SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SÃO PAULO 2013 2 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NÚCLEO EXECUTIVO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Diretor Técnico Departamento de Saúde: Profº Dr. David Everson Uip Assistente da Diretoria técnica: Sra. Teresinha Gotti Diretora Médica: Dra. Fátima Maria Vernâncio Porfirio Diretoria de enfermagem: Profª Dra. Marcia de Souza Moraes Presidente da CCIH: Profº Dr. Nilton Jose Fernandes Cavalcante Autores do Documento Adriana Maria da Costa e Silva Christiane Nicoletti Daniel Wagner de Castro Lima Santos Esperança dos Santos Abreu Fabiana Siroma Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior José Mauro Ferraz Arruda Marta de Oliveira Ramalho Nilton José Fernandes Cavalcante Regia Damous Fontenele Feijó Rosana Richtmann Componentes do Núcleo Executivo Adriana Maria da Costa e Silva Daniel Wagner de Castro Lima Santos Esperança dos Santos Abreu Fabiana Siroma Nilton José Fernandes Cavalcante Raquel Muarrek Garcia Regia Damous Fontenele Feijó Rosana Richtmann Maria Francisca da Silva Karla Regina de Oliveira Hohl 3 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 5 2. TIPOS DE PRECAUÇÕES 6 3. PROJETO TSN 14 4. BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES (MR) 17 5. RECOMENDAÇÕES PARA CUIDADOS COM PACIENTES EM PRECAUÇÃO DE CONTATO ATENDIDOS NOS SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO 24 6. CONDUTA PARA OS CONTATACTANTES DE VARICELA 25 7. ORIENTAÇÕES PARA ISOLAMENTO DE PACIENTES COM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 26 8. FLORES E PLANTAS EM ÁREA DE ATENDIMENTO A PACIENTES 37 9. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS BRINQUEDOS NO AMBIENTE HOSPITALAR 37 10. BIBLIOTECA CIRCULANTE (LIVROS E REVISTAS) 38 11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39 4 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA ISOLAMENTOS E PRECAUÇÕES 1. INTRODUÇÃO As medidas de isolamento são indicadas para o controle da disseminação de doenças infecciosas especialmente aqueles que possam causar infecções ou até surtos hospitalares. Neste guia de recomendações será enfatizada a aplicação das recomendações em ambiente hospitalar que seguem características epidemiológicas e microbiológicas aprendidas ao longo dos anos. Para ajudar na compreensão dessas normas, adotamos uma sinalização simples que permite a identificação do equipamento de proteção individual (EPI) que deve ser utilizado em cada situação. Cada isolamento é identificado por meio de placas com cores diferentes, nas quais consta o EPI necessário. O tipo de isolamento deve ser prescrito diariamente pela equipe médica, sendo responsabilidade da equipe de enfermagem a fixação das placas nas portas dos quartos. A CCIH suspenderá ou trocará as precauções, de acordo com a história clínica, uso de dispositivos ou aparecimento de algum microrganismo que seja considerado multirresistente para o IIER. Isso pode ocorrer durante suas visitas nas unidades em dias úteis. São três tipos de precauções: Precaução Padrão: devem ser aplicadas no atendimento a todos os pacientes, na presença de risco de contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceção do suor); pele com solução de continuidade e mucosa. Precauções Específicas: direcionadas para situações clínicas específicas e para alguns microrganismos. Tais precauções são baseadas no mecanismo de transmissão das doenças e designadas para pacientes suspeitos ou sabidamente infectados ou colonizados por patógenos transmissíveis e de importância epidemiológica. São baseadas em três vias principais de transmissão: transmissão de contato, transmissão aérea por gotículas e transmissão aérea por aerossóis. Precauções Empíricas: são indicadas em síndromes clínicas de importância epidemiológica sem a confirmação da etiologia. 5 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Os microrganismos podem ser transmitidos por via direta ou indireta. Por via direta, quando ocorre de pessoa a pessoa, por meio de: Contato direto (por ex: tato, secreções e sangue) Via respiratória (por ex.: espirros, tosse) Por via indireta, por meio de um vetor ou veículo inanimado: Vetor: animais (por ex.: mosquito transmissor da Dengue) Veículo inanimado: estetoscópio, termômetro etc 2. TIPOS DE PRECAUÇÕES 2.1 PRECAUÇÕES PADRÃO Fig.1 - Precauções Padrão Precauções Padrão é o conjunto dos procedimentos utilizados pelos profissionais de saúde, durante o cuidado com todos os pacientes, para evitar a transmissão de infecções entre os pacientes, dos pacientes para os profissionais de saúde e destes para os pacientes. Devem ser utilizadas independentemente do diagnóstico infeccioso do paciente. Deverão ser aplicadas quando existir o risco de contato com sangue, todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções (exceto o suor), pele com solução de continuidade (pele não íntegra) e mucosas. Quais são as precauções padrão? Higienização das mãos: proceder com água e sabão líquido ou com álcool gel antes e depois de cuidar dos pacientes (vide Manual de Higienização das Mãos). Luvas: usar quando houver possibilidade de contato com sangue, excreções, secreções, mucosas ou áreas com pele não íntegra do paciente; Avental: usar durante procedimentos com possibilidade de contato com material biológico, inclusive superfícies contaminadas; 6 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Máscara cirúrgica, óculos ou protetor facial: utilizá-los durante procedimentos com possibilidade de ocorrer respingos de material biológico nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional. A máscara cirúrgica deve cobrir nariz e boca. Limpar e desinfetar artigos e equipamentos utilizados entre pacientes. Acondicionar e transportar a roupa suja de modo a prevenir vazamentos e contato com a pele e ambiente. Higiene ambiental Higiene respiratória e tosse com etiqueta. Práticas seguras na administração de medicamentos por via endovenosa, muscular e outras. Prevenir ferimentos com material perfurocortante: não reencapar agulhas, descartar o material nas caixas apropriadas, não remover agulhas usadas das seringas descartáveis e não dobrar, quebrar ou manipular agulhas usadas. Colocação dos EPI: Como vestir o avental Fig.2 – Vestir avental Fig.3 – fixação atrás Como calçar as luvas Fig.4 – Calçar luvas 7 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Fig.5 - óculos Fig.6 - óculos Retirada dos EPI: Fig.7- retirar luvas Fig.9- desamarrar avental Fig.10 – dobrá-lo Fig.8 – luvas dobradas sobre elas mesmas Fig.11 – sem contato com lado exposto 8 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR O modo correto de usar o respirador do tipo N95 e a máscara cirúrgica. Fig.12 – ajuste máscara N-95 Fig.13 – ajuste máscara cirúrgica 2.2 ISOLAMENTO DE CONTATO: Luvas + Avental Fig. 14 – Precauções de Contato É utilizado quando o volume de material infectante é grande e não pode ser contido em curativo, para microrganismos que possam ter reservatório ambiental ou para pacientes colonizados/infectados por germes multiresistentes. O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença. Higienizar as mãos com clorexidina degermante antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado ou examinar o paciente. 9 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR As luvas e o avental de mangas longas devem ser vestidos imediatamente antes de entrar no quarto e retirados lá dentro ou na ante-sala, caso exista. Desprezar o avental no hamper e as luvas no lixo. Higienizar as mãos após retirar as luvas Acompanhantes e visitantes não devem utilizar paramentação e sim devem ser encorajados a higienizar as mãos antes e depois do contato com seu familiar. Transporte do paciente: Deverá ser evitado, mas em caso de necessidade, se houver material infectante deve ser contido (com curativo, avental, ou lençol) para evitar contaminação de superfície. Se o paciente realizar exames ou procedimentos, fazer a desinfecção com álcool a 70% da maca ou da cadeira de transporte. O profissional que realiza o transporte deverá usar luva e avental durante a remoção do paciente, com cuidado para não tocar outras superfícies durante o transporte com as luvas contaminadas (isto é, botão do elevador, maçaneta das portas, prontuários, telefones); Avisar o local de realização do exame, que o paciente está em isolamento de contato. Artigos e Equipamentos: Deverão ser exclusivo de cada paciente; Devem ser limpos, desinfetados ou esterilizados após a alta do paciente ou sempre que estiverem sujos. Exemplos: diarreia infecciosa (pacientes incontinentes), escabiose, infecção por bactéria multirresistentes, Herpes simplex disseminado ou mucocutâneo extenso. Maiores recomendações ver Cap. V 2.3 ISOLAMENTO PARA GOTÍCULAS: Máscara cirúrgica Fig.15 – Isolamento Respiratório - gotículas Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados por via respiratória (gotículas). 