HOSPITAL MUNICIPAL ANTÔNIO GIGLIO

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SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE
INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
SÃO PAULO
2013
2
Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil
CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421
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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
NÚCLEO EXECUTIVO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Diretor Técnico Departamento de Saúde: Profº Dr. David Everson Uip
Assistente da Diretoria técnica: Sra. Teresinha Gotti
Diretora Médica: Dra. Fátima Maria Vernâncio Porfirio
Diretoria de enfermagem: Profª Dra. Marcia de Souza Moraes
Presidente da CCIH: Profº Dr. Nilton Jose Fernandes Cavalcante
Autores do Documento
Adriana Maria da Costa e Silva
Christiane Nicoletti
Daniel Wagner de Castro Lima Santos
Esperança dos Santos Abreu
Fabiana Siroma
Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior
José Mauro Ferraz Arruda
Marta de Oliveira Ramalho
Nilton José Fernandes Cavalcante
Regia Damous Fontenele Feijó
Rosana Richtmann
Componentes do Núcleo Executivo
Adriana Maria da Costa e Silva
Daniel Wagner de Castro Lima Santos
Esperança dos Santos Abreu
Fabiana Siroma
Nilton José Fernandes Cavalcante
Raquel Muarrek Garcia
Regia Damous Fontenele Feijó
Rosana Richtmann
Maria Francisca da Silva
Karla Regina de Oliveira Hohl
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
5
2. TIPOS DE PRECAUÇÕES
6
3. PROJETO TSN
14
4. BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES (MR)
17
5. RECOMENDAÇÕES PARA CUIDADOS COM PACIENTES EM
PRECAUÇÃO DE CONTATO ATENDIDOS NOS SERVIÇOS DE
DIAGNÓSTICO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
24
6. CONDUTA PARA OS CONTATACTANTES DE VARICELA
25
7. ORIENTAÇÕES PARA ISOLAMENTO DE PACIENTES COM DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
26
8. FLORES E PLANTAS EM ÁREA DE ATENDIMENTO A PACIENTES
37
9. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS BRINQUEDOS NO AMBIENTE
HOSPITALAR
37
10. BIBLIOTECA CIRCULANTE (LIVROS E REVISTAS)
38
11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
39
4
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RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA ISOLAMENTOS E PRECAUÇÕES
1. INTRODUÇÃO
As medidas de isolamento são indicadas para o controle da disseminação de
doenças infecciosas especialmente aqueles que possam causar infecções ou até surtos
hospitalares. Neste guia de recomendações será enfatizada a aplicação das
recomendações em ambiente hospitalar que seguem características epidemiológicas e
microbiológicas aprendidas ao longo dos anos.
Para ajudar na compreensão dessas normas, adotamos uma sinalização simples
que permite a identificação do equipamento de proteção individual (EPI) que deve ser
utilizado em cada situação.
Cada isolamento é identificado por meio de placas com cores diferentes, nas quais
consta o EPI necessário.
O tipo de isolamento deve ser prescrito diariamente pela equipe médica, sendo
responsabilidade da equipe de enfermagem a fixação das placas nas portas dos
quartos.
A CCIH suspenderá ou trocará as precauções, de acordo com a história clínica,
uso de dispositivos ou aparecimento de algum microrganismo que seja considerado
multirresistente para o IIER. Isso pode ocorrer durante suas visitas nas unidades em
dias úteis.
São três tipos de precauções:

Precaução Padrão: devem ser aplicadas no atendimento a todos os pacientes,
na presença de risco de contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e
excreções (exceção do suor); pele com solução de continuidade e mucosa.

Precauções Específicas: direcionadas para situações clínicas específicas e
para alguns microrganismos. Tais precauções são baseadas no mecanismo de
transmissão das doenças e designadas para pacientes suspeitos ou sabidamente
infectados ou colonizados por patógenos transmissíveis e de importância
epidemiológica. São baseadas em três vias principais de transmissão:
transmissão de contato, transmissão aérea por gotículas e transmissão aérea por
aerossóis.

Precauções Empíricas: são indicadas em síndromes clínicas de importância
epidemiológica sem a confirmação da etiologia.
5
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Os microrganismos podem ser transmitidos por via direta ou indireta.
Por via direta, quando ocorre de pessoa a pessoa, por meio de:
 Contato direto (por ex: tato, secreções e sangue)
 Via respiratória (por ex.: espirros, tosse)
Por via indireta, por meio de um vetor ou veículo inanimado:
 Vetor: animais (por ex.: mosquito transmissor da Dengue)
 Veículo inanimado: estetoscópio, termômetro etc
2. TIPOS DE PRECAUÇÕES
2.1 PRECAUÇÕES PADRÃO
Fig.1 - Precauções Padrão
Precauções Padrão é o conjunto dos procedimentos utilizados pelos profissionais
de saúde, durante o cuidado com todos os pacientes, para evitar a transmissão de
infecções entre os pacientes, dos pacientes para os profissionais de saúde e destes
para os pacientes. Devem ser utilizadas independentemente do diagnóstico infeccioso
do paciente.
Deverão ser aplicadas quando existir o risco de contato com sangue, todos os
líquidos corpóreos, secreções e excreções (exceto o suor), pele com solução de
continuidade (pele não íntegra) e mucosas.
Quais são as precauções padrão?



Higienização das mãos: proceder com água e sabão líquido ou com álcool gel
antes e depois de cuidar dos pacientes (vide Manual de Higienização das Mãos).
Luvas: usar quando houver possibilidade de contato com sangue, excreções,
secreções, mucosas ou áreas com pele não íntegra do paciente;
Avental: usar durante procedimentos com possibilidade de contato com material
biológico, inclusive superfícies contaminadas;
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






Máscara cirúrgica, óculos ou protetor facial: utilizá-los durante procedimentos
com possibilidade de ocorrer respingos de material biológico nas mucosas da boca,
nariz e olhos do profissional. A máscara cirúrgica deve cobrir nariz e boca.
Limpar e desinfetar artigos e equipamentos utilizados entre pacientes.
Acondicionar e transportar a roupa suja de modo a prevenir vazamentos e contato
com a pele e ambiente.
Higiene ambiental
Higiene respiratória e tosse com etiqueta.
Práticas seguras na administração de medicamentos por via endovenosa, muscular
e outras.
Prevenir ferimentos com material perfurocortante: não reencapar agulhas, descartar
o material nas caixas apropriadas, não remover agulhas usadas das seringas
descartáveis e não dobrar, quebrar ou manipular agulhas usadas.
Colocação dos EPI:
Como vestir o avental
Fig.2 – Vestir avental
Fig.3 – fixação atrás
Como calçar as luvas
Fig.4 – Calçar luvas
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Fig.5 - óculos
Fig.6 - óculos
Retirada dos EPI:
Fig.7- retirar luvas
Fig.9- desamarrar avental
Fig.10 – dobrá-lo
Fig.8 – luvas dobradas sobre elas mesmas
Fig.11 – sem contato com lado exposto
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O modo correto de usar o respirador do tipo N95 e a máscara cirúrgica.
Fig.12 – ajuste máscara N-95
Fig.13 – ajuste máscara cirúrgica
2.2 ISOLAMENTO DE CONTATO: Luvas + Avental
Fig. 14 – Precauções de Contato
É utilizado quando o volume de material infectante é grande e não pode ser contido
em curativo, para microrganismos que possam ter reservatório ambiental ou para
pacientes colonizados/infectados por germes multiresistentes.


O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença.
Higienizar as mãos com clorexidina degermante antes de entrar no quarto para
realizar qualquer tipo de cuidado ou examinar o paciente.
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








As luvas e o avental de mangas longas devem ser vestidos imediatamente antes de
entrar no quarto e retirados lá dentro ou na ante-sala, caso exista. Desprezar o
avental no hamper e as luvas no lixo.
Higienizar as mãos após retirar as luvas
Acompanhantes e visitantes não devem utilizar paramentação e sim devem ser
encorajados a higienizar as mãos antes e depois do contato com seu familiar.
Transporte do paciente: Deverá ser evitado, mas em caso de necessidade, se
houver material infectante deve ser contido (com curativo, avental, ou lençol) para
evitar contaminação de superfície.
Se o paciente realizar exames ou procedimentos, fazer a desinfecção com álcool a
70% da maca ou da cadeira de transporte.
O profissional que realiza o transporte deverá usar luva e avental durante a remoção
do paciente, com cuidado para não tocar outras superfícies durante o transporte com
as luvas contaminadas (isto é, botão do elevador, maçaneta das portas, prontuários,
telefones);
Avisar o local de realização do exame, que o paciente está em isolamento de
contato.
Artigos e Equipamentos: Deverão ser exclusivo de cada paciente;
Devem ser limpos, desinfetados ou esterilizados após a alta do paciente ou sempre
que estiverem sujos.
Exemplos: diarreia infecciosa (pacientes incontinentes), escabiose, infecção por
bactéria multirresistentes, Herpes simplex disseminado ou mucocutâneo extenso.
Maiores recomendações ver Cap. V
2.3 ISOLAMENTO PARA GOTÍCULAS: Máscara cirúrgica
Fig.15 – Isolamento Respiratório - gotículas
Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados por via
respiratória (gotículas).
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



O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença.
Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado
ou examinar o paciente.
Utilização de máscara cirúrgica antes de entrar no quarto do paciente.
A máscara deve ser retirada após a saída do quarto e desprezada.
Exemplos: meningites, caxumba, coqueluche, Vírus Influenza (incluindo H1N1).
2.4 ISOLAMENTO PARA AEROSSÓIS: Respirador N95
Fig 16 – Isolamento Respiratório - Aerossóis
Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados através de
aerossóis (partículas respiratórias <5 micra).








