PRT.PED.027 Protocolo de Estado de mal epiléptico na infância Última Revisão: Outubro/2015 Versão: 05 Elaboração: Dr. Luiz Eduardo Parreiras Tálamo / Dra. Renata dos Santos Horta Verificação: Dra. Marisa Lages Ribeiro Aprovação: Dr. José Guerra Lages PRT.PED.027 Siglas • CTI: Centro de tratamento intensivo; • DAEs: Drogas antiepilépticas; • EME: Estado de mal epiléptico; • EV: endovenoso; • IM: intra-muscular; • VAS: vias aéreas superiores; • SNC: sistema nervoso central. Material Necessário • Oxímetro; • Cateter intravenoso; • Oxigênio; • Material para entubação; • Material para monitorização de sinais vitais; • Soro fisiológico e glicosado; • Medicamentos: Diazepam (Dienpax®, Valium®,Diazepam® - amp.- 2ml =10 mg), Midazolam (Dormonid 5 mg/ml), Fenitoína EV (Hidantal® amp.-5ml=250mg), Fenobarbital sódico (Fenocris ® amp.-2ml=200mg), Tiopental (Thionembutal®), Propofol (Diprivan ®), Cetamina, Topiramato, Ácido Valpróico (Depacon). Atividades Essenciais 1. CID: G40.9 2. Definição e Introdução Crise epiléptica: descarga elétrica súbita, paroxística e autolimitada de um grupo de neurônios, causada por desequilíbrio entre os neurotransmissores excitatórios e inibitórios. Se houver atividade motora ela poderá ser chamada de crise convulsiva. Epilepsia: duas ou mais crises epilépticas sem evidências de insultos agudos (ex: febre, hiponatremia, intoxicação). Estado de Mal Epiléptico: crises convulsivas que duram mais de 20- 30 minutos ou que recorram durante esse período sem recuperação da consciência. Há tendência de reduzir esse tempo para 5 minutos e, na prática, deve-se tratar toda crise que dure mais de 5 minutos como Estado de Mal Epiléptico. PRT.PED.027 Estado de mal epiléptico refratário: não há resolução do quadro após tratamento com 2 anticonvulsivantes de classes diferentes e com doses adequadas. A maioria das crises convulsivas são autolimitadas, mas nos casos em que ela tem maior duração ou recorrência pode gerar danos ao organismo. EME é a emergência neurológica mais comum em terapia intensiva – 10 a 58/100.000. Pode causar sequelas; o tratamento deve ser rápido. Medicação de efeito rápido, com baixo risco e alta eficácia. Benzodiazepínico = depois medicação de efeito mais prolongado. Investigar a causa. O controle rápido das crises evita ou diminui as complicações. O EME é mais comum em pediatria, mas o cérebro imaturo é menos propenso a sequelas. 3. Etiologia Em menores de 2 anos as causas mais frequentes são a febre e as secundárias: meningites, encefalites, TCE, isquemia, metabólicas. Chance de recorrência mais baixa. Em crianças maiores: interrupção do uso de anticonvulsivantes, encefalopatias epilépticas, antecedentes de lesão em SNC. Outras: crises hipertensivas; uso de antibióticos (cefepime e imipenem). Período neonatal: EHI. Distúrbios metabólicos (ex: hiponatremia). Infecções. Má formações congênitas. Alterações cromossômicas. Erros inatos do metabolismo. Deficiência de piridoxina (uso de polivitamínicos na gravidez). PRT.PED.027 ETIOLOGIA Neonatos • • • • • • • • EHI Tocotraumatismo Infecções EIM AVC e hemorragias Malformações congênitas Deficiência de piridoxina Idiopática Crianças • • • • • • • • • • • Infecções Neurocisticercose Convulsões Febris Distúrbios metabólicos Malformações congênitas Epilepsia Encefalopatias crônicas TCE Suspensão abrupta de DAE Doenças neurológicas progressivas Idiopática 4. Critérios diagnósticos: O estado de mal epiléptico (EME) é uma emergência médica, classicamente definida como a ocorrência de duas ou mais crises epilépticas sem que haja a completa recuperação da consciência entre elas ou crise epiléptica que se prolongue por mais de 30 minutos. Na prática, crises clínicas e/ou eletrográficas com 5 min ou mais de duração ou crises recorrentes sem recuperação da consciência, devem ser abordadas como EME. 5. Diagnóstico e Exames complementares Anamnese e quadro clínico: pode haver presença de aura (parestesias, cheiros, percepções visuais). 