.
Os prontuários foram solicitados previamente a partir das listas de pacientes
submetidos a cirurgia no período de março e abril de 2014. Os dados foram
coletados através de um questionário estruturado e foi construído um banco de
dados no Excell para Windows®. O diagnóstico de infecção relacionas à assistência
à saúde foi feito a partir dos critérios diagnósticos da ANVISA 2013. As variáveis
analisadas incluíram: sexo, idade, faixa etária, dados da cirurgia, classificação das
ISC, fatores de risco e necessidade de reinternamento. RESULTADOS: Foram
analisados 100 pacientes que foram submetidos à 105 procedimentos cirúrgicos.
Sete sítios (6,7%) foram infectados de forma incisional superficial, não ocorrendo
nenhuma infecção profunda ou de órgãos e cavidade. O diagnóstico foi dado por
drenagem purulenta na incisão. A média de idade dos pacientes acometidos foi de
48,1 anos e o tempo médio de internação foi de 3,71 dias e tempo cirúrgico médio
foi de 2,18 horas. A maioria dos pacientes foi classificado como ASA II e o principal
procedimento associado foi hernioplastias umbilical (57,1% dos casos). Houve um
discreto predomínio das mulheres sobre os homens quando comparados com a
amostra global. Hipertensão, obesidade, diabetes e tabagismo foram os principais
fatores de risco observados. CONCLUSÃO: As IRAS são um importante problema
de saúde pública e merecem grande atenção não só do Centro de Controle de
Infecção Hospitalar como também de todos os profissionais envolvidos no ato
operatório. Uma vigilância pós-alta se faz necessária para obter taxas fidedignas em
relação às ISC. Medidas educativas de prevenção devem ser adotadas com o intuito
de redução dessas taxas.
Palavras-chave: Infecção hospitalar. Infecção do Sítio Cirúrgico. IRAS.
TEMA: TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE PULMÃO NA REGIÃO
NORDESTE, 1996-2010.
ALUNO: RAMON FERNANDES MOURA DOS SANTOS
ORIENTADORA: DRA. CAROLINA BITTENCOURT MOURA DE ALMEIDA
RESUMO
Estima-se que no mundo, as neoplasias pulmonares correspondem a cerca de 13%
de todos os tipos de câncer e são responsáveis por 17% das mortes por câncer. No
Brasil, segundo o atlas de mortalidade do Instituto Nacional do Câncer (INCA) as
taxas de mortalidade por CP no sexo masculino encontram-se atrás apenas do
câncer de próstata, enquanto que no sexo feminino apenas os cânceres de mama e
colorretal apresentam taxa de mortalidade maior do que as neoplasias pulmonares.
OJETIVO: Descrever a tendência temporal das taxas de mortalidade por câncer de
pulmão na região Nordeste do Brasil entre os anos de 1996 e 2010, segundo sexo e
faixa etária. METODOLOGIA: Estudo de série temporal com dados secundários
obtidos no DATASUS, tendo como desfecho de interesse as taxas de mortalidade
para neoplasia de pulmão, traquéia e brônquios entre os anos de 1996 e 2010.
RESULTADOS: O presente estudo demonstrou aumento das taxas de mortalidade
em ambos os sexos na população Nordestina acima dos 40 anos. Nas outras
regiões brasileiras observou-se uma diminuição ou tendência à estabilização das
taxas no sexo masculino e aumento no sexo feminino. CONCLUSÃO: Políticas de
combate ao tabagismo devem ser estimuladas. Além disso, É necessário um
sistema de saúde mais efetivo para o diagnóstico precoce do câncer de pulmão.
Palavras-chave: Câncer de pulmão. Mortalidade. Nordeste. Tabagismo.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM TUBERCULOSE E DOS
SEUS CONTACTANTES EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM
SALVADOR/BAHIA EM 2012.
ALUNA: FLAVIA AGUIAR DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. DR. JUAREZ PEREIRA DIAS
CO-ORIENTADOR: DR. EDUARDO MARTINS NETTO
RESUMO
Objetivo: Estudar a frequência e o perfil dos pacientes com Tuberculose e de seus
contatos em um Serviço de Referência em Salvador/Bahia. Métodos: Estudo
descritivo retrospectivo onde dados de planilhas de controle de comunicantes de
pacientes com tuberculose pulmonar com BAAR positivo no ano de 2012 do Instituto
Brasileiro de Investigação da Tuberculose – Fundação José Silveira que é um
serviço de referência para o tratamento da tuberculose em Salvador/Bahia foram
revistos. Como critério diagnóstico foram realizados duas baciloscopias do escarro,
radiografia de tórax, prova tuberculínica (PPD), cultura do escarro e histopatologia.
Resultados: Foram identificados em 2012, 277 indivíduos com tuberculose, sendo
174 (62,8%) do sexo masculino. A faixa etária 35 a 54 anos (104 - 37,5%), os mais
acometidos. Aqueles que se encontravam em atividade economicamente ativa, 163
(58,9%), foram os mais atingidos pela doença, assim como aqueles com nível
educacional elementar, 157 (56,7%). Na distribuição por local de residência, o
Distrito Sanitário Barra/ Rio Vermelho, com 68 casos (24,5%), seguido por
Cabula/Beiru, com 33 casos (11,9%), foram os mais atingidos. A sorologia para o
HIV foi feita em 36 pacientes dos quais três (1,0%) foram positivos. A apresentação
mais frequente foi a tuberculose pulmonar positiva, 184 (66,8%). Dos 277 pacientes,
276 (99,6%) realizaram tratamento com o esquema padrão (RIPE). Vinte e cinco
(9%) casos não realizaram o tratamento no tempo preconizado pelo Ministério da
Saúde, ou seja, entre 6 e 12 meses, em consequência de óbito, transferência,
abandono, não informado e mudança de diagnóstico. Obtiveram êxito de tratamento
86,3%, enquanto que quatro (2%) vieram a óbito. A quantidade de contatos
identificados do total de indivíduos diagnosticados com Tuberculose pulmonar com
baciloscopia positiva foi de 573, o que corresponde a uma média de 3,1 contatos por
caso. A maioria destes eram do sexo masculino, 444 (55,6%), e a faixa etária ≤ 14
anos foi a mais frequente, 199 (24,9%). No que se refere ao grau de parentesco, 335
(42%) eram de primeiro grau. Dos contactantes identificados, a maioria não realizou
os exames ou o fizeram em outra unidade de saúde, onde foi impossível identificar.
Entre os 88 contatos que fizeram quimioprofilaxia, a maioria era do sexo masculino,
46 (52,3%), 40 (45,6%) contatos possuíam menos de 6 anos, 22 (25%)
apresentaram parentesco de primeiro grau, sendo pais ou irmãos e para 36 (41,0%)
não existia informação. Com relação aos exames laboratoriais para esse grupo, Raio
x de tórax foi realizado por 87 (98,8%) contactantes, sendo 83 (94,3%) normal e
quatro (4,5%) sugestivo de Tuberculose. Dos 80 (80,9%) contactantes que
realizaram o PPD, todos foram positivos. A baciloscopia foi realizada por apenas 11
(12,5%) indivíduos, todas negativas. Conclusões: A baixa adesão dos contatos de
pacientes com TB na investigação para o controle da doença, bem como o
abandono do tratamento dos casos índice confirmados, constitui um entrave para a
interrupção da cadeia de transmissão dessa doença.
Palavras-chave: Tuberculose; Contactantes; Avaliação de serviços de saúde.
TEMA: ESTUDO DAS INTERNAÇÕES POR QUEDAS DA PRÓPRIA ALTURA, EM
IDOSOS, NAS REGIÕES BRASILEIRAS, DE 2008 A 2013.
ALUNO (A): DOMINIQUE KALINNE BAHIENSE DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. DR. ANDRÉ DANTAS ZIMMERMANN
RESUMO
INTRODUÇÃO: A população mundial está envelhecendo e a expectativa de vida
tem aumentado. Em qualquer faixa etária, há risco de ocorrer quedas. Contudo, em
relação aos idosos, tal risco tem grande importância, já que ocorre com maior
frequência e podem resultar em incapacidade, injúria e morte. As quedas
permanecem como a sexta causa de morte em idosos e são responsáveis por 40%
de suas internações. OBJETIVO: Estudar as internações por quedas da própria
altura, em idosos, nas regiões brasileiras, no período de 2008 a 2013.
METODOLOGIA: Pesquisa de abordagem quantitativa e do tipo descritiva. Foram
estudadas as informações de saúde referentes à Morbidade Hospitalar (internações)
por causas externas, no período de 2008 a 2013, utilizando-se dados disponíveis na
base eletrônica do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para
aumentar a precisão dos dados, utilizaram-se as categorias W01, W10, W17 e W18
da codificação pela Classificação Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde (CID-10). Foram estudadas as seguintes variáveis: idade,
sexo e região brasileira. Dados sócio-demográficos foram coletados no sítio do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram utilizados três indicadores para
avaliar o comportamento das quedas da própria altura nos idosos: proporção de
quedas da própria altura, proporção de quedas da própria altura em idosos e taxa de
internamentos por quedas da própria altura em idosos. RESULTADOS: No período
do estudo foram registrados 223.329 internamentos por quedas da própria altura, em
pessoas com 60 ou mais anos, variando de 27.235 em 2008 a 42.830 em 2013,
representando uma média (DP) de 37.229,83 (6.054,454) internamentos/ano, neste
período. Entre 2008 e 2013, observou-se que dentre o total de internamentos por
quedas registrados, um percentual de 47,3% foi devido à queda da própria altura em
idosos. Em todos os anos estudados, a região Sudeste apresentou o maior
coeficiente de internações por quedas da própria altura, em idosos, assim como a
faixa etária acima dos 80 anos e o sexo feminino. CONCLUSÃO: Ressaltam-se as
quedas como uma das principais causas de internações em idosos. Há uma elevada
incidência desse tipo de acidente na população estudada, e suas consequências
podem comprometer significativamente a qualidade de vida de alguns idosos. Por
isso o tema é tão importante, para que medidas efetivas de prevenção sejam
realizadas pelo governo, familiares e cuidadores daqueles que apresentam idade
superior a 60 anos, especialmente acima dos 80 anos, e que estão expostos ao
risco de quedas.
Palavras-chave: Quedas, idosos, internações, sexo, regiões brasileiras.
TEMA: ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE DOENÇAS AUTOIMUNES EM
INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO HTLV-1 EM AMBULATÓRIO DE NÍVEL
TERCIÁRIO EM SALVADOR – BA.
ALUNO: FÁBIO NEVES MIRANDA
ORIENTADOR: EDGAR MARCELINO DE CARVALHO FILHO
CO-ORIENTADORA: VALÉRIA GUSMÃO BITTENCOURT
RESUMO
O vírus linfotrópico de células T humana do tipo 1 (HTLV-1) por muitos anos foi
associado ao desenvolvimento de diversas doenças reumáticas autoimunes, como
artrite reumatoide, síndrome de sjögren, lúpus eritematoso sistêmico, e doença mista
do tecido conjuntivo, entretanto, outros estudos mostram resultados divergentes. O
objetivo desse trabalho foi determinar a prevalência destas doenças autoimunes em
indivíduos portadores do HTLV-1. Dados demográficos, formas clinicas e exames
complementares foram coletados em 127 pacientes do ambulatório de HTLV-1 do
complexo hospitalar universitário professor Edgar Santos. A amostra foi composta
por 38 (29,9%) homens e 89 (70,1%) mulheres com idade entre 21 a 85 anos, sendo
a média de 55 anos. Cerca de 78 (61,4%) eram assintomáticos quanto à infecção
pelo HTLV-1, 18 (14,2%) com bexiga neurogênica e 27 (21,3%) HAM/TSP. Com
relação às doenças autoimunes, 3 (2,4%) pacientes foram diagnosticados com
artrite reumatoide, 1 (0,8%) com doença mista do tecido conjuntivo e 1 (0,8%) com
lúpus eritematoso sistêmico. A incidência de doenças autoimunes na amostra não
diferiu da população mundial, o que sugere que o HTLV-1 não tenha associação no
desenvolvimento dessas doenças.
Palavras-chave: HTLV-I, doenças reumáticas, doenças autoimunes.
TEMA: A AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO ÁCIDO TRANEXÂMICO NA REDUÇÃO
DA PERDA SANGUÍNEA NA ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO.
ALUNA: LARISSA MARTINS ARAUJO
ORIENTADOR: PROF. DR. DAVID SADIGURSKY
RESUMO
Introdução Com o objetivo de minimizar os sangramentos intra e pós-operatórios
como também suas complicações algumas alternativas são constantemente
estudadas. Dentre elas temos a utilização do acido tranexâmico. Diante disso se faz
de suma importância, a analise da eficácia clinica do uso do acido tranexâmico na
redução da perda sanguínea na artroplastia total do joelho, pois a literatura atual não
é clara quanto a que técnica é mais eficaz. Objetivos Analisar a eficácia do acido
tranexâmico na redução da perda sanguínea na artroplastia total de joelho.
Metodologia O método adotado nesta revisão sistemática de literatura constitui na
busca de artigos científicos que analisassem a eficácia do acido tranexâmico em
artroplastia de joelho. A busca foi realizada nas bases Pubmed, Medline e Lilacs
com as palavras-chave: knee arthroplasty, tranexamic acid e efficacy, no período de
janeiro a março de 2014. Foram aceitos apenas ensaios clínicos randomizados, que
tinham sido publicados entre o período de 2000 a 2013, nos idiomas inglês,
espanhol e português. Os ensaios pré-selecionados foram submetidos à escala de
Jaddad e somente os ensaios com notas acima de 3 foram selecionados.
Resultados Na primeira busca realizada foram localizados 59 artigos dos quais 7
ensaios clínicos randomizados preencheram os critérios de inclusão e foram
selecionados, com um tamanho total da amostra 948 pacientes. Conclusão Após a
analise e comparação entre os estudos incluídos neste trabalho podemos concluir
que o uso do acido tranexâmico na artroplastia total do joelho, sendo uni ou bilateral,
reduz a perda de sangue no peri e no pós-operatório de forma significativa quando
comparados a outros antifibrinolíticos utilizados. Com a redução da perda total de
sangue, tendo diminuída a taxa de hemoglobina e hematócrito, e a necessidade de
transfusões sanguíneas sem qualquer aumento dos efeitos colaterais a utilização do
uso do acido tranexâmico é segura. O uso do acido como mecanismo de hemostasia
pode reduzir os custos, diminuir o tempo de internações evitando também o uso de
sangue autólogo.
Palavras-chave: Tranexamic acid; knee artrhoplasty; efficacy.
TEMA: PERFIL DA TERAPIA ANTI-HIPERTENSIVA EM PACIENTES DE UM
AMBULATÓRIO DOCENTE ASSISTENCIAL EM SALVADOR/BA.
ALUNA: MYLENA PIRES DE SIQUEIRA
ORIENTADOR: PEDRO FLAVIO MOTTA
RESUMO
Introdução: A Hipertensão arterial sistêmica ainda é prevalente em nosso meio,
uma condição clínica, multifatorial, que cursa de maneira insidiosa. Dispomos, hoje,
de um arsenal de medicamentos para o tratamento HAS. O VIII Joint lança
recomendações a respeito de qual terapia medicamentosa é a mais adequada para
determinado perfil de pacientes. Evidências levam a crer que a terapia inicial para a
população não negra é com IECA, BRA, antagonistas do canal de cálcio (ACC) ou
diuréticos tiazídicos. Na população negra a terapia inicial com ACC ou com
diuréticos tiazídicos é a recomendada. Objetivos: Avaliar o perfil da terapia antihipertensiva utilizada pelos pacientes do ADAB correlacionando com as novas
preconizações do VIII Joint. Métodos: Estudo descritivo com a população de
hipertensos acompanhados no ambulatório de Clínica Médica do ADAB Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Foram incluídos neste estudo indivíduos em
tratamento para HAS; ≥ 18 anos; de ambos os sexos; residentes em Salvador e
região metropolitana. Foram excluídos indivíduos portadores ou em tratamento de
doenças neurológicas e psiquiátricas; diagnóstico de HAS secundária. Foi aplicado
questionário contendo informações biológicas, socioeconômicos, clínicas e hábitos
de vida, além do teste de Morisky. Resultados: Em 128 pacientes, temos 73,4% o
sexo feminino, com média de 61,7+ 10,08 anos, e do total 53,1% são negros. Com
uma adesão à terapia medicamentosa em apenas 30,5% dos pacientes. O
betabloqueador é usado por 39,8%, sendo 46,8% dos casos atenolol, 17%
metoprolol e 36,2% outros. 55% utilizavam diuréticos (86,9% Hidroclorotiazida). O
ACC foi referido por 39,1%, sendo 20% nifedipino e 80% anlodipino. Enalapril é
usado em 36,8% dos pacientes e captopril em 63,2% de um total 16,4% pacientes
usuários de IECA. Os BRA foram utilizados por 60,2% dos indivíduos, quase a
totalidade correspondia a losartana (98,5%). Dentre os pacientes negros (53,1%), o
betabloqueador é usado em 44,1% destes pacientes, diurético em 54,4%, ACC em
38,2%, IECA em 14,7% e BRA em 63,2%. Conclusão:Vemos que uma parcela
desses pacientes não são tratados de acordo com as indicações feitas pelo 8º Joint
de HAS, já que apenas 38,2% dos pacientes negros fazem uso de ACC e um pouco
mais da metade de diurético. O que precisa ser revisto com os profissionais de
saúde para que determinado perfil de paciente esteja recebendo a medicação
adequada para sua comorbidade.
Palavras-chave: Hipertensão, adesão ao tratamento, medicamentos.
TEMA: ABDOMINOPLASTIA PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA.
ALUNA: BIANCA SILVA SAPUCAIA
ORIENTADOR: PROF. DR. VINÍCIO MOITINHO DO CARMO
RESUMO
Introdução: A perda de peso maciça promovida pela cirurgia bariátrica aumentou a
demanda de dermolipectomia abdominais. Esta revisão tem o objetivo de estudar
dados relevantes sobre abdominoplastias de pacientes previamente submetidos à
gastroplastia. Metodologia: Realizada uma revisão sistemática de literatura nos
principais bancos de dados bibliográficos: PubMed, Scielo, MEDILINE e LILACS. O
critério metodológico escolhido para avaliação da qualidade dos artigos foi uma
adaptação do Downs and Black com pontuação de corte ≥80% para seleção dos
artigos. Resultados: Seis artigos foram selecionados para esta revisão. Os autores
destacaram abdominoplastia precoce, sem uma estabilização da perda ponderal e
IMC ainda elevado, tabagismo e comorbidades como os principais preditores de
complicações. Esse grupo de pacientes em questão já apresenta uma tendência
maior a complicações, mas as amostras avaliadas não tiveram aumento considerado
significativo, mantendo um padrão das mesmas principais intercorrências: seroma,
infecção e necrose. Duas técnicas cirúrgicas e adaptações destas foram avaliadas
pelos artigos, a técnica clássica e sua adaptação por Planas, “Vest over Pants” e a
técnica em âncora, com destaque para o descolamento mínimo como positivo para
evitar hipoestesia cutânea abdominal pós-operatória. Conclusão: Abdominoplastia
empregada após gastroplastia redutora para o remodelamento corporal da
lipodistrofia abdominal tem evidente benefício aos pacientes, desde que
devidamente planejada, executada e acompanhada. A cirurgia plástica permite a
melhora da saúde física e mental e promoção de qualidade de vida. Tem alto índice
de satisfação dos pacientes associada, sendo as taxas de insatisfação atreladas a
má qualidade estética, maior extensão das cicatrizes e maiores taxas de
complicação.
Palavras-chave: Body contouring surgery. Post-bariatric surgery. Abdominoplasty.
Massive weight loss. Dermolipectomy abdominal.
TEMA: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DE EXTRATOS OBTIDOS
DAS FOLHAS DA A2.
ALUNO: ADRIANO DA CUNHA GOMES
ORIENTADOR: PROF. MSC. BRUNO TEIXEIRA GOES
CO-ORIENTADOR: PROF. DR. DIEGO SILVA MENEZES
RESUMO
As afecções dolorosas vêm aumentando em todo o mundo, e a descoberta de
alternativas terapêuticas para a dor provenientes de produtos naturais desperta
interesse nas diversas áreas da pesquisa. A espécie A2 tem ganhado destaque com
relatos de ação em diferentes mecanismos antinociceptivos desde inflamatórios à
sensibilização nervosa central ou periférica, mesmo assim, seus estudos encontramse restritos às suas sementes. Atualmente, sabe-se que muitos dos medicamentos
utilizados no tratamento dos quadros dolorosos apresentam interferências
significativas nos processos fisiológicos, desde o desenvolvimento de úlceras
gástricas, como também, provocar dependência/tolerância farmacológica. O estudo
visa avaliar a atividade antinociceptiva de extratos das folhas da A2. Para tal, valeuse de camundongos suíços, machos, pesando 30±5g alocados em diferentes
grupos, e submetidos aos testes das contorções abdominais, da formalina e da
retirada de cauda. Como forma de afastar a possibilidade da depressão do sistema
locomotor dos animais, o teste do rotarod foi empregado. O grupo tratado com o
extrato demonstrou redução das contorções abdominais no teste do ácido acético,
redução na fase tardia da resposta hipernociceptiva induzida pela formalina, e
inibição da resposta térmica nos últimos minutos do teste da retirada de cauda. O
teste do rotarod não demonstrou significância estatística entre os grupos, e não
foram evidenciados sinais de toxicidade aguda no animais. Os resultados obtidos
revelam que o extrato avaliado apresenta potencial efeito antinociceptivo,
necessitando, no entanto, maiores estudos para a determinação de sua via de ação.
Palavras-chave: Dor. Antinocicepção. Bioprospecção. Fitoterapia. Caatinga.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HEMORRAGIA INTRACRANIANA NO
BRASIL E SUAS REGIÕES DE 2008 A 2012: UMA ANÁLISE DE DADOS
SECUNDÁRIOS.
ALUNO: ALEXANDRE PINHEIRO SANTANA
ORIENTADOR: PROF. ARISTIDES ESPERIDIÃO TONINNI
RESUMO
Introdução: Os Acidentes Vasculares Encefálicos são a segunda maior causa de
óbitos no Brasil, sendo as Hemorragias Intracranianas um grupo de doenças
especialmente associadas a altas taxas de morbimortalidade. Objetivo: Descrever e
analisar o perfil demográfico dos internamentos e óbitos por HIC no Brasil, no
período de 2008 a 2012. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo e
longitudinal, realizado através da coleta de dados secundários do SIH/SIM do
Datasus. Analisou-se distribuição dos internamentos e óbitos por macrorregiões
brasileiras, ano, sexo e faixa etária. Calculou-se a proporção, a letalidade hospitalar,
o coeficiente de mortalidade e o tempo médio da internação. Apresentou-se esses
dados em valores absolutos e proporcionais, através de gráficos e tabelas.