O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença.
Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado
ou examinar o paciente.
Utilização de respirador (específico N95 ou PFF2) pelo profissional da saúde antes
de entrar no quarto do paciente.
A máscara cirúrgica não deve ser utilizada como substituta do respirador N95.
O respirador N95 deve ser retirado somente após a saída do quarto.
Manter a porta do quarto fechada.
Em caso de transporte do paciente (realização de exames, transferência), o mesmo
deve utilizar máscara cirúrgica, e avisar o local onde será realizado o exame que o
paciente está em isolamento respiratório de aerossóis.
Os visitantes ou familiares do paciente com tuberculose bacilífera deverá receber
respirador do tipo N95 quando entrar na enfermaria.
Exemplos: tuberculose, sarampo, varicela. No caso de tuberculose resistente em
pacientes sabidamente ou com confirmação microbiológica, manter em quarto privativo.
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Orientações para utilização do respirador do tipo N95:
 Após receber a sua máscara, o profissional deve identificar com seu nome e data
de início de uso;
 A troca da máscara em uso deve ser feita em 30 dias, ou antes, se estiver com
muita sujidade, molhar, rasgar, ocorrer quebra do filtro ou soltar a tiras elásticas;
 Ajustar bem o respirador à face, verificando se não há escape de ar;
 Não usar máscara cirúrgica sob a máscara, pois esta impede a aderência da
mascara N95 à face;
 Duas máscaras cirúrgicas não substituem um respirador N95.
 O uso da mascara N95 é pessoal e intransferível.
2.5. ISOLAMENTO PARA GOTÍCULAS + CONTATO:
Luvas + Avental + Máscara cirúrgica
Fig. 17 – Isolamento de Contato e Gotículas
Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados por via
respiratória (gotículas) e por contato. Pode ser utilizado também no caso de associações
de doenças com diferentes mecanismos de transmissão.






O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença.
Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado
ou examinar o paciente.
Requer uso de luvas, avental e máscara antes de entrar no quarto do paciente.
As luvas e o avental devem ser vestidos imediatamente antes de entrar no quarto e
retirados lá dentro ou na ante-sala, caso exista. Desprezar o avental no hamper e as
luvas no lixo.
Higienizar as mãos após retirar as luvas.
A máscara cirúrgica deve ser retirada após a saída do quarto.
Exemplos: difteria cutânea + faríngea; pacientes com meningites transferidos de outros
hospitais.
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2.6 ISOLAMENTO PARA AEROSSÓIS + CONTATO:
Luvas + Avental + Respirador N95
Fig. 17 – Isolamento de Contato e Aerossóis
Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados através de
aerossóis e por contato. Pode ser utilizado também no caso de associações de doenças
com diferentes mecanismos de transmissão.







O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença.
Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado
ou examinar o paciente.
Requer uso de luvas, avental e respirador N95 antes de entrar no quarto do paciente.
As luvas e o avental devem ser vestidos imediatamente antes de entrar no quarto e
retirados lá dentro ou na ante-sala, caso exista. Desprezar o avental no hamper e as
luvas no lixo.
Higienizar as mãos após retirar as luvas.
O respirador N95 deve ser retirado após a saída do quarto.
Manter a porta do quarto fechada.
Exemplos: varicela, Herpes zoster disseminado ou em imunodeprimido, influenza
aviária (H5N1) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) ou no caso de associação
de duas ou mais doenças: tuberculose + diarréia infecciosa.
Considerações finais:

A higiene das mãos (lavagem com água e sabão ou fricção com solução alcoólica) é
a medida mais importante para evitar a aquisição e transmissão de patógenos no
ambiente hospitalar.
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



As luvas devem ser utilizadas exclusivamente durante os procedimentos com o
paciente, não sendo permitido atender telefone, chamar elevador ou fazer anotações
no prontuário com as mãos enluvadas.
Após a retirada das luvas as mãos devem ser lavadas.
É fundamental que o paciente colabore com as normas de isolamento. Para isso, ele
deve ser adequadamente orientado sobre os motivos do seu isolamento e os riscos
da não aderência às recomendações.
Não entrar com prontuários /cadernetas nas enfermarias.
2.7 PRECAUÇÕES EMPÍRICAS
O diagnóstico de muitas infecções requer confirmação laboratorial, o que em
alguns casos implica em aguardar dias. A adoção de precauções antes da confirmação
reduz o risco de exposição de outros pacientes ou dos profissionais de saúde a agentes
infecciosos. Algumas síndromes clínicas estão relacionadas à alta transmissibilidade ou
maior gravidade, sendo indicada a adoção dessas precauções.
QUADRO 1 - Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções
empíricas adicionais na prevenção de patógenos epidemiologicamente
importantes que aguardam confirmação diagnóstica*
Síndrome Clínica ou Condição
Patógenos Potenciais

Diarreia aguda com provável causa
ínfecciosa em paciente incontinente ou
com “fraldas”
Patógenos entéricos
Precauções
Empíricas
Contato

Diarreia em adulto com história de uso
recente de antibióticos
Clostridium difficile
Contato


Neisseria meningitidis
Gotícula
Neisseria meningitidis
Gotícula

Meningites
Exantema ou “rash” generalizado, de
causa desconhecida:
febre com petéquias ou equimoses

Vesicular
Varicela

Febre com exantema maculopapular e
coriza
Sarampo
Aerossol e
Contato
Aerossol

Tosse/febre/infiltrado pulmonar em lobo
superior em paciente HIV negativo (ou
com baixo risco de infecção pelo HIV)
Mycobacterium tuberculosis
Aerossol

Tosse/febre/infiltrado pulmonar em
qualquer topografia em paciente HIV
positivo (ou com alto risco de infecção
pelo HIV)
Mycobacterium tuberculosis
Aerossol
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
Tosse persistente ou paroxismos

Infecções pulmonares em pacientes
pediátricos, particularmente bronquiolite

História de infecção ou colonização por
bactérias – pacientes transferidos de
outros hospitais (ver quadro 4)