2- Exames básicos na primeira crise: Ionograma, cálcio, Mg, fósforo, Gasometria, Glicemia, uréia, creatinina. 3- Exames quando suspeita de infecção: hemograma, PCR, hemocultura, líquor (rotina, gram e cultura), PCR para herpes em caso de suspeita de encefalite. 4- Exames de imagem: tomografia (primeira crise ou sinal focal). 5- EEG. 6- Punção lombar- fazer tomografia antes caso um dos seguintes achados: sinais de Hipertensão intracraniana, edema de papila, sinais focais. 7- Exame toxicológico em caso de suspeita de intoxicação. 6. Diagnóstico Diferencial Síncope ou lipotímia. Crise factícia. Enxaqueca. Transtorno coreoatetósico. PRT.PED.027 Reflexo tônico cervical assimétrico persistente. Transtorno do movimento. Postura de descerebração ou decorticação. Apnéia. Tremor Terror noturno 7. Classificação: Simples: não altera estado de consciência. Parcial complexa: alteração da consciência, bilateral. Generalizadas: alterações clínicas e eletroencefalográficas demonstrando acometimento de ambos hemisférios cerebrais desde o começo, pode ocorrer perda ou alteração do estado da consciência; há atividade motora bilateral. As generalizadas se dividem em: Ausência: alteração súbita da consciência, interrupção da atividade motora e geralmente não há alteração do tônus. Mioclônicas: aparecimento súbito de mioclônus (contrações súbitas, bilaterais, curtas e generalizadas), limitadas à face e/ou extremidades, a músculos ou grupos musculares. Clônicas: movimentos clônicos intensos de início súbito, extensão ou flexão de forma sucessiva. Estado de consciência pode ou não estar alterado. Tônicas: Súbita perda da consciência e contrações generalizadas de grupos musculares. Tônico-clônicas: iniciam-se por componente tônico seguido de clônus ou vice-versa. Atônicas (astáticas): redução súbita do tônus muscular, geralmente postural com ou sem perda da consciência. Eletroencefalográficas (estado de mal não convulsivo): sem atividade motora, generalizadas ou parciais complexas, ausência. PRT.PED.027 Classificação • • • • EME generalizado convulsivo Tônico Clônico Tônico-clônico Mioclônico EME sutil EME não convulsivo • • Ausência Parcial complexo EME parcial simples • • • • • • • • Motoras; Somatossensitivas; Auditivas; Gustatórias; Olfatórias ou com sintomas visuais; Psíquicas; Vegetativas; Com afasia ou disfasia 8. Propedêutica • Exame físico geral e sinais vitais; • Exame físico posterior minucioso e exame neurológico; • Exames laboratoriais: hemograma, coagulograma, eletrólitos, cálcio e magnésio, glicemia, gasometria, transaminases, creatinina, nível sérico da DAE (de rotina). • Os exames abaixo, solicitar de acordo com a indicação clínica: - Exame toxicológico no sangue e na urina; - Pesquisa de erros inatos do metabolismo; - Hemocultura; - Líquor - Punção lombar (na suspeita de infecção do SNC). Exames de neuroimagem: Ultra-som transfontanelar (USTF) Tomografia computadorizada do encéfalo Ressonância magnética PET e SPECT Hemorragias intracranianas, calcificações cerebrais, malformações e encefalopatias hipóxico-isquêmicas TCE, visualiza melhor fraturas e calcificações Lesões parenquimatosas, pequenos tumores, distúrbios de