Resultados: A mortalidade por HIC apresentou redução em grande parte do país,
acometendo mais indivíduos do acima dos 50 anos, do sexo masculino, sendo mais
fatal em indivíduos acima dos 80 anos de idade. A distribuição de internamentos por
regiões brasileiras indicou um maior número de casos no Nordeste e Sudeste,
chamando atenção para o aumento de casos e óbitos na região Norte, fenômeno
contrário ao resto do país. Discussão: O número de casos e a mortalidade por HIC
apresentaram uma redução ao longo do período analisado. Entretanto, a distribuição
dos casos apontam para uma marcante desigualdade socioeconômica entre as
regiões brasileiras, com grande discrepância na qualidade do atendimento,
infraestrutura local e nível de complexidade disponível. Conclusões: A redução da
mortalidade por HIC pode ser reflexo do investimento crescente na prevenção de
doenças com HAS e DM, reduzindo a necessidade de gastos excessivos com
atenção de alta complexidade. Entretanto, com o envelhecimento progressivo da
população, esses valores podem aumentar ao passar dos anos.
Palavras-chave: Hemorragias Intracranianas, Acidente Vascular Cerebral,
Hemorragia Cerebral, Hemorragia Subaracnóidea, Óbitos, Internamentos.
TEMA: PROCEDIMENTOS DE ESVAZIAMENTO UTERINO PÓS-ABORTAMENTO
NO BRASIL: O QUE MUDOU A PARTIR DA PUBLICAÇÃO DA NORMA TÉCNICA –
ATENÇÃO HUMANIZADA AO ABORTAMENTO, MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL.
ALUNA: REBECA AROUCA REQUIÃO
ORIENTADOR: OMAR ISMAIL SANTOS PEREIRA DARZÉ
RESUMO
INTRODUÇÃO: Estima-se que ocorra abortamento em 31% das gestações no
Brasil, sendo importante causa de mortalidade materna. Os abortamentos
incompleto, inevitável, retido ou infectado requerem intervenção cirúrgica e/ou
farmacológica para a sua resolução e os procedimentos disponíveis na atualidade
são a Curetagem, Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU) e o Misoprostol. A
curetagem pós-abortamento ocupa a terceira posição entre os procedimentos
obstétricos mais realizados no País e a primeira colocação entre os procedimentos
cirúrgicos, demonstrando a dimensão do problema. OBJETIVO: Descrever e
analisar as técnicas de esvaziamento uterino pós-abortamento realizados no período
de 1997 a 2013, tomando como marco temporal a criação da Norma Técnica –
Atenção Humanizada ao Abortamento no ano de 2005. MÉTODO: Estudo descritivo
com medidas calculadas a partir de dados secundários do Sistema de Informações
Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Inclui-se os procedimentos de
Curetagem pós-abortamento e de Esvaziamento do útero pós-aborto por Aspiração
Manual Intra-Uterina, com base no número de internações entre 1997 e 2013,
levando-se em conta: Ano de processamento, Região, Custo total e Regime. Foram
calculadas as proporções e os dados apresentados em tabelas e gráficos.
RESULTADOS: Do total de procedimentos, 97,83% foram de Curetagem e 2,17%
de AMIU. Houve uma redução da utilização da curetagem pós-aborto a partir de
2001, quando a AMIU passou a ser aplicada no tratamento do abortamento no
Brasil. No período de 2001 a 2010 a proporção de Curetagem pós-aborto passou de
99,92% para 94,97%, chegando a 97,09% em 2013. Em números absolutos, esse
procedimento reduziu em todo o período na ordem de 20,19%. A utilização da AMIU
aumentou 2403,46% no período de 2001 a 2005, não havendo registros anteriores a
2001 no banco de dados do Datasus. No período de 2006 a 2013, houve um
aumento na proporção de AMIU nos cinco primeiros anos, com pico em 2010
(5,03%), reduzindo a partir de então e chegando a 2,91% em 2013. No período de
2006 a 2013, o número de internações para AMIU reduziu em 26,5%. No período de
1997 a 2013 houve um incremento de 134,8% no valor total gasto para a Curetagem
Uterina. Para o procedimento de esvaziamento uterino pós-abortamento por AMIU,
no período de 2001 a 2013, houve um incremento de 3.890% no valor pago. A maior
diferença entre os Setores Público e Privado ocorreu para o Procedimento de AMIU,
sendo, entretanto, o Setor Público superior para os dois procedimentos.
CONCLUSÃO: Apesar da AMIU possuir vantagens cientificamente comprovadas no
tratamento do abortamento e ser a técnica de eleição e recomendada pela OMS
nesta situação, ainda representa uma pequena parcela do número de procedimentos
realizados no Brasil. Comprova-se que o impacto da publicação da Norma Técnica –
Atenção Humanizada ao Abortamento foi superficial, não conseguindo difundir a
técnica entre os prestadores de serviço e consequentemente sem melhorar a
qualidade da assistência prestada ás vítimas de abortamento.
TEMA: PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE DOENÇA
CELÍACA RESIDENTES NA BAHIA.
ALUNA: CARLA BALEEIRO RODRIGUES SILVA
ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO
RESUMO
Introdução: A doença celíaca (DC) é uma enteropatia inflamatória autoimune
causada pela ingestão de glúten, que provoca inflamação e atrofia da mucosa do
intestino delgado. A DC é subdiagnosticada, devido ao alto índice de apresentações
atípicas, quanto ao baixo índice de suspeita dos médicos. Isso reforça importância
de conhecer o perfil clínico e epidemiológico dos portadores de DC residentes na
Bahia. Métodos: A pesquisa é observacional, descritiva e transversal. A população
alvo foi composta pelos integrantes do Grupo de Celíacos da BA e pelos clientes
celíacos das lojas que comercializam produtos Sem Glúten em Salvador. A amostra
é de conveniência composta por 74 pacientes que foram recrutados em reuniões
realizadas pelo Grupo de Celíacos e via correios, através de um questionário
abordando aspectos da DC. Resultados: Das 106 cartas enviadas, retornaram
74(70%). Todas foram incluídas e 66(89,2%) fizeram a biopsia de duodeno.
Observou-se predomínio da cor branca 46(62,2%), do sexo feminino 55(74,3%) e da
ascendência familiar europeia (59,6%). Quanto aos sintomas predominantes,
encontrou-se predomínio de sintomas gastrointestinais. A história familiar positiva
para DC foi relatada por 20,2% dos participantes. A faixa de intervalo de tempo entre
o início dos sintomas ao diagnóstico variou entre 0-40 anos, destes, apenas 3
afirmaram este intervalo de 0 anos e a faixa etária predominante no momento do
diagnóstico foi de 20-59 anos. Foi observada significância estatística entre:
cronologia da doença e o gênero; sintomas e o gênero; comorbidade e cronologia da
doença. Conclusão: A ausência de realização da biopsia em alguns pacientes
sugere: contra indicação para o procedimento, dificuldade ao acesso pelo SUS,
negação pelo paciente. O que pode ter influenciado no predomínio da cor “branca” é
a subestimação da cor “negra”, pois essa população está inserida em uma classe
socioeconômica mais baixa. O predomínio do sexo feminino pode ser consequência
da maior preocupação das mulheres com a saúde e interesse em participar de
grupos de saúde. A prevalência da história familiar positiva pode ser maior se a
busca por familiares sintomáticos for mais estimulada pelos médicos. Na população
estudada apenas 3(4,1%) pacientes foram examinados ativamente traduzindo a falta
de investigação da DC na população de risco. A larga faixa de tempo do início dos
sintomas ao diagnóstico pode ser consequência da ampla gama de sintomas
inespecíficos, principalmente nas mulheres e a variável idade, na faixa etária adulta,
do início dos sintomas.
Palavras-chave: Doença Celíaca. Epidemiologia. Grupo associado. Questionários.
TEMA: HIPOTIREOIDISMO EM MULHERES COM EXCESSO DE PESO:
PREVALÊNCIA E PERFIL METABÓLICO EM AMBULATÓRIO DO SUS.
ALUNA: FERNANDA SILVA DE ARAÚJO
ORIENTADORA: MARIA DE LOURDES LIMA DE SOUZA E SILVA
RESUMO
Os hormônios da tireoide são essenciais para modulação da termogênese e sua
deficiência contribui com desenvolvimento da obesidade, reduzindo, além da
produção de calor, o consumo de oxigênio e a taxa do metabolismo basal. Pelo
envolvimento dos tireoidianos hormônios no aumento ponderal, faz-se necessária a
investigação da função tireoidiana em obesos. Objetivo: Avaliar a prevalência de
Hipotireoidismo em mulheres com excesso de peso acompanhadas em ambulatório
de obesidade; comparar perfil antropométrico e metabólico de pacientes com e sem
hipotireoidismo; descrever a frequência e comparar o perfil metabólico de pacientes
com hipotireoidismo compensado e descompensado. Método: Estudo de corte
transversal com recuperação de dados em prontuários de 221 pacientes do sexo
feminino com IMC igual ou superior a 25kg/m², maiores de 18 anos de idade e com
dosagem de TSH, acompanhadas em ambulatório de obesidade. Para a construção
do banco de dados e cálculos estatísticos foi utilizado o programa estatístico
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17. Resultados: Foi
identificada prevalência de pacientes com diagnóstico de hipotireoidismo primário de
8,6% (19), verificando-se que as mulheres hipotireoideas apresentam IMC menor
que as não hipotireoideas (32,02±3,8 vs. 36,43± 6,7; P<0,05). Em relação ao perfil
metabólico entre essas pacientes, notou-se que as hipotireoideas apresentam
colesterol total menor (178,8±26,6 vs. 198,2±41,5; P<0,046) e LDL menor
(110,9±24,9 vs. 128,02±36,9; P<0,049) que as demais pacientes. Ficou evidente
maior taxa de triglicérides (104,2±35,23 vs. 161,9±63,79; P<0,028) nas pacientes
hipotireoideas descompensadas. Conclusão: A partir desse estudo pode-se concluir
que há uma relação importante entre obesidade e hipotireoidismo (prevalência de
8,6%) dentre essas pacientes. As hipotireoideas mostraram-se com melhores níveis
antropométricos e lipídicos em relação às eutireoideas, sendo que, dentre as
pacientes com hipotireoidismo, aquelas com valor de TSH compensado tinham
menores níveis de triglicérides. Entretanto, há necessidade de outros estudos nessa
mesma população para as demais comparações e validação dos resultados
encontrados.
Palavras-chave: Mulheres. Obesidade. Hipotireoidismo.
TEMA: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS CIRURGIAS PARA A CORREÇÃO DA
ATRESIA DE ESFAGO REALIZADAS NO SERVIÇO ÚNICO DE SAÚDE NO
ESTADO DA BAHIA NOS ANOS DE 2007 A 2011.
ALUNO: KURT WOLFGANG SCHINDLER FREIRE DE FARIAS
ORIENTADOR: PROF. NEY BOA SORTE
RESUMO
A atresia de esôfago é definida como uma anomalia congênita rara, com uma
incidência de aproximadamente 1/2500 a 1/4000 nascidos vivos, sendo, no entanto,
mais frequente que as demais alterações congênitas do esôfago. Nessa patologia há
uma perda da continuidade entre a porção proximal e distal do esôfago, por
separação incompleta dos tubos embrionários esofágico e traqueal, podendo ocorrer
fistula traqueoesofágica. Com o avanço da técnica cirúrgica, dos métodos
diagnósticos e dos cuidados pré e pós operatórios, tem-se visto uma diminuição da
mortalidade, quando comparado a décadas passadas. No Brasil, as anomalias
congênitas são a segunda causa morte, em crianças com menos de 1ano. O Estudo
Colaborativo Latino-Americano das Malformações Congênitas (ECLAMC), tem
contribuído na sistematização dos dados sobre recém nascidos com malformações
congênitas. Isso permitiu, juntamente com outros estudos, uma análise de
frequência das malformações congênitas no Brasil, que foi de 2,4-5%. A
identificação, diagnóstico e registro dos casos de malformações congênitas ainda
são incipiente, o que afeta a morbi-mortalidade pediátrica. Objetivos: Descrever o
perfil epidemiológico das cirurgias para a correção da atresia de esôfago realizadas
pelo Sistema Único de Saúde no período de 2007 a 2011, no estado da Bahia Brasil. Metodologia: Estudo descritivo de série temporal baseado no banco de
dados de Autorizações para Internação Hospitalar do sistema DATASUS (SIH-SUS),
abrangendo o período de 2007 a 2011, no estado da Bahia. Foram incluídos os
pacientes com idade de 0 a 19 anos que realizaram cirurgia para a correção da
atresia de esôfago identificados com os códigos dos procedimentos autorizados pelo
SUS, sendo excluídos os pacientes cujas variáveis de interesse não foram
encontradas. As variáveis analisadas foram sexo, idade, cidade onde foi realizado o
procedimento, CID por ano, preço pago pelo SUS, número de pacientes por
ano. Resultados: entre 2007 e 2011 foram realizadas 38 cirurgias para a correção
da atresia de esôfago através do SUS no estado da Bahia, sendo 26 (68,4%)
pacientes eram do sexo feminino. A média de idade foi de aproximadamente 4,65
anos, variando de 1 até 15 anos. Os municípios que mais realizaram cirurgias para a
correção da atresia de esôfago em ordem decrescente foram: Salvador, Vitória da
Conquista, Barreiras, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Laje. Os hospitais
que mais realizaram cirurgias para a atresia de esôfago foram o Hospital Geral
Roberto Santos, Hospital Municipal Esau Matos e a Maternidade José Maria de
Magalhães Neto (todos tendo realizados 7 procedimentos entre os anos 2007-2011).
O gasto médio anual e por cirurgia foram respectivamente, de aproximadamente
R$34.939,75 e R$4.597,33. Conclusão: apesar do significativo crescimento das
cirurgias para a correção da atresia de esôfago realizadas pelo SUS na Bahia, este
ainda é um serviço limitado, que conta com poucos hospitais especializados para
realizarem o procedimento. A maioria dos hospitais que realizam procedimentos
referentes à atresia de esôfago estão em salvador. A média de idade dos pacientes
que são tratados foi elevada, o que demonstra a o atraso no diagnóstico e
tratamento cirúrgico, provavelmente, pela concentração do serviço em poucos
municípios.
Palavras-chave: Atresia esofágica, Anormalidades congênitas, Epidemiologia,
Sistema único de saúde.
TEMA: QUALIDADE DE VIDA EM ADOLESCENTES PORTADORES DE
CARDIOPATIA REUMÁTICA EM CENTRO DE REFERÊNCIA EM SALVADORBAHIA.
ALUNA: SORAIA MATOS CEDRAZ DA SILVA
ORIENTADORA: PROFA. ISABEL CRISTINA BRITTO GUIMARÃES
RESUMO
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de portadores de febre reumática em
acompanhamento hospitalar e ambulatorial em centro de referência de SalvadorBahia. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, no qual foi aplicado o
questionário WHOQOL-Bref da OMS e o da ABEP, para avaliação da qualidade de
vida e do nível socioeconômico, respectivamente, além de avaliar a classe funcional
(CF) dos pacientes e os medicamentos prescritos. Foram calculados os escores, as
médias e os desvios-padrões dos diferentes domínios do questionário, após
realizado o teste de normalidade. Resultados: Foram avaliados 36 pacientes, sendo
17(47,3%) do sexo masculino e 19(52,7%) do sexo feminino, com a idade variando
de 11 à 17 anos, com média de 13,9 anos e desvio padrão de +/-1,88. O domínio
que teve o melhor resultado foi o psicológico e o que teve pior resultado foi o
domínio de relações ambientais. Todas as famílias pertenciam à classe média
baixa/pobre (C,D e E). A classe funcional (NYHA) I foi predominante e os
medicamentos mais utilizados pelos pacientes foram os diuréticos e os inibidores de
conversão da angiotensina (IECA). Conclusão: A qualidade de vida dos pacientes
foi considerada insatisfatória, e não houve diferença estatisticamente significante
entre a qualidade de vida dos pacientes cirúrgicos e não cirúrgicos.
Palavras-chave: Qualidade de vida; Febre reumática; Adolescente; WHOQOL-Bref
TEMA: PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE EM PAIS DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO DO AUTISMO.
ALUNA: SAMYRA JOGAIB BONATTO
ORIENTADORA: DRA. MILENA PEREIRA PONDÉ
RESUMO
Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é
classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento, definido por níveis
prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade. O autismo é uma
síndrome comportamental que possui estreita relação com o TDAH, uma vez que a
coocorrência desses transtornos é relativamente comum, fato que busca ser
explicado por bases genéticas e sociais convergentes entre eles. Objetivo: O
presente estudo tem por objetivo estimar a prevalência de sintomas de TDAH em
pais de crianças com TEA, correlacionando com variáveis sócio-demográficas.
Metodologia: Estudo de corte transversal, no qual questionários e entrevistas foram
aplicados a pais de crianças com diagnóstico prévio de TEA. Resultados: A
prevalência de sintomas de TDAH nas mães das crianças com diagnóstico de TEA
foi de 11,7%, enquanto nos pais foi de 9,4%. Nas mães, o sintoma de TDAH mais
presente foi a hiperatividade (2,6%), enquanto nos pais foi a desatenção (3,8%).
Discussão: Estimativas de prevalência de sintomas de TDAH semelhantes foram
encontrados em estudos atuais, porém estudos bastante representativos nessa
temática relatam prevalências menores, apontando possíveis correlações entre
variáveis demográficas e prevalências mais altas de sintomas de TDAH. Conclusão:
é notável que o presente estudo traz percentuais significativos da prevalência de
sintomas de TDAH em adultos em comparação com os estudos da literatura
mundial. Isso pode ter correlação com os dados sócio-demográficos investigados,
tais como baixa renda ou mesmo escolaridade. Além disso, a prevalência de
sintomas de TDAH maior nas mães pode estar relacionado com o nível de estresse
parental a que estão submetidas, já que elas representam a maioria como
cuidadoras.
Palavras-chave: TDAH. Autismo. Prevalência. Bonatto SJ, Pondé MP. Prevalence
attention déficit.
TEMA: ESTUDO DE CUSTOS DE HOSPITALIZAÇÕES E DESFECHOS CLÍNICOS
EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES COM DOENÇA ONCOLÓGICA
AVANÇADA.
ALUNA: CAMILLA VIEIRA DE REBOUÇAS
ORIENTADOR: DR. CARLOS SAMPAIO FILHO
RESUMO
O câncer é um conjunto de doenças de etiologia multifatorial, responsável por 13%
dos óbitos no mundo. Pacientes com diagnóstico de câncer em estágio avançado
representam uma parcela dessa população que, a despeito de todos os avanços
alcançados na oncologia, são considerados como portadores de doença incurável.
Nessa fase, a maior parte dos esforços é direcionada aos cuidados paliativos. O
montante investido em cuidados paliativos vem crescendo a cada ano no Brasil, mas
ainda não é suficiente para suprir a demanda. Objetivos: Principal: Quantificar o
custo médio gerado por internações hospitalares em pacientes oncológicos com
diagnóstico de câncer avançado, relacionando com o tipo de patologia, e tipo de leito
em que o paciente foi a óbito. Específicos: Quantificar o número e duração das
internações dos pacientes. Determinar o número de dias entre a data do óbito e a
data da última dose de quimioterapia administrada ao paciente. Materiais e
métodos: Foi realizada uma revisão de prontuários de pacientes internados em um
hospital privado de Salvador, e que foram a óbito entre 01 de janeiro de 2012 e 31
de dezembro de 2013. Serão estudados: idade, sexo, tipo de câncer, comorbidades,
gastos por paciente durante a última internação, duração do último internamento e
data da última sessão de quimioterapia. Resultados: Foram revisados cem
prontuários, sendo 53% do sexo feminino e 47% do sexo masculino. A média de
idade foi de 67,7 anos. Sobre o tipo de leito, 55% dos pacientes foram a óbito em
unidade aberta e 45% em unidade fechada. Os dois tipos de câncer mais
prevalentes foram os tumores do trato gastrointestinal alto (31%) e aparelho
respiratório (19%). A mediana do tempo de internação foi 11,0 dias. A mediana do
número de dias entre a última sessão de quimioterapia e o óbito foi de 34, com
grande variação. A mediana do custo de internações foi de R$51.334,30.
Conclusão: O presente estudo mostrou que o internamento de pacientes terminais
ainda gera muitos prejuízos para o paciente e para o sistema. O custo é
extremamente elevado, e existem alternativas que poderiam, mas não tem sido
utilizadas para minimizar estes problemas.
Palavras-chave: Câncer. Hospitalizações. Paliativo.
TEMA: USO DO ACIDO TIÓICTICO NO TRATAMENTO DA DOR NEUROPÁTICA
NOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2.
ALUNA: MARINA QUEIROZ SANTOS
ORIENTADORA: DRA. ANA MARIA DO AMARAL RIBEIRO ALVES
RESUMO
OBJETIVO: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, com intuito de avaliar
a resposta clinica ao uso do Ácido Tióictico no tratamento da dor neuropático no
diabético crônico. A dor neuropática é uma dor crônica de difícil controle, podendo
levar o seu portador a quadros depressivos podendo chegar até o suicídio. Ainda
não se obteve com o arsenal terapêutico um controle satisfatório. O objetivo
principal desse trabalho é avaliar a eficácia e a tolerância desta droga utilizando
como parâmetro a melhora do quadro da dor, a adesão ao tratamento e a melhora
na qualidade de vida do paciente e analisar, de maneira secundária a recidiva da
dor e os efeitos adversos provocados. MÉTODOS: Para a seleção dos estudos que
compuseram essa revisão foram utilizados os bancos de dados: LILACS, Biblioteca
Cochrane, Pubmed e o Medline, utilizando como buscadores unitermos
encontrados no MESH. Os estudos que se enquadraram nos filtros de pesquisa,
pela escala de validação metodológica de Jadad. RESULTADOS: Foi observada
melhora estatisticamente significante do quadro doloroso. Como também uma
melhora também significativa de outros sintomas positivos da neuropatia. Os
estudos sugerem uma estagnação dessas lesões nervosas com o uso dessa
terapia. AS reações adversas mais frequentes náuseas, vômitos e vertigem, sendo
dose dependente. CONCLUSÃO: Os estudos sugerem que esta droga parece ser
efetiva no tratamento da neuropatia diabética E na melhora da qualidade de vida
dos pacientes. Porém se faz necessários mais estudos para esclarecer estes
achados.