Abscesso em pele ou ferida drenando
que não pode ser coberta
Bordetella pertusis
Gotícula
Vírus sincicial respiratório,
vírus parainfluenza entre
outros vírus como
Adenovírus
Bactéria resistente
Contato +
gotículas
Staphylococcus aureus,
Streptococcus Grupo A
Contato
Contato
3 . PROJETO TSN
Na tentativa de minimizar o risco de transmissão nosocomial de tuberculose
no Pronto Socorro e demais unidades do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (PS/IIER),
a CCIH recomenda a otimização do isolamento respiratório no Pronto Socorro, por meio
de modelo mnemônico TSN.
Todos os pacientes admitidos no Pronto Socorro devem ser classificados,
conforme descrição abaixo, pelo médico no impresso de prescrição e ter seu isolamento
prescrito. Uma folha de identificação (nome do paciente e classificação TSN) deverá ser
preenchida em papel de rascunho pela enfermagem e deverá ser fixada na maca/leito
de cada paciente, independentemente do seu diagnóstico de base, nas primeiras horas
após sua admissão ao PS.
T
S+
S-
+
+
N
T = paciente com Tuberculose bacilífera, ou em tratamento para tuberculose (qualquer
forma clínica), que ainda apresente baciloscopia positiva, colhida de acordo com o
quadro 2, devendo estar obrigatoriamente sob isolamento para aerossóis;
N = paciente que Não possui tuberculose bacilífera nem sintomas respiratórios. Neste
grupo incluem-se aqueles que estão em tratamento com tuberculostáticos e que já
possuem 3 baciloscopias negativas. Considerar nesta classificação os pacientes com
tuberculose extra-pulmonar que não tenha quadro respiratório.
S = paciente Suspeito de tuberculose bacilífera. Deve-se mantê-lo em isolamento para
aerossóis até que este apresente 3 pesquisas de BAAR em escarro negativas. Esta
categoria subdivide-se em 2 subgrupos: S+ e S-.
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(S+) : pacientes com forte suspeita de tuberculose bacilífera;
(S- ): pacientes com fraca suspeita de tuberculose bacilífera.
Julgamos necessária essa subdivisão, uma vez que existe possibilidade de
apresentação atípica da tuberculose e correr-se-ia, por exemplo, o risco de serem
isolados no mesmo quarto um paciente bacilífero com um paciente com
broncopneumonia, ratificando a necessidade da presença de três baciloscopias
negativas em escarro, para que esses pacientes possam dividir um mesmo quarto.
Para maior agilidade e facilidade de visualização, sugerimos que seja
adicionada à ficha de identificação o número e a data das baciloscopias negativas
realizadas. A coleta de escarro para realização de baciloscopia e cultura para
micobactérias deverá ser estimulada e, idealmente, conseguiríamos uma definição da
necessidade real de isolamento para cada caso em 24h.
Pacientes classificados como T ou S deverão ser colocados dentro dos
quartos, devendo o corredor abrigar, quando necessário, somente pacientes N.
As portas dos quartos onde se encontrarem pacientes com Tuberculose ou
Suspeita devem ser mantidas fechadas.
Os pacientes devem ser isolados de acordo com sua classificação e não se
deve permitir a alocação de pacientes, que não apresentem a mesma classificação, nos
mesmos quartos:
 Adequado: T/T, S+/S+, S-/S- e N/N.
Para os pacientes classificados como S (suspeitos), não deverá haver
isolamento “cruzado”, ou seja, S+/S-, uma vez que existe um risco grande de se isolar
um paciente bacilífero com outro não bacilífero, como já exemplificado anteriormente.
 Inadequado: T/S, T/N, S/N, S+/S-.
As fichas de identificação deverão ser trocadas toda vez que a situação de
risco do paciente se alterar, seja ela com a presença de 3 baciloscopias negativas ou
com o surgimento de baciloscopia positiva (por ex.: um paciente em S+ que apresente 3
baciloscopias negativas de acordo com o quadro 2, deverá ser reclassificado como N).
Lembramos ainda, que a ficha deverá ser removida por ocasião da alta do PS/IIER,
tomando o cuidado devido para que não sejam esquecidas fichas nessas macas/leitos.
Na eventualidade de transporte de pacientes T e S para fora dos quartos de
isolamento, preconizamos a utilização de máscara cirúrgica pelos pacientes até
chegarem ao destino desejado. Tal medida adicional deverá ser acompanhada de uma
priorização no atendimento nos setores envolvidos como, por exemplo, para realização
de exames radiológicos. Dessa forma, reduzimos o tempo de exposição dos demais
pacientes e de funcionários ao risco de contágio.
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Orientações para suspensão das precauções para aerossóis de paciente com
tuberculose:
1. Não se recomenda suspender as precauções para aerossóis de paciente com
tuberculose baseando-se apenas no tempo de tratamento.
2. Paciente com 2 semanas de tratamento efetivo para tuberculose e resposta
clinica satisfatória, deve-se coletar 3 amostras de escarro para pesquisa de BAAR
seguindo-se a padronização descrita no quadro abaixo. Paciente com
Mycobacterium tuberculosis multirresistente documentado em cultura não deverá
sair do isolamento até a saída do hospital.
3. Ver fluxograma abaixo com orientações de manejo das precauções para
tuberculose.
Quadro 2 - Coleta de escarro para definição das precauções para tuberculose
Amostra
Admissão
Em tratamento
≥15 dias de tratamento efetivo
1ª amostra
Na internação
com resposta clínica
satisfatória
2ª amostra
Mínimo 8h após a 1ª amostra
Mínimo 8h após a 1ª amostra
3ª amostra
Mínimo 24h após a 1ª amostra
Mínimo 24h após a 1ª amostra
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Fluxograma 1. Fluxo de orientações para suspensão de precauções
para tuberculose
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4. BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES (MR)
4.1 Orientações para cuidados com pacientes infectados/colonizados com
bactérias multirresistentes
Nos últimos anos, a incidência de microrganismos multirresistentes (Multi-R)
tem aumentado de maneira importante, especialmente em populações de alto risco,
como pacientes em Unidades de Terapia Intensiva e imunocomprometidos.
As infecções causadas por Multi-R estão associadas a períodos prolongados
de internação, custos elevados, além do aumento da morbi-mortalidade, dentre outros.
Diversos fatores estão relacionados à persistência desses microrganismos
dentro das unidades hospitalares, como a vulnerabilidade individual dos pacientes, uso
prolongado de antimicrobianos gerando pressão seletiva, transmissão cruzada pelos
pacientes colonizados e/ou infectados e impacto da adesão às medidas de prevenção e
controle de infecções.
1. Indicação das precauções para bactéria MR
A indicação do isolamento depende de 2 situações:
 Presença de colonização/infecção de agente considerado multirresistente para a
instituição (ver quadro 3)
 Fatores relacionados ao paciente:
o UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: Serão iniciadas as medidas de
precauções de contato em todo paciente com agente considerado
multirresistente para a instituição que esteja internado na Unidade de
Terapia Intensiva.
o ENFERMARIAS: Caso o paciente esteja internado na enfermaria, será
instituído o isolamento de contato mediante a presença das seguintes
condições:
 Pacientes que apresentarem dispositivos invasivos e/ou fatores de
risco para manutenção ou transmissão da colonização como: cateter
venoso central; sonda vesical de demora; traqueostomia; úlcera de
decúbito (principalmente aquelas com drenagem); elevado grau de
dependência da enfermagem, caracterizado por: banho no leito; uso
de fralda e necessidade de aspiração.
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Quadro 3. Microrganismos considerados multi-resistentes para o Instituto de
Infectologia Emílio Ribas.
UTI Adulto/ Unidade de Internação/ Pronto-Socorro
Bactérias MR
Quem isolar?
Quanto tempo?
Observações
Staphylococcus aureus com resistência parcial ou completa a glicopeptídeos
Enterococcus spp resistente a vancomicina
Acinetobacter spp sensíveis apenas a carbapenêmicos e/ou polimixina
Pseudomonas spp resistentes a carbapenêmicos e/ou polimixina
Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (Ex: KPC, grupo CESP)
Klebsiella spp , Escherichia coli e Proteus spp produtores de ESBL.
S. malltophilia
B. cepacia
Clostridium difficille
Na UTI - todos os pacientes que tiverem colonização /infecção pelos agentes acima
Na enfermaria:
 Paciente com porta de saída - qualquer dispositivo que permita a saída de microrganismos com
risco de contaminação das mãos da equipe de saúde e/ou fômites, com possibilidade de
transmissão cruzada: cateter central, cateter urinário, traqueostomia, tubo endotraqueal, drenos,
colostomia, ileostomia, gastrostomia e SNG.
 Dependente dos cuidados de enfermagem - pacientes acamados que necessitem da enfermagem
para cuidados como banho de leito, troca de fraldas, entre outros.
 Feridas abertas incluindo ferida operatória - pacientes que tenha feridas abertas e/ou infectadas,
incluindo úlceras de pressão, varicosas, operatórias, incluindo aquelas com dreno.
 Clostridium difficille – paciente que apresente quadro diarréico suspeito/ confirmado com
presença de Toxina A e B nas fezes
Na UTI - até saída da Unidade.
Na enfermaria - até a suspensão das situações acima
OBS: Clostridium difficille – enquanto durar o quadro diarréico e termino de tratamento específico.
Situações especiais discutir com a CCIH.
No caso de Enterococcus resistente a vancomicina, o paciente é mantido em precauções de contato
até a alta independente do local de internação.
4.2 Medidas e orientações de isolamento para bactérias multi-resistentes
Após identificação desses patógenos e das situações relacionadas ao
paciente, seja como infecção ou colonização, tomar as seguintes medidas:
a. Colocar o paciente idealmente em quarto privativo ou com outro paciente
colonizado/infectado pelo mesmo agente, com placa visível de precauções de
contato (colocar a placa de isolamento na porta do quarto e ou cabeceira do
leito).
b. Higiene das mãos com clorexidine degermante antes e depois de qualquer
contato com o paciente, com superfícies ou mobiliário do quarto de isolamento.
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c. Montar um Kit de precauções de contato contendo luvas, aventais e artigos
deverão ser de uso individualizado pelo paciente: estetoscópio, termômetros, etc.
d. Isolamento de contato:
 Limitar o número de profissionais que entram no quarto de isolamento.
 Disponibilizar luvas e aventais com acesso fácil para profissionais que irão
atender o paciente.
 Comunicar à CCIH a indicação da precaução de contato.
 Prescrever diariamente precaução de contato.
 Todos os profissionais devem usar luvas de procedimento e avental limpo,
não estéril, antes de entrar no quarto do paciente em isolamento; ou na antecâmara.
 Retirar as luvas e avental no interior do quarto, após o término do
procedimento ou exame, com cuidado para não tocar no paciente ou em
superfícies.
 Desprezar as luvas no lixo e o avental no hamper, dentro do quarto.
 Deixar imediatamente o quarto após a retirada das luvas e avental.
 Higienizar as mãos.
e. Cuidados com equipamento utilizado no paciente: todos os objetos utilizados pelo
paciente devem ser de uso exclusivo. Caso não seja possível, fazer a
desinfecção dos mesmos.
f. O paciente deve ser mantido no interior do quarto de isolamento. A circulação
nas áreas comuns, inclusive o telefone, é terminantemente proibida. Orientar os
acompanhantes a não visitar outros quartos.
g. Caso seja necessário transportar o paciente para realização de exames, deve ser
realizada desinfecção da maca ou cadeira de rodas ao término do transporte. O
setor onde será realizado o exame deve ser avisado das precauções a serem
tomadas (vide Recomendações para Cuidados com Pacientes em Precaução de
Contato Atendidos nos Serviços de Diagnóstico e Atendimento Especializado).
2. Recomendações para o Serviço de Higienização e Limpeza:
a. Os funcionários devem entrar nos quartos de isolamento de contato
paramentando-se na antecâmara, caso não haja antecâmara, o funcionário deve
se paramentar no corredor.
b. Desprezar o avental e luvas de procedimento antes de sair do quarto.
c. Não tocar as maçanetas das portas com luvas.
d. Sequência de higienização:
e. Higienizar por último os quartos onde estão os pacientes colonizados/infectados
por bactérias MR.
 Paramentar-se na antecâmara (avental e luvas de procedimento). Ao
entrar, higienizar os móveis com compressa umedecida com álcool a
70%, na seguinte ordem:
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