10 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença. Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado ou examinar o paciente. Utilização de máscara cirúrgica antes de entrar no quarto do paciente. A máscara deve ser retirada após a saída do quarto e desprezada. Exemplos: meningites, caxumba, coqueluche, Vírus Influenza (incluindo H1N1). 2.4 ISOLAMENTO PARA AEROSSÓIS: Respirador N95 Fig 16 – Isolamento Respiratório - Aerossóis Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados através de aerossóis (partículas respiratórias <5 micra). O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença. Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado ou examinar o paciente. Utilização de respirador (específico N95 ou PFF2) pelo profissional da saúde antes de entrar no quarto do paciente. A máscara cirúrgica não deve ser utilizada como substituta do respirador N95. O respirador N95 deve ser retirado somente após a saída do quarto. Manter a porta do quarto fechada. Em caso de transporte do paciente (realização de exames, transferência), o mesmo deve utilizar máscara cirúrgica, e avisar o local onde será realizado o exame que o paciente está em isolamento respiratório de aerossóis. Os visitantes ou familiares do paciente com tuberculose bacilífera deverá receber respirador do tipo N95 quando entrar na enfermaria. Exemplos: tuberculose, sarampo, varicela. No caso de tuberculose resistente em pacientes sabidamente ou com confirmação microbiológica, manter em quarto privativo. 11 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Orientações para utilização do respirador do tipo N95: Após receber a sua máscara, o profissional deve identificar com seu nome e data de início de uso; A troca da máscara em uso deve ser feita em 30 dias, ou antes, se estiver com muita sujidade, molhar, rasgar, ocorrer quebra do filtro ou soltar a tiras elásticas; Ajustar bem o respirador à face, verificando se não há escape de ar; Não usar máscara cirúrgica sob a máscara, pois esta impede a aderência da mascara N95 à face; Duas máscaras cirúrgicas não substituem um respirador N95. O uso da mascara N95 é pessoal e intransferível. 2.5. ISOLAMENTO PARA GOTÍCULAS + CONTATO: Luvas + Avental + Máscara cirúrgica Fig. 17 – Isolamento de Contato e Gotículas Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados por via respiratória (gotículas) e por contato. Pode ser utilizado também no caso de associações de doenças com diferentes mecanismos de transmissão. O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença. Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado ou examinar o paciente. Requer uso de luvas, avental e máscara antes de entrar no quarto do paciente. As luvas e o avental devem ser vestidos imediatamente antes de entrar no quarto e retirados lá dentro ou na ante-sala, caso exista. Desprezar o avental no hamper e as luvas no lixo. Higienizar as mãos após retirar as luvas. A máscara cirúrgica deve ser retirada após a saída do quarto. Exemplos: difteria cutânea + faríngea; pacientes com meningites transferidos de outros hospitais. 12 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 2.6 ISOLAMENTO PARA AEROSSÓIS + CONTATO: Luvas + Avental + Respirador N95 Fig. 17 – Isolamento de Contato e Aerossóis Utilizado na prevenção da transmissão de microrganismos veiculados através de aerossóis e por contato. Pode ser utilizado também no caso de associações de doenças com diferentes mecanismos de transmissão. O paciente deve ser internado em quarto privativo ou comum para a mesma doença. Higienizar as mãos antes de entrar no quarto para realizar qualquer tipo de cuidado ou examinar o paciente. Requer uso de luvas, avental e respirador N95 antes de entrar no quarto do paciente. As luvas e o avental devem ser vestidos imediatamente antes de entrar no quarto e retirados lá dentro ou na ante-sala, caso exista. Desprezar o avental no hamper e as luvas no lixo. Higienizar as mãos após retirar as luvas. O respirador N95 deve ser retirado após a saída do quarto. Manter a porta do quarto fechada. Exemplos: varicela, Herpes zoster disseminado ou em imunodeprimido, influenza aviária (H5N1) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) ou no caso de associação de duas ou mais doenças: tuberculose + diarréia infecciosa. Considerações finais: A higiene das mãos (lavagem com água e sabão ou fricção com solução alcoólica) é a medida mais importante para evitar a aquisição e transmissão de patógenos no ambiente hospitalar. 13 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR As luvas devem ser utilizadas exclusivamente durante os procedimentos com o paciente, não sendo permitido atender telefone, chamar elevador ou fazer anotações no prontuário com as mãos enluvadas. Após a retirada das luvas as mãos devem ser lavadas. É fundamental que o paciente colabore com as normas de isolamento. Para isso, ele deve ser adequadamente orientado sobre os motivos do seu isolamento e os riscos da não aderência às recomendações. Não entrar com prontuários /cadernetas nas enfermarias. 2.7 PRECAUÇÕES EMPÍRICAS O diagnóstico de muitas infecções requer confirmação laboratorial, o que em alguns casos implica em aguardar dias. A adoção de precauções antes da confirmação reduz o risco de exposição de outros pacientes ou dos profissionais de saúde a agentes infecciosos. Algumas síndromes clínicas estão relacionadas à alta transmissibilidade ou maior gravidade, sendo indicada a adoção dessas precauções. QUADRO 1 - Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas adicionais na prevenção de patógenos epidemiologicamente importantes que aguardam confirmação diagnóstica* Síndrome Clínica ou Condição Patógenos Potenciais Diarreia aguda com provável causa ínfecciosa em paciente incontinente ou com “fraldas” Patógenos entéricos Precauções Empíricas Contato Diarreia em adulto com história de uso recente de antibióticos Clostridium difficile Contato Neisseria meningitidis Gotícula Neisseria meningitidis Gotícula Meningites Exantema ou “rash” generalizado, de causa desconhecida: febre com petéquias ou equimoses Vesicular Varicela Febre com exantema maculopapular e coriza Sarampo Aerossol e Contato Aerossol Tosse/febre/infiltrado pulmonar em lobo superior em paciente HIV negativo (ou com baixo risco de infecção pelo HIV) Mycobacterium tuberculosis Aerossol Tosse/febre/infiltrado pulmonar em qualquer topografia em paciente HIV positivo (ou com alto risco de infecção pelo HIV) Mycobacterium tuberculosis Aerossol 14 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Tosse persistente ou paroxismos Infecções pulmonares em pacientes pediátricos, particularmente bronquiolite História de infecção ou colonização por bactérias – pacientes transferidos de outros hospitais (ver quadro 4) Abscesso em pele ou ferida drenando que não pode ser coberta Bordetella pertusis Gotícula Vírus sincicial respiratório, vírus parainfluenza entre outros vírus como Adenovírus Bactéria resistente Contato + gotículas Staphylococcus aureus, Streptococcus Grupo A Contato Contato 3 . PROJETO TSN Na tentativa de minimizar o risco de transmissão nosocomial de tuberculose no Pronto Socorro e demais unidades do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (PS/IIER), a CCIH recomenda a otimização do isolamento respiratório no Pronto Socorro, por meio de modelo mnemônico TSN. Todos os pacientes admitidos no Pronto Socorro devem ser classificados, conforme descrição abaixo, pelo médico no impresso de prescrição e ter seu isolamento prescrito. Uma folha de identificação (nome do paciente e classificação TSN) deverá ser preenchida em papel de rascunho pela enfermagem e deverá ser fixada na maca/leito de cada paciente, independentemente do seu diagnóstico de base, nas primeiras horas após sua admissão ao PS. T S+ S- + + N T = paciente com Tuberculose bacilífera, ou em tratamento para tuberculose (qualquer forma clínica), que ainda apresente baciloscopia positiva, colhida de acordo com o quadro 2, devendo estar obrigatoriamente sob isolamento para aerossóis; N = paciente que Não possui tuberculose bacilífera nem sintomas respiratórios. Neste grupo incluem-se aqueles que estão em tratamento com tuberculostáticos e que já possuem 3 baciloscopias negativas. Considerar nesta classificação os pacientes com tuberculose extra-pulmonar que não tenha quadro respiratório. S = paciente Suspeito de tuberculose bacilífera. Deve-se mantê-lo em isolamento para aerossóis até que este apresente 3 pesquisas de BAAR em escarro negativas. Esta categoria subdivide-se em 2 subgrupos: S+ e S-. 