proliferação e migração neuronal EME refratário PRT.PED.027 9. Tratamento MEDIDAS GERAIS - ABC Posicionar e aspirar VAS. O2 se saturação < 90% e intubar se ECG< ou = 8 persistente (evitar intubar apenas pelo glasgow, aguardar pós comicial e observar se paciente mantém via aérea patente. Glicemia capilar. Se < 40mg/dl tratar com bolus de glicose a 25% (1 a 2 ml/Kg). Antitérmicos se Tax > ou = 37,8ºC. Acesso venoso - hidratação adequada, reposição volêmica em caso de choque. Checar anamnese para esclarecer etiologia. Se necessária intubação traqueal, utilizar SRI com midazolam + analgesia + bloqueador neuromuscular de curta duração. Assegurar estabilidade cardiovascular. Suspender dieta oral e manter SNG aberta para prevenir vômito e aspiração. Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos. Princípios básicos: a. Vias aéreas pérvias; b. Suporte cardiovascular; c. Oxigenação cerebral adequada; d. Interromper a atividade convulsiva elétrica e clínica; e. Verificar alterações laboratoriais; f. Tratar a etiologia. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: Iniciar nos primeiros 5 a 10 minutos no máximo. A demora dificulta o tratamento e aumenta a morbidade e mortalidade. 1ª escolha: Midazolam 0,1 a 0,2 mg/kg/dose EV se acesso venoso ou 0,3 mg/kg/dose nasal, IM, retal ou bucal. Vias alternativas mais eficientes que o diazepam venoso. Repetir doses a cada 3 a 5 minutos. 2ª escolha: diazepam 0,2 a 0,3 mg/kg/dose EV ou 0,3 mg/kg/dose retal. Lorazepam venoso ainda não disponível no nosso meio. PRT.PED.027 Associar outros anticonvulsivantes se as crises persistirem após segunda dose de midazolam. Se as crises cessarem, mas se tornarem recorrentes (2 ou mais) ou forem prolongadas, também devem ser associados outros anticonvulsivantes. 1ª opção: Fenitoína (Hidantal) 15 a 20 mg/kg/dose EV em 20 a 30 minutos (1mg/kg/min). Não misturar com SG e lavar o equipo antes e depois. Não usar nas crises mioclônicas e de ausência. Menos depressão do sensório, ação nos canais de Na (ação sinérgica). Se persistiram as crises após a fenitoína + 3ª dose de midazolam, associar: Fenobarbital: 10 a 20 mg/kg/dose EV lento (5 minutos). Ação sobre receptores GABA. Risco de depressão respiratória. Farmacológica: Tempo Recém-Nascido 5 min MDZ 0,15 mg/kg em bolus, repetido a intervalos de 3 a 5 minutos, até 3 doses 10 min PB ataque 20 mg/Kg, doses adicionais de 5mg/kg até 40 mg/kg (40 mg/kg na UTI) 20 min PHT ataque de 20 mg/Kg 30 min MDZ contínuo de 1 a 18 µg/Kg/min após novo bolus (até 5 µg/Kg/min pode ser feito em enfermaria) 60 min Tiopental 3-8 mg/kg/dose, seguido de infusão contínua 1-14 mg/kg/h (UTI) Tempo 5 min 10 min Na criança MDZ 0,15 mg/kg em bolus, repetido a intervalos de 3 a 5 minutos, até 3 doses PHT ataque de 15-20 mg/Kg, com doses adicionais de 5 mg/kg até 30 mg/Kg 25 min PB ataque 10 mg/Kg, doses adicionais de 5 até 30 mg/Kg (30 mg/kg na UTI) 50 min MDZ contínuo de 1 a 18 µg/kg/min, após novo bolus (até 5 µg/Kg/min pode ser feito em enfermaria) 60 min Tiopental ataque de 3 a 8 mg/kg/dose, contínuo de 1 a 14 mg/Kg/h (UTI) ESTADO DE MAL EPILÉPTICO REFRATÁRIO Quando o EME não responde ao tratamento com as chamadas drogas de primeira linha, ou seja, Benzodiazepínicos, Fenitoína e Fenobarbital, define-se EME refratário. 