mesa de alimentação,
cabeceira da cama,
grades dos leitos.
Telefone, maçanetas, interruptores.
 Após a higiene do mobiliário, calçar por cima a luva amarela,
higienizar o piso do quarto com detergente, enxaguar, e após usar
hipoclorito de sódio a 0,5%. Nos banheiros, utilizar hipoclorito a 1% e
recolher o lixo.
 Para enxágue, manter a rotina de uso do hipoclorito de sódio.
f. Após a higienização desses quartos, retirar uma das luvas para abrir a porta, e
sair pela antecâmara. Calçar novamente a luva e levar a água usada na limpeza
do quarto para a DML e o lixo para o expurgo.
g. Retirar as luvas amarelas no expurgo, lavar com detergente, e em seguida
higienizar as mãos com detergente.
h. Para limpeza do quarto seguinte utilizar a mesma luva que foi higienizada. Deixar
o material utilizado no quarto do paciente se em isolamento para uso exclusivo.
Obs1: O material de limpeza utilizado, como panos, mops, luvas, vaporizador, pano
de limpeza, etc., não deve ser utilizado para limpeza em outros quartos, devendo ser
mantido no quarto do paciente até a alta do mesmo. Após alta, realizar
limpeza/desinfecção.
Quadro 4. Orientações para Limpeza e Desinfecção de Artigos e Ambiente de
Pacientes em Precaução de Contato
ARTIGOS
Termômetros
Estetoscópio,
otoscópio
COMO
Limpeza mecânica com água e sabão seguido de
fricção com álcool a 70%
Fricção com álcool a 70%
Tecido que recobre o manguito: enviar para lavanderia
Aparelhos de pressão
Comadre, papagaios,
medidores de urina
Aparelhos de endoscopia
Monitores cardíacos e
respiradores/aparelhos de raios
X
Circuitos respiratórios/ artigos
de inaloterapia
Piso/parede/
Nylon e acessórios: fricção com álcool a 70%
Encaminhar ao CME protegido em saco plástico
(desde o quarto) ou descartável
Desinfecção de alto nível (glutaraldeído/ácido
peracético)
Desinfetante de superfície (biaguanida)
Desinfecção de alto nível na máquina
termodesinfetadora
Limpeza com água e sabão seguido de solução
clorada diluída
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Maçanetas
Cama/colchões/macas/cadeira
de rodas
Mobiliário (mesa, criados)
Limpeza com água e sabão ou álcool a 70%
Água e sabão seguido de álcool a 70%
Água e sabão seguido de álcool a 70%
4.3 Duração das precauções para bactérias MR

Paciente internado na UTI – manter até a alta da UTI.

Paciente internado na Enfermaria - enquanto mantiver dispositivos invasivos ou
fator de risco, como descrito acima, o paciente deverá permanecer em
precaução de contato (ver quadro 3).
Pacientes colonizados ou infectados por Enterococcus spp. resistentes à
vancomicina e Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (Ex.: KPC) devem ser
notificados imediatamente à CCIH e as precauções de contato devem ser mantidas
até a alta hospitalar por se tratar de um microrganismo de elevado impacto
epidemiológico.
3. Condutas no caso de pacientes transferidos de outros hospitais ou serviços
Tendo em vista o risco de pacientes transferidos de outros serviços ou de
casas de repouso estar em infectados/colonizados por microrganismos multirresistentes e
com o objetivo de reduzir o risco de transmissão desses microrganismos, a CCIH faz as
seguintes recomendações no quadro abaixo:
Quadro 5. Condutas para pacientes transferidos para o IIER
UTI Adulto/ Unidade de Internação/ Pronto-Socorro
Tempo de
permanência na
outra instituição




pacientes transferidos de outras instituições hospitalares, onde tenham permanecido mais
de 48 horas;
pacientes transferidos de outras UTI, independente do tempo de internação;
pacientes submetidos a procedimentos invasivos em outros serviços (cirurgias, cateterismo
cardíaco, cateterização venosa profunda ou urinária);
pacientes de casas de repouso.
Quem isolar?
Todos os pacientes transferidos de acordo com os critérios acima até a saída das culturas.
Culturas de
Retal
Secreção traqueal (se entubado ou traqueostomia)
Feridas abertas
Urina (se sonda vesical de demora)
vigilância – sítio
de coleta
Manutenção do
isolamento
Cultura negativa para bactéria multidroga-resistente: suspender as precauções de contato.
Cultura com agente considerado bactéria multidroga-resistente:
UTI – manter precauções de contato até a saída da unidade
Enfermaria – rever o tipo de microrganismo e condições do paciente.
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Orientações para seguir as recomendações acima:




MÉDICO PLANTONISTA DO PRONTO-SOCORRO: Identifica o paciente com
critérios de inclusão e agiliza sua passagem pelo PS e transferência para
enfermaria ou UTI, visando a diminuir o tempo de permanência do paciente
naquele local e a disseminação de patógeno multi-resistente.
MÉDICO ASSISTENTE: Solicita as culturas de vigilância e prescreve o
isolamento de contato.
ENFERMEIRA: Implanta as precauções de contato, supervisiona sua aplicação e
comunica a CCIH.
CCIH: Avalia resultado das culturas de vigilância e define sua continuidade.
4.4 Culturas de vigilância (onde colher?):
Seguir as orientações do quadro 5 acima:
 Retal
 Secreção traqueal (se entubado ou traqueostomia)
 Feridas abertas
 Urina (se sonda vesical de demora)
Recomendações gerais:
 Coletar quando o paciente for admitido na enfermaria/UTI;
 Não há necessidade de coleta rotineira de hemoculturas, exceto se houver sinais
de infecção em atividade, como parte de investigação de foco infeccioso;
 No pedido de cultura deve ser discriminado: “pesquisa de bactéria
multirresistente”;
 Os resultados das culturas de vigilância não devem ser utilizados com finalidade
de definição de terapia antimicrobiana. Sua utilidade é exclusivamente
epidemiológica (definir necessidade de precaução de contato).
5. RECOMENDAÇÕES PARA CUIDADOS COM PACIENTES EM PRECAUÇÃO
DE CONTATO ATENDIDOS NOS SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICO E
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
Com a finalidade de esclarecer as dúvidas existentes nos setores de apoio
diagnóstico e serviço de atendimento especializado (diagnóstico por imagem e métodos
gráficos, ambulatório de especialidades e centro cirúrgico) que recebem pacientes sob
precauções de contato internados neste instituto, o Núcleo Executivo da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar recomenda o seguinte:
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1) O paciente em precaução de contato deve ser mantido no interior do quarto de
isolamento. Os procedimentos diagnósticos e terapêuticos devem ser realizados
preferencialmente no interior do quarto, sempre que isso seja tecnicamente
possível.
2) Caso seja necessário transportar o paciente para realização de exames ou
procedimentos, devem ser tomados os seguintes cuidados:
a. se o paciente apresentar lesões de pele ou feridas secretantes, essas
devem ser recobertas, para evitar contaminação das superfícies por onde
o paciente circula;
b. os drenos e sondas devem ser fechados ou recobertos para evitar
vazamento e contaminação ambiental;o paciente deve ser recoberto com
lençol limpo, que cubra toda a superfície corporal;
c. o profissional que realiza o transporte deverá usar luva e avental durante
a remoção do paciente, com cuidado para não tocar outras superfícies
durante o transporte com as luvas contaminadas (isto é, botão do
elevador, maçaneta das portas, prontuários, telefones);
d. ao término da remoção deverá ser realizada desinfecção da maca ou
cadeira de rodas utilizada no transporte;
e. o setor onde será realizado o exame deve ser avisado pela
enfermagem das precauções a serem tomadas, isto é, uso de luvas e
avental na manipulação do paciente e desinfecção das superfícies e
aparelhos com os quais ele teve contato;
f. em caso de respingos de matéria orgânica em piso ou paredes, essas
devem ser limpas e desinfetadas pelo pessoal da limpeza, seguindo a
norma existente. Não há necessidade de realização de limpeza terminal
do setor após a saída do paciente do local;
g. todo o material utilizado (luvas, avental descartável, lençol descartável),
deve ser desprezado em saco de lixo. Caso sejam utilizados aventais e
lençóis de tecido, esses devem ser colocados em hamper;
h. a limpeza e desinfecção dos aparelhos utilizados (endoscópios,
broncoscópios, colonoscópios, material cirúrgico, etc) devem seguir a
rotina padronizada;
i. após a retirada das luvas e do avental, as mãos devem ser lavadas com
água e sabão líquido anti-séptico (clorexidine degermante);
j. esses procedimentos em pacientes sob isolamento de contato podem ser
marcados, a critério do setor prestador de serviço, para o último horário
disponível, a fim de facilitar a operacionalização da limpeza. No entanto,
essa medida não é obrigatória, não se justificando, portanto, o adiamento
de procedimentos de urgência por essa justificativa.
k. No caso do Centro-Cirúrgico, fazer a limpeza concorrente após a saída do
paciente em precauções de contato (não é necessário realizar limpeza
terminal).
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6. CONDUTA PARA OS CONTACTANTES DE VARICELA
No intuito de minimizar o risco de transmissão de varicela entre pacientes e
profissionais de saúde no IIER, a CCIH recomenda que todo caso de Varicela/Zoster
disseminado seja mantido sob isolamento de contato + aerossóis até que todas as
lesões estejam em fase crostosa. Pacientes com herpes-zoster localizado deverão ser
colocados sob isolamento de contato.
Em relação aos contactantes recomendamos:
1) Todos os contactantes suscetíveis (sem antecedentes de varicela) farão isolamento
respiratório a partir do 10o dia após o primeiro contato até o 21o dia após último
contato com o paciente com varicela ou zoster. Os pacientes contactantes deverão
ter a sua alta agilizada quando possível. Os casos que evoluírem para varicela
devem ser isolados.
2) Os profissionais de saúde devem ser afastados do trabalho ou utilizar máscara
durante sua atividade durante todo o período de observação.
3) Pacientes contactantes suscetíveis que receberam transfusão ou imunoglobulina
terão seu período de observação e isolamento prorrogados até 28 dias.
4) VZIG (imunoglobulina antivaricela/zoster) deve ser administrado nos contactantes
imunodeprimidos suscetíveis, nas primeiras 96 horas após a exposição. O uso de
IVIG (imunoglobulina comum), apesar de poder atenuar o quadro, não substitui
VZIG.
5) A utilização de vacina contra varicela, quando administrada nas primeiras 72 horas
após o contato, reduz em 75% o risco de adoecimento.
6) Aciclovir - pode ser usado na dose de 800 mg (20 mg/Kg), 4x por dia, para os
pacientes imunodeprimidos e, a critério médico, para os demais pacientes; deve-se
iniciar a droga entre o 7o e 9o dias após o contato e a droga deve ser administrada
por sete dias.
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7. ORIENTAÇÕES PARA ISOLAMENTO DE PACIENTES COM DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
Quadro 6. Distribuições das precauções recomendadas segundo a infecção ou
agente etiológico, tipo e duração
Infecção ou Condição
Infecção/agente etiológico
Abscesso
 com grande drenagem
 com pouca drenagem ou
contido
AIDS
Precauções
Tipo
Duração
Comentários
Contato
DD
Sem curativo ou curativo que não contém a
drenagem.
Curativo cobre e contém a drenagem.
Padrão
Padrão
Actinomicose
Adenovirose, infecção por:
Lactente e pré-escolar
Amebíase
Padrão
Gotícu-las
Contato
Padrão
Ancilostomíase e necatoríase
Angina de Vincent
Antrax
Padrão
Padrão
Padrão
 cutâneo
Padrão
 pulmonar
Arbovirose
(dengue, febre amarela,
encefalite do West Nile)
Padrão
Padrão
Ascaridíase
Aspergilose
Padrão
Padrão
Babesiose
Padrão
Bactérias multirresistentes
Botulismo
Contato
Padrão
- Apenas pacientes com quadro psiquiátrico,
sangramentos ou secreções de grande volume
devem seguir o isolamento de contato.
- Profilaxia pós-exposição para algumas
exposições a sangue.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
DD
Transmissão de pessoa a pessoa é rara. Relatos
de transmissão intrafamiliar e em instituições para
indivíduos com transtornos mentais. Utilizar
precauções quando da troca de fraldas de
lactentes e indivíduos com transtornos mentais.
Pacientes infectados geralmente não representam
risco de infecção.
A transmissão por pele não íntegra é possível,
portanto usar precauções de contato se houver
grande quantidade de drenagem não contida.
Preferir lavagem das mãos com água e sabão a
uso de antissépticos alcoólicos, pois o álcool não
tem atividade esporicida.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Não há transmissão de pessoa a pessoa, exceto
raramente por transfusão e, para o vírus do West
Nile, por transplante de órgão, amamentação e por
via transplacentária. Instalar telas em portas e
janelas em áreas endêmicas.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Usar precauções de contato e precauções para
aerossol se ocorrer infecção massiva de tecidos
moles com drenagem copiosa e necessidade de
irrigações de repetição.
Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto
raramente por transfusão.
Ver orientações em capítulos anteriores
Não transmissível de pessoa a pessoa.
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Bronquiolite/Infecção
respiratória
Vírus Sincicial Respiratório e
Vírus Parainfluenzae
-lactente e pré-escolar
Contato
Brucelose
Padrão
Candidíase ( todas as
formas)
Cancro Mole
(Chlamydia trachomatis)
-Conjuntivite, genital e
respiratória
Caxumba (Parotidite)
Padrão
Gotículas
Padrão
Contato
Cisticercose
Citomegalovirose
Padrão
Padrão
Clostridium perfringens
 intoxicação alimentar
 gangrena gasosa
Padrão
Padrão
Padrão
Contato
Chlamydia trachomatis (todas
as formas)
Chlamydia pneumoniae
Coccidiodomicose
Padrão
Conjuntivite
 Bacteriana aguda
(Chlamydia, gonococo)
 Viral aguda (aguda
hemorrágica)
Padrão
Padrão
Coqueluche
Eliminação viral pode ser prolongada em pacientes
imunocomprometidos. Manter precaução de
contato em imunocomprometidos por tempo
prolongado (enquanto durar a hospitalização).
Usar máscaras conforme necessidade de
precaução padrão.
Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto
raramente por contato sexual ou esperma
estocado. Após exposição em laboratório,
administrar profilaxia antimicrobiana.
Padrão
Celulite sem secreção
com secreção
Clostridium botulinum
Clostridium difficile
DD
Transmissível de pessoa a pessoa por via sexual.
Do início da
tumefação
até 9 dias
Sem precauções adicionais para profissionais da
saúde grávidas.
DD
Considerar
também o
término do
tratamento
específico
Padrão
Padrão
Contato
Após início do edema os profissionais suscetíveis
devem abster-se de cuidar do paciente com
caxumba.
As precauções padrão são suficientes para
celulites com drenagem contida pelo curativo ou
sem secreção
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Rara transmissão de pessoa a pessoa; relato de
um surto em centro cirúrgico. Usar Precauções de
contato se houver drenagem extensiva.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Interromper antibióticos, se apropriado. Garantir
medidas de limpeza e desinfecção ambientais
consistentes. Usar hipoclorito na limpeza se
transmissão continuar a ocorrer. Melhor lavagem
das mãos com água e sabão que uso de
preparados alcoólicos para sua higiene (ausência
de atividade esporicida do álcool).
Raros surtos em populações institucionalizadas.
Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto em
situações extraordinárias.
DD
Vírus implicados: adenovírus, enterovírus 70,
coxsackie A24. Muito contagiosos; vários surtos
em clínicas oftalmológicas, serviços de pediatria e
neonatologia etc. Clínicas oftalmológicas deveriam
adotar medidas de controle de infecção ao
manipular pacientes com conjuntivite.
Gotículas
Por mais 5
Preferir internação em quarto individual. Coorte
dias após
opcional. Realizar quimioprofilaxia pós-exposição
início do
para contatos domiciliares e profissionais da saúde
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tratamento
eficaz
Coriomeningite linfocitária
Coxsackie (vide Enterovirose)
Criptococose
Padrão
com contato prolongado a secreções respiratórias.
Ainda não há recomendações para vacina com
vacina acelular para adultos.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto
raramente por transplante de tecidos e córnea.
Criptosporidíase (vide
Diarréia)
Dengue
Padrão
Não transmissível de pessoa a pessoa. Em áreas
endêmicas instalar telas em janelas e portas.
Manter caixas e reservatórios de água tampados.
Dermatomicoses
Diarréia
Padrão
Padrão
 Adenovírus
Padrão
 Campilobacter spp.
Padrão
 cólera
Padrão
 criptosporidiose
Padrão
 E. coli ênterohemorrágica O157: H7
Padrão
 E. coli (outras espécies)
Padrão
 giardíase
Padrão
 norovírus
Padrão
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarréia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarréia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarréia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarréia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarréia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia. Profissionais que limpam áreas muito
contaminadas com fezes ou vômitos podem se
beneficiar do uso de máscaras, pois o vírus pode
ser aerossolizado. Assegurar limpeza e
desinfecção ambientais consistentes com foco nos
banheiros, mesmo que não estejam visivelmente
sujos. Uso de hipoclorito pode ser necessário em
29
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INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
 rotavírus
Contato
 salmonelose
Padrão
 shiguelose
Padrão
 Vibrio parahaemolyticus
Padrão
 viral (outras, não citadas
previamente)
Padrão
Yersinia enterocolitica
Padrão
Difteria (Crupe)
 Cutânea
 Faríngea
DD
Contato
CN
Gotículas
CN
Doença da arranhadura do
gato
Doença de Creutzfeldt-Jacob
Padrão
Doença de Kawasaki
Doença de Lyme
Doença de mão, pé, boca
(ver enterovirose)
Encefalite (vide agentes
específicos)
Endometrite
Enterovirose (coxsackie dos
grupos A e B e Echovirus;
exclui poliovirus)
Enterobíase
Enterococcus sp. (se
multirresistente vide
organismos multirresistentes)
Enterocolite necrotizante
Padrão
Padrão
Epiglotite por H. influenzae
tipo b
Equinococose (hidatidose)
Gotícu-las
Padrão
casos de transmissão. contínua.
Assegurar limpeza e desinfecção ambientais
consistentes e frequente remoção de fraldas sujas.
Dispersão prolongada pode ocorrer de crianças e
idosos, imunocompetentes ou não.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Usar precauções de contato para indivíduos com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença ou para controle de surtos institucionais de
diarreia.
Até que duas culturas coletadas com intervalo de
24 horas se mostrem negativas.
Até que duas culturas coletadas com intervalo de
24 horas se mostrem negativas.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Usar instrumentais descartáveis ou procedimentos
especiais de esterilização/desinfecção para
superfícies e objetos contaminados com tecido
neural de casos suspeitos e confirmados.
Não é doença infecciosa.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Padrão
Usar Precauções de contato para crianças que
usam fraldas ou incontinentes durante a duração
da doença e para controle de surtos.
Padrão
Padrão
Padrão
Precaução de contato pode ser necessária
se surto for provável.
T 24
HORAS
Não transmissível de pessoa a pessoa.
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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Eritema infeccioso (ver
Parvovírus B19)
Escabiose
Esquistossomose
Esporotricose
Estafilococcias
 enterocolite
Padrão
Contato
Contato
Padrão
 pneumonia
 síndrome do choque
tóxico
 síndrome da pele
escaldada
Padrão
Padrão
 resistente a múltiplos
antimicrobianos (vide
organismos multirresistentes)
Estreptococcia
(estreptococos do grupo A)
 doença invasiva grave
 endometrite (febre
puerperal)
 pele
 ferida extensa e
grande queimado
Usar Precauções de contato para crianças com
fraldas ou incontinentes durante a duração da
doença.
DD
Padrão
ferida pequena