15 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (S+) : pacientes com forte suspeita de tuberculose bacilífera; (S- ): pacientes com fraca suspeita de tuberculose bacilífera. Julgamos necessária essa subdivisão, uma vez que existe possibilidade de apresentação atípica da tuberculose e correr-se-ia, por exemplo, o risco de serem isolados no mesmo quarto um paciente bacilífero com um paciente com broncopneumonia, ratificando a necessidade da presença de três baciloscopias negativas em escarro, para que esses pacientes possam dividir um mesmo quarto. Para maior agilidade e facilidade de visualização, sugerimos que seja adicionada à ficha de identificação o número e a data das baciloscopias negativas realizadas. A coleta de escarro para realização de baciloscopia e cultura para micobactérias deverá ser estimulada e, idealmente, conseguiríamos uma definição da necessidade real de isolamento para cada caso em 24h. Pacientes classificados como T ou S deverão ser colocados dentro dos quartos, devendo o corredor abrigar, quando necessário, somente pacientes N. As portas dos quartos onde se encontrarem pacientes com Tuberculose ou Suspeita devem ser mantidas fechadas. Os pacientes devem ser isolados de acordo com sua classificação e não se deve permitir a alocação de pacientes, que não apresentem a mesma classificação, nos mesmos quartos: Adequado: T/T, S+/S+, S-/S- e N/N. Para os pacientes classificados como S (suspeitos), não deverá haver isolamento “cruzado”, ou seja, S+/S-, uma vez que existe um risco grande de se isolar um paciente bacilífero com outro não bacilífero, como já exemplificado anteriormente. Inadequado: T/S, T/N, S/N, S+/S-. As fichas de identificação deverão ser trocadas toda vez que a situação de risco do paciente se alterar, seja ela com a presença de 3 baciloscopias negativas ou com o surgimento de baciloscopia positiva (por ex.: um paciente em S+ que apresente 3 baciloscopias negativas de acordo com o quadro 2, deverá ser reclassificado como N). Lembramos ainda, que a ficha deverá ser removida por ocasião da alta do PS/IIER, tomando o cuidado devido para que não sejam esquecidas fichas nessas macas/leitos. Na eventualidade de transporte de pacientes T e S para fora dos quartos de isolamento, preconizamos a utilização de máscara cirúrgica pelos pacientes até chegarem ao destino desejado. Tal medida adicional deverá ser acompanhada de uma priorização no atendimento nos setores envolvidos como, por exemplo, para realização de exames radiológicos. Dessa forma, reduzimos o tempo de exposição dos demais pacientes e de funcionários ao risco de contágio. 16 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Orientações para suspensão das precauções para aerossóis de paciente com tuberculose: 1. Não se recomenda suspender as precauções para aerossóis de paciente com tuberculose baseando-se apenas no tempo de tratamento. 2. Paciente com 2 semanas de tratamento efetivo para tuberculose e resposta clinica satisfatória, deve-se coletar 3 amostras de escarro para pesquisa de BAAR seguindo-se a padronização descrita no quadro abaixo. Paciente com Mycobacterium tuberculosis multirresistente documentado em cultura não deverá sair do isolamento até a saída do hospital. 3. Ver fluxograma abaixo com orientações de manejo das precauções para tuberculose. Quadro 2 - Coleta de escarro para definição das precauções para tuberculose Amostra Admissão Em tratamento ≥15 dias de tratamento efetivo 1ª amostra Na internação com resposta clínica satisfatória 2ª amostra Mínimo 8h após a 1ª amostra Mínimo 8h após a 1ª amostra 3ª amostra Mínimo 24h após a 1ª amostra Mínimo 24h após a 1ª amostra 17 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Fluxograma 1. Fluxo de orientações para suspensão de precauções para tuberculose 18 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 4. BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES (MR) 4.1 Orientações para cuidados com pacientes infectados/colonizados com bactérias multirresistentes Nos últimos anos, a incidência de microrganismos multirresistentes (Multi-R) tem aumentado de maneira importante, especialmente em populações de alto risco, como pacientes em Unidades de Terapia Intensiva e imunocomprometidos. As infecções causadas por Multi-R estão associadas a períodos prolongados de internação, custos elevados, além do aumento da morbi-mortalidade, dentre outros. Diversos fatores estão relacionados à persistência desses microrganismos dentro das unidades hospitalares, como a vulnerabilidade individual dos pacientes, uso prolongado de antimicrobianos gerando pressão seletiva, transmissão cruzada pelos pacientes colonizados e/ou infectados e impacto da adesão às medidas de prevenção e controle de infecções. 1. Indicação das precauções para bactéria MR A indicação do isolamento depende de 2 situações: Presença de colonização/infecção de agente considerado multirresistente para a instituição (ver quadro 3) Fatores relacionados ao paciente: o UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: Serão iniciadas as medidas de precauções de contato em todo paciente com agente considerado multirresistente para a instituição que esteja internado na Unidade de Terapia Intensiva. o ENFERMARIAS: Caso o paciente esteja internado na enfermaria, será instituído o isolamento de contato mediante a presença das seguintes condições: Pacientes que apresentarem dispositivos invasivos e/ou fatores de risco para manutenção ou transmissão da colonização como: cateter venoso central; sonda vesical de demora; traqueostomia; úlcera de decúbito (principalmente aquelas com drenagem); elevado grau de dependência da enfermagem, caracterizado por: banho no leito; uso de fralda e necessidade de aspiração. 19 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Quadro 3. Microrganismos considerados multi-resistentes para o Instituto de Infectologia Emílio Ribas. UTI Adulto/ Unidade de Internação/ Pronto-Socorro Bactérias MR Quem isolar? Quanto tempo? Observações Staphylococcus aureus com resistência parcial ou completa a glicopeptídeos Enterococcus spp resistente a vancomicina Acinetobacter spp sensíveis apenas a carbapenêmicos e/ou polimixina Pseudomonas spp resistentes a carbapenêmicos e/ou polimixina Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (Ex: KPC, grupo CESP) Klebsiella spp , Escherichia coli e Proteus spp produtores de ESBL. S. malltophilia B. cepacia Clostridium difficille Na UTI - todos os pacientes que tiverem colonização /infecção pelos agentes acima Na enfermaria: Paciente com porta de saída - qualquer dispositivo que permita a saída de microrganismos com risco de contaminação das mãos da equipe de saúde e/ou fômites, com possibilidade de transmissão cruzada: cateter central, cateter urinário, traqueostomia, tubo endotraqueal, drenos, colostomia, ileostomia, gastrostomia e SNG. Dependente dos cuidados de enfermagem - pacientes acamados que necessitem da enfermagem para cuidados como banho de leito, troca de fraldas, entre outros. Feridas abertas incluindo ferida operatória - pacientes que tenha feridas abertas e/ou infectadas, incluindo úlceras de pressão, varicosas, operatórias, incluindo aquelas com dreno. Clostridium difficille – paciente que apresente quadro diarréico suspeito/ confirmado com presença de Toxina A e B nas fezes Na UTI - até saída da Unidade. Na enfermaria - até a suspensão das situações acima OBS: Clostridium difficille – enquanto durar o quadro diarréico e termino de tratamento específico. Situações especiais discutir com a CCIH. No caso de Enterococcus resistente a vancomicina, o paciente é mantido em precauções de contato até a alta independente do local de internação. 4.2 Medidas e orientações de isolamento para bactérias multi-resistentes Após identificação desses patógenos e das situações relacionadas ao paciente, seja como infecção ou colonização, tomar as seguintes medidas: a. Colocar o paciente idealmente em quarto privativo ou com outro paciente colonizado/infectado pelo mesmo agente, com placa visível de precauções de contato (colocar a placa de isolamento na porta do quarto e ou cabeceira do leito). b. Higiene das mãos com clorexidine degermante antes e depois de qualquer contato com o paciente, com superfícies ou mobiliário do quarto de isolamento. 