Palavras-chave: Thioctacid. Neuropatia. Diabetes.
TEMA: PERFIL DE RECÉM NASCIDOS DE ACORDO COM O GRAU DE
TOLERÂNCIA MATERNA À GLICOSE.
ALUNA: CAROLINA AMARAL TAVARES DALTRO
ORIENTADORA: PROFA. ADRIANA VIANA
RESUMO
Objetivo: Descrever o perfil dos recém-nascidos (RN) da Maternidade José Maria
de Magalhães Netto, no período entre outubro de 2013 a dezembro de 2013, de
acordo com o grau de tolerância à glicose materna. Material e método: Trata-se de
um estudo observacional de coorte prospectiva, com amostra de conveniência,
realizado em uma maternidade de referência para gestação de alto risco. Foram
incluídos 180 parturientes e 185 conceptos, sendo analisadas estatisticamente as
seguintes variáveis, coletadas em prontuário: peso ao nascer em gramas,
comprimento ao nascer em centímetros, necessidade de internamento em unidade
de tratamento intensivo (UTI), complicações perinatais por até 72 horas, tipo do
parto, idade materna, presença de disglicemia durante a gestação, diagnóstico
prévio de diabetes mellitus, número de consultas de pré-natal e idade gestacional de
início do pré-natal. Resultados: Observou-se entre os RN filhos de mães com
alterações de tolerância à glicose maiores índices de desconforto respiratório
precoce (DRP), macrossomia e hipoglicemia, além de maior peso para a idade
gestacional, quando comparados aos filhos de mães com tolerância normal à
glicose. Conclusão: Os RN de mães disglicêmicas apresentaram um perfil
antropométrico diferenciado, além de maior risco de desenvolver certas
complicações perinatais. Há, portanto, a necessidade de realizar o diagnóstico
materno precocemente e tratamento adequado, visando minimizar estes índices.
Palavras-chave: Diabetes mellitus. Diabetes gestacional. Complicações perinatais.
TEMA: PREVALÊNCIA DE RESISTÊNCIA TRANSMITIDA ÀS PRINCIPAIS
CLASSES DE DROGAS ANTIRRETROVIRAIS EM PACIENTES ATENDIDOS EM
UM CENTRO DE REFERÊNCIA ESTADUAL.
ALUNA: ÉRIKA ANDRADE ROCHA
ORIENTADOR: DR. MARCIO DE OLIVEIRA SILVA
RESUMO
Objetivo: Avaliar a prevalência de resistência transmitida aos antirretrovirais em
indivíduos infectados pelo HIV-1 em acompanhamento clínico e laboratorial na
cidade de Salvador-Bahia. Métodos: Estudo descritivo de corte transversal com
amostra de conveniência composto por 121 pacientes infectados pelo HIV-1, com 18
anos de idade ou mais, virgens de tratamento antirretroviral e que fazem coletas de
exame para quantificação das subpopulações linfocitárias e da carga viral sérica do
HIV-1 no Laboratório de Retrovírus do Hospital Universitário Professor Edgard
Santos ou no Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa
(CEDAP). Os pacientes foram entrevistados para preenchimento de um questionário
epidemiológico e consentiram na utilização do excedente de sangue para realização
do sequenciamento do gene pol do HIV-1 contendo parte da Transcriptase e da
Protease para análise das mutações de resistência aos antirretrovirais. Resultados:
Entre os 103 pacientes 66% são do sexo masculino, a mediana de idade e do tempo
estimado do diagnóstico do HIV-1 são respectivamente de 35 anos e 29 meses. A
principal categoria de exposição relatada foi a sexual com 88,3%, seguida por 3%
com acidentes com perfurocortantes e 1% uso de drogas intravenosas. A mediana
da contagem dos Linfócitos TCD4+ foi de 438 cel/mm3 e de 4,4 log10. Na análise de
Mutação de Resistência à Fármacos (SDRM), através da ferramenta de Calibração
da População com Resistência (CPR),observa-se uma prevalência global de 6,8%, 3
(2,9%) amostras com DRM aos Inibidores da Transcriptase não análogos aos
nucleotídeos (ITRNN), 2 (1,9%) aos Inibidores da Transcriptase análogos aos
nucleotídeos (ITRN) e 2 (1,9%) aos IP. Conclusão: O presente estudo evidencia
valores intermediários de DRM na cidade de Salvador segundo a metodologia CPR.
Palavras-chave: HIV-1. Resistência Transmitida. Calibração da População com
Resistência . Stanford.
TEMA: ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO RELACIONADOS AO
COMPROMETIMENTO LINFONODAL NO CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE NO
SERVIÇO DE CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO DA FUNDAÇÃO MONTE
TABOR HOSPITAL SÃO RAFAEL – SALVADOR, BAHIA.
ALUNA: LORENA CARNEIRO FERREIRA
ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO CEZAR GALVÃO DO AMARAL.
CO-ORIENTADOR: DR. FLÁVIO SILANO NUNES DE MIRANDA.
RESUMO
A presença de comprometimento linfonodal é um importante fator prognóstico para
pacientes com Câncer Gástrico Precoce (CGP). As taxas de sobrevida do CGP sem
linfonodos acometidos são maiores que as do CGP com linfonodos positivos. As
características das lesões consideradas como fatores de risco para o
comprometimento linfonodal são: profundidade de comprometimento da parede
gástrica, tamanho, tipo histológico, tipo macroscópico e invasão vásculo-linfática.
Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar fatores de risco relacionados ao
comprometimento linfonodal no Câncer Gástrico Precoce nos pacientes operados no
serviço. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo, entre 2005 e 2013, no qual
foram avaliados 15 pacientes submetidos a gastrectomia por CGP, no serviço de
cirurgia do aparelho digestivo da Fundação Monte Tabor Hospital São Rafael. Os
dados clínicos, cirúrgicos e anatomopatológicos foram coletados por meio de fichas
padronizadas preenchidas prospectivamente. Resultados: Oito pacientes (53,3%)
apresentaram lesões localizadas no antro pilórico e 7 (46,6%) na pequena curvatura.
Cinco pacientes (33,3%) tiveram tumores comprometendo a mucosa. Dez
apresentaram comprometimento de submucosa, 5 deles (33,3%) com profundidade
maior que 500 micras (µc) ou igual e 5 (33,3%) menor que 500 µc. Quanto ao
tamanho, 13 lesões (86,7%) eram maiores que 2 centímetros (cm) ou iguais e 2
lesões (13,33%) menores que 2 cm. Considerando o tipo histológico, 9 (60%) eram
do tipo intestinal e 6 (40%) do tipo difuso. Quanto à macroscopia, 8 pacientes
(53,3%) apresentaram lesão ulcerada, 4 (26,7%) lesão levemente deprimida, um
(6,6%) lesão polipoide séssil, um (6,6%) lesão superficialmente elevada e um (6,6%)
lesão mista. Dois pacientes (13,3%) apresentaram invasão vásculo-linfática. A taxa
de linfonodos comprometidos foi de 6,6%, com um linfonodo positivo em tumor
invasor de submucosa (< 500 µc), com 6 centímetros de tamanho, do tipo difuso,
ulcerado e sem invasão vásculo-linfática. Entre as características analisadas,
profundidade do tumor, tamanho, tipo histológico, tipo macroscópico e presença de
invasão vásculo-linfática não obtiveram significância estatística (P > 0,05).
Conclusão: Neste estudo, o índice de comprometimento linfonodal foi abaixo dos
padrões de estudos prévios. Além disso, profundidade da lesão, tamanho, tipo
histológico, tipo macroscópico e presença de invasão vásculo-linfática não se
mostraram estatisticamente significantes quando associados com a ocorrência de
linfonodos acometidos.
Palavras-chave: Câncer Gástrico Precoce. Comprometimento linfonodal. Fatores de
risco.
TEMA: MALFORMAÇÕES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO: PERFIL DE
INTERNAÇÕES, ÓBITOS E INTERVENÇÕES EM CRIANÇAS DO ESTADO DA
BAHIA.
ALUNA: HANNAH BERNARDES FERREIRA DA SILVEIRA
ORIENTADORA: DRA. ZILMA VERÇOSA DE SÁ RIBEIRO
RESUMO
As malformações cardíacas acometem cerca de dez a cada mil nascimentos, e são
decorrentes de fatores ambietais e genéticos. As cardiopatias congênitas podem ser
divididas em acianogênicas e cianogênicas, podem estar relacionadas ao sexo e
apresentar-se isoladas ou associadas a outras malformações congênitas. A
detecção precoce destas malformações congênitas aumentou nos últimos anos, com
o avanço da tecnologia em exames de imagem, o que acarretou também em
aumento dos gastos hospitalares. As cardiopatias congênitas têm grande impacto na
mortalidade de menores de um ano, principalmente aquelas que causam cianose,
sendo a segunda causa de óbito nesta faixa etária no Brasil. A evolução da cirurgia
cardíaca pediátrica permitiu maior sobrevida a estes pacientes com procedimentos
de correção das malformações, e os mais realizados são a correção de
comunicação interventricular, de persistência do canal arterial e de comunicação
interatrial. No entanto, ainda é observada importante mortalidade no período pósoperatório e grande déficit de cirurgias, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
O objetivo do presente estudo foi descrever o perfil de internações e óbitos por
malformações do sistema circulatório, bem como as intervenções realizadas e os
gastos hospitalares. O método utilizado foi a obtenção de dados secundários através
do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS),
registrados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e Sistema
de Informação sobre Mortalidade (SIM), sendo realizado um estudo descritivo
quantitativo, sobre internações, óbitos e procedimentos ocorridos no período de
2000 a 2011, na população de 0 a 14 anos, de acordo com sexo, faixa etária e
malformações congênitas do sistema circulatório apresentados. Foram realizados
cálculos de relação, proporção, coeficiente de mortalidade e letalidade. Os
resultados demonstraram que as internações por malformações congênitas do
sistema circulatório reduziram nos últimos anos. No entanto, os óbitos aumentaram,
e são, com maior frequência, secundários às malformações que constam nas
categorias Q20, Q21, Q24 e Q25 do CID-10. As internações e os procedimentos de
correção refletiram altos gastos hospitalares anuais, que apresentaram tendência
crescente no período estudado, e as cirurgias mais realizadas foram aquelas para
defeitos septais, persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e anastomose
sistêmico-pulmonar. Os procedimentos que mais se relacionaram com o óbito foram
correção de estenose aórtica, correção de hipoplasia do ventrículo esquerdo e
ampliação de via de saída do VD e/ou ramos pulmonares. Foi possível concluir que
o perfil de internações foi de menores de 1 ano, sem relação significativa com o
sexo, e com altos custos hospitalares. O perfil dos óbitos por malformações
congênitas do sistema circulatório foi em crianças de idade inferior a 1 ano, com
predominância do sexo masculino, por cardiopatias cianogênicas e acianogênicas,
com altos custos hospitalares anuais. Os procedimentos com maior letalidade foram
os de correção das cardiopatias cianóticas: correção de hipoplasia do ventrículo
esquerdo, ampliação da via de saída do VD e/ou ramos pulmonares e das
acianogênicas: estenose aórtica, correção total do canal atrioventricular e correção
de interrupção do arco aórtico.
Palavras-chave: Cardiopatia congênita. Internações. Óbitos. Procedimentos. Bahia.
TEMA: PREVALÊNCIA DO ESPASMO DIFUSO DE ESÔFAGO EM UMA
AMOSTRA SELECIONADA DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM CENTRO DE
REFERÊNCIA DA CIDADE DE SALVADOR/BA.
ALUNA: JULIANA LOPES DA CRUZ
ORIENTADORA: DRA. LÍVIA D. DANTAS
RESUMO
Introdução: O Espasmo difuso de esôfago (EDE) apresenta-se como um distúrbio
de motilidade esofágica incomum. As características clínicas e manométricas do
EDE na nossa população são pouco compreendidas. Objetivo: Estimar a
prevalência do diagnóstico de EDE entre os pacientes que realizaram manometria
esofágica no período de 2004-2013 em um centro de referência de Salvador;
caracterizar o perfil clínico, manométrico e epidemiológico dos pacientes desta
amostra selecionada. Metodologia: Achados manométricos e sintomas relatados de
todos os pacientes que realizaram manometria esofágica em um centro de
referência de Salvador encontravam-se armazenados em um banco de dados. Foi
coletado o total de manometrias realizadas entre o período de 2004-2013 neste
centro e selecionado os pacientes que foram diagnosticados com EDE, tendo então,
posteriormente, seus questionários padrão com os respectivos dados manométricos
acessados e analisados. Resultados: Do total de 1920 pacientes, 38 destes
(1,97%) apresentavam diagnóstico manométrico de EDE. O predomínio foi de casos
no sexo feminino (68,4%), com media de idade de 55,21 +/- 13,36. Os achados
manométricos da população avaliada foram os seguintes: média do percentual de
ondas simultâneas (37,94 +/- 14,93%), média da amplitude distal (64,03 +/- 44,46
mmHg) e média de pressão do esfíncter esofágico inferior (25,65+/- 13,03 mmHg).
Um percentual maior de pacientes (78,98%) apresentoupercentual de ondas
simultâneas < 60%. O sintoma disfagia foi predominante (62,60%) entre os
pacientes com percentual de ondas simultâneas ≥ 60%. O sintoma pirose teve
frequência semelhante entre os dois grupos de pacientes com percentual de ondas
simultâneas < 60% e ≥ 60%, com frequência de 66,66% e 62,50% respectivamente.
Os pacientes que apresentaram percentual de ondas simultâneas ≥ 60%não
relataram a presença do sintoma dor torácica. O percentual de pacientes que
apresentaram a frequência de amplitude distal ≤ 50 mmHg foi 39,47%. Conclusão:
Confirma-se a informação prévia que o EDE é uma doença incomum, possivelmente
mais presente no sexo feminino e mais comum na faixa de idade acima dos 50 anos.
Dor torácica e disfagia, apesar de serem os sintomas que mais frequentemente
levam os médicos a indicarem a manometria esofágica, foram menos relatados que
pirose nesta população. O que sugere que DRGE deva ser investigada nos
pacientes portadores de EDE. O relato de disfagia pode indicar um maior
comprometimento da função esofágica. De acordo com os achados do perfil clínico
e manométrco, faz-se necessário mais estudos nacionais que nos permita conhecer
melhor o perfil dos pacientes com EDE no nosso meio e confirmar os achados
encontrados. Bem como, tentar correlacionar o grau do comprometimento motor com
os sintomas clínicos.
Palavras-chave: Espasmo esofágico difuso. Manometria. Transtornos de deglutição
deglutição.
TEMA: EFICÁCIA DO USO DE BLEOMICINA NO TRATAMENTO DE CICATRIZES
QUELOIDEANA E HIPERTRÓFICA: REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNO: LUCAS SANTOS GUIMARÃES
ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO L. B.CRUZ
RESUMO
As cicatrizes hipertróficas e queloideanas são lesões consideradas tumores
benignos fibrosos, decorrentes da resposta cutânea excessiva ao trauma. Suas
implicações provocam desfiguramento do paciente, além de sintomas de impacto
psicológico. Com um aumento na atual demanda de procedimentos cirúrgicos há um
aumento natural da incidência de cicatrizes inestéticas como complicações póscirúrgicas, sendo essencial o desenvolvimento de um tratamento adequado e eficaz
e que traga benefícios concretos ao paciente. Dessa maneira, faz-se necessária a
realização de uma revisão sistemática que analise a acurácia do tratamento com a
bleomicina - uma droga promissora no tratamento de cicatrizes. Objetivos: Analisar
a real eficácia e aplicabilidade da utilização de bleomicina no tratamento de
cicatrizes queloideanas e hipertróficas. Métodos: Foram utilizados os bancos de
dados eletrônicos do Pubmed, Scielo e Lilacs para acesso aos artigos relevantes. A
partir da seleção feita, foram eliminados os artigos devidos, após triagem feita por
análise de título e abstract. Foram utilizados artigos do tipo Ensaio Clínico não
randomizado que apresentam grupo comparativo com aquele submetido à
Bleomicina ou tratado com Bleomicina isoladamente com indivíduos maiores de 14
anos portadores de cicatriz queloidiana e que têm como desfecho clínico a eficácia
da Bleomicina intralesional na redução dos parâmetros clínicos do queloide,
analisada por meio de mensuração métrica da altura da cicatriz e relacionada aos
fotótipos de Fitzspatrick. Resultados: Foram selecionados 03 ensaios clínicos não
randomizados, sendo que um desses estudos o grupo de intervenção recebe, além
da Bleomicina, Triancinolona. Observou-se redução maior naquele estudo com
média de idade maior mas a redução foi mais eficiente- ficou entre 100-75%- no
grupo em que há apenas fototipos III e II de Fitzspatrick. Conclusão: O estudo
mostrou a necessidade da realização de mais ensaios clínicos randomizados com a
utilização da Bleomicina para o tratamento de Quelóides e Cicatrizes Hipertróficas.
Entretanto, a presente revisão sistemática evidenciou, de fato, a Bleomicina como
um droga de eficácia satisfatória na redução dessas lesões.
Palavras-chave: Quelóide. Cicatriz hipertrófica. Tratamento. Bleomicina.
TEMA: INCIDÊNCIA E CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-LABORATORIAIS DOS
CASOS DE HIPERPLASIA SUPRARRENAL CONGÊNITA DIAGNOSTICADOS POR
TRIAGEM NEONATAL NO ESTADO DA BAHIA.
ALUNA: ANNA PAULA BESSA TARARAM
ORIENTADORA: TATIANA REGIA SUZANA AMORIM BOA SORTE
RESUMO
Objetivo: Determinar a incidência da Hiperplasia Suprarrenal Congênita pela
deficiência da 21-hidroxilase (HCSR-D21OH) na população de recém-nascidos do
estado da Bahia através da triagem neonatal, observando as características clínicolaboratoriais dos casos, além da distribuição geográfica das crianças afetadas.
Métodos:Todos os pacientes que deram entrada no Sistema de Referência em
Triagem neonatal no período de 1 Novembro de 2013 à 30 de Junho de 2014 no
estado da Bahia, para a realização dos exames do Programa de Triagem Neonatal,
foram avaliados para a presença de HCSR-D21OH através da coleta de sangue em
papel filtro. As amostras em sangue seco foram processadas utilizando a técnica de
imunofluorimetria automatizada. Os valores de referência utilizados para definição
de caso suspeito de HCSR-D21OH foram níveis de 17-hidroxiprogesterona (17OHP)
> 30,0 ng/mL para recém-nascidos a termo e, em recém-nascidos prematuros, >
60,0 ng/mL. Os casos suspeitos foram reconvocados para segunda dosagem da
17OHP e avaliação clínica. Resultados: Foram triadas 109.984 crianças. A
incidência para a forma clássica da doença foi de 1:9.165 nascidos vivos triados. A
incidência entre os sexos não foi semelhante, sendo no sexo feminino 1: 13.194 e no
sexo masculino 1: 6.968. A forma perdedora de sal teve incidência 5 vezes maior do
que a forma virilizante simples. Foram reconvocadas 52 crianças para 2ª coleta,
aonde 12 casos foram confirmados para a forma clássica da HCSR-21OH, 4
meninas e 8 meninos. Todas as meninas que receberam o diagnóstico da doença
apresentaram virilização ao exame físico, sendo que três delas foram classificadas
como grau 3 na escala Prader e uma como grau 2. Dez casos foram classificados
como afetados pela forma perdedora de sal, aonde registraram-se sete
internamentos ou encaminhamentos de internamento na primeira consulta
decorrentes da desidratação provocada pela doença. A média do nível sérico da
17OHP na 1ª amostra foi 445,3ng/mL (mediana 450,5ng/mL) para os perdedores de
sal, 109ng/mL (mediana 109ng/mL) nos pacientes virilizantes simples e 67,5ng/mL
(mediana 59,8ng/mL) nos pacientes falso-positivos. A média do nível sérico da
testosterona total foi três vezes maior no grupo com a forma perdedora de sal do
que a forma virilizante simples. A média do nível sérico de androstenediona (VR:
<1,6ng/mL) em 10 pacientes foi 7,48ng/mL (0,3-10ng/mL) e da DHEA (VR: 0,27,6ng/mL) nos 12 pacientes foi 3,6ng/mL (1,1-10,6ng/mL). A distribuição geográfica
no estado da Bahia da forma clássica da HCSR-D21OH se deu majoritariamente em
pequenos municípios. Conclusão: A HCSR-D21OH é uma doença com elevada
mortalidade quando não tratada. O programa de triagem neonatal foi eficaz, mesmo
com os problemas de logística enfrentados, no diagnóstico e seguimento dos
pacientes afetados pela HCSR-21OH. A incidência da doença na Bahia foi a mais
elevada do Brasil registrada até o momento.
Palavras-chave: Hiperplasia suprarrenal congênita; 17OHProgesterona; triagem
neonatal; diagnóstico precoce.
TEMA: INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR CÂNCER DE CÓLON NA BAHIA.
ALUNA: BRENDA DE LIMA LEITE
ORIENTADOR: MARCELO FALCÃO DE SANTANA
RESUMO
Introdução: O câncer de cólon pode acometer qualquer indivíduo sem
predominância relevante do sexo e o risco desse tipo de câncer é maior quanto
maior a faixa etária. Acredita-se que o estilo de vida ocidental moderno está mais
relacionado ao câncer de cólon. Esse tipo de câncer é responsável por mais de
570.000 novos casos por ano no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional do
Câncer (2012), no Brasil, é o terceiro tumor mais incidente em homens e também em
mulheres. Objetivo: Descrever o perfil de internações e óbitos por câncer de cólon
na Bahia. Materiais e método: Trata-se de um estudo descritivo na Bahia com
medidas calculadas a partir de dados secundários disponíveis na base de dados do
Datasus do Ministério da Saúde. Analisou-se, no período de 2008 a 2011, número
de internações e óbitos por neoplasia de cólon, por Macrorregião de Saúde, por ano,
sexo, faixa etária, local de residência e população residente no período. Calculou-se
as proporções e o coeficiente de mortalidade. Apresentou-se esses dados em
valores absolutos e proporcionais, através de tabelas e gráficos. Resultados: O
número de internações na Bahia aumentou 11,54%. O sexo feminino apresentou
apenas 1,56% a mais de internações no total do período em relação ao sexo
masculino. As faixas etárias a partir de 40 anos obtiveram aumento na proporção de
internações nesse período. Em relação aos óbitos a Bahia obteve um aumento de
12,5% de 2008 a 2011. O coeficiente de mortalidade do Estado da Bahia apresenta
tendência de aumento no período estudado. O estudo do perfil de câncer de cólon
na Bahia revelou em relação ao número de internações, ao número de óbitos e ao
coeficiente de mortalidade, uma tendência de aumento dos seus índices, o que é
esperado em países em transição econômica, como mostra a literatura. Ainda
confirmamos um maior acometimento na faixa etária entre 50 a 70 anos, sem
predominância relevante do sexo, apesar do número de internações não expressar o
número real de casos. O perfil do câncer de cólon Bahia divergiu em relação à
literatura apenas no fato de ter apresentado mais óbitos por mulheres do que por
homens, devendo ser este dado confirmado com um estudo de incidência.