T 24
HORAS
Padrão
Padrão
 furunculose em lactentes
e crianças
furunculose em adultos
 pele
 ferida extensa e
grande queimado

Contato
Contato se houver drenagem não contida
DH
Curativo cobre e contém a drenagem.
1.
Contato
DD
Considerar profissional da saúde como fonte
potencial em berçários ou surtos em UTIs
neonatais.
Gotículas
T 24
HORAS
Surtos descritos de doença graves invasivos
secundários à transmissão entre pacientes e
profissionais da saúde.
Padrão
Contato,
Gotículas
T 24
HORAS
Padrão
ferida pequena e
queimados
 pneumonia, faringite ou
escarlatina
em crianças
Estreptococcia
(estreptococos do grupo B),
neonatal
Estrongiloidíase
Exantema súbito (HHV-6)
Febre hemorrágica virais
(Lassa, Sabiá, Ebola,
Marburg etc)
Sem curativo ou curativo que não contém a
drenagem.
Gotículas
Sem curativo ou curativo que não contém a
drenagem.
Curativo cobre e contém a drenagem.
T 24
HORAS
Padrão
Padrão
Padrão
Contato +
Gotículas
DH
Preferir quartos individuais; enfatizar práticas de
trabalho seguras, higienização das mãos, barreira
de proteção contra sangue e fluidos corpóreos ao
entrar no quarto (luvas e aventais impermeáveis,
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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Febre da mordedura de rato
Febre Q
Febre recorrente
Febre reumática
Gangrena gasosa
Giardíase (vide diarreia)
Gonococo (inclusive oftalmia
neonatal)
Granuloma venéreo
/donovanose
Hanseníase
Hantavirose pulmonar
Helicobacter pylori
Hepatite viral
Vírus A
Uso de fralda ou incontinente
Vírus B (HBs Ag positivo),
vírus C e outros:
Sem sangramento e
Com sangramento, não
contido
Vírus E
Herpangina (vide
Enterovirose)
Herpes simplex:
Encefalite
Herpes neonatal
proteção facial/ ocular com máscaras/óculos e
manipulação adequada do lixo. Usar respirador
N95 ao realizar procedimentos geradores de
aerossóis. Possibilidade de uso de luvas duplas e
cobertura para pernas e sapatos, especialmente
quando os recursos de limpeza e lavanderia forem
limitados em situações de sangramento. Notificar
autoridade de vigilância epidemiológica
imediatamente após a suspeita.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Não é condição infecciosa.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Contato
Manter precauções em cça < de 3 anos durante
toda a hospitalização; entre 3 a 14 anos até 2
semanas do início dos sintomas; >14 anos até 1
semana do início dos sintomas
Padrão
Padrão
Manter isolamento de contato se paciente
incontinente, durante a duração da doença.
Padrão
Contato
Herpes mucocutâneo
recorrente (pele, oral e
genital)
Herpes mucocutâneo
disseminado ou primário
extenso
Herpes zoster
 localizado em paciente
imunocompetente com lesões
que possam ser cobertas
Para recém-nascido via vaginal ou cesariana de
mãe com infecção ativa e ruptura de membranas
por mais de 4 a 6 horas
Padrão
Contato
Padrão
Até que as
lesões
estejam em
crosta
Profissionais não imunes não devem atender a
esses pacientes diretamente, quando outros
profissionais imunes puderem fazê-lo.
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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
 localizado em paciente
imunocomprometido /
disseminado em qualquer
paciente
Histoplasmose
Impetigo
Aeros-sol e
Contato
Infecção em cavidade
fechada (com ou sem
drenagem)
Infecção de ferida (com ou
sem dreno)
Infecção pelo HIV:
Sem sangramento e
Com sangramento não
contido
Infecção respiratória aguda
(se não abordada em outro
item)
 adulto
lactantes e pré-escolares
ou bronquiolite
(vírus Sincial respiratório e
vírus parainfluenzae)
Infecção urinária, com ou
sem sonda
Influenza
 humano
(A,B,C)
Padrão
 aviária
Padrão
Contato
DD
T 24 hs de
terapêuti-ca
eficaz
Padrão
Profissionais não imunes não devem atender a
esses pacientes diretamente, quando outros
profissionais imunes puderem fazê-lo
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Frequente causador de surtos. Antissépticos e
equipamentos individualizados, assim como lavar
as mãos pode evitar a disseminação.
Precauções de contato somente na presença de
drenagem copiosa não contida.
Padrão
Padrão
Contato
DD
Padrão
Gotículas
Aerossol +
contato
DD
5 dias,
exceto para
imunodepri
mido (DD)
DD
Quarto individual, quando possível ou coorte.
Evitar expor pacientes de alto risco; usar máscara
ao retirar paciente do quarto. Uso de
quimioprofilaxia e vacinas para controlar/prevenir
surtos. Aventais e luvas são especialmente
importantes na pediatria.
Ver guias específicos e atualizados do CDC e MS.
www.cdc.gov/flu/avian/professional/infectcontrol.htm
Ver guias específicos e atualizados do CDC e MS.
Ver guias específicos e atualizados do CDC e MS.
http://www.pandemicflu.gov
H1N1 (suína)
 pandêmica
Goticulas
Gotículas
Infecção alimentar
(botulismo, C. perfringens ou
welchii, estafilocóccica)
Legionelose
Leptospirose
Listeriose
Padrão
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Padrão
Padrão
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Transmissão de pessoa a pessoa é rara;
transmissão horizontal em unidades neonatais já
foi relatada.
Linfogranuloma venéreo
Padrão
Malária
7 dias
5 dias do
início dos
sintomas
Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto por
transfusão ou raros casos de falhas nas
precauções padrão. Instalar telas nas janelas e
portas em áreas endêmicas. Usar repelentes a
base de DEET e roupas para cobrir as
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Padrão
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extremidades.
Micoplasma (pneumonia)
Micobacteriose atípica
Mielioidose (todas as formas)
Meningite
 asséptica
Gotículas
Padrão
Padrão
 bacteriana (Gramnegativos, em neonatos)
 fúngica
 por H.influenzae
(comprovada ou suspeita)
Padrão
DD
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Padrão
Gotículas
 por Listeria
 por Meningococo
(comprovada ou suspeita)
Padrão
Gotículas
 por Streptococcus
pneumoniae (pneumococo)
 tuberculosa
Padrão
 outras bactérias
Meningococcemia (sepsis,
pneumonia, meningite)
Padrão
Gotículas
Micobactéria não tuberculosa
Molusco contagioso
Mononucleose (e outras
infecções
pelo Epstein-Barr vírus)
Murcomicose
Nocardiose
Parainfluenza (em crianças)
Parvovírus B19
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Contato
Gotículas
Pediculose
Contato
Peste
 bubônica
Padrão
Precauções de contato para lactentes e crianças
pequenas.
24 HORAS
após inicio
do
tratamento
específico
24 HORAS
após inicio
do
tratamento
específico
Padrão
Doença pulmonar ativa concomitante pode
necessitar Precaução para aerossóis adicionais.
Para crianças, manter Precauções para aerossóis
até que tuberculose ativa de familiares visitantes
seja descartada.
24 HORAS
após inicio
do
tratamento
específico
Profilaxia pós-exposição para contactantes
domiciliares e profissionais expostos a secreções
respiratórias. Vacina pós-exposição somente para
controle de surtos.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
DD
DH ou DD
Manter precauções por toda hospitalização para
doença crônica em imunodeprimidos; para
pacientes com crise de aplasia transitória, manter
precauções por sete dias. Não há definição de
tempo de precauções para imunodeprimidos com
PCR persistentemente positivo, mas transmissão
tem sido documentada.
24h após o
início do
tratamento
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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
 pneumônica
Pleurodínia (vide
Enteroviroses)
Pneumonia
 adenovírus
Gotículas
48h após o
início do
tratamento
Profilaxia antimicrobiana para profissionais
expostos.
Gotículas +
Contato
DD
Surtos relatados em unidades pediátricas e de
pacientes institucionalizados. Para
imunodeprimidos, manter precauções de gotículas
e contato por longo período devido à disseminação
prolongada do vírus.
 outras bactérias
 clamídia
 fúngica
H. influenzae tipo b
 adultos
 crianças
Padrão
Gotículas
 legionela
 meningococo
Padrão
Gotículas
 micoplasma
 pneumocóccica
Gotículas
Padrão
Pneumocystis jiroveci
Padrão
Staphylococcus aureus
Padrão
estreptocócica (grupo A)
 adultos
Gotículas
Padrão
Padrão
Padrão
 crianças
Gotículas
viral
 adultos
 crianças (vide infecção
respiratória aguda)
Poliomielite
Psitacose (ornitose)
Raiva
24h após o
início do
tratamento
24h após o
início do
tratamento
DD
Usar precauções de gotículas se houver evidência
de transmissão na unidade.
Evitar internação no mesmo quarto com um
indivíduo imunodeprimido.
Para MRSA, ver recomendações para organismos
multirresistentes.
24h após o
início do
tratamento
24h após o
início do
tratamento
Associar isolamento de contato, na presença de
lesões de pele.
Associar isolamento de contato, na presença de
lesões de pele.
Padrão
Contato
Padrão
Padrão