20 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR c. Montar um Kit de precauções de contato contendo luvas, aventais e artigos deverão ser de uso individualizado pelo paciente: estetoscópio, termômetros, etc. d. Isolamento de contato: Limitar o número de profissionais que entram no quarto de isolamento. Disponibilizar luvas e aventais com acesso fácil para profissionais que irão atender o paciente. Comunicar à CCIH a indicação da precaução de contato. Prescrever diariamente precaução de contato. Todos os profissionais devem usar luvas de procedimento e avental limpo, não estéril, antes de entrar no quarto do paciente em isolamento; ou na antecâmara. Retirar as luvas e avental no interior do quarto, após o término do procedimento ou exame, com cuidado para não tocar no paciente ou em superfícies. Desprezar as luvas no lixo e o avental no hamper, dentro do quarto. Deixar imediatamente o quarto após a retirada das luvas e avental. Higienizar as mãos. e. Cuidados com equipamento utilizado no paciente: todos os objetos utilizados pelo paciente devem ser de uso exclusivo. Caso não seja possível, fazer a desinfecção dos mesmos. f. O paciente deve ser mantido no interior do quarto de isolamento. A circulação nas áreas comuns, inclusive o telefone, é terminantemente proibida. Orientar os acompanhantes a não visitar outros quartos. g. Caso seja necessário transportar o paciente para realização de exames, deve ser realizada desinfecção da maca ou cadeira de rodas ao término do transporte. O setor onde será realizado o exame deve ser avisado das precauções a serem tomadas (vide Recomendações para Cuidados com Pacientes em Precaução de Contato Atendidos nos Serviços de Diagnóstico e Atendimento Especializado). 2. Recomendações para o Serviço de Higienização e Limpeza: a. Os funcionários devem entrar nos quartos de isolamento de contato paramentando-se na antecâmara, caso não haja antecâmara, o funcionário deve se paramentar no corredor. b. Desprezar o avental e luvas de procedimento antes de sair do quarto. c. Não tocar as maçanetas das portas com luvas. d. Sequência de higienização: e. Higienizar por último os quartos onde estão os pacientes colonizados/infectados por bactérias MR. Paramentar-se na antecâmara (avental e luvas de procedimento). Ao entrar, higienizar os móveis com compressa umedecida com álcool a 70%, na seguinte ordem: 21 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR mesa de alimentação, cabeceira da cama, grades dos leitos. Telefone, maçanetas, interruptores. Após a higiene do mobiliário, calçar por cima a luva amarela, higienizar o piso do quarto com detergente, enxaguar, e após usar hipoclorito de sódio a 0,5%. Nos banheiros, utilizar hipoclorito a 1% e recolher o lixo. Para enxágue, manter a rotina de uso do hipoclorito de sódio. f. Após a higienização desses quartos, retirar uma das luvas para abrir a porta, e sair pela antecâmara. Calçar novamente a luva e levar a água usada na limpeza do quarto para a DML e o lixo para o expurgo. g. Retirar as luvas amarelas no expurgo, lavar com detergente, e em seguida higienizar as mãos com detergente. h. Para limpeza do quarto seguinte utilizar a mesma luva que foi higienizada. Deixar o material utilizado no quarto do paciente se em isolamento para uso exclusivo. Obs1: O material de limpeza utilizado, como panos, mops, luvas, vaporizador, pano de limpeza, etc., não deve ser utilizado para limpeza em outros quartos, devendo ser mantido no quarto do paciente até a alta do mesmo. Após alta, realizar limpeza/desinfecção. Quadro 4. Orientações para Limpeza e Desinfecção de Artigos e Ambiente de Pacientes em Precaução de Contato ARTIGOS Termômetros Estetoscópio, otoscópio COMO Limpeza mecânica com água e sabão seguido de fricção com álcool a 70% Fricção com álcool a 70% Tecido que recobre o manguito: enviar para lavanderia Aparelhos de pressão Comadre, papagaios, medidores de urina Aparelhos de endoscopia Monitores cardíacos e respiradores/aparelhos de raios X Circuitos respiratórios/ artigos de inaloterapia Piso/parede/ Nylon e acessórios: fricção com álcool a 70% Encaminhar ao CME protegido em saco plástico (desde o quarto) ou descartável Desinfecção de alto nível (glutaraldeído/ácido peracético) Desinfetante de superfície (biaguanida) Desinfecção de alto nível na máquina termodesinfetadora Limpeza com água e sabão seguido de solução clorada diluída 22 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Maçanetas Cama/colchões/macas/cadeira de rodas Mobiliário (mesa, criados) Limpeza com água e sabão ou álcool a 70% Água e sabão seguido de álcool a 70% Água e sabão seguido de álcool a 70% 4.3 Duração das precauções para bactérias MR Paciente internado na UTI – manter até a alta da UTI. Paciente internado na Enfermaria - enquanto mantiver dispositivos invasivos ou fator de risco, como descrito acima, o paciente deverá permanecer em precaução de contato (ver quadro 3). Pacientes colonizados ou infectados por Enterococcus spp. resistentes à vancomicina e Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (Ex.: KPC) devem ser notificados imediatamente à CCIH e as precauções de contato devem ser mantidas até a alta hospitalar por se tratar de um microrganismo de elevado impacto epidemiológico. 3. Condutas no caso de pacientes transferidos de outros hospitais ou serviços Tendo em vista o risco de pacientes transferidos de outros serviços ou de casas de repouso estar em infectados/colonizados por microrganismos multirresistentes e com o objetivo de reduzir o risco de transmissão desses microrganismos, a CCIH faz as seguintes recomendações no quadro abaixo: Quadro 5. Condutas para pacientes transferidos para o IIER UTI Adulto/ Unidade de Internação/ Pronto-Socorro Tempo de permanência na outra instituição pacientes transferidos de outras instituições hospitalares, onde tenham permanecido mais de 48 horas; pacientes transferidos de outras UTI, independente do tempo de internação; pacientes submetidos a procedimentos invasivos em outros serviços (cirurgias, cateterismo cardíaco, cateterização venosa profunda ou urinária); pacientes de casas de repouso. Quem isolar? Todos os pacientes transferidos de acordo com os critérios acima até a saída das culturas. Culturas de Retal Secreção traqueal (se entubado ou traqueostomia) Feridas abertas Urina (se sonda vesical de demora) vigilância – sítio de coleta Manutenção do isolamento Cultura negativa para bactéria multidroga-resistente: suspender as precauções de contato. Cultura com agente considerado bactéria multidroga-resistente: UTI – manter precauções de contato até a saída da unidade Enfermaria – rever o tipo de microrganismo e condições do paciente. 23 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Orientações para seguir as recomendações acima: MÉDICO PLANTONISTA DO PRONTO-SOCORRO: Identifica o paciente com critérios de inclusão e agiliza sua passagem pelo PS e transferência para enfermaria ou UTI, visando a diminuir o tempo de permanência do paciente naquele local e a disseminação de patógeno multi-resistente. MÉDICO ASSISTENTE: Solicita as culturas de vigilância e prescreve o isolamento de contato. ENFERMEIRA: Implanta as precauções de contato, supervisiona sua aplicação e comunica a CCIH. CCIH: Avalia resultado das culturas de vigilância e define sua continuidade. 4.4 Culturas de vigilância (onde colher?): Seguir as orientações do quadro 5 acima: Retal Secreção traqueal (se entubado ou traqueostomia) Feridas abertas Urina (se sonda vesical de demora) Recomendações gerais: Coletar quando o paciente for admitido na enfermaria/UTI; Não há necessidade de coleta rotineira de hemoculturas, exceto se houver sinais de infecção em atividade, como parte de investigação de foco infeccioso; No pedido de cultura deve ser discriminado: “pesquisa de bactéria multirresistente”; Os resultados das culturas de vigilância não devem ser utilizados com finalidade de definição de terapia antimicrobiana. Sua utilidade é exclusivamente epidemiológica (definir necessidade de precaução de contato). 5. RECOMENDAÇÕES PARA CUIDADOS COM PACIENTES EM PRECAUÇÃO DE CONTATO ATENDIDOS NOS SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO Com a finalidade de esclarecer as dúvidas existentes nos setores de apoio diagnóstico e serviço de atendimento especializado (diagnóstico por imagem e métodos gráficos, ambulatório de especialidades e centro cirúrgico) que recebem pacientes sob precauções de contato internados neste instituto, o Núcleo Executivo da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar recomenda o seguinte: 24 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 1) O paciente em precaução de contato deve ser mantido no interior do quarto de isolamento. Os procedimentos diagnósticos e terapêuticos devem ser realizados preferencialmente no interior do quarto, sempre que isso seja tecnicamente possível. 