Palavras-chave: Câncer de cólon. Internações. Óbitos.
TEMA: A FEBRE REUMÁTICA NO BRASIL: CUSTOS PARA O SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE.
ALUNO: RENAN COUTINHO BATISTA
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
Introdução: A Febre Reumática (FR) é uma doença inflamatória do tecido
conjuntivo decorrente de uma resposta autoimune à infecção da orofaringe pelo
estreptococo beta-hemolítico do grupo A, o Streptococcus pyogenes, de Lancefield.
Sua alta prevalência se associa com a falta de acesso aos serviços de saúde e a
não aderência à antibioticoprofilaxia. A evolução dos pacientes com Febre
Reumática Aguda (FRA) para Cardiopatia Reumática Crônica (CRC) é decorrente da
não adesão ao tratamento profilático com Penicilina G Benzatina IM, resultando em
dano progressivo às valvas cardíacas e necessidade de intervenção cirúrgica, o que
acarreta em elevados custos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos:
Descrever os custos para o Sistema Único de Saúde, relacionados ao tratamento da
Febre Reumática no Brasil. Métodos: Coleta de dados secundários do Sistema de
Informação de Saúde do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no
período de janeiro/2008 a dezembro/2013. Resultados e Discussão: As maiores
proporções de internações por FRA e CRC foram encontradas nas regiões Sudeste
(36,7%), Nordeste (31,2%) e Sul (14,9%). Tais proporções se deveram ao maior
acesso aos meios diagnósticos e terapêuticos das regiões Sudeste e Sul, em
contrapartida com o baixo padrão socioeconômico e falta de acesso aos serviços de
saúde na região Nordeste. A média de permanência dos pacientes com CRC (12,5
dias) foi maior do que a média dos pacientes com FRA (6,8 dias). Foi registrada uma
predominância de internações no sexo feminino (54,8%). Foram registrados 4.498
óbitos no período do estudo, sendo a CRC responsável por 85%. O coeficiente de
mortalidade (CM) da FRA e CRC se manteve entre 0,3 e 0,4 no período do estudo.
O custo total gerado pela doença foi de R$ 504.813.647,4, com maiores gastos nas
regiões Sudeste e Nordeste, R$ 212.809.430,7 (42,1%) e R$ 122.667.691,4
(24,2%), respectivamente. O SUS gastou um valor médio de R$ 14.495.272,81 com
trocas valvares mitral e aórtica decorrentes da febre reumática no período do estudo.
Observou-se um aumento da distribuição proporcional dos gastos do SUS com a
FRA e CRC ao longo dos anos do estudo, fato justificado pelo aumento do número
de internações, além de sugerir que a assistência à saúde vem mantendo falhas no
controle da evolução da febre reumática. Conclusão: As regiões Sudeste e
Nordeste obtiveram os maiores gastos com o tratamento da doença reumática
aguda e crônica em comparação com as outras regiões do Brasil. Foi observada
uma tendência crescente das internações e gastos do SUS com FRA e CRC ao
longo dos anos do estudo.
Palavras-chave: Febre Reumática, custos, SUS.
TEMA: CONHECIMENTO DE RESIDENTES EM PEDIATRIA
PROFILAXIA DA FEBRE REUMÁTICA EM SALVADOR – BAHIA.
SOBRE
A
ALUNA: MARIANA MELLO MATTOS SHAW DE ALMEIDA
ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
Introdução: A febre reumática (FR) é uma doença de grande impacto no sistema
único de saúde. Através do conhecimento sobre a FR e sobre a sua profilaxia além
da melhoria dos níveis socioeconômicos da população, diversos países
desenvolvidos conseguiram o pleno controle da doença, no entanto, no Brasil, a FR
ainda é considerada endêmica, e a taxa de aderência a profilaxia é muito baixa. O
controle da fase aguda da doença coloca o pediatra em posição de destaque na
abordagem desses pacientes bem como na profilaxia primária e secundária.
Objetivo: Descrever a percepção e o conhecimento de residentes de Pediatria sobre
a profilaxia da Febre Reumática em Salvador - Bahia. Método: Aplicação de
questionários para residentes em pediatria de Maio/2014 a Julho/2014. Resultados:
O questionário foi respondido por 56 residentes em pediatria, 91,1% era do sexo
feminino, 89,3% encontrava-se na faixa etária de 20 a 30 anos. Dos participantes
42,9% referiu não ter acompanhado casos de FR aguda no último ano, 50% disse
não ter visto casos crônicos da doença no mesmo período, 37,5% acredita que a FR
não é uma doença em declínio. A maioria dos participantes, 71,4% disse ter
conhecimento da diretriz para tratamento e diagnóstico da FR. Apenas 3,6% tem
conhecimento sobre todas as opções terapêuticas para a profilaxia primária, no
entanto, todos os residentes consideraram a penicilina benzatina como opção. Da
população em estudo, 10,7% tem conhecimento sobre todas as opções terapêuticas
para a profilaxia secundária, sendo que 23,2% referiu o tempo de profilaxia correto
em cada caso. Conclusão: O presente estudo identificou que, apesar do perfil
endêmico da doença no Brasil, os residentes entrevistados não têm conhecimento
suficiente sobre o tema, sendo importante considerar a necessidade de ações de
capacitação para esses profissionais.
Palavras-chave: Profilaxia da febre reumática, conhecimento dos pediatras.
TEMA: ANÁLISE DO GASTO PÚBLICO COM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE
NO PERÍODO DE 2005 – 2010.
ALUNA: PATRÍCIA ANDRADE BRITO SANTOS
ORIENTADORA: PROFA. RITA DE CÁSSIA DE CARVALHO
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os sistemas de atenção à saúde são expressão da resposta social
frente às necessidades de saúde das populações, resultantes de seu perfil
demográfico e epidemiológico. A mudança recente de paradigmas com relação às
necessidades dos sistemas de saúde no mundo todo ocasionou uma crise da saúde
que não é restrita ao Brasil, mas que afeta outros países em diferentes proporções.
Em meio a essa conjuntura surge a dúvida se o Sistema Unico de Saúde (SUS)
recebe aporte financeiro suficiente para viabilizar seu funcionamento adequado.
OBJETIVO: O presente objetivo deste estudo foi determinar se o gasto público em
saúde brasileiro é suficiente para assegurar o que a Constituição de 1988 preconiza
para o SUS. METODOS: Estudo descritivo com dados secundários do Sistema de
Informações sobre Orçamentos públicos em Saúde (SIOPS) e agregados em série
temporal de 2005 a 2010. Foram incluídos dados referentes aos gastos em ações e
serviços públicos de saúde, definidos pela quinta e sexta diretrizes da Resolução nº
322/2003 do Conselho Nacional de Saúde, do Brasil como proporção do Produto
Interno Bruto (PIB) e per capita no período de 2005 a 2010. RESULTADOS: O valor
dos gastos com ações e serviços públicos de saúde aumentou ao longo de todos os
anos avaliados. O gasto público per capita com ações e serviços de saúde também
aumentou em todo o período, tendo seu ápice em 2010, com aumento de 73,4% em
relação a 2005. Foi gasto médio anual do governo foi de 3,7% do PIB.
CONCLUSÃO: Os gastos com saúde no país ainda são insuficientes em para
assegurar o que foi preconizado pela Constituição de 1988, com proporção do PIB
gasto em saúde muito inferior à outras propostas de universalização da saúde
praticadas por outros países. Apesar dos enormes avanços conquistados pelo SUS,
ainda há necessidade urgente de investimento na área.
Palavras-chave: Sistema Unico de Saúde. Saúde Pública. Financiamento da
Saúde.
TEMA: IMPACTO AO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO DOS TRANSTORNOS
MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEVIDOS AO USO E ABUSO DE
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS POR
INCAPACIDADE.
ALUNA: ANDREZZA LIMA MURICY
ORIENTADOR: PROF. DR. ESDRAS CABUS MOREIRA
RESUMO
O uso e abuso de substâncias psicoativas é uma problemática de repercussão
nacional e mundial. Considerando o ambiente de trabalho, essa problemática se
manifesta principalmente no absenteísmo, acidentes de trabalho, atrasos, baixa
produtividade, agravos à saúde do trabalhador e seus familiares. Diante disso, a
previdência social assegura os trabalhadores através de uma assistência financeira
no caso de incapacidade para o trabalho. Dessa forma, esse estudo objetivou
analisar o impacto ao sistema previdenciário dos transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso e abuso de substâncias psicoativas na concessão
de benefícios por incapacidade. Os dados foram obtidos através da Base de Dados
Históricos da Previdência Social, AEPS InfoLogo – Anuário Estatístico da
Previdência Social. Para o sistema previdenciário, os transtornos mentais e
comportamentais por substância psicoativa foram responsáveis por R$
171.667.768,00 distribuídos entre os 194.638 benefícios concedidos entre o período
de 2008 a 2012, representando o terceiro maior grupo entre os transtornos mentais
e comportamentais gerais no número de concessões de benefícios (17,5%). Nesse
grupo, o sexo masculino é o principal beneficiário e o auxílio doença é o tipo de
benefício mais concedido. Os transtornos que mais geram incapacidade temporária
por auxílio doença são relacionados ao uso de múltiplas drogas e outras substâncias
psicoativas (F19), relacionados ao álcool (F10) e cocaína (F14). Nesse contexto,
destaca-se a necessidade de não só de maiores estudos como também o
desenvolvimento de políticas e ações em saúde sobre as substâncias psicoativas
considerando a prevalência e seus agravos.
Palavras-chave: Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Previdência
Social; Saúde Mental.
TEMA:
ANÁLISE
COMPARATIVA
DAS
COLECISTECTOMIAS
VIDEOLAPAROSCÓPICAS EM CARÁTER DE URGÊNCIA E ELETIVO.
ALUNO: SAULO JOSÉ OLIVEIRA FELÍCIO
ORIENTADOR: PROF. DR. EDIRIOMAR PEIXOTO MATOS
RESUMO
INTRODUÇÃO: A colecistectomia videolaparoscópica(CL) é o tratamento de escolha
para as doenças das vias biliares, pode ser realizado em caráter de atendimento
eletivo(E) ou urgência(U), o estudo visou abordar esse tema perante o Sistema
Único de Saúde (SUS) brasileiro. OBJETIVO: Comparar a partir dos diagnósticos:
características demográficas, mortalidade, morbidade estimada e custos do
tratamento da CL para os caráteres eletivo e urgência no SUS. MÉTODOS: Análise
das CL, ano 2012 , utilizando o programa de tabulação TABWIN, obtido no
DATASUS; tabelas de diagnósticos principais, diárias dos pacientes, óbitos, diárias
em UTI, gênero, regiões do País, caráter do atendimento, idade e motivo de
saída/permanência no serviço foram descritas em medidas de frequência simples e
relativa. RESULTADOS: Foram realizadas 43.500 cirurgias, 69,66% para caráter
eletivo, gênero feminino 80,83%, cirurgias eletivas 80,3% na região Sul e 62,2%
região Norte. Uso de UTI: K83 E=7%, U=8%; K82 E=1,70%, U=3,8%; K81 E=1,4%,
U=2,55% e K80 E=1,1%, U=1,6%. Com relação aos óbitos: K80 E= 0,03%,
U=0,18%; K81 E=0,04%, U=0,5% K82 E=0,4%, U=0; K83 E=0, U=1,5; faixa etária
entre 35 e 54 anos mais procedimentos nos diagnósticos, maior permanência para
urgência. Idade igual ou superior a 80 anos teve mais óbitos, mais relacionado ao
caráter eletivo; sendo que o diagnóstico K80 teve mais óbitos relacionados à cirurgia
eletiva e K81 mais óbitos relacionados à urgência. O valor por paciente corresponde
na urgência a R$842,10, na eletiva R$ 755,12. CONCLUSÕES: A mortalidade é
crescente nesta ordem: K80, K81, K82 e K83. A urgência possui mais óbitos para
todos os diagnósticos em relação ao caráter eletivo. O sexo masculino possui risco
aumentado para procedimento urgente. Idade igual ou superior a 80 anos têm óbitos
mais relacionados ao caráter eletivo; sendo que K80 teve mais óbitos relacionados à
cirurgia eletiva e K81 mais óbitos relacionados à urgência. Custos na urgência são
maiores, para melhor entendimento dos caráteres de atendimento sugere-se
realização de estudos sobre significado no SUS para internamentos clínicos por
agudizações e operações nas primeiras agudizações.
Palavras-chave: Colecistectomia laparoscópica, Colelitíase, Colecistite.
TEMA: INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA SOBRE A DIMINUIÇÃO DE
DESCARGAS EPILEPTIFORMES E SEU USO COMO TERAPIA ADJUVANTE DA
EPILEPSIA.
ALUNO: YURI FERREIRA FELLONI BORGES
ORIENTADOR: PROF. DR. MÁRCIO RAMOS COUTINHO
RESUMO
Introdução: A musicoterapia é capaz de agir sobre os 3 objetivos principais da
conduta de pacientes com Epilepsia: controlar as crises, evitar efeitos colaterais e
gerar qualidade de vida. Normalmente, o tratamento farmacológico, utilizando
apenas uma medicação, consegue ser efetivo em 80% dos casos. Quando a
monoterapia, contudo, não é suficiente para atingir os objetivos, a combinação de
medicamentos se torna necessária. No entanto, apenas 10 a 15% desses pacientes,
conseguem o controle satisfatório após a adição da nova droga. Recentes
pesquisas mostraram que a música possui efeitos benéficos e pode ser utilizada no
tratamento adjuvante de várias disfunções do sistema nervoso central, incluindo a
Epilepsia. Isso pode ser observado principalmente com a Sonata K.448 de Mozart.
Objetivo: analisar a ação da musicoterapia sobre as descargas epileptiformes no
EEG e discutir a sua efetividade no tratamento adjuvante da Epilepsia como forma
de facilitar o controle das crises, diminuir os efeitos adversos e melhorar a qualidade
de vida. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura utilizando a
base de dados bibliográficos PubMed e foram selecionados nove artigos publicados
até o ano de 2013. Posteriormente, houve avaliação rigor metodológico dos estudos
com um escore. Resultados: A musicoterapia, avaliada a partir de 9 distintos
estudos (3 ensaios clínicos randomizados e 6 ensaios clínicos não randomizados)
que utilizaram a sonata K.448 de Mozart, foi capaz de diminuir as descargas
epileptiformes em uma variação de 28,1 à 84,6% dos pacientes tratados. Inclusive,
em um estudo, 24% ficaram totalmente livres das crises. Esses efeitos foram
independentes do gênero, estado de vigília, QI ou etiologia da Epilepsia. Sua
efetividade foi maior em descargas generalizadas e conforme aumento do tempo de
exposição. Observou-se ainda que a música provoca uma menor diminuição das
descargas epileptiformes occipitais. Com relação à avaliação do rigor metodológico
dos estudos analisados no presente trabalho, foram constatadas algumas
importantes fragilidades: falta de randomização, pequenas amostras, ausência de
cálculo amostral, de estudos duplo-cegos e outras. Discussão: Vários mecanismos
de ação têm sido propostos para tentar explicar o seu efeito sobre o córtex cerebral,
desde alterações endócrinas e organizacionais até modulações do humor, bemestar, ansiedade e sono. Destacam-se as teorias de modulação do SNA, que
ressalta a maior diminuição sobre as descargas epileptiformes generalizadas e a
ressonância dos neurônios envolvidos no sistema, que ressalta a precária ação
sobre as descargas occipitais. Conclusão: A musicoterapia é capaz de diminuir as
descargas epileptiformes identificadas no EEG e pode ser utilizada como terapia
adjuvante. Cautela, no entanto, deve ser empregada, já que a avaliação dos artigos
utilizados no presente trabalho constatou fragilidades no rigor metodológico.
Palavras-chave: Epilepsia. Musicoterapia. Revisão sistemática.
TEMA: TAXA DE INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NAS MACRORREGIÕES
DO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2001 A 2011.
ALUNA: CAROLINE MELLO NUNES GUIMARÃES
ORIENTADORA: DRA. MÁRCIA MACHADO CUNHA
RESUMO
A sífilis nas gestantes, caso não seja adequadamente tratada, acarreta um risco
importante de transmissão para o feto, além de aumentar as chances de
complicações como aborto, morte prematura fetal, baixo peso ao nascer,
prematuridade e morte neonatal. Por ser uma das principais infecções neonatais, a
sífilis congênita é uma doença de notificação compulsória que é usada como um
bom marcador da qualidade da assistência pré-natal. Por sua grande importância na
saúde materno-infantil,em 1993, o Ministério da Saúde do Brasil propôs um Projeto
de Eliminação da Sífilis Congênita, conforme a proposta de erradicação do agravo
nas Américas formulado pela Organização Mundial e Pan-americana de Saúde,
definindo como meta oficial uma incidência menor ou igual a 1 caso/1000 nascidos
vivos. O objetivo deste trabalho é descrever as tendências de variação da incidência
de sífilis congênita nas macrorregiões da Bahia entre os anos 2001 e 2011, bem
como descrever a incidência do agravo de acordo com sexo e faixa etária
acometidos. Trata-se de um estudo descritivo de série temporal realizado a partir da
coleta de dados do SINAN(Sistema de Notificação de Agravos Nacionais) do
sistema DataSUS, e do banco de dados do SINASC(Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos) no período de 2001 a 2011, referentes ao estado da Bahia, Brasil.
Foi observada uma tendência crescente de notificação de casos de sífilis congênita
em todo o estado da Bahia, e das macrorregiões da Bahia individualmente, com
exceção das macrorregiões Leste e Nordeste.Apesar de haver um aumento na
cobertura da assistência pré-natal nos últimos anos, comentou-se sobre a
necessidade de melhoria da qualidade dos serviços prestados à população baiana.
O tratamento da sífilis nas gestantes é de grande importância, pois o atraso no
diagnóstico ou a ausência de tratamento adequado para a gestante e seu parceiro
sexual são responsáveis pelo aumento nas taxas de transmissão vertical do agravo.
Palavras-chave: Sìfilis congênita; qualidade do pré-natal; subnotificação; vigilância
epidemiológica; saúde materno-infantil.
TEMA: CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE A FEBRE
REUMÁTICA.
ALUNA: ALICE SILVA CASÉ
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
INTRODUÇAO:A febre reumática (FR) e a cardiopatia reumática crônica (CRC) são
complicações não supurativas da faringoamidalite causada pelo estreptococo betahemolítico do grupo A, o Estreptococo pyogenes,de Lancefield, e decorrem de
resposta imune tardia a esta infecção em populações geneticamente predispostas. É
uma doença altamente prevalente no país, poisse verifica a falta de adesão às
profilaxias primárias e secundárias. Uma das causas da má adesão ao tratamento é
o despreparo do profissional médico em diagnosticar a doença. Importante verificar
o conhecimento de estudantes de medicina e a abordagem desse tema na escola
médica. MÉTODOS: Aplicação de questionários autoexplicativos a estudantes de
medicina do 5° ano da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, no ano de
2013. Sendo umestudo descritivo com coleta primária de dados.RESULTADOS:A
amostra do estudo é completa por 93 estudantes de medicina ao final do 5° ano, na
faixa etária de 20 a 30 anos. Com relação a ter acompanhado paciente com FR
aguda no último mês, 86% afirma não ter visto nenhum caso e 12,1% viu pelo
menos 1. E ao longo do ano, somente 57,1% afirma ter visto pelo menos 1 caso. No
que se refere à apresentação crônica da doença, 73,1% não viu nenhum caso no
último mês e 57,5% viu pelo menos 1 caso no último ano. Dentre os acadêmicos,
65,5% acreditam que a febre reumática é uma doença em declínio e 34,5% diretriz
para diagnóstico e conduta na Febre Reumática. Com relação à profilaxia primária,
das 4 opções corretas, apenas 3,2% dos estudantes que responderam acertam
todas. Porém, 87,1% marcou a penicilina benzatina como opção terapêutica. Em
caso de alergia à penicilina, apenas 2,7% marcaram as 3 opções corretas de drogas
alternativas. No que se refere à profilaxia secundária, das 4 assertivas, somente
4,5% marcaram as 4. E referente ao tempo de uso da profilaxia secundária, de
acordo com quadro clínico apresentado, 1,4% dos estudantes soube prescrever para
as 4 situações. E quando perguntados sobre a real taxa de anafilaxia à penicilina,
58,6% não acertaram. Foi identificada nos planos de ensino da Escola, a abordagem
da febre reumática em 6 semestres ao longo do curso, porém não é disponível a
todos os estudantes, pois é dependente do rodízio e disponibilidade de casos.
CONCLUSÃO:Os estudantes de medicina do 5° ano da EBMSP não demonstraram
o conhecimento esperado sobre a as profilaxias primárias e secundárias da febre
reumática. A maioria dos estudantes acertou a principal terapêutica (penicilina
benzatina). A abordagem sistemática sobre a febre reumática é pequena nos planos
de ensino da Escola.
Palavras-chave: Febre Reumática, conhecimento, estudantes, medicina.
TEMA: VALIDAÇÃO DA ACURÁCIA PROGNÓSTICA DO ESCORE GRACE EM
PACIENTES MUITO IDOSOS ADMITIDOS COM SÍNDROMES CORONARIANAS
AGUDAS.
ALUNA: LUISA GONDIM DOS SANTOS PEREIRA
ORIENTADOR: PROF. DR. LUÍS CLÁUDIO LEMOS CORREIA
RESUMO
Introdução: O Escore GRACE é o modelo prognóstico de melhor acurácia em
pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA). No entanto, sua validação foi
realizada em coorte com baixa representatividade de indivíduos muito idosos, não
sendo descrita a influência da idade avançada na acurácia do GRACE. Sendo
assim, a aplicabilidade deste escore em indivíduos muito idosos tem sido
questionada. Objetivo: Testar a acurácia do Escore GRACE para a predição de
óbito hospitalar em indivíduos muito idosos admitidos por síndrome coronariana
aguda. Métodos: Foi realizada uma coleta prospectiva, observacional, em uma
Unidade Coronariana Intensiva, durante o período de Agosto de 2011 a Outubro de
2013. Indivíduos consecutivamente internados com dor precordial e critérios
objetivos para o diagnóstico de síndrome coronariana aguda (elevação de
marcadores de necrose miocárdica, alteração isquêmica no ECG ou doença arterial
coronária prévia – definida por infarto agudo do miocárdio prévio relatado ou
documento, ou obstrução  70% observado no cateterismo) foram selecionados.