DD
Rinovírus
Gotículas
DD
Riquetsiose (inclusive forma
Padrão
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Rara transmissão de pessoa a pessoa;
transmissão documentada por transplante de
córnea, tecidos e órgãos sólidos. Em situação de
mordida ou exposição de pele não íntegra ou
mucosa a indivíduo contaminado, lavar área
exposta e administrar profilaxia pós-exposição.
Gotículas é a rota mais importante de transmissão.
Adicionar precauções de contato se houver
quantidade elevada de secreções e contato
próximo puder ocorrer (p.ex., lactentes)
Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto
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vesicular)
Rotavírus (vide Diarreias)
Rubéola
 congênita
 outras formas
Salmonelose (vide Diarreias)
Sarampo (todas as
apresentações)
Sífilis (qualquer forma)
Síndrome do choque tóxico
Síndrome de Guillain-Barré
Síndrome mão-pé-boca (vide
Enteroviroses)
Síndrome de Reye
Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SARS)
Síndrome de Stevens
Johnson ou eritema
multiforme
Teníase
Tétano
Tifo (endêmico ou epidêmico)
Tínea
Toxoplasmose
Tracoma
Trichiuríase
Tricomoníase
Tuberculose
 extrapulmonar (sem
drenagem)
raramente por transfusão.
Contato
Gotículas
Aerossol
Profissionais suscetíveis não devem entrar no
quarto caso existam profissionais imunes. Se
imune, não há necessidade de usar máscara
cirúrgica. Mulheres grávidas não imunes não
devem cuidar desses pacientes. Administrar
vacina dentro de três dias da exposição para
indivíduos suscetíveis não gestantes. Colocar
pacientes expostos não imunes em Precauções de
gotículas; excluir profissionais não imunes do
trabalho, do quinto ao vigésimo primeiro dia pósexposição, a despeito da vacina pós-exposição.
4 dias após
início de
rash; para
imunodepri
midos, DD
Profissionais suscetíveis não devem atender
pacientes com sarampo, se outros puderem fazêlo; sem recomendação de protetor facial para
profissionais imunes. Para suscetíveis expostos,
vacinação pós-exposição até 72 h ou
imunoglobulina até seis dias. Excluir profissional
do trabalho do quinto ao vigésimo primeiro dia
após a exposição, a despeito da vacinação pósexposição.
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Aerossol,
Gotículas,
Contato
Contato
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Padrão
Não é condição infecciosa
DH mais 10 Precauções para aerossóis preferidas. Precauções
dias após a
para gotículas se não houver condições para
resolução
precauções para aerossóis. Usar proteção ocular;
da febre se
procedimentos que geram aerossol representam
sintomas
maior risco. Desinfecção ambiental em foco.
respiratórios
com
melhora.
DD
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Rara transmissão de pessoa a pessoa.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Avaliar evidência para tuberculose pulmonar; para
lactentes e crianças, usar precauções para
aerossóis até que tuberculose pulmonar ativa de
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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
 extrapulmonar (com
drenagem)
Aerossol,
Contato
 pulmonar ou laríngea,
confirmada
Aerossol
 pulmonar ou laríngea,
suspeita
Aerossol
 PPD reator sem doença
pulmonar ou laríngea
Tularemia (todas as formas)
Úlcera de decúbito
 extensa, com secreção
não contida
 pequena ou com secreção
contida
Varicela
Padrão
Verminoses
Vírus Ebola (ver febres
hemorrágicas virais)
Vírus Marburg (ver febres
hemorrágicas virais)
Vírus parainfluenza (ver
Infecção respiratória aguda)
Vírus sincicial respiratório
(crianças e pacientes
imunocomprometidos)
Zigomicose (murcomicose,
fucomicose)
visitadores/acompanhantes seja descartada.
Suspender precauções somente quando o
paciente estiver recebendo terapêutica adequada,
com melhora clínica e com três baciloscopias
negativas do líquido de drenagem. Avaliar a
evidência de tuberculose pulmonar ativa.
Suspender precauções somente quando o
paciente estiver recebendo terapêutica adequada,
com melhora clínica e com três baciloscopias
negativas em dias consecutivos.
Suspender precauções somente quando a
possibilidade de tuberculose for remota e 1)
houver um outro diagnóstico que explique a
síndrome clínica,ou 2) houver resultados negativos
de três baciloscopias coletadas com 8 a 24 horas
de diferença, sendo, pelo menos uma amostra
cedo ao despertar.
Padrão
Contato
DD
Padrão
Aerossol,
Contato
Até que
todas as
lesões
estejam em
crosta
Profissionais suscetíveis não devem entrar no
quarto se profissionais imunes estiverem
disponíveis. Sem recomendação de protetor facial
para funcionário imune. Em paciente
imunodeprimido com pneumonia por varicela,
prolongar a duração das precauções até a
resolução da doença. Profilaxia pós-exposição:
vacinar até 120 horas da exposição. Para
indivíduos expostos suscetíveis com contraindicação à vacinação (grávidas, imunodeprimidos,
neonatos), administrar VZIG dentro de 96 horas.
Excluir profissional do trabalho do oitavo ao
vigésimo primeiro dia após a exposição, a despeito
da vacinação pós-exposição. Estender
afastamento até 28 dias, caso tenha recebido
VZIG.
DD
Usar máscara de acordo com Precauções padrão.
Para pacientes imunodeprimidos, prolongar
duração de precauções de contato devido à
disseminação duradoura.
Não transmissível de pessoa a pessoa.
Padrão
Contato
Padrão
Duração das Precauções:
DD: Durante toda a duração da doença (em feridas, até o desaparecimento da secreção).
Avenida
Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil
DH: Durante todo o período de
hospitalização.
FONE: (011)
3896-1200 – Ramal 1347/1421
T: Até o tempo especificado,CEP
após01246-900
o início da-terapêutica
apropriada.
CN: Até que a cultura seja negativa.
37
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8. FLORES E PLANTAS EM ÁREA DE ATENDIMENTO A PACIENTES
Com relação ao controle de infecção, não há nada que condene o seu uso em
áreas administrativas, não assistenciais e pátios. Os Pacientes do IIER, mesmo em
enfermarias comuns, não poderão receber flores e plantas, pois na sua maioria são
imunodeprimidos.
Em outras áreas críticas seu uso deve ser evitado como: central de
esterilização, centro cirúrgico e obstétrico, unidade de terapia intensiva, unidade de
transplante, unidade hematológica, sala de procedimentos invasivos, quarto de
pacientes imunodeprimidos, sala de curativos, laboratório e posto de enfermagem.
A água acumulada em vasos de flores frescas contém uma flora patogênica,
inclusive com altos índices de resistência aos antimicrobianos. Esses agentes podem
contaminar o paciente, principalmente por meio das mãos da equipe, que se colonizam
ao trocar a água do vaso. Assim, flores devem ser proibidas em áreas de alto risco.
Caso sejam empregadas (em áreas não assistenciais), a sua manipulação deve
ser realizada por funcionários que não manipulem o paciente ou então que utilizem
luvas ao contato com o vegetal. A água deve ser trocada pelo menos a cada 48 horas e
desprezada no expurgo. O vaso deve ser desinfetado após o uso. Sempre lavar as
mãos após os procedimentos com plantas ou flores.
9. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS BRINQUEDOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
As brinquedotecas são espaços providos de brinquedos destinados a estimular as
crianças e seus acompanhantes a brincar, contribuindo para a construção e/ou
fortalecimento das relações de vínculos e afeto entre as crianças e seu meio social,
oferecendo experiências positivas durante o período de internação, resgatando o lado
mais forte e saudável do paciente pediátrico.
A publicação da Lei Federal nº 11.104, de 21 de março de 2005 (DOU
22/3/2005) torna obrigatória a instalação de brinquedotecas nas unidades hospitalares
que oferecem atendimento em hospitais pediátricos em regime de internação. A
briquedoteca vai se tornar cada vez mais presente nos hospitais que atendem crianças
das mais diversas idades.
Alguns trabalhos na literatura identificam a contaminação dos brinquedos por
microrganismos e a ocorrência de infecções veiculadas por esses artigos em clínicas e
hospitais.
A característica do material do qual é confeccionado o brinquedo pode favorecer
a contaminação. Os brinquedos macios podem ser reservatórios potenciais de
microrganismos por serem de difícil desinfecção. Os brinquedos compartilhados, se não
forem desinfetados entre os usos, podem ser fonte de infecção e até de surtos.
Em razão do risco de transmissão cruzada de infecções, algumas medidas
preventivas são importantes de ser adotadas.
A seguir definimos algumas recomendações para aquisição de brinquedos na
instituição:
38
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