2) Caso seja necessário transportar o paciente para realização de exames ou procedimentos, devem ser tomados os seguintes cuidados: a. se o paciente apresentar lesões de pele ou feridas secretantes, essas devem ser recobertas, para evitar contaminação das superfícies por onde o paciente circula; b. os drenos e sondas devem ser fechados ou recobertos para evitar vazamento e contaminação ambiental;o paciente deve ser recoberto com lençol limpo, que cubra toda a superfície corporal; c. o profissional que realiza o transporte deverá usar luva e avental durante a remoção do paciente, com cuidado para não tocar outras superfícies durante o transporte com as luvas contaminadas (isto é, botão do elevador, maçaneta das portas, prontuários, telefones); d. ao término da remoção deverá ser realizada desinfecção da maca ou cadeira de rodas utilizada no transporte; e. o setor onde será realizado o exame deve ser avisado pela enfermagem das precauções a serem tomadas, isto é, uso de luvas e avental na manipulação do paciente e desinfecção das superfícies e aparelhos com os quais ele teve contato; f. em caso de respingos de matéria orgânica em piso ou paredes, essas devem ser limpas e desinfetadas pelo pessoal da limpeza, seguindo a norma existente. Não há necessidade de realização de limpeza terminal do setor após a saída do paciente do local; g. todo o material utilizado (luvas, avental descartável, lençol descartável), deve ser desprezado em saco de lixo. Caso sejam utilizados aventais e lençóis de tecido, esses devem ser colocados em hamper; h. a limpeza e desinfecção dos aparelhos utilizados (endoscópios, broncoscópios, colonoscópios, material cirúrgico, etc) devem seguir a rotina padronizada; i. após a retirada das luvas e do avental, as mãos devem ser lavadas com água e sabão líquido anti-séptico (clorexidine degermante); j. esses procedimentos em pacientes sob isolamento de contato podem ser marcados, a critério do setor prestador de serviço, para o último horário disponível, a fim de facilitar a operacionalização da limpeza. No entanto, essa medida não é obrigatória, não se justificando, portanto, o adiamento de procedimentos de urgência por essa justificativa. k. No caso do Centro-Cirúrgico, fazer a limpeza concorrente após a saída do paciente em precauções de contato (não é necessário realizar limpeza terminal). 25 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 6. CONDUTA PARA OS CONTACTANTES DE VARICELA No intuito de minimizar o risco de transmissão de varicela entre pacientes e profissionais de saúde no IIER, a CCIH recomenda que todo caso de Varicela/Zoster disseminado seja mantido sob isolamento de contato + aerossóis até que todas as lesões estejam em fase crostosa. Pacientes com herpes-zoster localizado deverão ser colocados sob isolamento de contato. Em relação aos contactantes recomendamos: 1) Todos os contactantes suscetíveis (sem antecedentes de varicela) farão isolamento respiratório a partir do 10o dia após o primeiro contato até o 21o dia após último contato com o paciente com varicela ou zoster. Os pacientes contactantes deverão ter a sua alta agilizada quando possível. Os casos que evoluírem para varicela devem ser isolados. 2) Os profissionais de saúde devem ser afastados do trabalho ou utilizar máscara durante sua atividade durante todo o período de observação. 3) Pacientes contactantes suscetíveis que receberam transfusão ou imunoglobulina terão seu período de observação e isolamento prorrogados até 28 dias. 4) VZIG (imunoglobulina antivaricela/zoster) deve ser administrado nos contactantes imunodeprimidos suscetíveis, nas primeiras 96 horas após a exposição. O uso de IVIG (imunoglobulina comum), apesar de poder atenuar o quadro, não substitui VZIG. 5) A utilização de vacina contra varicela, quando administrada nas primeiras 72 horas após o contato, reduz em 75% o risco de adoecimento. 6) Aciclovir - pode ser usado na dose de 800 mg (20 mg/Kg), 4x por dia, para os pacientes imunodeprimidos e, a critério médico, para os demais pacientes; deve-se iniciar a droga entre o 7o e 9o dias após o contato e a droga deve ser administrada por sete dias. 26 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 7. ORIENTAÇÕES PARA ISOLAMENTO DE PACIENTES COM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Quadro 6. Distribuições das precauções recomendadas segundo a infecção ou agente etiológico, tipo e duração Infecção ou Condição Infecção/agente etiológico Abscesso com grande drenagem com pouca drenagem ou contido AIDS Precauções Tipo Duração Comentários Contato DD Sem curativo ou curativo que não contém a drenagem. Curativo cobre e contém a drenagem. Padrão Padrão Actinomicose Adenovirose, infecção por: Lactente e pré-escolar Amebíase Padrão Gotícu-las Contato Padrão Ancilostomíase e necatoríase Angina de Vincent Antrax Padrão Padrão Padrão cutâneo Padrão pulmonar Arbovirose (dengue, febre amarela, encefalite do West Nile) Padrão Padrão Ascaridíase Aspergilose Padrão Padrão Babesiose Padrão Bactérias multirresistentes Botulismo Contato Padrão - Apenas pacientes com quadro psiquiátrico, sangramentos ou secreções de grande volume devem seguir o isolamento de contato. - Profilaxia pós-exposição para algumas exposições a sangue. Não transmissível de pessoa a pessoa. DD Transmissão de pessoa a pessoa é rara. Relatos de transmissão intrafamiliar e em instituições para indivíduos com transtornos mentais. Utilizar precauções quando da troca de fraldas de lactentes e indivíduos com transtornos mentais. Pacientes infectados geralmente não representam risco de infecção. A transmissão por pele não íntegra é possível, portanto usar precauções de contato se houver grande quantidade de drenagem não contida. Preferir lavagem das mãos com água e sabão a uso de antissépticos alcoólicos, pois o álcool não tem atividade esporicida. Não transmissível de pessoa a pessoa. Não há transmissão de pessoa a pessoa, exceto raramente por transfusão e, para o vírus do West Nile, por transplante de órgão, amamentação e por via transplacentária. Instalar telas em portas e janelas em áreas endêmicas. Não transmissível de pessoa a pessoa. Usar precauções de contato e precauções para aerossol se ocorrer infecção massiva de tecidos moles com drenagem copiosa e necessidade de irrigações de repetição. Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto raramente por transfusão. Ver orientações em capítulos anteriores Não transmissível de pessoa a pessoa. 27 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Bronquiolite/Infecção respiratória Vírus Sincicial Respiratório e Vírus Parainfluenzae -lactente e pré-escolar Contato Brucelose Padrão Candidíase ( todas as formas) Cancro Mole (Chlamydia trachomatis) -Conjuntivite, genital e respiratória Caxumba (Parotidite) Padrão Gotículas Padrão Contato Cisticercose Citomegalovirose Padrão Padrão Clostridium perfringens intoxicação alimentar gangrena gasosa Padrão Padrão Padrão Contato Chlamydia trachomatis (todas as formas) Chlamydia pneumoniae Coccidiodomicose Padrão Conjuntivite Bacteriana aguda (Chlamydia, gonococo) Viral aguda (aguda hemorrágica) Padrão Padrão Coqueluche Eliminação viral pode ser prolongada em pacientes imunocomprometidos. Manter precaução de contato em imunocomprometidos por tempo prolongado (enquanto durar a hospitalização). Usar máscaras conforme necessidade de precaução padrão. Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto raramente por contato sexual ou esperma estocado. Após exposição em laboratório, administrar profilaxia antimicrobiana. Padrão Celulite sem secreção com secreção Clostridium botulinum Clostridium difficile DD Transmissível de pessoa a pessoa por via sexual. Do início da tumefação até 9 dias Sem precauções adicionais para profissionais da saúde grávidas. DD Considerar também o término do tratamento específico Padrão Padrão Contato Após início do edema os profissionais suscetíveis devem abster-se de cuidar do paciente com caxumba. As precauções padrão são suficientes para celulites com drenagem contida pelo curativo ou sem secreção Não transmissível de pessoa a pessoa. Rara transmissão de pessoa a pessoa; relato de um surto em centro cirúrgico. Usar Precauções de contato se houver drenagem extensiva. Não transmissível de pessoa a pessoa. Interromper antibióticos, se apropriado. Garantir medidas de limpeza e desinfecção ambientais consistentes. Usar hipoclorito na limpeza se transmissão continuar a ocorrer. Melhor lavagem das mãos com água e sabão que uso de preparados alcoólicos para sua higiene (ausência de atividade esporicida do álcool). Raros surtos em populações institucionalizadas. Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto em situações extraordinárias. DD Vírus implicados: adenovírus, enterovírus 70, coxsackie A24. Muito contagiosos; vários surtos em clínicas oftalmológicas, serviços de pediatria e neonatologia etc. Clínicas oftalmológicas deveriam adotar medidas de controle de infecção ao manipular pacientes com conjuntivite. Gotículas Por mais 5 Preferir internação em quarto individual. Coorte dias após opcional. Realizar quimioprofilaxia pós-exposição início do para contatos domiciliares e profissionais da saúde 28 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR tratamento eficaz Coriomeningite linfocitária Coxsackie (vide Enterovirose) Criptococose Padrão com contato prolongado a secreções respiratórias. Ainda não há recomendações para vacina com vacina acelular para adultos. Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto raramente por transplante de tecidos e córnea. Criptosporidíase (vide Diarréia) Dengue Padrão Não transmissível de pessoa a pessoa. Em áreas endêmicas instalar telas em janelas e portas. Manter caixas e reservatórios de água tampados. Dermatomicoses Diarréia Padrão Padrão Adenovírus Padrão Campilobacter spp. Padrão cólera Padrão criptosporidiose Padrão E. coli ênterohemorrágica O157: H7 Padrão E. coli (outras espécies) Padrão giardíase Padrão norovírus Padrão Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarréia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarréia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarréia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarréia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarréia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Profissionais que limpam áreas muito contaminadas com fezes ou vômitos podem se beneficiar do uso de máscaras, pois o vírus pode ser aerossolizado. Assegurar limpeza e desinfecção ambientais consistentes com foco nos banheiros, mesmo que não estejam visivelmente sujos. Uso de hipoclorito pode ser necessário em 29 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR rotavírus Contato salmonelose Padrão shiguelose Padrão Vibrio parahaemolyticus Padrão viral (outras, não citadas previamente) Padrão Yersinia enterocolitica Padrão Difteria (Crupe) Cutânea Faríngea DD Contato CN Gotículas CN Doença da arranhadura do gato Doença de Creutzfeldt-Jacob Padrão Doença de Kawasaki Doença de Lyme Doença de mão, pé, boca (ver enterovirose) Encefalite (vide agentes específicos) Endometrite Enterovirose (coxsackie dos grupos A e B e Echovirus; exclui poliovirus) Enterobíase Enterococcus sp. (se multirresistente vide organismos multirresistentes) Enterocolite necrotizante Padrão Padrão Epiglotite por H. influenzae tipo b Equinococose (hidatidose) Gotícu-las Padrão casos de transmissão. contínua. Assegurar limpeza e desinfecção ambientais consistentes e frequente remoção de fraldas sujas. Dispersão prolongada pode ocorrer de crianças e idosos, imunocompetentes ou não. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Usar precauções de contato para indivíduos com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença ou para controle de surtos institucionais de diarreia. Até que duas culturas coletadas com intervalo de 24 horas se mostrem negativas. Até que duas culturas coletadas com intervalo de 24 horas se mostrem negativas. Não transmissível de pessoa a pessoa. Usar instrumentais descartáveis ou procedimentos especiais de esterilização/desinfecção para superfícies e objetos contaminados com tecido neural de casos suspeitos e confirmados. Não é doença infecciosa. Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Padrão Usar Precauções de contato para crianças que usam fraldas ou incontinentes durante a duração da doença e para controle de surtos. Padrão Padrão Padrão Precaução de contato pode ser necessária se surto for provável. T 24 HORAS Não transmissível de pessoa a pessoa. 30 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Eritema infeccioso (ver Parvovírus B19) Escabiose Esquistossomose Esporotricose Estafilococcias enterocolite Padrão Contato Contato Padrão pneumonia síndrome do choque tóxico síndrome da pele escaldada Padrão Padrão resistente a múltiplos antimicrobianos (vide organismos multirresistentes) Estreptococcia (estreptococos do grupo A) doença invasiva grave endometrite (febre puerperal) pele ferida extensa e grande queimado Usar Precauções de contato para crianças com fraldas ou incontinentes durante a duração da doença. DD Padrão ferida pequena T 24 HORAS Padrão Padrão furunculose em lactentes e crianças furunculose em adultos pele ferida extensa e grande queimado Contato Contato se houver drenagem não contida DH Curativo cobre e contém a drenagem. 1. Contato DD Considerar profissional da saúde como fonte potencial em berçários ou surtos em UTIs neonatais. Gotículas T 24 HORAS Surtos descritos de doença graves invasivos secundários à transmissão entre pacientes e profissionais da saúde. Padrão Contato, Gotículas T 24 HORAS Padrão ferida pequena e queimados pneumonia, faringite ou escarlatina em crianças Estreptococcia (estreptococos do grupo B), neonatal Estrongiloidíase Exantema súbito (HHV-6) Febre hemorrágica virais (Lassa, Sabiá, Ebola, Marburg etc) Sem curativo ou curativo que não contém a drenagem. Gotículas Sem curativo ou curativo que não contém a drenagem. Curativo cobre e contém a drenagem. T 24 HORAS Padrão Padrão Padrão Contato + Gotículas DH Preferir quartos individuais; enfatizar práticas de trabalho seguras, higienização das mãos, barreira de proteção contra sangue e fluidos corpóreos ao entrar no quarto (luvas e aventais impermeáveis, 31 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Febre da mordedura de rato Febre Q Febre recorrente Febre reumática Gangrena gasosa Giardíase (vide diarreia) Gonococo (inclusive oftalmia neonatal) Granuloma venéreo /donovanose Hanseníase Hantavirose pulmonar Helicobacter pylori Hepatite viral Vírus A Uso de fralda ou incontinente Vírus B (HBs Ag positivo), vírus C e outros: Sem sangramento e Com sangramento, não contido Vírus E Herpangina (vide Enterovirose) Herpes simplex: Encefalite Herpes neonatal proteção facial/ ocular com máscaras/óculos e manipulação adequada do lixo. Usar respirador N95 ao realizar procedimentos geradores de aerossóis. Possibilidade de uso de luvas duplas e cobertura para pernas e sapatos, especialmente quando os recursos de limpeza e lavanderia forem limitados em situações de sangramento. Notificar autoridade de vigilância epidemiológica imediatamente após a suspeita. Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Não transmissível de pessoa a pessoa. Não é condição infecciosa. Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Contato Manter precauções em cça < de 3 anos durante toda a hospitalização; entre 3 a 14 anos até 2 semanas do início dos sintomas; >14 anos até 1 semana do início dos sintomas Padrão Padrão Manter isolamento de contato se paciente incontinente, durante a duração da doença. Padrão Contato Herpes mucocutâneo recorrente (pele, oral e genital) Herpes mucocutâneo disseminado ou primário extenso Herpes zoster localizado em paciente imunocompetente com lesões que possam ser cobertas Para recém-nascido via vaginal ou cesariana de mãe com infecção ativa e ruptura de membranas por mais de 4 a 6 horas Padrão Contato Padrão Até que as lesões estejam em crosta Profissionais não imunes não devem atender a esses pacientes diretamente, quando outros profissionais imunes puderem fazê-lo. 32 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR localizado em paciente imunocomprometido / disseminado em qualquer paciente Histoplasmose Impetigo Aeros-sol e Contato Infecção em cavidade fechada (com ou sem drenagem) Infecção de ferida (com ou sem dreno) Infecção pelo HIV: Sem sangramento e Com sangramento não contido Infecção respiratória aguda (se não abordada em outro item) adulto lactantes e pré-escolares ou bronquiolite (vírus Sincial respiratório e vírus parainfluenzae) Infecção urinária, com ou sem sonda Influenza humano (A,B,C) Padrão aviária Padrão Contato DD T 24 hs de terapêuti-ca eficaz Padrão Profissionais não imunes não devem atender a esses pacientes diretamente, quando outros profissionais imunes puderem fazê-lo Não transmissível de pessoa a pessoa. Frequente causador de surtos. Antissépticos e equipamentos individualizados, assim como lavar as mãos pode evitar a disseminação. Precauções de contato somente na presença de drenagem copiosa não contida. Padrão Padrão Contato DD Padrão Gotículas Aerossol + contato DD 5 dias, exceto para imunodepri mido (DD) DD Quarto individual, quando possível ou coorte. Evitar expor pacientes de alto risco; usar máscara ao retirar paciente do quarto. Uso de quimioprofilaxia e vacinas para controlar/prevenir surtos. Aventais e luvas são especialmente importantes na pediatria. Ver guias específicos e atualizados do CDC e MS. www.cdc.gov/flu/avian/professional/infectcontrol.htm Ver guias específicos e atualizados do CDC e MS. Ver guias específicos e atualizados do CDC e MS. http://www.pandemicflu.gov H1N1 (suína) pandêmica Goticulas Gotículas Infecção alimentar (botulismo, C. perfringens ou welchii, estafilocóccica) Legionelose Leptospirose Listeriose Padrão Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Padrão Padrão Não transmissível de pessoa a pessoa. Não transmissível de pessoa a pessoa. Transmissão de pessoa a pessoa é rara; transmissão horizontal em unidades neonatais já foi relatada. Linfogranuloma venéreo Padrão Malária 7 dias 5 dias do início dos sintomas Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto por transfusão ou raros casos de falhas nas precauções padrão. Instalar telas nas janelas e portas em áreas endêmicas. Usar repelentes a base de DEET e roupas para cobrir as 33 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 Padrão SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR extremidades. Micoplasma (pneumonia) Micobacteriose atípica Mielioidose (todas as formas) Meningite asséptica Gotículas Padrão Padrão bacteriana (Gramnegativos, em neonatos) fúngica por H.influenzae (comprovada ou suspeita) Padrão DD Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Padrão Gotículas por Listeria por Meningococo (comprovada ou suspeita) Padrão Gotículas por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) tuberculosa Padrão outras bactérias Meningococcemia (sepsis, pneumonia, meningite) Padrão Gotículas Micobactéria não tuberculosa Molusco contagioso Mononucleose (e outras infecções pelo Epstein-Barr vírus) Murcomicose Nocardiose Parainfluenza (em crianças) Parvovírus B19 Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Contato Gotículas Pediculose Contato Peste bubônica Padrão Precauções de contato para lactentes e crianças pequenas. 