Indivíduos muito idosos foram definidos pela idade  80 anos. O escore GRACE foi
calculado com base em dados da admissão. O desfecho primariamente avaliado foi
óbito hospitalar. Resultados: Foram estudados 694 indivíduos, 55% masculinos,
Escore GRACE 113  35, 78% SCA sem supradesnível do segmento ST e o
restante infarto com supradesnível do ST. A média de idade foi 66  14 anos, sendo
129 (19%) pacientes muito idosos. A média de idade dos pacientes muito idosos foi
85  4 anos. Na amostra total, o escore GRACE apresentou estatística-C de 0,87
(95% IC = 0,81 – 0,93) na predição de óbito hospitalar, com calibração satisfatória
(Hosmer-Lemeshow 2 = 11,3; P = 0,19). Análise de regressão logística para
predição de óbito não revelou interação entre GRACE e a variável muito idoso (P =
0,87), indicando que esta não modificou a acurácia do escore. A estatística-C do
Escore GRACE em indivíduos muito idosos foi de 0,85 (95% IC = 0,77 – 0,94),
semelhante ao valor de 0,80 (95% IC = 0,69 – 0,91) encontrado em indivíduos mais
jovens. A calibração do escore em muito idosos foi descrita por 2 = 2,7 (P = 0,95),
enquanto os demais pacientes apresentaram 2 = 12,2 (P = 0,14). Conclusão: O
escore GRACE em indivíduos muito idosos é acurado para predição de mortalidade
hospitalar em SCA, semelhante aos indivíduos mais jovens.
Palavras-chave: Escore GRACE. Idosos. Síndromes Coronarianas Agudas.
TEMA: PREVALÊNCIA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA EM PACIENTES
COM DOENÇA CRÔNICA PARENQUIMATOSA DO FÍGADO.
ALUNO: AÉCIO SOUSA GOMES
ORIENTADORA: CONSTANÇA MARGARIDA SAMPAIO CRUZ
CO-ORIENTADORA: JANINE MAGALHÃES GARCIA DE OLIVEIRA
RESUMO
A hemorragia digestiva alta tem papel fundamental na morbimortalidade do paciente
com doença crônica parenquimatosa do fígado (DCPF), constituindo-se como a
maior causa de mortalidade desses pacientes. Objetivo: Descrever a prevalência de
hemorragia digestiva alta (HDA) em pacientes com DCPF. Métodos: Foram
analisados todos os prontuários dos pacientes com DCPF e cirrose hepática
internados no Hospital Santo Antônio no período de janeiro de 2012 até dezembro
de 2012. Coletaram-se dados a respeito da epidemiologia, causas da doença e sua
descompensação, sinais clínicos, presença de varizes esofágicas e histórico de
HDA. Resultados: Foram analisados os prontuários de 91 pacientes, sendo 82
(91,1%) do sexo masculino e 8 (8,9%) do feminino e idade média de 56,3 (13) anos.
Desses pacientes analisados, 16 (17,8%) apresentaram HDA e 17(19,5%) possuíam
um passado de HDA. Além do fato de que 29 (33%) dos internados foram a óbito,
por complicações da doença, não especificamente por conta de hemorragias.
Conclusões: A prevalência de HDA de 16 pacientes (17,8%) é condizente com a
recente diminuição na ocorrência desses eventos. Assim, a prevalência de HDA
encontrada nesse estudo é similar com a descrita na literatura atual. O perfil do
paciente cirrótico dessa população foi masculino com idade superior à 50 anos e
com causa etiológica alcoólica.
Palavras-chave: Hemorragia Gastrointestinal. Cirrose Hepática. Varizes Esofágicas.
Hipertensão Portal.
TEMA: EVENTOS PÓS-DUODENOPANCREATECTOMIAS: DESCRIÇÃO DOS
RESULTADOS E ESTRATIFICAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES RELACIONADAS OU
NÃO AO SÍTIO CIRÚRGICO, SEGUNDO CLAVIEN-DINDO.
ALUNA: CAROLINA ADAN CAVADAS
ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO CÉZAR GALVÃO DO AMARAL
CO-ORIENTADOR: DR. FLÁVIO SILANO NUNES DE MIRANDA
RESUMO
Objetivos: Aplicar a escala de Clavien-Dindo para estratificar, em menores ou
maiores, as complicações pós-operatórias, relacionadas ou não ao sítio cirúrgico,
após a cirurgia de duodenopancreatectomia. Metodologia: Estudo descritivo de
série de casos, das complicações de 61 pacientes submetidos à
duodenopancreatectomia, com coleta de dados secundários de fichas preenchidas
prospectivamente entre os anos de 2005 e 2013, pelo Serviço de Cirurgia do
Aparelho Digestivo do Hospital São Rafael - BA. A escala de Clavien-Dindo foi
utilizada para estratificar as complicações pós-operatórias. Resultados: Dos 61
pacientes, 33 (54,1%) eram do sexo feminino e 28 (45,9%) do masculino. A mediana
da idade foi de 63 anos. 34 pacientes (55,73%) apresentaram complicações
relacionadas ao sítio cirúrgico, sendo 21 (34,42%) menores e 13 (21,31%) maiores.
36 pacientes (59%) apresentaram-nas fora do sítio, sendo 28 (45,9%) menores e 08
(13,11%) maiores. Conclusão: A escala de Clavien-Dindo permitiu estratificar as
complicações do sítio cirúrgico (55,73%) em menores (34,42%) e maiores (21,31%),
incluindo os óbitos, e aquelas não relacionadas ao sítio (59,01%), também em
menores (45,9%) e maiores (13,11%), incluindo os óbitos, fornecendo um dado
qualitativo, mais elaborado, quanto aos riscos do procedimento. Nesta série, a
morbimortalidade foi compatível com a literatura.
TEMA: CORRELAÇÃO ENTRE SOBREVIDA, FATORES PROGNÓSTICOS E
TRATAMENTO DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE MELANOMA EM UMA
CLÍNICA
ONCOLÓGICA
PRIVADA
EM
SALVADOR-BA.
ANÁLISE
RETROSPECTIVA DE 5 ANOS DE SEGUIMENTO.
ALUNO: MATHEUS MEIRA ARAÚJO
ORIENTADORA: VANESSA DYBAL
RESUMO
Introdução: O melanoma representa apenas 4% do total das neoplasias malignas
da pele registrados no Brasil. Entretanto, apesar de ter uma incidência relativamente
baixa, assume grande importância devido ao seu alto potencial metastático e sua
letalidade elevada. Os estadios mais precoces da doença levam a um maior índice
de cura, porém a doença avançada localmente ou metastática tem maiores taxas de
recidiva e de letalidade. Recentemente, novos tratamentos para a doença
metastática vem ampliando as taxas de resposta e de controle a longo prazo.
Objetivos gerais: Descrever as características epidemiológicas e clínicas dos
pacientes com diagnóstico de melanoma em uma clínica oncológica num período de
5 anos. Específicos: Descrever os seguintes aspectos: fatores prognósticos; o tipo
de tratamento empregado; desfechos clínicos e sobrevida. Metodologia: Foi
realizada uma revisão de prontuário médico eletrônico de todos os pacientes com
diagnóstico anatomopatológico de melanoma atendidos na Clínica AMO no período
de 01 de janeiro de 2008 até 29 de agosto de 2013. A AMO é uma instituição
privada focada em pacientes oncológicos e hematológicos em Salvador/Bahia/Brasil.
Resultados: Foram identificados 659 pacientes com melanoma, sendo 150 com
melanoma in situ. A mediana da idade ao diagnóstico dos 242 pacientes da
amostragem final foi de 50,97 anos (1-90). A raça branca foi predominante (74%).
Os sítios primários dos melanomas invasores foram pele (82,6%), acral (7,85%),
uveal (3,3%) e de mucosa (1,65%). A mediana do Breslow foi 1,61mm (0,06; 12);
com 57,8% dos pacientes com estadio clínico I. A pesquisa do linfonodo sentinela foi
realizada em 83,9% dos pacientes com Breslow maior que 1mm; e adjuvância com
interferon realizada em 15,3% dos pacientes. O tempo livre de recidiva em meses foi
39,61 (5;140). Os 49 pacientes com doença metastática receberam quimioterapia,
imunoterapia, bioquimioterapia e terapia alvo; incluindo de 1 a 5 linhas de
tratamento. A sobrevida mediana para pacientes estadio III foi de 153 meses e
estadio IV foi de 17 meses. Conclusão: A maioria dos pacientes atendidos eram do
sexo masculino, cor branca, com acometimento preferencial da pele. Apresentavam
ainda doença localizada e em estadios iniciais, o que contribuiu para que a mediana
de sobrevida não fosse atingida no nosso estudo. A taxa de pesquisa do linfonodo
sentinela foi satisfatória, condizente com as diretrizes internacionais.
Palavras-chave: Melanoma. Epidemiologia. Tratamento. Análise de sobrevida.
TEMA: ESCORE DE PROBABILIDADE DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
OBSTRUTIVA EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE CORONÁRIA
DEVIDO A DOR TORÁCICA.
ALUNO: ANTONIO MAURICIO DOS SANTOS CERQUEIRA JUNIOR
ORIENTADOR: PROF. DR. LUIS CLAUDIO LEMOS CORREIA
RESUMO
Fundamento: Não há modelo probabilístico validado para diagnóstico de doença
coronária (DAC) obstrutiva em indivíduos internados por dor torácica aguda.
Objetivo: Identificar preditores independentes e criar um escore de probabilidade de
DAC obstrutiva para pacientes internados em unidade coronária devido a dor
torácica aguda. Métodos: Entre setembro de 2011 e novembro de 2013, indivíduos
consecutivamente admitidos na Unidade Coronária de nosso Hospital foram
incluídos no estudo. Para definição do desfecho “DAC obstrutiva”, os pacientes
realizaram coronariografia invasiva ou exame funcional (ressonância, cintilografia ou
eco-estresse). DAC obstrutiva foi definida por (1) estenose ≥ 70% na coronariografia
invasiva ou (2) na ausência de coronariografia, pela demonstração de isquemia pelo
menos moderada em exame funcional (ressonância, cintilografia ou eco-estresse).
Em análise univariada, a associação com o desfecho foi testada em 13 variáveis da
história, 14 características da dor torácica, 8 exames bioquímicos, eletrocardiograma
e troponina da admissão. As variáveis associadas ao desfecho no nível de
significância < 0,10 entraram em modelo de regressão logística, que identificou
preditores independentes de doença coronária obstrutiva (P < 0,05). Baseado nos
coeficientes de regressão foi atribuída pontuação específica a cada variável
preditora independente, gerando o escore probabilístico. Este escore foi testado
quando a sua capacidade discriminatória (área abaixo da curva ROC) e calibração
(teste de Hosmer-Lemeshow). Resultados: Foram estudados 370 pacientes, 60 
16 anos, 57% de homens. O desfecho “DAC obstrutiva” foi identificado em 176
pacientes, determinando prevalência de 48% (174 confirmado por coronariografia).
Dos 194 pacientes sem DAC obstrutiva, 73 foram avaliados por coronariografia,
sendo o restante definidos por exame não invasivo ou diagnóstico dominante. Na
análise univariada, 18 variáveis apresentaram associação com DAC obstrutiva (P <
0,10). Na análise de regressão logística, 6 destas variáveis se mostraram preditores
independentes: idade (P = 0,003), sexo masculino (P < 0,001), melhora da dor com
nitrato (P = 0,016), sinais de insuficiência ventricular esquerda na admissão (P =
0,004), eletrocardiograma isquêmico (P < 0,001) e primeira troponina positiva (P <
0,001). Pontuações proporcionais aos coeficientes de regressão foram atribuídas a
cada variável, em ordem ascendente: idade ( = 0,025; 0,05 pontos para cada ano
de vida), melhora da dor com nitrato ( = 0,60; 1 ponto), sexo masculino ( = 1,16; 2
pontos), eletrocardiograma isquêmico ( = 1,10; 2 pontos) e primeira troponina
positiva ( = 1,15; 2 pontos), sinais de insuficiência ventricular esquerda na
admissão ( = 1,55; 3 pontos). O escore apresentou acurácia satisfatória, com área
abaixo da curva ROC de 0,80 (95% IC = 0,75 – 0,84) e calibração representada por
2 de 1,95 (P = 0,98). Conclusão: Foram identificados 6 preditores independentes
de DAC obstrutiva, que permitiram a criação escore probabilístico de excelentes
capacidade discriminatória e calibração.
Palavras-chave: dor torácica, síndrome coronariana aguda, modelo probabilístico.
TEMA: ANÁLISE DE RISCO DE CÂNCER DE MAMA PELO USO DE
BLOQUEADOR DE CANAL DE CÁLCIO EM MULHERES ACIMA DOS 30 ANOS:
REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNO: CIRO DE FRANÇA COIMBRA ROCHA
ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO CRUZ
RESUMO
O câncer de mama representa a principal causa de morte por câncer em mulheres
brasileiras. O cálcio parece ser importante na regulação da apoptose, logo, quando
há o bloqueio da entrada de cálcio nas células, mediado pelos Bloqueadores dos
Canais de Cálcio, poderá inibir esse processo, impossibilitando assim a defesa
natural do corpo contra o crescimento da neoplasia e, consequentemente, servindo
como um promotor de tumores. Objetivo: Analisar estudos que apontem a
correlação existente entre o uso de Bloqueadores de Canal de Cálcio por mulheres
acima dos 30 anos e a insurgência de carcinogênese do tecido mamário.
Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática na base de dados Pubmed, no
período de setembro a novembro de 2013, e foram selecionados artigos que tenham
avaliado o risco do desenvolvimento de câncer de mama após a terapia
medicamentosa com Bloqueadores dos Canais de Cálcio (BCC). As palavras-chaves
utilizadas durante a pesquisa foram: “Câncer de mama and Bloqueadores dos
canais de cálcio”, “Breast cancer and Calcium channel blockers”, “Câncer de mama
and BCC”, “Breast cancer and CCB”. Após avaliação por 2 revisores, com a devida
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 5 artigos no
idioma inglês. Resultados: A presente revisão evidenciou um baixo percentual de
correlação entre o uso de BCC e o câncer de mama em 4 artigos, sendo 3%, 6%,
17% e 19% as porcentagens encontradas. O estudo mais recente, por sua vez,
evidenciou uma possível correlação, com um percentual de 68% entre a exposição
(Uso da medicação) e o desfecho (Câncer de mama). Conclusão: Apesar de
verificarmos uma possível relação de risco entre o uso de BCC e câncer de mama,
existem poucos estudos sobre este tema que é de suma importância. Esse trabalho
evidenciou a necessidade de se realizar mais pesquisas nessa área, avaliando o uso
prolongado desta classe de anti hipertensivo, para que possamos obter conclusões
mais claras e objetivas.
Palavras-chave: Câncer de mama. Bloqueadores dos canais de cálcio. Apoptose.
BCC.
TEMA:
PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO
DOS
ÓBITOS
MOTOCICLÍSTICO EM SALVADOR-BA: SÉRIE TEMPORAL.
POR
ACIDENTE
ALUNA: ANA PAULA LIMA DE QUEIROZ
ORIENTADOR: PROF. DR. BRUNO GIL DE CARVALHO LIMA
RESUMO
Introdução: Óbitos por acidentes motociclísticos são um problema de saúde pública
atual na sociedade brasileira, e essa realidade não é diferente na cidade de
Salvador, Bahia. Nesta, foram evidenciados o aumento progressivo da frota de
motocicletas no decorrer dos anos e a maior acessibilidade da população local a
veículos de duas rodas, o que envolve uma série de questões sociais. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiológico dos indivíduos que foram a óbito por acidentes
motociclísticos em Salvador, Bahia, no período de 2002 a 2011. Método: Utilização
de dados secundários do Sistema de Informações de Mortalidade com seleção de
“causas externas por local de ocorrência”. Como critério de inclusão, foi utilizado o
Grupo CID 10 “Motociclista traumatizado em acidente de transporte” como causa
básica do óbito. Foram utilizadas informações de população do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) como denominadores para coeficientes. As variáveis
analisadas foram sexo, faixa etária, cor, escolaridade, local de ocorrência e relação
com acidente de trabalho. O plano de análise incluiu cálculo das taxas de
mortalidade específicas por sexo e faixa etária e da proporção quanto ao local da
ocorrência, etnia, anos de escolaridade e notificação como acidente ocupacional.
Resultados: Os óbitos foram superiores no sexo masculino e mais significativos
entre indivíduos de 15 a 19 anos de idade, ocorreram mais frequentemente no
hospital, com predomínio de indivíduos pardos e com poucos anos de escolaridade.
A natureza ocupacional dos óbitos foi ignorada em valores próximos a 100%.
Conclusão: É necessária a aplicação de leis de caráter educativo e não apenas
punitivo, assim como campanhas específicas de prevenção. São imprescindíveis a
fiscalização da idade dos motociclistas e o correto preenchimento da declaração de
óbito quanto ao tipo de acidente, além de outras características epidemiológicas,
sem negligenciar o caráter ocupacional do acidente. As vias públicas devem ser
redimensionadas e adaptadas para atender a essa demanda da população.
Integrando essa série de medidas, será possível desenvolver um plano efetivo de
combate a esse tipo de acidente e suas consequências negativas para a sociedade.
Palavras-chave: Acidentes motociclísticos. Motocicletas. Morte violenta.
TEMA: LESÃO RENAL AGUDA SÉPTICA VERSUS NÃO SÉPTICA EM
PACIENTES CRITICAMENTE ENFERMOS: CARACTERÍSTICAS E DESFECHOS
CLÍNICOS.
ALUNA: MARÍLIA GALVÃO CRUZ
ORIENTADORA: CONSTANÇA MARGARIDA SAMPAIO CRUZ
CO-ORIENTADOR: NEY CHRISTIAN AMARAL BOA SORTE
RESUMO
A lesão renal aguda (LRA) compreende um amplo espectro de manifestações
clínicas, variando desde lesões leves até danos graves e irreversíveis. Essa
síndrome têm elevada prevalência e mortalidade entre pacientes internados,
principalmente aqueles criticamente enfermos. Dentre as múltiplas etiologias dessa
afecção, pode-se citar a sepse como um dos principais fatores contribuintes da LRA.
Os pacientes com LRA de origem séptica, contudo, apresentam características
distintas como maior mortalidade e maior permanência hospitalar. Assim, acredita-se
que a LRA séptica tenha um mecanismo fisiopatológico dessemelhante da LRA de
outras origens. Então, o objetivo do presente estudo foi descrever e comparar LRA
de etiologia séptica versus não séptica quanto às suas características clínicodemográficas e escore APACHE II, bem como quanto aos seus desfechos intrahospitalares: necessidade de diálise, recuperação da função renal e óbito. Este
estudo utilizou um banco de dados oriundo de uma coorte de pacientes criticamente
enfermos portadores de LRA. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos e
excluídos aqueles que apresentavam doença renal crônica em estágio avançado,
transplante renal, internação ou morte em um período inferior a 24 horas e dados
incompletos referentes aos desfechos. Presença de sepse e óbito intra-hospitalar
representaram, respectivamente, a exposição e o desfecho principal. Análise de
confundimento foi realizada com a regressão logística. Como resultado, o presente
estudo apresentou que não houve diferenças na média (DP) de idade entre os
grupos com LRA séptica e não séptica [65,30(21,27) x 66,35(12,82); p=0,75]. Nos
dois grupos, similarmente, observou-se predomínio do sexo feminino (57,4% x
52,4%; p=0,49) e afrodescendentes (81,5% x 76,2%; p=0,49). Os pacientes com
sepse apresentaram maiores médias (DP) de escore s APACHE II [21,73(7,26) x
15,75(5,98); p<0,001)] e maiores médias de balanço hídrico (p=0,001). HAS (p=0,01)
e insuficiência cardíaca (p<0,001) também foram mais frequentes entre os pacientes
sépticos. A LRA séptica foi associada à maior necessidade de diálise (p=0,001) e
óbito (p<0,001), no entanto, a recuperação da função renal também foi mais
frequente nesse grupo (p=0,01). Na análise multivariada, sepse (OR:
3,88;IC95%:1,51–10,00) e escores APACHE II > 18,5 (OR:9,77;IC95%:3,73–25,58)
foram associadas ao óbito. O presente estudo concluiu, portanto, que não houve
diferença das características demográficas entre pacientes com LRA séptica e não
séptica. O grupo dos sépticos apresentou características clínicas e escore APACHE
II que sugeriram maior gravidade do quadro. Os pacientes sépticos foram mais
associados aos desfechos intra-hospitalares, tanto recuperação na função renal,
como necessidade de diálise e óbito. A sepse e o escore APACHE II superior à 18,5
foram os preditores independentes de mortalidade intra-hospitalar. As diferenças
entre as características e desfechos clínicos dos pacientes com LRA séptica versus
não séptica apontam para uma possível patogênese distinta e peculiar da etiologia
séptica, sendo necessários mais estudos para confirmar tal hipótese.
Palavras-chave: Lesão Renal Aguda. Sepse. Cuidados Críticos.
TEMA: RESULTADOS DE GASTRECTOMIAS REALIZADAS PARA O
TRATAMENTO DE CÂNCER GÁSTRICO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM
SALVADOR-BAHIA, ENTRE OS ANOS DE 2005 E 2013: SUS X CONVÊNIOS
PARTICULARES.
ALUNA: LORENA BRUNA ALMEIDA DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO CEZAR GALVÃO DO AMARAL
CO-ORIENTADOR: FLÁVIO SILANO NUNES DE MIRANDA
RESUMO
Introdução: Atualmente, a gastrectomia de alta qualidade permanece como o
tratamento mais eficaz para cura da neoplasia gástrica. Seus resultados, porém,
dependem de muitos fatores, como estado fisiológico do paciente no pré-operatório,
experiência da equipe de cirurgia e a qualidade do serviços fornecidos. Objetivos:
Descrever os resultados cirúrgicos de pacientes submetidos a gastrectomias para o
tratamento de câncer gástrico, e comparar estes resultados entre o grupo que teve
os tratamentos financiados pelo SUS e aquele com financiamento por convênios
particulares, bem como analisar os possíveis fatores influenciadores para os
resultados encontrados. Métodos: Estudo observacional, de corte transversal
realizado em 42 pacientes submetidos à gastrectomia para o tratamento de câncer
gástrico, entre os anos 2005 e 2013, no Hospital São Rafael em Salvador-BA. Estes
pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com o tipo de financiamento
dos serviços de saúde (Sistema único de saúde X Convênios particulares), e
posteriormente foram comparados entre eles a idade, hemoglobina pré-operatória,
comorbidades pré-operatórias, estado nutricional pré-operatório, estadiamento do
câncer e complicações intra e pós operatórias. Resultados: Dos 42 pacientes, 27
pertenciam ao grupo do SUS. A média de idade dos pacientes do SUS foi de 56,6
anos, semelhante a dos pacientes de convênios particulares, que foi de 54 anos.
