Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Curso de Administração – Análise Microeconômica
Coordenador: Prof. Marco Antonio Vargas
UFRRJ /CEDERJ
AD1 de Análise Microeconômica
Gabarito
1 - Com base nos pressupostos da Teoria do Consumidor e nas propriedades das Curvas
de Indiferença responda:
a) Porque duas curvas de indiferença nunca se cruzam?
b) O que determina a inclinação negativa das Curvas de indiferença?
2- Desenhe um conjunto de curvas de indiferença que descreva as preferências de um
consumidor para:
a) bens substitutos perfeitos;
b) bens complementares perfeitos
3 - Por que razão as elasticidades da demanda no longo prazo são diferentes das
elasticidades no curto prazo? Considere duas mercadorias: toalhas de papel e
computadores. Qual das duas é um bem durável? Você esperaria que a elasticidade de
preço da demanda das toalhas de papel fosse maior no curto ou no longo prazo? Por
quê? Como deveria ser a elasticidade da demanda no caso dos computadores?
4 - No âmbito da Teoria da Firma e da Produção, explique o significado dos seguintes
conceitos:
a)
b)
c)
d)
e)
Função de Produção;
Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes;
Taxa Marginal de Substituição Técnica;
Linha de Isocusto;
Isoquanta de Produção.
5 - Você é um empregador interessado em preencher uma posição vaga em uma linha de
montagem. Será que estaria mais preocupado com o produto médio ou com o produto
marginal do trabalho em relação à última pessoa contratada? Caso observe que seu
produto médio está começando a diminuir, você deveria contratar mais funcionários? O
que tal situação significaria em termos de produto marginal do último funcionário
contratado?
OBS: Cada questão vale 2,0 pontos.
Gabarito da avaliação:
1 - Com base nos pressupostos da Teoria do Consumidor e nas propriedades das
Curvas de Indiferença responda:
a) Porque duas curvas de indiferença nunca se cruzam? Se pretendermos comparar
duas curvas de indiferença, deve estar claro que as curvas de indiferença não podem se
cruzar, pois isso representa que o consumidor não foi consistente em sua escolha, ou
seja, não respeitou o pressuposto da transitividade. OBS: O princípio da transitividade
diz que se para um consumidor (x1, x2) > (y1, y2) e (y1, y2) > (z1, z2), então podemos
concluir que (x1, x2) > (z1, z2). Em outras palavras, se para o consumidor a cesta X é tão
boa quanto a cesta Y, e esta cesta Y é tão boa quanto a cesta Z, então podemos afirmar
que a cesta X é tão boa quanto a cesta Z.
b) O que determina a inclinação negativa das Curvas de indiferença? Um conjunto de
curvas de indiferença somente poderá apresentar inclinação positiva se violarmos o
postulado da apetência que estabelece que mais é sempre preferível à menos. Quando um
conjunto de curvas de indiferença apresenta inclinação positiva (é inclinado para cima),
significa que uma das mercadorias é ‘ruim’, pois o consumidor prefere uma quantidade
menor a uma quantidade maior dessa mercadoria. A inclinação positiva significa que o
consumidor aceitará mais da mercadoria boa apenas se também receber mais da outra.
Ao nos movermos para cima ao longo da curva de indiferença, o consumidor tem uma
quantidade maior da mercadoria de que gosta e menor da que não gosta.
2- Desenhe um conjunto de curvas de indiferença que descreva as preferências de
um consumidor para:
a) bens substitutos perfeitos: dois bens são substitutos perfeitos quando o consumidor
aceita substituir um pelo outro à mesma taxa (por exemplo, substituir uma unidade de x1
por uma unidade de x2). A Figura 2.4 demonstra o formato da curva de indiferença de
bens substitutos perfeitos.
Quantidade do
bem 2 (x2)
O consumidor só se importa com o número total de
bens. Assim, as curvas de indiferença são linhas retas
com inclinação de -1.
b) bens complementares perfeitos: complementares perfeitos são bens consumidos
sempre juntos e em proporções fixas, ou seja, eles se complementam.
Quantidade do
bem 2 (x2)
O consumidor sempre quer consumir os bens
em proporções fixas entre eles. Isso faz com que
as curvas de indiferença tenham forma de L.