24 HORAS após inicio do tratamento específico 24 HORAS após inicio do tratamento específico Padrão Doença pulmonar ativa concomitante pode necessitar Precaução para aerossóis adicionais. Para crianças, manter Precauções para aerossóis até que tuberculose ativa de familiares visitantes seja descartada. 24 HORAS após inicio do tratamento específico Profilaxia pós-exposição para contactantes domiciliares e profissionais expostos a secreções respiratórias. Vacina pós-exposição somente para controle de surtos. Não transmissível de pessoa a pessoa. Não transmissível de pessoa a pessoa. DD DH ou DD Manter precauções por toda hospitalização para doença crônica em imunodeprimidos; para pacientes com crise de aplasia transitória, manter precauções por sete dias. Não há definição de tempo de precauções para imunodeprimidos com PCR persistentemente positivo, mas transmissão tem sido documentada. 24h após o início do tratamento 34 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR pneumônica Pleurodínia (vide Enteroviroses) Pneumonia adenovírus Gotículas 48h após o início do tratamento Profilaxia antimicrobiana para profissionais expostos. Gotículas + Contato DD Surtos relatados em unidades pediátricas e de pacientes institucionalizados. Para imunodeprimidos, manter precauções de gotículas e contato por longo período devido à disseminação prolongada do vírus. outras bactérias clamídia fúngica H. influenzae tipo b adultos crianças Padrão Gotículas legionela meningococo Padrão Gotículas micoplasma pneumocóccica Gotículas Padrão Pneumocystis jiroveci Padrão Staphylococcus aureus Padrão estreptocócica (grupo A) adultos Gotículas Padrão Padrão Padrão crianças Gotículas viral adultos crianças (vide infecção respiratória aguda) Poliomielite Psitacose (ornitose) Raiva 24h após o início do tratamento 24h após o início do tratamento DD Usar precauções de gotículas se houver evidência de transmissão na unidade. Evitar internação no mesmo quarto com um indivíduo imunodeprimido. Para MRSA, ver recomendações para organismos multirresistentes. 24h após o início do tratamento 24h após o início do tratamento Associar isolamento de contato, na presença de lesões de pele. Associar isolamento de contato, na presença de lesões de pele. Padrão Contato Padrão Padrão DD Rinovírus Gotículas DD Riquetsiose (inclusive forma Padrão Não transmissível de pessoa a pessoa. Rara transmissão de pessoa a pessoa; transmissão documentada por transplante de córnea, tecidos e órgãos sólidos. Em situação de mordida ou exposição de pele não íntegra ou mucosa a indivíduo contaminado, lavar área exposta e administrar profilaxia pós-exposição. Gotículas é a rota mais importante de transmissão. Adicionar precauções de contato se houver quantidade elevada de secreções e contato próximo puder ocorrer (p.ex., lactentes) Não transmissível de pessoa a pessoa, exceto 35 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR vesicular) Rotavírus (vide Diarreias) Rubéola congênita outras formas Salmonelose (vide Diarreias) Sarampo (todas as apresentações) Sífilis (qualquer forma) Síndrome do choque tóxico Síndrome de Guillain-Barré Síndrome mão-pé-boca (vide Enteroviroses) Síndrome de Reye Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) Síndrome de Stevens Johnson ou eritema multiforme Teníase Tétano Tifo (endêmico ou epidêmico) Tínea Toxoplasmose Tracoma Trichiuríase Tricomoníase Tuberculose extrapulmonar (sem drenagem) raramente por transfusão. Contato Gotículas Aerossol Profissionais suscetíveis não devem entrar no quarto caso existam profissionais imunes. Se imune, não há necessidade de usar máscara cirúrgica. Mulheres grávidas não imunes não devem cuidar desses pacientes. Administrar vacina dentro de três dias da exposição para indivíduos suscetíveis não gestantes. Colocar pacientes expostos não imunes em Precauções de gotículas; excluir profissionais não imunes do trabalho, do quinto ao vigésimo primeiro dia pósexposição, a despeito da vacina pós-exposição. 4 dias após início de rash; para imunodepri midos, DD Profissionais suscetíveis não devem atender pacientes com sarampo, se outros puderem fazêlo; sem recomendação de protetor facial para profissionais imunes. Para suscetíveis expostos, vacinação pós-exposição até 72 h ou imunoglobulina até seis dias. Excluir profissional do trabalho do quinto ao vigésimo primeiro dia após a exposição, a despeito da vacinação pósexposição. Padrão Padrão Padrão Padrão Aerossol, Gotículas, Contato Contato Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Não é condição infecciosa DH mais 10 Precauções para aerossóis preferidas. Precauções dias após a para gotículas se não houver condições para resolução precauções para aerossóis. Usar proteção ocular; da febre se procedimentos que geram aerossol representam sintomas maior risco. Desinfecção ambiental em foco. respiratórios com melhora. DD Não transmissível de pessoa a pessoa. Não transmissível de pessoa a pessoa. Rara transmissão de pessoa a pessoa. Não transmissível de pessoa a pessoa. Avaliar evidência para tuberculose pulmonar; para lactentes e crianças, usar precauções para aerossóis até que tuberculose pulmonar ativa de 36 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR extrapulmonar (com drenagem) Aerossol, Contato pulmonar ou laríngea, confirmada Aerossol pulmonar ou laríngea, suspeita Aerossol PPD reator sem doença pulmonar ou laríngea Tularemia (todas as formas) Úlcera de decúbito extensa, com secreção não contida pequena ou com secreção contida Varicela Padrão Verminoses Vírus Ebola (ver febres hemorrágicas virais) Vírus Marburg (ver febres hemorrágicas virais) Vírus parainfluenza (ver Infecção respiratória aguda) Vírus sincicial respiratório (crianças e pacientes imunocomprometidos) Zigomicose (murcomicose, fucomicose) visitadores/acompanhantes seja descartada. Suspender precauções somente quando o paciente estiver recebendo terapêutica adequada, com melhora clínica e com três baciloscopias negativas do líquido de drenagem. Avaliar a evidência de tuberculose pulmonar ativa. Suspender precauções somente quando o paciente estiver recebendo terapêutica adequada, com melhora clínica e com três baciloscopias negativas em dias consecutivos. Suspender precauções somente quando a possibilidade de tuberculose for remota e 1) houver um outro diagnóstico que explique a síndrome clínica,ou 2) houver resultados negativos de três baciloscopias coletadas com 8 a 24 horas de diferença, sendo, pelo menos uma amostra cedo ao despertar. Padrão Contato DD Padrão Aerossol, Contato Até que todas as lesões estejam em crosta Profissionais suscetíveis não devem entrar no quarto se profissionais imunes estiverem disponíveis. Sem recomendação de protetor facial para funcionário imune. Em paciente imunodeprimido com pneumonia por varicela, prolongar a duração das precauções até a resolução da doença. Profilaxia pós-exposição: vacinar até 120 horas da exposição. Para indivíduos expostos suscetíveis com contraindicação à vacinação (grávidas, imunodeprimidos, neonatos), administrar VZIG dentro de 96 horas. Excluir profissional do trabalho do oitavo ao vigésimo primeiro dia após a exposição, a despeito da vacinação pós-exposição. Estender afastamento até 28 dias, caso tenha recebido VZIG. DD Usar máscara de acordo com Precauções padrão. Para pacientes imunodeprimidos, prolongar duração de precauções de contato devido à disseminação duradoura. Não transmissível de pessoa a pessoa. Padrão Contato Padrão Duração das Precauções: DD: Durante toda a duração da doença (em feridas, até o desaparecimento da secreção). Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil DH: Durante todo o período de hospitalização. FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 T: Até o tempo especificado,CEP após01246-900 o início da-terapêutica apropriada. CN: Até que a cultura seja negativa. 