Não houve diferenças estatisticamente significativas nos desfechos analisados entre
os dois grupos, que apresentaram hemoglobina pré-operatoria, grau de nutrição e
comorbidades associadas muito semelhantes. A média de tempo de internação para
os pacientes do SUS foi de 12,0 dias, enquanto que para os pacientes de convênios
particulares foi de 21dias. Não houve complicações intra-operatórias. A taxa de
complicação pós-operatória foi de 42% em relação ao total de pacientes, não
existindo diferenças significativas entre as duas amostras. Conclusão: Nessa
casuística, foi observado que os resultados cirúrgicos dos pacientes do SUS e de
convênios particulares não tiveram diferenças significativas entre si. O fato dos
pacientes possuírem uma média de idade semelhante, não diferirem
significativamente em relação às condições pré-operatórias como frequência de
comorbidades, níveis de hemoglobina, grau de nutrição; além de terem sido
submetidos à técnica cirúrgica de semelhante qualidade de execução e terem
esperado por período semelhante entre o momento do diagnóstico e a realização do
ato operatório, provavelmente são as razões para esses resultados.
Palavras-chave:Câncer gástrico, resultados cirúrgicos, Sistema Único de Saúde,
Convênios Particulares.
TEMA: ESTUDO DAS INTERNAÇÕES POR QUEDAS DA PRÓPRIA ALTURA, EM
IDOSOS, NAS REGIÕES BRASILEIRAS, DE 2008 A 2013.
ALUNO (A): DOMINIQUE KALINNE BAHIENSE DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. DR. ANDRÉ DANTAS ZIMMERMANN
RESUMO
INTRODUÇÃO: A população mundial está envelhecendo e a expectativa de vida
tem aumentado. Em qualquer faixa etária, há risco de ocorrer quedas. Contudo, em
relação aos idosos, tal risco tem grande importância, já que ocorre com maior
frequência e podem resultar em incapacidade, injúria e morte. As quedas
permanecem como a sexta causa de morte em idosos e são responsáveis por 40%
de suas internações. OBJETIVO: Estudar as internações por quedas da própria
altura, em idosos, nas regiões brasileiras, no período de 2008 a 2013.
METODOLOGIA: Pesquisa de abordagem quantitativa e do tipo descritiva. Foram
estudadas as informações de saúde referentes à Morbidade Hospitalar (internações)
por causas externas, no período de 2008 a 2013, utilizando-se dados disponíveis na
base eletrônica do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para
aumentar a precisão dos dados, utilizaram-se as categorias W01, W10, W17 e W18
da codificação pela Classificação Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde (CID-10). Foram estudadas as seguintes variáveis: idade,
sexo e região brasileira. Dados sócio-demográficos foram coletados no sítio do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram utilizados três indicadores para
avaliar o comportamento das quedas da própria altura nos idosos: proporção de
quedas da própria altura, proporção de quedas da própria altura em idosos e taxa de
internamentos por quedas da própria altura em idosos. RESULTADOS: No período
do estudo foram registrados 223.329 internamentos por quedas da própria altura, em
pessoas com 60 ou mais anos, variando de 27.235 em 2008 a 42.830 em 2013,
representando uma média (DP) de 37.229,83 (6.054,454) internamentos/ano, neste
período. Entre 2008 e 2013, observou-se que dentre o total de internamentos por
quedas registrados, um percentual de 47,3% foi devido à queda da própria altura em
idosos. Em todos os anos estudados, a região Sudeste apresentou o maior
coeficiente de internações por quedas da própria altura, em idosos, assim como a
faixa etária acima dos 80 anos e o sexo feminino. CONCLUSÃO: Ressaltam-se as
quedas como uma das principais causas de internações em idosos. Há uma elevada
incidência desse tipo de acidente na população estudada, e suas consequências
podem comprometer significativamente a qualidade de vida de alguns idosos. Por
isso o tema é tão importante, para que medidas efetivas de prevenção sejam
realizadas pelo governo, familiares e cuidadores daqueles que apresentam idade
superior a 60 anos, especialmente acima dos 80 anos, e que estão expostos ao
risco de quedas.
Palavras-chave: Quedas, idosos, internações, sexo, regiões brasileiras.
TEMA: DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CRIMES VIOLENTOS LETAIS
INTENCIONAIS NO MUNICÍPIO DE SALVADOR NO PERÍODO 2009 A 2013.
ALUNO: JAIRO ALVES AZEVEDO
ORIENTADOR: PROF. DR. RAUL COELHO BARRETO FILHO
RESUMO
As causas externas de mortalidade figuram entre as principais causas de óbito no
mundo. O Brasil segue a tendência mundial tendo o homicídio como um dos
propulsores do crescimento da violência urbana. Tal panorama é observado também
no município de Salvador, onde os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI)
ocupam lugar de destaque entre as causas básicas de óbito. Objetivo: Verificar a
distribuição espacial dos óbitos por crimes violentos letais intencionais entre as
Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) do município de Salvador.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, temporal no período de 2009 a
2013, com utilização de dados secundários obtidos no site da Secretaria de
Segurança Pública (SSP) do estado da Bahia. As variáveis do estudo incluíram ano,
mês, natureza do crime e local de ocorrência (AISP). Resultado: Os resultados
obtidos no presente trabalho demonstram que, apesar de as taxas de CVLI em
Salvador serem bastante elevadas apresentando maiores concentrações nas áreas
mais carentes socioeconomicamente (Periperi e Tancredo Neves), houve um
decréscimo nos índices desses crimes ao longo do período estudado. Conclusão: A
violência é um dos maiores problemas da saúde pública deste século. O presente
trabalho aponta para necessidade de atuação mais planejada e voltada para áreas
específicas de maior ocorrência dos CVLI.
Palavras-chave: Crimes. Violência. Segurança.
TEMA: POSITIVIDADE DO EXAME DE PÓLVORA COMBUSTA E
MULTIPLICIDADE DE DISPAROS NO INSTITUTO MÉDICO-LEGAL NINA
RODRIGUES EM SALVADOR – BA.
ALUNA: ANA CAROLINA SANT’ANNA RODRIGUES DA COSTA MOURA COSTA
ORIENTADOR: PROF. DR. BRUNO GIL DE C. LIMA
RESUMO
Introdução: A Segurança Pública tem se tornado assunto dominante na pauta da
sociedade e nas reivindicações aos Governos. Persiste uma tensão entre a
necessidade de investigar ocorrências criminais e reprimir iniciativas violentas,
preservar a integridade física dos cidadãos e a dos próprios agentes de segurança e
respeitar os direitos humanos nas abordagens de populares, suspeitos ou não. Uma
situação em que teoricamente se justifica o emprego de força progressivamente
maior por policiais é a chamada troca de tiros. Objetivo: Avaliar a frequência de
resultado positivo em exame de pólvora combusta em indivíduos que sofreram
múltiplos disparos. Método: Estudo descritivo de todos os exames necroscópicos
realizados pelo Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IMLNR) em 2011 nos quais
foi realizado exame de pólvora combusta. Foi testada a associação entre
positividade do exame de pólvora combusta (como variável proxy da participação em
troca de tiros) e número médio de disparos sofridos pela vítima. Resultados: Dos
laudos médico-legais analisados, 138 correspondem ao número de necropsias
realizadas no Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues no período de janeiro a
dezembro de 2011, com exame de pólvora combusta em punhos. Eram do sexo
masculino 97,8% das vítimas, e 98,5% pardos ou negros. A média de idade foi de
24,86 anos (+/-8,23). Tiveram resultado positivo do exame de pólvora combusta 94
(68,1%) necropsiados, quase igualmente distribuídos entre unilaterais (48) e
bilaterais (46). O número de disparos sofridos variou de 1 a 13, com média de 4,04 e
desvio-padrão de 2,5. A média de disparos sofridos variou pouco segundo
positividade de pólvora combusta, sendo de 4,06 entre positivos e 3,86 entre
negativos, com t de Student de 0,465, p=0,643. Conclusão: O perfil de vítimas de
disparos de arma de fogo em Salvador corresponde àquele já descrito em outras
investigações, com predomínio de homens jovens afrodescendentes. Conclui-se que
não há associação estatisticamente significante entre troca de tiros e número de
disparos de arma de fogo sofridos, mas é possível que tenha havido viés de seleção
porque os peritos médicos legistas só solicitam o exame de pólvora combusta
quando recebem a informação de que houve troca de tiros entre a Polícia e a vítima.
Palavras-chave: stopping power; arma de fogo; pólvora combusta.
TEMA: EFICÁCIA E SEGURANÇA DO EDOXABAN COMPARADO À VARFARINA
NA PREVENÇÃO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PACIENTES COM
FIBRILAÇÃO ATRIAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE.
ALUNO: BRENO BARBOSA CERQUEIRA SACRAMENTO
ORIENTADOR: SÉRGIO LACERDA BARROS DA CRUZ
RESUMO
Objetivo: Pacientes com fibrilação atrial apresentam maior risco para eventos
embólicos e o acidente vascular encefálico apresenta a maior morbimortalidade
entre esses eventos. Para prevenir esses desfechos, utiliza-se anticoagulantes, mas
esses apresentam risco de sangramento. Essa metanálise tem a finalidade de testar
a eficácia e segurança do novo anticoagulante oral, edoxaban, comparando com a
varfarina quanto aos desfechos de acidentes vasculares encefálicos e
sangramentos. Métodos: Quatro ensaios clínicos randomizados foram incluídos
nesse trabalho comparando edoxaban nas doses de 30 mg e 60 mg com varfarina
dose ajustada pelo INR para comparar a incidência de acidente vascular encefálico,
sangramentos maiores e o grupo de sangramentos maiores e sangramentos
clinicamente relevantes não maiores pelos critérios da International Society on
Thrombosis and Haemostasis. RevMan software foi utilizado para realizar a análise
estatística. Resultados: O edoxaban não mostrou diferença frente a varfarina na
prevenção de acidente vascular cerebral, mas apresentou redução nos desfechos de
sangramento maiores para dose de 30 mg (RR = -0.04 [-0.04, -0.03]) e 60 mg (RR =
-0.01 [-0.02, -0.01]). Também mostrou redução do conjunto de sangramentos
maiores ou sangramentos clinicamente relevantes não maiores para as doses de 30
mg e 60 mg (RR = -0.08 [-0.09, -0.07]; RR = -0.03 [-0.04, -0.02], respectivamente).
Comparando as posologias de edoxaban, o uso de 30 mg apresentou maior
incidência de acidente vascular encefálico (RR = 1.27 [1.09, 1.47]), menor incidência
de sangramentos maiores e do grupo de sangramentos maiores e sangramentos
clinicamente relevantes não maiores (RR = 0.61 [0.52, 0.71]; RR = 0.76 [0.71, 0.81],
respectivamente). Conclusão: O uso do edoxaban não apresentou vantagens na
prevenção de acidente vascular encefálico, mas diminui o risco de sangramento
quando comparado a varfarina. Comparando as doses de edoxaban, 30 mg
apresentou menor risco de sangramentos e maior risco de acidente vascular
cerebral que 60 mg.
Palavras-chave: Acidente vascular cerebral. Fibrilação atrial. Edoxaban. Varfarina.
Segurança.
TEMA: PERFIL DOS ABANDONOS AO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NA
BAHIA: UMA ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS.
ALUNO: GUILHERME GONÇALVES SOUSA LIMA
ORIENTADORA: PROFA. DRA. NÉLIA CLÁUDIA NERI ARAÚJO
RESUMO
Introdução: O Brasil está entre os países com as maiores cargas da tuberculose. O
abandono do tratamento é um dos principais desafios no combate à doença, e
possui como consequência o aumento do custo do tratamento, das taxas de
recidiva, da mortalidade; contribui para a manutenção da contaminação, e facilita o
aparecimento de resistência medicamentosa. As taxas de abandono encontram-se
muito acima das consideradas ideais pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Há muito se sabe das relações entre abandono ao tratamento com vários fatores. No
entanto, se carece de informações mais detalhadas que representem o panorama na
Bahia, portanto, é nesse sentido que se evidencia a importância desse estudo.
Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes que abandonam o tratamento da
tuberculose na Bahia. Metodologia: Estudo descritivo de série temporal de 2001 a
2012 através de dados secundários obtidos do Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN). Resultados: Todas as macrorregiões apresentaram
tendência de redução dos abandonos, menos a Leste, a Sul e a Norte, sendo que
esta última apresentou proporcionalmente a maior taxa. A faixa etária de 20 a 34
anos foi a que apresentou a maior média de abandonos, seguido da de 35 a 49.
Verificou-se que o sexo masculino sempre apresentou maior taxa de abandono. Os
pacientes com a 1ª a 4ª série incompleta demonstraram a maior média de
abandonos, seguidos dos analfabetos. Houve ainda, proporcionalmente mais
abandonos entre os pacientes soropositivos. A média de abandonos foi de 7,48%
quando se realizou tratamento supervisionado, e de 10,15% quando se optou pelo
tratamento convencional. Conclusão: A adesão ao tratamento da tuberculose ainda
representa um importante desafio ao controle da doença. Os pacientes com menor
nível educacional, os residentes da macrorregião Leste, os com faixa etária de 20 a
49 anos, os homens, e os coinfectados com o HIV merecem atenção especial dos
programas de controle da tuberculose por serem os indivíduos mais propensos a
abandonarem o tratamento. A estratégia DOTS precisa ser reorganizada para que
seja mais eficiente.
Palavras-chave: Abandono. Tratamento. Tuberculose.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PNEUMONIA EM MENORES DE 4 ANOS
NO ESTADO DA BAHIA.
ALUNA: NATALIA SANTOS PEREIRA
ORIENTADORA: DRA. ISABEL CARMEN FONSECA FREITAS
RESUMO
Introdução: A pneumonia é a principal causa de morte infantil em todo o mundo.
Mais de 2 milhões de crianças menores de 5 anos de idade morrem por pneumonia
a cada ano, e a maioria desses casos ocorre em países em desenvolvimento. No
Brasil, a pneumonia é a principal causa de morte infantil, ultrapassando a
diarreia/desidratação em quase todas as regiões. Muitas dessas crianças morrem
em casa e sem ter a gravidade da doença reconhecida pelo médico. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiológico de morbimortalidade por pneumonia em menores
de 4 anos no estado da Bahia no período de 2008 a 2012 e a tendência temporal da
prevalência e taxa de mortalidade. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo,
com dados obtidos do DATASUS e informações sobre internações e óbitos
analisados no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de (SIH/SUS)
e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS). Foi estudada a variável
de desfecho Pneumonia em crianças menores de 4 anos, entre os anos de 2008 e
2012, tendo como variáveis analisadas prevalência pontual e taxa de mortalidadeno
período por ano, Macrorregião de Saúde, sexo, faixa etária e raça/cor . Resultados:
O número de casos por pneumonia em menores de 4 anos no estado da Bahia
sofreu um decréscimo de 22% no período, passando de 26673 (2008) para 20646
(2012). As taxas de mortalidade, a cada 100000 crianças, apresentaram redução e
posterior aumento entre os anos, tendo menor valor em 2009, com 10,6, e maior
valor em 2010, com 15,8. A faixa etária com maior número de casos foi de 1 a 4
anos, com 19887 (2009) e a faixa etária com as maiores taxas de óbito foi entre os
menores de 1 ano, com total de 42,2 a cada 100.000. Em relação às macrorregiões,
houve maior número de casos na região Sudoeste (24300) e maior taxa de
mortalidade na região Extremo-Sul, com 66,1 para menores de 1 ano e 8,7 para
aqueles entre 1 a 4 anos. O sexo masculino foi o mais afetado, com 86162 casos, e
teve maior taxa de mortalidade entre os menores de 1 ano, com 46,4, a cada
100.000, porém entre 1 a 4 anos a taxa de mortalidade foi maior no sexo feminino,
com 6,1. Conclusão: Os dados desse estudo evidenciam a relação do número de
casos de pneumonia, gravidade e morte, com a faixa etária reduzida dos pacientes,
sendo extremamente importante reforçar a acessibilidade ao sistema de saúde, com
profissionais mais capacitados para o diagnóstico precoce da doença e acesso ao
tratamento, com o objetivo de proporcionar uma melhor assistência às crianças
doentes, visando à diminuição na mortalidade devido a essa causa.
Palavras-chave: Epidemiologia. Pneumonia. Crianças. Óbitos.
TEMA: PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) EM MULHERES INFECTADAS PELO
HIV ACOMPANHADAS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR – BAHIA.
ALUNA: CAMILA DA SILVA CENDON DURAN
ORIENTADORA: ANA GABRIELA ALVARES TRAVASSOS
RESUMO
Introdução: O HPV infecta mulheres em todo o mundo e sua persistência é necessária
para o desenvolvimento do câncer do colo uterino. Mulheres infectadas pelo HIV
apresentam maior taxa de prevalência e persistência da infecção pelo HPV que a
população em geral. O HIV altera a história natural do HPV, gerando taxas de regressão
diminuídas, progressão para lesões de alto grau e câncer cervical. Objetivos: Descrever
o perfil epidemiológico de mulheres infectadas pelo HIV em investigação para o HPV e
identificar a prevalência e os fatores de risco associados à infecção pelo HPV. Métodos:
Estudo descritivo de corte transversal realizado no Centro Estadual Especializado em
Diagnóstico, Assistência e Pesquisa - CEDAP (Salvador-Bahia) no período de setembro
de 2013 a março de 2014. Foram avaliadas 196 mulheres infectadas pelo HIV, atendidas
e acompanhadas neste centro. Excluídas pacientes virgens, histerectomizadas, em uso
de antibióticos há menos de 30 dias ou com complicações obstétricas. Realizado
questionário padronizado contendo variáveis sócio-demográficas, epidemiológicas e
comportamentais. Durante avaliação ginecológica foi coletado material cervico-vaginal
posteriormente submetido à técnica PCR (Cobas HPV Test®), para identificar os tipos de
HPV 16,18,31,33,35,39,45,51,52,56,58,59,66 e 68. Estatística descritiva, teste do quiquadrado e teste t de Student foram utilizados na análise dos fatores associados ao
diagnóstico de HPV. Resultados: A média (DP) de idade das pacientes foi 37.2 anos
(11.0), sendo que 47.5%(93/196) se declararam negra, 42.9%(84/196) solteiras,
42.4%(83/196) possuem ensino médio completo , 66.3%(130/195) declararam renda entre
1-2 salários mínimos, média (DP) de idade de inicio de vida sexual foi de 16.4 anos(3.5),
1ª.gestação, em média (DP), aos 19.8 anos(4.5) e 82.1%(161/196) em uso de
antiretrovirais. Presença de DNA-HPV de alto risco foi encontrada em 34.2%(67/196) das
participantes através do PCR e apenas 5,6% apresentaram citologia alterada, 11,7% zona
de transformação anormal na colposcopia e 10,2% presença de verrugas genitais. Houve
evidência de associação entre diagnóstico da infecção e menor tempo de diagnóstico do
HIV (p=0.002), maior média de parceiros sexuais ao longo da vida (p=0.048), tabagismo
(p=0.025), presença de verrugas genitais (p=0.008) e zona de transformação anormal no
colo uterino (p=0.001) ao exame clínico, não possuir religião definida (p=0.031) e já ter
realizado sexo por dinheiro (p=0.006). Conclusão: A identificação de fatores de risco
associados à infecção pelo HPV em mulheres HIV+ permite desenvolvimento de
estratégias de prevenção e tratamento desta infecção que pode modificar a história
natural deste agravo. Uso da biologia molecular através da técnica PCR aumenta a
sensibilidade do diagnóstico do HPV nesta população.
Palavras-chave: HIV. Papilomavirus Humano. Câncer do colo uterino. Triagem.
TEMA: PERFIL DE MORBIDADE HOSPITALAR DA POPULAÇÃO IDOSA DO
ESTADO DA BAHIA.
ALUNA: LARA GONÇALVES SOUSA LIMA
ORIENTADORA: DRA. MANUELA OLIVEIRA DE CERQUEIRA MAGALHÃES
RESUMO
O aumento do envelhecimento populacional no Brasil e no estado da Bahia exige
estratégias adequadas do sistema público de saúde, tendo em vista as maiores
necessidades de internações hospitalares. Conhecer o perfil de morbidade da
população idosa permite incentivar a prevenção, o cuidado e a atenção integral à
saúde do idoso. O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil de morbidade
hospitalar dos idosos residentes no estado da Bahia, segundo as principais causas
de internamento, o sexo e faixa etária, no período de 2008 a 2013. Estudo descritivo
que caracteriza o perfil de morbidades hospitalares dos idosos cujos dados foram
coletados no banco de dados de Autorizações para Internação Hospitalar do sistema
DATASUS (SIH-SUS). No período estudado ocorreram 1012076 internações
hospitalares de idosos. Os três grupos de doenças com maior número de
internações foram doenças do aparelho circulatório, do aparelho respiratório e
doenças infecciosas e parasitárias. Durante esse período houve um aumento
absoluto de internações de idosos em 23% e maiores taxas de internamento com o
aumento da idade e para a população idosa masculina. Com os dados coletados no
estudo pode-se direcionar uma maior assistência básica para as morbidades mais
prevalentes em número de internações, a fim de promover a melhoria de
envelhecimento saudável.
Palavras-chave: Cuidado. Hospitalar. Idoso. Internações.
TEMA: PERFIL DA MORBIMORTALIDADE POR ASMA NA BAHIA.