Os brinquedos devem ser de material lavável (plásticos, acrílico ou madeira
com tinta esmaltada lavável etc);
Não devem ser adquiridos brinquedos de tecidos e pelúcia; e também devem
ser isentos de costura e orifícios onde a água possa penetrar, dificultando a
limpeza e secagem.
Brinquedos de papel ou madeira também devem ser evitados, caso sejam
muito necessários, sugerimos encapar com plástico adesivo.
As crianças e os acompanhantes devem proceder a higiene das mãos ou o
uso do álcool gel antes e depois do contato com os brinquedos;
É muito importante que a brinquedoteca tenha um local onde possa ser
colocada uma pia com dispensador com sabão líquido e papel toalha ou
suporte de álcool gel.
Pacientes em isolamento não podem ir a brinquedoteca. Mas podem levar
um brinquedo para brincar no quarto, desde que após o seu uso o brinquedo
passe por processo de lavagem e desinfecção com álcool 70%.
Uma rotina institucional deve ser elaborada, especificando a periodicidade da
limpeza e desinfecção dos brinquedos e deve ser validada pela CCIH.
Procedimentos recomendados:
 Lavar e desinfetar os brinquedos entre os usos.
 Se o brinquedo não puder ser lavado, não é apropriado para a utilização em
instituições de saúde.
 No final das brincadeiras, colocar os brinquedos em local reservado para
brinquedos sujos, higienizá-los e retorná-los posteriormente á brinquedoteca.
 Estabelecer rotina de higienização e armazenamento dos brinquedos.
 Brinquedos de plástico rígido: escovar com água e sabão, enxaguar em água
limpa, imergir em solução de hipoclorito de sódio (1:10) por 30 minutos,
remover e enxaguar em água fria e secar.
 Alguns brinquedos e livros de plástico podem ser desinfetados com álcool a
70%, três vezes e deixar secar.
 O mobiliário deverá ser confeccionado em material liso que permita a
limpeza e a desinfecção diária.
10. BIBLIOTECA CIRCULANTE (LIVROS E REVISTAS)
Em nosso hospital tem sido adotado como rotina o empréstimo de livros para os
profissionais e pacientes, que deverão devolvidos com data preestabelecida.
Se houver empréstimo de livros/jornais/revistas para os pacientes em precauções
especiais (contato/ aerossóis e gotículas), após a sua leitura o paciente deve levá-lo
para casa. Não devem ser re-utilizados para outros pacientes pela dificuldade de
limpeza e desinfecção dos mesmos.
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SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE
INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
11. BIBLIOGRARIA CONSULTADA
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Infecção
relacionada à Assistência à Saúde Módulo 5 – Risco Ocupacional e Medidas de
Precauções e Isolamentos – (UNIFESP) – São Paulo, 2004 – versão 1.0.
APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar –
Precauções e isolamento – São Paulo, 2012.
APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar – Limpeza,
desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-sepsia. São Paulo, 2004.
Grupo de Controle de Infecção Hospitalar – Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo. Guia de utilização dos antimicrobianos e
recomendações para a prevenção de infecções hospitalares. São Paulo, 003/2004.
Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Guia
de utilização de anti-infeccioso e recomendações para a prevenção de infecções
hospitalares 2009/2011, São Paulo.
Caetano, A.L.; Silva, A.M.A; Okame, H. E.S. et al Manual de Procedimentos em
Enfermagem Oncológica: do básico ao avançado. São Paulo Editora Lemar, 2009.
Silva, C.M. A.; Abreu,S. E.; Arruda, F. M. J.; Fonseca, O. M. Precauções e isolamento.
In: Fernandes, T.A.; Fernandes,V. O. M.; Filho, R.N. Infecção hospitalar e suas
interfaces na área da saúde. São Paulo: Editora Atheneu, 2000.
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).Healthcare Infention Control.
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Infecção Associada à Assistência Médica. 2007
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Leão, T. C. Check- List do controle de infecção hospitalar. São Paulo, 2008.
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COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE
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Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Normas para
projetos físicos de estabelecimentos assistências de saúde/ 2ª Ed. Brasília, 2004
Brasil. Ministério de Trabalho e Emprego. Portaria MTE nº485, de 11 de novembro de
2005 NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 2261 de 23 de novembro de 2005.
Aprova o Regulamento que estabelece as diretrizes de instalação e funcionamento das
brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime
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Richtmann R. Guia Prático de Controle de Infecção Hospitalar. São Paulo: Soriak
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Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde – Coordenação
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Brasil. Ministério da Saúde. Processamento
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e IDSA. São Paulo, 2003.
APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. São Paulo
2007. Como Instituir um Programa de Controle de Infecção Hospitalar.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do
Paciente em Serviços de Saúde: Limpeza e Desinfecção de Superfícies. Brasília, 2010.
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