1 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Síndrome que reflete a incapacidade do miocárdio manter as necessidades metabólicas dos diversos órgãos e sistemas. Pode ser secundária a: trabalho excessivo imposto ao músculo cardíaco (sobrecarga de pressão ou volume), alterações primárias do músculo cardíaco (doença inflamatória), alterações metabólicas e combinação destes elementos. A etiologia varia de acordo com faixa etária. Os principais achados clínicos são: taquicardia, ritmo de galope, sudorese, sinais de congestão pulmonar (taquipnéia, dispnéia, broncoespasmo, estertores, cianose e tosse), sinais de congestão sistêmica (hepatomegalia, estase jugular, edema periférico (que é achado raro na criança e significa péssimo prognóstico). CONDUTA O objetivo do tratamento é aumentar a contratilidade miocárdica, melhorar a perfusão periférica, diminuir a congestão venosa pulmonar e sistêmica e afastar as causas agravantes. Solicite transferência para serviço de alto poder resolutivo, idealmente com UTI, em ambulância para transporte de doentes graves. SERVIÇO DE SAÚDE SEM UTI: Adote as medidas gerais enquanto aguarda a transferência: Coloque em decúbito elevado, com oxigênio sob máscara (5ml de SF e oxigênio 6 litros/minuto) ou em cateter nasal (2-4 litros/min); Avise ao pediatra assistente e combine contato com cardiologista pediátrico; Inicie tratamento farmacológico, enquanto aguarda a transferência: Digital – prefira a forma injetável. Não utilize dose de ataque e faça a dose de manutenção dividida em 2 tomadas. Dose: 0,01mg/kg/dia, por via venosa. A via intra-muscular não é recomendada. A forma oral apresenta boa absorção gastrointestinal e pode ser utilizada nos casos sem risco imediato de vida. Diuréticos -- furosemida na dose inicial de 1mg/kg/dose, por via intravenosa. SERVIÇO DE SAÚDE COM UTI: As medidas definitivas para o diagnóstico e para a terapêutica serão adotadas nessa unidade.