1ª opção: midazolam contínuo na dose inicial de 3 mcg/kg/min e transferir para UTI. Midazolam contínuo: dose 1 – 24 µcg/kg/min PRT.PED.027 2ª opção ou fazer na falha do midazolam: Tiopental 3 a 5 mg/kg/dose (ataque) seguido de infusão de 10 a 120 mcg/kg/min. Monitorar EEG preferencialmente (surto supressão). Risco de choque, hipotensão e imunodepressão. EVITAR; TENTAR AUMENTAR ATAQUE DE FENOBARBITAL ATÉ 40, HIDANTAL ATÉ 30 E INICIAR TOPIRAMATO PARA EVITAR USO DO THIOPENTAL. Alternativas em caso de falha do tratamento: Fenobarbital em dose alta: até 80mg/kg/dia. Propofol ataque 1 a 3 mg/kg dose + 5mg/kg/hora. Cetamina 40-60 mcg/kg/min: experimental. Topiramato: por sonda gástrica ou entérica: 3mg/kg/dia de ataque seguido de 6mg/kg/dia. Dieta cetogênica. Tiamina- 100 a 250mg EV (se há história de etilismo ou carência nutricional). - Cirurgia para epilepsia. EME refratário: Outras opções: • Propofol: A dose de ataque é de 1 a 3 mg/kg em bolus, por via endovenosa, podendo ser repetida se necessário. A dose de manutenção é de 1 a 15 mg/kg/h em infusão contínua, devendo ser reduzida tão logo seja possível para 1 a 3 mg/kg/h, utilizando-se o EEG para a titulação. • Topiramato: A dose utilizada varia de 2 a 12 mg/kg/dia. Pode-se utilizar uma dose inicial de 2 a 3 mg/kg/dia, com titulações até 5 a 6 mg/kg/dia em 48 a 72 horas ou, inversamente, iniciar com doses altas de 10 mg/kg/dia por 2 dias consecutivos, seguidas de manutenção de 5 mg/kg/dia. • Valproato EV (Depacon): A dose mais comumente relatada como efetiva fica em torno de 20 a 45 mg/kg e, na persistência das crises, pode ser iniciada infusão contínua de 5 mg/kg/h. • Cetamina: ataque: 2 mg/kg; infusão contínua: 10-50 µg/kg/min. • Lidocaína: ataque - 1 a 3 mg/kg; infusão contínua - 1 a 10 mg/kg/h. • Halotano e Isoflurano • Paraldeído • Corticóides, na forma de pulsoterapia PRT.PED.027 • Imunoglobulina • Rufinamida: dose de 25 a 60 mg/kg/dia; indicada para pacientes com Síndrome de Lennox-Gastaut • Zonisamida: dose de 1 a 2 mg/kg/dia em administração única ao deitar nas primeiras 2 semanas; posteriormente 6 a 8 mg/kg/dia em 2 tomadas, é indicada para tratamento dos espasmos infantis • Eslicarbazepina: indicada para crises focais • Perampanel: crises focais • Retigabina: tratamento de epilepsia no RN • Cannabidiol • Levetiracetam: indicado para crises focais com generalização, na dose de ataque de 20–60 mg/kg EV, e manutenção: 2–5 mg/kg/min, EV. • Lacosamida: crises parciais com generalização, na dose de 5 a 7 mg/kg. • Piridoxina: em crianças com menos de 18 meses de idade com quadro de EME, deve ser administrado de 50 a 200 mg de piridoxina para o teste diagnóstico de uma condição metabólica rara, a dependência de piridoxina. Alternativas ao tratamento medicamentoso: • Dieta cetogênica • Estimulador do nervo vago • Tratamento cirúrgico da epilepsia • Hipotermia em casos associados à hipóxia grave PARTICULARIDADES NO PERÍODO NEONATAL • Afastar causas metabólicas e infecciosas. • USTF. • Na Encefalopatia Hipóxico Isquêmica podem ser refratárias e piorar prognóstico. • Piridoxina 50 a 100 mg IM, manutenção de 10 a 40 mg/dia. Fazer se falha do MDZ, FNB e fenitoína. • Fazer fenobarbital primeiro (ataque de 20, podendo completar até 40mg/kg). Considerar MDZ se crise em andamento ou falha do FNB. • 8. CONDUTA NA PRIMEIRA CRISE CONVULSIVA • - Discutir caso com neurologia; quando a crise é causada por distúrbios hidroeletrolíticos ou ocorre nas primeiras 72 horas de doença aguda do SNC; normalmente não é necessária medicações de longo prazo para evitar novas crises. PRT.PED.027 • 9. CONDUTA NA CRISE CONVULSIVA FEBRIL • A convulsão febril ocorre em 2 a 5% da população infantil. • DEFINIÇÂO: crise epiléptica generalizada que ocorre entre os 3 meses e 5 anos, associada a febre e sem evidências de lesão/ infecção no SNC ou qualquer doença neurológica