ALUNA: MARIA ELIS DE LIMA ARAÚJO
ORIENTADORA: PROFA. DRA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE
RESUMO
Introdução A asma é uma doença inflamatória crônica heterogênea, identificada
clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, tosse, opressão retroesternal e
dispneia, especialmente no início da manhã e à noite. É a condição crônica mais
comum da infância e uma das mais frequentemente encontradas em adultos. O
Brasil é um dos países que mais possui pessoas com asma e a Bahia se encontra
dentre os estados de maior frequência da doença, tornando-se necessário traçar o
perfil epidemiológico dos indivíduos acometidos pela asma. Objetivos Analisar as
internações e óbitos por asma no Estado da Bahia no período de 2002 a 2011.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, utilizando dados secundários e
agregados. Foram utilizados dados de internações e óbitos do Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) e do Sistema de Informações
Hospitalares do SUS (SIH/SUS), além da população residente pelo Censo 2010 do
IBGE. Foi selecionado o número de internações e óbitos no período, por
Macrorregião de Saúde de residência, local de ocorrência do óbito, ano, sexo, e
faixa etária, entre os anos de 2002 a 2011. O critério de inclusão foi asma brônquica
como causa de internação ou como causa de óbito. Resultados Houve redução no
número de internações ao longo dos anos, sendo as macrorregiões Leste e
Extremo-Sul as que apresentaram maior redução. Entre os sexos, o feminino
apresentou os maiores valores percentuais de internações. Na análise das faixas
etárias, os indivíduos de 1 a 4 anos são os que mais internaram por asma, havendo
mudança desse padrão nas macrorregiões Centro-Norte e Oeste, internando mais
indivíduos da PEA (População Economicamente Ativa). A mortalidade vem
oscilando, sendo mais elevada no sexo feminino e em ambos os sexos a tendência
é crescente. Quanto ao local de ocorrência, houve maior proporção de óbitos em
domicílio. Conclusão A asma ainda é uma morbidade de grande importância na
nossa sociedade e mesmo com os avanços já conquistados, ainda se deve ter mais
investimentos no manejo da doença.
Palavras-chave: Asma brônquica, Internações, óbitos.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS EM INDIVÍDUOS COM MAIS DE 50
ANOS NA BAHIA.
ALUNA: FERNANDA ALMEIDA REIS
ORIENTADORA: PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE
RESUMO
Introdução: atualmente há um novo retrato no Brasil para a epidemia da aids,
chamando a atenção para o aumento da taxa de incidência dos casos nos indivíduos
acima de 50 anos. Na Bahia, essas taxas também tendem ao aumento. A introdução
da terapia antirretroviral, a invisibilidade da sexualidade dos adultos mais velhos, o
atraso no diagnóstico e os fármacos que prolongam a vida sexual são explicações
plausíveis que justificam esse aumento. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico
da aids na população com mais de 50 anos de idade na Bahia. Metodologia: tratase de um estudo descritivo de serie temporal com dados agregados e secundários
que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificações/SINAN.
Resultados: analisando-se a distribuição dos casos por ano de notificação o ano de
2013 destacou-se com o maior número de notificações (22,15%), apresentando um
coeficiente de incidência ascendente no período de 2007 a 2012. A maioria dos
casos ocorreu em indivíduos do sexo masculino (65,18%), com faixa etária entre 5060 anos (87,69%), cuja categoria de exposição mais frequente foi heterossexual
(61,23%). Destaca-se que a maioria dos indivíduos no período estudado estava viva
(78,63%) e a letalidade por aids no período de 2007 a 2011 foi ascendente.
Conclusão: o estudo propiciou a caracterização do atual panorama da epidemia em
indivíduos acima de 50 anos no estado da Bahia, confirmando a vulnerabilidade que
existe entre estes indivíduos. Medidas educativas e de prevenção são necessárias
para esta população com o intuito de maior esclarecimento sobre a contaminação do
HIV, além de diluir os preconceitos da sociedade e dos profissionais de saúde para
os riscos de infecção que esta população pode estar sujeita.
Palavras-chave: AIDS. Envelhecimento. Epidemiologia.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM MULHERES GRÁVIDAS NA
BAHIA: UMA ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS.
ALUNA: JAMILLE ANANDA RIBEIRO BARRETO
ORIENTADORA: PROFA. DRA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE
CO-ORIENTADORA: MÁRCIA MARIA PEDREIRA DA SILVEIRA
RESUMO
Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa conhecida cientificamente
desde o século XV. O diagnóstico da sífilis quando ocorre durante a gestação, no
período pós-aborto ou puerpério é considerado sífilis gestacional2. Essa doença,
quando não tratada adequadamente, pode resultar em aborto, prematuridade,
deficiências para a criança e sequelas psicológicas nas mães 1, 3-5. O Nordeste é
segunda região com maior número de casos com uma taxa de 25,7%, sendo a
Bahia o Estado com maior número de notificações 6-9, 20. É fundamental conhecer o
perfil epidemiológico das gestantes com sífilis da Bahia visto que as consequências
dessa doença são graves, porém evitáveis. Objetivo: Descrever o perfil
epidemiológico da sífilis em mulheres grávidas na Bahia, entre os anos de 2007 e
2013. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal com dados
agregados e secundários. Foram utilizados dados do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação/SINAN. Os dados populacionais foram do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística/IBGE. O estudo foi realizado no Estado da Bahia que se
divide em nove macrorregiões: Centro-Norte, Centro-Leste, Extremo-Sul, Leste,
Nordeste, Norte, Oeste, Sudoeste e Sul. As variáveis analisadas foram:
macrorregião de saúde de residência, mês de notificação, faixa etária, escolaridade,
raça/cor, classificação clínica, teste treponêmico e tratamento. Calculou-se as
proporções e a incidência e apresentou-se os resultados por meio dos gráficos e
tabelas. Resultados: O total de casos registrados de sífilis em gestantes na Bahia,
no período estudado foi de 5.081. Entre 2007 a 2013 verificou-se um aumento de
322,58%. O Estado da Bahia apresentou tendência crescente entre os anos de 2007
a 2012, sendo a maior incidência no último ano com 21,22 casos/100.000 mulheres
em idade fértil. O valor de R² encontrado foi 0, 962, β=3,047 e p=0,001. A maior
incidência esteve na faixa etária dos 20 aos 29. A maior proporção de casos de sífilis
em gestantes foi entre as mulheres pardas. As mulheres grávidas com sífilis que
possuíam o ensino fundamental foram em maior proporção (42,47%). A classificação
clínica primária foi predominante (61,92%). O tratamento realizado com penicilina G
benzatina 2.400.000 representou a maior proporção de casos (35,56%). Conclusão:
O estudo presente revelou um aumento exponencial do risco de adoecer
evidenciado pelos elevados coeficientes de incidência de sífilis em mulheres
grávidas no Estado da Bahia. O perfil epidemiológico característico da infecção por
sífilis é de gestantes pardas, entre 20 e 29 anos, com nível fundamental,
classificadas como sífilis primária e tratadas com penicilina G benzatina 2.400.000.
Medidas relativamente simples e eficazes como o tratamento adequado da gestante
e de seu parceiro e a cobertura assistencial completa dessas mulheres podem
reduzir drasticamente a ocorrência de casos. Nesse sentido, ações efetivas devem
ser reforçadas para diagnóstico, tratamento e prevenção da sífilis em gestantes.
Entretanto, essas ações precisam ser adotadas em tempo oportuno para evitar a
ocorrência de novos casos e a manutenção de um problema secular.
Palavras-chave: Gestantes. Sífilis. Epidemiologia.
TEMA: INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVAS ADULTO DE DOIS HOSPITAIS
FILANTRÓPICOS DE SALVADOR-BA EM 2013.
ALUNA: LUISE VILASBOAS SCHETTINI
ORIENTADORA: PROFA. MSC FÁTIMA MARIA NERY FERNANDES
RESUMO
Introdução: A Infecção Hospitalar é considerada uma grave condição de saúde de
âmbito mundial, já que representa uma das principais causas de morbi-mortalidade
entre pacientes hospitalizados, sobretudo nas UTIs em virtude da severidade do
quadro do paciente e realização de procedimentos invasivos, além de ocasionar um
aumento significativo dos gastos relacionados à assistência à saúde. Objetivo:
Analisar as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) na UTI adulto de
dois hospitais filantrópicos de Salvador-BA em 2013. Metodologia: Trata-se de um
estudo epidemiológico de caráter descritivo, realizado nas UTIs adulto de dois
hospitais filantrópicos de Salvador-BA, com os pacientes que desenvolveram IRAS.
Os dados foram coletados de fonte secundária, adquiridos na Diretoria de Vigilância
Sanitária e Ambiental-DIVISA, através do banco de dados do Núcleo Estadual de
Controle de Infecção Hospitalar (NECIH). Resultados: As densidades de incidência
de IRAS nas UTIs foram: 13,2‰ no Hospital 1 e 6,6‰ e 9,7‰ pacientes-dia na UTI
1 e 2, do Hospital 2. O trato respiratório inferior foi o principal sítio de infecção tanto
no Hospital 1, quanto na UTI 1 do Hospital 2, representados por 42,3% e 44,8%,
respectivamente. Porém, na UTI 2 do Hospital 2 o trato urinário e a corrente
sanguínea foram os principais sítios acometidos, representados por 34,78% em
ambos. As densidades de incidência de Infecção Primária de Corrente Sanguínea
Laboratorial (IPCSL) foram maiores nas três UTIs em comparação com a Infecção
Primária de Corrente Sanguínea Clínica (IPCSC), sendo representadas por 4,7‰
CVC-dia no Hospital 1 e 2‰ CVC-dia na UTI 1 do Hospital 2. Já na UTI 2 do
Hospital 2, esse índice foi de 5,6‰ CVC-dia. As densidades de incidência de
Infecção do Trato Urinário (ITU) associado à Sonda Vesical de Demora (SVD) foram:
2,9‰ SVD-dia no Hospital 1 e 2,5‰ SVD-dia na UTI 1 do Hospital 2. Já na UTI 2 do
Hospital 2, esse índice foi de 4,3‰ SVD-dia. As densidades de incidência de
Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) foram: 8,9‰ VM-dia no Hospital
1 e 2,7‰ e 4,3‰ VM-dia na UTI 1 e UTI 2 do Hospital 2 respectivamente. A
letalidade foi: 20,6% e 8% no Hospital 1 e na UTI2 do Hospital 2, respectivamente.
Na UTI 1 do Hospital 2 não houve óbito no período. Conclusão: O estudo
demonstrou que os indicadores de IRAS nos hospitais analisados foram inferiores
aos encontrados na literatura. Isto mostra que essas instituições, possivelmente,
vêm instituindo estratégias e iniciativas no controle e prevenção das infecções.
Palavras-chave: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Unidade de
Terapia Intensiva; Incidência.
TEMA: INFLUÊNCIA DA IDADE NAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E RESPOSTA
IMUNE DA LEISHMANIOSE CUTÂNEA.
ALUNA: JULIANA LAÍS SOUZA BARBOSA
ORIENTADOR: EDGAR M. CARVALHO
RESUMO
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) permanece endêmica em diversas
regiões brasileiras. A forma cutânea localizada corresponde a 90 a 95% dos casos
de LTA e é a principal forma clínica encontrada no distrito de Corte de Pedra/Ba.
Participam da patogênese da LTA fatores relacionados ao parasito, hospedeiro e
vetor, sendo o principal mecanismo de defesa contra a leishmania a destruição dos
parasitos por macrófagos depois da ativação por IFN-γ. No entanto, apesar da
imunossenescência ser conhecida, pouco se sabe a respeito da relação da idade
com a apresentação clínica da doença e com a resposta ao tratamento. O presente
estudo tem por objetivo comparar as manifestações clínicas, resposta imune e
resposta ao tratamento entre jovens e idosos. Participaram do estudo dezenove
pacientes de ambos os sexos sendo seis com idade entre 20 e 40 anos e treze com
idade entre 60 e 80 anos com diagnóstico de leishmaniose tegumentar cutânea no
Posto de Saúde de Corte de Pedra. Trata-se de um estudo misto com um
componente longitudinal no qual foram comparadas as manifestações clínicas e
resposta terapêutica e um estudo de corte transversal comparando a resposta imune
nos dois grupos. Os pacientes foram tratados com glucantime (Rhodia) na dose de
20mg/Kg/peso por via endovenosa com infusões as 2ª, 4ª e 6ª feiras. Foram
avaliadas presença e tamanho de linfonodo, tipo, tamanho e localização das lesões,
frequência de pacientes curados após 90 dias do início do tratamento e o tempo de
cura. A resposta imune foi avaliada através da determinação da produção de
citocinas. Considerando as peculiaridades da leishmaniose tegumentar na
população idosa, foi observado que os pacientes idosos têm mais frequentemente
história pregressa de leishmaniose, redução na frequência e no tamanho da
linfadenopatia, redução na produção de IFN-y e aumento na produção de IL-10.
Essas alterações podem modificar a apresentação clínica da leishmaniose na
população idosa, assim como diminuir a resposta terapêutica.
Palavras-chave: Leishmaniose Tegumentar; Leishmaniose Cutânea; Idoso; L.
Braziliensis; Citocinas.
TEMA: LESÃO RENAL AGUDA EM PACIENTES EM USO DE INIBIDOR DA
ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA PARA TRATAR INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA DESCOMPENSADA.
ALUNA: YASMIN LARYSSA MOURA GUIMARÃES
ORIENTADORA: PROFA. CONSTANÇA MARGARIDA SAMPAIO CRUZ
RESUMO
INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Esse estudo procurou descrever a incidência de
Lesão Renal Aguda (LRA) em pacientes com IC descompensada pós uso de
Iinibidor da Enzima de Conversão do Angiotensina (IECA) e o perfil clínicoepidemiológico desses pacientes. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte
retrospectiva. Foram incluídos no estudo pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC)
classe IV segundo critérios do New York Heart Association (NYHA) descompensada
admitidos nas enfermarias de Clínica Médica de um Hospital geral, no período de
01/03/2011 a 30/10/2012. Foram excluídos pacientes com Doença Renal Crônica
estágios III, IV, V e com dados incompletos em relação a creatinina sérica. A LRA foi
definida de acordo com o critério RIFLE. Análise da Curva ROC foi utilizada para
definir o ponto de corte das doses de furosemida e captopril preditoras de LRA.
Análise de regressão logística multivariada foi realizada para encontrar preditores de
LRA. RESULTADOS: Dos 100 pacientes estudados, a maioria era do sexo
masculino, de etnia afrodescendente e apresentavam como etiologia da Insuficiência
Cardíaca Miocardiopatia chagásica crônica. A incidência de Lesão Renal Aguda
observada foi de 37%.O sexo feminino, a presença de HAS prévia e maiores valores
médios basais de PAS e PAD e maiores valores médios de idade foram associados
à ocorrência de LRA na análise bivariada. A Área under the ROC Curve( AuROC)
para uso de IECA foi 0,70 com p=0,001 e o ponto de corte de 43,75. Já a AuROC
para o Lasix foi de 0,70 com p=0,001e ponto de corte de 70. Enquanto a Curva ROC
da queda da PAS, obtendo-se a AuROC de 0,84 com p<0,001 e ponto de corte de
14,5.. Na análise multivariada, doses médias maiores de IECA e de furosemida, bem
como queda de PAS maiores que 15mmHg, foram associadas à ocorrência posterior
de lesão renal. CONCLUSÃO: pode-se concluir que 37% dos pacientes
desenvolveram Lesão Renal Aguda com o uso de Inibidor da Enzima Conversora de
Angiotensina. Foi observado que doses mais elevadas de IECA e furosemida, bem
como a queda da Pressão Arterial Sistólica maior ou igual a 15 mmHg estão mais
associadas ao desenvolvimento de LRA.
Palavras-chave: Lesão renal aguda; Insuficiência cardíaca congestiva; cretinina;
IECA; Furosemida.
TEMA: INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA PARA USUÁRIO DE CRACK NA MÍDIA:
UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA OU SAÚDE PÚBLICA?
ALUNO (A): LIV ANE ANJOS ARANHA
ORIENTADORA: MÔNICA RAMOS DALTRO
RESUMO
OBJETIVO: Esse trabalho propõe analisar o conteúdo das reportagens acerca das
Internações Compulsórias dos Usuários de Crack em revista de grande circulação
nacional, com o intuito de conhecer o posicionamento da mídia brasileira diante
dessa política pública em Saúde Mental e com isso discutir seus efeitos na
compreensão dessa prática para a sociedade brasileira. METODOLOGIA: Trata-se
de um estudo qualitativo envolvendo análise do conteúdo de reportagens de uma
revista impressa, publicadas nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014, que abordem,
direta ou indiretamente, o tema Internação Compulsória dos Usuários de Crack e/ou
tratamento psiquiátrico do vício em drogas ilícitas, com destaque para o crack. Para
isso, foram construídos o corpus dos textos, através da criação de códigos de
unidades de textos e utilizando método quantitativo e qualitativo. RESULTADOS:
Um percentual de 85,7 % de entrevistas foi excluído do material central da pesquisa,
mas chama atenção o volume de notícias referidas ao tráfico de drogas. Houve
número superior de publicações, tanto excluídas quanto inclusas, principalmente nos
anos de 2011 e 2012. Também, foi identificada a ausência de reportagens viáveis
para a pesquisa nos períodos de 2013 e de janeiro a 06 de agosto de 2014. Na
análise dos corpus dos textos das publicações, foi identificado: repetição de fontes
informativas e ilustrativas; que cerca de 56% mostrou o usuário de como violento e
criminoso, ao mesmo tempo que o tratou como marginalizado ou portador de doença
mental e colocam os usuários numa posição de excluídos e marginalizados; e que
apenas 3 publicações fizeram menção à Internação Compulsória. CONCLUSÃO:
Observou-se que a revista ocupa-se em reproduzir o senso comum, fundamentada
numa lógica que distância a percepção do leitor da relação entre usuário de crack e
saúde pública ou mental. Assim, percebeu-se que o conteúdo da revista se encontra
em uma posição favorável às ações policiais e à criminalização do usuário de
drogas. Observa-se também uma abordagem de natureza sensacionalista,
especialmente quanto às omissões com relação às contradições nas aplicações das
Leis Antidrogas e da Internação Compulsória. Houve um aumento da visibilidade dos
centros de consumo de drogas, de modo que esse aumento de visibilidade decorreu
não somente de ações governamentais tardias e ineficientes dentro das Políticas de
Saúde Mental, mas sim devido à necessidade de adequação dessa realidade aos
moldes capitalistas sociais, políticos e de urbanização. O consumo de crack no
Brasil é tratado numa visão predominantemente jurídica e criminal em detrimento da
ótica de um problema de saúde decorrente do processo social dentro do sistema
vigente.
Palavras-chave: crack; cocaína; internação compulsória.
TEMA: PREDITORES DE MORTALIDADE EM PACIENTES INTERNADOS COM
DOENÇA CRÔNICA PARENQUIMATOSA DO FÍGADO.
ALUNO: LUCAS BRANDÃO ARAUJO DA SILVA
ORIENTADORA: CONSTANÇA MARGARIDA SAMPAIO CRUZ
CO-ORIENTADORA: JANINE MAGALHÃES OLIVEIRA
RESUMO
Introdução: A cirrose hepática é uma condição clínica que apresenta altas taxas de
mortalidade. Durante o internamento, os eventos hospitalares mais frequentes
associados com o desfecho óbito são: infecções, hemorragia digestiva,
encefalopatia e lesão renal aguda.Objetivo:Identificar as variáveis preditoras de
mortalidade hospitalar nos pacientes cirróticos.Metodologia: Estudo retrospectivo
baseado em dados disponíveis em prontuários médicos, no qual foi realizadaanálise
univariada e a seguir multivariada(regressão logística) para identificar os preditores
de mortalidade hospitalar em uma amostra de 90 pacientes internados com doença
crônica parenquimatosa do fígado.Resultados:As variáveis preditoras de
mortalidade nos pacientes da amostra através da regressão logística multivariada
foram:ITR
nosocomial
(OR:
37.332/IC95%:4.501-309.607/p=0.001),
LRA
(OR:12.348/IC95%:2.882-52.912/p=0.001)
e
PBE
(OR:7.994/IC95%:1.85834.390/p<0.005).Conclusão:É de extrema relevância conhecer as variáveis
preditoras independentes de mortalidade nos pacientes internados com cirrose, para
que os profissionais de saúde atuem na prevenção dessas complicações e
consequentemente aumentando a sobrevida dos doentes.
Palavras-chave: Cirrose hepática. Mortalidade hospitalar.
TEMA: PERFIL DOS PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
(AVE) ATENDIDOS NO SETOR DE NEUROLOGIA DO AMBULATÓRIO DOCENTE
ASSISTENCIAL DE BROTAS (ADAB), SALVADOR-BA.
ALUNO: ALLAN FRANÇA ALVES DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. ME. FREDERICO LUIZ DA SILVA FIGUERÔA
RESUMO
OBJETIVO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é segunda principal causa de
morte no Brasil e a primeira no mundo, constituindo uma das principais doenças
crônicas, sendo responsável por um elevado número de internações, causando
deficiências na maioria dos pacientes acometidos. A finalidade desse estudo é
identificar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes acometidos por um AVE
atendidos no Ambulatório Docente Assistencial de Brotas (ADAB), Salvador-BA.
MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva e retrospectiva. Foram colhidas as
variáveis: o tipo do AVE, a faixa etária, sexo, medicamentos em uso e a presença
dos seguintes fatores de riscos: tabagismo, etilismo, histórico familiar de AVE,
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), diabetes mellitus, dislipidemia e fibrilação
atrial. RESULTADOS: Através da revisão de 326 prontuários que correspondem aos
pacientes atendidos no ambulatório de neurologia do ADAB no ano de 2013, foi
possível identificar 53 casos de pacientes acometidos por AVE. Entre eles, 42
(79,24%) haviam sido acometidos por AVE isquêmico e 11 (20,75%) por AVE
hemorrágico. ; 58,49% (n 31) do sexo masculino, 41,5% (n 22) feminino; média de
idade: 59,7 anos, mediana da idade: 60 anos, moda da idade: 54 anos, e desvio
padrão: 11,8 anos. Quanto aos fatores de risco, 20,7% (n 11) possuem histórico
familiar de AVE, porém 33,9% (n 18) não possuíam essa informação em seus
prontuários; 83,3% (n 45) são hipertensos; 28,3% (n 15) possuem Diabetes mellitus;
52,8% (n 28) são dislipidêmicos; 20,7% (n 11) são tabagistas ou ex-tabagistas e
apresentam uma média de carga tabágica de 24,1 anos/maços; 20,7% são etilistas
(n 11); apenas 3,7% (n 2) apresentava Fibrilação Atrial (FA) e 15,1% (n 8)
apresentavam outras cardiopatias. Os medicamentos em uso mais prevalentes
foram: anti-hipertensivos 83,3%, antiagregante plaquetário (Ácido Acetilsalicílico AAS) 61,1% e antiepilepticos 33,3%. CONCLUSÃO: A HAS configurou-se como o
principal fator de risco. Portanto, um maior controle dos níveis pressóricos, como
prevenção primária, deve contribuir para a redução das taxas de mortalidade por
AVE.
Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico. Epidemiologia. Fatores de risco.
TEMA: PREVALÊNCIA DE LESÃO RENAL AGUDA EM PACIENTES
PORTADORES DE DOENÇA CRÔNICA PARENQUIMATOSA DO FÍGADO EM UM
HOSPITAL FILANTRÓPICO DE SALVADOR – BA.
ALUNO: PHILIPPE IGLÉSIAS FRÓES SILVA
ORIENTADORA: CONSTANÇA MARGARIDA SAMPAIO CRUZ
CO-ORIENTADORA: JANINE MAGALHÃES
RESUMO
No Brasil, a cirrose e outras doenças crônicas do fígado são a quinta principal causa
de morte entre adultos de 20 a 59 anos. A doença, em geral, cursa com inúmeras
complicações, sendo a lesão renal aguda (LRA) uma das complicações mais
ameaçadoras. A LRA é uma complicação muito frequente na cirrose avançada, e
está associada a uma alta taxa de mortalidade (67%). Ocorre em aproximadamente
19 a 20% dos pacientes e está fortemente relacionada ao manejo desses pacientes.
OBJETIVO: Descrever a prevalência de lesão renal aguda em um grupo de
pacientes internados em um hospital geral de Salvador-BA. METODOLOGIA: Tratase de um estudo descritivo retrospectivo, baseado em dados disponíveis em
prontuários médicos. Os prontuários foram selecionados através dos CID 10 K70.3,
K71.7 e K74, do período de 01 de Janeiro de 2012 até 31 de Dezembro de 2012.
Foram excluídos do estudo pacientes classificados como perda da função renal e
estágio final de doença renal, de acordo com a classificação de RIFLE. Os dados
foram coletados através de um questionário estruturado e foi construído um banco
de dados no Excell para Windows®. O diagnóstico de lesão renal aguda foi feito em
pacientes classificados como risco, injúria e falha de acordo com a classificação de
RIFLE. As variáveis analisadas incluíram: a creatinina sérica, a idade, o gênero, a
etnia e dados demográficos acerca da população estudada, causa da hepatopatia,
causa da descompensação, uso de diuréticos, além de outros dados laboratoriais.
RESULTADOS: Foram analisados os dados de 84 pacientes com média de idade
de 57±13 anos, com predominância do gênero masculino (90,5%) e tempo médio de
internação de 25±16 dias. Desses pacientes, 25 desenvolveram LRA no
internamento (29,8%). Com relação aos óbitos, dos 25 pacientes com LRA, 17
(68%) evoluíram a óbito. A maioria dos pacientes tinha doença alcoólica do fígado
como causa da cirrose hepática, e ascite refratária foi a principal causa de
descompensação da cirrose (22,8%). CONCLUSÃO: A prevalência de LRA é de
29,8% no referido hospital, não condizente com o que é encontrado descrito na
literatura. LRA é um importante problema de saúde e merece grande atenção nesse
grupo de pacientes, já que é bastante prevalente, e está relacionada a uma alta taxa
de mortalidade.
Palavras-chave: Cirrose hepática. Lesão renal aguda. Classificação de RIFLE.
TEMA: PREVALÊNCIA DE PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA EM
PACIENTES COM DOENÇA CRÔNICA PARENQUIMATOSA DO FÍGADO EM
HOSPITAL DE NÍVEL TERCIÁRIO EM SALVADOR – BA
ALUNO: RAMON DE ASSIS SILVA
ORIENTADORA: PROF. JANINE MAGALHÃES
RESUMO
Introdução: A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma complicação frequente
que se estabelece em pacientes com cirrose na vigência de líquido ascítico,
determinando péssimo prognóstico, a curto e longo prazo. Objetivo: O presente
estudo teve como objetivo primário avaliar a prevalência da PBE no nosso meio,
tendo como base um hospital de nível terciário da capital baiana. Metodologia:
Foram avaliados 91 prontuários de internações de pacientes com cirrose hepática,
sem obrigatoriedade da presença de ascite, sendo registrados 74 pacientes com
ascite e 25 pacientes com PBE, obedecendo aos critérios diagnósticos de contagem
igual ou superior a 250 polimorfonucleares (PMN) no líquido ascítico (LA) [5] [6] [17].
Resultados: A prevalência desta infecção foi de 27,7% do total de pacientes
internados com doença crônica parenquimatosa do fígado e a taxa de mortalidade
quando analisados exclusivamente os indivíduos que apresentaram PBE, foi de
45,2%. Conclusão: A PBE é uma complicação frequente e grave em pacientes com
doença crônica do fígado, estando o paciente muitas vezes assintomático e quando,
na presença de sintomas, os mesmos são quase sempre inespecíficos, devendo-se
a PBE ser sempre suspeitada na presença de um paciente com cirrose e ascite,
tendo em vista que ainda apresenta elevada taxa de mortalidade e reduzida
sobrevida.
Palavras-chave: Peritonite Bacteriana Espontânea, ascite, PBE, infecção, cirrose.
TEMA: CONTRIBUIÇÃO À CARTOGRAFIA DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA
CRIANÇA EM FEIRA DE SANTANA – BAHIA.
ALUNA: NATÁLIA LOPES LEAL
ORIENTADORA: DRA. HERMILA T. VILAR GUEDES
RESUMO
Objetivos: Conhecer as atuais condições de assistência à saúde da criança de zero
a cinco anos, pelo SUS, no município de Feira de Santana. Identificar o quantitativo
de unidades de saúde que atendem a população nessa faixa etária, classificando
por nível de atenção. Identificar as categorias de profissionais que prestam
assistência a menores de um ano nas unidades básicas de saúde em Feira de
Santana e ainda conhecer o quantitativo de pediatras que atendem nas unidades
SUS , nesse município. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com
características de inquérito informativo, que utilizou análise qualitativa e quantitativa.
Resultados: Feira de Santana conta com o único hospital regional específico para
crianças, no estado da Bahia – o Hospital Estadual da Criança (HEC), que há um
ano, foi ratificado como sendo terciário. Ainda conta com 15 Unidades Básicas de
Saúde (UBS), nas quais o atendimento, na maioria das vezes, é feito por
enfermeiros , e apenas alguns dias é feito por médico pediátra. Quanto ao
atendimento dos RNs na sala de parto, há pediatras, enfermeiros e obstetras
fazendo este papel. Conclusão: Apesar de Feira de Santana ser considerada polo
de microrregião,conta com uma infraestrutura subdimensionada para atender sua
população, incluindo aí os leitos específicos para a faixa etária pediátrica, a qual
apesar do potencial do HEC, ainda tem o quantitativo de leitos muito inferior ao
necessário.
Palavras-chave: Saúde da criança. Assistência pediátrica. Atenção à saúde.
Criança. Pediatria.
TEMA: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A CIRURGIA ABERTA E
ENDOVASCULAR NO TRATAMENTO DE ANEURISMAS DE AORTA ABDOMINAL
NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.
ALUNO (A): WILLER GONÇALVES DOURADO SANTOS
ORIENTADOR: RONALD JOSÉ RIBEIRO FIDELIS
RESUMO
Introdução: Os aneurismas de aorta abdominal (AAA) são os mais frequentes
dentre os aneurismas tratados na cirurgia vascular. São em sua maioria
assintomáticos, sendo as manifestações clinicas presentes principalmente na
iminência de ruptura. Por muitos anos a técnica convencional foi o único tratamento
cirúrgico disponível. A cirurgia endovascular veio para tornar o tratamento menos
invasivo e com menor morbimortalidade. Objetivo: Comparar a mortalidade e o
custo hospitalar médio entre tratamento convencional e endovascular no Aneurisma
de Aorta Abdominal. Métodos: Pesquisa quantitativa, descritiva, exploratória e
inferencial. Os dados foram colhidos no site do DATASUS, no período de 2013.
Foram selecionados AAA rotos e não rotos, de caráter eletivo e urgência, nas
variáveis gênero, idade, região, óbito e valor total. Resultados: Dos 1088
procedimentos realizados, 351 foram de cirurgia convencional, e 737 endovascular.
Dentre os AAA não rotos, de caráter eletivo, houveram 15 óbitos [114(13,1%)] na
cirurgia aberta, e 4 óbitos [271(1,5%)] na endovscualar. Em aneurismas rotos de
urgência a mortalidade foi de 50% (49/98) na técnica convencional, e 11,8%
(13/111) na endovascular. O valor total médio foi de R$5.445,87, contra
R$25.766,95, na técnica endovascular. Conclusão: O tratamento endovascular do
AAA apesar de 5 vezes mais caro, apresenta mortalidade 6 a 10 vezes menor que o
tratamento cirúrgico aberto.
Palavras-chaves: aneurisma da aorta abdominal, cirurgia, prótese vascular,
enxertos.
TEMA: PRINCIPAIS CAUSAS IMEDIATAS DE ÓBITOS EM PACIENTES COM
AIDS, ESTADO DA BAHIA, 2008-2012.
ALUNO: ALESSANDRO SIMAS BOEIRA
ORIENTADOR: JUAREZ PEREIRA DIAS
RESUMO
Introdução:A HIV/Aids, causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), se
constitui em uma das mais importantes e severas doenças do mundo moderno, no
final de 2011, segundo estimativas da OMS e Programa Conjunto das Nações
Unidas sobre HIV/AIDS, 34 milhões de pessoas viviam com o HIV e cerca de 2,5
milhões foram infectadas e 1,7 milhões morreram de causas relacionadas com a
Aids. O Brasil tem adotado políticas públicas de prevenção e controle da doença,
que incluem: distribuição de preservativos, medicamentos anti-retrovirais e uma rede
pública gratuita para diagnóstico e acompanhamento de pacientes infectados.
Mesmo assim, a doença é uma das mais importantes em termos de morbidade e
mortalidade. Objetivos: Este estudo teve como objetivo identificar os agravos à
saúde que levaram os pacientes com HIV/Aids ao óbito no Estado da Bahia, no
período de 2008 a 2012. Trata-se de um estudo descritivo de caráter temporal com
dados secundários dos óbitos cuja causa básica foi Aids, utilizando como variáveis:
causa imediata de óbito (baseado na classificação do CID-10), sexo, faixa etária,
macrorregião de saúde de residência e taxa de mortalidade. Resultados: Foram
identificados 2.681 indivíduos, 65,0% (1754) do sexo masculino e 35% (927) do
feminino. Deste total, 36,08% foram à óbiito por Doenças infecciosas e parasitárias
(Cap I); 29,1% por Doenças do aparelho respiratório (Cap X); 23,26% devido a
Sinais, sintomas e achados anormais no exame clínico ou laboratorial (Cap XVIII);
os outros capitulos não tiveram mais que 3,0%. A região baiana com maior número
de óbitos foi a Leste (54%) e a faixa etária a de 35 a 54 anos (55,0%). Dentre as
mortes por doenças infecciosas e parasitárias a Septicemia foi responsável por
60,3% delas; o HIV relacionando-se a doenças infecciosas e parasitárias com
agente não especificado, 25,4%; a Tuberculose, 5,5% e a Toxoplasmose, 5,1%.
Dentre as mortes por doenças do aparelho respiratório, as mais frequentes, foram:
Insuficiência Respiratória, 82,2%; Pneumonia, 8,2%; e Transtornos respiratórios e
pulmonares não especificados: 6,4%. Conclusões: A Aids/HIV ainda é um
importante agravo à saúde no estado da Bahia, indo a grande maioria dos pacientes
vão à óbito por doenças infecciosas e parasitárias, cujas medidas de prevenção e
terapêutica estão bem estabelecidas. Acredita-se que recuperação do estado
imunológico do paciente, associado a medidas efetivas de profilaxia e terapêutica
oportuna, poderiam reduzir estes indicadores de mortalidade.
Palavras-chave: Aids, HIV, Óbitos, Bahia.
TEMA: DIFERENÇAS NA DISTRIBUIÇÃO DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS POR
TRANSTORNOS MENTAIS OBSERVADAS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA DE
ZONA RURAL E URBANA DURANTE OS ANOS DE 2008 A 2012.
ALUNA: MARINA GUIMARÃES OLIVEIRA MARQUES
ORIENTADOR: PROF. DR. ESDRAS CABUS MOREIRA
RESUMO
Os transtornos mentais e comportamentais representaram a terceira principal causa
de concessão de benefícios pela previdência social no Brasil durante os anos de
2008 a 2012. Nesse sentido, sabe-se que diferentes determinantes fundamentam a
ocorrência de transtornos mentais, entre eles a zona de residência. Apesar do
urbanismo se configurar como um determinante positivo para a saúde mental,
aspectos como a violência e o estresse característicos da cidade, contribuem
negativamente na saúde mental de seus residentes. Na zona rural, por sua vez,
algumas características particulares como o tradicionalismo e o apego a valores
religiosos não funcionam exatamente como fatores protetores da instalação de
transtornos mentais. O presente estudo teve como objetivo descrever as
características da distribuição de benefícios por transtornos mentais nas populações
de zona urbana e rural de 2008 a 2012. Trata-se de um estudo transversal que
utilizou como base de dados o DataPrev, a Base de Dados Históricos da Previdência
Social, considerando como variáveis Grupo-CID, sexo, clientela, valor gasto e
espécie dos benefícios. A diferença observada entre a concessão de benefícios na
zona urbana foi dezesseis vezes maior do que na zona rural. Os gastos com
transtornos mentais na zona urbana representaram 23,59% do total gasto pelo
INSS, e na zona rural esse valor equivale a 0,5%. A incidência de Esquizofrenia foi
mais relevante na zona rural, enquanto a de Transtornos por uso de cocaína foi
maior na zona urbana. A distribuição dos benefícios por TMC foi maior entre
mulheres, em ambas as clientelas. O Auxílio-Doença foi a espécie responsável pela
maioria das concessões nas zonas urbana e rural, e a Aposentadoria por Invalidez
teve mais concessões na zona rural. Esses dados mostram a necessidade de se
realizar mais estudos investigativos sobre o tema e a importância de se investir em
políticas públicas inteligentes, que atuem na prevenção da instalação de transtornos
mentais e que evitem que certas parcelas da população sejam marginalizadas por
falta de acesso aos benefícios.
Palavras-chave: Benefícios, Saúde Mental, Zona Urbana, Zona Rural, Transtornos
Mentais e Comportamentais
TEMA: APOIO SOCIAL PARA MÃES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA (TEA): UM ESTUDO QUALITATIVO.
ALUNA: ANA CARLA TEIXEIRA VIANA
ORIENTADORA: MIRELLA FIUZA LOSAPIO
CO- ORIENTADORA: MILENA PEREIRA PONDÉ
RESUMO
Introdução: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por
desenvolvimento anormal ou comprometido na interação social, linguagem e
marcado por comportamentos repetitivos e restritos. As mães de crianças autistas,
desde o momento no qual seus filhos recebem o diagnóstico, apresentam aumentos
de estresse, sintomas de ansiedade e depressão. Objetivo: identificar que tipo de
apoio social mães de crianças com TEA recebem. Metodologia: trata-se de um
estudo observacional, qualitativo, transversal, no qual foram utilizados dados
primários de entrevistas semiestruturadas com mães de crianças com TEA em uma
instituição especializada no ensino de autistas na Bahia. Vinte e uma mães
participaram da pesquisa, sendo onze casadas ou convivendo maritalmente com o
pai da criança autista. As informações coletadas foram gravadas e posteriormente
transcritas pela entrevistadora. Foram armazenadas no programa NVIVO, sendo
analisadas e categorizadas segundo eixos temáticos e descritas sob a forma de
transcrições e apresentações das ideias centrais dos discursos. Resultados: em
sua maioria, as mães são as pessoas responsáveis pelo cuidado direto do filho
autista. São elas que preparam e dão a alimentação, dão banho, vestem, brincam,
levam para as terapias e médicos, ficando o maior tempo com as crianças. Somado
a isso, a maioria das genitoras também é responsável pelos afazeres domésticos.
Dentre as entrevistadas, apenas sete têm um trabalho estável, a maioria parou de
trabalhar, pois não consegue conciliar trabalho com o cuidado do filho e, ainda, com
o cuidado da casa. Dessa forma, já não conseguem viver a mesma vida de antes da
criança, não conseguem tempo para sair sozinhas, ou com o esposo. O apoio
(referindo-se aqui ao cuidado direto da criança) que recebem dos familiares, em sua
maioria, acontece em casos de necessidade. Com relação ao “apoio de alguma
instituição”, a grande maioria referiu a instituição na qual o filho estuda como sendo
a entidade que, de certa forma, oferece algum suporte a elas. O apoio dos pais das
crianças é variado. As casadas têm o apoio financeiro do esposo, mas relatam que
eles poderiam fazer mais no cuidado com a criança. A maioria das solteiras relatou
que não recebe nenhum tipo de apoio do pai do filho com TEA. Em relação ao
“sentimento da mãe”, a maioria delas referiu que se sentia sobrecarregada e
sozinha. Conclusão: A pesquisa demonstra que o apoio que as mães recebem não
é o adequado, uma vez que pequena é a ajuda recebida de outros familiares e, na
maioria dos casos, do próprio pai da criança. Esse apoio, segundo as genitoras
casadas, apesar de ser melhor quando comparadas às sem companheiro, é menor
do que poderia ser, o que provoca um intenso desgaste físico e emocional nessas
mães.
Palavras-chave: autismo, mãe, pai, apoio social.
TEMA: COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DA ELASTOGRAFIA HEPÁTICA COM
APRI SCORE E BIÓPSIA HEPÁTICA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DO
NORDESTE BRASIL.
ALUNA: CAROLINA LORDELLO REZENDE
ORIENTADORA: DRA. ANA THEREZA BRITTO GOMES
RESUMO
Objetivo: Comparar os resultados da elastografia hepática e do APRI score com a
análise histológica da biópsia hepática. Casuísticas e Métodos: Foi feito um estudo
observacional, transversal com base em dados coletados pela aplicação de
questionários e informações de prontuários de pacientes com doenças hepáticas
que realizaram biópsia hepática e elastografia transitória (com máximo de 6 meses
entre a realização destes exames) no período de janeiro de 2012 a janeiro de 2014
e exames laboratoriais, de onde foram obtidos os dados para o APRI score, acima
de 18 anos e que aceitaram fazer parte do estudo. Em ficha específica, foram
registrados dados como idade, plaquetas e AST, sexo-gênero, co-morbidades,
índice de massa corpórea (IMC) em kg/m², diagnóstico da doença e resultados da:
elastografia hepática, biópsia hepática, e APRI Score. Foram feitas análises
estatísticas descritivas de frequência para dados demográficos dos pacientes e
tabelas de referência cruzada comparando resultados do APRI, biópsia e
elastografia. Resultados: Foram estudados 51 pacientes com doença hepática
acompanhados no ambulatório de referência em doenças de fígado do Hospital das
Clínicas- Magalhães Neto, com média de idade de 48,3 ±10,4 anos e sendo o sexo
feminino o mais prevalente. Dos 51 pacientes, a maioria 37 (72,5%) apresentava
diagnóstico de hepatite viral C (VHC) e apenas 2 (4,9%) possuíam outras doenças.
Aproximadamente 2 (4%) não conseguiram realizar o Fibroscan com a sonda de
tamanho M (Média). A maioria (38,3%) dos diagnósticos da análise histológica
apresentou estádio de fibrose (F2), segundo os critérios da classificação METAVIR.
Dos 42 pacientes que possuíam elastografia, 33,3% eram F0/F1. Dos pacientes que
possuiam APRI Score calculado, aproximadamente 71% possuíam fibrose leve a
moderada. Para avaliação da concordância entre os métodos, os resultados da
intensidade da fibrose foram divididos em dois grupos: “não cirrose” (F0 a F3) e
cirrose (F4). Em outra análise, os resultados dos três métodos aqui estudados foram
divididos em fibrose leve a moderada (F0 a F2) e fibrose avançada (F3 e F4). Para o
APRI score, divisão semelhante. Quando a biópsia hepática foi comparada a
elastografia, em relação à fibrose leve a moderada e avançada, estes exames
concordaram em 86,4%. Para a distinção entre cirrose e “não cirrose”, a
concordância foi 92% nestes métodos. Quando APRI Score foi comparado a análise
histológica e a elastografia, para diferenciar presença ou não de cirrose, os
resultados foram 94,4% e 78,4%, respectivamente. Conclusão: Quando
comparados ao padrão ouro (análise histológica), tanto o fibroscan quanto o APRI
foram muito eficazes em predizer pacientes com ou sem cirrose. Quando
comparados entre si, também alcançaram razoável concordância na discriminação
de pacientes com ou sem cirrose.
Palavras-chave: APRI Score. Fibroscan. Biópsia hepática. Elastografia hepática.
Estadiamento de fibrose. Métodos não-invasivos de fibrose hepática.
TEMA: MORTALIDADE POR TUBERCULOSE PULMONAR NO ESTADO DA
BAHIA NO PERÍODO DE 2001 A 2011.
ALUNA: LARA CARDOSO DE CARVALHO
ORIENTADORA: DRA. CAROLINA BITTENCOURT MOURA DE ALMEIDA
RESUMO
A Tuberculose é considerada uma emergência mundial da saúde pública, e o Brasil
se encontra como 16º país com maior número de casos, sendo a Bahia uma das
Unidades Federativas com maior incidência e mortalidade por Tuberculose, em
função da deficiência dos programas de controle, além das dificuldades sócioeconômicas populacional, necessários para avaliar o comportamento da
Tuberculose na população. OBJETIVO: descrever e analisar a Taxa de Mortalidade
e Mortalidade Proporcional, no Estado da Bahia, por Tuberculose, entre 2001 à
2011, categorizando a Tuberculose por macrorregiões, sexo e faixa etária.
METODOLOGIA: Estudo descritivo de série temporal, baseada em dados
secundários, provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade,
encontrado no Departamento de Informática do SUS, e registros coletados do
Programa de Controle da Tuberculose. RESULTADOS: mostram a Tuberculose
ainda como problema da saúde baiana, com taxa de mortalidade sem mínima
queda, mortalidade proporcional com decréscimo tênue, tendência significativa para
acometer pessoas de faixas de idade elevadas, predominando o sexo masculino, e o
acometimento maior em centros urbanos litorâneos, principal região geográfica de
aglomeração populacional do Nordeste e Brasil. CONCLUSÃO: a Tuberculose deve
ser avaliada com maior comprometimento pelos profissionais de saúde e Programas
de Controle, visto ser uma doença curável.
Palavras-chave: Tuberculose, Mortalidade, Bahia, Brasil.