37 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 8. FLORES E PLANTAS EM ÁREA DE ATENDIMENTO A PACIENTES Com relação ao controle de infecção, não há nada que condene o seu uso em áreas administrativas, não assistenciais e pátios. Os Pacientes do IIER, mesmo em enfermarias comuns, não poderão receber flores e plantas, pois na sua maioria são imunodeprimidos. Em outras áreas críticas seu uso deve ser evitado como: central de esterilização, centro cirúrgico e obstétrico, unidade de terapia intensiva, unidade de transplante, unidade hematológica, sala de procedimentos invasivos, quarto de pacientes imunodeprimidos, sala de curativos, laboratório e posto de enfermagem. A água acumulada em vasos de flores frescas contém uma flora patogênica, inclusive com altos índices de resistência aos antimicrobianos. Esses agentes podem contaminar o paciente, principalmente por meio das mãos da equipe, que se colonizam ao trocar a água do vaso. Assim, flores devem ser proibidas em áreas de alto risco. Caso sejam empregadas (em áreas não assistenciais), a sua manipulação deve ser realizada por funcionários que não manipulem o paciente ou então que utilizem luvas ao contato com o vegetal. A água deve ser trocada pelo menos a cada 48 horas e desprezada no expurgo. O vaso deve ser desinfetado após o uso. Sempre lavar as mãos após os procedimentos com plantas ou flores. 9. LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DOS BRINQUEDOS NO AMBIENTE HOSPITALAR As brinquedotecas são espaços providos de brinquedos destinados a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar, contribuindo para a construção e/ou fortalecimento das relações de vínculos e afeto entre as crianças e seu meio social, oferecendo experiências positivas durante o período de internação, resgatando o lado mais forte e saudável do paciente pediátrico. A publicação da Lei Federal nº 11.104, de 21 de março de 2005 (DOU 22/3/2005) torna obrigatória a instalação de brinquedotecas nas unidades hospitalares que oferecem atendimento em hospitais pediátricos em regime de internação. A briquedoteca vai se tornar cada vez mais presente nos hospitais que atendem crianças das mais diversas idades. Alguns trabalhos na literatura identificam a contaminação dos brinquedos por microrganismos e a ocorrência de infecções veiculadas por esses artigos em clínicas e hospitais. A característica do material do qual é confeccionado o brinquedo pode favorecer a contaminação. Os brinquedos macios podem ser reservatórios potenciais de microrganismos por serem de difícil desinfecção. Os brinquedos compartilhados, se não forem desinfetados entre os usos, podem ser fonte de infecção e até de surtos. Em razão do risco de transmissão cruzada de infecções, algumas medidas preventivas são importantes de ser adotadas. A seguir definimos algumas recomendações para aquisição de brinquedos na instituição: 38 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Os brinquedos devem ser de material lavável (plásticos, acrílico ou madeira com tinta esmaltada lavável etc); Não devem ser adquiridos brinquedos de tecidos e pelúcia; e também devem ser isentos de costura e orifícios onde a água possa penetrar, dificultando a limpeza e secagem. Brinquedos de papel ou madeira também devem ser evitados, caso sejam muito necessários, sugerimos encapar com plástico adesivo. As crianças e os acompanhantes devem proceder a higiene das mãos ou o uso do álcool gel antes e depois do contato com os brinquedos; É muito importante que a brinquedoteca tenha um local onde possa ser colocada uma pia com dispensador com sabão líquido e papel toalha ou suporte de álcool gel. Pacientes em isolamento não podem ir a brinquedoteca. Mas podem levar um brinquedo para brincar no quarto, desde que após o seu uso o brinquedo passe por processo de lavagem e desinfecção com álcool 70%. Uma rotina institucional deve ser elaborada, especificando a periodicidade da limpeza e desinfecção dos brinquedos e deve ser validada pela CCIH. Procedimentos recomendados: Lavar e desinfetar os brinquedos entre os usos. Se o brinquedo não puder ser lavado, não é apropriado para a utilização em instituições de saúde. No final das brincadeiras, colocar os brinquedos em local reservado para brinquedos sujos, higienizá-los e retorná-los posteriormente á brinquedoteca. Estabelecer rotina de higienização e armazenamento dos brinquedos. Brinquedos de plástico rígido: escovar com água e sabão, enxaguar em água limpa, imergir em solução de hipoclorito de sódio (1:10) por 30 minutos, remover e enxaguar em água fria e secar. Alguns brinquedos e livros de plástico podem ser desinfetados com álcool a 70%, três vezes e deixar secar. O mobiliário deverá ser confeccionado em material liso que permita a limpeza e a desinfecção diária. 10. BIBLIOTECA CIRCULANTE (LIVROS E REVISTAS) Em nosso hospital tem sido adotado como rotina o empréstimo de livros para os profissionais e pacientes, que deverão devolvidos com data preestabelecida. Se houver empréstimo de livros/jornais/revistas para os pacientes em precauções especiais (contato/ aerossóis e gotículas), após a sua leitura o paciente deve levá-lo para casa. Não devem ser re-utilizados para outros pacientes pela dificuldade de limpeza e desinfecção dos mesmos. 39 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 11. BIBLIOGRARIA CONSULTADA Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Infecção relacionada à Assistência à Saúde Módulo 5 – Risco Ocupacional e Medidas de Precauções e Isolamentos – (UNIFESP) – São Paulo, 2004 – versão 1.0. APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar – Precauções e isolamento – São Paulo, 2012. APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar – Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-sepsia. São Paulo, 2004. Grupo de Controle de Infecção Hospitalar – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Guia de utilização dos antimicrobianos e recomendações para a prevenção de infecções hospitalares. São Paulo, 003/2004. Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Guia de utilização de anti-infeccioso e recomendações para a prevenção de infecções hospitalares 2009/2011, São Paulo. Caetano, A.L.; Silva, A.M.A; Okame, H. E.S. et al Manual de Procedimentos em Enfermagem Oncológica: do básico ao avançado. São Paulo Editora Lemar, 2009. Silva, C.M. A.; Abreu,S. E.; Arruda, F. M. J.; Fonseca, O. M. Precauções e isolamento. In: Fernandes, T.A.; Fernandes,V. O. M.; Filho, R.N. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Editora Atheneu, 2000. Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).Healthcare Infention Control. Practices Advisory Committee (HICPAC) Comitê Consultivo de Práticas em Controle de Infecção Associada à Assistência Médica. 2007 Recomendações do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) e do Healthcare Infection Control – Practices Advisory Committee (Hicpac) Comitê Consultivo de Práticas em Controle de infecção Associada à Assistência Médica Leão, T. C. Check- List do controle de infecção hospitalar. São Paulo, 2008. Merriman. E et al. Toys are a potential source of cross-infection in general practitioners’ waiting rooms. Br J GEN Pract. 2002, fev; 52(475): 138-40. Cardoso, M.F.S; Correa, L; Medeiros, A.C.T. A higienização dos brinquedos no ambiente hospitalar. Prática Hospitalar, nº 42, p.170-172, 2005. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria MS 2.616, de 12 de maio de 1998 que regulamenta as ações de controle de Infecção Hospitalar. 40 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421 SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE SERVIÇO DE SAÚDE INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistências de saúde/ 2ª Ed. Brasília, 2004 Brasil. Ministério de Trabalho e Emprego. Portaria MTE nº485, de 11 de novembro de 2005 NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 2261 de 23 de novembro de 2005. Aprova o Regulamento que estabelece as diretrizes de instalação e funcionamento das brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Richtmann R. Guia Prático de Controle de Infecção Hospitalar. São Paulo: Soriak Comércio e Promoções S.A., 2005 Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde – Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA. São Paulo – 2007. Brasil. Ministério da Saúde. Processamento estabelecimentos de saúde. Brasília, 1994. de artigos e superfícies em Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Tradução integral do “Guideline for hand hygiene in health-care settings MMWR 2002” HICPAC, SHEA, APIC, e IDSA. São Paulo, 2003. APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. São Paulo 2007. Como Instituir um Programa de Controle de Infecção Hospitalar. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Limpeza e Desinfecção de Superfícies. Brasília, 2010. 41 Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César - São Paulo - Brasil CEP 01246-900 - FONE: (011) 3896-1200 – Ramal 1347/1421