aguda. • Frequentemente ocorre associada a infecções de VAS e nas primeiras 24 horas de febre. • CRISE SIMPLES: duração menor que 15 minutos, sem recorrência nas primeiras 24 horas e sem sinais focais. • CRISE COMPLEXA: crise parcial e/ou crise com mais de 15 minutos de duração e/ou que recorre antes de 24 horas. • DIAGNÓSTICO: excluir doença neurológica aguda e infecção do SNC. Em menores de 1 ano é sugerida punção lombar. Tomografia não precisa ser realizada de rotina, apenas se suspeita de lesão em SNC. • TRATAMENTO: normalmente não é necessária droga de manutenção. Deve ser considerada na presença de fatores de risco e na recorrência. Os fatores de risco são: idade menor que 12 meses, convulsão febril em parentes de primeiro grau e febre baixa com duração inferior a uma hora antes da primeira crise. • As opções de profilaxia são o uso diário (fenobarbital ou valproato) e o uso de benzodiazepínicos (clobazam) nos dias de febre. PRT.PED.027 Fluxograma de Tratamento Paciente já epiléptico que chega ao PA já sem crise convulsiva e sem sinais de meningite ou instabilidade hemodinâmica ou respiratória. Não é necessária SEMIINTERNAÇÂO, solicitar avaliação neurologia se necessário. Midazolam venoso se acesso ou nasal, bucal, oral, retal se acesso ainda não disponível. Repetir de 3-5 minutos se crise não ceder A partir da segunda dose de midazolam adicionar segunda medicação. Opção 1: Fenitoína 15-20 mg/kg ataque EV - correr em 20-30 minutos. Opção 2 (ou opção 1 em neonatos): Fenobarbital 10-20 mg/kg ataque EV em 10 minutos. Até 40mg/kg em neonatos. No caso da crise persistir fazer as duas drogas , continuar no fluxograma e solicitar vaga na UTI. Paciente em vigência de crise ou com instabilidade = levar à sala de emergência. ABC = abrir e aspirar vias aéreas, oferecer oxigênio, providencias acesso venoso. Intubar se necessário Midazolam venoso se acesso ou nasal, bucal, oral, retal se acesso ainda não disponível. Repetir de 3-5 minutos se crise não ceder A partir da segunda dose de midazolam adicionar segunda medicação. Opção 1: Fenitoína 15-20 mg/kg ataque EV - correr em 20-30 minutos. Opção 2 (ou opção 1 em neonatos): Fenobarbital 10-20 mg/kg ataque EV em 10 minutos. Até 40mg/kg em neonatos. No caso da crise persistir fazer as duas drogas , continuar no fluxograma e solicitar vaga na UTI. Se crise refratária iniciar midazolam contínuo na dose de 2 a 4 mcg/kg/min, aumentando se necessário até 18 mcg/kg/min. Se crise refratária iniciar midazolam contínuo na dose de 2 a 4 mcg/kg/min, aumentando se necessário até 18 mcg/kg/min. Se refratário ao midazolam contínuo solicitar avaliação neurologia. Opções: Tiopental/ ataque de topiramato/ cetamina/ propofol/ tiamina. PRT.PED.027 Referências Bibliográficas 1. Brophy GM, Bell R, Claassen J, Alldredge B, Bleck TP, Glauser T, LaRoche SM, Riviello Jr JJ, Shutter L, Sperling MR, Treiman DM, Vespa PM. Guidelines for the Evaluation and Management of Status Epilepticus. Neurocrit Care. 17:3–23. 2012; 2. Fonseca LF, Xavier CC, Pianetti G. Compêndio de Neurologia Infantil, 2ª edição. Medbook. Rio de Janeiro, RJ. 417-430. 2011; 3. Garzon E. Status epilepticus - Theoretical and Practice Aspects in Management of Antiepileptic Drugs. J Epilepsy Clin Neurophysiol. 14(Suppl 2):7-11. 2008; 4. Gaspard N, Foreman B, Judd LM, Brenton JN, Nathan BR, McCoy BM, Al-Otaibi A, Kilbride R, Fernandez IS, Mendoza L, Samuel S, Zakaria A, Kalamangalam GP, Legros B, Szaflarski JP, Loddenkemper T, Hahn CD, Goodkin HP, Claassen J, Hirsch LJ, LaRoche SM. 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