Quantidade do bem 1 (x1)
3 - Por que razão as elasticidades da demanda no longo prazo são diferentes das
elasticidades no curto prazo? Considere duas mercadorias: toalhas de papel e
computadores. Qual das duas é um bem durável? Você esperaria que a
elasticidade de preço da demanda das toalhas de papel fosse maior no curto ou no
longo prazo? Por quê? Como deveria ser a elasticidade da demanda no caso dos
computadores?
Resposta: A diferença entre as elasticidades de um bem no curto e no longo prazo é
explicada pela velocidade com que os consumidores reagem a mudanças no preço e pelo
número de bens substitutos disponíveis. O aumento no preço das toalhas de papel, um
bem não-durável, levaria a uma reação pouco significativa dos consumidores no curto
prazo. No longo prazo, porém, a demanda de toalhas de papel seria mais elástica, devido
à entrada no mercado de novos produtos substitutos (tais como esponjas). Por sua vez, a
quantidade demandada de bens duráveis, como os computadores, pode mudar
drasticamente no curto prazo após uma mudança dos preços. Por exemplo, o efeito
inicial do aumento no preço dos computadores poderia ser o adiamento da compra de
novos equipamentos. Mais cedo ou mais tarde, porém, os consumidores trocarão seus
computadores antigos por equipamentos mais novos e modernos; logo, a demanda pelo
bem durável deve ser mais inelástica no longo prazo.
4 - No âmbito da Teoria da Firma e da Produção, explique o significado dos
seguintes conceitos:
Respostas:
Função de Produção: Uma função de produção representa a forma pela qual os
insumos são transformados em produtos por uma empresa. Em geral, considera-se o caso
de uma empresa que produz apenas um tipo de produto e agregam-se todos os insumos
ou fatores de produção em uma de algumas categorias, tais como: trabalho, capital, e
matérias-primas. No curto prazo, um ou mais fatores de produção são fixos. Com o
passar do tempo, a empresa torna-se capaz de alterar os níveis de todos os insumos. No
longo prazo, todos os insumos são variáveis
Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes: A lei dos rendimentos (marginais)
decrescentes afirma que, à medida que continuarmos a adicionar mais de qualquer
insumo (mantendo os outros insumos constantes), seu produto marginal irá,
eventualmente, cair. A lei dos rendimentos decrescentes é uma lei física, não econômica.
Baseia-se na natureza da produção – na relação física entre insumos e produtos com
uma determinada tecnologia. Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é
pequena, o PMg é grande em decorrência da maior especialização. Quando a quantidade
utilizada do insumo trabalho é grande, o PMg decresce em decorrência de ineficiências.
Taxa Marginal de Substituição Técnica: A TMST é a quantidade em que se pode
reduzir um insumo quando se aumenta o outro em uma unidade, com o nível de
produção mantendo-se constante. Se a TMST é, por exemplo, igual a 3, um insumo
pode ser reduzido em 3 unidades enquanto o outro aumenta 1 unidade e a produção é
mantida constante.
Linha de Isocusto: Uma linha de isocusto inclui todas as possíveis combinações de
dois insumos (ex. mão-de-obra e de capital) que possam ser adquiridas a um
determinado custo total, onde cada diferente nível deste custo total descreve uma linha
de isocusto diferente.
Isoquanta de Produção: Uma isoquanta identifica todas as combinações diferentes de
insumos que podem ser utilizadas para produzir determinado nível de produção.
5 - Você é um empregador interessado em preencher uma posição vaga em uma
linha de montagem. Será que estaria mais preocupado com o produto médio ou
com o produto marginal do trabalho em relação à última pessoa contratada? Caso
observe que seu produto médio está começando a diminuir, você deveria contratar
mais funcionários? O que tal situação significaria em termos de produto marginal
do último funcionário contratado?
Resposta: Ao preencher uma posição vaga, você deveria estar preocupado com o
produto marginal do último funcionário contratado, pois o produto marginal mede o
efeito dessa contratação sobre a produção total. Isso, por sua vez, ajuda a determinar a
receita gerada pela contratação de outro funcionário, que pode ser comparada com o
custo dessa contratação.
O ponto a partir do qual o produto médio começa a diminuir é aquele em que o produto
médio é igual ao produto marginal. Quando o produto médio diminui, o produto
marginal do último funcionário contratado é menor que o produto médio dos
trabalhadores contratados anteriormente.
Apesar de o aumento do número de trabalhadores causar a redução do produto médio, o
produto total continua a aumentar, de modo que a contratação de um funcionário
adicional pode ser vantajosa.
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